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Escola Erem Luiz Alves

Turma: 1º ano “C”

Trabalho de Sociologia

Professor: Romenyck Stiffen

Ana Clara Barros Da Costa

Ana Laura Barros da Costa

Stefanne Mayara da Silva

Joice Samara Gomes Ferreira

Socialização, respeito as diferenças e inclusão


social

Santa Cruz do Capibaribe

2021
Ana Clara Barros Da Costa

Ana Laura Barros da Costa

Stefanne Mayara da Silva

Joice Samara Gomes Ferreira

Socialização, respeito as diferenças e inclusão


social: A intolerância religiosa e xenofobia contra
mulçumanos presente no mundo atual.

Trabalho de Sociologia apresentado ao professor da


disciplina de Sociologia, da Escola de Referência em Ensino
Médio Luiz Alves da Silva, para a obtenção da terceira nota
do bimestre da disciplina.

Orientador: Professor Romenyck Stiffen

Santa Cruz do Capibaribe

2021
RESUMO

Esse trabalho de pesquisa tem o intuito de apresentar a intolerância religiosa contra


mulçumanos no Brasil, onde será apresentado a história do Islã, os princípios, a diferença entre
a etnia Árabe e o adepto a religião do Islã, o Mulçumano. Será apresentado também, os
acontecimentos que levaram esses casos de intolerância no mundo, dispararem. Estarão
presente no trabalho, entrevistas de portais de notícias com praticantes da religião e
pesquisadores que o estudam (a partir do ponto de vista feminino). Após isso, estará disponível
as considerações finais e sugestões de como incluir e socializar com essas pessoas. O trabalho
apresenta o ponto de vista e pesquisa de quatro integrantes diferentes de forma de que cada uma
buscou expor seu ponto de vista acerca do tema proposto.

Palavras –chave: Islã; intolerância religiosa; mulçumanos; Brasil.


ABSTRACT

This research paper aims to present the religious intolerance against Muslims in Brazil, where
the history of Islam, the principles, the difference between the Arab ethnic group and the
adherent to the religion of Islam, the Muslim, will be presented. It will also be presented the
events that led these cases of intolerance in the world to skyrocket. The work will include
interviews with practitioners of the religion and researchers who study it (from the female
point of view). After that, the final considerations and suggestions on how to include and
socialize with these people will be available. The work presents the point of view and
research of four different members in a way that each one sought to expose her point of view
about the proposed theme.

Keywords: Islam; religious intolerance; Muslims; Brazil.


LISTA DE SIGLAS

ABIN – Agência Brasileira de Inteligência

EUA – Estados Unidos da América

FBI – Federal Bureau of Investigation (Departamento Federal de Investigação)

IHF - Federação Internacional de Helsínquia para os Direitos do Homem

ONU – Organização das Nações Unidas

PcD’s – Pessoas com deficiência

PF – Policia Federal

USP – Universidade de São Paulo


SUMÁRIO:

INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------------------------- 00

CAPÍTULO 1

O ISLAMISMO --------------------------------------------------------------------------------------- 00

1.1 A história do Islamismo -------------------------------------------------------------------------- 00


1.2 Os princípios do Islamismo ---------------------------------------------------------------------- 00
1.3 Os cinco pilares do Islamismo ------------------------------------------------------------------- 00
1.4 Os grupos do Islamismo -------------------------------------------------------------------------- 00
1.5 Mulçumano X Árabe ------------------------------------------------------------------------------ 00

CAPÍTULO 2

A Intolerância contra mulçumanos nos EUA ------------------------------------------ -------- 00

2.1 A intolerância contra mulçumanos presente na Europa Ocidental -------------------------- 00

2.2 A intolerância contra mulçumanos no Brasil --------------------------------------------------- 00

2.3 A islamofobia contra mulheres presente no Brasil ---------------------------------------------- 00

2.4 Considerações finais sobre a intolerância contra mulçumanos no Brasil ------------------- 00

2.5 Maneiras de inclusão social e socialização de mulçumano na sociedade brasileira -------- 00


APRESENTAÇÃO:

Essa pesquisa está estruturada em dois capítulos. Antecedendo o primeiro, a


introdução apresenta informações importantes sobre o tema principal.

No primeiro capítulo é abordado os seguintes pontos: a religião do Islã, sua história,


seus princípios, pilares, grupos e a diferença entre etnia e religião.

O segundo capitulo aborda a situação da intolerância no mundo todo, é dividida em


três partes, a intolerância em países e continentes específicos, considerações finais sobre o
tema e sugestões de como resolver a situação apresentada no tema.
INTRODUÇÃO

Socialização

É o processo pelo qual os indivíduos internalizam ideias, valores, costumes e a cultura


do meio onde está inserido. Esse processo é dividido em três fases, sendo elas:

Socialização primária: começa na infância, a partir do contato da criança com a família.


De modo inconsciente, a criança aprende a ter gostos, linguagem, identificação de gênero,
separação de si e do outro, etc.

Socialização secundária: Vai da infância até a fase adulta, a partir do contato com
amigos, escola e os meios de comunicação de massa. Internalizamos comportamentos sociais,
desenvolvemos algum senso político, cultural, laboral, etc.

Socialização terciária: é o rompimento dos tabus, quando se passa a questionar os


valores aprendidos e internalizados das etapas anteriores. É uma etapa mais rara de se
acontecer.

