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CONCELHO CIENTÍFICO-PEDAGÓGICO DE FORMAÇÃO CONTÍNUA

APRESENTAÇÃO DE ACÇÃO DE FORMAÇÃO An


2-B
NAS MODALIDADES DE ESTÁGIO, PROJECTO, OFICINA DE FORMAÇÃO E
CÍRCULO DE ESTUDOS
Formulário de preenchimento obrigatório, a anexar à ficha modelo ACC 2 N.º

1. DESIGNAÇÃO DA ACÇÃO DE FORMAÇÃO


«A VOZ, UM INSTRUMENTO FUNDAMENTAL DA DOCÊNCIA»

2. RAZÕES JUSTIFICATIVAS DA ACÇÃO: PROBLEMA/NECESSIDADE DE FORMAÇÃO IDENTIFICADO


Problema:
Todos nós aprendemos a falar por imitação reproduzindo termos que, mais tarde, se associam a
objectos e, mais tarde ainda, se aprendem a estruturar em frases e em contextos. Desconhecendo-
a, por formação de base deficiente, nem os pais nem os demais educadores podem interferir numa
aprendizagem correcta da emissão vocal da criança, à semelhança do que podem fazer com outras
destrezas em desenvolvimento. E se para estas demais destrezas se obedece a padrões e a
técnicas devidamente experimentadas, para a fala, no sentido da sua melhor ou pior utilização não
se considera uma tarefa de educação, quer no plano familiar quer no plano escolar.
A palavra falada, isto é, a palavra nos seus aspectos fonéticos, a forma como se articulam os
diferentes fonemas que a constituem, a «melodia», quer da palavra como tal, quer da frase nas
suas variadas expressões, e como servir-se adequadamente do aparelho fonador para a sua melhor
emissão, terão que pertencer às competências essenciais tão reclamadas para outras áreas do
conhecimento.
A voz, como meio de comunicação, é uma ferramenta indispensável ao exercício da profissão
docente. Neste contexto, e a par de uma actualização constante dos conhecimentos da sua área
disciplinar, compete ao professor precaver-se com uma boa higiene vocal, cuidando dos aspectos
físicos e de todas as outras particularidades da voz. A quase sistematização de doenças laríngeas
na classe docente comprova a pouca formação dos profissionais neste campo, logo, uma prevenção
não existente.
Se, para o exercício da profissão, a voz é um dos instrumentos fundamentais, o professor deverá
conhecer os princípios elementares da sua formação e da sua utilização, o que, normalmente, não
acontece. O ar, como elemento gerador do som faz da respiração um dos elementos fundamentais
para uma fonação mais correcta. Assim, qualquer terapia/exercício vocal passa, inevitavelmente,
por uma reaprendizagem respiratória.
É indispensável aos que escutam um profissional da voz que sigam perfeitamente, e sem qualquer
esforço, cada sílaba, cada palavra, cada frase de uma forma clara e compreensível. Este conceito
aplicado ao docente vai reflectir-se numa maior eficácia pedagógica na sala de aula.

3. DESTINATÁRIOS DA ACÇÃO
3.1. EQUIPA QUE PROPÕE (Caso dos Projectos e Circulo de Estudos) (Art.º 33º c) RJFCP)
3.1.1. NÚMERO DE PROPONENTES:
3.1.2. ESCOLA(S) A QUE PERTENCEM:
3.1.3. CICLOS/GRUPOS DE DOCÊNCIA A QUE PERTENCEM OS PROPONENTES:
Grupos de docência 100, 110, 250 e 610.

3.2. DESTINATÁRIOS DA MODALIDADE: (caso de Estágio ou Oficina de Formação)


4. EFEITOS A PRODUZIR: MUDANÇA DE PRÁTICAS, PROCEDIMENTOS OU MATERIAIS DIDÁTICOS
A proposta que se apresenta prende-se com o facto de os professores sentirem dificuldades
constantes no exercício da sua profissão, devido à sua deficiente formação vocal e a uma incorrecta
colocação de voz, o que leva a originar incómodos constantes com prejuízo da prática docente.
Neste sentido, pretende-se proporcionar aos formandos algumas competências básicas no domínio
da utilização do aparelho fonador que promovam a oportunidade da melhoria do exercício diário da
docência e reduzam os incómodos que lhes produzem a ignorância neste domínio vocal.

