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Prevenção, Combate a Incêndios,

Controle de Pânico e Salvamento


em Eventos de Grande Porte

Brasília-DF.
Elaboração

Francisco Gomes de Lima Junior

Produção

Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração


Sumário

APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4

ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA..................................................................... 5

INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7

UNIDADE I
PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS............................................................................... 9

CAPÍTULO 1
HISTÓRICO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS ................................................................... 9

CAPÍTULO 2
AMEAÇAS E VULNERABILIDADES MAIS COMUMENTE ENCONTRADAS........................................ 16

CAPÍTULO 3
LEGISLAÇÃO APLICADA À PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM EVENTOS....................................... 20

CAPÍTULO 4
COMO PREVENIR INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS............................................................. 30

UNIDADE II
COMBATE A INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS................................................................................... 35

CAPÍTULO 1
PRINCÍPIO DE COMBATE A INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS................................................ 35

CAPÍTULO 2
EXPLOSÕES............................................................................................................................. 44

UNIDADE III
CONTROLE DE PÂNICO........................................................................................................................ 49

CAPÍTULO 1
COMO PREVENIR E CONTROLAR SITUAÇÕES DE PÂNICO........................................................ 50

CAPÍTULO 2
EVACUAÇÃO E ABANDONO DE EDIFICAÇÕES......................................................................... 53

UNIDADE IV
SALVAMENTO EM EVENTOS DE GRANDE PORTE..................................................................................... 58

CAPÍTULO 1
OPERAÇÕES DE SALVAMENTO................................................................................................. 58

PARA (NÃO) FINALIZAR...................................................................................................................... 65

REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 69
Apresentação

Caro aluno

A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se


entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade.
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da
Educação a Distância – EaD.

Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos


conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos
da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém ao profissional
que busca a formação continuada para vencer os desafios que a evolução científico-
tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.

Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo


a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.

Conselho Editorial

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Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa

Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em


capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para
aprofundar os estudos com leituras e pesquisas complementares.

A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.

Provocação

Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.

Para refletir

Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.

Sugestão de estudo complementar

Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo,


discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.

Praticando

Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer


o processo de aprendizagem do aluno.

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Atenção

Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a


síntese/conclusão do assunto abordado.

Saiba mais

Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões


sobre o assunto abordado.

Sintetizando

Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o


entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.

Exercício de fixação

Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).

Avaliação Final

Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso,


que visam verificar a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única
atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber
se pode ou não receber a certificação.

Para (não) finalizar

Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem


ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.

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Introdução
É possível ter 100% de certeza de que um evento acontecerá sem qualquer incidente
ou acidente? Sabemos que a resposta é não. Contudo, os profissionais que atuam
com eventos têm a obrigação de se precaverem contra os riscos que são inerentes aos
espaços e tem por obrigação esses fins, às aglomerações, às intempéries e outros.
Portanto, é imprescindível cumprir todas as exigências que permitam evitar e minimizar
os riscos de acidentes, bem como é importante estudar todas as posibilidades de agir de
forma adequada caso fatos inesperados aconteçam.

Objetivos
»» Orientar acerca dos requisitos e procedimentos de segurança para a
realização de eventos.

»» Analisar os aspectos técnicos para cada situação em ambientes diferentes.

»» Compreender que algumas legislações estaduais diferem entre si, e se


adaptar a essas mudanças.

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PREVENÇÃO DE
INCÊNDIOS EM UNIDADE I
GRANDES EVENTOS

CAPÍTULO 1
Histórico de incêndios em grandes
eventos

A segurança em grandes eventos voltou a ser motivo de preocupação no país,


após o incêndio que ocorreu na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, na
a boate Kiss, que matou 232 pessoas e feriu 680, na cidade de Santa Maria, no
Rio Grande do Sul. Para evitar tragédias, são indispensáveis alguns cuidados,
como certificar-se de que o espaço da festa tem alvará de funcionamento em
dia, extintores de incêndio e portas exclusivas para saída dos convidados em
caso de perigo.

Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Incêndio_na_boate_Kiss>.

Todo local é passível de um incêndio, portanto não podemos deixar a responsabilidade


total para o corpo de bombeiros da cidade; precisamos orientar e, se for o caso, treinar e
capacitar pessoas que convivem em um ambiente em comum para agir em emergências
até a chegada dos bombeiros.

Por isso, é importante que, nesta primeira unidade, você estude e reflita sobre o tema.
Nosso principal objetivos deixar vidas!

Imagine você se deparar com uma situação de emergência no ambiente de um


grande evento, ou até mesmo em uma boate, e deixar que vidas se percam,
sabendo que uma atitude simples poderia salvar essas vidas. A brigada se
estende por todos os ambientes que você frequentar. Uma vez brigadista,
sempre brigadista!

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UNIDADE I │PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS

Histórico de incêndios em grandes eventos

Grande Incêndio de Roma

No ano de 64 d.C., o imperador Nero decidiu atear fogo em Roma. Embora não existam
muitos registros daquela época, acredita-se que Nero tivesse o sonho de reconstruir a
cidade ao seu gosto. A utopia do governante destruiu mais de um quarto da cidade.

Fonte:<http://pt.wikipedia.org/wiki/Nero#O_grande_inc.C3.AAndio_de_Roma>.

Grande Incêndio de Londres

Em 1666, Londres foi consumida por um incêndio entre os dias 2 e 5 de setembro. O fogo
começou em uma padaria. Como as ruas eram estreitas e as casas feitas de madeira, as
chamas logo se espalharam, destruindo 13.200 casas, 87 igrejas, a Catedral de St. Paul e
44 prédios públicos. As autoridades da época, temendo os prejuízos da reconstrução, se
recusaram a derrubar algumas casas para impedir o avanço do fogo. Após alguns dias,
alguns edifícios foram destruídos e o incêndio pôde ser contido. Esse Grande Incêndio
deixou 9 mortos, pórem pesquisas atuais afirmam que milhares de pessoas podem ter
morrido, já que pessoas mais pobres e da classe média não eram registradas.

Fonte:<http://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_incêndio_de_Londres>.

Grande Incêndio de Chicago

Em 1871, ano anormalmente seco na história de Chicago, o fogo deixou 90 mil


desabrigados, 300 mortos e causou um prejuízo de 200 milhões de dólares. O Grande
Incêndio de Chicago começou em um estábulo e foi propagado pelo vento.

Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_incêndio_de_Chicago>.

