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Cursos presenciais e a distância

“Nosso lema é: Vidas alheias e riquezas a salvar”.

INTRODUÇÃO

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Segundo a Norma Regulamentadora (NR-23), onde preconiza a prevenção, proteção e o
combate contra incêndios, vem nos mostrar através deste a grande importância da prevenção
nas empresas, voltados a segurança do trabalhador e de toda sociedade. Mas para que isto
aconteça é preciso conhecer todos os lugares, setores e ambiente da sua empresa, bem como o
grau de risco, as classes de incêndios, os tipos de extintores e como combatê-las em caso de
emergências.

É preciso informar, orientar, capacitar e treinar todos, principalmente o corpo de brigada para
que em caso de incêndio ambos hajam com firmeza, sabedoria e eficiência até a chegada da
equipe de bombeiros e resgate.

Das Disposições Gerais.

No item 23.1.1. Preconiza que Todas as empresas deverão possuir:

a) proteção contra incêndio;

b) saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso de incêndio;

c) equipamento suficiente para combater o fogo em seu início;

d) pessoas adestradas no uso correto desses equipamentos.

RELAÇÕES HUMANAS

Relações Humanas - Convivência entre pessoas no sentido de solucionar um problema na


área do grupo de trabalho.

Resolver Problemas – São imprescindíveis Os contatos devem ser o mais possível


informativo e interessante para as partes e, sobretudo verdadeiro, porque a inverdade produz
resultados indesejáveis. O atendimento ao público pelo brigadista é a parte crucial das
relações humanas.
O público procura contato com a administração para:
a) Informar-se;
b) Reclamar;
c) Solicitar.
Pois, normalmente está insuficientemente informado sobre:
a) O que deve
b) O que pode fazer;
c) O local onde fazer;
d) O local onde se informar.
Todos que solicitarem informações sobre o atendimento a empresa na área de emergência,
devem ser atendidos o mais rápido possível. O Brigadista deve estar atento e conhecer todo e
qualquer serviço que esteja sendo executado dentro da empresa ou shopping, a fim de
prevenir os possíveis acidentes. “E também” orientar empregados e usuários. O Brigadista
deve procurar controlar o pânico que nada mais é do que manifestação de desespero,
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provocada pelo instinto da autodefesa, que se dá a pessoas na presença de um perigo, muitas
vezes irreal.

LIDERANÇA

A liderança é a arte de influenciar a conduta humana. E a arte de se conseguir obediência,


confiança, respeito e leal cooperação.
Liderar consiste em influenciar pessoas para que cooperem na obtenção de um objetivo. A
liderança é uma qualidade, uma força criadora e construtiva que pode nascer com
naturalidade, mas que também pode-se adquirir ou aperfeiçoar por meio de estudo esforço e
critica.
Pela liderança consegue-se dirigir, coordenar e convergir os esforços isolados de
CONJUNTO. Todo homem inteligente é capaz pode ser líder se quiser sê-lo, depende apenas
de força de vontade, estudo, observação de si mesmo e dos outros, prática. As qualidades de
liderança não deverá, nem podem ser consideradas isoladamente mas sim em conjunto.

QUALIDADES DO LÍDER

Exemplo - nenhuma outra qualidade é mais importante e necessária que a do exemplo antes
de mais nada;

• Energia - É enérgico aquele que manda com firmeza, mas procurando evitar
violência;
• Força de vontade - Perseverança - é saber querer longamente;
• Resolução - E a coragem de ação;
• Iniciativa - Para ter iniciativa é preciso não ter medo, de responsabilidade;
• Firmeza - mão-de-ferro enviúva de pelica;
• Coragem - A coragem é um misto de resolução, bravura, vigor, esforço e
perseverança;
• Honra - Amor próprio a honra é o sentimento que nos induz à prática do bem, da
justiça e da moral;
• Capacidade Técnica - Profissional - Habilidade - Competência - melhoramento
do seu nível pessoal de inteligência, cultura e competência técnico-profissional
por meio do estudo e do aperfeiçoamento.

PROTEÇÃO ATIVA E PASSIVA

O projeto de proteção contra incêndio deve nascer juntamente com o projeto de arquitetura,
levando em conta as distancias para serem alcançadas as saídas, as escadas (largura,
dimensionamento dos degraus, controle de fumaça, corrimãos, resistência ao fogo e etc.), a
combustibilidade e a resistência ao fogo das estruturas e materiais de acabamento, a vedação
de aberturas entre pavimentos adjacentes, as barreiras para evitar propagação de um

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compartilhamento a outro, o controle de carga incêndio e a localização dos demais sistemas
contra incêndio.

O primeiro passo, a ser dado é a classificação das ocupações. Ele determina os tipos de
sistemas e equipamentos a serem executados na edificação; a partir daí, devem ser
pesquisadas as Normas Técnicas Brasileiras Oficiais para complemento do referido Decreto.
É importante também a consulta á Prefeitura Municipal, pois podem existir exigências locais.

ERROS DE PROJETO MAIS FREQUENTES

Um projeto de proteção contra incêndio deve iniciar-se juntamente com o projeto de


arquitetura e perfeitamente integrado com o de: estrutura, hidráulica, elétrico, etc.

Um bom projeto de ver contar com proteção passiva (contenção da propagação vertical e
horizontal), proteção ativa (equipamentos de combate), sistemas de alarme, pessoal treinado
e, principalmente, saídas de emergência com iluminação de segurança adequada.

É muito importante a limitação da carga de materiais combustíveis no interior da edificação.

EXIGÊNCIA COMPLEMENTARES POSSÍVEIS

 Pessoal treinado no uso dos equipamentos;


 Instalação de hidrantes públicos de coluna em loteamentos;
 Analise de locais de diversões públicas e reuniões púbicas;
 Credenciamento pelo Corpo de Bombeiros para empresas do ramo da fabricação,
inspeção e recarga de extintores de incêndio;
 Atribuir poder de Política ao Corpo de Bombeiros para fiscalização das edificações;
 “Comissão Executiva de Segurança” para examinar, aprovar, vistoriar e interditar
prédios antigos, com vistas á proteção contra incêndio.

LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS

PORTARIA N° 016 - CBMDF, DE 28 DE FEVEREIRO DE 2011.


Aprova a Norma Técnica N° 007/2011-CBMDF, Brigada de Incêndio no âmbito do
Distrito Federal.

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O COMANDANTE-GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO
FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o Art. 7°, incisos III, V e VI do Decreto n°
7.163, de 29 abr. 2010, que regulamenta o art. 10-B, inciso I, da Lei n° 8.255, de 20 nov.
1991, que dispõe sobre a Organização Básica do CBMDF e considerando a proposta
apresentada pelo Chefe do Departamento de Segurança Contra Incêndio, resolve:

Art. 1° - Aprovar e colocar em vigor a NORMA TECNICA N° 007/2011-CBMDF, na forma


do anexo à presente Portaria.

Art. 2° - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3° - Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Norma Técnica n° 007/2008


- CBMDF, publicada em 21 de outubro de 2008.

Brasília - DF, em 28 de fevereiro de 2011.


155° do CBMDF e 51° de Brasília.

MÁRCIO DE SOUZA MATOS - CEL QOBM/Comb.


Comandante-Geral

NORMA TECNICA Nº 007/2011- CBMDF Brigada de Incêndio

Objetivo

Fixar os critérios de dimensionamento, atribuições, formação e atuação das Brigadas de


Incêndio em edificação e eventos no Distrito Federal.

Definições e abreviaturas

Para efeitos desta norma são adotadas as seguintes definições:

3.1. Agente Fiscalizador: Militar da ativa do CBMDF, portador da Credencial de Agente


Fiscalizador, habilitado a realizar fiscalizações, bem como aplicar as penalidades previstas
nesta Norma, na Lei n.° 2.747/01 e nos Decretos 21.361/00 e 23.154/02;

3.2. Brigada de Incêndio: Grupo organizado de pessoas (supervisor de brigada, chefe de


brigada e brigadistas particulares e voluntários) treinados e capacitados para atuarem na
segurança contra incêndio e pânico dentro de uma edificação ou área preestabelecida;

3.2. Brigada de Incêndio: Grupo organizado de pessoas (supervisor de brigada, chefe de


brigada e brigadistas particulares e voluntários) treinados e capacitados para atuarem na
segurança contra incêndio e pânico dentro de uma edificação ou área preestabelecida;
3.3. Brigadista Particular: pessoa credenciada junto a CBMDF responsável por executar ações
de prevenção e de emergência, exclusivamente no local onde atue a Brigada de Incêndio, com
dedicação exclusiva as atribuições inerentes a sua função, sendo considerado um sistema de
segurança Contra incêndio e pânico;

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3.4. Brigadista Voluntário: pessoa pertencente ao quadro de funcionários da edificação
(condomínio, sociedade empresária, indústria, Órgão público, etc.) treinada para atuar em
casos de emergência, exclusivamente no seu local de trabalho, sendo considerado um sistema
de segurança contra incêndio e pânico;

3.6. Chefe de Brigada: Responsável por coordenar orientar e atuar nas ações de emergência na
edificação onde a Brigada de Incêndio atue, além de auxiliar o supervisor nas ações de
prevenção contra incêndio e pânico;

3.10. Supervisor de Brigada: Responsável pela organização, estrutura, coordenação,


treinamento, elaboração dos relatórios, PPCI e supervisão das atividades da Brigada de
Incêndio;

3.15. PPCI - Plano de Prevenção contra Incêndio e Pânico: Documento que detalha o conjunto
de ações e recursos internos e externos ao local, permitindo controlar a situação em caso de
emergência. Detalha o planejamento das ações de prevenção e abandono em caso de
emergência e pânico (treinamentos, palestras, simulados, etc.);

3.16. População fixa: aquela que permanece regularmente na edificação, considerando-se o


turno de trabalho e a natureza da ocupação, bem como os profissionais terceirizados nestas
condições.

Condições gerais

4.1. As edificações que se enquadrarem nos requisitos desta Norma deverão dispor de Brigada
de Incêndio própria ou contratar prestadora de serviço de Brigada de Incêndio;

4.2. Os eventos em que haja concentração de público (festas, shows, feiras etc), deverão
dispor de Brigada de Incêndio, própria ou contratada;

DIMENSIONAMENTO DA BRIGADA DE INCÊNDIO

4.3.1. A Brigada de Incêndio das edificações é dimensionada conforme o previsto no Anexo


A, levando-se em conta a população fixa e o risco de incêndio;

4.3.2. A Brigada de Incêndio dos eventos é dimensionada conforme o estabelecido no Anexo


B, levando-se em conta o público estimado para o evento e o disposto na Norma Técnica nº
009/2002 – CBMDF ou outra que vier a substituí-la;

4.4.6 Os Chefes de Brigada e os Brigadistas deverão estar fisicamente aptos ao desempenho


das atribuições da Brigada de Incêndio, descritas no item 4.6.
4.5. Localização e recursos das Brigadas de Incêndio;

4.5.1. A Brigada de Incêndio deve dispor de equipamentos de proteção individual (EPI’s) e


comunicação necessários ao desenvolvimento das suas atividades.

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4.5.1.1. São equipamentos necessários ao funcionamento da Brigada de Incêndio: luvas,
capacetes, lanternas, aparelhos de comunicação via rádio e ou telefone móvel, conjunto de
primeiros socorros (Anexo H) e outros EPI, considerando os riscos específicos das edificações
e eventos, especificados pelo CBMDF ou pelo Supervisor da Brigada de Incêndio;

4.5.2 A Brigada de Incêndio deve dispor de sala em local de fácil acesso, junto a central de
detecção e alarme de incêndio, dispondo de rota de fuga, com distância máxima a percorrer de
25m de área segura, conforme projeto aprovado junto a CBMDF;

Atribuições da Brigada de Incêndio

4.6.1. O Brigadista de Particular deverá treinar e orientar os Brigadistas Voluntários da


edificação, conforme previsto no anexo D;

4.6.2. O Supervisor da Brigada de Incêndio é o responsável técnico pelas atividades da


Brigada.

4.6.1.1 O Supervisor da Brigada de Incêndio deve elaborar o PPCI avaliando os riscos de


incêndio específicos das edificações à exceção dos eventos classificados como atividade
eventual que possuem legislação especifica;

4.6.1.2 Ao Supervisor da Brigada de Incêndio cabe planejar e gerenciar as atribuições da


Brigada, definidas no item 4.6.

4.6.1.3 O Chefe da Brigada de Incêndio é o responsável por fazer a Brigada executar as suas
atribuições definidas nesta norma e no PPCI;

4.6.2 Ao Chefe da Brigada cabe executar o PPCI;

4.6.3 Os Brigadistas particulares devem executar exclusivamente as atribuições da Brigada de


Incêndio previsto nesta norma e no PPCI;

São ações de prevenção

4.6.6.1 Elaborar, implementar e propor alterações, quando necessário, ao PPCI Plano de


Prevenção contra Incêndio e Pânico;

4.6.6.2 Fazer rondas periódicas nos ambientes do local de atuação;

4.6.6.3 Identificar os riscos de incêndio e pânico existentes no local da atuação;

4.6.6.4 Definir os procedimentos para a população em caso de sinistros e exercícios


simulados;

4.6.6.5 Treinar a população para o abandono da edificação quanto aos procedimentos a serem
adotados em caso de emergência, por meio de exercícios simulados, palestras, estágios, cursos
etc..

