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O diagnóstico pré-natal tal como o conhecemos na atualidade surgiu nos anos 70, devido ao
desenvolvimento e ao encontro particularmente ocasional de quatro inovações técnicas
(amniocentese, visualização dos cromossomas humanos, marcadores séricos da gestação,
ecografia obstétrica) com uma inovação social – a legalização do aborto. (ROLHA, 2015)
No Despacho nº 5411/97 (2ª série), de 6 de agosto, “para efeitos de diagnóstico pré-natal são
consideradas grávidas de risco e com indicação para serem enviadas para diagnóstico pré-natal
quando se verifique uma das seguintes situações:
(ROLHA, 2015)
(Regateiro, 2007)
Nas consultas seguintes a medição da pressão arterial; avaliação do peso atual e da variação;
avaliação do estado geral (ex.: presença de edemas, varizes, hemorróidas), é fundamental.
(Regateiro, 2007)
(Sheridan, 2001)
2. Auscultação fetal
Os batimentos cardíacos fetais são audíveis a partir das 10 a 12 semanas com aparelhos tipo
“Doppler” e a partir das 19 a 20 semanas com o estetoscópio de Pinard; os limites normais da
frequência cardíaca fetal estão entre 120 e 160 pulsações por minuto (ppm), embora na parte
final da gravidez estes valores possam ser menores, entre 110 e 150 ppm, igualmente,
considerados normais. (Regateiro, 2007)
3. Análise de urina
Com tira-teste, em amostra colhida na altura para pesquisa de proteinuria (perda excessiva de
proteínas pela urina) , bacteriúria (bactéria na urina) e glicosúria (glicólise na urina) . (Meija,
2006)
A sua análise na grávida permite identificar malformações congénitas e ainda tumores, sendo
constituído um marcador tumoral imensamente útil.
-Síndrome de Down;
-Trissomia 18;
As consequências deste estrogénio demasiado baixo são, essencialmente: morte fetal, aborto
espontâneo e a anencefalia (patologia rara que consiste numa malformação do tubo neural,
baseada num defeito no seu encerramento que conduz à ausência parcial do encéfalo). (Estriol,
s.d.)
Este marcador bioquímico é ainda muito utilizado no “Teste de Risco Fetal Triplo” e no “Teste
Integrado”. (Estriol, s.d.)
Permite detetar:
-Má formação do tubo neural (espinha bífida), (75%-85% em mulheres com menos de 35 anos
e deteta mais de 75% com mulheres com idade superior a 35 anos).
Condições do exame:
❖ Teste Integrado: pode ser realizado no primeiro trimestre entre a 10ª-13ª semana ou
no segundo trimestre durante a 15ª-22ª semana. No primeiro trimestre avalia PAPP-A e
Translucência Nucal e no segundo os elementos anteriormente referidos (Alfa-
fetoproteína, Estriol …). (Risco fetal, testes preditivos, s.d.)
Permite detetar:
Condições do exame:
Os resultados são apenas divulgados após a colheita de sangue do segundo trimestre, desta
forma, podemos considerar que este exame tem duas etapas. Este teste é o que apresenta
melhor sensibilidade dos exames para risco fetal.
Nota:
Níveis baixos desta proteína estão muito associados à Síndrome de Down. A sua eficácia é
imensa no primeiro trimestre e menor no segundo. (Papp-a, s.d.)
-Translucência Nucal: É uma medida retirada durante o exame Ultrassom aquando do primeiro
trimestre de uma grávida. Mede um determinado espaço na nuca do bebé (Bebés com lesões e
anomalias tendem a acumular maís líquido na região da nuca) entre a 11ª-14ª semana (sendo
que o seu limite máximo são as 14 semanas). Permite também avaliar o osso nasal, sendo que a
ausência do mesmo indica anomalia fetal.
Nota: Existem bebés que apresentam esta medida normal e, no entanto, apresentam anomalias.
Este exame não é um diagnóstico, apenas auxilia e dá indicações de possível anomalia.
(Translucência nucal, s.d.)
Em suma, com o feto em posição sagital é medida a máxima espessura de translucência entre a
pele e o tecido mole que cobre a espinha cervical com o objetivo de diagnosticar problemas
cromossómicos. Quanto maior a medida da TN, maior será a probabilidade de o paciente estar
a gerar uma criança com uma cromossomopatia. (Junior, 2002)
❖ Teste Combinado: Pode ainda ser realizado um terceiro teste durante a gravidez,
denominado de teste combinado que é realizado no primeiro trimestre entre a 10ª-13ª
semana e avalia a translucência nucal, PAPP-A e Gonadotrofina coriônica humana.
Apresenta uma taxa de deteção da Síndrome de Down de 82% e de falso-positivo 5%.
Este teste não é realizado para avaliar defeitos no tubo neural. (Risco fetal, testes
preditivos, s.d.)
Condições do exame:
Condições do exame:
Sem jejum, mas não realizar atividades físicas 24h antes do exame e 48h sem ingerir álcool
porque podem alterar o resultado. (Rodrigues, Lima, Silveira, Moro, & Lopes, 2013) (Lemos,
2018).
-Anemias;
-Distúrbios da medula óssea;
-Inflamações;
-Tumores;
-Infeções urinárias;
- Grupo sanguíneo do feto e fator RH, (Compatibilidade de sangue entre a mãe e o feto);
-Entre outros.