Sismo de São Francisco

A cidade de São Francisco, na Califórnia, foi atingida por um terrível terremoto em


18 de abril de 1906. Além de destruir diversos edifícios, os tremores causaram um
dano ainda maior: derrubaram postes da rede elétrica e romperam tubulações de
gás, causando um dos maiores incêndios de que se tem notícia. O fogo consumiu a
cidade por três dias. Outros incêndios foram começados intencionalmente, e outros
ainda foram consequências de fogos de madeiras acendidos por refugiados. Certos
proprietários tocaram fogo aos seus próprios edifícios, a fim de ganhar a indenização
do seguro contra incêndio, uma vez que foram informados que o seguro não cobriria
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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS│ UNIDADE I

os estragos causados unicamente pelo sismo. Com as condutas de água fora de serviço,
os bombeiros municipais tinham poucos recursos à disposição para combater os
incêndios. Vários fogos no centro da cidade convergiram para formar uma fornalha
gigantesca. Como o encanamento também foi danificado, os bombeiros começaram a
derrubar alguns prédios na tentativa de conter as chamas; no total, 225 mil pessoas
ficaram desabrigadas. Os números oficiais afirmam que 500 morreram na tragédia.

Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Sismo_de_São_Francisco_de_1906>.

Brasil

Tragédia do Gran Circus Norte-Americano: Um incêndio do então maior circo da


América Latina, em Niterói (RJ), em 15 de dezembro de 1961, deixou mais de 500
vítimas fatais (70% delas crianças). Com 3.000 pessoas na plateia, faltavam vinte
minutos para o espetáculo acabar, quando uma trapezista percebeu o incêndio. Em
pouco mais de cinco minutos, o circo foi completamente devorado pelas chamas. 372
pessoas morreram na hora. O fogo começou na lona de algodão, que era revestida de
parafina, material altamente inflamável e que as suspeitas de que o ato tenha sido
proposital. A tragédia figura como o pior incêndio da história do Brasil.

Fonte:<http://pt.wikipedia.org/wiki/Tragédia_do_Gran_Circus_Norte-Americano>.

Filipinas

18 de março de 1996: 152 mortos em um incêndio em uma boate de Manila.

Fonte:< http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94684.shtml>.

Índia

23 de fevereiro de 1997: 200 mortos em um incêndio durante uma cerimônia religiosa


no Estado de Orissa.

Fonte:<http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94684.shtml>.

Arábia Saudita

15 de abril de 1997: 343 mortos e 1.537 feridos no incêndio que atingiu 7.000 barracas
de campanha de peregrinos, perto de Meca.

Fonte:<http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94684.shtml>.

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UNIDADE I │PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS

Indonésia

23 de maio de 1997: 136 mortos no incêndio de um centro comercial em Banjarmasin


(ilha de Bornéu).

Fonte:<http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94684.shtml>.

Camarões

14 de fevereiro de 1998: 220 mortos no descarrilamento e explosão de um trem em


Iaundê.

Fonte: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94684.shtml>.

Indonésia

15 de maio de 1998: 200 mortos no incêndio de um centro comercial em Jacarta.

Fonte:<http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94684.shtml>.

Nigéria

18 de outubro de 1998: mais de mil mortos e centenas de feridos na explosão de um


oleoduto e posterior incêndio em Warri, sudeste do país.

Fonte: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94684.shtml>.

República Democrática do Congo

14 de abril de 2000: 104 mortos em um incêndio em um depósito de munições no


aeroporto de Ndjili, em Kinshasa.

Fonte:<http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94684.shtml>.

China

26 de dezembro de 2000: 309 mortos em um incêndio em uma boate de Luoyang


(centro).

Fonte: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94684.shtml>.

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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS│ UNIDADE I

Brasil

Show no Canecão Mineiro (MG): Em 2001, um acidente com a queima de fogos no


palco gerou um incêndio que matou sete pessoas e deixou mais de 300 feridos em Belo
Horizonte. A casa de show não tinha alvará para funcionamento e o proprietário, um
produtor e dois músicos foram condenados. 

Fonte:<http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/os-maiores-incendios-no-brasil>.

Brasil

11 de janeiro de 2001: um incêndio causado por um curto-circuito interrompeu a


gravação do último bloco do Xuxa Park, no estúdio F do Projac, ferindo 26 pessoas.
O fogo destruiu os cenários do programa, gerando pânico entre as 300 pessoas que
estavam no estúdio, entre elas, 200 crianças.

Fonte:<http://memoriaglobo.globo.com/programas/entretenimento/infantojuvenis/
xuxa-park/incendio.htm>.

Peru

29 de dezembro de 2001: 274 mortos e 173 desaparecidos em um incêndio no centro


comercial no centro de Lima.

Fonte:<http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94684.shtml>.

Egito

20 de fevereiro de 2002: 361 mortos em um incêndio em um trem da linha Cairo-


Assuan.

Fonte: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94684.shtml>.

Coreia do Sul

19 de fevereiro de 2003: 198 mortos em um incêndio de origem criminosa no metrô de


Daegu.

Fonte:<http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94684.shtml>.

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UNIDADE I │PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS

Estados Unidos

20 de fevereiro de 2003: 100 mortos e 200 feridos em um incêndio em uma boate de


West Warwick (Rhode Island, nordeste).

Fonte:<http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94684.shtml>.

Filipinas

27 de fevereiro de 2004: mais de 100 desaparecidos em um incêndio em uma embarcação


no litoral de Manila.

Fonte: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94684.shtml>.

Honduras

17 de maio de 2004: 104 presos morrem em um incêndio na prisão de San Pedro Sula
(norte do país).

Fonte: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94684.shtml>.

Paraguai

1o de agosto de 2004: 400 mortos em um incêndio em um centro comercial de Assunção.

Fonte:<http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94684.shtml>.

Argentina

31 de dezembro de 2004: 194 mortos e mais de 600 feridos em um incêndio em uma


boate de Buenos Aires.

Fonte: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94684.shtml>.

Índia

10 de abril de 2006: ao menos, 45 pessoas morreram em um incêndio em uma feira


de produtos eletrônicos na cidade indiana de Meerut, a 80km de Nova Déli, segundo
autoridades locais.

Fonte:<http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94684.shtml>.

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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS│ UNIDADE I

Quito (Equador)

Abril de 2008: 13 mortos na discoteca Factory.

Fonte: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/01/relembre-outros-incendios-que-
causaram-tragedias-em-boates.html>.

