Itaituba-Pa
Janeiro de 2020
1
COMBATE A INCÊNDIO
Curso de Formação de Brigada Básica
ANEXO B - Tabela B1
OBJETIVOS
MÓDULO ASSUNTO OBJETIVOS TEÓRICA
PRÁTICA
Conhecer os objetivos
gerais do curso e
Objetivos do curso e
1 INTRODUÇÃO comportamento do
Brigada de incêndio.
brigadista.
OBJETIVOS
MÓDULO ASSUNTO OBJETIVOS TEÓRICA
PRÁTICA
Conhecer os aspectos
legais relacionados a
Responsabilidade do
2 ASPECTOS LEGAIS responsabilidade do
brigadista.
brigadista.
OBJETIVOS
MÓDULO ASSUNTO OBJETIVOS TEÓRICA
PRÁTICA
Conhecer a combustão,
Combustão, seus seus elementos, funções,
3 TEORIA DO FOGO elementos e a reação temperaturas do fogo e a
em cadeia. reação em cadeia.
OBJETIVOS
MÓDULO ASSUNTO OBJETIVOS TEÓRICA
PRÁTICA
Condução,
PROPAGAÇÃO DO irradiação e Conhecer as formas de
4
FOGO convecção. propagação do fogo.
OBJETIVOS
MÓDULO ASSUNTO OBJETIVOS TEÓRICA
PRÁTICA
Reconhecer as
Classificação e Identificaras classes de classes de
5 CLASSES DE INCÊNDIO
características. incêndio. incêndio.
OBJETIVOS
MÓDULO ASSUNTO OBJETIVOS TEÓRICA
PRÁTICA
Conhecer as técnicas de
PREVENÇÃO DE Técnicas de prevenção para avaliação
6
INCÊNDIOS prevenção. dos riscos em potencial.
2
OBJETIVOS
MÓDULO ASSUNTO OBJETIVOS TEÓRICA
PRÁTICA
Isolamento,
MÉTODOS DE abafamento, Conhecer os métodos e Aplicar os
7
EXTINÇÃO resfriamento e suas aplicações. métodos.
extinção química.
OBJETIVOS
MÓDULO ASSUNTO OBJETIVOS TEÓRICA
PRÁTICA
Identificar os agentes, suas
AGENTES Água, Pós, CO2, características e
8 Aplicar os agentes.
EXTINTORES Espumas e outros. aplicações.
OBJETIVOS
MÓDULO ASSUNTO OBJETIVOS TEÓRICA
PRÁTICA
Conhecer os EPI
necessários para proteção
EPI (EQUIPAMENTOS da cabeça, dos olhos, do
Utilizar os EPI
9 DE PROTEÇÃO EPI. tronco, dos membros
corretamente.
INDIVIDUAL) superiores e inferiores e
do corpo todo.
OBJETIVOS
MÓDULO ASSUNTO OBJETIVOS TEÓRICA
PRÁTICA
Conhecer os equipamentos
EQUIPAMENTOS DE Extintores e suas aplicações, manuseio Operar os
10
COMBATE A INCÊNDIO acessórios. e inspeções. equipamentos.
OBJETIVOS
MÓDULO ASSUNTO OBJETIVOS TEÓRICA
PRÁTICA
Conhecer os equipamentos
Hidrantes,
EQUIPAMENTOS DE suas aplicações, manuseio Operar os
11 mangueiras e
COMBATE A INCÊNDIO e inspeções. equipamentos.
acessórios.
OBJETIVOS
MÓDULO ASSUNTO OBJETIVOS TEÓRICA
PRÁTICA
Identificar as
EQUIPAMENTOS DE formas de
Conhecer os equipamentos
DETECÇÃO, ALARME, Tipos e acionamento e
12 suas aplicações, manuseio
LUZ DE EMERGÊNCIA funcionamento. desativação dos
e inspeções.
E COMUNICAÇÕES equipamentos.
OBJETIVOS
MÓDULO ASSUNTO OBJETIVOS TEÓRICA
PRÁTICA
Conhecer técnicas de
abandono de área, saída
organizada, pontos de
13 ABANDONO DEÁREA Conceitos.
encontro e chamada e
controle de pânico.
3
OBJETIVOS
MÓDULO ASSUNTO OBJETIVOS TEÓRICA
PRÁTICA
Descrever as técnicas de
abordagem, cuidados e
PESSOAS COM
condução de acordo com o
14 MOBILIDADE Conceitos.
plano de emergência da
REDUZIDA
edificação.
OBJETIVOS
MÓDULO ASSUNTO OBJETIVOS TEÓRICA
PRÁTICA
Discutir os riscos
específicos e o plano de
RISCOS ESPECÍFICOS
19 Conhecimento. emergência contra
DA EDIFICAÇÃO
incêndio da edificação.
OBJETIVOS
MÓDULO ASSUNTO OBJETIVOS TEÓRICA
PRÁTICA
Conhecer a reação das
PSICOLOGIA EM pessoas em situações de
20 Conceitos.
EMERGÊNCIAS emergência.
OBJETIVOS
MÓDULO ASSUNTO OBJETIVOS TEÓRICA
PRÁTICA
Conhecer os conceitos e
SISTEMA DE
Conceitos e procedimentos
21 CONTROLE DE
procedimentos. relacionados ao sistema de
INCIDENTES
controle de incidentes
4
Esta Apostila de Combate a Incêndio, tem por objetivo padronizar a Formação de Brigada
Básica de Incêndio do Instituto de Formação Técnica – IFT/Polo Itaituba-Pa. Com uma metodologia
simples e ilustrada. O tema de cada módulo traz exercíco, proporcionando assim uma melhor fixação
e assimilação das informações.
Neste curso de Formação de Brigada Básica de Incêndio, iremos desde a escolha dos integrantes
que irão compor a brigada, seu dimensionamento, sua distribuição e suas atribuições dentro da planta.
A princípio uma brigada básica de incêndio é concebida para que atue na prevenção e no
combate aos princípios de incêndio, bem como no abandono de área e na aplicação dos primeiros-
socorros. Essas atribuições colaboram de forma determinante para que a brigada de incêndio possua
um papel estratégico no plano de emergência de cada planta, independentemente da ocupação, do
risco, da complexidade e do número de pessoas envolvidas.
5
MÓDULO 1 – INTRODUÇÃO
6
MÓDULO 2 - ASPECTOS LEGAIS
Essa hierarquia das fontes formais, ou seja, das normas do direito positivo, significa que o juiz,
ao ter de decidir um caso, só deve aplicar uma fonte quando não existir outra imediatamente superior
(GUSMÃO, 2011).
As normas técnicas registradas da ABNT, mais conhecidas pela sigla NBR (Norma Brasileira
de Regulamentação), são válidas em todo o território nacional. Elas apresentam os requisitos mínimos
de qualidade e de desempenho que equipamentos, sistemas e elementos construtivos devem ter para
garantir a segurança contra incêndio em determinadas condições. Entretanto, as normas da ABNT
não são leis e não possuem a obrigatoriedade de cumprimento por si mesmas, mas servem de
parâmetros mínimos requeridos em leis federais, estaduais e municipais. As leis podem regular o uso
das NBR’s e até estabelecer níveis de exigências maiores. Ou seja: não tem força de lei, mas, torna-
se lei quando for incluída numa legislação.
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NBR – 9.077/2001 – Saídas de emergência em edifício
NBR – 10.897/2014 – Proteção Contra incêndio por chuveiro automático
NBR – 10.898/2013 – Sistema de iluminação de emergência.
NBR – 11.742/2003 – Porta corta-fogo para saída de emergência – especificação.
NBR – 11.786/1997 – Barra antipânico – requisitos.