(Pountnet, 2010)
Nota:
Num leucograma é avaliada a imunidade do paciente e a forma como o seu organismo consegue
reagir a diferentes situações. Quando o número de leucócitos se encontra elevado é
denominado de leucocitose e quando se encontra diminuído é denominado de leucopenia.
(Lemos, 2018)
Neutrófilos:
Eosinófilos:
Basófilos:
Linfócitos:
-Valores Altos: sarampo, infeções agudas…
Monócitos:
(Lemos, 2018)
(Meija, 2006)
(Meija, 2006)
Ecografias:
O primeiro exame ecográfico a realizar entre as 11 e as 13 semanas e 6 dias procura:
• detetar malformações
• avaliar a dinâmica fetal
• localizar e avaliar a morfologia da placenta
• avaliar o volume do liquido amniótico e a identificar o sexo fetal.
(Sheridan, 2001)
• detetar malformações
• avaliar a dinâmica fetal
• localizar e avaliar a morfologia da placenta
• avaliar o volume do líquido amniótico
• detetar patologia placentária e avaliar o perfil biofísico fetal (variáveis do perfil biofísico
modificado: movimentos respiratórios, avaliação qualitativa do líquido amniótico e
Doppler da artéria umbilical).
(Sheridan, 2001)
Amniocentese
A amniocentese (inicialmente "drenagem amniótica") começou por ser aplicada no tratamento
de uma condição relativamente rara: o excesso de líquido amniótico durante a gestação (poli-
hidrâmnios). Nos anos 50, essa técnica foi utilizada para detetar uma condição mais frequente
e muitas vezes fatal para o recém-nascido - a incompatibilidade Rhesus (Rh) entre mãe e filho -
ou seja, a produção pela grávida Rh negativa de um anticorpo que destrói os glóbulos vermelhos
do feto. A retirada através de uma agulha que se introduz na parede abdominal da mãe de uma
pequena quantidade do líquido amniótico no início do 3º trimestre da gravidez permitia verificar
se ocorreu uma destruição desse; assim, os médicos provocavam um parto o mais rapidamente
possível a fim de realizar uma transfusão de troca que eliminava os anticorpos maternos do
sangue do recém-nascido. Esse procedimento diminuiu consideravelmente a mortalidade
neonatal causada pela incompatibilidade Rh. (ROLHA, 2015)
O principal objetivo é encontrar anormalidades genéticas através da análise das células emitidas
pelo feto ou seja, analisa-se fatores bioquímicos como a AFP e a acetilcolinesterase. (Mantle,
2002)
O sexo do bebé, o grau de incompatibilidade de Rh, o grau de maturidade dos pulmões do feto
(pela análise da relação entre a lectina e a esfingomielina (surfactante)) ou patologias como o
síndrome de Down, espinha bífida e distrofia muscular de Duchenne.
Desvantagem:
A demora da obtenção dos resultados, assim como, o risco aumentado de aborto espontâneo.
(Mantle, 2002)
O objetivo deste exame é analisar o DNA, enzimas e cariótipo do feto no 1º trimestre. (Graça,
2005)
-Se algum outro exame, demonstrou um risco de o bebé desenvolver anomalia genética.
(Graça, 2005)
TAC e RM
Importantes para um diagnóstico diferencial.
A TAC realizada ao crânio pode apresentar lesões múltiplas hipodensas na região da substância
branca da medula. A existência de lesões na substância cinzenta requer obrigatoriamente a
presença de lesões na medula branca. (Skiest,
2002 cit. Por Pasqualotto, Mattos & Rocha, 2004).
Citado por (Nganda, 2014)
Deteta:
-Anomalias anatómicas;
-Tumores;
-Hemorragias;
-Traumatismos;
-Entre outros.
-Nistagmo;
-Diplopia;
-Convulsões;
-Distúrbios emocionais;
-Alterações motoras;
-Entre outros.
-Epilepsia;
-Tumores;
-AVC;
-Malformações cerebrais;
-Entre outros.
Eletroencefalografia (EEG)
Exame que consiste na aplicação de elétrodos no couro cabeludo que permite registar as
correntes elétricas cerebrais e assim realizar uma avaliação neurofisiológica da atividade elétrica
cerebral. Este exame dura entre 30-60 minutos e pode ser
realizado com o paciente acordado, sonolento, a dormir...
(Fernandes)
-Epilepsia;
-Distúrbios de sono;
-Tumores cerebrais;
-Demência;
Andrade, T., Carvalho, F., Montes, D., Dias, M., & Carvalho, C. (2010). Teratoma Sacrococcígeo.
MAESTRI, D., SANSEVERINO, M., CHEINQUER, N., CORREA, M., KESSLER, R., & MAGALHÃES, J.
D. (1998 ). Alfafetoproteína: valores normais no líquido amniótico entre 14 e 21
semanas.
Rodrigues, H. G., Lima, F. A., Silveira, B. J., Moro, V. C., & Lopes, T. D. (2013). Alterações
hematológicas decorrentes da prática de exercícios físicos.
Sheridan, M. J. (2001). From Birth to Five Years. Children's Developmental Progress. Routledge.