Madri

No dia 31 de outubro de 2012, três jovens morreram e outras duas ficaram feridas
gravemente em uma festa de Halloween em Madri, Espanha. As vítimas tinham entre
18 e 25 anos. O incidente ocorreu no ginásio Madri Arena, no oeste da capital espanhola.

Fonte:< http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/01/relembre-outros-incendios-que-
causaram-tragedias-em-boates.html>.

Brasil

27 de janeiro de 2013: 242 mortos e 680 feridos no incêndio da boate Kiss em Santa
Maria, no Rio Grande do Sul.

Fonte:<http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94684.shtml>.

Simulação do incêndio da boate Kiss (RS) que matou “242” pessoas, disponível
em:

<https://www.youtube.com/watch?v=OsCZl8z2b3E>.

<https://www.youtube.com/watch?v=yUBc8B6H0UA>.

Incêndio no programa Xuxa Park. Reportagem do Jornal Nacional, Rede Globo,


2001, disponível em:

<https://www.youtube.com/watch?v=pJ5G78gXNrY>.

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CAPÍTULO 2
Ameaças e vulnerabilidades mais
comumente encontradas

Análise de Risco

Ambiente externo

Inicie a análise tendo uma visão de toda área no entorno do evento, já que muitos riscos
podem estar associados ao local em que será realizado.

Observação: perfil socioeconômico do bairro, moradias, comércio, vias de acesso


e suas condições, estruturas emergenciais e de serviços, pontos de táxi e de ônibus,
delegacias, hospitais, Corpo de Bombeiros, postos da Polícia Militar, Defesa Civil e
concessionárias de serviços públicos são apenas alguns exemplos do que precisa ser
levantado.

Ambiente interno

Faça um completo levantamento das condições de funcionamento do evento e do espaço


em que ele ocorrerá. Quanto ao funcionamento do evento, as informações necessárias
serão fornecidas pelo próprio organizador do evento no dossiê de planejamento. Essa
análise visa identificar qual é a estrutura que o espaço oferece e que vulnerabilidades
precisam ser cobertas para que o evento esteja protegido e os riscos, sob controle.

Observação: solicite ao responsável pelo espaço do evento as autorizações e alvarás,


lembre-se de inspecionar as instalações elétricas, hidráulicas, ar-condicionado,
prevenção e combate a incêndios e de segurança eletrônica (câmeras, alarmes). Conheça
as pessoas que trabalham no local e o que fazem. Pergunte sobre os procedimentos de
funcionamento do espaço e segurança da informação, quem faz a vigilância das portarias,
quem abastece a caixa d’água, quem desliga o disjuntor, por onde entra caminhão, onde
se descarrega material para montar o evento etc. Segurança da informação, análise do
sistema de geradores para abastecimento do evento, bem como os seguros contratados
pelo espaço para os devidos fins.

Fonte:<http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pd>.

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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS│ UNIDADE I

Identificação dos Riscos


Feito o levantamento das condições dos ambientes externo e interno, passamos à
identificação dos riscos, classificados em quatro categorias descritas a seguir: humanos,
técnicos, naturais e biológicos.

a. Riscos Humanos

Riscos Humanos seja intencionais e não intencionais diretas ou indiretas de pessoas,


ações que podem acontecer não somente durante o evento, em alguns casos, antes ou
depois dele, exemplos:

»» furto e roubo;

»» assédios diversos para o caso de presença de artistas, personalidades ou


autoridades;

»» vandalismo;

»» sabotagem;

»» ameaça de bomba;

»» mal súbito;

»» manifestações políticas;

»» uso de drogas.

b. Riscos Técnicos

São os riscos ligados ao mau uso ou deficiência na manutenção de instalações ou


equipamentos, exemplos:

»» palco, backstage, além de outros ambientes como salas de reunião,


recepção, banheiros cozinhas, salas de alimentação, entre outras;

»» instalações elétricas;

»» equipamentos de luz e som.

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UNIDADE I │PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS

c. Riscos Naturais

São provocados por fenômenos da natureza como tempestades, raios, enchentes,


deslizamentos de terra e terremotos.

d. Riscos Biológicos

São aqueles que expõem aqueles à intoxicação ou contaminação por microrganismos,


exemplos:

»» alimentos e bebidas;

»» água

»» ar-condicionado;

»» cozinha;

»» lixeiras;

»» sistema de esgoto;

»» banheiros.

Depois de identificados os riscos, existem vários métodos para fazer essa análise. Deve
ser escolhido aquele que é mais indicado para cada tipo de risco: quando há estatísticas
de ocorrência do risco, podem-se utilizar métodos estatísticos; quando não há, os
métodos subjetivos, que se baseiam na percepção e sensibilidade do analista, devem
ser empregados nos itens a serem envolvidos nos checklist previamente elaborados.

Seja qual for a metodologia utilizada, a análise parte de um mesmo raciocínio: identificar
quais são os riscos, as ameaças, as vulnerabilidades do evento, a probabilidade de cada
risco se concretizar e quais impactos provocarão.

A matriz de risco é um dos estudos contidos na metodologia de análise de risco, usada


para ajudar a justificar os investimentos das ações de prevenção e proteção, de acordo
com a influência que cada risco irá exercer sobre as atividades desenvolvidas no evento.

A proposta é tornar os riscos tangíveis para que a organização tenha uma clara visão em
termos de impacto, caso os riscos existentes se concretizem.

Fonte: <http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_
web.pdf>.

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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS│ UNIDADE I

Equipe de informação e inteligência

Geralmente, esse papel é feito por toda a equipe de produção em eventos pequenos, mas nos
grandes eventos é importante ter uma equipe dedicada em obter informações do reflexo do
evento na cidade e quais são os movimentos que podem causar interferência nele.

Contatos com as autoridades locais – nível municipal e, às vezes, estadual ou federal –


são sempre necessários para o estabelecimento de uma rede de informação e controle
sobre os aspectos de segurança a serem abordados e planejados.

Fonte: <http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_
web.pdf>.

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CAPÍTULO 3
Legislação aplicada à prevenção de
incêndios em eventos

Estado publica regulamentação da Lei Kiss


O Governo do Estado do Rio Grande do Sul publicou no Diário Oficial, no dia 11 de
setembro de 2014, o Decreto de Regulamentação da Lei no 14.376, conhecida como
Lei Kiss, que  estabelece normas de segurança, prevenção e proteção contra contra
incêndios no estado.

O Decreto trata dos prazos de adequação das edificações existentes e áreas de risco
de incêndio, descreve as penalidades e infrações aplicáveis ao descumprimento das
novas diretrizes e regulamenta as questões administrativo-procedimental relativas a
legislação.

A regulamentação foi desenvolvida pelo Grupo de Trabalho composto por


representantes da Casa Civil, Procuradoria-Geral do Estado, Corpo de Bombeiros, e das
secretarias da  regulamentação e dos Recursos humanos e de obras Públicas, Irrigação
e Desenvolvimento Urbano.

Fonte:<http://www.rs.gov.br/conteudo/203728/estado-publica-regulamentacao-da-lei-kiss>.

Lei Federal PLC no 33/2014 (continua em andamento):

Autora: Deputada Elcione Barbalho.

Ementa:

Estabelece diretrizes gerais sobre medidas de prevenção e combate a incêndio e a


desastres em estabelecimentos, edificações e áreas de reunião de público; altera as Leis
no 8.078, de 11 de setembro de 1990, e no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código
Civil; e dá outras providências.

Assunto: Jurídico – Segurança Pública.

Data de apresentação: 16/4/2014.

Situação atual ap Local: 16/12/2014 – SUBSEC. COORDENAÇÃO LEGISLATIVA


DO SENADO.

20
Situação: 16/12/2014 – AGUARDANDO LEITURA PARECER (ES).

Matérias relacionadas: RDH  –  REQUERIMENTO COMISSÃO DE DIREITOS


HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA  82 DE 2014 (Comissão de Direitos
Humanos e Legislação Participativa – SF).

RQS – REQUERIMENTO 474 DE 2014 (Senador Paulo Paim).

Outros números: Origem no Legislativo: CD  PL.  02020 / 2007

Fonte:<http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_
mate=116958>.

Planejamento

Autorizações e licenças

É preciso obter licenças especiais concedidas por autoridades e órgãos públicos para
poder fazer eventos em geral e, principalmente, de grande porte. A falta das devidas
autorizações de funcionamento podem provocar pesadas multas ou até mesmo o
cancelamento do evento. Acontecendo algum problema que provoque prejuízos,
ferimentos ou mortes a terceiros em um evento não autorizado, os organizadores serão
processados criminalmente e não poderão contar com a cobertura do seguro para
ressarcir os danos, pois as seguradoras geralmente não pagam indenizações nesses
casos.

A cadeia produtiva como um todo e mesmo a figura do promotor do evento estão cada
vez mais diretamente ligadas aos acontecimentos e aos eventuais sinistros, deve inclusive
ser preservada também a figura do patrocinador do evento que terá forçosamente seu
nome vinculado ao evento e a todos os acontecimentos derivados deste.

Fonte: <http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>.

Legislação

Procure conhecer a legislação específica do estado e cidade que será realizado o evento.
Geralmente, há diferenças e, muitas vezes, não há uma regulamentação específica para
o tema. Tome como regra documentar o evento nos órgãos competentes e guarde os
protocolos e ofícios de resposta, exemplos:

»» Polícia Militar;

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UNIDADE I │PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS

»» Corpo de Bombeiros;

»» Prefeitura;

»» Ministério Público;

»» Escritório Central de Arrecadação e Distribuição – ECAD;

»» Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.

Lei no 10.826, de 22/12/2003 – Estatuto do Desarmamento

Art. 34. Os promotores de eventos em locais fechados, com


aglomeração superior a 1.000 (um mil) pessoas, adotarão, sob pena de
responsabilidade, as providências necessárias para evitar o ingresso de
pessoas armadas, ressalvados os eventos garantidos pelo inciso VI do
art. 5o da Constituição Federal.

Lei no 7.102, de 20/6/1983

Dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece


normas para constituição e funcionamento das empresas particulares
que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, e
dácoutras providências.

Art. 10. São consideradas como segurança privada as atividades


desenvolvidas em prestação de serviços com a finalidade de (Redação
dada pela Lei no 8.863, de 1994):

I – proceder à vigilância patrimonial das instituições financeiras e de


outros estabelecimentos, públicos ou privados, bem como a segurança
de pessoas físicas;

Portaria no 3.233/2012 – MJ/DPF

Dispõe sobre as normas relacionadas às atividades de Segurança


Privada.

Art. 18. A atividade de vigilância patrimonial somente poderá ser


exercida dentro dos limites dos imóveis vigiados e, nos casos de atuação
em eventos sociais, como show, carnaval, futebol, deve se ater ao espaço
privado objeto do contrato.

Art. 19. A atividade de vigilância patrimonial em grandes eventos,


assim considerados aqueles realizados em estádios, ginásios ou outros

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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS│ UNIDADE I

eventos com público superior a três mil pessoas deverão ser prestadas
por vigilantes especialmente habilitados.

[...]

Art. 156. São cursos de formação, extensão e reciclagem:

I – curso de formação de vigilante (Anexo I);

II – curso de reciclagem da formação de vigilante (Anexo II);

III – curso de extensão em transporte de valores (Anexo III);

IV – curso de reciclagem em transporte de valores (Anexo IV);

V – curso de extensão em escolta armada (Anexo V);

VI – curso de reciclagem em escolta armada (Anexo VI);

VII – curso de extensão em segurança pessoal (Anexo VII);

VIII – curso de reciclagem em segurança pessoal (Anexo VIII);

IX – curso de extensão em equipamentos não letais I (Anexo IX);

X – curso de extensão em equipamentos não letais II (Anexo X); e

XI – curso de extensão em segurança para grandes eventos (Anexo XI).

[...]

Art. 198. § 3o . As empresas especializadas deverão informar ao DPF, por


qualquer meio hábil, em até quarenta e oito horas de antecedência, os
eventos em que prestarão serviços de segurança, contendo as seguintes
informações:

I – horário;

II – local;

III – público estimado, e

IV – nome e número de registro no DPF dos vigilantes que atuarão no


evento.

[...]

Art. 208. A qualificação do vigilante em extensão em segurança para


grandes eventos, prevista nos artigos 19 e 156, inciso XI, será exigida a
partir de dez meses para eventos esportivos em geral, a partir de dezoito

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UNIDADE I │PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS

meses para os demais, contados da publicação desta Portaria (Redação


conferida pela Portaria no 3.559, de 31 de maio de 2013, publicada no
D.O.U. de 10 de junho de 2013).

Lei no 11.901, de 12/1/2009 – Regula a Profissão de Bombeiro Civil

Art. 2. Considera-se Bombeiro Civil aquele que, habilitado nos termos


desta Lei, exerça, em caráter habitual, função remunerada e exclusiva
de prevenção e combate a incêndio, como empregado contratado
diretamente por empresas privadas ou públicas, sociedades de
economia mista, ou empresas especializadas em prestação de serviços
de prevenção e combate a incêndio.

