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que ela diz que tentou mat-la e pela experincia traumtica da retirada de um
tumor no aparelho urinrio, que teve aos cinco anos de idade.
Deborah, no hospital psiquitrico, em sua entrevista inicial com a
psiquiatra Dra. Fried, fez o que pode para impressionar com sua perspiccia,
porm, com o desenrolar da entrevista sua atitude foi mudando, passando a
demonstrar extrema ansiedade diante de tudo que pudesse ser interpretado
como correo ou crtica, utilizando-se de palavras desconexas, sobre
personagens que habitavam o seu inconsciente, que lhe criticavam e
zombavam seus sentimentos e que se interpunham entre as suas palavras e
aes. Ela referia-se a este segundo mundo como Reino de Yr, no qual, esta
ruptura existente entre o mundo externo e interno no fosse mais do que uma
nvoa muito tnue.
O mundo externo seria aquele em que a sua famlia fazia parte, por mais
que no se sentisse completamente integrante desta, o ambiente escolar e
seus conflitos, bem como o preconceito existente entre seus colegas que a
perseguiam e a agrediam verbalmente por ela ser judia, ou seja, um mundo
sentido por ela como sofrido. J o seu mundo interno, era aquele em que ela se
refugiava e que podia se opor realidade do mundo externo, habitado por
seres msticos e csmicos, o mundo Yr, em que tem um espao que no
existem emoes, sentimentos ou tempo. Essa nova realidade paralela criada
por Deborah, no seria o mundo ideal, porm uma realidade, na qual, a
garota se protegia do mundo em que ela no se sentia como parte integrante,
precisando dele para suportar as frustraes de sua vida, vivendo em conflito
entre os seus dois mundos.
A garota passa-se a encontrar semanalmente com a Dra. Fried, a qual
passou a chamar de Furii, conseguindo criar um bom vnculo com ela.
Deborah, ao longo de sua internao, passou por momentos turbulentos, em
que oscilava entre episdios agudos de psicose, no qual, agredia perante aos
outros e a si mesma, chegando a se queimar e a se machucar, neste momento
se mantinha na Ala D e tinha que ir para o casulo, um mtodo usado no
hospital para conter as crises de surto dos pacientes. Quando havia um
perodo de remisso dos sintomas, ia para Ala B, na qual, tinha direito a
privilgios.