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4.6.6.6 Inspecionar periodicamente os sistema de proteção contra incêndio e pânico, em
espacial as saídas de emergência, bem como solicitar da área responsável manutenção dos
sistemas preventivos que estiverem inoperantes;

4.6.6.7 Conhecer o funcionamento e saber operar os sistemas de proteção contra incêndio e


pânico existentes no local da atuação;

4.6.6.8 Elaborar relatório das atividades prestadas apontando as irregularidades encontradas


nos sistemas de proteção contra incêndio e pânico, riscos identificados, emergências
atendidas, exercícios simulados, treinamentos e etc....;

São ações de emergência:

4.6.7.1 Identificação da situação de emergência;

4.6.7.2 Auxiliar no abandono da população da edificação adotando as técnicas de abandono de


área;

4.6.7.3 Acionar imediatamente o CBMDF, independentemente de análise de situação;

4.6.7.4 Verificar a transmissão do alarme aos ocupantes;

4.6.7.5 Combater os incêndios em sua fase inicial, de forma que possam ser controlados por
meio de extintores ou mangueiras de incêndio da própria edificação e onde não haja a
necessidade de uso de equipamentos de proteção individuais específicos (equipamentos
autônomos de proteção respiratória, capas de aproximação etc.);

4.6.7.6 Atuar no controle de pânico;

4.6.7.7 Prestar os primeiros socorros a feridos;

4.6.7.8 Realizar a retirada de materiais para reduzir as perdas patrimoniais devido a sinistros;

4.6.7.9 Interromper o fornecimento de energia elétrica e gás liquefeito de petróleo quando da


ocorrência de sinistro;

Os Brigadistas Particulares desenvolverão suas atividades uniformizados, a


fim de serem facilmente identificados;

4.10.3 O uniforme dos Brigadistas Particulares é de uso exclusivo no local de serviço, sendo
vedado o uso para deslocamentos em vias públicas ou em atividade particular;

4.10.4 O uniforme do Brigadista Particular deverá ser diferente em padrões de cores, formato,
acabamento, bolsos, pregas, reforço, costuras e acessórios dos uniformes usados pelo Corpo
de Bombeiros Militar do Distrito Federal e por outras forças militares ou policiais, no âmbito
federal, estadual, distrital ou municipal.

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4.10.5 Os uniformes dos Brigadistas Particulares utilizados nas Brigadas de Incêndio próprias
ou pelas prestadoras de serviço de Brigada de Incêndio devem ser distintos entre si;

4.10.6 O uniforme do Brigadista Particular deverá conter somente:

a) Razão social ou nome de fantasia da empresa;


b) O logotipo da prestadora de serviço, se for o caso;
c) Plaqueta de identificação (crachá) do Brigadista Particular, autenticada pela empresa, com
validade de 06(seis) meses, constando o nome e fotografia colorida em tamanho 3x4;
d) Descrição “Brigadista” na parte posterior do uniforme.

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NORMAS TÉCNICAS NACIONAIS E INTERNACIONAIS

Faz-se importante esclarecer que não existe uma única norma referente á prevenção e combate
a incêndio.

O incêndio é apenas o nome dado a combustão e propagação do fogo, sendo que, a forma
prevencional e o combate devem ser vistos segundo a origem e as causas do mesmo.

Assim sendo, apresentaremos a seguir as normas técnicas relativa a prevenção de incêndios,


tendo como objetivo de estudo as normas vigentes em nosso país.

NORMAS RELATIVAS À PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS

 NBR 10897 – Proteção contra incêndio por Chuveiro Automático;


 NBR 10898 – Sistemas de iluminação de emergência;
 NBR 11742 - Porta Corta –fogo para Saída de Emergência;
 NBR 12615 – Sistema de combate a incêndio por espuma;
 NBR 12692 – Inspiração, manutenção e recarga em extintores de incêndio;
 NBR 12693 – Sistemas de proteção por extintores de incêndio;
 NBR 13434 – Sinalização de segurança contra incêndio e pânico- Formas, Dimensões
e cores;
 NBR 13435 – Sinalização de segurança contra incêndio e pânico;
 NBR 13437 – Símbolos gráficos para sinalização contra incêndio e pânico;
 NBR 13523 – Instalações prediais de gás liquefeitos de petróleo;
 NBR 13714 – Instalação hidráulica contra incêndio, sob comando, por hidrantes e
mangotinhos;
 NBR 13932 – Instalações internas de gás liquefeitos de petróleo (GLP) – Projeto e
execução;
 NBR 14039 – Instalações elétricas de alta Tensão;
 NBR 14276 - Programa de brigada de incêndio;
 NBR 14349 – União para mangueira de incêndio – Requisitos e métodos de ensaio;
 NBR 5410 – Sistema Elétrico;
 NBR 5419 – Proteção contra descarga elétrica atmosféricas;
 NBR 5419 – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas para-raios;
 NBR 9077 – Saídas de emergência em edificações;
 NBR 9441 – Sistemas de detecção e alarme de incêndio;
 NR 23, da Portaria 3214 do Ministério do Trabalho: Proteção Contra Incêndio para
locais de trabalho.
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GLP

(GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO)

O GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), ou gás de cozinha, consiste numa mistura gasosa de
hidrocarboneto obtido do gás natural das reservas do subsolo, ou do processo de refino do
petróleo cru nas refinarias.

O GLP é acondicionado dentro de cilindros em estado líquido. O cilindro quando cheio,


contém em seu interior 85% de GLP em estado líquido e 15% em estado de vapor. O GLP em
estado líquido começa a se transformar em vapor à medida que os aparelhos a gás são
utilizados.

Uma característica marcante do GLP é não possuir cor nem cheiro próprio. No entanto, por
motivo de segurança, uma substância do grupo Mercaptan¹ é adicionada ao GLP ainda nas
refinarias. Ela produz o cheiro característico quando há um vazamento de gás. O GLP não é
uma substância tóxica, porém se inalado em grande quantidade, produz efeito anestésico.

Poder Calorífico do GLP em Relação a outros Combustíveis:

QUANTIDADE COMBUSTÍVEL PODER CALORIFICO


1 Kg GLP 11.500 Kcal
1 m³ Gás Natural 9.400 Kcal
1 m³ Gás de Rua 4.200 Kcal
1 Kg Óleo Diesel 10.200 Kcal
1 Kg Carvão 5.000 Kcal
1 Kg Lenha 2.900 Kcal
1 Kw Energia Elétrica 860 Kcal

¹ Mercaptan é uma substância química de forte odor. Ela se mistura total e livremente ao gás e

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não é venenosa. Seu cheiro é tão penetrante que basta colocar em cada litro de gás somente
uma gota. (EGSA, Teorias e aplicações de equipamentos para GLP, p. 5.).

COMO REALIZAR UMA COMPRA SEGURA

• Observe se o entregador está uniformizado e com crachá; • Observe se o veículo possui


identificação;

• Confira o lacre do botijão na frente do entregador;


• Confira a marca da distribuidora em alto-relevo no botijão;
• Solicite sempre a NOTA FISCAL.

SUA SEGURANÇA E DA SUA FAMÍLIA

Botijão de Gás
Instalação: Os componentes básicos para instalação com segurança do botijão de gás são:
Mangueira: Deve ser no mínimo de plástico de PVC transparente, com tarja amarela,
conforme NBR8613, gravação do código da NBR, do prazo de validade de 5 anos e com
comprimentos de 80cm, 1 m e 1,20m;
Braçadeiras: Servem para fixar a mangueira no fogão e no regulador de pressão do botijão.
Nunca use arame, esparadrapo ou outro material no lugar de braçadeiras;
Regulador de Pressão: É uma peça que regula e bloqueia a passagem do gás do botijão para
o consumo. No regulador deve constar a gravação do código NBR 8473 do INMETRO e data
de validade;
Botijão: Contém 13 kg de gás de cozinha. É fabricado segundo norma da ABNT –
Associação Brasileira de Normas Técnicas – 8460;

O QUE É GLP?

O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) é composto de uma mistura basicamente de 2 gases:


Propano (C3H8) e Butano (C4H10).

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PARA SUA SEGURANÇA

• Nunca compre de clandestinos;


• Verifique sempre o estado do botijão ao recebê-lo. Se houver dúvidas quanto ao seu peso ou
qualidade, aproveite a presença do entregador e peça para trocá-lo. O botijão deve estar em
boas condições, com lacre intacto e selo de segurança;
• Nunca coloque os botijões em compartimentos fechados e sem ventilação (armários,
gabinetes, vão de escadas, porões, etc.);
• Nunca instale o botijão próximo a ralos ou grelhas de escoamento de água. Por ser mais
pesado que o ar, o gás pode se depositar nestes locais e provocar futuramente o início do
incêndio.

ANTES DE TROCAR O BOTIJÃO CERTIFIQUE-SE DE QUE:

• Todos os botões dos queimadores estão desligados.


• O local está bem ventilado e livre de qualquer tipo de fogo (vela, fósforos, isqueiros ou
cigarros acesos).
• As instalações elétricas fiquem a uma distância mínima de 1,5 m.

QUANDO O GÁS ACABA

• Quando a alimentação dos queimadores do fogão estiver deficiente é preciso trocar o


botijão;
• Não tente forçar a saída de gás;
• Nunca vire ou deite o botijão (se ainda existir algum resíduo de gás ele poderá escoar na fase
líquida, o que anula a função do regulador de pressão, podendo provocar graves acidentes);
• Nunca aqueça o botijão;
• Ao comprar o botijão confirme no ato da entrega, e diante do entregador, se o botijão está
devidamente lacrado e se confere com a marca da distribuidora em auto-relevo.

TROCANDO O BOTIJÃO

• Jamais efetue a troca do botijão na presença de chamas, brasas, faíscas ou qualquer outra
fonte de ignição;
• Evite “rolar” o botijão, transporte-o sempre na posição vertical;
• Retire o lacre do botijão cheio;
• Retire o regulador do botijão vazio;
• Use apenas as mãos. NÃO utilize ferramentas como martelo ou alicate;
• Ao trocar o botijão examine as condições da mangueira e do regulador, verificando sempre o
prazo de validade.

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Observação:

MANGUEIRA: A Mangueira deve ser normatizada, ou seja, transparente com faixa amarela
e de PVC transparente. O prazo de validade da mangueira é de 5 anos

REGULADOR DE PRESSÃO: O tipo mais comum de regulador de pressão é semelhante ao


da figura abaixo. O prazo de validade é de 5 anos

Ao comprar o regulador de pressão e a mangueira, verifique se possui a identificação do


INMETRO (NBR) gravada e se os mesmos foram produzidos de acordo com as normas
indicadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)

VAZAMENTO – COMO PROCEDER?

Para verificar se há vazamentos de gás, passe uma esponja com água e sabão sobre a
borboleta da válvula. Se houver vazamento, aparecerão bolhas.

VAZAMENTO DE GÁS SEM FOGO:

- Feche o registro do regulador de gás;


- Afaste as pessoas do local;
- Não acione interruptores de eletricidade e não ligue nem desligue nenhum equipamento
eletrônico;
- Desligue a chave geral de eletricidade somente se ela estiver fora da residência;
- Não fume nem acenda fósforos ou isqueiros;
- Se ocorrer em ambiente fechado, abra portas e janelas;
- Retire o botijão para um local aberto, ventilado e longe de fontes de ignição;
- Alerte as pessoas sobre o vazamento;
- Entre em contato com a empresa distribuidora de gás e, em casos mais graves, com o Corpo
de Bombeiros.

VAZAMENTO DE GÁS COM FOGO

- Chame o Corpo de Bombeiros;


- Não deite o botijão, pois pode agravar o incêndio;
- Se possível, feche o registro de gás;
- Afaste as pessoas do local;
- Desligue a chave geral da eletricidade;
- Retire do local os materiais combustíveis que puder.

DICAS PARA SEU DIA-A-DIA


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Como Acender o Fogão e o Forno

- Abra o registro do regulador de gás;


- Abra a porta do forno se for usá-lo;
- Acenda o fósforo;
- Aproxime o fósforo aceso do queimador que vai ser usado;
- Gire o botão do queimador ou do forno;
- Não deixe que crianças tenham acesso ao fogão e ao botijão;
- Não coloque panos de prato ou outros objetos que possam pegar fogo junto ao botijão, na
tampa do fogão ou perto dos queimadores;
- Não acenda o fogo com isqueiro;
- Feche o registro sempre que não estiver usando o gás;
- Nunca instale um botijão com a mangueira passando por trás do fogão;
- Mantenha sempre o cabo das panelas voltado para dentro;
- Nunca utilize fogareiro ou lampião em botijões de 13 Kg;
- Ao sair de casa, nunca deixe panela no fogo ou forno aceso;

PRODUTOS PERIGOSOS

Introdução

Produtos perigosos são substâncias que podem vir a causar danos à saúde humana, a um bem
material ou ao meio ambiente. Podem ser do tipo radioativo, químico ou biológico.
Apesar do nome, “produto perigoso”, eles são amplamente usados para facilitar a vida
moderna com usos tão antagônicos quanto à medicina e a construção de armas nucleares. Para
o socorrista é importante ter uma noção geral dos riscos envolvendo produtos perigosos,
procedendo de maneira a garantir a sua segurança e a da vítima e não conduzir o resíduo para
dentro da ambulância e do hospital, aumentando o número potencial de vítimas.

Inflamabilidade

inflamabilidade é definida como a facilidade com que algo queima ou entra em ignição,
causando fogo ou combustão. O grau de dificuldade necessária para causar a combustão de
uma substância é quantificada através de teste de chamas. Internacionalmente, uma variedade
de protocolos de teste existem para quantificar inflamabilidade.

Inflamabilidade são os limites de concentração superior e inferior de inflamabilidade de um


gás, acima ou abaixo destes valores a propagação da chama não ocorre sem uma fonte de
ignição.

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LIMITES DE INFLAMABILIDADE
Combustíveis Concentração
Limite inferior Limite superior
Metano 1,4% 7,6%
Propano 5% 17%
Hidrogênio 4% 75%
Acetileno 2% 85%

LIMITE MÍNIMO E MÁXIMO DE INFLAMABILIDADE DE ALGUNS GASES E


VAPORES COMBUSTÍVEIS

Combustível Limite Mínimo Inflamabilidade Limite Máximo Inflamabilidade


Acetileno 1,5 % 82%
Acetona 2,5% 13%
Álcool etílico 3,5% 15%
Amoníaco 15% 28%
Benzina 0,7% 8%
Butano 1,5% 8,5%
Hidrogênio 4% 75,6%
Gás sulfídrico 4,3% 45,5%
Metano (gás natural) 5% 15%
Propano 2,1% 9,5%

Assim sendo podemos definir:

Limite Mínimo de Inflamabilidade: É a quantidade mínima de gás combustível (ou vapor)


que misturado com o ar forma uma mistura inflamável.

Limite Máximo de Inflamabilidade: É a quantidade máxima de gás combustível (ou vapor)


que misturado com o ar forma uma mistura inflamável.

Zona Inflamável: É o intervalo compreendido entre o Limite Mínimo e Máximo de


Inflamabilidade.