Instruções Técnicas do Corpo de Bombeiros referente a cada Estado

Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.

NBR 5410:04 – Instalações elétricas de baixa tensão.

NBR 9050:04 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos


urbanos.

ISO 20121 –Gestão da Sustentabilidade em Eventos ISO 31000 – Gestão de Riscos –


Princípios e Diretrizes ISO 14001 – Meio Ambiente.

Fonte: <http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>

Credenciamento

a. Equipe de Trabalho

Tipos de crachás: os crachás deverão ser divididos por áreas de atuação no evento
para o devido controle de acesso, exemplos de categorização: Direção – profissionais da
direção do evento; Staff – prestadores de serviços ligados ao evento, como os da limpeza,
montagem, técnicos, carregadores, recepção, cobertura fotográfica e filmagem, além de
varios outros; Imprensa – profissionais dos veículos de comunicação de convidados;
Convidados – da direção e organização, patrocinadores, autoridades, e artistas – seus
acompanhantes e convidados.

Itens de segurança: nome e foto tornam o crachá intrasferível; o prazo de validade


limita a entrada do portador aos dias em que ele efetivamente deve estar trabalhando;
cores por setor facilitam a rápida identificação; e a menção àrea de acesso restringe a
circulação do prestador de serviço ao local que ele deve estar. Pode-se somar ao crachá,

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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS│ UNIDADE I

como mais um item de segurança no controle de acesso, a utilização de um porta-crachá


personalizado, com o nome do evento, da promotora ou de um patrocinador. Os tipos
de crachá utilizados dependem do perfil do evento. Outros recursos disponíveis que
aumentam a segurança do crachá dão: RFID (do inglês Radio-Frequency IDentification),
código de barras etc.

b. Público

A segurança dos ingressos é um item que requer cada vez mais atenção por causa do
aumento de ingressos e inscrições falsos. Além de causar transtornos ao público e
prejuízos ao organizador, que perde receita, é responsabilizado pela má organização
do evento e pode inclusive ser judicialmente obrigado a indenizar pessoas lesadas pelo
golpe do ingresso/inscrição falso.

A segurança empregada nos ingressos deve ser conhecida pela equipe de proteção do
evento e rigidamente fiscalizada no momento da entrada. Quer por ingressos pagos,
quer por inscrições antecipadas.

Certifique-se de que as empresas especializadas em emissão de ingressos para eventos


de grandes públicos possuem segurança suficiente para garantir a autenticidade do
ingresso. Os tickets produzidos por essas empresas têm uma série de recursos que
dificultam a falsificação, como papéis especiais, impressão com marcas d’água, selos
holográficos e códigos. Vale a pena investir em tecnologias antifalsificação.

Quando os ingressos e inscrições forem validados por equipamentos especiais, que por
sua vez são operados pelo próprio pessoal da empresa de tickets, a função da segurança
junto à entrada será de fiscalizar o controle de acesso e estar presente para atuar em
caso de incidentes.

Também deve-se considerar controle de acesso aos diferentes tipos de estacionamento


(convidados, artistas, funcionários da organização do evento, polícia, bombeiros,
ambulâncias, imprensa, entre outros).

Fonte:<http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>.

Brigada contra incêndio

Da mesma forma que se contrata uma empresa de vigilância patrimonial para fazer
a segurança, deve-se contratar os Bombeiros Civis. O dimensionamento desses
profissionais, equipamentos de combate e resgate, deve seguir um plano próprio e
treinamento específico integrados ao Plano de Segurança do Evento.

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UNIDADE I │PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS

Certifique-se de que o local onde será realizado o evento possui as licenças do Corpo
de Bombeiros, saídas de emergência, sinalização e extintores. Teste os equipamentos
e realize treinamentos com o pessoal. Determine a confecção de um plano de combate
a incêndio específico para o evento que devem constar: localização dos extintores,
tipos de extintores, alarme de incêndio, evacuar: localização dos extintores, tipos dees
pertinentes.

Fonte:<http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>.

Plano de Contingências

Este plano tem por finalidade prover os meios de atuação que serão utilizados para evitar
que os riscos identificados e classificados, caso ocorram, venham a se configurar em
perdas de vida e danos ao patrimônio das empresas e entidades envolvidas no evento.
Os procedimentos padrões para as situações de contingências a serem desempenhados
pelos membros das equipes de segurança e bombeiros são:

»» isolar e sinalizar o local;

»» comunicar o gestor e/ou a central de comando e controle;

»» orientar e conduzir a evasão das pessoas;

»» preservar o local do fato;

»» acionar os Óciãos Públicos.

Nota: sua função é descrever que procedimentos serão adotados em caso de incidentes
graves. O que fazer se houver um incêndio, um desabamento, um tumulto, uma ameaça
de bomba? Essa é a pergunta que o plano de contingência responde. Nele relacionamos
todos os riscos e definimos, para cada um, qual é a estratégia para minimizar os danos –
por exemplo, ações como isolar o local que oferece perigo, socorrer feridos ou retirar as
pessoas em segurança

Fonte:<http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>.

Plano de Abandono

Este plano tem por finalidade prover a ação ordenada de desocupação (ou evacuação )
da área do evento em caso de sinistros (incêndios, ameaças de bomba, desabamentos,
entre outros), objetivando minimizar e prevenir, o máximo possível, acidentes que
possam provocar perdas de vidas.

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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS│ UNIDADE I

O responsável pela elaboração do plano é o engenheiro de segurança que deverá


construí-lo junto com o gestor de segurança e a equipe de organização do evento.
O plano deverá contemplar: rotas de fuga, sinalização, localização dos extintores, equipe
de brigadistas, portas de emergência etc.

O plano de abandono deve ser do conhecimento de toda equipe que trabalha no evento
e ensaiado pelas equipes de segurança e brigadistas.

Nota: Sempre que possível, faça um vídeo ou panfleto com informações sobre o plano
de abandono e leve ao conhecimento do público antes do evento.

Fonte:<http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>.

Orçamento

Para definir um orçamento, primeiramente identificamos os riscos ao qual o evento


está exposto; calculamos a probabilidade de eles ocorrerem e que montante de perdas
poderiam acarretar; definimos as ações necessárias para evitá-los ou mitigá-los e qual
o investimento necessário para implantar as ações.

