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Antonio Vinicius Jesus Ferreira

Estigmas da sociedade brasileira

No nosso país atualmente muitos preconceitos infelizmente estão


inseridos em nossa sociedade talvez seja por falta de conhecimento ou até por
estigmas que há séculos estão presentes não só aqui, mas no globo; e afetam
vários grupos, etnias, culturas, orientações sexuais, idosos, etc.; mas aí é que
fica a pergunta? Aonde se encaixa a Escola e a história?

Elas fazem justamente o papel de luz no fim do túnel, esclarecendo a


desinformações, e desfazendo paradigmas e estigma criados há séculos por
culturas conservadoras e egoístas, principalmente países escravistas,
conservadores e extremistas religiosos, etc., que não aceitam o "ímpar", e
tentam subjugá-lo e moldá-lo para assim criar um cidadão "aceitável", mas isto
é um erro pois fere a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU em
todos os seus artigos, ou seja é um crime gravíssimo subjugar um cidadão e
querer construí-lo de acordo com valores culturais e morais à força que
maltratam e prejudicam a sua vida, dignidade e escolha pessoais.

Na sala de aula o educador deve mostrar que todas as diferenças e


culturas, tanto sociais, como individuais (cor, deficiências, orientação sexual,
etc.) devem ser aceitas por todos, pois elas não fazem ninguém melhor que
ninguém, apenas diferentes; comparar fatos históricos do passado com o do
presente, fazendo um tópico das diferenças e semelhanças do passado e
atualmente, mostrar os erros e as mudanças positivas que conquistamos
atualmente no cenário da quebra dos estigmas e preconceitos, pois olhar o erro
no passado, concertar no presente é criar um futuro melhor; neste sentido o
professor pode usar um “arsenal” para aprofundar neste quesito de explicar e
promover a aceitação e confraternização entre os alunos, como por exemplo a
utilização de Temas Transversais que abordem pontos sobre as diferentes
culturas e etnias da sociedade, uso de documentos que abordem os direitos
universais do ser humano na sociedade e mundo, livros e filmes que abordem
os seguintes temas e inspirem a aceitação e o respeito as diferenças individuais,
etc. Mas este estigma vem principalmente do âmago das nossas famílias
brasileiras, pois o Brasil foi berço de sociedade escravista, que tinha falsa crença
da superioridade branca sobre negra, um pais fanatista religioso onde
principalmente homossexuais foram massacrados, mortos, excluídos,
perseguidos pelo cristianismo, machista que prega a superioridade do masculino
sobre o feminino, onde as mulheres são discriminadas e forçadas a ser
dependentes dos maridos, dentre tanto outros preconceitos e discriminações
que vivemos ainda em nossa sociedade brasileira; entre tantos novos que
surgem a cada década, exemplos: ageísmo não aceitar as pessoas idosas na
sociedade, xenofobia não suportar o dialeto, sotaque e cultura de um
determinado país ou região, aporofobia ter repulsa a moradores de rua, entre
tantos outros. Todos estes cânceres do mundo podem ser curados desde que o
cidadão tenha uma mente aberta e seja altruísta, solidário com a sociedade, e a
escola e o professor são à “pílula” do tratamento contra a discriminação, pois um
aluno consciente, mente aberta, instruído sobre os valores e direitos humanos,
que convive no meio de variadas culturas e identidades, dificilmente se torna um
praticante de injúrias, pelo contrário se torna um combatente delas.

Devemos entender que como os “dedos da mão” não são iguais, nenhum
de nós somos iguais, e aceitar o irmão com solidariedade e respeito não é um
dever, é sim um direito que todos devemos zelar para criarmos uma sociedade
melhor e principalmente mais fraterna e amistosa.

Referências:

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos


Humanos, 1948. Disponível em: <https://www.unicef.org/brazil/declaracao-
universal-dos-direitos-humanos>

CANDAU, Maria Vera. Sociedade multicultural e educação: tensões e desafios.


In CANDAU, Maria Vera (org).Cultura(s) e educação: entre o crítico e pós-
crítico. Rio de Janeiro: DP&A, 2005.

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