Explosividade

A explosividade, também designada por inflamabilidade, consiste no desencadeamento de um


processo de combustão (reação de uma substância com o oxigênio) ao ultrapassar uma
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determinada temperatura (ponto de inflamação), por ação do calor ou de catalisadores. O
ponto de inflação é a temperatura à qual a simples aproximação de uma chama aos vapores
gerados por uma substância provoca rapidamente a inflamação destes, propagando-se a chama
à própria substância. O ponto de inflamação serve como medida da inflamabilidade.

Riscos Potenciais

Fogo ou Explosão

 Pode explodir com o calor, atrito ou contaminação.


 Pode reagir violentamente ou explosivamente em contato com o ar, água ou espuma.
 Podem inflamar-se com o calor, fagulhas ou chamas.
 Aquecimento dos recipientes.
 Cilindros rompidos podem projetar-se violentamente.

Riscos à Saúde

 A inalação, ingestão ou contato com a substancia pode causar lesões graves, infecções,
doenças ou morte.
 Alta concentração do gás pode causar asfixia.
 Em contato com a pele e os olhos podem causar queimaduras.
 O fogo ou o contato com água pode produzir gases irritantes, tóxicos e ou corrosivos.
 As águas residuais do combate ao fogo podem causar poluição.

Segurança Pública

 Isole a área de derramamento/vazamento num raio de no mínimo 100 metros EM


TODAS AS DIREÇÕES.
 Mantenha as pessoas afastadas e permaneça afastado de áreas baixas, tendo o vento
pelas costas.

AÇÕES DE EMERGENCIAS

Pequenos Incêndios:

 Utilize Pó Químico Seco, CO2, Neblina de Água.

Grandes Incêndios:

 Utilize neblina de Água.


17
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 Afaste os recipientes da área do fogo se isto puder ser efetuado sem risco.

Tanques envolvidos no fogo

 Resfrie lateralmente com água os recipientes expostos ás chamas mesmo após o fogo
ter sido extinto. Não deixe entrar água nos recipientes.
 Retire-se imediatamente caso ouça o ruído do dispositivo de segurança/alívio ou em
caso de descoloração do tanque devido ao fogo.
 Mantenha-se sempre longe das extremidades dos tanques.

Vazamento/ Derramamento

 Não toque nem ande sobre o produto derramado. Elimine todas as fontes de ignição,
não fume na área de risco e impeça que ocorram fagulhas e chamas.
 Mantenha materiais combustíveis (óleo, papel, madeira, etc.) afastados do material
derramado. Evite o escoamento do material em cursos de água, rede de esgoto ou
áreas confinadas

Pequenos Derramamentos:

 Absorva o produto com areia ou outro material não combustível e guarde em


recipientes apropriados para disposição.

Grandes Derramamento

1) Confine o fluxo longe do derramamento, para disposição.


2) Isolamento e Proteção
3) Identificado o produto o primeiro passo é realizar o isolamento do local, definindo as
zonas quente, morna e fria. A zona quente é o foco onde está localizado o produto até
onde não seja possível mais ser contaminado por este. A zona morna é o local de apoio
direto ao pessoal operacional, é na transição entre a zona quente e morna que se monta
o corredor para a descontaminação. Na zona fria ficam todas as viaturas envolvidas na
ocorrência, o posto de comando deve haver um isolamento para evitar que o público
em geral se contamine.
4) Tipos de Lesão Ocasionadas por Produtos Perigosos
5) Basicamente os produtos perigosos podem lesionar o organismo humano das seguintes
formas: absorção da pele ou olhos; por inalação do produto; pela ingestão e por
injeção ou inoculação. Este contato pode ocasionar os seguintes tipos de lesão:

● Lesão Térmica: pelo calor ou frio;


● Lesão mecânica: por ondas de choque, força de impacto ou explosão;
● Asfixia: causando complicações respiratórias;
● Lesão química: alterando estrutura e função celular, tecidos ou órgãos;
● Lesão etiológicas ou contaminação por microrganismos;
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● Lesão radiológica.

Primeiros Socorros

 Remova a vítima para um lugar com boa ventilação, solicitar assistência médica de
emergência.
 Se a vítima não estiver respirando, aplique respiração artificial. Não fazer respiração
boca a boca caso a vítima tenha inalado ou ingerido o produto.
 Se a respiração estiver difícil, administre oxigênio.
 Remova e isole as vestimentas e calçados contaminados.
 Lava a área afetada com água e sabão.
 Manter a vítima aquecida e imóvel.

Ação Tóxicas dos agentes Químicos:

• Irritantes;
• Asfixiantes (Físicos e Bioquímicos);
• Cancerígenos;
• Mutagênicos;
• Anestésicos

CONCEITO DE INCÊNDIO

Conceitua-se incêndio como a presença de fogo em local não desejado e capaz de provocar,
além de prejuízos materiais: Quedas, queimaduras e intoxicações por fumaça.

O fogo, por sua vez, é um tipo de queima, combustão ou oxidação; resultante de uma reação
química em cadeia, que ocorre na medida em que atuem os elementos.

BREVE HISTÓRICO DO FOGO

O Fogo provocado pelos relâmpagos, erupções vulcânicas e terremotos causava medo e pavor
aos habitantes dos primórdios da civilização. O Homo Erectus foi o primeiro ancestral do
homem moderno a controlar o fogo

Foi à maior conquista do homem pré-histórico. A partir desta conquista o homem aprendeu a
utilizar a força do fogo em seu proveito, extraindo a energia dos materiais da natureza ou
moldando a natureza em seu benefício. O fogo serviu como proteção aos primeiros
hominídeos, afastando os predadores. Depois, o fogo começou a ser empregado na caça,

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INFOCURSOS
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usando tochas rudimentares para assustar a presa, encurralando-a. Foram inventados vários
tipos de tochas, utilizando diversas madeiras e vários óleos vegetais e animais. No inverno e
em épocas gélidas, o fogo protegeu o ser humano do frio mortal. O ser humano pré-histórico
também aprendeu a cozinhar os alimentos em fogueiras, tornando-os mais saborosos e
saudáveis, pois o calor matava as muitas bactérias existentes na carne.

"O fogo também foi o maior responsável pela sobrevivência do ser humano e pelo grau
de desenvolvimento da humanidade, apesar de que, durante muitos períodos da história,
o fogo foi usado no desenvolvimento e criação de armas e como força destrutiva."

Na antiguidade o fogo era visto como uma das partes fundamentais que formariam a matéria.
Na Idade Média, os alquimistas acreditavam que o fogo tinha propriedades de transformação
da matéria alterando determinadas propriedades químicas das substâncias, como a
transformação de um minério sem valor em ouro.

FUNDAMENTO QUÍMICO

Chamamos de fogo o resultado de um processo muito exotérmico de oxidação. Geralmente,


um composto orgânico. Como o papel, a madeira, os plásticos, os gases de hidrocarbonetos,
gasolina e outros, susceptíveis a oxidação, em contato com uma substância oxidante (oxigênio
do ar, por exemplo) necessitam de uma energia de ativação, também conhecida como
temperatura de ignição. Esta energia para inflamar o combustível pode ser fornecida através
de uma faísca ou de uma chama. Iniciada a reação de oxidação, também denominada de
combustão ou queima, o calor desprendido pela reação mantém o processo em marcha. Os
produtos da combustão (principalmente vapor de água e gás carbônico), em altas temperaturas
pelo calor desprendido pela reação, emitem luz visível. O resultado é uma mistura de gases
incandescentes emitindo energia, denominado chama ou fogo.

A composição dos gases que se desprendem, assim como a sua temperatura e disponibilidade
do comburente, determina a cor da chama. No caso da combustão de madeira ou papel a
chama é roxa, amarela ou alaranjada. Na queima de gases de hidrocarbonetos obtém-se
uma chama azulada, e cores exóticas são obtidas quando são queimadas substâncias que
contém elementos metálicos. Conhecem-se várias maneiras de produzir o fogo.

TEORIA E PROPAGAÇÃO DO FOGO

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INFOCURSOS
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O efetivo controle e extinção de um incêndio requerem um entendimento da natureza química
e física do fogo. Isso inclui informações sobre fontes de calor, composição e características
dos combustíveis e as condições necessárias para a combustão.

Combustão é uma reação química de oxidação, autossustentável, com liberação de luz, calor,
fumaça e gases. Para efeito didático, adota-se o tetraedro do fogo para exemplificar e explicar
a combustão, atribuindo-se, a cada fase, um dos elementos essenciais da combustão.

QUADRADO DO FOGO

REAÇÃ
SÃO REAÇÕES QUE SE PROCESSAM DURANTE O FOGO

O EM
PRODUZINDO SUA PRÓPRIA ENERGIA DE ATIVAÇÃO (CALOR)

C CADEI
ENQUANTO HOUVER SUPRIMENTO DE COMBUSTÍVEL (OXIGÊNIO)

E MATERIAL COMBUSTÍVEL PARA QUEIMAR.


O
A A X
L
COM I
O
Calor: Forma de energia que eleva a temperatura, gerada da transformação de outra energia,

BUST G
através de processo físico ou químico. O calor é gerado pela transformação de outras formas
R
de energia, quais sejam:

 ÍVEL Ê
Energia química (a quantidade de calor gerado pelo processo de combustão);
 Energia elétrica (o calor gerado pela passagem de eletricidade através de um condutor,


como um fio elétrico ou um aparelho eletrodoméstico);
Energia mecânica (o calor gerado pelo atrito de dois corpos); e
N
 Energia nuclear (o calor gerado pela quebra ou fusão de átomos).
I
O

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Efeitos do Calor: O calor é uma forma de energia que eleva a temperatura normal, para haver
combustão é necessário que o combustível seja aquecido até sua temperatura de volatilização.
O calor é gerado por diversas fontes sendo aquecido, gaseifica-se e queima em contato com o
oxigênio, transformando-se em outra substancia.

Elevação da Temperatura: O calor provoca elevação da temperatura, mudança química e


aumento de volume e comprimento, este fenômeno se desenvolve com maior rapidez nos
corpos considerados bons condutores de calor, como os metais; e, mais vagarosamente, nos
corpos tidos como maus condutores de calor, como por exemplo, o amianto. Por ser mal
condutor de calor, o amianto é utilizado na confecção de materiais de combate a incêndio,
como roupas, capas e luvas de proteção ao calor.

Aumento de Volume: todos os corpos-sólidos, líquido ou gasoso se dilatam e se contraem


conforme o aumento ou diminuição da temperatura. A atuação do calor não se faz de maneira
igual sobre todos os materiais. Se o aumento da temperatura não cessar, ou se não houver
dispositivos de segurança que permitam escape dos gases, pode ocorrer uma explosão,
provocada pela ruptura das paredes do vaso e pela violenta expansão dos gases. Os vapores de
líquido (inflamáveis ou não) se comportam como os gases.

Mudança do Estado Físico da Matéria: com o aumento do calor tendem a mudar seu estado
físico. Alguns sólidos se transformam em líquido (liquefação), líquido se transformam em
gases (gaseificação) e há sólidos que se transformam diretamente em gases (sublimação. Isso
se deve ao fato de que o calor faz com que haja maior espaço entre as moléculas e estas,
separando-se, mudam o estado físico da matéria.

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INFOCURSOS
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Mudança do Estado Químico da Matéria: é aquela em que ocorre a transformação de uma
substancia em outra. A madeira, quando aquecida, não libera moléculas de madeira em forma
de gases, e sim outros gases, diferentes, em sua composição, das moléculas originais da
madeira.

Efeitos Fisiológicos do Calor: o calor é a causa direta da queima e de outras formas de danos
pessoais. Danos causados pelo calor incluem desidratação, insolação, fadiga e problemas para
o aparelho respiratório, além de queimaduras, que nos casos mais graves (1º, 2º, 3º e 4º graus)
podem levar até a morte.

PROPAGAÇÃO DO CALOR

O calor pode se propagar de três diferentes maneiras: condução, convecção e irradiação.


Como tudo na natureza tende ao equilíbrio, o calor é transferido de objetos com temperatura
mais alta para aqueles com temperatura mais baixa.

1-CONDUÇÃO - Transferência de calor através de um corpo sólido de MOLÉCULA a


MOLÉCULA.

2-CONVECÇÃO – Transferência de calor pelo movimento ascendente de massas de gases


ou líquido dentro de si próprio. A convecção transporta o calor para cima e horizontalmente
nos andares.

3-IRRADIAÇÃO – Transferência de calor por meio de ondas caloríficas que atravessam o


ar, irradiadas do corpo em chamas.

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PONTOS DE TEMPERATURAS: os combustíveis são transformados pelo calor, e a partir


desta transformando, é que combinam com o oxigênio, resultando a combustão. Essa
transformação desenvolve-se em temperaturas diferentes, á medida que o material vai sendo
aquecido. Dentre elas temos:

1-PONTO DE FULGOR (Flash Point)

Temperatura mínima em que um combustível desprende vapores inflamáveis que se


incendeiam ao contato com uma chama externa em fração de segundos (Flash). As chamas
não se mantêm devido à pequena quantidade de calor.

2-PONTO DE COMBUSTÃO

Temperatura em que os gases desprendidos do material, ao entrarem em contato com uma


fonte externa de calor iniciam a combustão, e continuam a queimar sem o auxílio daquela
fonte.

3-PONTO DE IGNIÇÃO

Temperatura na qual o combustível exposto ao ar, entra em combustão sem que haja fonte
externa de calor.

Exemplos:

Combustível: É toda a substancia capaz de queimar e alimentar a combustão. É o elemento


que serve de campo de propagação ao fogo. Os combustíveis podem ser sólidos, líquidos ou
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INFOCURSOS
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gasosos, e a grande maioria precisa passar pelo estado gasoso para então, combinar com o
oxigênio.

Combustíveis Sólidos: a maioria dos combustíveis sólidos transforma-se em vapores e,


então, reagem com o oxigênio, outros sólidos (ferro, parafina, cobre, bronze) primeiro
transformam-se em líquido, posteriormente em gases, para então se queimarem.

Quanto maior a superfície exposta, mais rápida será o aquecimento do material e,


consequentemente, o processo de combustão.