NBR – 11.861/1998 - Mangueira de incêndio e métodos de ensaio.
NBR – 12.693/2013 – Sistema de proteção por extintores de incêndio.
NBR – 12.962/2016 – Inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio.
NBR – 13.434-1/2014 – Sinalização de segurança contra incêndio e pânico. (NBR – 13.434-
2/2014; NBR – 13.434-3/2015).
NBR – 17.240/2010– Execução de sistema de detecção e alarme de incêndio.
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2.4 - RESPONSABILIDADE DO BRIGADISTA
4 DEFINIÇÕES
4.1 Brigada de incêndio: Organização funcional em que pessoas treinadas desempenham serviços
de prevenção de incêndio e fiscalização de sistemas de segurança contra incêndio, bem como atuar
em caso de sinistros.
5 BRIGADA DE INCÊNDIO
5.1 Organização
5.1.1 A Brigada de Incêndio deve ser organizada funcionalmente, da seguinte forma:
b) Líder: Responsável pela coordenação e execução das ações de emergência em sua área de
atuação (pavimento/compartimento). É escolhido dentre os brigadistas aprovados no processo
seletivo;
d) Coordenador Geral: Responsável geral por todas as edificações que compõem uma planta.
É escolhido dentre os brigadistas que tenham sido aprovados no processo seletivo.
5.2.2 As empresas que possuem em sua planta somente uma edificação com apenas um
pavimento/compartimento devem ter um líder para o pavimento, que é coordenado pelo Coordenador
Geral da Brigada;
5.2.3 As empresas que possuem em sua planta somente uma edificação com mais de um
pavimento/compartimento devem ter um líder para cada pavimento/compartimento, que serão
coordenados pelo Coordenador Geral da Brigada dessa edificação;
9
5.2.4 As empresas que possuem em sua planta mais de uma edificação, com mais de um
pavimento/compartimento, devem ter um líder por pavimento/compartimento e um Chefe da Brigada
para cada edificação, que devem ser coordenados pelo Coordenador Geral da Brigada.
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5.4.6 Confinamento do sinistro
5.4.6.1 Evitar a propagação do sinistro e suas consequências.
5.4.8 Extinção
5.4.8.1 Eliminar o sinistro, restabelecendo a normalidade.
5.4.9 Investigação
5.4.9.1 As possíveis causas do sinistro e suas consequências e emitir relatório para discussão
nas reuniões extraordinárias, com o objetivo de propor medidas corretivas para evitar a repetição da
ocorrência.
5.4.10 Com a chegada do Corpo de Bombeiros Militar, a Brigada deve ficar à sua disposição.
11
5.5 Controle do programa de Brigada de Incêndio
5.5.3.2 Imediatamente após o simulado deve ser realizada uma reunião extraordinária para
avaliação e correção das falhas ocorridas e relatado em ata os seguintes dados:
a. Horário do evento;
b. Tempo gasto no abandono;
c. Tempo gasto no retorno;
d. Tempo gasto no atendimento de primeiros socorros;
e. Atuação da Brigada;
f. Comportamento da população;
g. Participação do Corpo de Bombeiros Militar e tempo gasto para sua chegada;
h. Ajuda externa (Plano de Auxílio Mútuo – PAM);
i. Falhas de equipamentos;
j. Falhas operacionais;
k. Demais problemas levantados na reunião.
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5.6.2 Comunicação interna e externa
5.6.2.1 Nas plantas em que houver mais de um pavimento, setor, bloco ou edificação, deve ser
estabelecido previamente um sistema de comunicação entre os componentes da Brigada, a fim de
facilitar as operações durante a ocorrência de uma situação real ou simulado de emergência.
5.6.2.2 Essa comunicação pode ser feita através de telefones, quadros sinópticos, interfones,
sistemas de alarme, rádios, alto-falantes, sistemas de som interno, etc.
5.6.2.3 Caso seja necessária comunicação com meios externos (Corpo de Bombeiros Militar ou
Plano de Auxílio Mútuo), a telefonista ou o rádio operador é a(o) responsável por ela. Para tanto, faz-
se necessário que essa pessoa seja devidamente treinada e que esteja instalada em local seguro e
estratégico para o abandono.
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5.8 Em situações extremas
5.8.1 Nunca retirar as roupas; procurar molhá-las a fim de proteger a pele da temperatura
elevada (exceto em simulados);
5.8.2 Se houver necessidade de atravessar uma barreira de fogo, molhar todo o corpo, roupas,
sapatos e cabelo. Proteger a respiração com um lenço molhado junto à boca e o nariz, manter-se
sempre o mais próximo do chão, já que é o local com menor concentração de fumaça;
5.8.3 Sempre que precisar abrir uma porta, verificar se ela não está quente e, mesmo assim, só
abrir vagarosamente;
5.8.4 Se ficar preso em algum ambiente, procurar inundar o local com água, sempre se
mantendo molhado;
5.8.5 Não saltar de pavimentos elevados, mesmo que esteja com queimaduras ou
intoxicações.
6 BRIGADA BÁSICA
6.1.2 Quando em uma planta houver mais de um grupo de ocupação, o número de brigadistas
deve ser calculado levando-se em conta o grupo de ocupação de maior risco. O número de Brigadistas
só é calculado para cada grupo de ocupação se as unidades forem compartimentadas ou se os riscos
forem isolados.
6.1.3 A Brigada Básica deve ser composta por pessoas de todos os setores/departamentos da
empresa ou por Brigadistas Particular, os quais possuem por atribuição àquelas elencadas no item 5.2
e que devem proceder conforme item 5.0 desta Instrução Técnica por se enquadrar como parte atuante
do sistema de segurança contra incêndio.
6.1.6 As edificações que possuem brigadistas particular terão decréscimo na proporção de 20%
na quantidade mínima de brigadistas determinados pela Tabela A1 (Anexo A). Este cálculo de
decréscimo é para cada Brigadista de Incêndio Particular, por turno de 24 horas, até o limite de 60%,
conforme exemplo A do Anexo A.
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6.1.9 No ato da inspeção para emissão do AVCB deverá ser apresentado memorial de cálculo
que especifique o quantitativo de brigadistas exigidos para a edificação, conforme critérios e
exemplos do Anexo A desta Instrução Técnica, contendo os dados gerais da edificação, tais como:
razão social, endereço, CNPJ, ocupação, divisão, área construída e outros dados de relevância. O
referido memorial deverá ser assinado pelo proprietário ou responsável pela edificação, bem como
pelo Coordenador Geral da Brigada de incêndio.
6.1.9.1 Nos casos de eventos temporários onde seja exigida Brigada Básica e projeto técnico
específico, o memorial citado no item anterior deverá ser confeccionado pelo particular responsável
pela elaboração do projeto, conforme critérios desta Instrução Técnica, e constar no projeto aprovado
pelo CBMPA.
6.3.3.1 A parte teórica da recapacitação será facultada, desde que o componente da Brigada
Básica seja aprovado em pré-avaliação com 70% de aproveitamento.
6.3.4 A avaliação teórica deve ser realizada na forma escrita, preferencialmente dissertativa, e
a avaliação prática deve ser realizada conforme o desempenho do aluno nos exercícios realizados.
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CBMPA, e Certificado de componente de Brigada Básica, de acordo com a parte VI –
Credenciamento de Empresas e Profissionais, da IT 01 – Procedimentos Administrativos.
6.3.6 No caso de alteração de 50% dos membros da Brigada, aos componentes remanescentes
deverá ser aplicada uma recapacitação.
6.3.8 Para fins de instrução prática e teórica, os grupos de alunos do curso de formação ou
reciclagem da Brigada de incêndio devem ser compostos de, no máximo, 30 alunos.
