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Garota Interrompida

O filme se inicia quando a jovem Susanna Kaysen acaba de sair


da adolescência e entra na fase da vida adulta, com problemas
de comportamento e tenta cometer suicídio com aspirinas e uma
garrafa de vodca.
A cena se passa na emergência de um hospital com a jovem
delirando e olhando fixo pelo vidro da porta da sala a qual
estava sendo atendida, dando sequência em seguida nos
deparamos com a mesma jovem Susanna em um atendimento
domiciliar, sendo orientada ou quase que praticamente obrigada
a se internar em um hospital psiquiátrico. Sendo assim aceita e
vai para o hospital indicado por seu analista. Durante o curto
espaço de tempo que a jovem ficou no hospital é diagnosticada
com TPB (Transtorno de Personalidade Boderline) ou Trasntorno
de Personalidade Limítrofe.
O que nos chama atenção é que desde o momento de sua
consulta e a tomada de decisão de se internar em nenhum
momento os pais estiveram presentes para apoiar ou orientar a
jovem já tão debilitada, ficando visível a rejeição familiar,
preferindo afastar do que lidar com a jovem que está sofrendo
de problemas psíquicos e com histórico de tentativa de suicídio.
Subjetividade e self não constituído
Quando Susanna vai para seu analista diz que tomou um vidro
de aspirinas com uma garrafa de vodca porque estava com dor
de cabeça, porém quando ele pergunta como ela se sente a
mesma responde que não sabe...

Impulsividade e Suicídio
Susanna no hospital psiquiátrico conversa com Malvin, o outro
terapeuta, ele afirma que: pelo que sabe , ela tentou se matar.
Pergunta se ela quer conversar sobre isso...e novamente ela diz
que estava com dor de cabeça e ele a interrompe perguntando
o que ela estava tentando fazer , na tentativa de faze-la
falar .Ela responde que estava tentando fazer a m.... (palavrão)
parar e tem saltos no tempos ...
Susanna acaba passando 2 anos internada ,conhecendo assim
outras garotas, todas com uma série de transtornos que mudam
a sua vida, mesmo presa em um hospital ela tenta fazer
amizades e viver uma outra realidade de vida...entre essas
amizades estão...
Georgina é uma mentirosa patológica diagnosticada com
Pseudologia Fantástica
Deyse que foi abusada sexualmentepelo pai e é viciada em
laxantes e frangos.
Jane é anorexa
Poly uma vitima de queimaduras graves e tem um
comportamento infantil.
Mas o destaque mesmo fica para.
Lisa uma sociopata capaz de manipular todos ao seu redor, cuja
personalidade intriga tanto Susanna que acabam criando um
laço um tanto complexo, uma tentando entender a outra.
O filme retrata perfeitamente vários transtornos e quais foram
seus gatilhos que ocasionou, levando-nos a refletir se em uma
única consulta com um Psiquiatra o paciente já tem que ser
internado, retirado da sociedade sem ter sido investigado todo o
seu passado, sua família, suas aflições, se realmente é necessário
ser medicado com altas dosagens de remédios, se estamos
preparados como família para compreender que os laços
familiares são pilares fundamentais para o tratamento de um
paciente com transtornos.
Agressividade
Durante sua internação Susanna é questionada pelo psiquiatra
sua amizade com Lisa, suas respostas tomaram um tom mais
ríspido e agressivo, como também em outra cena ela se torna
agressiva com a enfermeira que a acompanha.
Susanna começa a idealizar e supervalorizar Lisa, temendo
perder o objeto no qual deposita sua subjetividade nega-se a
admitir a integração do mal com o bom, vendo em lisa apenas o
lado bom.Com o passar do tempo ela que Lisa usa como arma de
defesa palavras cruéis para com as outras garotas, médicos e
enfermeiros, expondo a historia da pessoa e levando o outro a
sentir -se culpado ao ponto de cometer suicídio.
Susanna em varias cenas do filme deixa claro que precisa se
machucar de alguma forma , na tentativa de matar a dor e o
sofrimento interno, mas ao se deparar com a morte de Dayse,
ela percebe que o suicídio não retira a dor interna e sim a vida.
No momento da discussão entre Dayse e Lisa várias críticas e
julgamentos são lançados para Dayse sobre seu possível
transtorno e sua família. Susanna apenas ouve e não toma uma
atitude de falar com Lisa de interromper aquela situação como
também depois, não indo falar com Dayse após a discussão, de
consolar, de ouvir e confortá-la. Somente no dia seguinte é que
vai a sua procura e a encontra morta no banheiro.
Depois desse acontecimento ela se arrepende de não ter
enfrentado Lisa e de não ter ido falar com Dayse para lhe
oferecer um apoio emocional. Existe uma banalização dos
problemas psicológicos, sendo que os pacientes são fortemente
medicados sem acontecer uma relação entre paciente e médico,
ficando assim mais fácil privar da presença de seus familiares,
amigos e o aconchego do próprio lar.

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