Para Émile Durkheim, considerado o pai da sociologia, nossa socialização sempre se


dá por meio da coerção social. A sociedade exerce uma força sobre os indivíduos para que
eles se adequem e pode mesmo puni-los de alguma forma quando não se comportam
conforme o esperado.

Respeito as Diferenças

Quando ouvimos falar sobre o respeito as diferenças, temos que entender que sem isso
não há a socialização com o outro, tendo em vista que não há respeito mútuo sobre as diferenças
existentes de cada um, quando essas diferenças não são respeitadas, acontece a discriminação,
que dependendo do âmbito (racial, religioso, nacionalidade, sexo e classe social) pode receber
um nome especifico.

A importância do respeito as diferenças, abre portas para o entendimento sobre o outro


e a sua situação, afinal, cada um de nós possui particularidades que são exclusivas, abre também
portas para que o mundo e a sociedade sejam transformados com a inclusão e respeitos às
diferenças existentes.

Podemos afirmar que o respeito é limitado, pois não podemos respeitar todas as
diferenças e todas as opiniões. Afinal, não podemos respeitar e acolher algumas formas de
existir que nos agridem, ameaçam, matam, destroem nossas convicções, nossa maneira de estar
no mundo. Ou seja, podemos afirmar que o respeito às diferenças não pode ser absoluto, não é
experimentado como absoluto, mas é limitado pelos nossos próprios limites.

Um dos caminhos para o respeito às diferenças, é o conhecimento de nós mesmos, pois


nossa inserção no mundo embora única é parcial e, por isso mesmo o que chamamos de respeito
também é limitado e pode ser considerado pelo outro como desrespeito.

Falar de respeito às diferenças no século XXI, é falar de sociedade, afinal, durante muito
tempo as diferenças eram segregadas, com um único motivo, que era não conviver com as
diferenças do outro, valorizando e considerando apenas a minha (e única) inserção de mundo.

Um dos exemplos de segregação das diferenças, foi a Segregação Racial nos Estados
Unidos da América1, e também a Segregação Racial na África do Sul2, onde não houve o
respeito às diferenças, consequentemente desrespeitando os direitos dos que foram segregados.

Pois, entender outras culturas e respeitar seus hábitos e costumes são as armas contra o
etnocentrismo.

Entender que o outro não é igual, é entender a forma pela qual várias culturas e povos
nasceram, como exemplo, podemos citar o Brasil, que apresenta uma diversidade de cultura e
de povos. A colonização foi a responsável pela diversidade que existe no Brasil, por meio da
miscigenação que ocorreu entre o europeu, o índio (nativo) e o negro (trazido da África). Porém,
essa miscigenação deixou marcas no Brasil, consequentemente, havendo uma diversidade de
religiões, raças, línguas e costumes, um exemplo disso é a comparação entre a Região Sul (que
apresenta uma cultura semelhante à europeia) e a Região Nordeste (que apresenta um cultura
diversificada, causada pela miscigenação entre os povos já citados).

1
A segregação racial nos Estados Unidos, como um termo geral, inclui a segregação baseada em
discriminação racial em instalações públicas e privadas, serviços e oportunidades (a moradia, cuidados médicos,
educação, emprego e transporte). A expressão é aplicada em situações onde a separação de raças (principalmente
para com os afro-americanos) foi imposta de forma legal (no âmbito da lei) ou por imposição social. Ela é também
aplicada para situações normais de discriminação e racismo pela comunidade branca contra os não-brancos.

2
Também chamado de apartheid, foi uma série de políticas de segregação implantas na África do Sul,
tendo início em 1948 e encerrando-se apenas em 1990. Os negros eram impedidos de participar da vida política
do país, não tinham acesso à propriedade da terra, eram obrigados a viver em zonas residenciais determinadas. O
casamento inter-racial era proibido e uma espécie de passaporte controlava a circulação dos negros pelo país.
O respeito às diferenças é o que move o nosso país, e relembra a história do Brasil, que
apresentou (e ainda apresenta) várias desigualdades entre povos que foram dominados e
escravizados, sendo assim, mostra-se necessário que instituições governamentais promovam
campanhas que visam o respeito às diferenças desde criança, para que assim possamos moldar
a geração do futuro, para que não haja desigualdades.

Inclusão Social

A inclusão social é uma ferramenta importante de participação e controle social,


responsável por atuar na garantia de direitos a todos os cidadãos e na manutenção da democracia
como regime político igualitário.

O objetivo da ações de inclusão social é possibilitar que todos os cidadãos tenham


oportunidades de acesso a bens e serviços, como saúde, educação, emprego, renda, lazer,
cultura, entre outros.

No Brasil, as ações de inclusão social se evidenciam, por exemplo, através de


campanhas de combate ao racismo, e de inclusão de pessoas PcD’s na sociedade por parte do
Governo Federal. Promovendo assim acesso aos direitos de forma igualitária e justa.

Porém, por mais que existam ações de inclusão social, nem sempre elas serem eficazes,
podemos citar como exemplo, a inclusão de crianças PcD’s em escolas com crianças que não
possuem deficiência (pois, apesar de ser uma ação de inclusão social, não foi executada de uma
forma que abrangesse e incluísse todas as crianças).

Sendo assim, podemos afirmar, que não é necessário apenas a implantação de ações de
inclusão social, mas a implantação e execução de ações de inclusão social que sejam eficazes,
atendendo assim, a toda a sociedade.

