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DESCRIÇÃO
PROPÓSITO
INTRODUÇÃO
MÓDULO 1
IMPORTÂNCIA DA FARMACOVIGILÂNCIA
OBJETIVOS DA FARMACOVIGILÂNCIA
HISTÓRICO DA FARMACOVIGILÂNCIA
Deixando o século XIX para trás, agora podemos ver o que aconteceu no
século XX. A sulfanilamida foi sintetizada em 1908, mas não foi usada
até 1935, ano que uma equipe do Instituto Pasteur demonstrou que este
produto era na verdade o metabólito sulfonamida ativo e incolor,
sulfamidocrysoïdine (Prontosil), um corante azólico de sulfonamida,
inicialmente destinado a tintas de carpete, mas para o qual Gerhard
Domagk identificou propriedades antiestreptocócicas. Embora tenha sido
colocado no mercado na forma de comprimidos ou cápsulas nos EUA, o
desenvolvimento comercial da sulfanilamida levou uma pequena
empresa do Tennessee a solubilizar o produto em dietilenoglicol e
comercializar Elixir Sulfanilamida em 1937, sem realização de nenhum
teste toxicológico. Muito rapidamente, uma relação foi estabelecida entre
uma série de mortes por insuficiência renal e a comercialização desta
nova forma farmacêutica de sulfanilamida, envolvendo a toxicidade do
medicamento ao solvente utilizado na sua formulação. Uma campanha
de recall foi organizada em grande escala pela Food and Drug
Administration (FDA), minimizando assim as consequências desta
tragédia responsável pela morte de 105 pessoas, incluindo 34 crianças.
Um ano depois, em 1938, o presidente Franklin Roosevelt assinou a
Federal Food, Drug and Cosmetics Act, que incluiu na lei a necessidade
de as empresas farmacêuticas apresentarem um relatório ao FDA sobre
a segurança de todos os medicamentos. Pela primeira vez, os dados de
segurança sobre os medicamentos eram necessários antes de serem
colocados no mercado. Um primeiro passo foi dado para a avaliação do
risco-benefício dos medicamentos.
Ampola de Prontosil ®.
Em 1948, um caso muito emblemático da Farmacovigilância foi o da
substância dietilestilbestrol (DES), ocorrido na Alemanha, e que mudou
a perspectiva sobre os riscos da medicação durante a gravidez,
mostrando que os efeitos dos medicamentos usados pelas mães e que
afetam os filhos no útero podem vir à tona muito tempo após a
exposição.
1893
Lancet iniciou a fundação de uma comissão e começou a coleta de
notificações sobre efeitos colaterais.
1936
Nos EUA, 107 casos letais após sulfanilamidas (dietilenoglicol foi usado
para solubilizar).
1938
Lei Federal de Alimentos e Medicamentos dos EUA - exigia que os
produtos farmacêuticos fossem "puros" e "livres de qualquer
contaminação" (nada sobre a eficácia).
A TRAGÉDIA DA TALIDOMIDA (1957-1961)
A talidomida entrou pela primeira vez no mercado alemão em 1957 como
um medicamento de venda livre, com base nas alegações de segurança
do fabricante. Eles anunciaram seu produto como "completamente
seguro" para todos, incluindo mãe e filho, "mesmo durante a gravidez",
pois seus desenvolvedores "não conseguiam encontrar uma dose alta o
suficiente para matar um rato". Em 1960, a talidomida era comercializada
em 46 países. Nessa época, o obstetra australiano Dr. William McBride
descobriu que a substância também aliviava os enjoos matinais. Ele
passou a recomendar o uso off-label do medicamento para suas
pacientes grávidas, estabelecendo uma tendência mundial. Muitas
crianças, na década de 1960, nasceram com focomelia, um efeito
colateral do medicamento talidomida, resultando no encurtamento ou na
ausência dos membros.