6.4.3.1 Não será permitida a fixação de quaisquer brevês, insígnias, medalhas ou congêneres
no uniforme do Brigadista de Incêndio Particular ou componente de Brigada Básica que sejam
oriundos de corporações militares ou que guardem semelhança com os mesmos.
6.5.1.1 Para esta avaliação, o vistoriador deve escolher um Brigadista e fazer 6 perguntas dentre
as 24 constantes do Anexo F. O avaliado deve acertar no mínimo 3 das perguntas feitas. Quando isso
não ocorrer, deve ser avaliado outro Brigadista e, caso este também não acerte o mínimo estipulado
acima, deve ser exigido um novo treinamento.
6.5.2 O descumprimento dos requisitos estabelecidos por esta Norma Técnica será motivo para
o órgão técnico do CBMPA não fornecer ou cassar o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros
(AVCB) e/ou de Credenciamento.
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MÓDULO 3 - TEORIA DO FOGO
OBJETIVOS: Conhecer a combustão, seus elementos, funções, temperaturas do fogo e a
reação em cadeia.
Conhecer teoria do fogo é de suma importância para prevenir e combater incêndios de modo
eficiente, é necessário entender o “funcionamento do incêndio”. As bases teóricas sobre como
ocorrem e como se comportam o fogo e o incêndio são indispensáveis para podermos entender e
dominar as técnicas de combate e prevenção.
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Muitos gases tóxicos, podem estar no ambiente em combustão, dependendo dos tipos de
materiais que se encontram-se queimando no local do incêndio. Mesmo depois de restabelecida a
visibilidade na área confinada, onde tenha ocorrido um incêndio, muitos produtos da combustão.
Além do monóxido de carbono, que sempre está presente após um processo de combustão
18
3.2.6 - Óxidos de Nitrogênio – NO
São gases altamente tóxicos, liberados durante a combustão de certos plásticos. Devido ao
fato do óxido nítrico converter-se em NO2 (dióxido de nitrogênio) na presença de oxigênio e pequena
quantidade de água, o dióxido de nitrogênio é a substância que mais preocupa os bombeiros. O
dióxido de nitrogênio é um gás irritante para as vias aéreas superiores e pode ter um efeito retardado.
Os vapores e a fumaça dos óxidos de nitrogênio têm uma cor marrom avermelhada ou cor de cobre.
FONTE DE REFERÊNCIA
MVT – MANUAL DE VENTILAÇÃO TÁTICA
Direitos Autorais: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo.
Triângulo do fogo
3.3.1 - COMBUSTÍVEL
É todo corpo capaz de queimar e alimentar o fogo. Quanto ao seu estado físico, os combustíveis
classificam-se em:
Sólido (exemplo: madeira, papel, tecido, carvão, pólvora etc.).
Líquido (exemplo: gasolina, álcool, querosene, óleos, tintas etc.).
Gasoso (exemplo: metano, etileno, gás liquefeito de petróleo, gás natural etc.).
A grande maioria dos combustíveis precisa passar pelo estado gasoso para, então, combinar
com o oxigênio, uma vez que não são as moléculas presas no corpo do material que reagirão com o
oxigênio, mas sim as que estiverem livres.
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PONTO DE FULGOR: É a temperatura mínima na qual os corpos combustíveis começam a
desprender vapores que se incendeiam em contato com uma fonte externa de calor. Entretanto,
retirando-se esta fonte externa de calor, a chama não se mantém devido à insuficiência na quantidade
de vapores.
Ponto de fulgor
Ponto de combustão
Ponto de ignição
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3.3.2 – COMBURENTE (Oxigênio)
É toda e qualquer processo que gere calor ou forma de energia que eleva a temperatura. É o
elemento responsável pelo início da combustão, que representa a energia mínima necessária para o
início do fogo. Esta energia pode ser produzida por choque, fricção, pressão, faísca, por um ponto
quente ou por chama viva. Se caracteriza como a energia de ativação necessária para que ocorra o
fogo.
A reação em cadeia constitui um assunto bastante complexo, os materiais precisam primeiramente serem
aquecidos até gerarem gases ou vapores que combinados com o oxigênio do ar, formam uma mistura
inflamável, essa mistura na presença de uma fonte de calor irá se inflamar, gerando maior quantidade de calor,
que vai aquecendo novas partículas do combustível e inflamando-os de uma forma contínua e progressiva, vai
sempre gerando maior quantidade de calor. Em resumo, a reação em cadeia é o produto de uma transformação
gerando outra transformação e que vem se explicar a propagação do fogo ao longo dos combustíveis. A reação
em cadeia é um fenômeno químico da combustão é uma reação que se processa em cadeia que após a partida
21
inicial é mantida pelo calor produzido durante a combustão. Essas cadeias de reações formada durante a
combustão propicia a formação de produtos intermediários instáveis, principalmente radicais livres, prontos
para se combinarem com outros elementos, dando origem a novos radicais ou a corpos estáveis. A esses
radicais livres cabe a responsabilidade da transferência de energia necessária para a transformação da energia
química em energia calorífica, decompondo as moléculas intactas e dessa maneira uma verdadeira cadeia em
reação.
22
MÓDULO 4 - PROPAGAÇÃO DO FOGO
OBJETIVOS: Conhecer as formas de propagação do fogo.
4.1.1 – CONVECÇÃO
É o processo pelo qual o calor é transmitido através de circulação do meio transmissor: gás ou
líquido. É o caso de transmissão de calor de ás vezes até de incêndio, por intermédio de massas de ar
ou de gases quentes que se deslocam do local do fogo para outros às vezes bem distantes, levando
calor suficiente para incendiar corpos combustíveis com que entre em contato, Os líquidos e os gases
se expandem quando aquecidos tornando-se mais leves; tendem a subir, deixando espaços para que
outra camada entre em contato com a fonte de calor e, assim, sucessivamente. A convecção é
responsável por 90% da propagação do calor em um incêndio.
23
4.1.2 – CONDUÇÃO
Processo pelo qual o calor é transmitido diretamente de matéria para matéria e de molécula para
molécula, isto é, sem intervalos entre os corpos. Por exemplo, a transmissão de calor em barras de
objetos metálicos.
4.1.3 – RADIAÇÃO
24
MÓDULO 5 - CLASSES DE INCÊNDIO
ASSUNTO: Classificação e características.
OBJETIVOS: Identificaras classes de incêndio e Reconhecer as classes de incêndio
Os incêndios foram classificados em classes. Atualmente temos 5 classes que são: “A”, “B”,
“C”,“D” e “K”
INCÊNDIOS CLASSE A
Os incêndios Classe A, São os que ocorrem em combustíveis sólidos como o
papel, madeira, tecido, plásticos, espumas, etc.
Uma das características desses incêndios, são incêndios que queimam tanto
em superfície quanto em profundidade e deixam resíduos (cinzas, carvão e
brasas).
INCÊNDIOS CLASSE B
São os incêndios que ocorrem em líquidos e gases, que queimam na
superfície e não deixam resíduos, tais como a gasolina, tintas, álcool,
querosene, Gás Liquefeito de Petróleo - GLP (gás de cozinha), etc.
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INCÊNDIOS CLASSE C
São os incêndios que ocorrem em aparelhos ou equipamentos elétricos
“energizados”. Esse tipo de incêndio exige que o agente extintor não
conduza a corrente elétrica. OBS: Se desligar a corrente elétrica ou desligar a
chave geral do quadro de comando de energia elétrica, pode-se considerar
como classe A.
INCÊNDIOS CLASSE D
São os incêndios que envolve metais pirofóricos combustíveis, como:
magnésio, pó de alumínio, zinco, potássio, sódio, titânio, etc.
