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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 2
2. GERENCIAMENTO DE RISCO ................................................................. 3
2.1 DEFINIÇÕES ........................................................................................... 3
2.2 SEGURANÇA NAS OPERAÇÕES .......................................................... 4
2.3 RISCOS EM INCÊNDIOS INDUSTRIAIS ................................................. 4
2.4 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ................................... 5
3. COMANDO E CONTROLE EM OPERAÇÕES .......................................... 9
4. PLANO DE EMERGÊNCIA ..................................................................... 15
4.1 DEFINIÇÕES ......................................................................................... 15
4.2 REQUISITOS ......................................................................................... 16
5. COMUNICAÇÕES ................................................................................... 28
6. RELATÓRIO ............................................................................................ 43
2 CURSO DE FORMAÇÃO DE BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL – GERENCIAMENTO DE EMERGÊNCIAS

1. INTRODUÇÃO

O bombeiro profissional civil ou bombeiro civil é uma profissão que na prática já vinha
sendo exercida nas indústrias brasileiras, no serviço de proteção contra incêndio e
prestação de socorros de urgência, mas somente no ano de 2009 que foi regulamentada
e reconhecida como profissão.

Concomitante ao reconhecimento da profissão, vieram direitos e deveres que norteiam o


exercício da atividade do bombeiro profissional civil e somente a partir do conhecimento
da legislação específica referente à sua profissão, o bombeiro profissional civil saberá os
limites e as implicações das suas ações para desempenhar sua atividade profissional.

Mesmo com a normalização federal sobre a profissão de bombeiro profissional civil,


algumas lacunas existem, pois não houve ainda a regulamentação dessa lei, ficando os
profissionais sujeitos a normas estaduais, que se diferenciam de acordo com o poder de
polícia dos respectivos Corpos de Bombeiros dos Estados onde é exercida essa profissão
ou até mesmo convenções coletivas em âmbito estadual.

No Estado de Minas Gerais, de acordo com o Art. 142 da sua Constituição Estadual,
compete ao Corpo de Bombeiros Militar, a coordenação e a execução de ações de defesa
civil, a prevenção e combate a incêndio, perícias de incêndio, busca e salvamento e
estabelecimento de normas relativas à segurança das pessoas e de seus bens contra
incêndio ou qualquer tipo de catástrofe. Com isso, o CBMMG por meio da Norma Técnica
12/CAT definiu os critérios relacionados ao treinamento de Brigadas de Incêndio (BI), bem
como a Circular 02/2016 – DAT, que esclarece quanto à exigência de brigadistas com
qualificação de nível intermediário, prevista no subitem 17.4 da IT 33. Circular. Para o
dimensionamento e exigência de BPC, não há no Corpo de Bombeiros Militar de Minas
Gerais ainda regulamentação, por isso a recomendação é adotar como referência a NBR
14608, que trata de BPC e 14276, que trata sobre BI.

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2. GERENCIAMENTO DE RISCO

2.1 DEFINIÇÕES

� EMERGÊNCIA
Situação que exige uma intervenção imediata de profissionais treinados com
equipamentos adequados, para que danos e prejuízos sejam evitados ou minimizados.

� SINISTRO
Ocorrência de danos e prejuízos, em consequência de um acidente ou evento adverso
(ocorrência desfavorável).

� RISCO
Probabilidade estatística de que uma ameaça de evento adverso se concretize em um
cenário vulnerável, causando danos e prejuízos, isto é, a probabilidade da ocorrência de
um sinistro.

Y Ameaça: estimativa da ocorrência e magnitude de um acidente ou evento.


Y Vulnerabilidade: condição intrínseca do corpo, em interação com a magnitude de um
evento ou acidente, medida em termos de intensidade dos danos previstos.

O risco é avaliado de acordo com a interação da ameaça e da vulnerabilidade do sistema.

RISCO: AMEAÇA X VULNERABILIDADE

Quanto maior a ameaça e a vulnerabilidade, maior o risco. Para diminuir o risco, o


bombeiro deve atuar na ameaça ou na vulnerabilidade do sistema.

Ex: Como diminuir o risco de um incêndio confinado em um cômodo de uma edificação de


01 pavimento se propagar para os outros cômodos?

Para responder essa pergunta se faz necessário avaliar a interação das seguintes
variáveis:

- Ameaça: fogo fora de controle no cômodo


- Vulnerabilidade: paredes finas muito aquecidas, proximidade de materiais combustíveis,
telhado de telhas de amianto.

Portanto para diminuir ou eliminar o risco de propagação o bombeiro pode atuar na


ameaça, combatendo o incêndio dentro do cômodo, ou na vulnerabilidade, resfriando as

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paredes, retirando das proximidades os materiais combustíveis.

