Você está na página 1de 10

Abuso e discriminação

INTRODUÇÃO :
Boa tarde a todos, eu sou a ( e dizemos os nomes) e hoje iremos apresentar e
aprofundar o tema da discriminação e do abuso.
Antes de iniciar a nossa apresentação, queria primeiro salvaguardar um artigo,
presente na constituição portuguesa, que terá muita relevância ao longo da nossa
apresentação.
Artigo 13º, sobre o “princípio da igualdade”
Passo a citar:
“1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer
direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua,
território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação
económica, condição social ou orientação sexual.”
Assim, através deste artigo podemos concluir, que todos somos iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza. Isto significa que todas as pessoas têm os
mesmos direitos, independentemente das características que as possam diferenciar.

Porém, frequentemente ouvimos falar de casos de discriminação.

Definição de discriminação:

A discriminação consiste numa ação ou omissão, que leve a um tratamento desigual


ou injusto perante uma pessoa ou grupo, com base em preconceitos de alguma
ordem, colocando-os muitas vezes de parte.

Estes atos podem ser de diversa natureza. Mas, podemos dizer que existem cerca
de 6 principais tipos de discriminação: a de género, a relacionada com etnia, com a
orientação sexual, a idade, a nacionalidade e a religião.

Especificação:

- Género: baseia-se na crença de que um sexo é superior ao outro e que o sexo


superior tem dotes, direitos, privilégios e estatuto superiores aos do sexo inferior,
associado ao conceito de sexismo.
- Orientação sexual: A nossa sociedade continua baseada na crença da
heteronormatividade, que valida a heterossexualidade enquanto norma universal, e
classifica a homossexualidade, enquanto conceito oposto à heterossexualidade,
como o desvio a essa norma. Assim, pessoas que se têm uma orientação sexual
diferente do que é considerado normal, frequentemente, sofrem discriminação.

- Etnia: ato de discriminar alguém por conta da sua origem étnica, cor e/ou condição
que apresente diferente, relacionada essencialmente por feições marcantes, com
demonstração de suposta superioridade sobre a vítima.

Além de traços físicos, como cor, características que geralmente o causam

racialização incluem por exemplo:

● a língua falada;

● sotaque ou modo de falar;

● o nome;

● roupas e aparência;

● dieta;

● crenças e práticas.

● etc…

- Idade: Estima-se que uma em cada duas pessoas no mundo tenha atitudes
discriminatórias que pioram a saúde física e mental de pessoas idosas e reduzem
sua qualidade de vida. Este tipo de discriminação, apesar de por vezes passar mais
despercebida, também é baste comum. Em Portugal, existe diversos exemplos
deste tipo de atitudes, essencialmente em lares e mesmo em hospitais.
(pontualmente há notícias sobre estes casos)

- Nacionalidade: tipo de discriminação associada a estrangeiros, num determinado


país. Este tipo de discriminação é, frequentemente, associado ao conceito de
xenofobia que consiste num comportamento de antipatia ou repulsa por pessoas
que não são originárias do país em questão.

- Religião: A intolerância religiosa é o desrespeito ao direito das pessoas de


manterem as suas crenças religiosas. Podemos considerar como atos intolerantes
as ofensas pessoais por conta da religião ou as ofensas contra liturgias, cultos e
outras religiões.

Teste da boneca

A discriminação com base na etnia, língua e religião são frequentes em países de


todo o mundo e infelizmente, começam a ter repercussões, que muitas vezes
parecem passar despercebidas, nas crianças que estão sujeitas a isso diariamente,
mesmo que indiretamente.

Na década de 1940, os psicólogos Kenneth e Mamie Clark conceberam e


realizaram uma série de experiências conhecidas coloquialmente como "os testes
das bonecas" para estudar os efeitos psicológicos da discriminação nas crianças
afro-americanas.

Os Drs. Clark utilizaram quatro bonecas, idênticas exceto na cor, para testar as
percepções raciais das crianças. Os seus sujeitos, 253 crianças com idades
compreendidas entre os três e os sete anos, foram convidados a identificar a raça
das bonecas e a cor da boneca que preferiam. Fizeram-lhes as seguintes 8
perguntas:

Analisando o estudo, o primeiro dado interessante foi que 93% das crianças
apontavam para a boneca negra na pergunta 6, mas só 66% apontavam na
pergunta 8. Ou seja: embora meninos e meninas negros já demonstrem uma
percepção sólida das diferenças raciais desde cedo, elas demoram um pouco mais
para estabelecer sua própria identidade (as crianças de 7 anos identificaram-se
como negras em 87% dos testes enquanto que crianças de três anos só se
identificaram como tal em 36% dos testes). Na pergunta 3, 59% das crianças
disseram que a boneca feia era a boneca negra, e só 17% apontaram para a
boneca branca. 67% das crianças preferiram brincar com a boneca branca na
pergunta 1, e 59% disseram que a boneca branca era a boneca mais divertida na
pergunta 2.