INCÊNDIOS CLASSE K
São os incêndios que ocorrem em cozinhas industriais envolvendo óleo de
cozinha, gordura vegetal ou animal (banha).
26
5.2 – AGENTES EXTINTORES
Água (Líquido): Utilizada nos incêndios de classe A, atuando pelo método de resfriamento. O
vapor de água gerado também auxilia no combate através do abafamento;
Dióxido de Carbono (Gasoso): Utilizado nos incêndios de classes B e C, atuando pelo método
de abafamento;
Espuma Química (Líquido): Utilizada nos incêndios de classe B, atuando principalmente pelo
método de abafamento, isolando combustível e comburente;
Pó químico seco (Sólido): Utilizado nos incêndios de classes A, B e C, atuando através de
extinção química e pelo método do abafamento.
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MÓDULO 6 - PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
ASSUNTO: Técnicas de prevenção.
OBJETIVOS: Conhecer as técnicas de prevenção para avaliação dos riscos em potencial.
A incidência cada vez mais frequente de incêndios têm mostrado o quanto as edificações são
vulneráveis frente a estas ocorrências. Um incêndio, quando iniciado, sempre causa danos, sejam eles
de grande ou pequena escala.
Logo, para garantir a segurança contra incêndio de uma edificação são necessários três
elementos: um projeto adequado, equipamentos de qualidade e em pleno funcionamento, e
treinamento.
A NBR 13860 (ABNT, 1997, p.9) define risco de incêndio como a “probabilidade de ocorrência
de incêndio”. Tal probabilidade pode ser avaliada em função da altura e área construída, do tipo de
atividade desenvolvida, do material armazenado e do número de ocupantes.
Duarte et al, enumera a probabilidade do risco de incêndio em três etapas:
a) A probabilidade de que ocorra ignição;
b) A probabilidade de que uma quantidade suficiente de combustível esteja presente;
c) A probabilidade de que o calor e os produtos da combustão interfiram na estabilidade da
estrutura.
O risco de incêndio nunca pode ser considerado nulo visto que envolve a segurança dos
ocupantes de um determinado local assim como perdas sociais, econômicas e ambientais.
Conforme Santana (2007), a análise de risco consiste em identificar as causas e fontes de risco,
analisar a sequência do fluxo de um incêndio, avaliar o comportamento dos ocupantes, as
características estruturais e as medidas de proteção adotadas, e assim, ponderar sobre as
consequências do evento.
Desse modo, a análise de risco de incêndio auxilia diretamente na escolha das medidas
preventivas e protetivas a serem implantadas em cada projeto, fazendo com que cada edificação
mereça um estudo diferenciado considerando suas particularidades.
Conforme Venezia (2011), os métodos de avaliação de risco de incêndio podem ser
enquadrados em três diferentes técnicas de abordagem: qualitativa, quantitativa e semiquantitativa.
Os métodos qualitativos são enquadrados como métodos mais baratos e de fácil aplicação, no
entanto são pouco abrangentes quando se trata de análise de risco de incêndio.
Lopes (2004 apud BARANOSKI, 2008) explica que esta metodologia se baseia nas normas e
regulamentos contra incêndio em vigor. As edificações são classificadas de acordo com sua ocupação,
sendo então escolhidos quais e quantos serão os tipos de proteção adotados.
28
Lucena (2014) ainda esclarece que, embora possibilitem a identificação dos perigos e a escolha
das formas de prevenção e proteção, os métodos qualitativos não quantificam a probabilidade de
ocorrência do sinistro.
Classificados nessa categoria, pode-se citar os métodos descritivos, o "checklist" e a análise
histórica de eventos. (Exemplo de checklist no Anexo I dessa apostila).
Já os métodos quantitativos tendem a produzir ótimos resultados, em contra partida, são caros
e demorados devido ao nível de exigência, tornando-os muitas vezes inviáveis de serem aplicados.
Segundo Santana (2007) esses métodos são os mais eficazes quando se trata de análise de risco de
incêndio, visto que possuem valores mensuráveis que identificam os riscos e as consequências de um
incêndio.
Dentre os métodos quantitativos de análise de risco de incêndio, pode-se citar o método
(Cálculo de índices de risco por procedimentos de simulação) "Computation of Risk Indices by
Simultion Procedures" (CRISP), o Modelo de Avaliação de Custo de Risco (FIRECAM) e o
(Construindo o método de engenharia de segurança contra incêndio) "Building Fire Safety
Engineering Method" (BFSEM)
Da necessidade de encontrar uma técnica menos rigorosa sem abrir mão de resultados
satisfatórios, surgiram os métodos semiquantitativos de análise de risco.
Como explica Santana (2007), cabe ao aplicador do método unicamente inserir os dados
solicitados. O peso de cada dado para o resultado final é estipulado pelo próprio método por meio de
parâmetros bem definidos desde o desenvolvimento metodológico. Para formulação do processo, os
especialistas identificam os fatores que influenciam durante a ocorrência de um incêndio, tanto os
perigos quanto as medidas de proteção, e atribuem pesos de acordo com o grau de capacidade que
cada fator pode afetar na segurança de um edifício. A combinação matemática desses parâmetros
resultantes, conforme é instruída para cada método, resulta em um índice de risco.
Dentre as ações de prevenção de incêndio, pode-se destacar algumas simples que podem evitar
desastres:
A proibição do fumo em locais onde existam grandes quantidades de materiais combustíveis;
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Não armazenar materiais, sem que haja ordem e limpeza no local;
Utilizar a desenergização do ambiente, ao final do expediente, de todos os equipamentos
elétricos utilizados em todos os setores da empresa;
Proibir a utilização de derivação tipo “T” e “extensões” elétricas, que são totalmente
condenadas pelas normas técnicas e responsáveis por grandes incêndios;
Manter produtos voláteis, como álcool de cozinha e fósforos longe do alcance de crianças, em
local ventilado e afastado de fontes de calor.
6.2.2 – PRESERVAÇÃO
6.2.3 - INSPEÇÃO
Consiste em uma verificação cuidadosa do extintor, executada por pessoa habilitada, através de
exame visual e periódico, de modo a observar se está acessível e se o mesmo apresenta um nível
adequado de confiança de que permanece em condições originais de operação. Seu objetivo é
assegurar que o extintor está totalmente carregado e operável.
Durante a inspeção, devem ser verificados no mínimo os seguintes itens:
Se o extintor não foi acionado, violado ou adulterado.
Se não há dano físico visível que impeça seu funcionamento.
Se o extintor está limpo e bem conservado.
Se o ponteiro do indicador de pressão está dentro da faixa de operação.
Se o lacre de inviolabilidade está intacto.
Se o orifício de saída está desobstruído.
30
Se a mangueira encontra-se sem rachaduras, trincas e/ou estrangulamentos que impeçam a
passagem do agente extintor. Se suas empatações estão perfeitas, e se internamente sua “luz”
está completamente livre de corpos estranhos.
Se o recipiente/cilindro não apresenta vestígios de corrosão, batida ou amassamento de qualquer
natureza.
Se o quadro de instruções está legível e íntegro.
Se a validade da carga e da garantia está dentro do prazo.
Se a data de validade do ensaio hidrostático está dentro do prazo.
6.2.4 - RECARGA
A responsabilidade sobre as condições dos extintores é, por lei, do síndico. Por isso, coloque a
verificação de todos os equipamentos contra incêndio em sua rotina anual. As frequências de inspeção
são:
6 meses para extintores com carga de CO2.
12 meses para os demais extintores.
Para extintores sujeitos a intempéries e/ou condições especialmente agressivas, recomenda-se
maior frequência de inspeção.
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MÓDULO 7 - MÉTODOS DE EXTINÇÃO
ASSUNTO: Isolamento, abafamento, resfriamento e extinção química.
OBJETIVOS: Conhecer os métodos e suas aplicações e aplicar os métodos.
Para que o processo de combustão, devem estar presentes os quatro elementos que compõem o
tetraedro do fogo: combustível, comburente, calor e reação em cadeia.
Se o objetivo é extinguir o fogo, os métodos de extinção se basearão na eliminação de um ou
mais elementos que o compõe.
Seguindo estes princípios, foram desenvolvidos como processos de extinção a retirada de
material, o resfriamento, o abafamento e a quebra da reação em cadeia,
A retirada é o processo conhecido como isolamento das chamas ou como proteção dos bens
(também conhecido como salvatagem). O método consiste em promover ações de retirada ou de
controle do material combustível ainda não atingido pela combustão. É um método muito eficaz,
porém complexo de ser executado, devido a vários fatores, como: o tamanho e peso do material
combustível e ainda a via de escape desse material.
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7.2 - RESFRIAMENTO
Apesar de ser feita, na maioria das vezes, com uso de água, uma ação de ventilação tática
também constitui uma ação de resfriamento. Isso porque, ao escoar a fumaça do local sinistrado, se
remove também calor do ambiente.
Em todos os casos, ao retirar calor do ambiente sinistrado, evita-se que os outros materiais
combustíveis atinjam seu ponto de ignição, restringindo as chamas somente ao combustível já
afetado.
7.3 - ABAFAMENTO
É o método que atua na diminuição do oxigênio na reação até uma concentração que não
permita mais combustão. Esse processo também inclui ações que isolam o combustível do
comburente, evitando que o oxigênio presente no ar reaja com os gases produzidos pelo material
combustível.
Em regra geral, quanto menor o tamanho do foco do incêndio, mais fácil será utilizar o
abafamento.
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Exemplo de ações de abafamento:
• tampar uma panela em chamas;
• lançar cobertor sobre um material incendiado;
• cobrir com espuma determinado líquido em chamas, formando uma espécie de manta;
• “bater” nas chamas com um abafador e pressionar.
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MÓDULO 8 - AGENTES EXTINTORES
ASSUNTO: Água, Pós, CO2, Espumas e outros.
OBJETIVOS: Identificar os agentes, suas características e aplicações.
Indicado para incêndios classe A. A água é considerada o agente extintor universal, devido sua
abundância e alto poder calorifico. Sua ação extintora são duas: a principal é o resfriamento, resfria
os materiais tornando sua temperatura inferior ao ponto de ignição. A penetração no interior do corpo
em combustão e a camada de água formada na superfície, dificultam a propagação do incêndio. E
secundariamente por abafamento sua ação por abafamento ocorre devido à sua capacidade de
transformação em vapor, na razão de 1 litro de água para 1.500 litros de vapor.
A água age principalmente por resfriamento e por abafamento. Segundo a maneira como é
empregada, ou o seu estado físico, a água pode ser utilizada das seguintes formas:
Na forma de jato a água age por resfriamento
Na forma de neblina age por abafamento e resfriamento conjugadamente.
Já na forma de vapor a água age unicamente por abafamento.
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De acordo com a NFPA, os pós para extinção de incêndio são compostos químicos de partículas
muito pequenas, possui as seguintes propriedades extintoras:
Os pós são classificados de acordo com a classe de incêndio que se destinam a combater, senão
vejamos:
Pó BC: São utilizados para combater incêndios das classes “B” e “C”. Utilizam como agente
extintor bicarbonato de sódio, bicarbonato de potássio ou cloreto de potássio;
Pó ABC: Atua nas classes “A”, “B” e “C”, possuindo como agente extintor o fosfato de
amônio ou fosfatomonoamônico;
Pó “D”: Utilizado em incêndios de classe “D” e são compostos basicamente por grafite
combinado com cloretos e carbonetos, a depender do metal combustível.
O dióxido de carbono, popularmente conhecido como gás carbônico, é um gás inerte que atua
basicamente por abafamento, pois ao ser aplicado reduz substancialmente a concentração de
comburente próximo ao foco.
Atua ainda, de forma secundária, por resfriamento, haja vista possuir capacidade de absorver o
calor emanado do foco de incêndio.
É um gás que não libera resíduos e não conduz eletricidade, sendo recomendado para extinção
de incêndios em líquidos ou gases inflamáveis e em equipamentos elétricos energizados sensíveis a
umidade.
O dióxido de carbono age por abafamento, e por resfriamento em ação secundária. É um gás
sem cheiro, sem cor e não conduz eletricidade, sendo recomendado na extinção de fogo classes B e
C. É asfixiante e por isso deve-se evitar o seu uso em ambientes pequenos.
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8.5 - AGENTE EXTINTOR ESPUMA QUIMICA
A partir da verificação das desvantagens atribuídas à água como agente extintor, principalmente
no que tange ao combate a incêndio em líquidos inflamáveis, surgiu a necessidade de se buscar um
produto que pudesse tornar o combate mais efetivo.
A solução foi adicionar substâncias à água com a finalidade de melhorar sua capacidade
extintora, atuando de forma a diminuir a tensão superficial e aumentar sua viscosidade.
Esses agentes tensoativos, amplamente denominados Líquidos Formadores de Espuma – LGE,
são os responsáveis pela formação da espuma.
Fonte: http://www.protectorfire.com.br/noticias/
Fonte: Manual Operacional de Bombeiros: Combate a Incêndio Urbano – CBMDF. 2017
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Fonte: Google imagens
Muito ouvimos sobre a capacidade extintora dos extintores portáteis, mais o que seria esta tal
capacidade extintora.
A capacidade extintora é a medida do poder de extinção de fogo de um extintor, obtida em
ensaio prático normalizado. Ela define o tamanho do fogo e a classe de incêndio que o extintor deve
combater, ou seja, um extintor ABC de 4kg de capacidade extintora 2-A:20-B:C tem a capacidade de
combater fogo de classe A do tamanho 2-A e de classe B do tamanho 20-B.
Mais o que seria um incêndio de tamanho 2-A?
De acordo com a NBR 15808/2017 são realizados testes em engradados de madeira para definir
a capacidade extintora de classe A.
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Já os testes de capacidade extintora para a classe B são realizados em cubas quadradas, sob
condições laboratoriais, contendo n-heptano.
OBS: No caso dos fogos de classe C, não existe um número indicativo de capacidade.
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MÓDULO 9 - EPI - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
ASSUNTO: EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI
OBJETIVOS: Conhecer os EPI necessários para proteção da cabeça, dos olhos, do tronco,
dos membros superiores e inferiores e do corpo todo e utilizar os EPI corretamente.
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MÓDULO 10 - EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO
ASSUNTO: Extintores e acessórios.
OBJETIVOS: Conhecer os equipamentos suas aplicações, manuseio e inspeções e operar os
equipamentos
Fabricada em chapa de aço carbono ou fibra de vidro, a caixa de mangueira de incêndio possui
capacidade para acomodar duas, quatro ou oito mangueiras e esguicho, chaves, válvulas, adaptador,
etc. Para que sua utilidade seja máxima, é recomendável sempre deixar esses itens organizados
dependendo da necessidade do local, e estão disponíveis nas versões de sobrepor ou embutir, podendo
ser instalada em corredores, recuos e halls de prédio – sempre à vista e com fácil acesso.
O sistema de proteção por hidrantes é uma rede hidráulica, que facilita o combate ao incêndio.
O sistema de hidrante é composto de um reservatório (caixa d’água) que pode ser elevado ou
subterrâneo, bombas de incêndio (regra para maioria dos casos), tubulações hidráulicas, peças
hidráulicas (registros, válvulas e conexões), registro de manobra com adaptação de engate rápido para
acoplar as mangueiras (juntas storz), abrigo de mangueiras, acessórios (mangueiras, esguichos e
chave de mangueira) e registro de recalque.
