Você está na página 1de 49

REPÚBLICA DE ANGOLA

--- * ---
MINISTERRIO DO INTERIOR
SERVIÇO DE PROTECÇÃO CIVIL E BOMBEIROS
DIRECÇÃO DE SUPERVISÃO DE BOMBEIROS PRIVATIVOS E VOLUNTÁRIOS

MANUAL DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS NÍVEL 1

AMGOLA/2021
SESSÃO Nº 01
PREVENÇÃO DE INCÊNDIO
INTRODUÇÃO
Um dos maiores marcos da humanidade foi, sem dúvida, o domínio do fogo pelo ser humano. A
partir daí, ele pode se aquecer, cozinhar os alimentos e fundir o metal para a fabricação de
utensílios e máquinas, tornando desta forma possível o desenvolvimento.

O fogo, do ponto de vista acima descrito nos é benéfico e de real necessidade, porém a partir do
momento que nos foge do controle passa a ser causador de danos à propriedades, pessoas e meio
ambiente.
Ainda hoje, quando o fogo ameaça, a reação do homem moderno é idêntica à dos primitivos:
FUGIR.
O homem primitivo fugia por desconhecer a natureza do fogo, já o homem moderno conhece as
origens do fogo, sabe que se trata de um fenômeno químico e também conhece todas as maneiras
de combatê-lo.

Todos nós sabemos que fugir é a atitude mais errada pois:

• O fogo sempre começa pequeno, com exceção das grandes explosões;


• O homem conhece a natureza do fogo e possui os equipamentos necessários para combatê-
lo.
• Nada como uma Brigada de Incêndio bem treinada para definir os caminhos que o fogo
pode tomar.
• Pela sua rapidez de intervenção na primeira fase do incêndio, poderá conter as chamas que
em segunda instância poderiam gerar graves consequências.
• Somente a Brigada de Incêndio conhece realmente as instalações, perigos específicos e
meios de extinção de que a empresa dispõe, e sabe como proceder para salvar vidas e o
patrimônio.

O QUE É A SEGURANÇA?
Segurança: é a confiança que é adquirida antes de determinadas condições de trabalho em que a
influência dos factores de risco e riscos são refletidos.
O objetivo principal da segurança é de:

Proteger as pessoas, a sociedade e o meio ambiente, a criação e manutenção, dos equipamentos


sociais industriais para uma defesa eficaz contra o perigo associado com a actividade que
desempenham.

A cultura de segurança
É a organização de um determinado conjunto de medidas, características e atitudes nas instalações
e no pessoal que trabalha nelas, de modo que as questões de segurança e proteção recebam a
atenção de que necessitam, dada sua alta importância.

O mais alto nível de segurança é alcançado quando todos os factores ou organizações que
participam de seus diferentes estágios têm um objetivo comum.
O PRINCÍPIO DA CULTURA DE SEGURANÇA
A cultura de Segurança comportam dois principios gerais, que são:
1º A estrutura hierárquica necessário dentro de uma organização, ou seja, a responsabilidade de
controles de gerenciamento sênior.

2º A atitude que o pessoal em todos os níveis responde a esta estrutura hierárquica .


OS TRÊS PILARES DA SEGURANÇA

Design.

Procedimentos operacionais.

Treinamento de pessoal.
Atender a esses três elementos garante uma aplicação
segura e confiável de qualquer actividade. A falha ou diminuição da qualidade de um deles,
pode ser resolvido com o uso adequado de um dos outros.

Falar da cultura de segurança, e falar do desenvolvimento de um conjunto de programas


que vão desde:
 factores organizacionais
 factores tecnológicos
 factores humanos

QUAL É A DIFERENÇA ENTRE PERIGO E O RISCO?


Perigo
Perigo é a fonte , situação ou evento com potencial de causar danos à integridade física do
trabalhador, as instalações e/ou aos equipamentos do ambiente de trabalho.

Risco
Risco é a probabilidade de ocorrência a determinada situação ou evento potencialmente perigoso
à integridade física do trabalhador, as instalações e/ou aos equipamentos do ambiente de trabalho.

PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIO

É o conjunto de medidas tomadas para impedir o aparecimento de um incêndio (ou, na sua


ocorrência, detectá-lo o mais rapidamente possível), dificultar sua propagação e facilitar seu
combate, ainda no início.
A Prevenção Contra Incêndios e baseada nos elementos de investigação sistemáticos dos perigos
de incêndios de modos a alcançar os seguintes objectivos:

1º Evitar o surgimento dos incêndios.


2º limitar a propagação de incêndios.
3º Garantir a evacuação das pessoas.
4º Criar as condições êxitosa a extinção de incêndios.

SISTEMAS AUTOMÁTICOS

Existem dois tipos de sistemas automáticos que são:


 Sistema de detecção
 Sistema de extinção

SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE DETECÇÃO DE INCENDIOS


(SADI)

Os sistemas automáticos de detecção de incêndios (SADI), servem para proteger a vida humana e
salvaguardar os bens matérias e culturais. Estes sistemas permitem o seguinte:
Avisar um determinado perigo de incêndio
A intervir, geralmente numa fase em que o incêndio é ainda insignificante

SISTEMAS AUTOMÁTICOS DE DETECÇÃO DE INCENDIOS


(SADI)
Os sistemas automáticos de detecção de incêndios (SADI), têm a seguinte configuração:

Sensores
Detector automático
Detector manual

Central de Comando
 Alimentação
 Supervisão
 Sinalização

Alarme
 Acústico
 Óptico

Um sistema de segurança contra incêndio eficaz é composto de um conjunto de meios activos


(sistemas de detecção e alarme de incêndio, de extintores, de hidrantes e mangotinhos, de
chuveiros automáticos, etc.) e passivos de proteção (rotas de fuga, compartimentação, resistência
ao fogo das estruturas, etc.).
As medidas de proteção contra incêndio de edificações centra-se em:

1º proteção passiva
2º proteção ativa.

Proteção Passiva
A Proteção passiva : é um conjunto de medidas de proteção contra incêndio incorporadas à
construção do edifício e que devem, portanto, ser previstas e projetadas pelo arquiteto.
Constituem proteção passiva os seguintes elementos:

1: Compartimentação vertical e horizontal

2: Controle de fumo e vias de evacuação

3: Portas e paredes corta fogo

4: Separação de edificações
Resumidamente, os principais propósitos da compartimentação são:

• Conter o fogo em seu ambiente de origem;


• Manter as rotas de fuga seguras contra os efeitos do incêndios
Facilitar as operações de resgate e combate ao incêndio.

Proteção Ativa
Na segurança contra incêndio, os sistemas de proteção ativa são complementares aos de proteção
passiva, e somente entram em ação quando da ocorrência de incêndio, dependendo para isso de
acionamento manual ou automático.

1º- alertar o controle central do edifício.


2º- fazer a primeira tentativa de extinção do fogo.
3º- alertar os ocupantes do edifício para iniciar o abandono do edifício.
4º- informar os serviços de combate a incêndios (Corpo de Bombeiros; Brigadistas).
POLITICAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS
● Aceitar o princípio de que todos os acidentes podem e devem ser evitados;
● Somos responsáveis pela prevenção de sinistros;
● Todos os equipamentos que possam causar acidentes devem receber dispositivos de
protecção;

A prevenção de incêndios deve ser preocupação dos órgãos públicos competentes e da sociedade
em geral, pois a ocorrências destes provocará prejuízo a todos.
NOTA: De realçar que a segurança deve receber a mesma prioridade que os demais objetivos da
empresa;
CAUSAS DE INCÊNDIO

As causas de incêndio são muito variadas mas, na sua generalidade, resultam da actividade
humana, no entanto, de entre as fontes de ignição de incêndio mais comuns e que influenciam
riscos de incêndio em superfícies comerciais, podem destacar-se :
FONTES DE ORIGEM TÉRMICA: (fósforos, cigarros, fornos, soldadura, viaturas a gasolina
ou gasóleo)

FONTES DE ORIGEM MECÂNICA: (chispas provocadas por ferramentas,


sobreaquecimento devido à fricção mecânica)

FALTA DE MANUTENÇÃO
FONTES DE ORIGEM QUÍMICA: (reação química com libertação de calor, reação de
substâncias Auto oxidantes.
➯- O DESCUIDO;
➯- O DESCONHECIMENTO;

FONTES DE ORIGEM ELÉCTRICA: (interruptores, disjuntores, aparelhos eléctricos


defeituosos).
FOGO POSTO (ORIGEM CRIMINOSA)

CONDIÇÕES E ACTOS INSEGUROS

● Acúmulo de lixo;
● Condições inadequadas de armazenamento;
● Conexões imperfeitas - (Faiscamento);
● Dimensionamento inadequado da rede elétrica;
● Manutenção deficiente da rede elétrica;
● Pontas de cigarro ou fósforos atirados em lugares impróprios;
● Substâncias voláteis destampadas;

Condições e Actos Inseguros

● Equipamentos elétricos esquecidos ligados;


● Falta de manutenção preventiva em máquinas e motores;
● Fumar em locais proibidos;
● Uso de conexões múltiplas;
● Uso de fusíveis ou disjuntores inadequados;
● Vazamento de gases inflamáveis;
● Vazamento de líquidos inflamáveis.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Após a exposição das causas mais comuns de incêndios podemos adotar algumas medidas que
podem minimizar os risco de incêndios:
• Quando do trabalho com chama exposta certificar-se de que o local da realização dos trabalhos
não possui materiais inflamáveis ou combustíveis próximos;
• Cobertura de tubulações de passagem de produtos
• Manter sempre um extintor de incêndio próximo aos trabalhos com chama exposta;
• Não aumentar as saídas das tomadas utilizando-se benjamins;
• Verificar se máquinas e equipamentos estão desligados e retirados das tomadas ao término
do expediente;

PLANO DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIO/PLANO DE


EMERGÊNCIA

O plano de emergência contra incêndio é estabelecido em função dos riscos que o estabelecimento
contém, para definir a melhor utilização dos recursos materiais e humanos em situação de
emergência
As prioridades que são seguidas em uma emergência são:

PLANO DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIO/PLANO DE


EMERGÊNCIA
- A vida das pessoas;
- A segurança e o bem estar público, dos colaboradores e das instalações;
- Proteger o meio ambiente;
- Cumprir todas as leis e normas vigentes;
- A continuidade das operações;
- Proteger a Reputação e a Imagem da empresa.
- para a elaboração de um Plano de emergência contra incêndio é necessário realizar uma análise
preliminar dos riscos de incêndio.

PLANO DE PREVENÇÃO DE INCÊNDIO/PLANO DE


EMERGÊNCIA

• O Plano de emergência contra incêndio deve ser revisado pelo profissional habilitado
sempre que:
• a) ocorrer alguma alteração significativa nos processos industriais.
• b) tiver a possibilidade de melhoria do plano;
• c) após 12 meses da última revisão.

ILUMINAÇÃO E SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA

ILUMINAÇÃO E SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA

A iluminação e sinalização são factores de suma importância quando se trata de segurança contra
incêndio nas edificações. Para isso, tem que haver iluminação e sinalização adequada para alertar
os riscos existentes, prevenindo ao máximo o risco de ocorrência de incêndio.
A sinalização Básica é constituída por quatro categorias:

ILUMINAÇÃO E SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA

- sinalização de proibição, proibindo acções capazes de conduzir ao inicio ou agravamento do


incêndio;
- sinalização de alerta, alertando as áreas e materiais de risco;
- sinalização de orientação e salvamento, indicando as rotas de saídas e acções necessárias para o
acesso das mesmas;
- sinalização de equipamentos de combate e alarme, indicando os tipos e localização dos
equipamentos de combate a incêndio.
FIM

DAR VIDA PARA SALVAR VIDAS

SESSÃO Nº 02
EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS
Chama-se combustão toda reacção química-física de oxidação isotérmica, resultante da
combinação do material combustivel e o comburente em presença de uma fonte de calor, com
desprendimento de luz; fumo e gases.

FOGO
É uma combustão controlada pelo homem, que se desenvolve para o seu bem estar.
INCÊNDIO
É uma combustão arbitraria ou intencional, fora do controlo do homem e, tem como principais
consequências a destruição de bens materiais e a perda de vidas. Os incêndios quanto a magnitude
podem ser: de pequenas, médias e grandes proporções.

Na busca do entendimento dos factores necessários para que houvesse a combustão, durante muito
tempo acreditou-se que apenas três elementos seriam necessários: combustível, comburente e a
energia de activação. Para tanto se buscou uma forma didáctica para disseminar este conceito, daí
foi criado o triângulo do fogo, aproveitando a forma geométrica para a associação dos três
elementos básicos para a combustão.

Os processos de combustão, embora muito complexos, eram representados por um triângulo, em


que cada um dos seus lados representava um dos três factores essências para a deflagração de um
fogo: combustível, comburente e calor.
Esta representação foi aceita durante muito tempo, não obstante fenómenos anómalos não podiam
ser completamente explicados com base neste triângulo. Para poder explicar tais fenómenos, foi
necessário incluir um quarto factor: a existência de reacções em cadeia. Por essa razão, foi
proposta uma nova representação em forma de tetraedro que compreende as condições necessárias
para que se dê origem ao fogo.
A razão para empregar um tetraedro e não um quadrado é que cada um dos quatro elementos está
directamente adjacente e em conexão com cada um dos outros três. Ao retirar um ou mais dos
quatro elementos do tetraedro do fogo, este ficará incompleto e, por consequência o resultado será
a extinção.

Calor
• É a energia que dá início à combustão (ignição);
• Eleva a temperatura das substâncias;
• É responsável por vaporizar os materiais até o estado gasoso.
Combustível:
É toda substância sólida, líquida ou gasosa capaz de queimar e alimentar a combustão.
• Em princípio, todas as substâncias são combustíveis, para efeito de combate ao fogo, são
incombustíveis os materiais que queimam somente acima de 1500ºC.
• A maioria dos combustíveis entram em combustão em fase gasosa. Quando o combustível é
sólido ou líquido, é necessário um fornecimento prévio de energia térmica para o levar ao estado
gasoso.

Comburente
É o agente oxidante (comburente) da reacção de combustão, o oxigénio presente no ar
atmosférico.
O ar contém 21% em volume de oxigênio. Por isso, o oxigênio molecular, é o comburente mais
comum em todos os incêndios.
Para que se desenvolva a combustão, é necessária uma proporção mínima de oxigênio no
ambiente, que varia entre 10 e 16 %.
Há outros gases que podem comportar-se como comburentes para determinados combustíveis.
Ex: oxigeno e ozônio (ar).

PRODUTOS DA COMBUSTÃO

Chama

Fumaça

Gases

Calor

Chamas
É a zona da combustão em fase gasosa, usualmente com emissão de luz.
A temperatura da chama é variável, dependendo de factores como o tipo de combustível e a
percentagem de oxigénio. As chamas podem rondar entre 1600 - 2000ºC.Os combustíveis gasosos
e os líquidos,assim como a maioria dos sólidos ardem com chamas, só em alguns combustíveis
sólidos a radiação luminosa emitida é em forma de incandescência. (Exemplo, a madeira).

fumaça

É um dos produtos da combustão, sendo o resultado de uma combustão incompleta, onde


pequenas partículas sólidas se tornam visíveis. A fumaça varia de cor conforme o tipo de
combustão
Gases
São os resultados da modificação química do combustível, associado com o comburente. A
combustão produz, entre outros, monóxido de carbono (CO), dióxido de carbono (CO2) e o acido
cianídrico (HCN). CO2: Em alta concentração provoca asfixia. CO: Venenoso, podendo provocar
morte. Gás cianídrico: Altamente venenoso, provoca morte.

Calor
Os materiais desprendem distintas quantidades de calor em sua combustão. O calor produzido em
um incêndio eleva a temperatura dos materiais, provocando a propagação do fogo assim como
danos, (queimaduras), tanto às pessoas como aos bens.

FORMAS DE TRANSMISSÃO DE CALOR


Durante um incêndio o calor resultante da mesma pode transmitir-se em três formas distintas, a
saber:

Convecç
Condução ão

Irradiação
CONVECÇÃO
Propagação através de massas de ar quente (a fumaça pode chegar a 1000 oC ).

IRRADIAÇÃO
Propagação do calor através das ondas caloríficas, ou seja, da mesma maneira que nós recebemos
o calor do Sol.

CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS

Quanto ao material combustível

FOGO DA CLASSE “ A”
Essa classificação é feita
FOGO DA CLASSE “ B” para determinar o
agente extintor
FOGO DA CLASSE “ C” adequado para o tipo de
fogo específico.
FOGO DA CLASSE “ D”

FOGO DA CLASSE “ E”

FOGO DA CLASSE "A"


Fogo envolvendo combustíveis sólidos comuns, como papel, madeira, pano e borracha.
O fogo da classe "A", como o da madeira.

FOGO DA CLASSE "B“


Fogo envolvendo líquidos combustíveis e inflamáveis.

FOGO DA CLASSE "C"


Denominam-se fogo da classe "C",aqueles cujo material combustível em causa sejam gases
inflamáveis.

PRINCÍPIOS BÁSICOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS

EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS
Entende-se por mecanismo (ou método) de interrupção da combustão ao conjunto de procedimentos que são
tomados com o objetivo de eliminar um ou mais dos elementos do tetraedro do fogo, estes podem ser:

Métodos de Extinção do Fogo


 Resfriamento
 Abafamento
 Carência ou limitação da combustão
1- RESFRIAMENTO
É o método mais empregue. Quando se baixa a “temperatura do combustível”. Extingue-se o fogo
por resfriamento.
Exemplo:

2 – ABAFAMENTO
Consiste em impossibilitar a chegada de oxigênio à combustão. Desta maneira, o fogo se apaga.
Exemplo:

3 - CARÊNCIA OU LIMITAÇÃO DO COMBUSTÍVEL


Consiste na separação do combustível da fonte de energia ou do ambiente do incêndio.

TIPO DE EXTINTORES E SEU USO


EXTINTOR:
É um aparelho de formato cilíndrico estrutura metálica de cor vermelha que contém um agente
extintor que pode ser projectado e dirigido sobre um fogo por acção de uma pressão.

MANEJO DOS EXTINTORES DE INCÊNDIO


A finalidade de um extintor é combater, de maneira imediata, os focos de incêndios.
Eles não substituem os grandes sistemas de extinção e devem ser usados como equipamentos para
extinguir os incêndios no início, antes que se torne necessário a utilização de recursos mais
avançados.

SISTEMA DE SEGURANÇA DOS EXTINTORES


Todo extintor possui dois sistemas de segurança, o lacre, que tem a finalidade de demonstrar que
o extintor ainda não foi utilizado, e o pino de segurança, que trava o gatilho do extintor,
impossibilitando que o extintor seja utilizado acidentalmente.

OS EXTINTORES PODEM CLASSIFICAR-SE TOMANDO EM CONSIDERAÇÃO OS


SEGUINTES CRITÉRIOS:
 Mobilidade do extintor;
 Agente extintor.
Os extintores podem designar-se pelo agente
extintor que contêm:
 Extintores de água;

 Extintores de espuma;
 Extintores de pó químico;
 Extintores de anidrido carbónico (co2 ).

SELEÇÃO DE EXTINTORES

ESPUM
CLASSES DE GÁS PÓ QUÍMICO A ÁGUA
INCÊNDIO CARBÔNICO SECO
(CO2)
(PQS)
CLASSE “A” NÃO NÃO RECOMENDA EXCELENTE
Fogo em materiais DO
combustíveis comuns, RECOMENDA RECOMENDA
tais como papel, Resfria,
papelão, tecidos, DO DO Apaga por encharca e
madeira, onde o efeito resfriamento e apaga
de resfriamento pela abafamento totalmente
água ou soluções
Apaga o fogo Apaga o fogo
contendo água é de
somente na somente na
primordial importância
superfície superfície
CLASSE “B” RECOMENDA EXCELENTE EXCELENTE NÃO
Fogo em líquidos DO RECOMEND
inflamáveis, graxas, ADO
óleos e outros Não deixa
Abafa Produz um
semelhantes onde o resíduos e é
rapidamente lençol de
efeito abafante é inofensivo. Age
espuma que
primordial por diluição do
abafa o fogo
oxigênio

CLASSE “E” EXCELENTE BOM NÃO NÃO


RECOMENDA RECOMEND
DO ADO
Fogo em equipamentos Não deixa Não conduz
elétricos energizados, resíduos, não energia elétrica
onde a extinção deve danifica e não É condutora e É condutora
ser feita com material conduz danifica o
não condutor de eletricidade equipamento
eletricidade

CLASSE “D” NÃO RECOMENDA NUNCA NUNCA


RECOMENDA DO
DO
Compostos
Fogo em metais como o
químicos
magnésio, titânio,
especiais, sal
alumínio em pó e outros
gema, grafite,
onde a extinção deverá
areia,
ser feita por meios
monofosfato de
especiais.
amônia

ASPECTO INPORTANTES A TER – SE EM CONTA AO DETECTAR-SE O PRINCIPIO


DE UM INCÊNDIO.
• O que é que está queimar ?
• Onde se localiza a base do fogo ?
• Que meios são necessários?
• O que é que está ameaçado?
• Como está a energia ?

EVACUAÇÃO
A evacuação consiste na retirada ordenada e previamente programada de pessoas de um
determinado local de risco. “Estatísticas indicam que, em casos de pânico e tumulto, ocorrem mais
casos de mortes e feridos em razão do desespero das pessoas, do que propriamente em razão do
evento danoso”.
Assim, uma evacuação tranquila e eficiente deve ser previamente planejada, através das seguintes
medidas:

- Conhecimento profundo da área geográfica do local protegido.


- Estabelecimento prévio das vias de evacuação.
- Pessoal de Segurança treinado para orientar a saída das pessoas do local, de forma ordenada.

Em casos de incêndio ou emergência, os responsáveis de cada piso devem adoptar as seguintes


medidas, bem como orientar outras pessoas para que as adoptem também:

a) No caso de um edifício, o abandono deve ser feito pelas escadas, com calma, sem atrapalhação;
Se um incêndio ocorrer em seu setor, saia imediatamente. Muitas pessoas morrem por não
acreditarem que um incêndio pode se propagar com rapidez;
c) Se você ficar preso em meio à fumaça, se for possível, molhe um lenço e utilize-o como
máscara improvisada. Procure rastejar para a saída, pois o ar é sempre melhor junto ao chão;
d) Utilize as escadas, nunca o elevador. Um incêndio razoável pode determinar o corte de energia
para os elevadores. Feche, mas não tranque, todas as portas que ficarem atrás de você, assim
retardará a propagação do fogo;
e) Toque a porta com a mão. Se estiver quente, não abra. Se estiver fria, abra vagarosamente e
fique atrás da porta. Se sentir calor ou pressão vindo através da abertura, mantenha-a fechada;

f) Se você não puder sair, mantenha-se atrás de uma porta fechada. A porta serve como defesa.
Procure um lugar perto da janela, e abra-as em cima e em baixo. Calor e fumaça devem sair por
cima;

g) Procure conhecer os equipamentos de combate a incêndio do seu sector, para utilizá-lo com
eficiência em caso de emergência;
Um prédio pode lhe dar várias opções de salvamento; conheça-as previamente. Nunca salte dos
prédios. Muitas pessoas morrem sem imaginar que o socorro pode chegar em poucos minutos
j) Se houve pânico na saída principal, mantenha-se afastado da multidão. Procure outra saída.

k) Ao constatar um princípio de incêndio, fique calmo e ligue imediatamente para o corpo de


bombeiros, informando:
- Nome correcto do local onde está acontecendo o incêndio;
- Número do telefone de onde está falando;
- Nome completo de quem está falando;
- Relato do que está acontecendo.
SESSÃO Nº 03

NOÇÕES DE SUPORTE BÁSICO DE


VIDA
E
PRESTAÇÃO DE SOCORROS

BIOSSEGURANÇA
Biossegurança: Conjunto de ações para a prevenção, minimização ou eliminação de riscos
inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de
serviços visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a obtenção
dos resultados (TEIXEIRA et al 2014).

TIPO DE RISCOS

 Físicos
 Psicológico
 Biológico

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI


Todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho (REMADE 2003).

CONCEITO DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR


Atendimento Pré-Hospitalar: É um serviço móvel de emergência.
Tem como função prestar os primeiros tratamento e cuidados a serem ministrados no local do
acidente , a uma vítima, de trauma ou doença cujo estado físico coloca em perigo a sua vida.

FASES DO ATENDIMENTO
1 ª Avaliação do Ambiente;
2 ª Solicitação de auxilio;
3 ª Sinalização ;
4 ª Atendimento.

AVALIAÇÃO DO AMBIENTE
A primeira atitude a ser tomada no local de acidente, é avaliar os riscos que
possam colocar em perigo a pessoa prestadora de primeiros socorros e a
vitima.
Nesta fase, verifica-se também a provável causa do acidente, o número de vítimas e a gravidade
das mesmas .
 Certifique - se de que qualquer providencia a ser tomada não venha agravar o estado da
vitima.
 Chame o médico ou transporte a vitima, se necessário.
2- SOLICITAÇÃO DE AUXILIO.
Forneça as seguintes informações: Local, horário e condições em que a vitima foi encontrada;
Quais os primeiros socorros a ela prestados.
Inspire confiança evite o pânico.
Comunica a ocorrência as autoridades e responsáveis.

3- SINALIZAÇÃO DO LOCAL.
A sinalização é feita com cones, triangulo de sinalização , fitas reflectoras ou com objectos improvisados, no local
do acidente.

ATENDIMENTO A VITIMA
Ao iniciar o atendimento deve-se ter em conta o que fazer e o que não fazer. Manter o auto
controlo é imprescindível nesta fase.
Não minta para a vítima, procure expressar segurança e confiança no que faz.
No atendimento, a pessoa que estiver a prestar os primeiros socorros deve realizar os dois exames
básicos: Exame primário e Exame secundário

EXAME PRIMÁRIO:
Tem como objectivo detectar as situações que colocam em riscos imediato a vida da vitima. Este é
feito seguindo a ordem alfabética ABC, onde cada uma delas tem o seguinte significado:
-Verificar nível de inconsciência.
- Colocar a vitima na posição anatómica.
1ª Verificar nível de inconsciência

Passos do exame primário

2ª Colocar a vitima
em decúbito dorsal.
3ª Fazer o vos
 VER
 OUVIR
 SENTIR

ABC DO EXAME PRIMÁRIO


A
 Abrir vias aérea com o controlo da coluna cervical

B
B: Respiração - Se a vítima não “respire” “RESPIRE” POR ELA.

C
C: Circulação – Se o coração não “bombeia” BOMBEIE POR ELE.
QUADRO DOS RÍTIMOS CARDIACOS E RESPIRATÓRIO DE
ACORDO AS FAIXAS ETÁRIAS

EXAME SECUNDÁRIO
Tem como objectivo detectar as alterações que não comprometem de imediato a vida da vitima,
mais devem ser tratadas.
Este é a sequência da ordem alfabética em D e E, onde cada uma delas tem o seguinte
significado:
D: Avaliação neurológica
E: Exposição da vitima com o controle da hipotermia

AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS

Os sinais vitais são os principais indicadores do funcionamento do organismo humano.


As funções vitais a serem avaliadas e caracterizadas são:
Respiração;
Pulso;
Pressão Arterial;
Temperatura.

ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR EM R.C.P.


Reanimação Cárdio – Pulmonar (R.C.P) é um conjunto de manobras encaminhadas a reverter uma
parada Cárdio - respiratória, evitando que se produza a morte biológica por lesões cerebrais
irreversíveis.
Quando o coração para de bombear sangue para o organismo, as células deixam de receber o O2.
Existem órgãos que resistem vivos, até algumas horas, porém, os neurónios do sistema nervoso
central (SNC) não suportam mais do que 6 minutos sem serem oxigenados e entram em processo
de necrose.
Desta forma, a identificação e a recuperação cardíaca devem ser feitas de imediato ou seja, só se
dispõe de 3 á 4 minutos para iniciar o primeiro auxilio.
Caso haja demora na recuperação cardíaca o SNC pode sofrer lesões graves e irreversíveis, o que
culminaria com a morte da vitima.

CAUSAS DA PARADA CARDÍO – RESPIRATÓRIA


 Asfixia
 Intoxicações
 Traumatismos
 Afogamentos
 Electrocussão
 Estado de choque
 Doenças

IDENTIFICAÇÃO DE UMA VÍTIMA EM PCR


1. Inconsciência;
2. Ausência de respiração;
3. Ausência de circulação.

LEMBRE - SE, que pode ocorrer em uma vítima, uma parada respiratória, sem
que tenha ainda ocorrido uma parada cardíaca. Porém não pode ocorrer uma parada
cardíaca sem que haja uma parada respiratória.

PROCEDIMENTOS:

Os primeiros socorros para manter a vida, são medidas básicas que não requerem o emprego
de equipamentos, apenas conta com os três passos clássicos da R.C.P. Básica.
 A- Abertura das vias aéreas;
 B- Ventilação artificial;
 C- Apoio circulatório.

Localizar o apêndice xifóide com o dedo indicador da mão direita.


Colocar dois dedos da mão esquerda logo acima do indicador da mão direita.
Apôs colocar os dois dedos, posicionar a palma da mão direita logo acima dos dois dedos, de
formas que ela esteja sobre o terço inferior do osso esterno.
NOTA: Os ombros do socorrista, devem estar paralelos ao osso esterno da vítima e os seus braços
não flexionados.
As pressões a serem exercidas sobre o esterno, deverá comprimir 1/3 de diâmetro da região
Ântero-posterior do tórax, ou seja, fazer com que o esterno desça cerca de 1 a 5 cm de
profundidade de acordo a faixa etária.

PROCEDIMENTOS PARA RCP DE ACORDO COM A IDADE E TAMANHO DA


VÍTIMA
P.L.S
A P.L.S, deve ser utilizada em toda a pessoa inconsciente, porque permite uma melhor
ventilação, libertando as vias aérias superiores.

DESMAIO
Desmaio é uma perda de consciência repentina, ela ocorre quando existe uma queda de pressão
arterial, não chegando oxigénio suficiente até ao cérebro
Causas:
- Distúrbio emocional
- Super aquecimento
- Ritmos cardíacos anormais
- Doenças ou alguns medicamentos

S.B.V. – Algoritmo
ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR EM FERIMENTO
FERIMENTOS: é a ruptura produzida nos tecidos. Nos ferimentos não é só a pele que é afectada, também outras
estruturas vizinhas podem sofrer danos.

Classificação
Eles podem ser classificados como “Abertos” e “Fechados”.
Os abertos são aqueles que há perda da integridade da superfície da pele.
Os fechados, não ocorre por definição perda da integridade da pele.
Estas lesões, que são chamadas de contusões.

HOSPITALARES.
- As que requerem tratamento
Superficiais -
- As que não requerem.
Profundas ------ Lesões em profundidade, podendo afectar órgãos internos.

COMPLICAÇÕES QUE AS FERIDAS PODEM


CAUSAR
• Infecções;
• Dor;
• Hemorragia;
• Lesões de músculos e tendões.

SOCORRO A EFECTUAR

• Expor a Ferida (Descobrir).


• Não tocar na ferida (Só com objectos esterilizados).
• Lavar a ferida de dentro para fora com Cetavelon ou Desogene.
Não utilizar:
• Álcool
• Mercúrio cromo
• Tinturas de iodo ou qualquer outro produto corante.
TIPOS DE FERIMENTOS ABERTOS
FRACTURAS
- Fractura, não é mais do que a descontinuidade da superfície óssea.
- Fechada ---------- sem ferida
- Abertas ----------- com feridas
- Expostas --------- com osso a mostra

SINAIS E SINTOMAS

- Dor local;
- Deformação;
- Impotência funcional;
- Mobilidade anormal;
- Crepitação óssea.

PRIMEIROS SOCORROS

- Tratar o ferimento (caso haja).


- Imobilizar a articulação acima e abaixo do local da fractura.
- Promover a evacuação para o hospital

QUEIMADURAS
CLASSIFICAÇÃO
1 -Agente Causal;
2 – Profundidade;
3 – Extensão.

1 -AGENTE CAUSAL:

- Queimaduras pelo calor: O calor pode ser húmido ou seco.


- Queimaduras químicas: Podem ocorrer após contacto com ácidos, bases ou outros produtos.
- Queimaduras eléctricas: Várias lesões ao longo dos tecidos por onde passaa
corrente; Arritmias graves Paragem Cardio-Pulmonar;
- Queimaduras por radiações: Provocadas pelos raios solares UV , pelos Rx e raios gama.

- São lesões da pele provocadas por calor, podendo classificar-se em três graus, sendo: 1º, 2º
e 3º.
1º Grau- Queimadura a nível da pele que se apresenta com vermelhidão, seca e dolorosa.
2º Grau- Queimadura a nível da pele que se apresenta com vermelhidão, seca, dolorosa e com
Fliteneas (bolhas).
3º Grau- Queimadura em profundidade, podendo atingir as camadas ósseas (Carbonização de
áreas extremas).

O QUE FAZER EM SITUAÇÕES DE QUEIMADURAS


Fazer penso e cobertura húmida.
Prevenir estado de choque.
Vigiar funções vitais.
Transportar a vítima para o hospital.

MEDIDAS DE EMERGÊNCIA
Não tirar as roupas bruscamente;
Se estiverem coladas cortar em volta;
Não aplicar pomadas, cremes oumanteiga;
Não rebentar as flictenas.

ALIVIAR A DOR:
- Aplicar compressas estéreis molhadas em soro fisiológico em cima da área queimada;
- Se a área queimada for muito extensa a vítima deve ser coberta apenas com um lençol
esterilizado, para
evitar a hipotermia;
- Administrar analgésicos segundo conselho médico.

FOGO NO VESTUARIO

 Não deixar a vitima correr;


 Obriga-la a deitar no chão com o lado da chama para cima;
 Abafar as chamas com cobertor, tapete, toalha;
 Comece pela cabeça e continue em direcção aos pés;
 Molhar a roupa da vitima com agua;
 Nunca usar agua se a roupa da vitima estiver com gasolina, óleo ou petróleo;
 Cuide do estado de choque;
 Tratar as queimaduras;
 Nunca aplicar pasta ou pomadas;
 Levar ao medico obrigatoriamente;

DESMAIO
Desmaio é uma perda de consciência repentina, ela ocorre quando existe uma queda de pressão
arterial, não chegando oxigénio suficiente até ao cérebro
Causas:
- Distúrbio emocional
- Super aquecimento
- Ritmos cardíacos anormais
- Doenças ou alguns medicamentos

SINTOMAS

- Palidez;
- Suor abundante;
- Pulso fraco;
- Respiração fraca.

PROCEDIMENTO

- Deitar a vitima com a cabeça mais baixa que o resto do corpo;


- Desapertar a roupa;
- Agasalhar a vitima;
- Transportar ao hospital.

SE A PESSOA COMEÇAR A DESFALECER

- Sente -a numa cadeira;


- Curve -a para frente;
- Baixe a cabeça da vitima, colocando -a entre as pernas;
- Mantenha a cabeça mais baixa que os joelhos;
- Faça -a respirar profundamente.

Você também pode gostar