Intolerância religiosa

A intolerância religiosa é uma forma de preconceito por conta da religião. Geralmente,


a intolerância religiosa manifesta-se por meio de discriminação, profanação e agressões.

A intolerância religiosa se caracteriza quando uma pessoa ou instituição não aceita a


religião ou crença de outro indivíduo ou de um país.

No caso do Estado, a intolerância religiosa pode ser manifestar em leis que criminalizem
as práticas de uma religião ou a proibição da mesma.
Atualmente, a intolerância religiosa de Estado se manifesta em países que adotam o
islamismo como religião oficial. Nestes países, é comum os cristãos estarem proibidos de
praticarem sua fé e serem condenados por isso.

Da mesma forma, alguns grupos de muçulmanos radicais, decidiram exterminar pessoas


que não seguem a mesma linha de pensamento. Isso vale tanto para pessoas de outras religiões
como para muçulmanos moderados.

Xenofobia

A xenofobia é a aversão e o preconceito contra pessoas estrangeiras ou de culturas


diferentes.

Pode-se identificar a xenofobia entre pessoas de um país que desenvolvem aversão a


imigrantes de outros países, ou até mesmo dentro de um país onde há um fluxo migratório de
pessoas de regiões diferentes.

Hoje, depois que o mundo abriu os olhos para a situação judaica após os terríveis
acontecimentos da década de 1940 (o Holocausto), outros povos de origem semita sofrem com
a xenofobia: árabes, palestinos e outros povos majoritariamente islâmicos. A intensa migração
de muçulmanos oriundos do Irã, Iraque, Síria, Afeganistão, e de outros países do Oriente Médio
que sofrem por conflitos armados, tem revelado o preconceito xenofóbico dos ocidentais contra
esses indivíduos.

A xenofobia também está intimamente relacionada à intolerância religiosa. Como a


religião é uma característica muito marcante na cultura de um povo, pode-se usar o ataque à
religião como o ataque àquele povo. Um exemplo disso está no problema da xenofobia
enfrentado por povos, em geral muçulmanos provenientes do Oriente Médio, na Europa e nos
Estados Unidos.

A partir de experiências isoladas com islâmicos radicais provenientes da tradição xiita,


setores conservadores ligados a um pensamento cristão fanático criaram uma aversão
ao islamismo e espalham essa aversão para demarcar a sua aversão aos povos que entram em
seu território nacional.

Isso significa que, após as ondas migratórias de palestinos, sírios e africanos para várias
partes do mundo, as alas mais conservadoras de alguns países estão buscando subterfúgios na
religião para manter os estrangeiros longe.
CAPÍTULO 1

O Islamismo

O islamismo é uma religião monoteísta que acredita em apenas um Deus, que é chamado
de Allah (ou Alá), quem é seguidor adepto ao islamismo é chamado de mulçumano ou
mulçumana (essas palavras tem origem árabe, muslim, que significa submisso, nesse caso
submisso a Allah.

1.1 A história do Islamismo

Essa religião surgiu no início do século VII, por meio de Muhammad (ou Maomé).
Atualmente é a segunda maior religião do mundo, possuindo cerca de 1,8 bilhões de fiéis, sendo
que a maioria deles estão localizados no continente asiático e africano.

O islamismo surgiu no começo do século VIII por meio da obra de Muhammad, o grande
profeta dessa religião. O pouco que sabemos sobre Muhammad é que ele era um homem que
se isolava com certa frequência para orar e meditar. Em 610 d.C., durante um desses retiros,
Muhammad foi para uma caverna, localizada no monte Hira, quando o anjo Gabriel revelou-
se chamando-o de rasul Allah (enviado de Deus).

Esse acontecimento ficou conhecido como Noite do Destino e deu início às revelações
de Allah para Muhammad. O profeta ficou os dois anos seguintes sem receber novas revelações,
até que elas retornaram por volta de 612 d.C. Essas foram, depois, sendo transcritas pelos
convertidos ao islamismo no que se chamou Alcorão ou Corão, o livro sagrado do islã.

1.2 Os princípios do Islamismo

Os muçulmanos acreditam na onipotência e onisciência desse Deus, além de crerem que


ele é o criador do Universo.

Os muçulmanos acreditam nos profetas enviados por Allah para trazerem sua
mensagem, sendo Muhammad o último e mais importante deles.
Os muçulmanos acreditam no conceito de danação eterna e professam que aqueles que
não se converteram à mensagem de Allah serão condenados ao fogo eterno.

Esses fiéis acreditam que livros como a Torá, os Salmos e a Suna (acatada somente pelos
muçulmanos sunitas) são sagrados e acreditam na existência de anjos.

Os muçulmanos acreditam que três cidades são sagradas: Medina, Meca e Jerusalém.

1.3 Os cinco pilares do Islamismo

O islamismo é uma religião que possui cinco pilares que todo muçulmano deve seguir
no exercício de sua fé. Estes são os pilares:

Recitar o credo “não existe nenhum deus além de Allah, e Muhammad é seu profeta”.

Orar cinco vezes ao dia na direção de Meca.

Observar o jejum durante o mês sagrado chamado Ramadã.

Realizar o zakat, a doação de 2,5% de seus lucros para os mais pobres.

Visitar Meca uma vez na vida, desde que se tenha condições para isso.