O sistema de hidrantes deve ser provido de sistema alarme acionado por válvula ou chave de
fluxo, instalada na tubulação de incêndio, bem como painel localizado na portaria da edificação,
composto por alarme sonoro e luminoso. O alarme deverá funcionar sempre que houver passagem de
água pela válvula ou chave de fluxo, alertando que o sistema de hidrantes está sendo utilizado.
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Fonte: Google imagens
Registro globo: É uma conexão que compõe o hidrante de parede e o hidrante de recalque. Sua
finalidade é prover as mangueiras de incêndio de água e admitir o recalque das viaturas do Corpo de
Bombeiros.
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Fonte: Google imagens - Botoeira da bomba de incêndio
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MÓDULO 11 - EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO
ASSUNTO: Hidrantes, mangueiras e acessórios.
OBJETIVOS: Conhecer os equipamentos suas aplicações, manuseio e inspeções e operar os
equipamentos.
Mangueira de incêndio é o nome dado ao condutor flexível utilizado para conduzir a água sob
pressão da fonte de suprimento ao lugar onde deva ser lançada. Flexível porque resiste a pressões
relativamente altas.
Uma fração de mangueira que vai de uma junta de união à outra junta é chamado Lance de
Mangueira. Quando uma mangueira de combate a incêndio ou um conjunto de mangueiras são
acoplados à uma bomba de combate a incêndio e um esguicho, chamamos essas mangueiras de Linha
de Mangueiras. Essa linha de mangueiras tem a finalidade de conduzir a água em pressão adequada
para o combate ao incêndio.
As mangueiras são conectadas umas às outras através de juntas de união, que são peças
metálicas fixadas ou empatadas, As juntas de união permitem acoplamentos e desacoplamentos
rápidos, sendo chamadas de “juntas de união de engate rápido tipo storz”.
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ACONDICIONAMENTO: As mangueiras de incêndio devem ser acondicionadas, visando os
serviços de bombeiros, de quatro maneiras:
O tipo da mangueira deve estar marcado nas duas extremidades do duto flexível.
Certificar-se de que o tipo de mangueira de incêndio é adequado ao local e condições de
aplicação, conforme define a Norma ABNT NBR 11861.
OBS: As mangueiras de incêndio que possuem a Marca de Conformidade INMETRO, o que
significa que, além de atender totalmente a Norma ABNT NBR 11861.
Mangueira tipo 3: Destina-se à área naval e industrial ou Corpo de Bombeiros, onde é desejável
uma maior resistência à abrasão. Pressão de trabalho máxima de 1.470 kPa (15 kgf/cm²).
Mangueira tipo 4: Destina-se à área industrial, onde é desejável maior resistência à abrasão.
Pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14kgf/cm²).
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Mangueira tipo 5: Destina-se à área industrial, onde é desejável uma alta resistência à abrasão
e a superfícies quentes. Pressão de trabalho máxima de 1.370 kPa (14kgf/cm²).
Após ter sido utilizada, o equipamento deve passar pela inspeção visual. Quando a mangueira
é submetida a esse teste, ela não pode apresentar:
Ausência de identificação do fabricante.
Ausência de vedação de borracha nos engates das uniões ou vedação com problemas
(fendilhamento, ressecamento ou corte).
Deformações nas uniões, sejam elas causadas por quedas, golpes, arraste ou quaisquer outros.
Desgaste por abrasão na parte externa do revestimento
Deslizamento das uniões em relação ao equipamento
Desprendimento da parte externa
Dificuldades ao acoplar o engate (os flanges devem girar livre e suavemente)
Manchas e resíduos na superfície externa, originadas por contato com produtos químicos.
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11.4 - PRESERVAÇÃO DA MANGUEIRA
Todas as juntas de união, antes da distribuição das mangueiras para o uso operacional devem
ser testadas, através do acoplamento com outras juntas, afim de garantir que não estejam amassadas
ou danificadas.
As mangueiras novas devem ser armazenadas acondicionadas pela ponta, na forma espiral,
em local fresco e arejado, livre de umidade e mofo e protegidas da exposição direta de raios solares.
Deve-se evitar o arraste das mangueiras sobre superfícies ásperas. Se houver necessidade de
coloca-las em contato com “quinas” de paredes, parapeitos ou de bordas vivas, que sejam colocadas
proteções evitando o atrito e desgaste da mangueira. A formação de ângulos retos causa diminuição
do fluxo de água e danos às mangueiras, em especial se estiverem pressurizadas.
Deve-se ainda evitar mudanças bruscas de pressão interna, provocada pelo fechamento rápido
de expedições ou esguichos, pois além de danificar as mangueiras podem ocasionar danos as demais
peças do sistema.
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Uma atenção especial deve ser dada às juntas de união, evitando que as mesmas sofram
batidas, visto que poderá vir a prejudicar o acoplamento e vedação das ligações.
Nunca deve permitir que veículos transitem sobre a mangueira, em especial quando esta
estiver pressurizada, pois além de poder causar ruptura da mangueira, ainda pode interromper o fluxo
de agua e prejudicar o combate ao incêndio, inclusive colocando em risco a equipe que está na ponta
da mangueira, além de golpes de aríete, que podem danificar as mangueiras e os demais componentes
hidráulicos a ela conectados.
As mangueiras utilizadas devem ser inspecionadas visualmente, e suas juntas devem ser
avaliadas para saber se não há nenhum dano que comprometa sua reutilização no serviço operacional.
Após a lavagem a mangueira deve ser colocada para secar à sombra e em local ventilado.
Podendo ser içada por uma das juntas ou por uma dobra no meio, podendo ainda ser utilizado um
plano inclinado para sua secagem.
Linha direta: é a mangueira ou série de mangueiras de 2½ (63 mm) ou 1½ (38 mm) polegadas
que canaliza a água da boca de expulsão do hidrante ao esguicho.
São posturas que o chefe e o ajudante de linha devem realizar durante as ações de combate. O
Chefe de linha se posiciona de pé segurando o punho do esguicho com uma das mãos, enquanto a
mangueira passa por baixo da axila do mesmo lado. A mão oposta, por sua vez, vai se posicionar na
alavanca de abertura e fechamento do esguicho. O Auxiliar de linha se posiciona logo atrás (distancia
de um braço), do lado contrário ao chefe e segura a mangueira com as duas mãos, tendo o cuidado,
durante a progressão para não empurrar e nem travar a mangueira, mas apenas movimentá-la de
acordo com a necessidade.
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11.10 - TÉCNICAS DE COMBATE
Para a utilização de água e melhor aproveitamento de seu potencial como agente extintor, são
utilizados equipamentos hidráulicos que se destinam a armazenar, conduzir e lançar água. Tanques
armazenam água, hidrantes a fornecem, tubulações e mangueiras a conduzem, bombas a impulsionam
e esguichos dão “forma” ao jato de água.
A água pode ser aplicada sob dois tipos de jatos:
• Compacto (sólido);
• Neblinado;
JATO COMPACTO: Jato fechado, produzido pelo esguicho regulável com menor amplitude,
toda água segue em uma só direção tendo pequena área de abrangência em relação ao volume de
água. Por não estar fragmentado, o jato compacto chegará ao ponto desejado com maior impacto,
atingindo camadas mais profundas do material em chamas.
Jato compacto
Fonte: Manual operacional de bombeiros combate a incêndio urbano. 2017
Jato neblinado
Fonte: Manual operacional de bombeiros combate a incêndio urbano. 2017
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11.11 - PROGRESSÃO DO BRIGADISTA NO COMBATE AO INCÊNDIO
O deslocamento do bombeiro no incêndio pode ser realizado de três formas: dois pontos; três
pontos ou quatro pontos.