Lembre-se de considerar a relação benefício X custo. Primeiramente, estabeleça com a


direção do evento o tipo de proteção, depois apresente o orçamento.

Fonte:<http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>.

Contratação de Equipamentos e Serviços

a. Empresa de Segurança

A escolha da empresa de segurança privada é um passo decisivo para o sucesso de fazer


acontecer o planejamento. Lembre-se de contratar uma empresa legalmente constituída,
que tenha o certificado expedido pela Polícia Federal e com experiência consolidada em
eventos. Depois de escolhida a empresa, a tarefa seguinte é fazer a seleção do pessoal
que irá trabalhar no evento. O plano operacional elaborado pelo gestor de segurança
irá apontar quantos vigilantes serão necessários e quais serão implantados, definindo,
assim, suas funções.

b. Seguranças Eletrônicas

Geralmente, os prestadores de serviços que atendem esse item costumam fazer as


famosas “gambiarras”. Peça um projeto para instalação das câmeras e alarmes, com o

27
UNIDADE I │PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS

dimensionamento da carga de energia que será utilizada e inclua em seu orçamento o


suporte técnico até o final do evento.

Nota: locais como sala da direção, camarim de artistas e em baixo do palco e outros,
precisam de uma atenção especial com câmeras, alarmes de presença e detectores de
fumaça.

c. Detectores de Metais

Algumas cidades possuem legislação própria que definem o uso de detectores de metal
em eventos.
Armas de fogo e outros objetos cortantes representam grande risco em eventos.
Detectores de metais são imprescindíveis para ajudar a garantir a segurança de eventos,
sobretudo aos massivos. Normalmente, são utilizados dois tipos de equipamentos: os
portais, que viabilizam a triagem do público com rapidez e os manuais, utilizados para
uma detecção mais minuciosa nos casos em que o portal acusa a presença de algum
metal em poder do indivíduo. O equipamento manual também é. usado para a revista
das pessoas que declaram ter marca-passo no coração (estas não devem passar pelo
portal ). Há casas de shows que utilizam scanners de mesa semelhante aos que são
empregados em aeroportos para fazer a checagem de bolsas, mochilas, caixas etc.
Nota: Tão importante quanto o detector é o treinamento de quem vai utilizá-lo e uma
rígida supervisão.
d. Comunicação

Para que uma equipe de segurança possa trabalhar de forma adequada, a comunicação
precisa estar funcionando perfeitamente. A locação de rádios, baterias extras e definição
de uma política de comunicação são tópicos que fazem a diferença. Preferencialmente,
deve-se optar por equipamentos com tecnologia digital, protegidos de interferência
externa à rede rádio.

Ao contratar o serviço de rádio, lembre-se de fazê-lo por meio de empresas que possuem
licença para tal finalidade e não deixe de fazer os ensaios para conferir o funcionamento.
Verifique, ainda, se há cobertura de comunicação em toda área do evento e defina o
responsável pela recarga e troca das baterias.

É importante também: analisar se serão necessários headphones especiais (devido ao


barulho); testar periodicamente os canais de comunicação durante o evento; montar
uma rede rádio com os nomes dos usuários; observar distâncias entre os pontos de
comunicação e eventuais barreiras físicas como paredes blindadas, antenas etc.

Fonte:<http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>.

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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS│ UNIDADE I

Treinamento das equipes de segurança

É preciso treinar o segurança para exercer a função que se espera dele. Informe ao
profissional como funcionará o evento em que ele irá atuar, qual é a programação, seu
horário de trabalho, onde ele irá ficar, o que irá fazer, quem é seu supervisor, como
proceder em determinadas situações e outras tantas recomendações. Com isso, embora
ele fique implantado em um posto, estará informado do que acontece ao seu redor.
A fiscalização permanente das equipes de segurança é essencial para evitar dissabores
como o abandono de posto, por exemplo.

Fonte:<http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>.

Alinhamento – clientes internos

Os clientes internos de um projeto precisam ter suas expectativas atingidas e para tanto
a equipe de segurança precisará entender suas demandas e buscar as melhores soluções
que não interfiram no resultado do evento, mas que garantam a segurança do evento:

»» organização e promotores produção;

»» engenharia;

»» geradores;

»» luzes;

»» som;

»» palco;

»» palestrantes e artistas;

»» marketing;

»» jurídico;

»» patrocinadores.

Fonte:<http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>.

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CAPÍTULO 4
Como prevenir incêndios em grandes
eventos

Monitoramento dos Riscos


a. Varredura de Ambiente: contra Agentes Químicos,
Bacteriológicos e Antibomba

Pode parecer uma ação não aplicável ao Brasil, mas principalmente em eventos que
envolvem autoridades públicas, ONGs (Organizações não Governamentais), entidades
religiosas ou que tenham alguma característica que pode atrair ações de extremistas,
caberá uma recomendação para realizar uma varredura no local/área do evento, após o
gestor de segurança analisar todos os riscos e implicações ao evento.

A vistoria pode ser feita por empresas privadas ou solicitada ao Poder Público (Unidade
de Forças Especiais das Polícias Militares, Esquadrão Antibomba da Polícia Civil
e demais unidades especializadas). Geralmente, são empregados cães farejadores
e detectores portáteis de explosivos e agentes químico-biológicos, além de outras
tecnologias.

b. Bilheteria

A bilheteria é uma área sensível, principalmente no dia da realização do evento.


A organização do evento deve monitorar constantemente a quantidade de ingressos
vendidos e inscrições antecipadas, bem como vales trocados (compras on-line) e
compartilhar tais informações com o gestor de segurança que poderá propor o aumento
do número de bilheterias em caso de trocas de ingressos no dia do evento, projetar a
formação de filas e barricadas suficientes para contenção do público, prever sinalização
e orientação ao público. Atenção especial à ação de cambistas.

c. Backstage

A área de backstage (atrás do palco), via de regra, fica intransitável, pois além do
pessoal da produção ainda há presença de vários outros públicos. É preciso administrar
a movimentação de todos nos bastidores, que deverão estar identificados por crachás,
evitando que pessoas circulem por locais em que não precisam estar e atrapalhem o
trabalho de outras.

30
PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS│ UNIDADE I

Assim, dias antes do evento, faz-se necessária uma reunião com os assessores dos
palestrantes, autoridades ou artistas para apresentar os procedimentos de segurança
da organização do evento e informar como será a circulação das pessoas no espaço.
É importante que a segurança conheça essas exigências, não só para poder atendê-las,
mas também para minimizar eventuais impactos na proteção do evento.