1961
Dr. William McBride (Austrália) relatou aumento de 20% nas anomalias
fetais e focomelia em relação ao uso da talidomida, posteriormente
numerosos relatórios de outros países (mais de 4000 casos).
1962
Emenda dos EUA Kefauver-Harris à lei (requisito para provar a
segurança e eficácia antes de emitir MA).
1964
O Reino Unido iniciou o sistema de “cartões amarelos”.
1965
A União Europeia emitiu a Diretiva CE 65/65 - primeira diretiva
farmacêutica europeia. A diretiva foi uma reação à tragédia da talidomida
no início da década de 1960 e visava estabelecer e manter alto nível de
proteção da saúde pública na Europa.
1968
O Projeto Piloto da Organização Mundial da Saúde começou a reunir
reações adversas a medicamentos de vários países.
1997
ICH E2B adotou o padrão de relatório eletrônico aprovado mundialmente.
1999
Institute of Medicine - relatório sobre erros e questões de risco.
Introdução de conceitos de gerenciamento de risco.
2001
Diretrizes para relatórios de segurança pós-comercialização - FDA
Orientações sobre como relatar eventos adversos na fase pós-
comercialização
2002
PDUFA III - Leis sobre taxas de usuários de medicamentos controlados
permitiram que a FDA cobrasse taxas.
2004
Esboço das diretrizes de gestão de risco.
2005
Diretrizes finais de gestão de risco.
2014
Boas Práticas de Farmacovigilância para Medicamentos.
SISTEMAS DE FARMACOVIGILÂNCIA
Farmacovigilância na Europa
O sistema de Farmacovigilância na Europa é coordenado pela Agência
Europeia de Medicamentos (AEM) e conduzido pelas Autoridades
Nacionais Competentes. A AEM mantém e desenvolve a base de dados
de Farmacovigilância que inclui todas as suspeitas de reações adversas
graves a medicamentos observadas na região europeia. Lá, o sistema de
Farmacovigilância é denominado EudraVigilance e contém bancos de
dados separados, mas semelhantes, de reações humanas e veterinárias.
Farmacovigilância na Índia
A Central Drugs Standard Control Organization (CDSCO), do Ministério
da Saúde e Bem-Estar da Família do governo da Índia, lançou o
Programa Nacional de Farmacovigilância (NPP) em novembro de 2004.
A Farmacovigilância no país foi baseada nas recomendações da OMS
feitas no documento intitulado Monitoramento de Segurança de Produtos
Medicinais: Diretrizes para Criação e Funcionamento de um Centro de
Farmacovigilância. Todo o país é dividido em zonas e regiões para
eficiência operacional. A CDSCO, em Nova Delhi, está no topo da
hierarquia, seguida por outros dois centros de Farmacovigilância, Seth
GS Medical College, em Mumbai e AIIMS, em Nova Delhi.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
A tragédia da Talidomida.
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Comentário
Notivisa - FDA
RADAR - FDA
GGMON - ANVISA
EudraVigilance - AEM
Vigimed - ANVISA
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Comentário
MÓDULO 2
Estudos têm mostrado que RAM são a quarta causa de morte nos EUA.
A literatura também demonstra que as RAM são uma das principais
causas de internação hospitalar, permanência hospitalar prolongada e
gastos adicionais em dinheiro e perda de tempo da equipe de saúde,
bem como baixa satisfação do paciente.
ALGUMAS DEFINIÇÕES
Politerapia
Envolve a prescrição de muitos medicamentos ao mesmo tempo para um
único paciente. Um único paciente (especialmente, os idosos) pode ser
atendido por prescritores diferentes para suas várias condições de
doença que podem resultar em politerapia ou polimedicação. É
relatado na literatura que pacientes acima de 65 anos usam em média 2
a 6 medicamentos prescritos e 1 a 3 medicamentos não prescritos. Outro
exemplo importante descrito na literatura é o fato de que o paciente
tratado com anti-inflamatórios não esteroidais (AINE) e corticosteroides
ao mesmo tempo pode ter 15 vezes mais riscos de desenvolver úlcera
péptica do que os pacientes que não tomam nenhum dos dois
medicamentos.