MUDANÇA DE PRÁTICAS

Proporcionar momentos de reflexão e de investigação sobre os problemas vocais que podem


contribuir para algum insucesso escolar no que respeita à comunicação dos conteúdos curriculares
na sala de aula.
Contribuir para a diminuição do esforço e fadiga vocais que os professores diariamente sentem no
exercício da profissão.
Sensibilizar para uma mudança de atitude do próprio e, de certa forma, dos alunos. O professor,
enquanto agente último de intervenção em contexto de sala de aula, ao assumir alguns aspectos
relevantes na utilização mais correcta da voz, pode, e deve, induzir também os alunos a uma atitude
de respeito pelo aparelho vocal, contribuindo para um futuro de maior sucesso dos seus educandos.

PROCEDIMENTOS OU MATERIAIS DIDÁCTICOS

Familiarizar os formandos com os procedimentos essenciais para uma boa utilização da voz, que
começam com a reaprendizagem respiratória, na maioria dos casos totalmente incorrecta.
Descobrir e aprender a explorar todos os agentes da fonação de forma a melhorar a sua utilização
Reflectir as implicações que uma incorrecta colocação de voz reflecte ao nível da fadiga vocal e até
na relação de comunicação entre professor e aluno.
Utilizar todos os ressoadores de forma a tornar o discurso mais claro e perceptível.
Redescobrir os elementos fonéticos da língua falada, de forma a melhorar a sua articulação em
conjunção com todos os outros agentes da produção vocal.
Analisar e discutir exemplos de boa e de má colocação vocal através de gravações que podem ser
da própria experiência diária dos formandos ou de algumas figuras públicas.

5. CONTEÚDOS DA ACÇÃO (Práticas Pedagógicas e Didácticas, em exclusivo quando a acção de


formação decorre na modalidade de Estágio ou Oficina de Formação)
6. METODOLOGIAS DE REALIZAÇÃO DA ACÇÃO
6.1 Percurso(s) metodológico(s)
Este Círculo de Estudos, numa lógica de investigação-acção, pretende promover actividades
(consultas bibliográficas, análise de problemas pessoais ou conhecidos, reflexão em grupos e troca
de saberes e experiências), de forma a facilitar a aquisição de competências adequadas às
necessidades e anseios pessoais
A maior competência vocal do docente, porque pertence também à área da saúde, pode considerar-
se facilitadora em aspectos laterais da vida profissional do educador induzindo-o a um maior
dinamismo quer pessoal quer dentro da sala de aula.

Partir do nível de conhecimentos dos formandos:


Para a concepção, elaboração e desenvolvimento/intervenção deste Círculo de Estudos, dar-se-á
atenção especial às competências dos formandos, aos possíveis conhecimentos já adquiridos e às
experiências já realizadas;
Desenvolver um clima de aceitação mútua e cooperação entre formandos e entre as escolas:
Sempre que necessário, formar-se-ão grupos de trabalho, que promovam e realizem intercâmbios
de conhecimentos e levantamento de problemas de forma a cobrir, de uma forma mais abrangente,
o maior número de necessidades no campo do conhecimento vocal em todos os seus aspectos.
Utilizar métodos e recursos variados:
Ter-se-ão que criar, com recurso a propostas dos formandos, estratégias de investigação, de
reflexão e organização dos elementos necessários para consolidar os conteúdos necessários de
forma que, no final deste Círculo de Estudos, todos eles sintam que se produziram resultados
consistentes no que respeita à melhoria da colocação da voz e ao conhecimento generalizado da
produção vocal.
Ao formador caberá o papel de proporcionar os instrumentos (bibliografia fundamental), orientações,
momentos de reflexão e avaliação, para que os formandos possam construir e sistematizar o seu
próprio saber. Para isso deverá ajudá-los a descobrir e a investigar, a aprender e a partilhar (troca
de opiniões em grupo e entre as escolas do agrupamento)