1.4 Os grupos do Islamismo

Os sunitas são a maioria entre os mulçumanos – cerca de 86% a 90%. Os adeptos dessa
vertente se consideram o ramo mais tradicional e ortodoxo do Islã. São conhecidos por
possuírem uma interpretação mais flexível do Alcorão e de outros textos sagrados.

Os xiitas correspondem a 10% dos mulçumanos e defendem uma aplicação literal de


textos sagrados e uma aplicação rígida (inflexível) da Sharia4 (lei islâmica).

Nos países governados por sunitas, os xiitas geralmente fazem parte da parcela mais
pobre da sociedade e se veem como vítimas de opressão e discriminação. Alguns extremistas
sunitas também pregam ódio contra os xiitas.

4
A Sharia é o sistema jurídico do Islã. É um conjunto de normas derivado de orientações do Corão, falas e
condutas do profeta Maomé e jurisprudência das fatwas - pronunciamentos legais de estudiosos do Islã. Em uma
tradução literal, Sharia significa "o caminho claro para a água".
1.5 Mulçumano x Árabe

É cada vez mais comum que essas duas palavras sejam usadas de maneira incorreta,
pois cada uma possui um significado diferente.

Mulçumano significa aquele que segue a religião dos Islã. Já, a palavra Árabe, se refere
a um tronco etnolinguistico. Um dos exemplos disso, é a Índia que possui cerca de 16% da sua
população adepta ao Islamismo, mas não é árabe, pois não adota o árabe como língua oficial.

O uso dessas duas palavras de maneira incorreta no mundo ocidental, mostra que ainda
estamos longe de respeitar as diferenças do outro, afinal, porque desprezamos e ferimos a
cultura dessas pessoas que foram de extrema importância para a história da humanidade?

A religião e a cultura, possui pilares e costumes que preservam o que há de mais


importante, é comum falarmos que os conflitos existentes em alguns países árabes são causados
pela religião (Islã), quando necessariamente um país árabe não adota o Islã como religião oficial
e possui diversidade religiosa, o que é o caso do Líbano.

A evidencia do uso incorreto dessas palavras, fica claro após os acontecimentos do 11


de setembro5, onde a aversão tanto à mulçumanos quanto à árabes, explodiram no mundo
ocidental, a Guerra ao Terror6, liderada pelo os EUA, apenas abriu caminho para que uma onda
de xenofobia tomasse conta dos ocidentais.

Quanto a isso, mostra-se necessário que instituições governamentais, e internacionais,


como a ONU, promovam campanhas de conscientização do respeito à religião do Islã, e
campanhas informativas sobre povos árabes e sua importância para o mundo atual.

É necessário também que governos parem de estimular ódio aos mulçumanos apenas
por exercerem seu direito de praticar uma religião, afinal, o excesso de vigilância de governos
aumentou após o 11 de setembro5.

5
Os ataques ou atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 foram uma série de ataques suicidas
contra os Estados Unidos coordenados pela organização fundamentalista islâmica al-Qaeda em 11 de setembro de
2001. Na manhã daquele dia, dezenove terroristas sequestraram quatro aviões comerciais de passageiros.

6
Guerra ao Terror ou Guerra ao Terrorismo é uma campanha militar desencadeada pelos Estados Unidos,
em resposta aos ataques de 11 de setembro. O então Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, declarou a
"Guerra ao Terror" como parte de sua estratégia global de combate ao terrorismo.
CAPÍTULO 2

A intolerância contra os mulçumanos nos EUA

No passado, antes do 11 de setembro, um mulçumano chegar nos EUA e viver lá não


era um problema, mas após o 11 de setembro tudo mudou, afinal o ódio contra essa religião e
os praticantes dela foi estimulado.

O que cresceu também foram os crime de ódios contra os seguidores do Islã nos EUA.
Pois, em 2000, as autoridades haviam contabilizado (e relatado) apenas 28 incidentes em todo
o país, número que chegou a 481 em 2001. Desde então, os crimes de ódio com motivação
islamofóbica jamais baixaram. Em 2019, o FBI, a polícia federal americana, contabilizou 219
atos de violência. Em 2019, o FBI contabilizou 219 atos de violência.

Essa intolerância e debate chegou também às urnas. Em 2016, Donald Trump7 foi eleito
com uma clara campanha anti-islã. Inclusive durante sua campanha, Donald prometeu banir a
entrada de qualquer seguidor da fé islâmica, caso fosse eleito. O que retrata em um ato de
intolerância religiosa.

Sumayyah Waheed, consultor político que trabalha no Muslim Advocates, grupo de


direitos civis com sede em Washington afirma que “O ódio e a discriminação aumentaram
significativamente”. Além do aumento relata um pouco do que aconteceu na vida dos
mulçumanos americanos:

“A vida cotidiana dos mulçumanos americanos se tornou assunto de


debate. Sua fé foi racializada e todas as comunidades enfrentaram intenso
escrutínio. (WAHEED, 2021)

Apesar das dificuldades enfrentadas pelos mulçumanos nos EUA, houve também
avanços, como: o aumento da população mulçumana e os americanos elegendo mulçumanos
para o Congresso.

Diante disso, mostra-se necessário que haja palestras e campanhas que visam o combate
à intolerância religiosa contra os praticantes dessa religião, para que haja socialização e inclusão
social entre os povos.