Ex: uma barra de ferro de aço, o mesmo precisará de muito calor para queimar,
diferentemente de palha de aço, cuja queima terá mais facilidade.

Combustíveis Líquidos: os líquidos inflamáveis têm algumas propriedades físicas que


dificultam a extinção do calor, aumentando o perigo para os Brigadistas de Incêndio. Os
líquidos assumem a forma do recipiente que os contem. Se derramado, os líquidos tornam a
forma do piso, fluem e se acumulam nas partes mais baixas. A volatilidade, que é a facilidade
com que os líquidos liberam vapore, também é de grande importância, porque quanto mais
volátil for o liquido, maior a possibilidade de haver fogo, ou mesmo explosão.

OBS.: Chamamos de volátil os líquidos que liberam vapores a temperaturas menores que
20ºC.

Combustíveis Gasosos: os gases não têm volume definido, tendendo, rapidamente, a ocupar
todo o recipiente em que estão contidos. Os combustíveis gasosos são armazenados em
recipientes, sob pressão. Se o peso do gás é menor que a do ar, o gás tende a subir e dissipar-
se, mas se o peso do gás for maior que o ar, o gás permanece próximo ao solo e caminha na
direção do vento, obedecendo aos contornos do terreno.

Para o gás queimar, há necessidade de que esteja em uma mistura ideal com o ar atmosférico,
e se estiver numa concentração fora de determinados limites, não queimar, cada gás ou vapor,
tem seus limites próprios. Por exemplo, se num ambiente há menos de 1,4% ou mais de 7,6%
de vapor de gasolina, não haverá combustão, pois a concentração de vapor de gasolina nesse
local está fora do que se chama de mistura ideal, ou limites de inflamabilidade; isto é, ou a
concentração deste vapor é inferior ou é superior aos limites de inflamabilidade.

Gases Combustíveis (ou vapores inflamáveis)

Os gases e vapores combustíveis mais conhecidos são: o butano, o propano, o acetileno, o


hidrogênio, o monóxido de carbono e vapores de gasolina. Em qualquer combustão e
nomeadamente de um gás combustível, é necessário satisfazer o Triângulo do Fogo
(combustível + ar + fonte de ignição), mas é ainda necessário que o gás combustível faça com
o oxigênio do ar uma mistura em determinada percentagem. Para o caso dos vapores de
gasolina este intervalo varia entre 1,3 % e 6,3 %, sendo o restante ar. Para o monóxido de
carbono estes valores já variam entre 12,5 e 74%. Estes valores são designados por Limite
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INFOCURSOS
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Mínimo e Máximo de Inflamabilidade (ou explosividade. Ao intervalo entre estes valores
designa-se por Zona Inflamável. Apresentam-se no seguinte quadro alguns valores mínimos e
máximos de explosividade para alguns combustíveis

PROCESSO DE QUEIMA

O início da combustão requer a conversão do combustível para o estado gasoso, o que se dará
por aquecimento. O combustível pode ser encontrado nos três estados físicos da matéria:
Solido líquidos ou gasosos. Gases combustíveis sólidos, pela pirólise (pirolise é a
decomposição química de uma matéria ou substancia através do calor).

Comburente: É o elemento que possibilita vida às chamas e intensifica a combustão. O


oxigênio (O2) é o mais comum.

AR ATMOSFERICO – COMPOSIÇÃO

NITROGÊNIO
.........78%
O OXIGÊNIO E A CHAMA
OXIGÊNIO.....
.........21%
 21 % de O2 concentrado no ambiente – Queima Completa

Outros
 16 % - 8% de O2 concentrado no ambiente – Queima Lenta
 - 8% de O2 concentrado no ambiente – Não há Combustão ou
Queima
GASES..........
1%da combustão variará de acordo com a porcentagem do
Formas de Combustão: a velocidade
oxigênio no ambiente e as características físicas e químicas do combustível.

1 – COMBUSTÃO COMPLETA: É aquela em que a queima produz calor e chamas e se


processa em ambiente rico em oxigênio.

2 – COMBUSTÃO INCOMPLETA: É aquela em que a queima produz calor e pouca ou


nenhuma chama, e se processa em ambiente pobre em oxigênio.

3 – COMBUSTÃO ESPONTÂNEA: É aquela em que ocorre a ação da fermentação de


certos vegetais armazenados. A fermentação produz calor e libera gases que podem incendiar.
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INFOCURSOS
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REAÇÃO EM CADEIA

A reação em cadeia torna a queima autossustentável. O calor irradiado das chamas atinge o
combustível e este é decomposto em partículas menores, que se combina com o oxigênio e
queimam, irradiando outra vez calor para o combustível, formando um ciclo constante.

FASES DO FOGO

Fase Inicial: Na fase INICIAL não há alterações drásticas no ambiente, mas já há indícios de
calor, fumaça e danos causados pelas chamas. Grande parte do calor está sendo consumido no
aquecimento dos combustíveis, e a temperatura do ambiente, neste estágio, está ainda pouco
acima do normal.

Fase da Queima Livre: Na fase de QUEIMA LIVRE, o fogo aumenta rapidamente, usando
muito oxigênio, e eleva a quantidade de calor. Durante esta fase, o ar, rico em oxigênio, é
arrastado para dentro do ambiente pelo efeito da convecção, isto é, o ar quente “sobe” e sai do
ambiente. Isto força a entrada de ar fresco pelas aberturas nos pontos mais baixos do
ambiente.

TEMPERATURA AO NÍVEL DO TETO PODE EXCEDER 700ºC

Flashover: O fogo aquece gradualmente todos os combustíveis do ambiente. Quando


determinados combustíveis atingem seu ponto de ignição, simultaneamente, haverá uma
queima instantânea, o que poderá provocar uma explosão.

27
INFOCURSOS
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Fase de Queima Lenta: A queima lenta identifica-se pela fumaça densa, pelo fogo reduzido
a brasas e pela redução da presença de oxigênio. O calor intenso reduz os combustíveis a seus
componentes básicos, liberando, assim, vapores combustíveis.

A queima lenta em um incêndio, a combustão é incompleta porque não há oxigênio suficiente


para sustentar o fogo. Contudo, o calor da queima livre permanece, e as partículas de carbono
não queimadas, bem como outros gases inflamáveis, produtos da combustão, estão prontas
para incendiar-se rapidamente assim que o for suficiente. Pois na presença de oxigênio esse
ambiente explodirá.

MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO

Os métodos de extinção do fogo baseiam-se na eliminação de um ou mais dos elementos do


triângulo do fogo.

ISOLAMENTO: É a retirada do material combustível do ambiente incendiado.

RESFRIAMENTO: Consiste em diminuir a temperatura do material combustível que está


queimando, diminuindo, consequentemente, a liberação de gases ou vapores inflamáveis.

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INFOCURSOS
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ABAFAMENTO: Retira o oxigênio do ar.

Quebra da Reação em Cadeia: Certos agentes extintores, quando lançados sobre o fogo,
sofrem ação do calor, reagindo sobre a área das chamas, interrompendo assim a “reação em
cadeia”, ou seja, a extinção química. Isso ocorre porque o oxigênio comburente deixa de
reagir com gases combustíveis.

VENTILAÇÃO

É aplicada no combate a incêndios é a remoção e dispersão sistemática de fumaça, gases e


vapores quentes de uns locais confinados, proporcionando a troca dos produtos da combustão
por ar fresco, facilitando, assim, a ação dos bombeiros no ambiente sinistrado.

Ventilação Natural: É o emprego do fluxo normal do ar com o fim de ventilar o ambiente,


sendo também empregado o princípio da convecção com o objetivo de ventilar

Ventilação Forçada: É utilizada para retirar produtos da combustão de ambientes em que não
é possível estabelecer o fluxo natural de ar. Neste caso, força-se a renovação do ar através da
utilização de equipamentos e outros métodos.

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INFOCURSOS
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Ventilação Horizontal: É aquela em que os produtos da combustão caminham
horizontalmente pelo ambiente. Este tipo de ventilação se processa pelo deslocamento dos
produtos da combustão através de corredores, janelas, portas e aberturas em paredes no
mesmo plano.

Ventilação Vertical: É aquela em que os produtos da combustão caminham verticalmente


pelo ambiente, através de aberturas verticais existentes (poços de elevadores, caixas de
escadas), ou aberturas feitas pelo bombeiro (retirada de telhas). Para a ventilação, o bombeiro
deve aproveitar as aberturas existentes na edificação, como as portas, janelas e alçapões, só
efetuando aberturas em paredes e telhados se inexistirem aberturas ou se as existentes não
puderem ser usadas para a ventilação natural ou forçadas. Efetuar entrada forçada em paredes
e telhados, quando já existem aberturas no ambiente, acarreta prejuízos ao proprietário, além
de significar perda de tempo.

Vantagens da Ventilação: Os grandes objetivos de uma Brigada de Incêndio são: atingir o


local sinistrado no menor tempo possível; resgatar vítimas presas; localizar focos de incêndio;
aplicar os agentes extintores adequados, minimizando os danos causados pelo fogo, pela água
e pelos produtos da combustão. Durante o combate, a ventilação é um auxílio imprescindível
na execução destes objetivos. Quando, para auxiliar no controle de incêndio, é feita ventilação
adequada, uma série de vantagens são obtidas, tais como: visualização do foco, retirado do
calor e retirado dos produtos tóxicos da combustão.

Visualização do Foco: A ventilação adequada retira do ambiente os produtos da combustão


que impedem a visualização. Tendo uma boa visualização o bombeiro:

 Entrar no ambiente com segurança;


 Localiza vítimas;
 Extingue o fogo com maior rapidez, sem causar danos pelo excesso de água aplicada
no local.

Retirada do Calor: A ventilação adequada retira os produtos da combustão que são os


responsáveis pela propagação do calor (através da convecção), eliminando com isto grande
quantidade de calor do ambiente. Com a retirada do calor, o bombeiro:

 Tem maior possibilidade de entrar no ambiente.

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INFOCURSOS
Cursos presenciais e a distância
 Diminui a propagação do incêndio.
 Evita o "backdraft" e o "flash over".
 Evita maior dano à edificação.
 Evita maiores riscos a possíveis vítimas.

Técnica de Ventilação: A decisão de ventilar e a escolha do tipo de ventilação a ser feita no


local do sinistro competem ao Comandante da Operação, cabendo ao pessoal a execução
correta. Deve-se, sempre que possível, utilizar o fluxo natural de ar, ou seja, deve-se observar
o princípio da convecção e a direção do vento.

Ventilação Natural Horizontal: A maneira correta de se fazer ventilação natural horizontal


em uma edificação é usar duas aberturas em desnível, em paredes opostas, isto é, uma, o mais
alto possível, e a outra, o mais baixo possível. As aberturas devem estar dispostas conforme a
direção do vento.
A abertura mais baixa será para a entrada de ar fresco e limpo, e a abertura mais alta será para
a saída dos produtos da combustão. Procede-se à ventilação natural horizontal da seguinte
maneira:
 Abre-se o ponto mais alto da parede para saída dos produtos de combustão (janelas,
por (exemplo).
 Abre-se, lentamente, o ponto mais baixo para entrada do ar fresco. O ar fresco tem
temperatura menor que os produtos da combustão e deposita-se nas partes mais baixas do
ambiente, expulsando os produtos da combustão, cuja tendência é permanecer nas partes mais
altas.
 Observa-se o ambiente, até a visualização das chamas. O bombeiro poderá usar a porta
para a entrada do ar. Porém, é importante que esta seja aberta lentamente, e que não provoque
maior abertura para a entrada do ar que para a saída dos produtos da combustão (resolve-se
este problema, abrindo a porta parcialmente). A ventilação natural horizontal utiliza-se da
convecção e direção do vento.

Ventilação Natural Vertical: Este tipo de ventilação está baseado no princípio da convecção.
Primeiramente, deve ser feita abertura no teto, para permitir que os produtos da combustão
sigam seu caminho natural, subindo perpendicularmente ao foco de incêndio. Outra abertura
deve ser feita para permitir a entrada do ar fresco no ambiente. Uma porta é a abertura ideal,
pois pode ser aberta parcialmente, permitindo que o ar fresco entre no ambiente, porém, não
em quantidade suficiente para provocar uma explosão ambiental. A entrada do ar poderá ser
controlada conforme a necessidade. Abertura em telhado.

 Sempre que possível, o brigadista deve utilizar as aberturas já existentes na edificação,


como clarabóias, dutos, portinholas, etc.
 Se for necessário fazer abertura no telhado, o bombeiro deve saber de que material ele
é feito, para escolher adequadamente as ferramentas de serviço. Normalmente para
isso basta uma rápida verificação visual.
31
INFOCURSOS
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 Fazer a abertura em telhados é um serviço extremamente perigoso. Por isso, entre
outras medidas de segurança, deve-se sempre utilizar um cabo guia, ancorando-o a um
ponto firme, para evitar uma queda do brigadista no ambiente em chamas.
 Surpresas desagradáveis podem ocorrer ao se abrir um telhado, tais como labaredas e
produtos da combustão em direção ao brigadista. Por este motivo, é essencial que o brigadista
utilize o EPI necessário, seja armada linha de proteção para sua segurança e trabalhe sobre
escada de gancho.
 Deve-se procurar efetuar uma abertura larga e retangular ou quadrada, o que simplifica
futuros reparos. Uma abertura larga é melhor que várias pequenas. O tamanho da abertura é
determinado pelo Chefe da Brigada. (nunca menor que 1m2).

Cuidados:

As ações de ventilação têm várias vantagens, porém, se não forem executadas com cuidado,
poderão causar maiores prejuízos. Ao se executar operações de ventilação em um local
sinistrado, o bombeiro deve tomar os seguintes cuidados:

 Sempre que possível, utilizar a ventilação natural (abertura de portas, janelas,


clarabóias, (telhados, etc.);
 Estar equipado com aparelho de respiração autônoma, capa, capacete e botas;
 Estar amarrado a um cabo guia como segurança e sempre dispor de um meio de fuga
do ambiente;
 Realizar uma abertura grande em lugar de várias pequenas;
 Executar aberturas em telhados com o vento soprando pelas costas (visando a
segurança);
 Verificar se a construção suporta o peso dos equipamentos e dos bombeiros;
 Analisar onde serão as aberturas, evitando que o fluxo dos produtos da combustão
atinja outras edificações.
 Providenciar que a guarnição que faz ventilação esteja bem coordenada com a equipe
de extinção de incêndio.

