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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

FACULDADE DE: Arquitetura e Urbanismo


DISCIPLINA: Tecnologias e Sociedade
PROFESSOR: Andrei Luiz Lodéa
ACADÊMICO/A: Ana Luiza Restello, Anna Carolina Tartari, Isadora Dias Borelli,
Caroline Zilli.

Plano de Estudo e Pesquisa:

Preconceito e saúde emocional: como os traumas afetam as vítimas.

OBJETIVOS:

Por meio dessa pesquisa buscamos tornar visível a problemática acerca dos traumas
que o preconceito étnico-racial traz consigo para a vida das vítimas, além de
contextualizar o princípio causador do problema, e por meio de dados, demonstrar o
quão próximo essa situação está da nossa realidade, e o quanto elas afetam o dia a dia
dos prejudicados e suas relações pessoais.

SÍNTESE DO GRUPO:

O preconceito racial é uma das formas mais cruéis de discriminação existentes na


sociedade atual. Infelizmente, muitas pessoas são vítimas desse tipo de preconceito ao
longo de suas vidas, o que pode deixar marcas profundas desde suas infâncias, sendo
depois observadas na vida adulta.
É de notório conhecimento que o principal causador dessa problemática é a herança
escravista presente em nossa sociedade. Mesmo após anos a sua abolição, a população
negra continua sendo afetada pelos reflexos da escravidão do passado na sociedade
atual, muitas vezes reclusando sua própria cultura e adotando valores e comportamentos
associados a outras culturas, por conta da crença que a sua própria é inferior ou menos
valiosa do que as outras.
Na infância é onde começamos a aprender sobre nosso mundo, e a escola, por
exemplo, é o ambiente que produzimos algumas de nossas primeiras relações pessoais,
mas também é um local que pode gerar muitos traumas pessoais por conta desse
preconceito étnico-racial ainda enraizado na sociedade hodierna. Segundo uma pesquisa
realizada pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), em parceria com o
Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE) em 2022, 32% das
pessoas que sofreram algum tipo de bullying são negras. Com isso, para a psicóloga
clínica Maryllis Braga esse tipo de “violência” mexe com as feridas coletivas. ‘’Fico me
perguntando porque mesmo com tantas pautas sendo discutidas, ainda somos o grupo
que maior sofre violência, e não digo de uma específica, mais de todos os tipos de
violência existente’’, contou a mesma para a pesquisa feita.
O bullying por preconceito racial pode ter um impacto significativo na saúde mental e
emocional das crianças e adolescentes afetados, pois, além de podendo prejudicar o
desempenho acadêmico dos alunos, fazendo com que eles se sintam menos motivados a
ir para a escola e a aprender, ele pode levar a uma baixa autoestima, problemas de saúde
mental, como ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). O
bullying racial pode causar estresse emocional e psicológico, o que pode afetar a
capacidade das vítimas de lidar com situações difíceis, como no trabalho, por exemplo.
Sendo assim, o bullying racial pode levar a problemas de saúde mental que persistem na
idade adulta.
Mesmo a sociedade evoluindo aos poucos, o preconceito ainda é enraizado na
sociedade, e com ele, muitas das pessoas negras ainda sentem-se inferiores, tendo sérios
problemas de autoestima, seja do bullying sofrido na escola, até por conta de um filme
ou uma série de televisão. Até alguns anos, era comum diversas obras cinematográficas
retratarem (ou ainda retratarem) um padrão de beleza, sendo a menina mais bonita
aquela ‘’branca de cabelo loiro liso e olhos claros’’, e a outra considerada a feia, apenas
por conta de seus cabelos volumosos e cacheados ou crespos, e outras características de
pessoas negras, apontando que para elas ficarem bonitas, teriam que mudar suas
aparências, como deixar o cabelo liso, por exemplo, se quisessem ser consideradas
bonitas para a população.
A aceitação e celebração da beleza negra é fundamental para a construção de uma
autoimagem positiva, autoestima e valorização da diversidade. Isso envolve o
reconhecimento da beleza natural de características físicas que são historicamente
desvalorizadas, e a representação da beleza negra na mídia, publicidade e em todas as
esferas da sociedade. A sua valorização deve ser parte de um movimento maior para a
luta contra o racismo e pela igualdade de direitos.
Desse modo, todos esses traumas podem ter um impacto significativo na vida das
pessoas e podem afetar a forma como elas se relacionam com os outros, como se veem e
como se sentem consigo mesmas. É importante reconhecer e combater o preconceito
racial para ajudar a prevenir esses traumas e promover uma sociedade mais justa e
igualitária.

METODOLOGIA E FORMA DE DIVULGAÇÃO DO PRODUTO:

Como forma de divulgação, a pesquisa irá acontecer por meio de um folheto, o qual
sua intenção é passar informações de forma rápida, eficiente e massiva. Será divulgado
(tanto a jovens até aos mais velhos) com o intuito de conscientizar e tornar o assunto
visível para a comunidade, seja em escolas, lojas, ruas ou palestras sobre
conscientização racial, para alertar as pessoas sobre a problemática que afeta
diariamente pessoas negras. Espera-se que com isso, o assunto ganhe mais visibilidade e
conscientização pela população, e assim quem saiba, finalmente a problemática étnico-
racial consiga ser resolvida futuramente.

REFERÊNCIAS:
https://www.tjdft.jus.br/informacoes/programas-projetos-e-acoes/pro-vida/dicas-de-
saude/pilulas-de-saude/racismo-e-saude-emocional-como-o-trauma-afeta-as-vitimas
https://noticiapreta.com.br/pesquisa-revela-que-32-dos-casos-de-bullying-sao-contra-
pessoas-negras/
https://revistacult.uol.com.br/home/como-a-vivencia-cotidiana-do-racismo-pode-
produzir-traumas/
https://educador.brasilescola.uol.com.br/comportamento/o-bullying-na-escola-
preconceito-nosso-cada-dia.htm

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