7
Donald John Trump foi o 45.º presidente dos Estados Unidos.
2.1 A intolerância contra os mulçumanos na Europa Ocidental

Os casos de intolerância contra os mulçumanos na Europa Ocidental, dispararam após


o 11 de setembro, foi o que advertiu a IHF, que relacionou que os incidente de ódio aumentaram
de forma significativa, pois as pessoas passaram a enxergar o extremismo religioso como a
religião, a IHF alertou em um relatório publicano em Viena:

"O sentimento crescente de uma ameaça ligada ao extremismo religioso reforçou


os preconceitos e as discriminações em relação aos muçulmanos, que se sentem de forma
crescente tratados com hostilidade e estigmatizados em razão da fé que professam", (IHF,
2005).

Esse medo e ódio mostram-se cada vez mais frequentes após os atentados terroristas
ocorridos em novembro de 2015 em Paris8, onde mais de 130 pessoas morreram, e acendeu o
alerta dos europeus se é mesmo seguro abrigar mulçumanos.

2.2 A intolerância contra os mulçumanos no Brasil

O número de praticantes do islamismo no Brasil é de 1,5 milhões, um número


relativamente baixo comparado com o número de praticantes da religião cristã, estima-se que
haja cerca de 50 mesquitas espalhadas pelo país.

Assim como as religiões de matriz africana, o islamismo também sofre de intolerância


por parte da população brasileira, o que aumentou após o 11 de setembro.

No Brasil, muçulmanos têm visto o preconceito da própria população crescer,


mas sentem-se perseguidos também pelas forças de segurança do país. Equipes da
Polícia Federal (PF) entraram em duas mesquitas na capital paulista entre o fim do mês
de julho e o começo de agosto em 2016, sem portar qualquer mandado judicial de busca
e apreensão, prisão preventiva ou condução coercitiva. Segundo o relato ao The
Intercept Brasil de muçulmanos que frequentam um dos templos, oito policiais federais
chegaram ao local identificados com uniformes e distintivos da PF durante uma
palestra. Eles fizeram perguntas sobre a religião, sobre os assuntos que eram discutidos
nas reuniões e a origem do dinheiro usado para administrar as mesquitas. Ao menos
dois agentes estavam armados. Ninguém foi levado para prestar depoimento
formalmente à PF. (REDE BRASIL ATUAL, 2016).

8
Os ataques de novembro de 2015 em Paris foram uma série de atentados terroristas
ocorridos na noite de 13 de novembro de 2015, em Paris e Saint-Denis, na França.
Os episódios são exemplos de uma mudança recente na postura das
autoridades brasileiras em relação ao Islã no Brasil. Se antes promovia campanhas
contra a intolerância religiosa, desde a troca de governo houve uma sequência de
exemplos em que autoridades brasileiras na área de segurança pública levantaram
suspeita ou tomaram ações com base em estereótipos sobre muçulmanos,
extrapolando evidências concretas que tinham sobre seus alvos – prática conhecida
como profiling. Foi neste contexto que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin),
reintegrada a um gabinete militar, se lançou em uma campanha pela disseminação
do medo em relação ao terrorismo. Em colaboração com a Polícia Federal (PF), a
Abin também participou da Operação Hashtag, que prendeu 14 suspeitos de integrar
uma suposta “célula terrorista” no Brasil. A operação foi cercada de
questionamentos sobre a real ameaça que os investigados ofereciam – o juiz Marcos
Josegrei da Silva, que autorizou as prisões, chegou a afirmar que “não se pode dizer
que essas pessoas são terroristas, que vão cometer esses atos”. (REDE BRASIL
ATUAL, 2016).

Veja abaixo, trechos de uma entrevista da revista Brasil De Fato, em 2019, onde três
amigos revelam as dificuldades de ser mulçumano no Brasil, em uma favela em São Paulo:

Para Cesar Kaab, produtor cultural e ativista (e ex- rapper), que é convertido ao
islamismo, e inaugurou uma pequena mesquita no meio da favela Cultura Física, em Embu das
Artes, na Grande São Paulo, a intolerância religiosa contra os mulçumanos foi intensificada ao
longo dos anos e também falou sobre as dificuldades do cotidiano enfrentadas pelos
mulçumanos no Brasil:

Nós recebemos a visita de um xeique muito conceituado no mundo árabe,


ele veio conhecer o nosso trabalho. A ideia, no início, era fazermos uma creche e
uma mesquita. Foi algo muito importante para nós. No outro dia o celular começou a
tocar, era bem cedo, cinco horas da amanhã. Foi aí que eu vi que tinha uma matéria
da Veja, e o título era “Um jihadista no Brasil”, onde apontavam o cara como
aliciador do Estado Islâmico, e minha foto junto com o cara no meio da favela”
(KAAB, 2019)

“Daí pra frente foram vários ataques nas redes sociais. São muitos anos de
perseguição”. (KAAB, 2019)
“As pessoas se posicionam contra mulçumanos, acham que todo
mulçumano é um terrosrita em potencial. Se você entra no metrô as pessoas olham
torto para você; se a mulher vai no mercado ficam fazendo graça, chacota. Duas
semanas atrás um pessoa puxou a vestimenta de uma mulher que tinha se
convertido. Foi entrar no trabalho, porque assumiu se hijab, o porteiro não a deixou
entrar. É muito triste, porque a gente só quer seguir a nossa fé”. (KAAB, 2019)

Em seu período de conversão Anderson Freitas (amigo de Kaab) travou uma batalha até
dentro da própria família:

“No começo tudo é difícil, os enfrentamentos vêm dentro de casa. Quando a gente
fala ‘eu sou muçulmano’, a família te vê com toda aquela bagagem que foi apresentada pra
ela: bomba, terrorismo, violência. No meu caso, parentes se distanciaram, tive
enfrentamentos com a minha noiva, minha mãe, minhas irmãs. Mas com o tempo, consegui
mostrar pra eles o verdadeiro islã. Só lamento muito a perda dos meus amigos. Tem um
amigo que vivia lá em casa, hoje passa pela minha mãe e nem fala, como se fosse uma
doença contagiosa”. (BRASIL DE FATO, 2019)

Já para Roberto (nome fictício), que trabalha com despachos em um estoque, o problema
maior foi o local de trabalho:

“Quando falei que era muçulmano, já começaram a atacar, fazer gracinha: ‘então você
não reza pra Deus, você faz terrorismo’”. (BRASIL DE FATO, 2019)

Os três também relembraram algumas situações em que sofreram preconceito, até


mesmo de autoridades públicas:

“A gente tá lá fazendo a divulgação, passa um cara e diz ‘deixa o Bolsonaro entrar,


isso vai acabar’", conta Anderson. "Ali na hora a gente fica até com dó da pessoa. No
viaduto do chá um cara chegou, meteu o dedo na cara do César, bateu no rosto dele com o
papel”, diz ele, rememorando o que o grupo sofreu nas atividades de dawa, atividade de
divulgação da religião feita pelos muçulmanos. César completa: “Outra vez foi a polícia. A
gente tava lá fazendo a dawa, conversando com as pessoas, uma policial feminina bateu na
minhas costas e disse ‘você não pode ficar aqui’. Eu perguntei qual o motivo, ela ‘você tá
denegrindo o solo’. (BRASIL DE FATO, 2019)

A reportagem também procurou uma mulher para falar sobre a “Discriminação sob o
olhar feminino”:
"No Brasil é muito difícil ser muçulmano, porque tem muito preconceito. A gente
sofre preconceito porque usa o hijab, por causa da mídia. Eu aprendi a conviver com a
minha religião, porque é o que eu escolhi e eu tenho convicção de que eu quero ser
muçulmana” (BRASIL DE FATO, 2019)

“O hijab pra mim significa tudo. Faz parte da minha religião, faz parte de mim, e
eu só faço por deus, por Allah, e não por ninguém. No começo, as pessoas da rua onde eu
moro falavam ‘a religião dessa moça aí é aquela que corta o pescoço das pessoas’. Só que
eu sempre morei na rua, nunca fiz mal para ninguém. Eu não liguei, e hoje acho que eles
me toleram”. (BRASIL DE FATO, 2019)

2.3 A islamofobia contra mulheres presente no Brasil

A islamofobia presente no Brasil não é apenas praticada contra homens, mas também
por mulheres, onde sofrem um preconceito maior (principalmente por decidiram usar o hijab)
para entender um pouco da situação dessas mulheres no Brasil (principalmente após a chegada
do Talibã ao poder no Afeganistão, após 20 anos), iremos analisar o aumento de casos de
islmofobia registrados pela pesquisadora Francirosy Campos (é professora da Universidade de
São Paulo, antropóloga com pós-doutorado na Universidade de Oxford, feminista e
muçulmana) que estuda o assunto há mais de 20 anos, e foi entrevistada pelo portal de notícias
BBC News, divulgada pelo G1, matéria que iremos utilizar para exemplificar e explicar a
islamofobia contra mulheres no Brasil:

"Tudo o que alguém faz de errado em nome da religião se volta contra a comunidade
muçulmana, especialmente contra as mulheres" (CAMPOS, 2021)

A pesquisadora explica que movimentos políticos com teor religioso, como o Talibã,
não são a mesma coisa que a religião do Islã. E que há muita diversidade e muitas diferenças
no mundo muçulmano.

"O patriarcado, o machismo estão em todas as sociedades. Os homens são


machistas dentro do Islã, fora do Islã, com religião, sem religião. Mas isso não impede que
as mulheres construam suas agências, suas formas de luta e suas formas de resistência"
(CAMPOS, 2021)
Sobre a expectativa de aumento de preconceito contra mulçumanos com a chegada o
Talibã ao governo do Afeganistão, a pesquisadora comentou:

“Minha área de pesquisa é justamente sobre islamofobia, e eu não estou dando conta
de ver tudo. Porque as pessoas não sabem o que é o Islã, elas não sabem que (a situação no
país) é um conflito político, não sabem muitas vezes nem onde fica o Afeganistão. Isso
reverbera nos grupos mais frágeis, que são as mulheres que usam lenços, que muitas vezes
sofrem ataques verbais e até físicos muito violentos. A gente precisa explicar o que isso
representa para as mulheres afegãs, que têm suas lutas e movimentos que não
necessariamente são os mesmos daqui, e descolonizar um pouco o olhar sobre esse povo e
sobre as próprias mulheres muçulmanas que estão no Brasil. Porque há uma diversidade
entre os muçulmanos - eles não são iguais, vêm de culturas diferentes, têm valores diferentes.
Eu fiquei vendo várias postagens de mulheres falando sobre o lenço, dizendo para
muçulmanas tirarem o lenço... Não é o lenço que é o problema.” (CAMPOS, 2021)

Sobre o uso de hijab para as mulheres mulçumanas, a pesquisadora comentou:

O uso do hijab é uma obrigação alcorânica, mas existe o livre arbítrio. Tenho
várias amigas muçulmanas que não usam — e elas não são mais ou menos muçulmanas, só
não estão seguindo um preceito religioso. Existem sociedades e famílias que permitem que
suas filhas escolham, e tem sociedades teocráticas, como a Arábia Saudita, o Irã, que
obrigam. Se existem sociedades em que as mulheres vivem sem roupas, usam pinturas
corporais, porque as mulheres muçulmanas não podem vestir as vestimentas tradicionais?
Porque, se algumas questionam, outras não questionam ou escolhem usar. Faz parte da
cultura e da individualidade delas. (CAMPOS 2021).