Erro de medicação
É clinicamente errado usar dois medicamentos da mesma classe e
eficácia para tratar uma condição de doença, porque promoverá a
ocorrência de RAM, por exemplo, uso de dois AINE ou anti-histamínicos
terapeuticamente equivalentes.
Fatores relacionados ao paciente
Fatores sociais
Polimorfismo genético
Acredita-se que a origem étnica seja controlada por fatores genéticos
que são responsáveis pelo polimorfismo genético, por diferenças
individuais na capacidade enzimática de metabolizar os medicamentos,
diferenças nos receptores e transportadores de fármacos. A literatura
atual indica que pacientes que desenvolveram RAM têm mais CYP1A2,
com combinações de alelos baixos (8/12; 67%) e menos CYP1A2-mRNA
do que pacientes que não desenvolveram RAM (6/22; 27%).
Álcool
O álcool afeta o metabolismo dos fármacos e promove o
desenvolvimento de RAM. O consumo de álcool com AINE por paciente
com úlcera péptica ou gastrite pode causar hemorragia interna, por
exemplo. A ingestão simultânea de álcool com alguns fármacos leva a
muitas RAM, como náuseas, vômitos, dor de cabeça, sonolência,
desmaios e hipotensão.
Tabagismo
O tabagismo é identificado como um dos fatores de risco para úlcera
péptica, doenças cardiovasculares e câncer. A investigação clínica prova
que, em média, os fumantes diabéticos insulinodependentes precisam de
15-20% a mais de insulina do que os não fumantes e até 30% mais para
os fumantes pesados.
CLASSIFICAÇÃO DA OMS
Overdose de medicamentos
Reações tóxicas ligadas ao excesso de dose ou excreção prejudicada,
ou a ambos
Interação medicamentosa
Ação de um medicamento na eficácia ou toxicidade de outro
medicamento
VERIFICANDO O APRENDIZADO
2. Como podemos classificar uma RAM cujo evento ou anormalidade de
teste laboratorial, com relação de tempo razoável com a ingestão do
medicamento e há improvável atribuição a uma doença ou outro
medicamento?
Definida
Improvável
Provável
Possível
Certa
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Comentário
Dose
Alergia
Gravidez
Politerapia
Gênero
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Comentário
MÓDULO 3
Além de não ser compatível com o ICH E2B, o Notivisa também era
limitado pela instabilidade do sistema, incapacidade de importar séries de
dados ou exportar o banco de dados para análise, falta de ferramentas
analíticas e estatísticas e funcionar apenas com o navegador Internet
Explorer.
Queixa Técnica
Inefetividade Terapêutica
Uso abusivo
Gravidade do problema
Pacientes que vivem em países de baixa renda têm experiências de duas veze
de anos de vida perdidos devido a danos por medicamentos do que aqueles em
de alta renda.
A escala e a natureza deste dano são diferentes entre países de baixa, média e
renda. Globalmente, o custo associado com erros de medicação é estimado em
42 bilhões anuais.
• Pacientes e o público
• Medicação
• Profissionais de saúde
• Sistemas e práticas de medicação.
Politerapia medicamentosa
VERIFICANDO O APRENDIZADO
Notificação espontânea
Monitoramento intensivo
Sistemas computadorizados
Banco de dados
Responder
Comentário
2. A literatura aponta que as RAM apresentam uma incidência muito
grande em pacientes hospitalizados, devido a diversos motivos. Uma
metodologia reconhecidamente eficaz para detecção de RAM em
serviços hospitalares é:
Notificação espontânea
Ferramentas de gatilho
Monitoramento intensivo
Sistemas computadorizados
Banco de dados
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Comentário
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS