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REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 58
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UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO
Vamos começar nosso curso e módulo com uma palavra básica e essencial:
o fogo! Definido no dicionário Aurélio como produto da combustão de matérias
inflamáveis, mas também com o sentido figurado de ardor, paixão, entusiasmo,
energia, excitação. Do latim “focu”, substantivo masculino, podemos interpretar a
palavra fogo de várias maneiras, nos interessando, é claro, nesse momento, a sua
capacidade de causar danos pessoais e
patrimoniais ao ser humano.
Acreditamos ser de conhecimento de
todos que a descoberta do fogo pelo homem
foi uma das condições essenciais para que
ele sobrevivesse e evoluísse ao longo dos
milênios, entretanto, numa via de mão dupla,
o fogo é um dos nossos principais inimigos
em situações adversas.
Sabemos também que quando se
trata de coletividade (mas não somente nesta condição, é claro!), a segurança contra
incêndios é um dos primeiros pontos a se considerar nos projetos de edificações.
Afinal de contas, o velho ditado cai muito bem: “antes prevenir do que remediar”!
Partindo dessas premissas, o projeto de uma edificação pode ser
considerado o primeiro passo para reduzir o risco de incêndio, pois nele já se pode
antecipar e, evidentemente, contribuir para a redução das cargas de incêndio e de
fumaça, tanto considerando sua estrutura, seus elementos de vedação e materiais
de acabamento, quanto considerando seu conteúdo.
O objetivo primário da segurança contra incêndio nas edificações é proteger
a vida humana. Mas a proteção ao patrimônio, de objetivo secundário, também vem
sendo requerida em edificações comerciais, uma vez que os danos estruturais
resultantes do sinistro podem levar à paralisação das atividades econômicas e afetar
a imagem das empresas, onerando significativamente seus proprietários (COSTA,
2008).
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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testados do ponto de vista da SCI. Para alcançar um desempenho cada vez maior, a
sociedade vem desenvolvendo novas soluções em todas essas áreas.
Fernandes (2010) pondera que dentre as áreas abrangidas pela Engenharia
Civil, sem dúvida nenhuma, a que tem despertado interesse considerável é a
“Prevenção de Incêndio e Pânico”, pois possui um mercado de trabalho bastante
amplo e com possibilidade de crescimento, pois as exigências dos órgãos públicos
em assuntos de segurança preventiva, tem sido cada vez maiores. Destacando-se
neste caso específico os Corpos de Bombeiros de todo o país, que tem aperfeiçoado
cada vez mais as suas exigências quanto a sistemas preventivos.
A legislação e os códigos de SCI vêm sendo substituídos para as
edificações mais complexas pela engenharia de SCI, outra área também em
expansão internacionalmente e, concomitantemente, as tecnologias que vêm se
desenvolvendo, como eletrônica, robótica, informática, automação, entre outros,
estão mais presentes em todas as áreas de conhecimento da SCI.
A demanda por engenheiros, pesquisadores e técnicos em SCI é crescente,
e ainda existe falta de mão de obra no mercado internacional (DEL CARLO, 2008).
Em se tratando do Brasil, vimos nossa passagem de país rural para urbano
e industrial num curto espaço de tempo, o que dentre possíveis consequências
negativas encontramos o aumento de risco de incêndio.
Números grosseiros nos mostram que de uma população de 8.400.000 mil
pessoas em 1872 passamos para 80 milhões de pessoas por volta de 1995.
Evidentemente que cidades mais densamente povoadas tendem igualmente
a um aumento da possibilidade de incêndio, sem esquecermos as bacias petrolíferas
que também apresentam alto risco de explosões como aconteceu recentemente na
costa brasileira.
Na opinião de Del Carlos (2008), em se tratando dos esforços de segurança
em decorrência do aumento da população, nada foi realizado a contento, ou seja,
falta:
melhorar a regulamentação;
aumentar os contingentes;
atender todos os municípios;
melhorar os equipamentos;
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• nos últimos quarenta anos, a população brasileira dobrou e aliado a isto, ela
migrou dos campos para a cidade, ocasionando um incremento industrial, a
diversificação comercial e uma alta capacidade de prestação de serviços.
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França 95% 5%
Alemanha 74% 26%
Países baixos 90% 10%
Reino Unido 97% 3%
Suíça 99% 1%
Fonte: Plank (1996 apud VARGAS e PIGNATTA, 2003, p. 10).
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de pessoas treinadas para conter o pânico e orientar o escape, entre outros, foram
as causas da tragédia.
As pessoas morreram queimadas e pisoteadas. A saída foi obstruída pelos
corpos amontoados.
O incêndio teve origens intencionais, criminosas. Seu autor foi julgado e
condenado, e a tragédia teve repercussão internacional, com manifestações do
Papa e auxílio dos EUA, que forneceram 300 metros quadrados de pele humana
congelada para ser usada no tratamento das vítimas.
b) Indústria Volkswagen
Até dezembro de 1970, nenhum grande incêndio em edificações havia
impactado a abordagem que o Poder Público e, especialmente, as seguradoras
faziam do problema no Brasil.
Era linguagem quase corrente que o padrão de construção – em alvenaria –
aliado à ocupação litorânea de uma área com alta umidade relativa do ar, se não
impediam, ao menos minimizavam, a possibilidade da ocorrência de grandes
incêndios.
O incêndio na Ala 13 da montadora de automóveis Volkswagen, em São
Bernardo do Campo, ocorrido em 18 de dezembro de 1970, consumindo um dos
prédios da produção (Ala 13), com uma vítima fatal e com perda total dessa
edificação, além de ser um grande exemplo de um novo tipo de conflagração – o
ocorrido em uma só edificação –, apontou que a apregoada ausência de risco não
passava de crença ingênua.
Efetuando-se uma única comparação, que reafirma o fato de não
importarmos aprendizados e soluções, podemos destacar que em 12 de agosto de
1953, incendiaram-se as instalações da General Motors, em Livonia, Michigan, EUA.
Pela incapacidade de penetrar nas instalações, totalmente tomadas pela fumaça, as
perdas materiais foram totais. As perdas humanas contabilizaram quatro mortes e
quinze pessoas seriamente feridas.
Após esse incêndio, iniciaram-se os estudos para a implantação de sistemas
de controle de fumaça – ausentes nas instalações da Volkswagen – que somente
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c) Edifício Andraus
O primeiro grande incêndio em prédios elevados ocorreu em 24 de fevereiro
de 1972, no edifício Andraus, na cidade de São Paulo. Tratava-se de um edifício
comercial e de serviços (Loja Pirani e escritórios), situado na Avenida São João
esquina com Rua Pedro Américo, com 31 andares, estrutura em concreto armado e
acabamento em pele de vidro. Acredita-se que o fogo tenha começado nos cartazes
de publicidade das Casas Pirani, colocados sobre a marquise do prédio.
Do incêndio resultaram 352 vítimas, sendo 16 mortos e 336 feridos. Apesar
de o edifício não possuir escada de segurança e a pele de vidro haver
proporcionado uma fácil propagação vertical do incêndio pela fachada, mais pessoas
não pereceram pela existência de instalações de um heliponto na cobertura, o que
permitiu que as pessoas que para lá se deslocaram, permanecessem protegidas
pela laje e pelos beirais desse equipamento.
Características do edifício:
• não tinha chuveiros automáticos, sinalização das saídas de emergência,
iluminação de emergência, alarme manual;
• forros e acabamentos eram combustíveis.
Muitos dali foram retirados por helicópteros, apesar de a escada do edifício
estar liberada para descida, as pessoas optaram por procurar abrigo no heliponto
por temerem retornar ao interior do edifício.
Esse incêndio gerou Grupos de Trabalho (GTs), especialmente nos âmbitos
da cidade e do Estado de São Paulo.
Com o passar do tempo, esses trabalhos foram perdendo o seu ímpeto
inicial, e mesmo aqueles que conseguiram levar a termo suas tarefas, viram seus
esforços caminharem para um processo de engavetamento dos estudos e
proposições.