Deslocamento em dois pontos: se não houver risco ocasionado pela fumaça, os brigadistas
devem se deslocar de pé, caminhando normalmente.
Deslocamento em três pontos: havendo risco ocasionado pela fumaça em local onde o terreno
é desnivelado, tem escadas ou escombros, os brigadistas devem se deslocar em três pontos, tomando
posição de combate com um dos joelhos no chão, avança tateando o chão com o pé e apoiando o seu
peso na perna que estiver com o joelho no chão.
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Deslocamento em quatro pontos: havendo risco ocasionado pela fumaça, risco de
comportamento extremo do fogo, quando for executar técnica de passagem de porta, ou entrar em
ambiente desconhecido, a dupla de brigadistas progride com os dois joelhos no chão.
A aplicação do agente extintor para extinguir o fogo é chamada de ataque. A água utilizada
num incêndio será bem-sucedida se a quantidade utilizada for suficiente para resfriar o combustível
que está queimando para temperaturas abaixo do seu ponto de combustão.
As técnicas de extinção são determinadas pelas peculiaridades de cada classe de incêndio e suas
características, sendo que as linhas de ataque devem ser utilizadas prioritariamente no combate
interno. O ataque deve ser feito preferencialmente da área não atingida em direção à área atingida em
direção ao exterior da edificação.
O brigadista precisa escolher o ataque adequado, para obter a extinção mais rápida, mais segura
e menos danosa, de acordo com as condições encontradas. É preciso evitar trabalharem duas linhas
opostas entre si, pois podem lançar vapor e fumaça uma em direção a outra.
ATAQUE DIRETO: Consiste na aplicação de água diretamente sobre à base do fogo, visando
resfriá-lo abaixo de sua temperatura de ignição. O mais eficiente uso de água para a extinção de um
incêndio em queima livre é o ataque direto.
Não se deve lançar mais água que o necessário para a extinção, isto é, quando não se visualizar
mais chamas.
O tipo de jato adotado, podendo ser compacto, neblinado, dependerá principalmente do material
combustível em chamas; da extensão atingida pelas chamas e da possibilidade de entrar no ambiente
sinistrado.
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Este tipo de ataque aplicado de dentro do ambiente extinguirá rapidamente o foco, atacando a
base do fogo no material combustível em chamas.
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Para um ambiente de aproximadamente 30 m2, faz-se um grande “Z”, começando do alto e
indo até próximo do piso.
Para um ambiente de aproximadamente 20 m2, faz-se um “O”, movimentado de forma a
descrever um círculo, atingindo o teto, a parede oposta e novamente o teto.
Para um ambiente de aproximadamente 10 m2, faz-se um “T”, começando do alto e indo até
próximo do piso.
Para corredores, faz-se um “I” de cima para baixo.
Forma-se a letra adequada ao tamanho do ambiente e fecha-se o jato.
Formar a letra é um artifício para cobrir todas as superfícies do ambiente e ao mesmo tempo
limitar a quantidade de água aplicada. Cada letra dura no máximo 2 segundos: começa no alto, molha
o teto do ambiente, continua atingindo as paredes e termina pouco antes de alcançar o chão. Observa-
se a ação do jato no ambiente e se necessário repetir o procedimento.
O ataque tridimensional busca a vaporização da água dentro da fumaça. Não deve atingir teto e
paredes. Atua na fumaça por três mecanismos: diluição, resfriamento e diminuição do volume. Foi
desenvolvido para prevenir e extinguir as chamas na camada de fumaça e gases quentes, sem agravar
as condições do incêndio pela injeção de água em demasia.
Este tipo de ataque é adequado para situações em que o foco ainda não foi localizado, e ainda
é possível entrar no ambiente. É utilizado durante a progressão da entrada até o local onde é possível
apagar o fogo. A área máxima evolvida pelo fogo, em cada cômodo, não deve ultrapassar 70m2.
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MÓDULO 12 - EQUIPAMENTOS DE DETECÇÃO, ALARME, LUZ DE EMERGÊNCIA
E COMUNICAÇÕES
ASSUNTO: Tipos e funcionamento.
OBJETIVOS: Conhecer os equipamentos suas aplicações, manuseio e inspeções e identificar
as formas de acionamento e desativação dos equipamentos.
12.2 - FUNCIONAMENTO
O acionamento do alarme pode ser manual ou automático. Quando for automático, o mesmo
estará conectado a detectores de fumaça ou de calor. A edificação deve contar com um plano de
abandono de área, a fim de aperfeiçoar a utilização do alarme de incêndio
São equipamentos que necessitam do acionamento direto, a fim de fazer soar a sirene.
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12.4 - ALARME DE ACIONAMENTO AUTOMÁTICO
São equipamentos preparados para enviar ao módulo de acionamento um sinal, para que o
mesmo possa disparar a sirene, assim que detectarem no ambiente à quantidade mínima necessária
de fumaça ou calor para os quais estejam dimensionados.
55
12.6 - LUZ E SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA
4.7 Iluminação de emergência: sistema que permite clarear áreas escuras de passagens,
horizontais e verticais, incluindo áreas de trabalho e áreas técnicas de controle de restabelecimento
de serviços essenciais e normais, na falta de iluminação normal.
5.1 A tubulação e fiação devem ser exclusivas para o sistema e quando aparentes deverão ser
metálicas em PVC rígido antichama, conforme NBR 15465.
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No caso de instalação aparente, a tubulação e 5.2 As luminárias deverão ser em número
suficiente para garantir a fuga dos usuários.
5.3 A distribuição das luminárias é feita de acordo com o tipo de sistema escolhido pelo
projetista.
5.4 As luminárias de balizamento deverão ser instaladas a uma altura de 2,20 m a 3,50 m do
piso e deverão estar distanciadas, no máximo, 15 m umas das outras.
5.5 As luminárias de balizamento poderão ser em caixa de acrílico ou em led com placa acrílica
(ver figura 01)
5.7 As luminárias de aclaramento deverão estar distanciadas uma das outras de, no máximo, 4
vezes a altura em que estiver instalada em relação ao piso. (Ver anexo A)
NOTA: Outro distanciamento entre pontos pode ser adotado, desde que atenda aos parâmetros
da NBR 10898.
5.8 O sistema de iluminação de emergência deve oferecer quantidade de luz suficiente para que
uma pessoa possa utilizar as rotas de fuga.
57
12.6.2 - SINALIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE COMBATE A INCÊNDIO E ALARME
A indicação continuada de rotas de fuga deve ser realizada por meio de setas indicativas, de
acordo com os critérios especificados no texto nesta Instrução Técnica, instaladas no sentido das
saídas, com as seguintes especificações:
58
Sinalização de orientação e salvamento
59
Sinalização de equipamentos de combate a incêndio e alarme
60
12.6.3 - EXEMPLOS DE INSTALAÇÃO DE SINALIZAÇÃO
12.7 - COMUNICAÇÕES
A comunicação entre os brigadistas, pode ser viva voz, contato físico, cabo guia, meio eletrônico rádios
HT, ou outra forma que possibilite coordenar as atividades e estarem o mais próximos uns dos outros, para
prover ajuda em caso de emergência.
61
MÓDULO 13 – ABANDONO DEÁREA
ASSUNTO: Conceitos.
OBJETIVOS: Conhecer técnicas de abandono de área, saída organizada, pontos de encontro
e chamada e controle de pânico.
