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O filme relata a vida de uma jovem em transição da adolescência para a vida adulta, o

que sabemos que não é uma fase nem um pouco simples de se passar. A jovem tenta
se suicidar fazendo uso excessivo de medicamento e bebida alcoólica e ao ser
induzida pelos pais, passa por um psicanalista e logo é internada em um hospital
psiquiátrico.A personagem passa um grande tempo internada e é diagnosticada com
Borderline.
Devido aos longos anos ali, Susanna acaba conhecendo pessoas, cada uma com
suas questões e seus problemas psicológicos. Uma de suas amigas enfrenta
problemas com mentiras, outra foi abusada sexualmente e sofre com vícios, outra tem
problemas alimentares como anorexia, outra é diagnosticada como sociopata, e por
último, uma amiga que não tem comportamentos condizentes com a idade. E aí,
pensamos: Por que todas estão internadas?! Porque naquela época, todas eram
consideradas “loucas”.
Assuntos bem delicados são colocados em pauta no filme, além de problemas
psicológicos, o suicídio é um dos assuntos mais tratados, tudo que saia do padrão era
considerado como loucura.
As pessoas eram medicadas sem sequer ter um diagnóstico preciso do porque de
estar tomando aquele medicamento e se aquilo ali de fato resolveria e o que não é
segredo pra ninguém, é que o uso desses medicamentos como tratamento certamente
poderia levar essas pessoas até mesmo a dependência química.
Susanna por exemplo tinha muita dificuldade de lidar com suas emoções, o que fazia
de fato com que tudo parecesse fora do lugar, deixando claro dificuldades de se
relacionar com outras pessoas, instabilidades de humor, dificuldade de
reconhecimento pessoa, etc.
Uma realidade dolorida de antigamente, pois as pessoas não obtinham o devido
cuidado para cada problema, cada doença, nem sequer sabiam se realmente todos ali
eram doentes. Os tratamentos tampouco eram responsáveis, pois praticamente todos
recebiam os mesmos tratamentos, mesmo tendo problemas diferentes. Não haviam
pesquisas profundas sobre o que cada uma enfrentava, e o apoio ali retratado era
apenas de uma para com a outra, como por exemplo de Susanna e sua amiga que
sofria com sociopatia.
Nos dias atuais vivemos uma realidade bem diferente dessa retratada no filme, hoje
temos muito mais conhecimento e seriedade ao tratar das dores e questões de alguém
e com isso, conseguimos ver muito mais resultado após os tratamentos.
Além disso, hoje temos ciência de que nunca pode faltar curiosidade pra pesquisar
sempre mais, e aprender sempre mais, pois sabemos o quão infinitas são as questões
da mente de um ser humano e o que pode ocasionar uma dor mal curada, um trauma
mal curado, etc. Sabemos também que é necessário muito estudo, a mente bem
aberta e muita responsabilidade ao tocar a ferida aberta de alguém, e que se não
houver competência e seriedade as coisas não saem do lugar, e se saírem,
certamente não é de forma positiva.
Hoje, seguimos orgulhosos pelos nossos profissionais, e pelas pessoas que saem de
sua zona de conforto e de sua casa pra procurar ajuda, apoio, e pra de fato correr
atrás de saber o que acontece realmente em sua vida e de que forma pode curar
aquilo, mesmo que doa, mesmo que seja difícil.

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