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1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 2
2. GERENCIAMENTO DE RISCO ................................................................. 3
2.1 DEFINIÇÕES ........................................................................................... 3
2.2 SEGURANÇA NAS OPERAÇÕES .......................................................... 4
2.3 RISCOS EM INCÊNDIOS INDUSTRIAIS ................................................. 4
2.4 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ................................... 5
3. COMANDO E CONTROLE EM OPERAÇÕES .......................................... 9
4. PLANO DE EMERGÊNCIA ..................................................................... 15
4.1 DEFINIÇÕES ......................................................................................... 15
4.2 REQUISITOS ......................................................................................... 16
5. COMUNICAÇÕES ................................................................................... 28
6. RELATÓRIO ............................................................................................ 43
2 CURSO DE FORMAÇÃO DE BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL – GERENCIAMENTO DE EMERGÊNCIAS
1. INTRODUÇÃO
O bombeiro profissional civil ou bombeiro civil é uma profissão que na prática já vinha
sendo exercida nas indústrias brasileiras, no serviço de proteção contra incêndio e
prestação de socorros de urgência, mas somente no ano de 2009 que foi regulamentada
e reconhecida como profissão.
No Estado de Minas Gerais, de acordo com o Art. 142 da sua Constituição Estadual,
compete ao Corpo de Bombeiros Militar, a coordenação e a execução de ações de defesa
civil, a prevenção e combate a incêndio, perícias de incêndio, busca e salvamento e
estabelecimento de normas relativas à segurança das pessoas e de seus bens contra
incêndio ou qualquer tipo de catástrofe. Com isso, o CBMMG por meio da Norma Técnica
12/CAT definiu os critérios relacionados ao treinamento de Brigadas de Incêndio (BI), bem
como a Circular 02/2016 – DAT, que esclarece quanto à exigência de brigadistas com
qualificação de nível intermediário, prevista no subitem 17.4 da IT 33. Circular. Para o
dimensionamento e exigência de BPC, não há no Corpo de Bombeiros Militar de Minas
Gerais ainda regulamentação, por isso a recomendação é adotar como referência a NBR
14608, que trata de BPC e 14276, que trata sobre BI.
2. GERENCIAMENTO DE RISCO
2.1 DEFINIÇÕES
� EMERGÊNCIA
Situação que exige uma intervenção imediata de profissionais treinados com
equipamentos adequados, para que danos e prejuízos sejam evitados ou minimizados.
� SINISTRO
Ocorrência de danos e prejuízos, em consequência de um acidente ou evento adverso
(ocorrência desfavorável).
� RISCO
Probabilidade estatística de que uma ameaça de evento adverso se concretize em um
cenário vulnerável, causando danos e prejuízos, isto é, a probabilidade da ocorrência de
um sinistro.
Para responder essa pergunta se faz necessário avaliar a interação das seguintes
variáveis:
Nem sempre será possível diminuir a ameaça, por exemplo, não há como diminuir o
volume de chuva em uma enchente, mas geralmente é possível atuar nas
vulnerabilidades. De qualquer forma o bombeiro deverá estar tecnicamente preparado
para identificar as ameaças e vulnerabilidades de um sistema, para minimizar o risco até
uma condição segura de atuação.
A sensação de segurança varia entre os indivíduos, pois ela está ligada diretamente a
percepção de risco, que é a impressão ou juízo intuitivo sobre a natureza ou grandeza de
um risco determinado.
Para evitar essa variação, procedimentos devem ser padronizados para levar o risco até
um nível aceitável e a cena seja considerada segura. Para tanto, entende-se como risco
aceitável, o risco determinado como tolerável e razoável, após serem consideradas todas
as consequências associadas a outros níveis alternativos.
Para adentrar em ambiente incendiado, o bombeiro deverá analisar, por exemplo, o risco
de desabamento, de explosões, de intoxicação etc. Observados os riscos, devem ser
providenciadas ações para minimizá-los, por meio da adoção de técnicas e
procedimentos operacionais como escoramento, ventilação e utilização de equipamentos
de proteção.
Portanto, o bombeiro para atuar deve estar certo que o nível de risco apresentado pode
ser enfrentado desde que seja suportável, sem dano, relacionado a altos ganhos
(salvamento de vítima), em razão da estrutura de proteção compatível em equipamentos
e treinamento do pessoal envolvido na ocorrência.
São riscos que comprometem a segurança e a saúde dos trabalhadores, bem como a
Nos incêndios industriais, as diferenças em cada evento são muito evidentes, na medida
em que os procedimentos a serem adotados variam com o tipo de produtos, tipos de
planta e seus respectivos riscos, tornando, portanto, absolutamente necessário conhecer
previamente a natureza dos produtos existentes (características físicas e químicas,
Numa instalação industrial, uma atuação sem conhecimento prévio dos riscos existentes,
pode dar origem a acidentes de extrema gravidade e, eventualmente, implicar até na
evacuação de populações e causar danos materiais muito para além do perímetro da
empresa.