O plano de evacuação requer que as áreas extensas sejam divididas em setores, de modo a
permitir a individualização dos exercícios anuais. Portanto, os planos devem ser parciais ou totais,
quando necessários, devendo ainda, contemplar ações de abandono para portadores de deficiência
física permanente ou temporária, bem como às pessoas eu necessitem de auxílio, p.ex., idosos,
gestantes etc.
Os simulados e a evacuação propriamente dita, deverão realizar-se em duas etapas,
determinadas por sinais e alarmes convencionados: - ao primeiro sinal “de alerta” as máquinas e
equipamentos devem ser desligados, e os caminhos desobstruídos.
Os ocupantes do setor devem se posicionar em fila, direcionadas às saídas, guardando distância
aproximada de 1 metro de uma pessoa para outra;
62
Deve ser garantido o apoio a pessoas com dificuldades de percepção e reação a alarmes, bem
como a ocupantes em dificuldades, assegurando que a evacuação se realiza com a maior eficácia
possível.
O auxílio a pessoas com capacidades limitadas ou em dificuldade, de forma a assegurar que
ninguém fique bloqueado;
A confirmação da evacuação total dos espaços e garantia de que ninguém a eles regresse.
ORGANOGRAMA
As Equipes de Combate são especialmente constituídas para intervir no controle das situações
de emergência e, portanto, os seus elementos são indivíduos com formação em técnicas de uso e
manuseamento de extintores e bocas-de-incêndio armadas, bem como nos aspetos gerais que intervêm
no controlo das situações de emergência.
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Assegurar que os impactos do sinistro não se agravam enquanto não chegam as equipas de
socorro externas;
Procedem aos cortes necessários, conforme indicação do coordenador das operações de
emergência;
Colabora com as ajudas exteriores.
Cabe à Equipa de Primeiros Socorros prestar auxílio a eventuais vítimas, fazendo esforços para
evitar o agravamento das suas condições, até à chegada de assistência médica especializada. Ao
informar as autoridades, deve-se ser direto e preciso sobre as condições da(s) vítima(s).
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MÓDULO 14 - PESSOAS COM MOBILIDADE REDUZIDA
ASSUNTO: Conceitos.
OBJETIVOS: Descrever as técnicas de abordagem, cuidados e condução de acordo com o
plano de emergência da edificação
Em diversas situações, o brigadista deverá estar preparado para auxiliar pessoas com
necessidades especiais, e não apenas os deficientes físicos. A pessoa com deficiência é aquela que
possui limitação ou incapacidade permanente para o desempenho de alguma atividade, e se enquadra
nas seguintes categorias de deficiência: física, mental, sensorial, orgânica e múltipla.
Pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha, por qualquer motivo, dificuldade de
movimentação, permanente ou temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibilidade,
da coordenação motora ou da percepção, incluindo idoso, gestante, lactante, pessoa com criança de
colo e obeso, cadeirantes, pessoas com Síndrome de Down, deficientes visuais, e pessoas submetidas
a tratamento que apresentem alguma dificuldade de locomoção
A pessoa com restrição de mobilidade não é necessariamente uma pessoa com deficiência, mas
aquela que apresenta, por qualquer motivo, dificuldade de movimentar-se, permanente ou
temporariamente, gerando redução efetiva da mobilidade, flexibilidade, coordenação motora e
percepção.
Em caso de incêndio, as pessoas com mobilidade reduzida terão mais dificuldades para serem
encaminhadas para fora das instalações, principalmente onde houver escadas, neste caso estas pessoas
deverão ser retiradas por uma equipe preparada com equipamentos apropriados para esta remoção.
65
MÓDULO 20 - PSICOLOGIA EM EMERGÊNCIAS
ASSUNTO: Conceitos.
OBJETIVOS: Conhecer a reação das pessoas em situações de emergência.
A psicologia das emergências estuda o comportamento das pessoas nos incidentes críticos,
acidentes e desastres, desde uma ação preventiva até o pós-trauma e, se for o caso, subsidia
intervenções de compreensão, apoio e superação do trauma psicológico às vítimas e aos profissionais.
O assunto se estende às questões que vão da experiência pessoal do estresse pós-traumático aos
eventos adversos provocados por calamidades, sejam naturais e/ou provocadas pelo homem na
sociedade.
Situações de desastres sejam elas naturais ou produzidas pelos seres humanos afetam
consideravelmente as vidas dos sujeitos que neles estão envolvidos, produzindo muitas vezes sérias
adversidades e influenciando o modo de cada um desses indivíduos que são vítimas de algum tipo de
crise advinda de situações de emergências e/ou desastres. (CONSELHO FEDERAL DE
PSICOLOGIA, 2011). “Estima-se que, na população de 60 a 90% dos indivíduos serão expostos a
pelo menos um evento estressor potencialmente traumático ao longo da vida” Breslou et al (1998
apud CAMINHA; KRISTENSEN; DORNELLES, 2008, p. 487).
Molina (2006), os desastres são alterações intensas na vida dos indivíduos, nos bens, na
sociedade em que vivem, geradas por um episódio natural ou ocasionadas pelo homem, excedendo
dessa forma a capacidade de resposta do grupo afetado.
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O sentimento difuso de mal-estar que se origina dos acontecimentos públicos traumáticos,
chamados estressores, tais como catástrofes, desastres, acidentes de trânsito com vítima, assim como
os provenientes das demais situações-limite em Segurança Pública geram a angústia pública.
O papel da psicologia nas emergências ainda é restrito apenas ao após do trauma, para minorar
ou “mitigar” o sofrimento, tentando dar um sentido à experiência vivida.
Fase de exaustão: “Ansiedade substituída pela angústia e depressão, falência dos mecanismos
de defesa, apatia, amorfismo ou labilidade afetiva, lapsos de memória mais frequentes, lentificação
do curso do pensamento, dispersividade intensa, podendo ocorrer ideias suicidas ou destrutivas,
fadiga crônica, perda de motivação e volição, prostração, insônia, isolamento, ambiguidade de
67
sentimentos, diminuição acentuada do interesse sexual, resistência à ajuda e aparecimento do caráter
solicitador”.
Esse apoio pode ser oferecido “in loco” durante um evento de crise ou em qualquer momento,
após o evento. Seu objetivo é a estabilização da situação, reconhecimento da crise, facilitação do
entendimento, encorajamento do enfrentamento adaptativo, recuperação do funcionamento
independente ou encaminhamento para a continuação do atendimento.
68
O principal papel que tanto o socorrista quanto o brigadista precisam assumir é tentar ao
máximo reduzir a angustia emocional da vítima e nesse caso prestar apoio e suporte inicial é a melhor
forma de conduzir a situação. A vítima precisa sentir que pode confiar em quem está ali lhe prestando
atendimento. Isso ajudará a criar um elo de confiança que poderá ser de grande ajuda para o processo
de urgência.
69
MÓDULO 21 - SISTEMA DE CONTROLE DE INCIDENTES
ASSUNTO: Conceitos e procedimentos.
OBJETIVOS: Conhecer os conceitos e procedimentos relacionados ao sistema de controle
de incidentes.
21.1 - CONCEITO
MOLINA, R. Mesa-redonda 2: Psicologia das emergências e dos desastres: uma área em construção. História
e desenvolvimento. Conselho Federal de Psicologia. In: 1º seminário nacional de Psicologia das Emergências
e dos Desastres Contribuições para a Construção de Comunidades mais Seguras. Brasília, Anais. Brasília, 8, 9
e 10 de junho de 2006.
70
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Psicologia de emergências e desastres na América Latina: promoção
de direitos e construção de estratégias de atuação. Brasília: CFP, 2011.
ALAMO, S. V. Psicología en emergencias y desastres una nueva especialidad. 2007. Disponível em:
<http://www.momografias.com/trabajos10/emde/emde.shtml >.
71