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Universidade Federal de Pernambuco

Bach. em Ciências Biológicas 2023.1

Docente: Thiago Henrique Napoleão


Discente: Thiago Ramos Alves de Melo
Disciplina: Direitos Humanos e Relações Étnico Raciais

Desvendando as Facetas de uma Desigualdade Persistente

Como uma ferida profunda, o racismo estrutural, cada vez mais tem causado
incômodo. Porque além das formas evidentes da discriminação racial, esse racismo
estrutualizado é de uma dimensão mais insidiosa e complexa. Embutido nas
próprias estruturas e instituições, é um sistema muitas vezes não visto por quem
não vivencia, mas poderoso, que perpetua a desigualdade, afetando a vida de
milhões de pessoas em diversos aspectos. Como apresentado pela Professora
Flávia da Silva Clemente na palestra do dia 5 de setembro de 2023, no Centro de
Biociências (CB) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) para os
discentes da disciplina de Direitos Humanos e Relações Étnico Raciais (DHRER),
esse problema enraizado na nossa sociedade tem que ser discutido, apresentado e
mudado, pois um Brasil livre é um Brasil sem racismo, ao contrário do que muitas
vezes é contado nas salas de aula, onde há um ocultamento do passado sangrento
e violento do Brasil.
Para melhor entendimento, deve-se entender a quanto tempo isso se
perpetua no Brasil e como se iniciou. A existência do racismo estrutural se dá
desde o final do século XIX até os dias de hoje, e começou usando como
justificativa teorias científicas, que diziam que os negros eram de raça inferior e
usavam métodos de tortura e violência para obrigar o trabalho escravo. É relevante
destacar também o posicionamento do Brasil como estado para com essa situação,
principalmente quando se percebe que não há outro jeito a não ser acabar com a
escravidão. Nesse momento se iniciam planos de marginalização dos negros,
criando leis que impediam os negros de exercer papeis na sociedade, como
estudantes e cidadãos. Leis essas que visavam oprimir os negros e sua cultura da
sociedade, proibindo a capoeira, punindo essa população sem motivo algum,
apenas usando o pretexto de vagabundagem e cada vez mais os escanteando.
Outrossim, todo esse contexto reflete na atualidade, onde vemos diversas
comprovações e exemplos que isso persevera no Brasil. Pesquisas indicam que em
relação à escolaridade 79% dos brancos de 18 a 24 anos estão cursando o ensino
superior, enquanto apenas 55% dos negros da mesma faixa-etária estão cursando o
ensino superior. Compreender o racismo estrutural requer um olhar atento para as
engrenagens invisíveis que o mantêm em funcionamento. É fundamental que este
tema seja trazido à tona, discutido abertamente e combatido com determinação,
pois ainda nos dias atuais existem pessoas que não fazem ideia dessa
discriminação enraizada e muitas das vezes se tornam coniventes. Desta forma é
possível entender que atitudes que visam mudar essa situação devem ser tomadas.

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