A pesquisadora também comentou sobre o que o uso do lenço representa para uma
mulher mulçumana que escolhe fazer o uso dele e também em relação aos direitos das mulheres:

Tem vários significados que eu colhi nas minhas pesquisas. Para algumas
mulheres, é um empoderamento, para outras é religiosidade, para outras é um ato político.
Se você pensar nas opressões contra mulheres muçulmanas que tiveram mais destaque na
França, começando em 1989, a partir daí houve uma revolta tão grande das mulheres de
origem islâmica que muitas que não usavam o lenço passaram a usar, como um ato político.
Eu, por exemplo, sou muçulmana há muitos anos e sou docente da USP há mais de dez
anos. E eu sempre tive o desejo de usar, mas eu não tinha coragem. Por medo da
islamofobia, ou por medo de intimidar os meus alunos, passavam mil coisas pela minha
cabeça. Mas quando eu comecei a ver a quantidade de meninas que não tinham a mesma
estabilidade que eu, que estão lutando para usar o lenço e recebem todo tipo de ofensa, eu
resolvi usar. (CAMPOS, 2021)
As mulheres têm direitos no mundo muçulmano desde o século 7, desde o advento
do Islã. Isso não quer dizer que em todas as sociedades esses direitos sejam garantidos. É
como nós no Brasil — temos direitos, mas nem sempre eles são garantidos. As mulheres
têm direito de voto, de escolher o marido, de usar anticoncepcional, direito ao prazer, à
herança, ao divórcio, ao conhecimento. É um grande absurdo o Talibã proibir o estudo das
mulheres. Não tem nada no Islã que diga que as mulheres não devam estudar, ao contrário:
a primeira palavra revelada do Corão é "leia". (CAMPOS, 2021)

A pesquisadora ainda foi questionada se é possível ser feminista e mulçumana, fato que
ela respondeu:

Sim, claro! Desde o século 18, as mulheres muçulmanas já tinham movimentos


estruturados. Não necessariamente elas chamavam de movimentos feministas, mas há
movimentos estruturados de mulheres. O Afeganistão é um exemplo: as meninas, quando o
Talibã estava no poder pela primeira vez, elas pegavam as câmeras e colocam embaixo da
burca e filmavam todas as atrocidades as violência que elas viam. (CAMPOS, 2021)

Também falou sobre Malala Yousafzai (ganhadora do Nobel da Paz) e suas influências
femininas no mundo do islã:

Olha, eu não acho que a Malala é um grande exemplo de resistência. Onde ela
sofreu o atentado, 80 crianças foram assassinadas pelos Estados Unidos, e ela nunca falou
sobre essas crianças. É uma violência, um absurdo o que aconteceu com ela, mas eu não a
considero um símbolo. Ela silencia sobre a morte dessas crianças e sobre a morte das
mulheres do Afeganistão pela Inglaterra. Ela foi muito usada pelos Estados Unidos para
falar o que eles queriam que uma mulher muçulmana falasse. Então, eu acho que o símbolo
de resistência são as mulheres do Afeganistão que resistem ao Talibã todos os dias.
Considero mais símbolo a Benazir Bhutto (ex-primeira ministra do Paquistão). (CAMPOS,
2021)

E por fim foi questionada sobre qual o impacto da islamofobia para as mulheres
mulçumanas no Brasil, fato que ela respondeu:

O impacto da islamofobia é muito grande. A islamofobia no Brasil é de classe. O


que minha pesquisa aponta é que a islamofobia afeta muito mais as mulheres revertidas
(convertidas) ao Islã, de classe média baixa, jovens e acima de 40 anos. As mulheres que
andam de metrô, de ônibus, que andam a pé, que têm subempregos, são essas que são as
mais afetadas. Se você anda de carro, você está mais protegida. Mas vai pegar um metrô às
seis da tarde de lenço. É uma vulnerabilidade. As mulheres nascidas no Islã também sofrem
intolerância, mas elas têm mais apoio. A mulher que se converte, ela vai sozinha, ela não
faz parte de uma comunidade, não tem uma família muçulmana para dar apoio. (CAMPOS,
2021)
A gente achava que as redes sociais teriam a maior parte das agressões, mas muitas
das agressões são nas ruas. Desde puxar o lenço, fazer comentários pejorativos até
pedradas. Tem mulheres que já sofreram pedradas, foram perseguidas, empurradas.
(CAMPOS, 2021)

2.4 Considerações finais sobre a intolerância contra mulçumanos no Brasil

Apresentados os dados e as reportagens onde relatam casos de islamofobia no Brasil,


podemos concluir que o pensamento ocidental criou uma própria ideia do que realmente é o
Islã (considerando principalmente que se trata de terrorismo).