CLASSES DE INCÊNDIO E METODOS DE EXTINÇÃO

Os incêndios são classificados de acordo com os materiais neles envolvidos, bem como a
situação em que se encontram. Essa classificação é feita para determinar o agente extintor
adequado para o tipo de incêndio especifico.

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INFOCURSOS
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1 - INCÊNDIOS DE CLASSE “A”: Queima na superfície e em profundidade, deixando


resíduos ou coisas.

PAP TEC PLÁ BOR


MA OU
2 - INCÊNDIOS DE CLASSE “B”: Queima somente na superfície e não em profundidade.

GA ÉTE ÁLC ACE PIX


GÁS
3 - INCÊNDIOS DE CLASSE “C”: É o incêndio envolvendo equipamentos elétricos
energizados.

COM GER MOTOR


4 - INCÊNDIOS DE CLASSE “D”: São incêndios envolvendo metais combustíveis
pirofóricos. São caracterizados pela queima em altas temperaturas e por reagir com agentes
extintores comuns, principalmente os que contenham água.

ZIN MA ALUMI SÔD


CO
POT GNÉ NIO IO
ÁSSI
OBS.: Estes metais são encontrados em indústrias automobilísticas por exemplo.

EXTINTORES PORTÁTEIS

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INFOCURSOS
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O extintor portátil é um aparelho manual, constituído de recipiente e acessório, contendo o
agente extintor, destinado a combater princípios de incêndios. Tal limitação operacional é
conseqüência de sua carga útil reduzida. Os extintores de incêndio prescindem de quatros
condições para obter êxito em sua utilização:

a) O aparelho extintor deve estar em um local apropriado e em boas condições de


funcionamento;
b) Sua utilização deve estar de acordo com classe de incêndio que se objetiva combater;
c) O princípio de incêndio deve ser descoberto em tempo hábil, para que propicie o uso
eficaz do aparelho;
d) O operador do extintor deve estar preparado para o seu manuseio.

Vale ressaltar, que os mesmos deveram ser instalados, de tal forma que sua parte superior não
ultrapasse a 1,60m de altura em relação ao piso acabado, e a parte inferior fique acima de
0,20m (podem ficar apoiados em suportes apropriados sobre o piso).

Aplicabilidade:

– Em todos os estabelecimentos
– Em número suficiente para combater o fogo em seu início;
– Apropriados à classe de fogo a extinguir
– Independente da área, pelo menos dois por pavimento, representando cada um
uma unidade extintora.

AGENTES EXTINTORES

É preciso conhecer e identificar bem o incêndio que se vai combater, antes de escolher o
agente extintor ou equipamento de combate ao fogo. Um erro na escolha de um extintor pode
tornar inútil o esforço de combater as chamas; ou piorar a situação, aumentando ainda mais as
chamas, espalhando-as, ou criando novas causas de fogo (curtos-circuitos).

EXTINTOR DE ÁGUA PRESSURIZADA (AP): Disponível em conteúdo de 10 litros


possui, no seu interior, um tubo sifão que cause alcança o fundo, possibilitando a saída da
água. Sua pressão nominal é de 11,50 Kgf./cm² é obtida por CO2, N2 ou ar atmosférico. Seu
uso é feito através do simples acionamento de sua válvula (gatilho), sendo dotado ainda de
indicador de pressão, evidenciando a situação do gás propelente.

Este tipo de extintor possui um alcance entre 9 e 15 metros e seu tempo de descarga fica na
faixa de 40 a 60 segundos.

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Método de extinção: Resfriamento

CLAS CLASS CLASS


SE A : E B: EC:
SIM NÃO NÃO

CLASS
E D:
NÃO

EXTINTOR DE PÓ QUÍMICO SECO PRESSURIZADO: Extintores portáteis obedecem


às mesmas especificações anteriores definidas para os extintores de baixa pressão. Disponível
nas capacidades de 4Kg, 6Kg, 8Kg, 10Kg e 12KG. Possuem tempo de descarga que varia de
10 a 30 segundos, conforme sua capacidade. O alcance de seu jato está compreendido entre 5
a 8 metros.

35
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Método de extinção: Abafamento

CLASS CLAS CLASSE


E A: SE B : C : SIM-
NÃO SIM CR

CLASS
E D:
NÃO

EXTINTOR DE GÁS CARBÔNICO (CO2): Os extintores de Gás Carbônico, Dióxido de


Carbono ou simplesmente CO2 são constituídos, essencialmente, de um cilindro aço sem
costura, pintado com tinta de proteção anticorrosiva e uma demão de tinta de acabamento, na
cor vermelha, a base de poliuretano. Possui tubo sifão, punho, alça de transporte, gatilho,
mangueira de descarga e esguicho difusor.

36
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Método de extinção: Abafamento e


Resfriamento

CLASS CLASS CLASS


E A: E B: E C:
NÃO SIM SIM

CLASS
E D:
NÃO

CLASSES DE FOGO E EXTINTORES PORTÁTEIS

CLASS DESCRIÇÃO EXTINTOR


E
A Materiais de fácil combustão queimam em sua Água pressurizada e espuma.
superfície e profundidade, deixam resíduos: Dióxido de carbono, se no
sólidos inflamáveis. princípio.
B Queimam somente na superfície, não deixam Dióxido de carbono, pó
37
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resíduos: líquidos inflamáveis. químico e espuma. Abafamento
com balde de areia. Água
pressurizada sob a forma de
neblina.
C Em equipamentos energizados. Dióxido de carbono e pó
químico. Água pulverizada.
D Elementos pirofóricos: Na, Mg, Zr, Ti. Extintores com PQS especiais,
abafamento com balde de areia
ou limalha de ferro fundido.
Nunca usar água.

Dimensionamento da Quantidade de Extintores

ÁREA COBERTA/UNID. RISCO DE CLASSE DE DISTÂNCIA


EXT. FOGO OCUPAÇÃO MÁXIMA
500 m2 Pequeno “A” – 1 e 2 20m
250m2 Médio “B” 2,4,5 e 6 10m
150m2 Grande “C” – 7 a 13 10m

Quantidade de Extintores

SUBSTÂNCIA CAPACIDADE NÚMERO DE EXT/UNIDADE


EXTINTORA EXTINTORA.
Para cada unidade extintora no mínimo 2.
Água pressurizada 10 litros - portáteis 10 kg
74 e 150 - carreta
Gás carbônico 4 kg - portáteis 6 kg
6kg - portátil
25 e 50 kg - carreta

Pó Químico Seco 4 kg - portáteis 4kg


6 kg - portáteis
8 kg - portáteis
12kg- portátil
20 e 100 kg - carreta

Vistoria de Aparelhos Extintores

O extintor de incêndio tem uma longevidade que está ligada diretamente a sua manutenção e
sua correta utilização. O item segurança reputa-se como essencial, e a vistoria periódica é a
38
INFOCURSOS
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melhor maneira de aperfeiçoar o uso do aparelho, além de ser fundamental para a segurança
do operador. Como todo cilindro submetido à pressão, os extintores estão sujeitos a uma
possível ruptura de sua carcaça, devido a tal problema a sua vistoria e manutenção tornam-se
preponderante.

A ABNT-NBR 12962, define ensaio hidrostático como: aqueles executados em alguns


componentes do extintor de incêndio, sujeitos ás pressão permanente ou momentânea,
utilizando-se normalmente a água como fluido, que tem como principal objetivo avaliar a
resistência dos componentes á pressões superiores a pressão normal de carregamento ou de
funcionamento do extintor de incêndio, em suas respectivas normas de fabricação.

Manutenção dos Extintores:

A manutenção começa com o exame periódico e completo dos extintores e termina com a
correção dos problemas encontrados, visando um funcionamento seguro e eficaz.

Inspeções: Todo extintor deverá ter 1 (uma) ficha de controle de inspeção

Semanais: verificar acesso, visibilidade e sinalização.

Mensais: verificar se o bico da mangueira está obstruído. Observar a pressão do manômetro


(se houver), o lacre e o selo da BNT e o pino de segurança.

Semestrais: verificar o peso do extintor de CO2 e do cilindro de gás comprimido, quando


houver. Se o peso do extintor estiver abaixo de 90% do especificado, recarregar.

Anuais: verificar se não há dano físico no extintor, avaria no pino de segurança e no lacre.
Recarregar o extintor.

Quinquenais: fazer o teste hidrostático, que é a prova a que se submete o extintor a cada 5
anos ou toda vez que o aparelho sofrer acidente, tais como: batidas, exposição a temperaturas
altas, ataques químicos ou corrosão. Deve ser efetuada por pessoal habilitado e com uma
pressão de 2,5 vezes a pressão de trabalho, isto é, se a pressão é de 14 Kgf/cm2, a pressão de
prova será de 35Kgf/cm2. Este teste é precedido por uma minuciosa observação do aparelho,
para verificar a existência de danos físicos.

CONTROLE DE EXTINTORES - ANEXO DO ITEM 23.14

MARCA: TIPO: EXTINTOR N.º:

ATIVO FIXO: LOCAL: ABNT N.º:

HISTÓRICO Código e reparos

Data Recebido Inspecionado Reparado Instrução Incêndio

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1. Substituição de Gatilho

2. Substituição de Difusor

3. Mangote

4. Válvula de Segurança

5. Válvula Completa

6. Válvula Cilindro Adicional

7. Pintura

8. Manômetro

9. Teste Hidrostático

10. Recarregado

11. Usado em Incêndio

12. Usado em Instrução

13. Diversos

CONTROLE DE EXTINTORES

MANGUEIRAS DE INCÊNDIO

É o equipamento de combate a incêndio, constituído de um duto flexível dotado de juntas de


união, destinada a conduzir água sob pressão.

O revestimento interno do duto é um tubo de borracha vulcanizada diretamente ao tecido


externo, que impermeabiliza a mangueira evitando que saia do seu interior. A capa do duto
flexível é uma lona, confeccionada de fibras sintéticas, que permite á mangueira suportar alta
pressão de trabalho e de resistência á abrasão.

Uniões são peças metálicas, fixadas nas extremidades das mangueiras, que servem para unir
lances entre si ou ligá-los a outros equipamentos hidráulicos.

Empatação de mangueira é o nome dado a fixação, sob pressão, da união de engate rápido no
duto.

40
INFOCURSOS
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Lance de mangueira é a fração de mangueira que vai de uma a outra junta de união.

Linha de mangueira é um conjunto de mangueiras acopladas, formando um sistema para


conduzir a água.

As mangueiras de incêndio devem atender a marca de conformidade ABNT, o que significa


que além de atender totalmente a norma NBR 11861. ATENÇÃO: O tipo da mangueira deve
estar marcado nas duas extremidades do duto flexível. Certifica-se de que o tipo de mangueira
de incêndio é adequado ao local e as condições de aplicação, conforme a norma.

CLASSIFICAÇÃO DAS MANGUEIRAS:

As Mangueiras podem ser Classificadas de três formas:

 Quanto ás Fibras de que são Feitas as Lonas: as mangueiras podem ser de fibras
naturais ou fibras sintéticas. As fibras naturais são oriundas de vegetais. As sintéticas
são fabricadas na indústria, a partir de substancias químicas. As fibras sintéticas
apresentam diversas vantagens sobre os naturais, tais como: peso reduzido, maior
resistência á pressão, ausência de fungos, manutenção mais fácil, baixa absorção de
água, etc.

 Quanto à Disposição das Lonas: as mangueiras podem ser classificas quanto á


disposição das lonas em mangueiras de lona simples, de lona dupla e de lona
revestidas por material sintético.

1 = As mangueiras do tipo lona simples são constituídas de um tubo de borracha, envolvido


por uma camada têxtil, que forma a lona.

2 = As mangueiras do tipo lona dupla são constituídas de um tubo de borracha envolvido por
duas camadas têxteis sobrepostas.

3 = As mangueiras do tipo lona revestida por material sintético são constituídas de um tubo de
borracha, envolvido por uma ou duas camadas têxteis revestidas externamente por material
sintético. Esse tipo de mangueira permite á mangueira ter maior resistência aos efeitos
destrutivos de ácidos, graxas, abrasivos e outros agentes agressivos.

Quanto ao Diâmetro

As mangueiras classificam-se também quanto ao seu diâmetro, sendo normalmente utilizadas


as de 38, 63, 75, 100 mm.

41
INFOCURSOS
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TIPOS DE MANGUEIRAS

Mangueira Tipo 1 - Destina-se a edifícios de ocupação residencial. Pressão de trabalho


máxima de 980 kPa (10 kgf/cm2).

Mangueira Tipo 2 - Destina-se a edifícios comerciais e industriais ou Corpo de


Bombeiros. Pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2).

Mangueira Tipo 3 - Destina-se a área naval e industrial ou Corpo de Bombeiros, onde é


indispensável maior resistência à abrasão. Pressão de trabalho máxima de 1.470 kPa (15
kgf/cm2).

Mangueira Tipo 4 - Destina-se a área industrial, onde é desejável maior resistência à


abrasão. Pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2).

Mangueira Tipo 5 - Destina-se a área industrial, onde é desejável uma alta resistência à
abrasão. Pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14 kgf/cm2).

IDENTIFICAÇÃO

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A mangueira de incêndio deve ser identificada nas duas extremidades com:

a) Nome e marca do fabricante;


b) Número da norma de fabricação (NBR 11861);
c) Tipo de mangueira; e
d) Mês e ano de fabricação.

Esta marcação deve ser indelével, em caracteres de 25mmde altura mínima, iniciando á
distância de 0,5 m a 1,4 m de cada extremidade da mangueira.

CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO

Antes do Uso Operacional: As mangueiras novas devem ser retiradas das embalagens
de fabricas, armazenadas em local arejado, livre de umidade e mofo e protegidas da
exposição direta de raios solares.

Durante o Uso Operacional: As mangueiras de incêndio não devem ser arrastadas


sobre superfícies ásperas: entulho, quinas de paredes, borda de janelas, telhado ou
muros, principalmente quando cheias de água, pois o atrito ocasionara maior desgaste e
cortes da lona. Não devem ser colocadas em superfícies excessivamente aquecidas,
pois com calor, as fibras derretem e a mangueira poderá romper-se.