Estudou-se a reestruturação do corpo de bombeiros, criando-se Comandos
de Corpo de Bombeiros dentro das Polícias Militares (PM), pois, até então, com
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d) Edifício Joelma
Esse edifício, também construído em concreto armado, com fachada
tradicional (sem pele de vidro), situa-se na Avenida Nove de Julho, 22 (Praça da
Bandeira), possuindo 23 andares de estacionamentos e escritórios.
Ocorrido em 1º de fevereiro de 1974, gerou cento e setenta e nove mortos e
trezentos e vinte feridos.
Características do edifício:
• assim como o Andraus, não possuía escada de segurança;
• não tinha chuveiros automáticos, sinalização das saídas de emergência,
iluminação de emergência, alarme manual, nem plano de evacuação;
• forros e acabamentos eram combustíveis.
Nesse incêndio, como ocorrera no da Triangle Shirtwait Factory, pessoas se
projetaram pela fachada do prédio, gerando imagens fortes e de grande comoção (a
maior parte das pessoas que se projetou do telhado caiu em pátio interno, longe das
vistas da população).
Muitos ocupantes do edifício pereceram no telhado, provavelmente
buscando um escape semelhante ao que ocorrera no edifício Andraus.
Somado ao incêndio do edifício Andraus, pela semelhança dos
acontecimentos e proximidade espacial e temporal, o incêndio causou grande
impacto, dando início ao processo de reformulação das medidas de segurança
contra incêndios.
Ainda durante o incêndio, o comandante do corpo de bombeiros da cidade
de São Paulo, munido dos dados que embasavam os estudos da reorganização
desse corpo de bombeiros, revela à imprensa as necessidades de aperfeiçoamento
da organização.
Mostram-se, portanto, igualmente falhos e despreparados para esse tipo de
evento, os poderes municipal e estadual.
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UNIDADE 3 – OS INCÊNDIOS
a) Combustível
Combustível é todo material ou substância que possui a propriedade de
queimar, ou seja, de entrar em combustão.
Os combustíveis podem apresentar-se em três estados físicos:
• sólido (madeira, papel, tecidos, entre outros);
• líquido (álcool, éter, gasolina, entre outros);
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b) Comburente
Normalmente, o oxigênio combina-se com o material combustível, dando
início à combustão.
O ar atmosférico contém, em sua composição, cerca de 21% de oxigênio
(não existirá chama em ambientes na faixa de 8% a 16% de O2 e não haverá
combustão abaixo de 8%).
O carvão é uma das exceções, queima com 9% de oxigênio.
c) Calor
É o elemento que possibilita a reação entre o combustível e o comburente,
mantendo e propagando a combustão, como a chama de um palito de fósforos.
O calor propicia:
- elevação da temperatura;
- aumento de volume dos corpos;
- mudança no estado físico das substâncias.
Há casos de materiais em que a própria temperatura ambiente já serve
como fonte de calor.
d) Condições propícias
Precisamos de um quarto elemento que podemos chamar de ‘reação em
cadeia’. É importante notar que, para o início da combustão, além dos elementos
essenciais do fogo, há a necessidade de que as condições em que esses elementos
se apresentam, sejam propícias para o início do fogo.
Pensando em um escritório iluminado com uma lâmpada incandescente de
10 watts, tem-se no ambiente:
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Guarde...
O calor e os incêndios se propagam por 3 maneiras fundamentais:
a) por condução, ou seja, através de um material sólido de uma região de
temperatura elevada em direção a outra região de baixa temperatura;
b) por convecção, ou seja, por meio de um fluído líquido ou gás, entre 2
corpos submersos no fluído, ou entre um corpo e o fluído;
c) por radiação, ou seja, por meio de um gás ou do vácuo, na forma de
energia radiante.
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Obs.:
Os combustíveis da classe “A” são identificados por um triângulo verde com a letra
“A” no centro.
Os combustíveis da classe “B” são identificados por um quadrado vermelho com a
letra “B” no centro.
