Preconceito é uma maneira de discriminar considerando características
de um indivíduo ou grupo de pessoas, de acordo com atitudes, hábitos e
tradições destes. Ele se inicia a partir do chamado estereótipo, que nada mais é do que a ocorrência da generalização . Normalmente o preconceito ocorre em grupos de pessoas que simbolizam a minoria ou grupos que apresentam alguma condição de diferença, principalmente economicamente. O preconceito ocorre na maioria das vezes em pequenos grupos, considerados as mulheres, negros e homossexuais os mais atingidos, sendo estes muitas vezes desqualificados devido à imposição pela sociedade (BANDEIRA e BATISTA, 2002). Dentre as discriminações existentes, o preconceito racial existe desde o tempo da escravidão e seu conceito era utilizado para justificar o domínio de certos grupos sobre outros. Apesar da evolução humana, este tipo de preconceito sempre existiu e abrange o mundo todo sendo que as pessoas acabam sendo julgadas não pelo seu caráter, mas sim, pela sua raça (PEDRETTI, 2012). Nessa perspectiva, podemos considerar que o preconceito está inserido em todos os círculos de interação humana, sendo um artifício usado no convívio e nos momentos em que nos defrontamos com o não familiar, o desconhecido ou o diferente. Ele nos ajuda a nos situar em determinadas situações em que o estranho, ao apresentar uma ou outra característica familiar ou associável a experiências passadas ou herdadas por nosso meio de convívio primário, passa a ser considerado compreensível dentro do nosso entendimento individual..
Embora seja um artifício comumente usado em nossas experiências, o
preconceito passa a se tornar um problema na medida em que significados pejorativos são atribuídos a outros indivíduos ou grupos de forma generalizada, sendo associados a traços étnicos ou raciais, julgando-os inerentes ao sujeito que se refere sem, no entanto, considerar suas particularidades..
O combate a esse tipo de preconceito deve ser travado por meio da
educação que deve servir como parâmetro de compreensão do mundo e das diferenças, tendo sempre como objetivo a afirmação da igualdade de direitos e deveres que todos temos uns com os outros, independente de sexo, gênero, cor, orientação sexual, crença ou situação econômica.
Pesquisa da Rede Nossa São Paulo divulgada na manhã desta terça-
feira (13) mostra que 70% dos paulistanos avaliam que o preconceito e a discriminação contra a população negra se mantiveram igual ou aumentaram nos últimos 10 anos na cidade de São Paulo.
A percepção de que a discriminação aumentou é maior entre os
entrevistados pretos e pardos. Segundo a população negra, o racismo aumentou para 39% dos ouvidos. Já para 38% dos não negros, o racismo se manteve no mesmo patamar e para outros 19% diminuiu.