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INTRODUÇÃO :
Boa tarde a todos, eu sou a ( e dizemos os nomes) e hoje iremos apresentar e
aprofundar o tema da discriminação e do abuso.
Antes de iniciar a nossa apresentação, queria primeiro salvaguardar um artigo,
presente na constituição portuguesa, que terá muita relevância ao longo da nossa
apresentação.
Artigo 13º, sobre o “princípio da igualdade”
Passo a citar:
“1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer
direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua,
território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação
económica, condição social ou orientação sexual.”
Assim, através deste artigo podemos concluir, que todos somos iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza. Isto significa que todas as pessoas têm os
mesmos direitos, independentemente das características que as possam diferenciar.
Definição de discriminação:
Estes atos podem ser de diversa natureza. Mas, podemos dizer que existem cerca
de 6 principais tipos de discriminação: a de género, a relacionada com etnia, com a
orientação sexual, a idade, a nacionalidade e a religião.
Especificação:
- Etnia: ato de discriminar alguém por conta da sua origem étnica, cor e/ou condição
que apresente diferente, relacionada essencialmente por feições marcantes, com
demonstração de suposta superioridade sobre a vítima.
● a língua falada;
● o nome;
● roupas e aparência;
● dieta;
● crenças e práticas.
● etc…
- Idade: Estima-se que uma em cada duas pessoas no mundo tenha atitudes
discriminatórias que pioram a saúde física e mental de pessoas idosas e reduzem
sua qualidade de vida. Este tipo de discriminação, apesar de por vezes passar mais
despercebida, também é baste comum. Em Portugal, existe diversos exemplos
deste tipo de atitudes, essencialmente em lares e mesmo em hospitais.
(pontualmente há notícias sobre estes casos)
Teste da boneca
Os Drs. Clark utilizaram quatro bonecas, idênticas exceto na cor, para testar as
percepções raciais das crianças. Os seus sujeitos, 253 crianças com idades
compreendidas entre os três e os sete anos, foram convidados a identificar a raça
das bonecas e a cor da boneca que preferiam. Fizeram-lhes as seguintes 8
perguntas:
Analisando o estudo, o primeiro dado interessante foi que 93% das crianças
apontavam para a boneca negra na pergunta 6, mas só 66% apontavam na
pergunta 8. Ou seja: embora meninos e meninas negros já demonstrem uma
percepção sólida das diferenças raciais desde cedo, elas demoram um pouco mais
para estabelecer sua própria identidade (as crianças de 7 anos identificaram-se
como negras em 87% dos testes enquanto que crianças de três anos só se
identificaram como tal em 36% dos testes). Na pergunta 3, 59% das crianças
disseram que a boneca feia era a boneca negra, e só 17% apontaram para a
boneca branca. 67% das crianças preferiram brincar com a boneca branca na
pergunta 1, e 59% disseram que a boneca branca era a boneca mais divertida na
pergunta 2.
Por outro lado, a pergunta mais traumática era aquela que trazia a autoidentificação
à tona. Na parte do texto que descreve os resultados qualitativos (e não só os
números), Mamie Clark conta que muitas crianças começavam a chorar quando
eram questionadas com qual das bonecas eram mais parecidas. Duas chegaram a
correr para fora da sala, aos berros, sem responder. Outras riam e racionalizavam a
situação. Uma criança de sete anos até mesmo disse: “Eu sou negro porque
apanhei sol no verão.”
Brasileiros
Segundo a Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) de
Portugal, no ano letivo 2008/2009 os brasileiros tornaram-se a maior comunidade de
estudantes estrangeiros no ensino superior português (com 21,3%)
Aplicou-se um questionário online, que ficou disponível, entre Outubro de
2015 e Janeiro de 2016, a todos os estudantes brasileiros que estivessem em
Portugal há pelo mesmo três meses, e cujo principal motivo da migração para
este país tivesse sido o estudo. Neste sentido, abarcou estudantes que vieram
para a licenciatura, mestrado e doutoramento. Obteve-se 449 questionários
válidos, o que representou 5,2% do total de estudantes brasileiros que se
encontravam no ensino superior português no ano letivo de 2015/2016.
Entre os brasileiros inquiridos, 51,7% considerou o acolhimento em Portugal
positivo. Apesar de apenas 9% dos respondentes terem apontado “menos
discriminação em comparação com outros países” como uma das motivações para
a escolha de Portugal. Através de entrevistas, muitos disseram que antes de ir
já tinham conhecimento de que existia “discriminação de brasileiros em
Portugal”, assumindo que já haviam criado esta imagem do povo português.
Já em Portugal, 67,5% afirmou que, em algum momento, “sentiu-se discriminado
pelo facto de ser brasileiro”.
Quanto ao acolhimento prestado pela universidade de destino, 58,6% dos
brasileiros inquiridos considerou-o positivo, “básico” ou “formal”.