Por outro lado, a pergunta mais traumática era aquela que trazia a autoidentificação
à tona. Na parte do texto que descreve os resultados qualitativos (e não só os
números), Mamie Clark conta que muitas crianças começavam a chorar quando
eram questionadas com qual das bonecas eram mais parecidas. Duas chegaram a
correr para fora da sala, aos berros, sem responder. Outras riam e racionalizavam a
situação. Uma criança de sete anos até mesmo disse: “Eu sou negro porque
apanhei sol no verão.”

Os Clarks concluíram que "o preconceito, a discriminação e a segregação" criaram


um sentimento de inferioridade entre as crianças afro-americanas, prejudicando a
sua autoestima e anos mais tarde, o Supremo Tribunal citou o artigo que eles
mesmo escreveram, em 1950, na sua decisão sobre Brown (outro caso jurídico
relacionado com discriminação) e reconheceu-o implicitamente na seguinte
passagem: "Separar [as crianças afro-americanas] de outras de idade e
qualificações semelhantes apenas por causa da sua raça gera um sentimento de
inferioridade quanto ao seu estatuto na comunidade que pode afetar os seus
corações e mentes de uma forma que dificilmente poderá ser desfeita."

Trazemos agora alguns dados estatísticos de um estudo sobre o acolhimento de


estudantes internacionais, brasileiros, em Portugal, que permitem tirar algumas
conclusões a cerca da discriminação.

(O acolhimento de estudantes internacionais: brasileiros e timorenses


em Portugal)

Brasileiros
Segundo a Direção Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) de
Portugal, no ano letivo 2008/2009 os brasileiros tornaram-se a maior comunidade de
estudantes estrangeiros no ensino superior português (com 21,3%)
Aplicou-se um questionário online, que ficou disponível, entre Outubro de
2015 e Janeiro de 2016, a todos os estudantes brasileiros que estivessem em
Portugal há pelo mesmo três meses, e cujo principal motivo da migração para
este país tivesse sido o estudo. Neste sentido, abarcou estudantes que vieram
para a licenciatura, mestrado e doutoramento. Obteve-se 449 questionários
válidos, o que representou 5,2% do total de estudantes brasileiros que se
encontravam no ensino superior português no ano letivo de 2015/2016.
Entre os brasileiros inquiridos, 51,7% considerou o acolhimento em Portugal
positivo. Apesar de apenas 9% dos respondentes terem apontado “menos
discriminação em comparação com outros países” como uma das motivações para
a escolha de Portugal. Através de entrevistas, muitos disseram que antes de ir
já tinham conhecimento de que existia “discriminação de brasileiros em
Portugal”, assumindo que já haviam criado esta imagem do povo português.
Já em Portugal, 67,5% afirmou que, em algum momento, “sentiu-se discriminado
pelo facto de ser brasileiro”.
Quanto ao acolhimento prestado pela universidade de destino, 58,6% dos
brasileiros inquiridos considerou-o positivo, “básico” ou “formal”.
Os elogios ao acolhimento incidiram mais sobre as universidades de Évora e Porto,
para além de Coimbra, realidade que pode ser explicada pelo facto de os
professores e outros representantes de universidades portuguesas também já terem
participado em visitas, formais e/ou informais, a universidades brasileiras.

O que é abuso- definição


Abuso é a utilização indevida, excessiva ou prejudicial de algo ou alguém.Aplica-se
a qualquer ação humana onde exista uma pré-condição de desnível de poder, seja
ele em relação a objetos, seres, crenças ou valores. Pode manifestar-se de várias
formas, sendo que as mais comuns incluem:

TIPOS DE ABUSO

1. Abuso Físico: Envolve o uso de força física que causa dano, lesão ou dor a
uma pessoa.
2. Abuso emocional ou psicológico: envolve comportamentos destinados a
controlar, manipular ou prejudicar emocionalmente alguém. Isto pode incluir
humilhação, insultos, intimidação, chantagem emocional ,isolamento…
3. Abuso sexual: Inclui qualquer tipo de atividade sexual não consensual ou
coercitiva. Pode incluir estupro, assédio sexual, toque inapropriado ou
exploração sexual.
4. Abuso Financeiro: Ocorre quando alguém usa o dinheiro ou bens de outra
pessoa sem o seu consentimento ou de forma abusiva. Pode incluir roubo de
dinheiro, fraude…
5. Abuso verbal: Refere-se ao uso de palavras para magoar, humilhar ou
controlar alguém. Isso pode incluir gritos, ameaças, menosprezo constante…
6. Abuso Institucional: Ocorre em ambientes institucionais como escolas,
hospitais ou prisões, onde pessoas em posições de autoridade abusam do
seu poder para explorar, negligenciar ou maltratar aqueles que estão sob
seus cuidados.

TODA A DISCRIMINAÇÃO LEVA AO ABUSO?

Não! Abuso e discriminação são termos que estão interligados, no entanto distintos.

Em muitos casos, o abuso pode ser uma forma extrema e intensificada de


discriminação, onde alguém em posição de poder usa essa vantagem para
prejudicar ou controlar outra pessoa com base em características específicas.
Ambos têm em comum a ideia de uma desigualdade de poder que resulta em
tratamento injusto ou prejudicial para o outro.

Por exemplo, discriminação racial pode levar a violência física ou abuso emocional
em situações extremas, mas nem sempre isso se verifica. No entanto, discriminação
no ambiente de trabalho pode envolver salários injustos, falta de oportunidades de
promoção, ou tratamento diferenciado baseado em características pessoais, mas
pode não necessariamente transformar-se em abuso físico ou emocional.

Dados estatísticos

Um estudo exploratório sobre o abuso sexual baseado em imagens numa


amostra de estudantes do ensino superior em Portugal
Escolheu-se uma amostra de 525 estudantes que frequentavam o ensino superior
em Portugal (Curso Técnico Superior Profissional, Licenciatura, Mestrado ou
Doutoramento). A amostra foi escolhida, não só por esta ser a população que
melhor reflete o fenómeno, já que muitos estudos posicionam as faixas etárias
desses alunos numa posição de risco, também devido ao facto da partilha de
imagens íntimas/sexuais entre eles (sexting) ser frequente.

Em relação ao conhecimento sobre o abuso sexual baseado em imagens por parte


da amostra de estudantes, 90,48% dos/as estudantes já tinham ouvido falar em
abuso sexual baseado em imagens e este foi reconhecido enquanto crime em
Portugal por 53,90% dos/as estudantes. No entanto, 46,09% dos/as estudantes
dividem-se entre não saber se este comportamento é crime em Portugal ou
consideram que não o é.

Nesta amostra, face à naturalização do “sexting”, há mais pessoas que dizem ter
recebido imagens com conteúdos explícitos e/ou íntimos (de carácter sexual) do que
aquelas que dizem ter enviado o mesmo tipo de imagens. Importa referir que os
participantes, na sua maioria, consideraram que as mulheres têm maior
probabilidade de virem a ser vítimas de abuso sexual baseado em imagens.