Nem sempre será possível diminuir a ameaça, por exemplo, não há como diminuir o
volume de chuva em uma enchente, mas geralmente é possível atuar nas
vulnerabilidades. De qualquer forma o bombeiro deverá estar tecnicamente preparado
para identificar as ameaças e vulnerabilidades de um sistema, para minimizar o risco até
uma condição segura de atuação.

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2.2 SEGURANÇA NAS OPERAÇÕES

A segurança é um estado de confiança, individual e coletivo, baseado no conhecimento e


no emprego de normas e de procedimentos de proteção e na convicção de que os riscos
foram reduzidos a limites aceitáveis.

A sensação de segurança varia entre os indivíduos, pois ela está ligada diretamente a
percepção de risco, que é a impressão ou juízo intuitivo sobre a natureza ou grandeza de
um risco determinado.

A percepção de risco depende do nível de conhecimento do bombeiro, adquirido por meio


de treinamentos e experiências reais. Quanto maior a qualificação, somada à experiência
em ocorrências, maior será a percepção de risco do bombeiro.

Para evitar essa variação, procedimentos devem ser padronizados para levar o risco até
um nível aceitável e a cena seja considerada segura. Para tanto, entende-se como risco
aceitável, o risco determinado como tolerável e razoável, após serem consideradas todas
as consequências associadas a outros níveis alternativos.

Para adentrar em ambiente incendiado, o bombeiro deverá analisar, por exemplo, o risco
de desabamento, de explosões, de intoxicação etc. Observados os riscos, devem ser
providenciadas ações para minimizá-los, por meio da adoção de técnicas e
procedimentos operacionais como escoramento, ventilação e utilização de equipamentos
de proteção.
Portanto, o bombeiro para atuar deve estar certo que o nível de risco apresentado pode
ser enfrentado desde que seja suportável, sem dano, relacionado a altos ganhos
(salvamento de vítima), em razão da estrutura de proteção compatível em equipamentos
e treinamento do pessoal envolvido na ocorrência.

As operações de bombeiro são geralmente realizadas em ambientes cujas características


físicas contribuem para a ocorrência de acidentes (condições inseguras), somado ao fato
de bombeiros exporem-se a riscos desnecessários, invariavelmente, por negligência,
imprudência ou imperícia (atos inseguros), causando prejuízos a sua segurança e a sua
saúde e da sua equipe.

A segurança é uma determinação operacional, parte obrigatória do planejamento e,


durante a atuação na emergência, é responsabilidade de todos os integrantes da equipe.

2.3 RISCOS EM INCÊNDIOS INDUSTRIAIS

São riscos que comprometem a segurança e a saúde dos trabalhadores, bem como a

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produtividade da podem afetar o trabalhador a curto, médio e longo prazo, provocando


acidentes com lesões imediatas ou doenças profissionais que afetam e lesam o
trabalhador aos poucos, comprometendo sua capacidade física ao longo do tempo de
exposição ao fator de risco.

Nos incêndios industriais, as diferenças em cada evento são muito evidentes, na medida
em que os procedimentos a serem adotados variam com o tipo de produtos, tipos de
planta e seus respectivos riscos, tornando, portanto, absolutamente necessário conhecer
previamente a natureza dos produtos existentes (características físicas e químicas,

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toxicidade, exposição às temperaturas, contato com a água etc) na instalação industrial.

Numa instalação industrial, uma atuação sem conhecimento prévio dos riscos existentes,
pode dar origem a acidentes de extrema gravidade e, eventualmente, implicar até na
evacuação de populações e causar danos materiais muito para além do perímetro da
empresa.

Os principais riscos que o bombeiro está submetido durante as operações são:

- Intoxicação: ocorre quando o bombeiro desenvolve atividades envolvendo substâncias


que possuem a capacidade de causar dano no organismo a que estiver exposto. Quanto
maior a toxidade e concentração do produto e exposição do bombeiro, maior será o dano
causado ao seu organismo.

- Explosões: rápida expansão de gases que pode ser acompanha de efeitos térmicos. No
caso de incêndios em ambientes confinados, o bombeiro deve estar atento para
fenômenos como flashover e backdraft, como também a ocorrência de BLEVE em
caminhões ou tanques de armazenamento de líquidos inflamáveis incendiados e
operações com vazamento de gases combustíveis e materiais pirofóricos.