Após o Uso Operacional: Ao serem recolhidas, devem sofrer rigorosa inspeção visual
na lona e juntas de união. Nas mangueiras atingidas por óleos, graxas, ácidos ou outros
agentes, admite-se o emprego de água morna, sabão neutro ou produto recomendado
pelo fabricante. Após a lavagem a mesma deve ser colocada para secar.

ESGUICHO

São peças que se destinam a dar formas, direção e alcance ao jato d’água, conforme as
necessidades da operação. Esses equipamentos podem ser fabricados de: Bronze ligas
de latão, ligas de alumínio e policarbonato.

43
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 Esguicho de vazão regulável (tipo pistola);
 Esguicho jato Sólido;
 Esguicho regulável;
 Esguicho lançador de espuma;
 Esguicho pescoço de ganso;
 Esguicho canhão;

Linhas de Mangueiras: São os conjuntos de mangueiras acopladas, formando um sistema


para o transporte de água. Tais como:

Linha de Ataque: É o conjunto de mangueiras utilizado no combate direto ao fogo, isto é, a


linha que tem um esguicho numa das extremidades.

Linha Direta: É a linha de ataque, composta por um ou mais lances de mangueira, que
conduz, diretamente, a água desde um hidrante ou expedição de bomba até o esguicho.

Linha Siamesa: É composta de duas ou mais mangueiras adutoras, destinadas a conduzir


água da fonte de abastecimento para um coletor, e deste, uma única linha, até o esguicho.

Derivante: É um dispositivo, desenvolvido para acoplar uma ou duas linhas de mangueiras,


facilitando assim o combate ao sinistro.

Derivante Simples Derivante Esférico de Fecho Rápido

REDES DE HIDRANTES

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São dispositivos existentes na rede hidráulicas que possibilitam a captação de água para o
emprego nos serviços de bombeiros civis e militares.

 Hidrante de Coluna: Compreende um hidrante de coluna composto de um tê com


duas tampas de 2½ e 4 polegadas que serão abertas com chave tipo halem para
adaptação de mangueiras; um registro contendo um cabeçote protegido por um copo e
este último sendo sustentado por uma haste presa com flanges entre o tê e o toco que é
a parte de baixo do hidrante.

 Hidrantes Subterrâneos: Os hidrantes subterrâneos são utilizados no abastecimento


contra incêndio, nos espaços urbanos e nas indústrias. De um modo geral os hidrantes
subterrâneos têm as seguintes características e dimensões principais conforme
mostrado
Entrada ou tomada de água através de uma bolsa conforme NBR 7674 de 75 mm, e a
saída de água com um niple rosqueado de bronze fundido. Em geral a rosca nominal
do niple pode ser de 50 mm, com diâmetro externo 67 mm e 5 fios, ou de 60 mm, com
diâmetro externo 82 mm - 5 fios. Mediante consulta prévia, os fabricantes poderão
fornecer outros tipos de engates rápidos e de roscas, especialmente na saída. A ligação
à tubulação da rede é feita por intermédio de uma curva com flange e bolsa, dotada de
pé. Conforme a profundidade da tubulação, a curva poderá ser curta ou longa.
O acionamento ou manobras são executados por meio de chave T adaptável ao
cabeçote do hidrante e o acabamento é à base de pintura com tinta betuminosa.

45
INFOCURSOS
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 Hidrante de Recalque: são aqueles instalados nos logradouros públicos, sendo
interligados aos sistemas preventivos fixos da edificação (rede de hidrantes ou de
sprinkler). Sua função principal é permitir o recalque de água para o interior da
edificação através das viaturas do Corpo de Bombeiros e, secundariamente, podem
servi de fonte de captação de água.

Registro de Recalque: É uma extensão da rede hidráulica, constituído de uma conexão e


registro de passagem em uma caixa de alvenaria fechada por tampa metálica.

Sistema de Chuveiros Automáticos ”sprinklers”: O sistema de chuveiros automáticos é


composto por um suprimento d’água em uma rede hidráulica sob pressão, onde são instalados
em diversos pontos estratégicos, dispositivos de aspersão d’água, que contém um elemento
termo sensível, que se rompe por ação do calor proveniente do foco de incêndio, permitindo a
descarga d’água sobre os materiais em chamas.

Bombas de Incêndio: São máquinas hidráulicas destinadas a aspirar e comprimir ou recalcar


a água com a pressão necessária ao serviço de extinção de incêndios. São empregadas,
também, para esgotar a água de locais inundados, a fim de facilitar os trabalhos de proteção e
salvamento.

A bomba de incêndio deve ser do tipo centrifuga acionada por motor elétrico ou combustão.
No caso de ocupações mistas com uma bomba de incêndio principal, deve ser feito o
dimensionamento da vazão da bomba e do reservatório para o maior risco, sendo que os
esguicho e mangueiras podem ser previstos de acordo com os riscos específicos. A altura
manométrica total da bomba deve ser calculada para o hidrante mais desfavorável do sistema.

46
INFOCURSOS
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Sistemas de Alarme: O sistema de alarme é obrigatório nos estabelecimentos de risco


elevado ou médio.

 Número de pontos suficiente em cada pavimento para acionamento do sistema de


alarme;
 Botões de acionamento colocados em local visível, em áreas comuns dos acessos dos
pavimentos e no interior de caixa lacrada; com tampa de vidro ou plástico facilmente
quebrável, contendo a inscrição: “Quebrar em caso de emergência”.
 Som audível em todo o estabelecimento e distinto dos outros dispositivos acústicos.

A iluminação de Emergência: É composta por lâmpadas ligadas a baterias que são


automaticamente acionadas, sem que necessitem ser manuseadas quando falta energia
elétrica. O seu uso é obrigatório em escadas, corredores, elevadores e outros locais que
possam oferecer risco ao trânsito de pessoas.

47
INFOCURSOS
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Localização e Sinalização: Locais de fácil acesso, visualização e onde haja menor
probabilidade do fogo bloquear o acesso.

 Local assinalado com círculo vermelho com bordas amarelas.


 Área desobstruída de 1m x 1m demarcada abaixo do extintor, pintada de vermelho.
 Fixados a mais de 1,60m do piso.
 Se baldes, os seus bordos devem estar entre 60 cm e 1,50m
 Não podem estar localizados nas paredes das escadas.
 Se sobre rodas, devem ter seu acesso desobstruído a qualquer ponto da fábrica.

Sinalização de Emergência: A sinalização de emergência tem como finalidade reduzir o


risco de ocorrência de incêndio, alertando para os riscos existentes e garantir que sejam
adotadas ações adequadas à situação de risco, que orientem as ações de combate e facilitem a
localização dos equipamentos e das rotas de saída para abandono seguro da edificação em
caso de incêndio. Um local bem sinalizado salva vidas de ocorrências como incêndios, falta
de energia e outros.

Saídas de Emergência: Saídas em número suficientes e dispostas adequadamente para a


rápida retirada de pessoas do recinto.

 Largura mínima de 1,20m.


 O sentido de abertura não pode ser para o interior do recinto.
 Área de circulação via de passagem e corredores desobstruídos até a saída e
com largura mínima de 1,20m.
 Direção e localização das saídas sinalizadas por placas e sinais luminosos.
 Distância dos postos de trabalho: 15m para risco grande, 30 m para risco
médio ou pequeno.
 Pisos com níveis diferentes devem ser dotados de rampa com aviso no início
da rampa do sentido da descida.
 Não são consideradas partes da saída às escadas em espiral, de mão ou
externas de madeira.
 Onde não for possível o acesso imediato às saídas, deverão existir, em caráter
permanente e completamente desobstruídos, circulações internas ou corredores de
acesso contínuos e seguros, com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte
centímetros).
48
INFOCURSOS
Cursos presenciais e a distância
 Quando não for possível atingir, diretamente, as portas de saída, deverão existir, em
caráter permanente, vias de passagem ou corredores, com largura mínima de 1,20m
(um metro e vinte centímetros) sempre rigorosamente desobstruídos.

 As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de
placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída.

 Estas distâncias poderão ser modificadas, para mais ou menos, a critério da autoridade
competente em segurança do trabalho, se houver instalações de chuveiros sprinklers,
automáticos, e segundo a natureza do risco.

 As saídas e as vias de circulação não devem comportar escadas nem degraus; as


passagens serão bem iluminadas.

Porta Corta-fogo: É uma porta industrial, fabricada conforme Norma NBR-11711 da ABNT,
tem como finalidade principal o fechamento ou divisão de áreas de riscos, impedindo a
propagação do fogo. São fabricadas com núcleo de madeira de primeira qualidade, tratada
quimicamente e revestida com chapas de flandres estanhadas. São fornecidas com selo de
marca de conformidade da ABNT reconhecida pelo Corpo de Bombeiros, Contru e Cias de
Seguros. Existem modelos para fechamento manual ou automático, nos sistemas de correr,
guilhotina e eixo vertical.

As portas que conduzem às escadas devem ser dispostas de maneira a não diminuírem a largura efetiva
dessas escadas.

As portas de saída devem ser dispostas de maneira a serem visíveis, ficando terminantemente
proibido qualquer obstáculo, mesmo ocasional, que entrave o seu acesso ou a sua vista.

Nenhuma porta de entrada, ou saída, ou de emergência de um estabelecimento ou local de


trabalho, deverá ser fechada a chave, aferrolhada, ou presa durante as horas de trabalho.

Durante as horas de trabalho, poderão ser fechadas com dispositivos de segurança, que permitam a
qualquer pessoa abri-las facilmente do interior do estabelecimento, ou do local de trabalho.

OBS.: As portas corta-fogo, não podem ficar trancadas, se ficarem trancadas durante o horário
de trabalho, deve ser com fechamento que utilize dispositivos de segurança que permitam que

49
INFOCURSOS
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os empregados abram as mesmas internamente, nunca trancadas externamente, mesmo fora do
horário de trabalho.

Escadas e Corredores: Todas as escadas, plataformas e patamares deverão ser feitos com
materiais incombustíveis e resistentes ao fogo.

As Rotas de Fuga: As rotas de fuga são: Corredores, escadas, rampas, passagens entre
prédios geminadas e saídas são rotas de fuga e devem sempre ser mantidas desobstruídas e
bem sinalizadas.

IMPORTANTE: conheça a localização das saídas de emergência da edificação em que você


entrar. Só utilize área de emergência no topo dos edifícios e passarelas entre prédios vizinhos
na impossibilidade de a escada de incêndio ser utilizada.

Exercícios de Alerta: Os exercícios de combate ao fogo deverão ser feitos periodicamente,


objetivando:

 a) que o pessoal grave o significado do sinal de alarme;


 b) que a evacuação do local se faça em boa ordem;
 c) que seja evitado qualquer pânico;
 d) que sejam atribuídas tarefas e responsabilidades específicas aos empregados;
 e) que seja verificado se a sirene de alarme foi ouvida em todas as áreas.

Os exercícios deverão ser realizados sob a direção de um grupo de pessoas, capazes de


prepará-los e dirigi-los, comportando um chefe e ajudantes em número necessário, segundo as
características do estabelecimento.

Os planos de exercício de alerta deverão ser preparados como se fossem para um caso real de
incêndio.

Atribuição de Tarefas e Responsabilidades.

50
INFOCURSOS
Cursos presenciais e a distância
Devem ser realizados sob a direção de um grupo de pessoas capazes de preparar os
empregados para essa situação; comportando um chefe e ajudantes em número necessário.

No caso da empresa possuir brigada de incêndio, os exercícios devem ser realizados


periodicamente, preferencialmente sem aviso prévio.

A brigada deve ser constituída contemplando em sua equipe: operários, guardas e vigias
treinados no correto manejo de material de luta contra o fogo.

Procedimentos de Combate a Incêndios

 Acionar o alarme
 Chamar bombeiros
 Desligar eletricidade
 Combater o fogo no inicio
 Utilizar equipamento correto
 Salvar sua vida, não objetos
 Acalmar os outros
 Não usar elevadores
 Usar lenço umedecido no nariz
 Caminhar abaixado
 Não abrir portas com maçanetas muito quentes
 Não trancar portas ao sair
 Livrar-se de tudo que possa queimar
 Molhar suas vestes
 Manter a calma

Recomendações de Combate

 Ao soar o alarme de incêndio, todos os deverão evacuar-se


 Desligar as máquina e equipamentos, se necessário
 Dirigir-se á saída de emergência mais próxima
 Não correr em hipótese alguma.
 Andar em passos largos (80 passos/minutos)
 Deverão se postar no ponto de encontro de evacuação
 Só poderão retornar aos setores, após liberação do coordenador da Brigada de
Incêndio.

Orientações de Segurança

 Deixe sempre o acesso a extintores e hidrantes desobstruídos;


51
INFOCURSOS
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 Sinalize bem a sua localização para que sejam facilmente encontrados;
 As portas corta-fogo devem sempre permanecer fechadas;
 Não utilizar elevador;
 Ao descer as escadas, desça sempre pela esquerda, deixando livre o lado direito, pois
este acesso será a que o bombeiro irá utilizar.

PLANOS DE EMERGÊNCIA

1. Introdução

O gerenciamento de riscos em instalações ou atividades perigosas deve contemplar medidas,


tanto para prevenir a ocorrência de acidentes maiores, o que requer a atuação sobre as
frequências de ocorrência de falhas que possam acarretar acidente, bem como sobre as
possíveis consequências desses acidentes, caso os mesmos venham a ocorrer, minimizando
assim os impactos causados às pessoas e ao meio ambiente.

O Plano de Emergência é parte integrante de um Programa de Gerenciamento de Riscos


(PGR), de modo que danos causados por acidentes possam ser minimizados ao máximo. Um
pré-requisito para a elaboração de um plano de emergência adequado, para fazer frente aos
possíveis danos causados por acidentes numa instalação industrial, é um detalhado estudo de
análise de riscos, de modo que as tipologias acidentais, os recursos e as ações necessárias para
minimizar os impactos possam ser adequadamente dimensionados.