Casos Legais

A título de exemplo, iremos apresentar alguns casos que se regem pela


elevada discriminação e abuso na área da saúde e ensino e, por conseguinte,
ilustram as repercussões a que levam estas práticas.
O 1º caso é relativo a uma jovem Sophie Putland, uma veterinária australiana
de apenas 33 anos que tirou a sua própria vida face à pressão psicológica a que a
profissão a sujeitava e aos abusos praticados pelo dono de um animal.
Dada à magnitude que a taxa de suícidio em Medicina Veterinária apresenta
em todo o mundo, os pais de Sophie decidiram criar uma campanha em honra da
sua filha, com o objetivo de educar as pessoas na sua forma de comunicação e
interação com os veterinários. Esta campanha reuniu o testemunho de 600
veterinários de forma a perceber as necessidades dos profissionais e, descobriu-se
ainda que 88% revela problemas mentais associados ao abuso contínuo de clientes.
O segundo caso que vos vamos relatar teve lugar no Hospital Beatriz Ângelo,
onde o pediatra Pedro Gomes da Costa foi alvo de comentários extremamente
racistas e abomináveis aquando de uma consulta. A situação sucedeu-se no
seguimento do estado clínico febril de uma criança de 20 meses. Após observar que
o médico que iria consultar a sua filha era negro, exaltou-se e insultou o profissional,
e tal como disse “O preto na minha filha não toca”.
Assim, após lhe terem despejado todo o ódio racial, o profissional levou o
caso a tribunal, tendo ganho passados 3 anos. Adicionalmente, constatou ainda que
apesar da vitória, devem ser feitas alterações na moldura penal, pois esta encoraja
à repetição de situações semelhantes.
Por último iremos falar de um caso que se insere no domínio do abuso, no
entanto com motivos distintos. Estamos a falar do abuso sexual, em que muitas
universidades pelo país foram palco destas criminalidades.
O sociólogo Boaventura de Sousa Santos e o antropólogo Bruno Sena
Martins foram acusados de assédio sexual por três mulheres, acusações que
remontam à época em que as investigadoras trabalhavam no Centro de Estudos
Sociais (CES) da Universidade de Coimbra. As três dão conta de comportamentos
impróprios que dizem ser de conhecimento público na Universidade, como provam
vários graffitis acusatórios, incluindo um em que se podia ler "Boaventura Fora:
Todas sabemos".
Um dos episódios relatados por uma das jovens foi que Boaventura lhe tocou
no joelho e convidou-a a aprofundar o relacionamento como paga da ajuda
académica.

Medidas de prevenção

No presente, enquanto estudantes universitários, a busca constante por um


ambiente académico seguro e inclusivo, é essencial estabelecer políticas e práticas
que combatam o assédio/ abuso e a discriminação. Desenvolver uma cultura
universitária que priorize o respeito e a proteção de todos os seus membros é um
passo fundamental. Por essa razão, exploramos de que forma podem ser
implementadas algumas medidas essenciais para criar um espaço onde cada voz
seja ouvida e onde a segurança seja uma prioridade.

● Desenvolver uma política global em matéria de abuso e discriminação.


● Fornecer formação ao corpo docente e aos estudantes sobre a questão do
abuso e da discriminação.
● Criar um sistema de comunicação anónima para incidentes de abuso ou
intimidação.
● Estabelecer consequências claras para os indivíduos que violam as políticas
contra o abuso ou a intimidação sob qualquer forma (verbal, física).
● Oferecer serviços de apoio, tais como aconselhamento para as vítimas de
assédio ou bullying a nível universitário.
● Educar os estudantes sobre como reconhecer sinais de abuso potencial e
saber quando procurar ajuda das autoridades, se necessário.
● Aumentar a sensibilização através da organização de seminários com
oradores convidados que possam discutir tópicos relacionados com a
prevenção/lidar com casos de abuso sexual ou violência baseada no género.
● Disponibilizar recursos para que as pessoas afetadas por estas questões
possam encontrar mais informações sobre ações legais.
Assim, o nosso papel enquanto estudantes pode ser crucial na implementação de
medidas que possam educar, prevenir estes comportamentos ou detetar e dar apoio
às vítimas. Todavia, de que forma poderemos dar o nosso contributo no futuro, na
nossa profissão, enquanto médicos dentistas?

O papel do médico dentista na deteção de abuso sexual nos menores

De entre os profissionais da área da saúde, os médicos dentistas têm um papel de


extrema relevância, pois grande parte das vezes, são os primeiros a terem contacto
com as possíveis vítimas de abuso. No entanto, seja por desconhecimento, por
medo de denunciar ou comodismo, a maioria dos casos não são identificados.

Os dentistas entram em contacto regular com as crianças e jovens e os seus


familiares e, portanto, têm a oportunidade de avaliar não apenas as suas condições
físicas e psicológicas, mas também o seu ambiente familiar.
Para detetar um abuso importa estar atento e crítico relativamente à informação
verbal e não verbal transmitida ao profissional, assim como aos sinalizadores e
sintomas que lhe sejam dados a constatar, dado que estes se situam
predominantemente na zona da cabeça e pescoço.
A suspeita e o diagnóstico de um caso de abuso não deverá basear-se apenas
numa evidência, mas na conjugação de várias evidências, sendo importante que a
informação de cada evidência constatada deve ser partilhada com os restantes
profissionais que vão intervir no processo.

É importante salientar que muitas das vezes os abusadores evitam levar as crianças
as unidades de saúde, como por exemplo, médicos de família e pediatras, para
tratar lesões, com receio de serem descobertos, dirigindo-se mais facilmente ao
médico dentista na tentativa de resolver os ferimentos mais visíveis sem levantar
suspeitas. Assim, características físicas e psíquicas da criança como a
vulnerabilidade em termos de idade e necessidades, problemas crónicos de saúde,
dificuldades de linguagem e aprendizagens constituem fatores de risco de abuso por
negligência dos pais.