- Colapso estrutural: pode ocorrer em consequência de um incêndio. Por isso, o bombeiro


deverá estar atento aos sinais presentes na estrutura como a presença de trincas
profundas, deformação de vigas de aço, barulho de material cedendo, estruturas de
madeira carbonizadas, pequenos desabamentos etc.

- Choque elétrico: causado pela atuação do bombeiro sem desenergizar a rede elétrica.
Para isso, o bombeiro deverá conhecer a planta elétrica da edificação para identificar o
local das chaves de entrada de energia e suas formas de desligamento.

- Queimadura: causada pela ação do calor produzido no incêndio presente nas chamas,
vapor d´água e fumaça.

Para evitar acidentes, o bombeiro deverá prestar muita atenção às situações de perigo e
cumprir rigorosamente os procedimentos de atuação nas diversas situações concretas que
ele poderá encontrar no combate a incêndios industriais.

2.4 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Diferentemente do brigadista que combate o incêndio na sua fase inicial, o bombeiro


profissional civil, devido a sua formação, poderá combater incêndios de maiores

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proporções, sendo submetido, consequentemente, a riscos bem maiores. Por isso, para
minimizar os riscos a que está submetido, diminuindo a sua vulnerabilidade, o bombeiro
SEMPRE deverá utilizar os equipamentos de proteção individual nas operações.

Considera-se equipamento de proteção individual (EPI) todo o dispositivo de uso


individual destinado a proteger a saúde e a integridade física do bombeiro. A utilização do
EPI não evita o acidente, mas minimiza seus efeitos.

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São EPIs utilizados pelo bombeiro nas operações:

- Capacetes de bombeiro

EPI’s que protegem o crânio, os olhos, a face e a nuca das lesões que podem ser
ocasionadas por impactos de materiais, partículas, respingos ou vapores de produtos
químicos e de radiações luminosas.

- Óculos de Proteção

Os óculos são destinados a proteção dos olhas contra a projeção de materiais, fumaça,
líquidos e substâncias contaminantes.

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- Capas e calças

EPI’s destinados a proteção do tronco e extensão dos membros, visam proteger o


brigadista contra objetos escoriantes, abrasivos, cortantes ou perfurantes, além de
proteger também do calor excessivo, irradiado pelas chamas.

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- Luvas

EPI’s que visam proteger contra a ação de objetos cortantes, abrasivos, corrosivos,
alergênicos, além de produtos graxos e derivados de petróleo.

- Botas e sapatos Luvas de proteção

EPI’s que visam proteger contra lesões ocasionadas de origem mecânica (quedas de
materiais), agentes químicos, térmicos e objetos perfurantes ou cortantes.

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- Equipamento de Proteção Respiratória (EPR)

São equipamentos que requerem atenção especial, pois serão eles que permitiram ao
bombeiro trabalhar em locais saturados com fumaça, com baixa concentração de O 2 e
muitas vezes com temperaturas elevadas. É importante ressaltar que a não utilização
destes aparelhos pode ter conseqüências sérias e até mesmo levar a morte.

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Tem como objetivo anular o comportamento do ambiente sobre o sistema respiratório,


mediante proteção limitada (quando utilizados aparelhos filtrantes ou autônomos de
pressão negativa):

a) Máscara contra gases (aparelho filtrante)

Consiste em uma máscara de borracha adaptável ao rosto, contendo um filtro que elimina
os agentes nocivos. Vale lembrar que as máscaras possuem especificações que precisam
ser atendidas, para que a saúde do bombeiro esteja de fato protegida.

c) Equipamento de proteção respiratória autônoma

As máscaras autônomas são respiradores independentes que fornecem ar respirável para


o usuário através de cilindros de ar.

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3. COMANDO E CONTROLE EM OPERAÇÕES

As ocorrências de bombeiro têm características específicas que exigem qualificação,


profissionalismo e capacidade de trabalhar em equipe. Um erro muito comum nas
operações de bombeiro é a falta de coordenação das ações, muitas vezes há um grande
esforço para a realização de uma atividade por vários bombeiros, sendo que outros
objetivos deixam de ser cumpridos. Além disso, há a falta de disciplina tática, onde o
integrante da equipe com visão mais limitada da ocorrência altera o objetivo a ser
cumprido, compromete a operação, como também, a segurança dos envolvidos. Por isso,
nas operações de bombeiro há a necessidade de planejamento, coordenação, direção e
controle.

Na operação, o chefe da equipe é o profissional responsável em: PLANEJAR,


COORDENAR, DIRIGIR e CONTROLAR as ações da equipe.

