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CANDIDO MENDES
MATERIAL DIDÁTICO
Impressão
e
Editoração
SUMÁRIO
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO
Pois bem, os parágrafos acima delineiam o que temos pela frente, ou seja,
estudaremos neste módulo os sistemas de prevenção, de controle e de combate a
incêndios.
Ainda é Del Carlo quem nos lembra que a cultura brasileira, boa parte
herdada da cultura ibérica, nos levou à utilização da taipa de pilão e à alvenaria que
fornecem uma boa proteção ao fogo em caso de construções tradicionais, austeras e
sólidas. Entretanto, são nas novas tecnologias de materiais estruturais, vedações,
revestimentos, grandes edifícios, complexos de compras, entre outros, que estão as
armadilhas contra a SCI. Armadilhas essas que podem ser evitadas com medidas de
proteção contra incêndios, que veremos ao longo das unidades.
Mais uma vez lembramos que a ação contra o fogo pode ser orientada sobre
os seguintes critérios de: a) garantir a incolumidade das pessoas; b)assegurar a
salvaguarda dos bens; e, c)permitir a recuperação da edificação (ROSSO, 1975).
bombeiros mais próximo até o local e das facilidades de acesso ao próprio local.
Tem-se assim um condicionamento ao trânsito e às características da rua em que a
edificação se situa: largura, declividade, tipo e condição da pavimentação, formas de
posteamento da rede aérea, e ao abastecimento de água para que ocorra uma
operação mais eficiente dos meios de combate e salvamento.
Quanto à malha urbana, esta deve incluir a distância do lote urbano ao posto
de atendimento do corpo de bombeiros mais próximo e às condições usuais de
trânsito, de onde se pode obter uma estimativa do tempo previsto para a chegada do
corpo de bombeiros, no caso de um eventual sinistro ou outra emergência
Para efeito da segurança contra incêndio, edifícios altos são definidos como
aqueles em que o pavimento mais elevado (último andar) excede a capacidade de
alcance dos equipamentos e veículos para operações de combate ao fogo e
salvamento estacionados no piso de descarga (térreo). Por exemplo, no
Regulamento de Segurança contra Incêndio do Estado de São Paulo, considera-se
como edifício alto aqueles com mais de trinta metros de altura.
Não é raro que ainda hoje vemos muitos investidores e simples compradores
questionarem a localização de hidrantes ou extintores de incêndio alegando que eles
atrapalham esteticamente seja o seu hall social ou um corredor e que deveriam ficar
“mais escondidos”.
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Mas também não há como negar que um edifício seguro apresenta baixa
probabilidade de início de incêndio e alta possibilidade de fuga dos ocupantes, além
de considerar as propriedades vizinhas e a rápida extinção do foco inicial.
O risco de incêndio a que está sujeito um edifício não pode ser medido com
tanta facilidade, o problema é evidente em edifícios industriais, comerciais e
armazéns onde se armazenam produtos inflamáveis, nesses casos, os
procedimentos devem ser muito específicos, diferentes dos edifícios residenciais,
onde o grau de exigência é menor, pois os danos devido a isso somente são
medidos após o surgimento do fogo, quando se é tarde demais (SILVA, 2004).
Ela deve ser compatível com as prescrições das normas técnicas locais,
conforme ilustrado abaixo:
d) Entrepisos corta-fogo. E,
Para assegurar-se que o fogo não será propagado verticalmente pelo interior
da edificação, todas as aberturas existentes entre os pisos deverão ser
adequadamente protegidas. Para isso, deverão ser utilizados vedadores corta-fogo
construídos e instalados de acordo com a NBR 11.711 – Portas e vedadores corta-
fogo com núcleo de madeira para isolamento de riscos em ambientes comerciais e
industriais.
Guarde...
A função da compartimentação é comprometida na presença de qualquer
tipo de abertura desprotegida, tornando ineficazes os objetivos de separação dos
ambientes vizinhos com elevado risco de incêndio e redução dos riscos de vida dos
ocupantes de áreas circunvizinhas ao local do início do incêndio. Daí surgem duas
características da compartimentação: isolamento do fogo e estanqueidade à fumaça.
O cálculo utiliza um fator “α” selecionado de acordo com critérios que levam
em consideração a carga de incêndio, porcentagem de aberturas da fachada da
edificação expositora e relação altura x comprimento da fachada, conforme a
seguinte fórmula:
d = α x (largura ou altura) + β
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onde:
resistência ao fogo;
resistência mecânica;
alvenaria geralmente requerem algum tipo de reforço de aço para suportar efeitos de
dilatação. Deve haver uma espessura de revestimento adequada de concreto sobre
a armadura de aço.
física; e, para permitir o fácil acesso de auxilio externo (bombeiros) para o combate
ao fogo e a retirada da população.
b) Escadas ou rampas.
Na horizontal:
Que podem ser calculados pela fórmula abaixo, que é o resultado teórico no
qual se determina o tempo de saída (SEGUNDOS) de pessoas localizadas no ponto
mais desfavorável ou distante da edificação até a rua (ponto seguro).
T.S. = N + D
AxK V
Onde:
D = distância total a percorrer em metros (do ponto mais desfavorável até a rua).
O lanço mínimo deve ser de três degraus e o lanço máximo, entre dois
patamares consecutivos, não deve ultrapassar 3,7 m de altura.