2. Objetivo e Características

Um plano de emergência tem por objetivo fornecer um conjunto de diretrizes e informações,


visando à adoção de procedimentos lógicos, técnicos e administrativos, estruturados, de forma
a propiciar respostas rápidas e eficientes em situações emergenciais.

De modo geral, o plano deve possuir as seguintes características:

 Deve possibilitar que os possíveis danos restrinjam-se a uma determinada área,


previamente dimensionada, evitando que os impactos extrapolem os limites de
segurança pré-estabelecidos;
 Deve contemplar todas as ações necessárias para evitar que situações, internas ou
externas, às instalações envolvidas no acidente, contribuam para o seu agravamento;
 Deve ser um instrumento prático, que propicie respostas rápidas e eficazes em
situações de emergência;
 Deve ser o mais sucinto possível, contemplando, de forma clara e objetiva, as
atribuições e responsabilidades dos envolvidos.

3. Estrutura

52
INFOCURSOS
Cursos presenciais e a distância
Conforme mencionado anteriormente, o estudo de análise de riscos deve ser um pressuposto
para a elaboração de um plano de emergência, uma vez que dele devem ser extraídas, entre
outras, as seguintes informações:

 Cenários acidentais;
 Consequências esperadas em cada uma das hipóteses acidentais consideradas;
 Possíveis impactos e áreas afetadas.

Com essas informações é possível planejar a elaboração do plano de emergência, uma vez que
passa ser mais fácil o dimensionamento adequado das seguintes ações:

 Isolamento;
 Sinalização;
 Definição de pontos de encontro e rotas de fuga;
 Dimensionamento e localização estratégica de equipamentos de combate e proteção
individual;
 Definição de procedimentos de combate a vazamentos e incêndios.

De modo geral, um plano de emergência para o atendimento a acidentes ambientais, causados


envolvendo produtos ou atividades perigosas deve conter a seguinte estrutura:

a. Introdução;
b. Características das instalações e atividades;
c. Objetivo
d. Área de abrangência;
e. Estrutura organizacional;
f. Acionamento;
g. Procedimentos de combate:

 Avaliação;
 Isolamento e evacuação;
 Combate a incêndios;
 Controle de vazamentos;
 Reparos de emergência;
 Ações de rescaldo (pós-emergenciais).

h. Anexos:

 Formulário de registro de ocorrências;


 Lista de acionamento;
 Recursos materiais;
 Fichas de informação sobre substâncias químicas;

53
INFOCURSOS
Cursos presenciais e a distância
A Figura 1 apresenta um exemplo de estrutura organizacional para um plano de emergência, a
qual deve, obviamente, ser adaptada para diferentes casos; no entanto, as funções
apresentadas devem ser contempladas em qualquer plano.

A Tabela 1 apresenta um exemplo genérico de ações baseadas nos possíveis impactos


decorrentes de diferentes cenários de acidentes.

4. Implantação e Manutenção

O sucesso de uma operação de atendimento a acidentes maiores está intimamente relacionado


com as ações de resposta previstas e desencadeadas por um plano de emergência. Assim, para
que as ações previstas num plano resultem efetivamente nos resultados esperados, quando da
ocorrência de situações emergenciais; após a sua elaboração, o plano deve ser devidamente
divulgado, internamente à instituição, além de ser integrado com outros planos locais e
regionais, junto a outras entidades que certamente deverão atuar conjuntamente na resposta
aos acidentes.

Da mesma forma, faz parte da implantação do plano a implementação, e manutenção, de um


programa de treinamento, em diferentes níveis de dificuldade, contemplando:

 Treinamentos teóricos;
 Treinamentos individuais;
 Exercícios de campo;

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 Operações simuladas de coordenação.

Plano de Emergência Hospitalar

No hospital, são as Emergências Internas as que mais demandam preparação e um estado de


prontidão de todos os elementos responsáveis, a fim de que minutos preciosos não se percam
e, consequentemente, vidas humanas.

Procedimento de Comunicação

Sempre em que a infraestrutura hospitalar estiver em situação de Emergência, será de


responsabilidade de um membro responsável, a classificação dessa Emergência em função de
sua gravidade.

ANÁLISE DE RISCO

Conjunto de métodos e técnicas aplicadas às atividades propostas ou existentes, no ambiente


de trabalho. É uma visão antecipada do trabalho a ser executado, que permite
a identificação dos riscos envolvidos em cada passo da tarefa, e ainda permite a condição de
evitá-los ou conviver com eles em segurança.

A análise de risco tem por objetivo responder as seguintes perguntas:

a) O que pode acontecer de errado?


b) Com que frequência isto pode acontecer?
c) Quais as suas consequências?
d) Precisamos reduzir os riscos e de que modo isto pode ser feito?

SELEÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DAS VÍTIMAS

PELO METODO START (Simples Triagem e Rápido Tratamento)

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O método START de triagem objetiva a organizar o atendimento com intuito de salvar o
maior número de vítimas possíveis, organizando assim o atendimento e a remoção das
vítimas.
Atenta-se para o seguinte ponto, os socorristas que estiverem realizando a triagem não devem
se envolver no atendimento a vítimas até sua tarefa ter sido completada.

À Manobras utilizadas para Classificação de vítimas:

Pode-se realizar abertura de vias aéreas, se o paciente “voltar” a respirar, este deve receber
atendimento imediato (VERMELHO). Caso não volte espontaneamente a respirar e dado
como vítima morta (PRETO). Outro procedimento que pode ser realizado é o de estancar
hemorragias.

OBS.: Não se realiza reanimação durante a triagem.

Todas as vítimas deverão ser classificadas segundo a sua gravidade, esta triagem é o primeiro
procedimento realizado no atendimento à emergência. As vítimas serão classificadas em:

CÓDIGO DE CORES NO PROCESSO DE TRIAGEM

NÍVEL DE CUIDADOS A SEREM


TRIAGEM E ATENDIMENTOS AS VÍTIMAS
PRIORIDADE TOMADOS
São vítimas que apresentam sinais e sintomas que
CUIDADOS
PRIORIDADE I demonstram um estado crítico e necessitam de
IMEDIATOS
tratamentos e transporte imediato.
São vítimas que apresentam sinais e sintomas que
CUIDADOS NÃO
PRIORIDADE II permitem adiar a atenção e podem aguardar pelo
IMEDIATOS
transporte.
CUIDADOS S/
São vítimas que apresentam lesões menores ou sinais e
PRIORIDADE III IMPORTÂNCIA
sintomas que não requerem atenção imediata.
CLÍNICA
São as vítimas que apresentam lesões obviamente
PRIORIDADE IV MORTOS
mortas ou para identificação de cadáver.

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RAZÕES PARA A ELABORAÇÃO DE UM PLANO

 Identifica os riscos e permite minimizar os seus efeitos;


 Estabelece cenários de acidentes para os riscos identificados;
 Define princípios, normas e regras de atuação face aos cenários possíveis;
 Organiza os meios e prevê missões para cada um dos intervenientes;
 Permite desencadear ações oportunas para limitar as consequências do sinistro;
 Evita confusões, erros e a duplicação de atrações;
 Prevê e organiza antecipadamente a intervenção e a evacuação;
 Permite treinar procedimentos que poderão ser testados através de exercícios.

RESGATE EM ESPAÇOS CONFINADOS – NR 33

É um local que não foi idealizado para ocupação continua ou não de trabalho. Seus meios de
entrada e saída são limitados, bem como a ventilação e ar respirável são perigosos a saúde,
podendo prejudicar o trabalhador colocando-a em perigo de morte, incapacitação, lesão ou
doença aguda.

Condições Adversas

Espaço confinado requer planejamento, técnicas e equipamentos diferenciados para o resgate.


A necessidade de técnicas e conhecimentos mais complexos difere o resgate em espaço
confinado de outros tipos de ações de salvamento. Operações de trabalho rotineiras nesses
cenários já são altamente complicadas e, no caso de um acidente, o resgatista deve estar
preparado para enfrentar um ambiente em condições totalmente adversas. A atividade oferece
riscos atmosféricos, físicos, biológicos, mecânicos e ergonômicos, que podem provocar
acidentes graves, incluindo lesões, amputações de membros e morte dos trabalhadores e
resgatistas. Além disso, a formação de contaminantes pode gerar uma atmosfera IPVS
(Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde). Intoxicação, asfixia por gases, como monóxido
de carbono e gás sulfídrico, choque elétrico, queda, colapso estrutural (desabamento e
soterramento) e ataque de animais ou insetos agressivos são riscos que preocupam na hora do
resgate de vítimas.

RESGATISTA DE ESPAÇOS CONFINADOS

Além de possuir treinamentos de em local de difícil acesso ou restrito, o resgatista tem de


eliminar e se preparar para o "medo normal" e a "fobia". O medo é uma reação psicológica
normal em resposta a alguma ameaça ou perigo, ou a articulação dos mesmos.
A fobia que não é uma doença, mas um sintoma excessivo do medo. Assim o socorrista,
deverá estar bem preparado, se examinado por vários tipos de médicos para uma avaliação se
seu estado mental.

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ESTUDOS ANTES DO SOCORRO

É necessário estudo rápido da planta de local onde vai entrar, para saber como entrar e sair e
outras possibilidades. Preparar os equipamentos de uso que serão usados fora do local, como
bomba e extração de gazes, bomba para ventilação, tripé, etc.

ENTRADA DE RESGATE:

Planejamento inicial; Riscos previamente levantados e estudados; Conhecer o local; Apoio.


• Antecipadamente a disposição estrutural do EC, seu volume cúbico e outras
particularidades;
• Os recursos de primeiros socorros disponíveis;
• Número de trabalhadores no EC e o trabalho que estavam realizando;
• Agentes contaminantes.

PET- PERMISSÃO DE ENTRADA E TRABALHO

A PET é um documento escrito, contendo o conjunto de medidas de controle, com vistas à


entrada e realização do trabalho, de forma segura, em Espaços Confinados. Também contém
as medidas de emergência e de salvamento nesses ambientes. Nenhum trabalho pode ser
iniciado sem a PET, que possui data de início e término dos trabalhos. Para cada nova entrada
no Espaço Confinado, é necessária uma nova PET, ainda que o prazo da anterior ainda não
tenha vencido.

Integram a equipe de trabalho em Espaços Confinados:

• Responsável Técnico;
• Supervisor de Entrada;
• Vigia;
• Trabalhadores Autorizados.

Capacitação:

De acordo com a NR-33, a capacitação deve ser anual e deve ser ministrada por instrutores
com proficiência no assunto comprovada. A carga horária varia, de acordo com o tipo de
atuação do trabalhador:
• Trabalhadores Autorizados e Vigias – mínimo 16h;
• Supervisores de Entrada - mínimo 40h.

DOS APARELHOS E EQUIPAMENTOS DE RESGATE EM ESPAÇOS


CONFINADOS OU DE DIFÍCIL ACESSO.

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PRIMEIROS SOCORROS

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A IMPORTÂNCIA DO APRENDIZADO DE PRIMEIROS SOCORROS


Acidentes acontecem e a todo o momento estamos expostos a inúmeras situações
de risco que poderiam ser evitadas se, no momento do acidente, a primeira pessoa
a ter contato com o paciente (vitima) soubesse proceder corretamente na aplicação
dos primeiros socorros, ou pelo menos chamassem o socorro adequado (SAMU) de
imediato.
OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
Baseia-se nos três ERRES:
 Rapidez no Atendimento
 Reconhecimento das lesões
 Reparação das lesões

AVALIAÇÃO DA CENA

O objetivo dessa avaliação é de preservar a segurança da equipe de socorro e


auxiliar no diagnóstico. Identificar situações de risco no local da ocorrência, como
também, avaliar a cinemática do trauma, ou seja, os mecanismos que provocaram o
acidente.

RECOMENDAÇÕES AOS SOCORRISTAS


 Procure sempre conhecer a história do acidente;
 Peça ou mande pedir um resgate especializado enquanto você realiza os
procedimentos básicos;
 Sinalize e isole o local do acidente;
 Durante o atendimento utilize, de preferência, luvas, máscara e calçados
impermeáveis.
Observações:

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1- Toda vítima de trauma inconsciente deve ser tratada como portadora de lesão
raquimedular (traumatismo de coluna).
2- Neste caso, manter a coluna cervical estável, em posição neutra manualmente.
3- Não mover a vítima da posição que se encontra antes de imobilizá-la, exceto
quando:
A- Estiver num local de risco iminente de vida;
B- Sua posição estiver obstruindo suas vias aéreas;
C- Sua posição impede a realização da análise primaria.

AVALIAÇÃO PRIMÁRIA E SECUDÁRIA.

Análise Primária: Consiste na avaliação de todas as condições que produzem risco


iminente de vida. (45 segundos).
Análise Secundária: Consiste numa avaliação mais detalhada, a fim de descobrir
lesões ou problemas que, se não tratados, poderão ameaçar a vida (3 minutos).

ANÁLISE PRIMÁRIA

A- Abertura de vias aéreas e controle da coluna cervical.


1- Apoiar a cabeça da vítima para evitar movimentos até a colocação do colar
cervical e protetor lateral de cabeça;
2- Checar a responsividade da vítima;
3- Fazer abertura das vias aéreas, por uma das formas: Manobra de elevação da
mandíbula, tração do queixo ou extensão da cabeça;
4- Aspirar ou drenar líquidos e semi-liquidos das vias aéreas;
5- Retirar objetos e corpos estranhos;
B- Verificar a ventilação e a respiração.
• Empregar a técnica de “Ver, Ouvir e Sentir”;

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C- Verificação da circulação com controle de hemorragias.
A forma mais correta de se diagnosticar a parada cardíaca será a VERIFICAÇÃO
DO PULSO DA ARTÉRIA CARÓTIDA:
• Em vítimas com idade superior a 1 ano, se deve palpar a artéria carótida;
• Em vítimas com idade inferior a 1 ano, se deve palpar a artéria braquial;
• Empregar os dedos indicador e médio
• Posicionar as polpas digitais na Proeminência Laríngea (“Pomo de Adão”);
• Deslizar lateralmente os dedos até o sulco entre a cartilagem e a musculatura
do pescoço;
• Aliviar a pressão dos dedos até sentir o pulso da artéria.
Obs.: Não havendo pulso dê início ás manobras de ressuscitação cárdio-pulmonar.
• Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente, pois em grandes
perdas sanguíneas podem levar ao estado de choque e a morte em poucos
minutos.
D- Realizar exames neurológico sucinto.
Este exame serve para indicar se há ou não comprometimento neurológico e fornece
parâmetros para o socorrista definir o Transporte Imediato. AVDI:
• Alerta;
• Verbal- conversa;
• Doloroso- responde ao estímulo;
• Inconsciente;
E- Exposição da Vítima com controle de hipotermia.
É a retirada das vestes e adornos da vítima:
• Informar antecipadamente a vítima e/ou responsável sobre o procedimento
que será efetuado.
• Executar a exposição do corpo da vítima somente quando indispensável para
identificar sinais de lesões ou de emergências clínicas;
• Evitar tempo demasiado de exposição para prevenir a hipotermia;
• Garantir a privacidade da vítima, evitando expor desnecessariamente as
partes íntimas de seu corpo.