CHEFE DE EQUIPE
Função Ações Observações
PLANEJAMENTO - Fixar objetivos; Deverá ser feito com objetivos
- Definir estratégia de combate; claros e exeqüíveis, descritos em
- Definir um plano de ação. um plano de ação verbal ou
escrito
ORGANIZAÇÃO - Dividir o trabalho; Deverá ser flexível quanto a
- Designar pessoas; necessidade e disponibilidade de
- Alocar recursos e coordenar recursos e quanto a delegação
esforços. de responsabilidades.

DIREÇÃO - Dirigir seus esforços para execução Tem como objetivo a


de planos; interpretação do plano e
- Guiar pessoas para a ação; instrução sobre a sua execução.
- Manter a motivação.
CONTROLE - Avaliar o desempenho das equipes; Tem como objetivo garantir a
- Corrigir ações; execução do planejamento.
- Tornar a avaliar, de forma a
assegurar o cumprimento dos
objetivos.

A função de chefiar uma equipe geralmente é estabelecida pela organização ou pelo


poder da autoridade pessoal (liderança) sobre o grupo. O chefe de equipe deve estar
atento para entender que:

• O comando e controle representam um processo dinâmico que deve ser

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constantemente reavaliado conforme a evolução da operação;
• Todas as partes se influenciam, por isso, deve ser prevista a conseqüência de
cada ação;
• Deverá haver o processo de realimentação (feedback), onde as informações
devem fluir do chefe para equipe, da equipe para o chefe e entre os integrantes da equipe
para que o comando reavalie os objetivos;

• É sua responsabilidade garantir a segurança da equipe, por isso deve zelar para
que a equipe utilize os EPIs e os procedimentos específicos.

Ao chegar ao local da ocorrência o chefe de equipe deverá:

1) ASSUMIR O COMANDO

- Ao chegar ao local informar a Central de emergência:

Nome, posto, graduação, função ou cargo;


Identificação daviatura;
Localização do posto de comando;
Confirmação da emergência.

2) MANTER E CONTROLAR O PROCESSO DECOMUNICAÇÃO

- Formas de comunicação na zona de incêndio

Direta
Via rádio
Viatelefone
Via rede de dados

- Princípios da boa comunicação

Seja breve e específico


Evite comportamentos que possam distrair a atenção dos ouvintes
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Priorize as mensagens
Usar os códigos padronizados pela sua organização

3) AVALIAR E DIMENSIONAR A SITUAÇÃO

O gerenciamento de uma operação de bombeiros é um processo de difícil manejo, pois,


de forma geral, todos estão nervosos, a comunicação se torna problemática e muitos
profissionais querem colocar em prática os seus próprios planos. Um dos maiores
problemas é a coordenação de uma quantidade ilimitada de fatores. Portanto, o
dimensionamento da cena deve ser sistemático para que não haja problemas como a falta
de disciplina tática e emprego inadequado de recursos.

Avaliação de uma ocorrência consiste em quatro passos fundamentais:

1º) Identificar o problema: incêndio, vazamento de gás, explosão, acidente de trabalho


com vítima etc.

2º) Análise da situação e possíveis soluções:

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SITUAÇÃO
Tipo, local e intensidade Necessidade de resgate Riscos potenciais Pontos Críticos

RECURSOS
Pessoal Equipamentos Viaturas
Meios de extinção

3º) Tomada de decisão: definição da estratégia de atuação baseada na análise de


situação e recursos disponíveis.

4º) Elaboração de um plano de ação.

SITUAÇÃO RECURSOS

PLANO
Identificar os objetivos
Dividir tarefas
Designar as pessoas

MODELO PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PLANO ESTRATÉGICO NUMA OCORRÊNCIA DE


INCÊNDIO ESTRUTURAL

Desenvolvendo um

plano estratégico

Determine a necessidade
de resgate

Planeje uma ação ofensiva Planeje uma ação defensiva

Formule o plano estratégico

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Exemplo de plano estratégico para uma ocorrência de incêndio:

- Extinguir o fogo no 2º piso;


- Checar os danos no 3º piso;
- 3º piso, 4º piso e 1º piso;
- Busca secundária;
- Conservação

Como elaborar um plano de ordem?

- As ordens deverão ser claras e completas;


Todo o subordinado deverá saber o que se espera dele e aquilo que ele deve fazer;
- Evitar transmitir mais de uma ordem ao mesmo tempo;
- Empregar comandos utilizados nos treinamentos;
- Perguntas fundamentais para a confecção de um plano de ordem:

PERGUNTA OBJETIVO ORDEM DO CO

QUEM? Definir o responsável Bombeiro chefe da linha

O QUE? Definir tarefa Ataque com uma linha de


38mm

ONDE? Definir o local O fogo no teto do quarto de


dormir

COMO? Definir a maneira Entrando pela porta


principal da casa

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4) ESCOLHA DA ESTRATÉGIA

De acordo com as características da emergência, o chefe de equipe definirá qual(is) a(s)


técnica(s) mais adequada(s) para cada ocorrência. Denominaremos como estratégia a
decisão sobre a escolha e forma de emprego do conjunto de técnicas que serão utilizadas
na operação, seja ela de combate a incêndio, busca e salvamento, atendimento pré-
hospitalar ou todas elas combinadas.