Fonte:<http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>.

Distribuição das equipes

A administração e logística das equipes de segurança e brigadistas é extremamente


importante, de acordo com a quantidade de efetivo, principalmente em eventos de
grande porte. A escala de chegada deve ser elaborada com horários intercalados para
que o evento seja coberto antes, durante e depois.

A mobilização da equipe deverá ocorrer da área externa para a interna ou conforme


estabelecido no planejamento operacional. A recomendação é que, antes da abertura do
evento, o efetivo esteja devidamente posicionado no seu respectivo posto de trabalho e
já tenha recebido as orientações básicas de procedimentos.

»» Central de Comando e Controle.

»» Inteligência.

»» Segurança.

»» Brigada.

»» Auditoria.

»» Equipe de Reação/Reforço.

Fonte:<http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>.

Comunicação

Durante o evento, o sistema de comunicação via rádio tem por objetivo atender as
necessidades de contato imediato entre todos os integrantes da equipe de segurança e
a brigada de incêndio. Um canal entre a organização do evento e a Central de Comando
e Controle é de suma importância, a fim de atender os ajustes de última hora, comuns
em grandes eventos.

31
UNIDADE I │PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS

Nota: utilize comunicação simples e direta, além de manter uma disciplina rígida e uma
permanente checagem das comunicações. Sendo possível, crie uma rede secundária de
comunicação (com outra tecnologia de rádio ou celulares).

Fonte:<http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>.

Controle de acesso

O controle da entrada de pessoas no local do evento é uma das partes mais delicadas da
segurança e normalmente demanda a maior parte dos investimentos. Divida o controle
de acesso em duas categorias:

1. as pessoas que trabalharão nas fases pré, durante e pó durante; e

2. o público, seja ele pagante ou convidado.

Exemplos de prestadores de serviços: recepcionistas, técnicos de som e de iluminação,


garçons, faxineiros, montadores de estruturas, maquiadores, bailarinos, cenografistas,
transportadores de equipamentos, artistas, patrocinadores etc. Os nomes e RGs dessas
pessoas devem estar relacionados em uma lista posteriormente encaminhada para o
gestor de segurança, que monta no local do evento uma central de cadastramento para
os prestadores de serviço, ( é a primeira instalação a funcionar na fase pré-evento).
Conforme se apresentem para trabalhar, as pessoas deverão passar pela central e,
mediante sua identificação e verificação do nome na lista recebem um crachá. PPor ela
também passarão no dia do evento, os profissionais que farão a cobertura jornalística
para a imprensa, rádio e televisão.

O controle de acesso exercido pela segurança também tem de lidar com autoridades
do serviço público, que requer uma atenção especial. Lembre-se de registrar em livro
próprio todas as autoridades que solicitaram entrada de serviço/trabalho no evento.

O acesso ao estacionamento também deverá ser controlado: veículos de participantes,


convidados, a serviço da organização do evento, viaturas de Polícia, do Corpo de
Bombeiros e socorro médico.

Nota: em um evento, deve-se sempre reservar para esses veículos em um número


compatível de vagas próximas às entradas do local, já que eles têm prioridade de acesso,
e garantir que essas vagas não sejam ocupadas indevidamente. Para isso, normalmente
colocam-se junto à entrada do estacionamento vigilantes que somente permitem a
passagem de veículos cadastrados ou que portam crachás.

Fonte:< http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>.

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PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS│ UNIDADE I

Evento

a. Abertura de Portas e Portões: é um momento de muita atenção


em função do público estar em expectativa para adentrar o espaço de
realização qualquer que seja ele. Por isso, a abertura só deve ocorrer
após o checklist da segurança e a certificação de que todo o efetivo está
devidamente posicionado, incluindo as equipes de recepção e coordenação
do evento.

b. Roteiro de Tempos e Movimentos: a elaboração desse roteiro


facilita a visualização da dinâmica do evento, possibilitando a ação da
segurança de modo sincronizado, bem como a executar a implantação da
equipe de segurança de forma organizada e cronológica, de acordo com
os acontecimentos do evento.

c. Palco: principalmente em eventos transmitidos ao vivo, o palco precisará


de uma atenção extra para evitar o excesso de pessoas e/ou riscos de
natureza técnica relacionados às estruturas do palco. A atenção nesse
tópico ocorre antes e durante as apresentações.

Fonte: <http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf >.

Central de Comando e Controle

A Central de Comando e Controle tem como finalidade a concentração de todas as


informações do evento para agilizar a tomada de decisão em conjunto. A central, além
de contar com o sistema de CFTV (Circuito Fechado de Televisão), deverá concentrar
os seguintes membros: o gestor da segurança um responsável da empresa organizadora
do evento; um membro da Polícia Militar; um membro da Polícia Civil e outros órgãos
e setores envolvidos diretamente no resultado do evento.

Nota: reserve uma sala própria para estabelecer a sua Central de Comando e Controle.
Assegure-se que ela terá condições de operar sob condições adversas (por exemplo):
falta de energia.

Fonte: <http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>.

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UNIDADE I │PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS

Brigada contra incêndio

A equipe de brigada tem uma forte atuação durante os eventos. Seu foco é preventivo
e reativo. Cada item de risco que for detectado deverár ser imediatamente corrigido.
Casos como superaquecimento de cabos elétricos, utilização de fogos, infraestrutura
de palco, princípios de incêndio, mal súbito, entre outros, deverão estar no radar dos
brigadistas para o pronto-atendimento. Uma forte supervisão da equipe e a integração
com a a segurança é a chave para o sucesso.

Fonte:<http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>.

Término do evento

Toda a equipe deverá aguardar instruções para desativar os respectivos postos de trabalho
e fazer o encerramento. Se necessário, será realizado um cordão de varredura para
liberação da área. Ao término do evento permanecerá no local a segurança e ou bombeiros
dos postos de guarda de materiais até a desmontagem final de acordo com a avaliação
da supervisão operacional. Enfatiza-se a necessidade de uma constante fiscalização do
posicionamento das equipes de segurança, evitando-se o abandono do posto.

Nota: O evento só terminará para equipe de segurança, mediante comando.


A desmobilização das equipes poderá ser em etapas, obedecendo ao planejamento feito
anteriormente.

Fonte:<http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>.