Esses objetivos ou metas são muitas vezes estabelecidos por meio das
regulamentações, normas, gerenciamento de risco da empresa, necessidade do
usuário (proprietário), requisitos das seguradoras e solicitações da autoridade local.
a) Proteção da vida.
b) Proteção da propriedade.
c) Proteção empresarial.
sistema tem de prover um aviso em tempo suficiente para o total abandono da área
em risco antes que as condições se tornem insustentáveis. O SDAI poderá ativar
outros sistemas de proteção contra incêndio como, por exemplo, sistemas de
extinção e sistemas de controle de fumaça, que são bastante úteis na manutenção
de um ambiente seguro durante o incêndio, contribuindo assim para a proteção da
vida.
A proteção empresarial, por sua vez, tem como objetivo evitar que danos
materiais causados pelo fogo venham prejudicar os negócios da empresa. Alguns
itens a serem considerados no projeto são:
a) Sistema convencional
b) Sistema endereçável
c) Sistema microprocessado
Desvantagens:
temperatura interna. Essas ações são importantes para garantir a segurança das
pessoas e para reduzir os danos provocados pelo incêndio (ROCHA, 2013).
proteção da propriedade;
segurança do negócio;
Cabral, Nascimento e Andrade (2011) lembram que este sistema não atua
de forma isolada em relação a outros sistemas de segurança contra incêndio, tendo
sua aplicabilidade otimizada quando da integração como os demais sistemas e
equipamentos existentes na edificação sinistrada.
a previsão de condição dentro e fora da área incendiada que irão auxiliar nas
operações de busca e localização e controle do incêndio.
fogo em compartimento;
funcionamento de sprinkler;
Vejamos:
um pequeno incêndio em uma loja pode se tornar fatal, pois o shopping estará
tomado pela fumaça em menos de três minutos;
uma a cada dez vezes, não se ouve o sistema de alarme, e quando isso
acontece, as pessoas geralmente ignoram-no ou mal interpretam a situação;
uma vez que o alarme é disparado, pessoas não reagem da mesma forma
como esperado.
Laterais e especiais
Para evitar esta situação, deve-se remover a fumaça por meio do piso mais
baixo, impedindo que se espalhe para a parte central do shopping. Isso pode ser
obtido ao extrair a fumaça com a ajuda de ventiladores motorizados e abafadores de
fumaça. Cortinas contra fumaça automáticas para conter a fumaça no piso de origem
também podem ser instaladas.
Frise-se que a maioria dos sistemas de sprinklers não foi projetado para
extinguir o fogo, mas apenas para controlá-lo. Os sprinklers não previnem o acúmulo
de fumaça na edificação, nem a exaustão da quantidade de calor gerada pelos
incêndios.
Quanto mais cedo for aberta a ventilação, maior a chance de se prevenir que
a fumaça se misture com a camada de ar frio próxima ao piso (CUNHA;
MARTINELLI, 2008).
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O extintor portátil com massa até 196 N (20 kgf) não precisa ser colocado
sobrerrodas, acima desse valor necessita estar sobrerrodas.
O extintor com massa próxima a 196 N (20 kgf) não atende à portabilidade
acima citada, principalmente quando colocado em ambiente cujas pessoas não
estão acostumadas a esforços físicos (DEL CARLO; ALMIRON; PEREIRA, 2008).
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O jato compacto é um jato forte de água, produzido à alta pressão por meio
de um esguicho com orifício (requinte) de descarga circular. Extingue o incêndio por
resfriamento e o seu sucesso na extinção depende, essencialmente, de se conseguir
a vaporização da água na imediata proximidade do objeto incendiado (OLIVEIRA;
GONÇALVES; GUIMARÃES, 2008).
Por mais de cem anos, agentes gasosos como o dióxido de carbono (CO2),
argônio, nitrogênio, entre outros, são utilizados eficazmente no combate a incêndios
e inertização em diversas atividades industriais e comerciais, por meio de sistemas
fixos ou extintores portáteis.
1) AGENTES LIMPOS
Com base na norma NFPA 2001 da National Fire Protection Association, são
atualmente realizados todos os projetos e instalações de sistemas de combate a
incêndios utilizando-se gases limpos, substitutos do Halon 1301.
telecomunicações;
fitotecas;
laboratórios;
museus e bibliotecas;
processos industriais.
b) CO2 Alta Pressão: quando são utilizados cilindros com capacidade até 45
Kg de CO2, à pressão de 850 psi a 21°C e densidades de enchimento até
68% (NONAKA, 2008).
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Carlos Henrique de; SILVA, Adilson Antônio da. Detecção e alarme de
incêndio. In: A segurança contra incêndio no Brasil. SEITO, Alexandre Itiu et al. São
Paulo: projeto Editora, 2008.
DEL CARLO, Ualfrido. A segurança contra incêndio no Brasil. In: SEITO, Alexandre
Itiu et al. A segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008.
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REVISTA TÉCHNE. Prova de fogo para os edifícios. São Paulo: n.88, Julho, 2004.
ROCHA, Ana Paula. Projetos: fumaça sob controle. Revista Téchne, n. 193,
abril/2013. Disponível em: http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/193
SILVA, Valdir Pignatta e et al. Segurança das estruturas em situação de incêndio. In:
A segurança contra incêndio no Brasil. SEITO, Alexandre Itiu et al. São Paulo:
projeto Editora, 2008.