A escolha da estratégia deve ser baseada no dimensionamento da cena, na necessidade


do gerenciamento de riscos e na disponibilidade de recursos para o controle da situação,
norteada pela prioridade tática da operação de bombeiro: 1º - Salvamento; 2º - Combate a
incêndio e 3º- Conservação da propriedade. Observa-se que em primeiro lugar, deve-se
salvar as vidas. Se em um incêndio, para salvar uma vítima, a guarnição tiver que
combatê-lo, ainda nesse caso, a primeira prioridade tática é o salvamento, apesar da
ação inicial ter sido o combate ao incêndio, pois o motivo para iniciar o combate foi criar
um acesso à vítima.

5) ORGANIZAÇÃO DOS RECURSOS DISPONÍVEIS

Os recursos devem ser organizados para que não haja sobrecarga e nem desperdícios.
Ao chegar ao local da ocorrência, o chefe de equipe deverá avaliar se os recursos
existentes são os suficientes para a intervenção, caso contrário, deverá solicitar apoio.
Além disso, algumas situações exigem a presença de outras agências ou setores para
uma intervenção específica, como por exemplo, se houver a necessidade de
desligamento de energia elétrica ou a presença de produtos perigosos.

Outro cuidado é utilizar somente o necessário para resolver a situação para que recursos
não sejam desperdiçados ou perdidos durante a operação. Para isso, o chefe de equipe
definirá as áreas de trabalho de sua equipe em zona fria, morna e quente:

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Área segura, mais externa, onde os


recursos não emergenciais ficarão em
espera

Área intermediária, onde os


recursos emergenciais ficarão em
QUENTE espera (Viatura, Posto de
Comando)

Área destinada às operações, onde apenas


permanecerão o pessoal, ferramentas e
equipamentos que estão sendo utilizados

A definição dessas áreas torna a cena mais organizada e consequentemente, mais


segura, pois os recursos e o pessoal empregado é somente o necessário, definidos
conforme a proximidade do ponto crítico da operação.

No caso de uma operação que envolva outras agências ou setores, o chefe de equipe de
bombeiros deverá organizar e ter o controle de todo o pessoal envolvido, para que não
haja acidentes e nem conflito de interesses. A seguir, um organograma criado durante um
atendimento a um incêndio numa indústria petroquímica, combatido pela sua equipe de
bombeiros profissionais civis:

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Chefe de

Equipe de

Chefe de Setor Equipe de

de Operação da

Produtos Energia Segurança Salvamento Combate a

6) REAVALIAÇÃO DAS SUAS AÇÕES

As operações de bombeiro, por serem dinâmicas, necessitam constantemente de uma


reavaliação para correção ou mudança de ações que inicialmente eram efetivas, mas
deixaram de ser com o passar do tempo.

Para facilitar, a seguir serão apresentados alguns tópicos que necessitam reavaliação
durante as operações:

- Estratégia utilizada
- Prioridades táticas
- Correção na execução das ações (técnica)
- Controle do tempo
- Pessoal de reforço
- Recursos adequados
- Segurança
- Controle operacional

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4. PLANO DE EMERGÊNCIA

O plano de emergência é um documento que expressa o planejamento de resposta a uma


determinada ocorrência em uma edificação. Contempla as prováveis emergências que
poderão ocorrer e os procedimentos que deverão ser adotados.

A ABNT, por meio da NBR 15.219/2005, estabelece as condições mínimas para a


elaboração, implantação, manutenção e revisão de um Plano de Emergência Contra
Incêndio, visando proteger a vida e o patrimônio, bem como reduzir as consequências
sociais do sinistro e os danos ao meio ambiente.

4.1 DEFINIÇÕES

- Emergência: Situação crítica ou fortuita que representa perigo à vida, ao meio ambiente
e ao patrimônio, gerando um dano continuado que obriga uma imediata intervenção
operacional.

- Sinistro: Ocorrência proveniente de risco que resulte em prejuízo ou dano.

- Plano de emergência contra incêndio: Plano estabelecido em função dos riscos da


empresa, para definir a melhor utilização dos recursos materiais e humanos em situação
de emergência.