ANÁLISE SECUNDÁRIA

A análise secundária divide-se em duas etapas:


- Análise secundária objetiva:
• Sinais vitais;

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• Exame da cabeça aos pés; (Ferimentos, deformidades, crepitação óssea,
sangramento, e outros).
• Escala de coma Glasgow e Escala de trauma.
- Análise secundária subjetiva:
• Anamnese dirigida AMPLA. (Alergia, medicação, patologias prévias, local da
ocorrência, alimentação).

RCP- REANIMAÇÃO CÁRDIO-PULMONAR

É a falência do sistema cardiovascular e respiratório com a parada do


funcionamento do coração e da respiração.
- Sinais de RCP:
• Ausência de respiração;
• Ausência de circulação;
• Pupilas dilatadas (midríase);
• Cianose (arroxeamento) de extremidades e mucosas;
• Pele fria, pálida e úmida.

OBS: Segundo a nova LEGISLAÇÃO, foram divulgadas as novas diretrizes mundiais


para salvar pessoas com parada cardíaca. A compressão torácica deve ser intensa
e profunda: a cada uma o peito do paciente deve ser comprimido por pelo menos 5
centímetros (ou, no caso de crianças, 4 centímetros) e devem ser feitas 100
compressões por minuto. Ficando desnecessário a realização da ventilação pela
técnica boca a boca.

RCP em adultos:
• Posicionar as duas mãos sobrepostas e braços esticados, dedos
entrelaçados e afastados do tórax, dois dedos acima do processo xifoide (1/3
inferior do osso esterno), na linha mediana do tórax.
• Fazer 30 compressões para 2 ventilações, repetir o ciclo durante 5 vezes,
após cada manobra, reavaliar o estado da vítima (verificar pulso e
respiração).
RCP em crianças de 1 a 8 anos:
• Empregar apenas uma mão;
• Fazer 30 compressões para 2 ventilações;
RCP em crianças de 0 a 12 meses:
• Empregar apenas dois dedos;

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• Fazer 30 compressões para 2 ventilações (neste caso a ventilação é feita
incluindo a boca e o nariz da criança);
Obs.: Ventilar apenas com o ar das bochechas ou com equipamento especifico.

Causas de morte súbita

 Ataque cardíaco
 Choque elétrico
 Afogamento
 Envenenamento (ex: cocaína);
 Aspiração de corpo estranho.
• Fatores de risco cardiovascular
 Obesidade;
 Hipertensão;
 Diabetes mellitus;
 Sedentarismo
 Tabagismo
 Estresse
OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS

É a presença de corpos estranhos obstruindo as vias aéreas dificultando a


respiração. Para tal procedimento realizamos a Manobra de HEIMLICH.
• Em adultos.

• Em crianças acima de um ano. Em crianças abaixo de um


ano.

FERIMENTOS

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Podem ser definidos como uma agressão a integridade tecidual. Os ferimentos
podem ser classificados em:
1- Ferimento aberto: É aquele onde existe uma perda da continuidade da superfície
cutânea.

2- Ferimento fechado ou contusão: É aquela em que a lesão ocorre abaixo da


pele, porém não existe perda da continuidade da superfície.

Ferimento Incisivo
São lesões de bordas regulares produzidas por objetos cortantes, que podem causar
sangramentos variáveis e danos a tecidos profundos, como tendões, músculos e
nervos

Ferimento Perfuro-contuso
São lesões causadas pela penetração de projeteis ou objetos pontiagudos através
da pele e dos tecidos subjacentes.

Ferimento Contundente
São lesões produzidas por agressão através de objetos pesado e pouco afiados, ou
pelo choque do corpo contra estruturas semelhantes.

Escoriações

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São lesões superficiais de sangramento discreto e muito doloroso. Devem ser
protegidos com curativos estéril de material não aderente.

Lacerações
São lesões de bordas irregulares, produzidas por objetos rombos, através de trauma
fechado sobre a superfície óssea ou quando produzido por objetos afiados.

Amputação traumática
É a perda total ou parcial de um membro ou de parte deste segmento (mão, dedo,
pé) causado por um traumatismo.

HEMORRAGIAS

É a perda de sangue através de ferimentos ou cavidades naturais como nariz, boca,


ouvidos, ânus, vagina ou resultantes de traumatismos internos, se não diagnosticada
de imediato, podem levar a vítima a morte. As hemorragias são consideradas como:

• Interna: Quando ocorre dentro do corpo não sendo possível visualizá-la.


• Palidez intensa e mucosa descoradas;
• Pele fria e suor intenso;
• Pulso fraco;
• Sede e tonturas.
• Externa: Quando o sangue sai para o exterior do corpo através de uma
solução de continuidade tecidual.

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Tipos de Hemorragias:

• Arterial: Hemorragia que faz jorrar sangue pulsátil e cor vermelho vivo
rutilante.
• Venosa: Hemorragia onde o sangue sai lento e continuo, com cor vermelho
escuro.
• Capilar: O sangue sai lentamente dos vasos menores, na cor similar ao
sangue venoso.

Identificando a Hemorragia.
1- Observar e constatar se há presença de sangue nas roupas;
2- Observar e constatar se há presença de sangue no local onde está a vítima;
3- Observar e constatar saída de sangue pelo ferimento;
4- Observar e constatar sinais e sintomas de choque hipovolêmico (hemorragia
interna).
Conduta
1- Garantir o ABCDE;
2- Compressão direta sobre a lesão;
3- Elevação do membro;
4- Compressão de pontos arteriais proximais;
5- Administração de O2 em alta concentrações;
6- Reposição volêmica;
7- Transporte imediato.

OBS: Aplicar TORNIQUETE em casos de amputações, somente quando todos os


procedimentos anteriores já tiverem sido aplicados.

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CHOQUE

O estado de choque é uma situação de risco que pode levar à morte e decorre, na
maioria das vezes, de hemorragias internas ou externas não controladas
adequadamente.
Sinais e sintomas mais comuns.
• Palidez;
• Pele fria e pegajosa;
• Pulso fraco e rápido;
• Respiração rápida e irregular;
• Agitação e ansiedade;
• Inconsciência

CHOQUE ELÉTRICO

A gravidade deste acidente é proporcionar a intensidade da corrente elétrica,


resistência e voltagem que passa pelo corpo da vítima. A pessoa que estar em
contato com a corrente elétrica pode apresentar contração muscular fraca ou forte,
dependendo da intensidade da corrente. Além disto, também pode ocorrer parada
respiratória, acompanhada ou não de parada cardíaca com perda de consciência.
Conduta
• Desligar a chave geral (quadro de energia);
• Usar luvas de borracha e sapatos adequados;
• Puxar a vítima com um pedaço de madeira seco se for o caso;
• Ver se o local transmite segurança para a realização do procedimento;
• Verificar se a vítima estar respirando.
OBS: Se houver parada respiratória, aplicar a respiração artificial, bem como, se
forem diagnosticados queimaduras, fraturas ou hemorragias, estas devem ser
tratadas adequadamente somente após a vítima estiver respirando.

QUEIMADURAS
São lesões decorrentes da ação do calor sobre o organismo. Onde 75% das
queimaduras ocorrem no lar, geralmente com crianças e pessoas idosas por
descuido na manipulação de líquidos superaquecidos. As queimaduras se
classificam de acordo com a causa, profundidade, extensão, localização e
gravidade.

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Classificação das Queimaduras por intensidade.
• Primeiro grau: Atingem somente a camada superficial da pele caracterizam-
se por vermelhidão e ardência;

• Segundo grau: Atingem camadas mais profundas da pele e do tecido


subcutâneo tem aparência de molhadas, avermelhadas, produzem bolhas e
dor intensa;

• Terceiro grau: Provocam destruição profunda de toda a pele, terminações


nervosas ou até mesmo, camadas musculares, não produzem dor;

• Quarto grau: Carbonização total do corpo.

Queimadura das vias aéreas.


São consideradas muito graves porque têm evolução rápida e podem levar à morte
por asfixia. Os sinais indicativos de queimaduras nessa área são:
• Queimadura na face, chamuscamento dos cílios, deposito de fuligem no nariz
e na boca,
Queimaduras Químicas.
A gravidade da queimadura por produtos químicos é proporcional à duração da
exposição á substancia em contato com a pele.
• Remover rapidamente as roupas contaminadas, inicie imediatamente a
lavagem intensa e prolongada da área queimada, não use produtos para
neutralizar o efeito da substancia.

Queimaduras Elétricas.
São as mais graves do que aparentam, pois podem apresentar pele normal com
morte muscular (necrose).
• Interrompa imediatamente a corrente elétrica que causou o acidente, usar os
EPI’s, analise Primaria ABCDE,.

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Classificação das queimaduras segundo a gravidade e a extensão.

 Cálculo de superfície corporal queimada pela regra dos noves em adultos.


• Cabeça- 9%
• Tórax- 9%
• Abdome- 9%
• Membros superiores- 9%
• Membros inferiores- 18%
• Períneo-1%
 Cálculo de superfície corporal queimada pela regra dos noves em crianças
menores que 3 anos.
• Cabeça- 18%
• Tórax- 9%
• Abdome- 9%
• Membros superiores- 9%
• Membros inferiores- 14%
• Períneo-1%

Conduta e procedimentos a serem tomados.


• Remova a vítima das chamas;
• Envolva a vítima com um lençol, cocha ou casaco de preferência úmido, para
apagar as chamas deixando-lhes o rosto descoberto para evitar a aspiração
de fumaça;
• Oriente a vítima a rolar no chão, pois se esta for mantida em pé, isto poderá
força-la a respirar fumaça;
• Não correr para não ativar as chamas;
• Evite o uso de extintor de incêndio na vítima, pois pode provocar asfixia;
• Não remover peças de roupas quando a mesma estiver grudado na pele;
• Lave a parte atingida com água corrente em abundancia;
• Administrar O2 quando necessário;
• Prevenir contra a hipotermia;
• Transportar a vítima para uma unidade de queimados;

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• Não jogar areia na vítima, para não contrair infecção;
• Não coloque pasta, café, manteiga e outros.

FRATURAS

São lesões ósseas de origem traumáticas produzidos por traumas direto ou indireto
de alta ou baixa energia. As fraturas podem ser classificadas como:
• Fechadas: Os tecidos que compõem a região próxima ao ponto fraturado,
permanecem íntegros.

• Abertas ou expostas: O osso rompe a pele e os tecidos musculares, ficando


visível por exposição ao meio externo. Podendo ocorrer rompimento de vasos
sanguíneos, o que vem a agravar ainda mais a lesão.

Obs.: Jamais alinhe uma fratura.

ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR.

Em fratura exposta e havendo sangramento.


• Inicialmente retirar as roupas que cobrem a região;
• Promover a limpeza do ferimento com soro fisiológico;
• Promover a hemostasia;
• Cobrir o local, onde ocorreu a ruptura do tecido epitelial com gases estéril ou
compressas limpas;
• Verificar se a pulsação, sensibilidade e capacidade motora;
• Proceder a imobilização com tala ou ataduras;
• Transportar a vítima.

Em fraturas fechadas, com ausência de sangramento.


• Passar direto para as verificações (pulsação, tato e mobilidade);

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• Promover a imobilização com tala.
Na fratura de clavícula ou costelas, pode-se obter maior conforto ao acidentado,
durante o transporte, posicionando-o sentado, com a coluna reta.

Sinais e Sintomas.
• Sensação de dor;
• Interrupção da função motora;
• Exposição óssea;
• Alteração da angulação;
• Edema local;
• Hematoma;
• Ruído;
• Recusa na movimentação.

TÉCNICAS DE IMOBILIZAÇÕES

• Retirar vestimentas cortando a roupa;


• Remover anéis e braceletes;
• Controlar sangramentos e cobrir ferimentos com bandagens;
• Extremidades são colocadas em posição anatômicas e alinhadas;
• Imobilizar fraturas com talas;
• Imobilizar as articulações acima e abaixo do ponto da fratura;
• Verificar o pulso, antes e depois da imobilização do membro.

Imobilização com braço esticado e na posição encontrada, semi dobrado.

Imobilização do braço esticado com uma tala e quatro bandagens.

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Bandagem do tórax mobilização da perna com talas.

TRANSPORTE DE ACIDENTADOS

O transporte da vítima é de extrema importância e pode ser decisivo para a sua


sobrevivência, o mesmo poderá ser realizado das seguintes formas:

• Transporte de acidentados não portadores de lesão na coluna cervical.

Transporte de acidentados com possíveis lesões da coluna cervical.

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OS 10 MANDAMENTOS DO SOCORRISTA:

1. Mantenha a calma.

2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando


socorro:
· PRIMEIRO EU (o socorrista)
· DEPOIS MINHA EQUIPE (Incluindo os transeuntes)
· E POR ÚLTIMO A VÍTIMA

3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospitalar de imediato


ao chegar no local do acidente. Podemos por exemplo discar 3 números: 193
(número do corpo de bombeiros).

4. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no
acidente.

5. Mantenha sempre o bom senso.

6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos.

7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar lhe ajudarão e se


sentirão mais úteis.

8. Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa)

9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de


vida como, por exemplo, vítimas em parada cárdio-respiratória ou que estejam
sangrando muito.

10. Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2º mandamento).

_________________________________________________
Davi J. Santiago

Gestor Empresarial
Bombeiro Civil
Téc. em Seg. do Trabalho
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