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Os combustíveis da classe “C” são identificados por um círculo azul com a letra “C”
no centro.
Os combustíveis da classe “D” são identificados por uma estrela amarela de cinco
pontas com a letra “D” no centro.
ativas que, ainda que não tenham tido sucesso na extinção de incêndio, podem
contribuir significativamente na redução de sua severidade (ASSIS, 2001).
Assis (2001) fala ainda que uma classificação moderna da severidade dos
incêndios deveria considerar necessariamente os seguintes parâmetros:
a) a densidade da carga de incêndio e a ventilação ambiente, bem como a
natureza da carga de incêndio;
b) a existência de medidas ativas que atuem como atenuantes;
c) a existência de fatores externos e a geometria da edificação ou do
compartimento que atuem como agravantes ou atenuantes dos efeitos do incêndio.
Trata-se, portanto, de uma tarefa complexa, pois a severidade dos incêndios
leva em conta o seu efeito sobre a edificação e os seus ocupantes, o que depende
de grande número de parâmetros. Alguns desses são evidentemente culturais, o que
reafirma a importância de se desenvolver uma engenharia de incêndio
genuinamente brasileira.
No entanto, Seito (2008) amplia consideravelmente essa lista de fatores,
justificando que não existem dois incêndios iguais, pois são vários os fatores que
concorrem para seu início e desenvolvimento. Vejamos:
a) forma geométrica e dimensões da sala ou local;
b) superfície específica dos materiais combustíveis envolvidos;
c) distribuição dos materiais combustíveis no local;
d) quantidade de material combustível incorporado ou temporário;
e) características de queima dos materiais envolvidos;
f) local do início do incêndio no ambiente;
g) condições climáticas (temperatura e umidade relativa);
h) aberturas de ventilação do ambiente;
i) aberturas entre ambientes para a propagação do incêndio;
j) projeto arquitetônico do ambiente e ou edifício;
k) medidas de prevenção de incêndio existentes;
l) medidas de proteção contra incêndios instalada.
O incêndio inicia-se, na sua maioria, bem pequeno. O crescimento
dependerá: do primeiro item ignizado, das características do comportamento ao fogo
dos materiais na proximidade do item ignizado e sua distribuição no ambiente.
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Habilidade com que um elemento atende, por um período de tempo requerido, a suas funções
portantes, integridade e/ou isolamento térmico, especificados em método de ensaio de resistência ao
fogo, conforme descrito na norma ISO 834 – Fire resistance tests – Elements of building construction
(ISO/GUIDE52/TAG5, 1990).
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através desta fumaça e esta é a principal característica para definir o risco de uma
dada quantidade de fumaça.
A visibilidade de um observador dentro do ambiente com fumaça depende
de várias condições; algumas são funções da fumaça, outras do ambiente e outras
do próprio observador.
Estas condições podem ser agrupadas, como segue:
a) Fumaça: cor, tamanho das partículas, densidade e efeitos fisiológicos.
b) Ambiente: tamanho e cor do objeto observado, iluminação no objeto.
c) Observador: estado físico e mental, verificado em condições laboratoriais
ou em estado de tensão ou pânico num incêndio real.
A maioria dos dados obtidos são laboratoriais e quase nenhum de incêndios
reais.
Vários pesquisadores citados por Seito (2008) como T. Jin, Malhotra e
Rasbash, relacionaram a visibilidade e a densidade de fumaça, levando em conta
duas situações de iluminação: a frente do objeto e atrás do objeto.
Desses estudos, é possível estabelecer duas relações simples e práticas
para determinação da visibilidade através da fumaça:
a) iluminação pela frente do objeto:
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4.2 A toxicidade
Quanto a toxicidade, a composição química da fumaça é altamente
complexa e variável. Chega a ter duas centenas de substâncias e a porcentagem
dessas substâncias varia com o estágio do incêndio.
A formação dessas substâncias é influenciada por: composição química
do(s) material(ais) em combustão, oxigenação e nível de energia (calor) no
processo.