- Profissional habilitado: profissional com formação em prevenção e combate a incêndio


e abandono de área, com carga horária mínima de 200 horas para baixo risco, 300 horas
para risco médio ou 400 horas para risco alto; primeiros socorros com carga horária
mínima de 60 horas para baixo risco, 100 horas para risco médio ou 140 horas para risco
alto ou profissional que tenha elaborado planos de emergência nos últimos 05 anos,
específicos para o risco baixo, médio ou alto, confirmados por atestado de capacitação
técnica emitido por instituição ou empresa de notório reconhecimento no Brasil.

- Risco baixo: planta com carga incêndio abaixo de 300 MJ/m².

- Risco médio: planta com carga incêndio de 300 MJ/m² a 1200 MJ/m².

- Risco alto: planta com carga incêndio acima de 1200 MJ/m².

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4.2 REQUISITOS

4.2.1 Elaboração do plano de emergência contra incêndio

O plano de emergência contra incêndio deve ser elaborado para toda e qualquer planta
com exceção das edificações residenciais unifamiliares.

O plano de emergência contra incêndio deve ser elaborado por escrito por profissional
habilitado, levando – se em conta os seguintes aspectos:

 Localização (por exemplo: urbana, rural, características da vizinhança, distâncias


de outras edificações e/ou risco, distancia da unidade do Corpo de Bombeiros,
existência de Plano de Auxilio Mútuo-PAM etc.);

 Construção (por exemplo: industrial, comercial, residencial, escolar etc.);

 População (por exemplo: fixa, flutuante, características, cultural etc. );

 Característica de funcionamento (horários e turnos de trabalho e os dias e horários


fora do expediente);

 Pessoas portadoras de deficiências;

 Outros riscos específicos inerentes a atividades;

 Recursos humanos (por exemplo: brigada de incêndio, bombeiros profissionais


civis, grupos de apoio etc.) e materiais existentes (por exemplo: extintores de
incêndio, iluminação de emergência, sinalização, saídas de emergência, sistema
de hidrates, chuveiros automáticos, sistema de detecção e alarme de incêndio
etc.)

Após o levantamento dos aspectos o profissional habilitado deve realizar uma análise de
risco da planta com o objetivo de minimizar e/ou eliminar todos os riscos existentes.

NOTA: as técnicas de análise de riscos incluem, mas não estão limitadas as seguintes
técnicas: what if, checkilist, hazop, árvore de falhas, diagrama lógicos de falhas.

O Corpo de Bombeiros e a comunidade (principalmente as edificações do entorno) devem


ser envolvidos na elaboração do plano de emergência contra incêndio. Cópia do plano
deve ser fornecida ao Corpo de Bombeiros.

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Deve ser prevista a interface do plano de emergência contra incêndio com outros planos
da planta, por exemplo: explorações, inundações, atentados, vazamentos etc.

O plano de emergências contra incêndios deve ser referendado por escrito pelo
responsável da ocupação planta.

4.2.2 Implantação do plano de emergência contra incêndio

Para a implantação do plano de emergência contra incêndio devem ser atendidos os


seguintes requisitos: divulgação e treinamentos, exercícios simulados e procedimentos
básicos nas emergências:

a) Divulgação e treinamento

O plano de emergência contra incêndio deve ser divulgado por meio de uma preleção e de uma
manual básico que deve ser distribuído aos ocupantes da planta, de forma a garantir que todos tenham
conhecimentos dos procedimentos a serem executados em caso de emergência.

Os visitantes devem ser informados formalmente sobre o plano de emergência contra incêndio da
planta por meio de panfletos, vídeos e/ou palestras.

O plano de emergência contra incêndio deve fazer parte dos treinamentos de formação, treinamentos
periódicos e reuniões ordinárias dos membros da brigada de incêndio, dos bombeiros profissionais
civis, do grupo de apoio etc.

Uma cópia do plano de emergências deve estar disponível para consulta em situações de emergências
para os profissionais qualificados em local de permanência humana constante (por exemplo: portaria,
sala de segurança etc.).

A representação gráfica contida no plano de emergência contra incêndio, com destaque para as rotas
de fuga e saídas de emergência, deve estar fixada na entrada principal e em locais estratégicos de
cada edificação de forma a divulgar o plano e facilitar o seu entendimento.

b) Exercícios simulados

Devem ser realizados exercícios simulados de abandono de área, parciais e completos,


no estabelecimento ou em local de trabalho com a participação de toda a população ,
sendo que para o risco baixo ou médio, o período Máximo é de seis meses para
simulados parciais e 12 meses para simulados completos. Para o risco alto o período
máximo é de três meses para simulados parciais e seis meses para simulados completos.
Imediatamente após o simulado, deve ser realizada uma reunião extraordinária para
avaliação e correção das falhas ocorridas.