Alguns sinais peculiares de pais negligentes que devem ser tidos em conta durante
as consultas para a detecção de casos de abuso a menores são:
· Falta de preocupação dos pais para com a criança
· Falha em reconhecer as necessidades emocionais e de sofrimento do
menor
· Menosprezar e repreender a criança
· Recorrer a punição física em caso de mau comportamento
· Exigir perfeição nas tarefas realizadas pela criança
. Atraso repetitivo nas consultas agendadas
. Falta de interesse na educação da saúde oral
. Atendimento repetitivo para o alívio da dor de emergência
. Falha em concluir planos de tratamento

Tendo em conta alguns estudos realizados, grande parte dos médicos dentistas não
são capazes de detetar e de combater os maus tratos por não receberem formação
adequada sobre o tema durante o seu percurso académico. No entanto, aqueles
que efetivamente possuem esse conhecimento, hesitam em referenciar os casos
com receio da reação da família da vítima ou por não conhecerem os procedimentos
a serem tomados.
Serve esta apresentação para alertar os futuros médicos dentistas aqui presentes
este tema de elevada sensibilidade, para que, aquando do seu exercício profissional
saibam abordar corretamente o tema com as vítimas e desta forma evitar a
evolução deste tipo de situações.

É de salvaguardar que o quadro de abusos e discriminação se verifica muito


recorrentemente nas áreas de atendimento ao público e, principalmente, nas áreas
da saúde e ensino, como é o nosso caso neste momento e como vai ser no futuro,
enquanto médicos dentistas. Estes atos deteriorantes podem conduzir a transtornos
psicológicos, ingestão de substâncias e, até mesmo, o suicídio e daí ser necessário
a implementação imediata de medidas de prevenção e de rastreio. E como
verificámos está ao nosso alcance tanto como estudantes e como dentistas e
portanto é o nosso dever agir.

A verdade é que, devemos ser abertos ao facto de que questões como estas
(discriminação e abuso) - que envolvem as nossas crenças sobre a semelhança, a
igualdade e a diferença - são sensíveis e podem facilmente despertar as nossas
emoções. Se queremos realmente um país livre para todos os seus cidadãos, a
liberdade de agir contra alguns dos nossos cidadãos vai ter de ser controlada. E
mesmo que seja «mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito», como
Albert Einstein disse, temos de caminhar nessa direção, de forma a tornar ou tentar
tornar o mundo num sistema mais justo e acolhedor para com todos os cidadão.

https://www.gordonparksfoundation.org/gordon-parks/photography-archive/doll-test-1
9472
https://super.abril.com.br/historia/o-experimento-psicologico-com-bonecas-que-venc
eu-a-segregacao-racial-nos-eua
https://www.naacpldf.org/brown-vs-board/significance-doll-test/

https://smw.ch/index.php/smw/article/view/2143/3164

https://www.churchofjesuschrist.org/study/manual/abuse-prevention-and-protection/r
ecognizing-types-of-abuse?lang=por

https://www.anncrafttrust.org/what-is-discriminatory-abuse/

https://wikidiff.com/discrimination/abuse

https://www.harrow.gov.uk/adult-social-care/staying-safe/9

https://expresso.pt/sociedade/abusos/2023-06-01-Um-terco-dos-estudantes-universit
arios-ja-sofreu-assedio-sexual-193dd214

https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/123764/2/364908.pdf

​https://www.scielo.br/j/remhu/a/JKv9GkGkFVmJhbVNd6TwHcM/?lang=pt

https://www.uminho.pt/PT/uminho/Informacao-Institucional/Planos-e-Relatorios/Docu
ments/OPAUM_Orientac%CC%A7oes2022_VF.pdf

https://www.unicef.pt/actualidade/noticias/racismo-e-discriminacao-contra-criancas-e
-frequente-em-paises-de-todo-o-mundo/

https://super.abril.com.br/historia/o-experimento-psicologico-com-bonecas-que-venc
eu-a-segregacao-racial-nos-eua

https://www.naacpldf.org/brown-vs-board/significance-doll-test/
https://www.talentbrand.com.br/blog/principais-tipos-de-discriminacao-no-trabalho
https://inee.org/pt/glossario-EeE/discriminacao-de-genero

Você também pode gostar