As reportagens apresentadas destacaram pontos importantes, e uma palavra resume tudo


que foi apresentado: INTOLERÂNCIA, afinal, durante as reportagens, vimos que não apenas
o indivíduo como integrante da sociedade praticou a intolerância contra praticante da religião
do Islã, mas também agentes públicos, que deveriam zelar e garantir os direitos dessas pessoas.
Relacionando atentados terroristas com a religião.

Acredito que o ponto mais importante das reportagens, foi o ponto de vista feminino
sobre o preconceito, especialmente o preconceito com o uso do hijab por partes dessas
mulheres, onde uma delas conta que passou a sofrer preconceito quando se converteu ao Islã e
passou a usar o hijab. A pesquisadora Francirosy Campos que foi a entrevistada para a segunda
reportagem, afirmou que o uso do lenço (hijab) possui vários significados e o uso do mesmo é
algo que variar de acordo com a escolha da mulher (mulçumana).

Diante de todas essas situações, podemos afirmar que o caminho para a superação dessa
intolerância está cada vez mais longe, especialmente após os recentes acontecimentos no
Afeganistão, sendo assim, é necessário que a sociedade inclua essas pessoas nos círculos
sociais, para que haja o respeito Às diferenças e a tolerância, como chave para um futuro ideal.

É necessário também que líderes políticos de potências mundiais, reconheçam a


importância dos praticantes dessa religião para mundo, aplicando o que há de mais belo nessa
religião: a fraternidade, cooperação e devoção. Também promovendo alianças que essas
pessoas para recuperação dos valores do Islã, para que nações como a Síria, o Iraque e outros
(devastados por guerras), possam ser recuperados, e essas pessoas possam deixar de serem
perseguidas, formando assim uma comunidade prospera com objetivo de reestruturar seus
países com bases em preceitos religiosos, porém, respeitando a escolha da religião do outro.
2.5 Maneiras de inclusão social e socialização de mulçumanos na sociedade brasileira

Apresentada a conclusão desse tema, é necessário buscar maneiras de incluir e socializar


com adeptos dessa religião. Afinal, ao modo que socializarmos com essas pessoas, a sociedade
irá ser transformada.

É necessário que o Governo Federal em conjunto com o Ministério da Cidadania e o


Ministério da Educação, promover palestras em que as pessoas e estudantes possam ter contato
com essas pessoas, para que a voz das pessoas dessa religião sejam ouvidas, visando assim um
debate maior sobre o respeito aos adeptos dessa religião.

Que promova também ações que visam a exposição em espaço público de obras e
eventos que visam e enaltecem a cultura dessa religião, reservando praças e até mesmo parques
para que quando disponíveis haver eventos que visam uma reunião entre a comunidade
mulçumana nesses locais.

Que promova também a inclusão dessas pessoas na política, para que assim possa haver
representatividade para a comunidade mulçumana. E assim possa incentivar os futuros jovens
mulçumanos para o mesmo caminho.

E que acima de tudo promova a união e respeito entre as religiões existentes no Brasil,
para que haja tolerância à todas elas, e assim, incentivar a socialização entre o outro,
independente da vertente religiosa (e ideológica).

Esperamos que todas as maneiras de inclusão social e socialização dos mulçumanos no


Brasil, seja levado em consideração para projetos futuros do Governo Federal, incentivamos
também, as escolas para promover aulas que visam explicar sobre o Islã e a tolerância à essa
religião, promovendo dinâmicas entre os alunos, para explicar que nem toda pessoa que é
mulçumano (principalmente as mulheres) é oprimido ou um terrorista.

Esperamos também que a sugestão acima seja levada em consideração no futuro,


inclusive, ela se mostra necessária após os acontecimentos recentes no Afeganistão.
REFERÊNCIAS BIBIOGRAFICAS:

Disponível em: >https://www.stoodi.com.br/resumos/sociologia/introducao-a-sociologia/.<


Acesso em: 12/09/2021

Disponível em: >https://www.infoescola.com/sociologia/socializacao/.< Acesso em:


12/09/2021

O QUE É MESMO RESPEITO ÀS DIFERENÇAS? Disponível em:


>http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/581060-o-que-e-mesmo-o-respeito-as-diferencas.<
Acesso em: 12/09/2021

O QUE FOI O APARTHEID NA ÁFRICA DO SUL. Disponível em:


>https://novaescola.org.br/conteudo/302/o-que-foi-o-apartheid-na-africa-do-sul.< Acesso em:
12/09/2021

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA: O QUE É, NO BRASIL, E NO MUNDO. Disponível em:


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ISLAMISMO: SURGIMENTO, CARACTERÍSTICAS, GRUPOS >


https://brasilescola.uol.com.br/religiao/islamismo.htm. Acesso em: 12/09/2021

DIFERENÇA ENTRE ÁRABES E MULÇUMANOS. Disponível em:


>https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/diferenca-entre-arabes-muculmanos.htm.<
Acesso em: 12/09/2021

VEJA, 2021. Disponível em: >https://veja.abril.com.br/mundo/11-de-setembro-desencadeou-


odio-a-muculmanos-que-segue-nos-dias-de-hoje/.< Acesso em: 12/09/2021

REDE BRASIL ATUAL, 2019. Disponível em:


>https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2016/10/muculmanos-sao-perseguidos-pelas-
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LUX, 2007 > https://www.lux.iol.pt/internacional/11-de-setembro/intolerancia-contra-
muculmanos-cresceu-na-europa. Acesso em: 12/09/2021

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