A toxicidade da fumaça depende das substâncias gasosas que a compõe.
As mais comuns são:
a) Monóxido de carbono - CO: é encontrado em todos os incêndios e é
resultado da combustão incompleta dos materiais combustíveis a base de carbono,
como a madeira, tecidos, plásticos, líquidos inflamáveis, gases combustíveis, entre
outros.
O efeito tóxico deste gás é a asfixia, pois ele substitui o oxigênio no
processo de oxigenação do cérebro efetuado pela hemoglobina.
A hemoglobina é o componente do sangue responsável pela oxigenação das
células do corpo humano. Ela fixa o oxigênio no pulmão formando o composto
denominado oxihemoglobina.
Quando o oxigênio é substituído pelo monóxido de carbono, o composto
formado é o carboxihemoglobina que provoca a asfixia do cérebro pela falta de
oxigênio.
Esse é um processo reversível, porém lento, portanto, quando as pessoas
forem afetadas por este gás é fundamental que elas recebam muito oxigênio e
fiquem em repouso.
A anóxia produzida pelo monóxido de carbono não cessa pela respiração do
ar fresco, como no caso dos asfixiantes simples.
Após moderado grau de exposição, somente em torno de 50% do monóxido
de carbono inalado é eliminado na primeira hora em circunstâncias ordinárias e sua
eliminação completa leva algumas horas quando se respira ar fresco.
A concentração máxima de monóxido de carbono que uma pessoa pode se
expor sem sentir seu efeito é de 50 ppm (parte por milhão) ou 0,005% , em volume
no ar. Acima deste nível aparecem sintomas como dor de cabeça, fadiga e tonturas.
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A inalação de fumaça e gases tóxicos é a principal causa de lesões em
vítimas em incêndios. As três principais consequências na inalação de fumaça de
incêndios são: queimaduras das vias respiratórias, asfixia e irritação pulmonar.
a) Queimaduras das vias respiratórias – as lesões decorrentes de
queimaduras nas vias respiratórias normalmente ocorrem nas áreas nasais e região
da faringe (árvore tráqueo-brônquica). Isso é consequência da elevada dissipação
do calor nas áreas iniciais dessas vias. Experimentos em animais demonstram que
as vias respiratórias resfriam o ar quente inalado, fazendo com que ao atingir os
pulmões, esteja a temperaturas menos elevadas. Outros experimentos
demonstraram que no caso da inalação de ar à temperatura de 142ºC, ao atingir o
pulmão, encontrava-se resfriado à temperatura de 38ºC. No caso de elevada
umidade, a capacidade de absorção de calor é reduzida, fazendo com que o ar
atinja os pulmões a temperaturas mais elevadas.
Lesões associadas ao pulmão, com inalação de ar quente, podem levar a
uma hiperventilação mais acentuada. Se o limite da reserva respiratória for excedido,
há rápida transformação da acidose2 em alcalose3, com hipoxemia4 grave e
necessidade de ventilação mecânica.
2 Acidose é acumulação de ácido ou perda da reserva alcalina do sangue e dos tecidos, que se
caracteriza por um aumento da concentração de hidrogênio iônico e um decréscimo do potencial de
hidrogênio.
3 Alcalose é o estado em que os fluídos do corpo ficam muito alcalinos, com pH superior a 7,45.
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As classificações de medidas de proteção contra incêndio, em geral, colocam os meios de detecção
e alarme de incêndio como medidas de proteção ativa, uma vez que respondem aos estímulos (calor,
fumaça, radiação) provocados pelo fogo.
6
A classificação da brigada de bombeiros particulares como medida de proteção passiva está
relacionada à sua atuação enquanto detecção humana de ocorrências e de acionamento de
bombeiros profissionais, apesar de a própria classificação de meios de detecção e alarme como
proteção passiva estar comprometida. No entanto, não há dúvidas de que a atuação de combate a
princípio de incêndio está englobada nas medidas ativas (CAMPOS; CONCEIÇÃO, 2006).
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REFERÊNCIAS
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