6.2. Calendarização

6.3. Período de realização da acção durante o mesmo ano escolar: entre os meses de Fevereiro e
Maio

6.4. Número de sessões previstas por mês: 4 (quatro)

6.5. Número de horas previstas por cada tipo de sessões: 3 (três)

Sessões presenciais conjuntas: 25


Sessões de trabalho autónomo: 25

7. APROVAÇÃO DO ÓRGÃO DE GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DA ESCOLA: (Mod Projecto, Art.7.º,2


RJFCP)

Data : ______/_____/____ Cargo: ___________________________________________

Assinatura: _______________________________________________________________
8. CONSULTOR CIENTÍFICO-PEDAGÓGICO OU ESPECIALISTA NA MATÉRIA (Art. 25.ºA,2c,RJFCP)

Nome: Eduardo Amândio Rodrigues Magalhães


(Modalidade de Projecto e Círculo de Estudos) delegação de competências do Conselho Científico-
Pedagógico da Formação Contínua (Art. 37.ºf RJFCP)

SIM  NÃO X N.º de acreditação do consultor 04260/97

9. REGIME DE AVALIAÇÃO DOS FORMANDOS


Presencial com um mínimo de 75% de presenças.
Avaliação contínua dos formandos, mediante apreciação crítica no decorrer das sessões presenciais
conjuntas, das intervenções pertinentes e do trabalho desenvolvido.
Análise do relatório de grupo (grupos de 2 elementos) e do dossier de participação elaborado pelo
formando, no decorrer do Círculo de Estudos.

10. FORMA DE AVALIAÇÃO DA ACÇÃO


Relatório/reflexão do formador relativo à forma como decorreu o Circulo de Estudos. Este relatório
será baseado na síntese dos relatórios de participação e dos Dossiers de cada formando, onde se
discutirá a relevância dos resultados alcançados, materiais produzidos bem como das implicações e
contributos para o aperfeiçoamento das competências profissionais e o balanço da acção.
Com base nestes indicadores a avaliação dos formandos será feita de acordo com os termos de
orientação conjunta CCPFC/DGRHE (Carta Circular CCPFC 3/2007).

11. BIBLIOGRAFIA FUNDAMENTAL

ESCUDERO, Mª Pilar Educacion de la Voz 1 - Madrid: Real Musical, 1982


ESCUDERO, Mª Pilar Educacion de la Voz II - Madrid: Real Musical, 1987
LEHMANN, Lilli Aprender a Cantar - Lisboa: Dinalivro, 1984
SÁNCHEZ, Tobías Defectos en la Dicción Infantil - Buenos Aires: Editorial
Corredera Kapelusz, SA, 1949
SCHAFFER, A. Murray Quando las Palabras Cantam - Buenos Aires: Ricordi, 1988
VALENTI, Bruna Liguori La Vocalità infantile. Milano: Ricordi, 1987
CASTARÈDE, Marie- A Voz e os seus sortilégios. Lisboa: Editorial Caminho, 1998
France
RONDELEUX, Louis- Trouver sa voix. Paris: Éditions du Seuil, 1977
Jacques
PARREL, G., JUNCA, E. L´'education vocale. Paris: Fernand Nathan, 1933
LOUZADA, Dr. Paulo da As bases da Educação Vocal. Rio de Janeiro: O Livro
Silva Médico, 1982.
CORNUT, Guy La Voix. Paris: Presses Universitaires de France, 1983
RENARD, Claire Il Gesto Musicale. Milano: Ricordi, 1982
GOURRET, J., LABAYLE, Lárt du Chant et la Médicine Vocale. Paris: Éditions Roudil
J.

Data: 13/10/2009 Assinatura:

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