Os elogios ao acolhimento incidiram mais sobre as universidades de Évora e Porto,
para além de Coimbra, realidade que pode ser explicada pelo facto de os
professores e outros representantes de universidades portuguesas também já terem
participado em visitas, formais e/ou informais, a universidades brasileiras.
TIPOS DE ABUSO
1. Abuso Físico: Envolve o uso de força física que causa dano, lesão ou dor a
uma pessoa.
2. Abuso emocional ou psicológico: envolve comportamentos destinados a
controlar, manipular ou prejudicar emocionalmente alguém. Isto pode incluir
humilhação, insultos, intimidação, chantagem emocional ,isolamento…
3. Abuso sexual: Inclui qualquer tipo de atividade sexual não consensual ou
coercitiva. Pode incluir estupro, assédio sexual, toque inapropriado ou
exploração sexual.
4. Abuso Financeiro: Ocorre quando alguém usa o dinheiro ou bens de outra
pessoa sem o seu consentimento ou de forma abusiva. Pode incluir roubo de
dinheiro, fraude…
5. Abuso verbal: Refere-se ao uso de palavras para magoar, humilhar ou
controlar alguém. Isso pode incluir gritos, ameaças, menosprezo constante…
6. Abuso Institucional: Ocorre em ambientes institucionais como escolas,
hospitais ou prisões, onde pessoas em posições de autoridade abusam do
seu poder para explorar, negligenciar ou maltratar aqueles que estão sob
seus cuidados.
Não! Abuso e discriminação são termos que estão interligados, no entanto distintos.
Por exemplo, discriminação racial pode levar a violência física ou abuso emocional
em situações extremas, mas nem sempre isso se verifica. No entanto, discriminação
no ambiente de trabalho pode envolver salários injustos, falta de oportunidades de
promoção, ou tratamento diferenciado baseado em características pessoais, mas
pode não necessariamente transformar-se em abuso físico ou emocional.
Dados estatísticos
Nesta amostra, face à naturalização do “sexting”, há mais pessoas que dizem ter
recebido imagens com conteúdos explícitos e/ou íntimos (de carácter sexual) do que
aquelas que dizem ter enviado o mesmo tipo de imagens. Importa referir que os
participantes, na sua maioria, consideraram que as mulheres têm maior
probabilidade de virem a ser vítimas de abuso sexual baseado em imagens.
Casos Legais
Medidas de prevenção
É importante salientar que muitas das vezes os abusadores evitam levar as crianças
as unidades de saúde, como por exemplo, médicos de família e pediatras, para
tratar lesões, com receio de serem descobertos, dirigindo-se mais facilmente ao
médico dentista na tentativa de resolver os ferimentos mais visíveis sem levantar
suspeitas. Assim, características físicas e psíquicas da criança como a
vulnerabilidade em termos de idade e necessidades, problemas crónicos de saúde,
dificuldades de linguagem e aprendizagens constituem fatores de risco de abuso por
negligência dos pais.
Alguns sinais peculiares de pais negligentes que devem ser tidos em conta durante
as consultas para a detecção de casos de abuso a menores são:
· Falta de preocupação dos pais para com a criança
· Falha em reconhecer as necessidades emocionais e de sofrimento do
menor
· Menosprezar e repreender a criança
· Recorrer a punição física em caso de mau comportamento
· Exigir perfeição nas tarefas realizadas pela criança
. Atraso repetitivo nas consultas agendadas
. Falta de interesse na educação da saúde oral
. Atendimento repetitivo para o alívio da dor de emergência
. Falha em concluir planos de tratamento
Tendo em conta alguns estudos realizados, grande parte dos médicos dentistas não
são capazes de detetar e de combater os maus tratos por não receberem formação
adequada sobre o tema durante o seu percurso académico. No entanto, aqueles
que efetivamente possuem esse conhecimento, hesitam em referenciar os casos
com receio da reação da família da vítima ou por não conhecerem os procedimentos
a serem tomados.
Serve esta apresentação para alertar os futuros médicos dentistas aqui presentes
este tema de elevada sensibilidade, para que, aquando do seu exercício profissional
saibam abordar corretamente o tema com as vítimas e desta forma evitar a
evolução deste tipo de situações.
A verdade é que, devemos ser abertos ao facto de que questões como estas
(discriminação e abuso) - que envolvem as nossas crenças sobre a semelhança, a
igualdade e a diferença - são sensíveis e podem facilmente despertar as nossas
emoções. Se queremos realmente um país livre para todos os seus cidadãos, a
liberdade de agir contra alguns dos nossos cidadãos vai ter de ser controlada. E
mesmo que seja «mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito», como
Albert Einstein disse, temos de caminhar nessa direção, de forma a tornar ou tentar
tornar o mundo num sistema mais justo e acolhedor para com todos os cidadão.
https://www.gordonparksfoundation.org/gordon-parks/photography-archive/doll-test-1
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