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Deve ser elaborada ata na qual constem:

 Data e horário do evento;

 Tempo gasto no abandono;

 Tempo gasto no retorno;

 Tempo gasto no atendimento de primeiros- socorros;

 Atuação dos profissionais envolvidos;

 Comportamento da população;

 Participação do Corpo de Bombeiros e tempo gasto para sua chegada;

 Ajuda externa (por exemplo : PAM – Plano de Auxilio Mútuo etc.);

 Falhas deequipamentos;

 Falhas operacionais; e

 Demais problemas levantados na reunião.

NOTA: Os exercícios simulados devem ser programados com ou sem comunicação


prévia para a população.

c) Procedimentos básicos na emergência contra incêndio

Os procedimentos básicos na emergência contra incêndio, descritos a seguir estão


relacionados numa sequência lógica, de forma a serem executados até por uma pessoa,
se necessário.

- Alerta

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27 CURSO DE FORMAÇÃO DE BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL – GERENCIAMENTO DE EMERGÊNCIAS
Identificada uma situação de emergência qualquer pessoa pelos meios de comunicação
disponíveis ou alarmes, alertar os ocupantes, os brigadistas, os bombeiros profissionais
civis e o apoio externo. Este alerta pode ser executado automaticamente em edificações
que possuem sistema de detecção de incêndio.

- Análisedasituação

Após o alerta, deve ser analisada a situação, desde o inicio até o final da emergência e
desencadeados os procedimentos necessários, que podem ser priorizados ou realizados
simultaneamente, de acordo com os recursos matérias e humanos, disponíveis no local.

- Apoioexterno

O corpo de bombeiros e/ou outros órgãos locais devem ser acionados i mediatamente,
preferencialmente por uma brigadista, e informados do seguinte:

- Nome do solicitante e o número do telefone utilizado;


- Endereço completo, pontos de referência e/ou acessos;
- Características da emergência, local ou pavimento e eventuais vitimas e seus estados.

O corpo de bombeiros e/ou outros órgãos, quando da sua chegada ao local, devem ser
recepcionados preferencialmente por uma brigadista, que deve fornecer as informações
necessárias para otimizar sua entrada e seus procedimentos operacionais.

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- Primeiros Socorros

Prestar os primeiros-socorros às possíveis vítimas, mantendo ou estabilizando suas


funções vitais (por exemplo: SBV – suporte básico da vida, RCP – reanimação
cardiopulmonar etc.).

- Eliminar riscos (corte das fontes de energia e fechamento de tubulações)

Eliminar os riscos por meio do corte das fontes de energia (por exemplo: elétrica etc.) e do
fechamento das válvulas das tubulações (por exemplo: GLP, oxiacetileno, gases,
produtos perigosos etc.), quando possível e necessário, da área sinistrada atingida ou
geral.

- Abandono de áreas

Proceder ao abandono da área parcial ou total, quando necessário, conforme


comunicação pré-estabelecida, conduzindo a população fixa e flutuante para o ponto de
encontro, ali permanecendo até a definição final da emergência. O plano deve contemplar
ações de abandono para portadores de deficiência física permanente ou temporária, bem
como as pessoas que necessitem de auxílio (por exemplo: idosos, gestantes etc.).

- Isolamento da área

Isolar fisicamente a área sinistrada, de modo a garantir os trabalhos de emergências e


evitar que pessoas não autorizadas adentrem ao local.

- Confinamento do incêndio

Confinar o incêndio de modo a evitar sua propagação e consequências.

- Combate ao incêndio

Proceder ao combate, quando possível, até a extinção do incêndio, restabelecendo a


normalidade.

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- Investigação

Levantar as possíveis causas do alerta e os demais procedimentos adotados. Emitir


relatório conforme ABNT NBR 14023, com o objetivo de propor medidas preventivas e
corretivas para evitar sua repetição.

4.2.3 Manutenção do plano de emergência contra incêndio

Devem ser realizadas reuniões com o coordenador geral da brigada de Incêndio, os


chefes da Brigada de Incêndio, um representante dos bombeiros profissionais civis e um
representante do grupo de apoio, com registro em ata e envio às áreas competentes para
as providências pertinentes.