- Explosões: rápida expansão de gases que pode ser acompanha de efeitos térmicos. No
caso de incêndios em ambientes confinados, o bombeiro deve estar atento para
fenômenos como flashover e backdraft, como também a ocorrência de BLEVE em
caminhões ou tanques de armazenamento de líquidos inflamáveis incendiados e
operações com vazamento de gases combustíveis e materiais pirofóricos.
- Choque elétrico: causado pela atuação do bombeiro sem desenergizar a rede elétrica.
Para isso, o bombeiro deverá conhecer a planta elétrica da edificação para identificar o
local das chaves de entrada de energia e suas formas de desligamento.
- Queimadura: causada pela ação do calor produzido no incêndio presente nas chamas,
vapor d´água e fumaça.
Para evitar acidentes, o bombeiro deverá prestar muita atenção às situações de perigo e
cumprir rigorosamente os procedimentos de atuação nas diversas situações concretas que
ele poderá encontrar no combate a incêndios industriais.
proporções, sendo submetido, consequentemente, a riscos bem maiores. Por isso, para
minimizar os riscos a que está submetido, diminuindo a sua vulnerabilidade, o bombeiro
SEMPRE deverá utilizar os equipamentos de proteção individual nas operações.
- Capacetes de bombeiro
EPI’s que protegem o crânio, os olhos, a face e a nuca das lesões que podem ser
ocasionadas por impactos de materiais, partículas, respingos ou vapores de produtos
químicos e de radiações luminosas.
- Óculos de Proteção
Os óculos são destinados a proteção dos olhas contra a projeção de materiais, fumaça,
líquidos e substâncias contaminantes.
- Capas e calças
- Luvas
EPI’s que visam proteger contra a ação de objetos cortantes, abrasivos, corrosivos,
alergênicos, além de produtos graxos e derivados de petróleo.
EPI’s que visam proteger contra lesões ocasionadas de origem mecânica (quedas de
materiais), agentes químicos, térmicos e objetos perfurantes ou cortantes.
São equipamentos que requerem atenção especial, pois serão eles que permitiram ao
bombeiro trabalhar em locais saturados com fumaça, com baixa concentração de O 2 e
muitas vezes com temperaturas elevadas. É importante ressaltar que a não utilização
destes aparelhos pode ter conseqüências sérias e até mesmo levar a morte.
Consiste em uma máscara de borracha adaptável ao rosto, contendo um filtro que elimina
os agentes nocivos. Vale lembrar que as máscaras possuem especificações que precisam
ser atendidas, para que a saúde do bombeiro esteja de fato protegida.
CHEFE DE EQUIPE
Função Ações Observações
PLANEJAMENTO - Fixar objetivos; Deverá ser feito com objetivos
- Definir estratégia de combate; claros e exeqüíveis, descritos em
- Definir um plano de ação. um plano de ação verbal ou
escrito
ORGANIZAÇÃO - Dividir o trabalho; Deverá ser flexível quanto a
- Designar pessoas; necessidade e disponibilidade de
- Alocar recursos e coordenar recursos e quanto a delegação
esforços. de responsabilidades.
• É sua responsabilidade garantir a segurança da equipe, por isso deve zelar para
que a equipe utilize os EPIs e os procedimentos específicos.
1) ASSUMIR O COMANDO
Direta
Via rádio
Viatelefone
Via rede de dados
Priorize as mensagens
Usar os códigos padronizados pela sua organização
SITUAÇÃO
Tipo, local e intensidade Necessidade de resgate Riscos potenciais Pontos Críticos
RECURSOS
Pessoal Equipamentos Viaturas
Meios de extinção
SITUAÇÃO RECURSOS
PLANO
Identificar os objetivos
Dividir tarefas
Designar as pessoas
Desenvolvendo um
plano estratégico
Determine a necessidade
de resgate
4) ESCOLHA DA ESTRATÉGIA
Os recursos devem ser organizados para que não haja sobrecarga e nem desperdícios.
Ao chegar ao local da ocorrência, o chefe de equipe deverá avaliar se os recursos
existentes são os suficientes para a intervenção, caso contrário, deverá solicitar apoio.
Além disso, algumas situações exigem a presença de outras agências ou setores para
uma intervenção específica, como por exemplo, se houver a necessidade de
desligamento de energia elétrica ou a presença de produtos perigosos.