- Reuniãoo rdinária(mensal)

Na reunião ordinária devem ser discutidos os seguintes itens:

- Calendário dos exercícios de abandono;


- Funções de cada pessoa dentro do plano de emergência contra incêndio
- Condições de uso dos equipamentos de combate a incêndio;
- Apresentação dos problemas relacionados à prevenção de incêndios, encontrados nas
inspeções, para que sejam feitas propostas corretivas.
- Outros assuntos de interesse.

- Reunião extraordinária

Devem ser realizadas reuniões extraordinárias para análise da situação sempre que:

- Ocorrer um exercício simulado;


- Ocorrer um sinistro;
- For identificado um risco iminente;
- Ocorrer uma alteração significativa dos processos industriais ou de serviços, de área ou
leiaute;
- Houver a previsão de execução de serviços que possam gerar algum risco.

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4.2.4 Revisão do plano de emergência contra incêndio

O plano de emergência contra incêndio deve ser revisado por profissional habilitado
sempre que:

- Ocorrer uma alteração significativa nos processos industriais, processos de serviços, de


área ou leiaute;
- For constatada a possibilidade de melhoria do plano;
- Completar 12 messes de sua última revisão.

Nenhuma alteração significativa nos processos industriais, processos de serviços, de área


ou leiaute pode ser efetuada sem que um profissional habilitado, preferencialmente
aquele que elaborou o plano de emergência contra incêndio, seja consultado previamente
e autorize a sua alteração por escrito.

O profissional habilitado deve consultar o coordenador geral da Brigada de Incêndio, os


chefes da Brigada de Incêndio um representante dos bombeiros profissionais civis, um
representante do grupo de apoio e os profissionais responsáveis pelas alterações
significativas nos processos industriais, processo de serviços, de área ou leiaute, bem
como as atas de reunião ordinárias e extraordinárias e os resultados de auditoria do
plano, sempre que houver necessidade de revisá-lo.

4.2.5 Auditoria do Plano

Um profissional habilitado deve realizar uma auditoria do plano e cada 12 meses,


preferencialmente antes da sua revisão. Nesta auditoria deve-se avaliar se o plano está
sendo cumprido em conformidade com esta Norma, bem como verificar se os riscos
encontrados na análise de risco elaborada pelo profissional habilitado foram minimizados
ou eliminados.

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31 CURSO DE FORMAÇÃO DE BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL – GERENCIAMENTO DE EMERGÊNCIAS

Fluxograma de procedimentos de emergência contra incêndio

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32 CURSO DE FORMAÇÃO DE BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL – GERENCIAMENTO DE EMERGÊNCIAS

Modelo de plano de emergência contra incêndio

Descrição da planta

- Planta: identificar o tipo de planta.

- Localização: indicar o tipo de localização: se urbana ou rural, endereço, característica


da vizinhança, distância do Corpo de Bombeiro e meios de ajuda externa.

- Construção: Indicar o tipo, por exemplo: de alvenaria, concreto, metálica etc.

- Dimensões: indicar área total construída e de cada uma das edificações, altura de cada
edificação, número de andares, se há subsolos, garagens e outros detalhes.

- Ocupação: indicar o tipo de ocupação de acordo com a tabela 1 da ABNT NBR


14276:1999.

- População: indicar a população fixa e flutuante, e suas características.

- Características de funcionamento: indicar os horários e turnos de trabalho, os dias e


horários fora do expediente de funcionamento e as demais características da planta.

- Pessoas portadoras de deficiências: indicar o numero de pessoas e suas localização


de planta.

- Riscos específicos inerentes a atividades: detalhar todos os riscos existentes (por


exemplos: cabine primária, caldeira, equipamentos, cabine de pintura etc.).

- Recursos humanos: indicar o numero de membros da Brigada de Incêndio, de


Bombeiro Profissional Civil e de Corpo de Bombeiros e outros meio de ajuda externa.

- Recursos materiais: indicar os equipamentos existentes (por exemplo: extintores de


incêndio portáteis, sistema de hidrantes, iluminação de emergência, alarma de incêndio
manual, detecção automática, escada interna à prova de fumaça, portas corta-fogo,
saídas de emergências sistema moto-gerador de incêndio etc.).

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Rotas de fuga: indicar as rotas de fuga e os pontos de encontro, mantendo-os
sinalizados e desobstruídos.

Procedimentos básicos de emergência contra incêndio

Os procedimentos descritos em B.2.1 a B.2.10 estão relacionados numa ordem lógica e


devem ser executados conforme a disponibilidade do pessoal e com prioridade ao
atendimento de vítimas.

- Alerta: Deve contemplar como será dado o alerta em caso de incêndio (por exemplo:
através de alarme, telefone ou outro meio) e como os membros da Brigada e a população
da Brigada e a população em geral serão avisados sobre o alerta.

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