Outro cuidado é utilizar somente o necessário para resolver a situação para que recursos
não sejam desperdiçados ou perdidos durante a operação. Para isso, o chefe de equipe
definirá as áreas de trabalho de sua equipe em zona fria, morna e quente:
No caso de uma operação que envolva outras agências ou setores, o chefe de equipe de
bombeiros deverá organizar e ter o controle de todo o pessoal envolvido, para que não
haja acidentes e nem conflito de interesses. A seguir, um organograma criado durante um
atendimento a um incêndio numa indústria petroquímica, combatido pela sua equipe de
bombeiros profissionais civis:
Chefe de
Equipe de
de Operação da
Para facilitar, a seguir serão apresentados alguns tópicos que necessitam reavaliação
durante as operações:
- Estratégia utilizada
- Prioridades táticas
- Correção na execução das ações (técnica)
- Controle do tempo
- Pessoal de reforço
- Recursos adequados
- Segurança
- Controle operacional
4. PLANO DE EMERGÊNCIA
4.1 DEFINIÇÕES
- Emergência: Situação crítica ou fortuita que representa perigo à vida, ao meio ambiente
e ao patrimônio, gerando um dano continuado que obriga uma imediata intervenção
operacional.
- Risco médio: planta com carga incêndio de 300 MJ/m² a 1200 MJ/m².
4.2 REQUISITOS
O plano de emergência contra incêndio deve ser elaborado para toda e qualquer planta
com exceção das edificações residenciais unifamiliares.
O plano de emergência contra incêndio deve ser elaborado por escrito por profissional
habilitado, levando – se em conta os seguintes aspectos:
Após o levantamento dos aspectos o profissional habilitado deve realizar uma análise de
risco da planta com o objetivo de minimizar e/ou eliminar todos os riscos existentes.
NOTA: as técnicas de análise de riscos incluem, mas não estão limitadas as seguintes
técnicas: what if, checkilist, hazop, árvore de falhas, diagrama lógicos de falhas.
Deve ser prevista a interface do plano de emergência contra incêndio com outros planos
da planta, por exemplo: explorações, inundações, atentados, vazamentos etc.
O plano de emergências contra incêndios deve ser referendado por escrito pelo
responsável da ocupação planta.
a) Divulgação e treinamento
O plano de emergência contra incêndio deve ser divulgado por meio de uma preleção e de uma
manual básico que deve ser distribuído aos ocupantes da planta, de forma a garantir que todos tenham
conhecimentos dos procedimentos a serem executados em caso de emergência.
Os visitantes devem ser informados formalmente sobre o plano de emergência contra incêndio da
planta por meio de panfletos, vídeos e/ou palestras.
O plano de emergência contra incêndio deve fazer parte dos treinamentos de formação, treinamentos
periódicos e reuniões ordinárias dos membros da brigada de incêndio, dos bombeiros profissionais
civis, do grupo de apoio etc.
Uma cópia do plano de emergências deve estar disponível para consulta em situações de emergências
para os profissionais qualificados em local de permanência humana constante (por exemplo: portaria,
sala de segurança etc.).
A representação gráfica contida no plano de emergência contra incêndio, com destaque para as rotas
de fuga e saídas de emergência, deve estar fixada na entrada principal e em locais estratégicos de
cada edificação de forma a divulgar o plano e facilitar o seu entendimento.
b) Exercícios simulados
Comportamento da população;
Falhas deequipamentos;
Falhas operacionais; e
- Alerta
- Análisedasituação
Após o alerta, deve ser analisada a situação, desde o inicio até o final da emergência e
desencadeados os procedimentos necessários, que podem ser priorizados ou realizados
simultaneamente, de acordo com os recursos matérias e humanos, disponíveis no local.
- Apoioexterno
O corpo de bombeiros e/ou outros órgãos locais devem ser acionados i mediatamente,
preferencialmente por uma brigadista, e informados do seguinte:
O corpo de bombeiros e/ou outros órgãos, quando da sua chegada ao local, devem ser
recepcionados preferencialmente por uma brigadista, que deve fornecer as informações
necessárias para otimizar sua entrada e seus procedimentos operacionais.
- Primeiros Socorros
Eliminar os riscos por meio do corte das fontes de energia (por exemplo: elétrica etc.) e do
fechamento das válvulas das tubulações (por exemplo: GLP, oxiacetileno, gases,
produtos perigosos etc.), quando possível e necessário, da área sinistrada atingida ou
geral.
- Abandono de áreas
- Isolamento da área
- Confinamento do incêndio
- Combate ao incêndio
- Investigação
- Reuniãoo rdinária(mensal)
- Reunião extraordinária
Devem ser realizadas reuniões extraordinárias para análise da situação sempre que:
O plano de emergência contra incêndio deve ser revisado por profissional habilitado
sempre que:
Descrição da planta
- Dimensões: indicar área total construída e de cada uma das edificações, altura de cada
edificação, número de andares, se há subsolos, garagens e outros detalhes.
- Alerta: Deve contemplar como será dado o alerta em caso de incêndio (por exemplo:
através de alarme, telefone ou outro meio) e como os membros da Brigada e a população
da Brigada e a população em geral serão avisados sobre o alerta.