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COMBATE A
INCÊNDIOS EM UNIDADE II
GRANDES EVENTOS

CAPÍTULO 1
Princípio de combate a incêndios em
grandes eventos

A qualidade da segurança fator crítico para o sucesso de um evento, portanto, de nada


adianta planejar impecavelmente uma recepção empresarial, se o controle de acesso
não for capaz de barrar a entrada de intrusos que tomam o lugar dos convidados. Pouco
importará de um evento tenha sofisticados recursos de som e imagem, se um princípio
de incêndio ocorrer, provocando um tumulto que deixe dezenas de pessoas feridas
ou até mortas. A caríssima exposição de arte promovida por uma empresa não será
notícia no caderno de cultura dos jornais, e sim no de polícia. Não se espera que os
profissionais que organizam eventos saibam fazer sua segurança. Mas se espera que
saibam avaliar corretamente os planos de segurança, destinados a proteger a vida de
pessoas, a imagem de empresas e a integridade dos bens envolvidos nos eventos.

Fonte: <http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>.

Pré-evento

Essa é uma fase importantíssima, em que o organizador de eventos junto com o gestor
de segurança do evento devem participar, em parceria com a produção, de importantes
definições importantes, fazendo uma análise do ambiente que vai do conceito do projeto
aos detalhes do que se planeja fazer: local, infraestrutura disponível, acessos, ações/
atividades que serão desenvolvidas, elaboração do roteiro de tempos e movimentos,
entre outros.

Lembre-se de que, nesta fase, quase tudo está no campo das ideias e todas as definições
devem ser formalizadas em ata própria para cada reunião.

Fonte: <http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>.

35
UNIDADE II │COMBATE A INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS

Evento

Mesmo quando o pré-evento é bem planejado, ainda assim, durante o evento haverá
sempre pequenos ajustes. Caso não esteja preparado, tudo será uma surpresa e
pequenos problemas poderão comprometer o sucesso do evento. O controle da
equipe de segurança e a comunicação, aliados ao treinamento e ao conhecimento do
desenvolvimento do evento são fatores elementares para o sucesso. Nessa fase da
gestão, deve-se dar ênfase à coordenação e à implementação de medidas face aos ajustes
necessários no planejamento pré-concebido. Além disso, deve-se executar um controle
das ações por meio de um acompanhamento constante da dinâmica do trabalho e uma
avaliação eficaz do planejamento. Isso tudo para assegurar a execução adequada das
ações, sem perdas, desperdícios, retrabalho ou retardo.

Fonte:<http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>.

Pós-evento

Quando termina o evento para o público, não quer dizer que acabou para a organização
do evento. Há uma série de responsabilidades que começa com a saída do público,
passa pela desmontagem e desmobilização do local atéla entrega do espaço. Do mesmo
modo que muita gente faz lista de checagem dos itens para montar, necessita fazer
na desmontagem, além da consolidação do relatório (registro) contendo tudo o que
ocorreu, para avaliação posterior e aperfeiçoamento. Uma desmobilização bem
planejada e executada sob forte supervisão evita que riscos se concretizem, bem como
gastos adicionais desnecessários.

Improviso representa um grande risco para eventos!

Saída do público

Tão importante quanto a chegada do público é a saída. Neste momento, todas as equipes
deverão estar posicionadas e preparadas para acompanhar essa atividade. A saída do
público é mais rápida que a chegada, por isso atenção para o seguinte:

a. Externa

Todo entorno do local onde está ocorrendo o evento deve ser monitorado por seguranças
e/ou câmeras. Via de regra, o estacionamento é considerado como área do evento,
mesmo que esteja do outro lado da rua e que não faça parte do mesmo projeto.

Tem sido frequente o registro de ocorrências de assaltos no trajeto do local do evento


até local de deslocamento: carro, metrô ou ônibus, que a segurança deverá monitorar.
36
COMBATE A INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS│UNIDADE II

b. Interna

Certifique-se que tanto o público quanto o pessoal de serviço não ficaram nos banheiros,
fumódromos, sala de imprensa, camarotes e outros pontos dentro do evento. A segurança
deverá checar cada local, antes de encerrar suas atividades.

Nota: pense no conforto do público e ofereça o máximo de segurança no retorno à


residência. Essa última chance que você tem para impressioná-los e garantir sua
participação em uma próxima vez.

c. Saída de Convidados Vips, Autoridades e Artistas

O assédio aos artistas, convidados VIP e autoridades são previsíveis na maioria dos
eventos. Para evitar tumultos e ataques de tietagem na porta do evento, o uso de
barricadas mantém os curiosos a uma distância segura da entrada e saída dos veículos.
Sempre que possível, solicite o apoio dos agentes de trânsito, policiais militares ou
reforce a equipe de segurança para atender esse item.

Controle do patrimônio

A segurança só poderá ser responsável pelos equipamentos que foram confiados a ela,
mediante um inventário e clara definição do seu papel de guarda e/ou proteção. Atente
para questões como: uma pessoa que diz ter deixado um tablet em cima de uma mesa
e sumiu!

Nota: cada pessoa/empresa deverá ser responsável pelo seu material dentro do evento!

Desmontagem da infraestrutura
A atuação do gestor de segurança não se restringe ao dia do evento, começa bem antes
e termina depois da desmontagem da infraestrutura que foi utilizada. É uma atuação
que também vai muito além da vigilância tradicional, relacionando-se com o trabalho
de todos os envolvidos na organização.

Relatório de ocorrências
Utilizado para relatar ocorrências inerentes execução dos serviços de segurança e
às alterações encontradas durante o inverno, esse relatório deve ser consolidado ao
término do evento e colocado à disposição da organização para tomada de providências
e ajustes. Tudo deverá ser formalizado.

37
UNIDADE II │COMBATE A INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS

Nota: tipos de relatos: furto, mal súbito, atraso de implantação de pessoal, falhas nas
estruturas, ações de cambistas, princípios de incêndios, ação de risco corrigidas, pela
equipe, furo no controle de acesso etc.

Avaliação de melhorias
A avaliação final com propostas de melhorias tem como objetivo, após a identificação de
situações inesperadas, problemas e falhas, apontar modelos que poderão ser seguidos a
partir das informações coletadas. Estas propostas não se restringem somente a simples
apontamentos de sugestões, mas também a preocupação de que estas soluções sejam
compatíveis com a empresa ou instituição razão do evento, empresa promotora do
evento, empresa fornecedora do local onde se realizarápo evento, a organizadora do
evento, seus subcontratados e todos os demais terceirizados, procurando harmonia
entre todos.

Quadro 1. Avaliação de Melhorias.

Pré Evento Evento Pós Evento


Análise de Risco do Local Monitoramento dos Riscos Saída do Público e dos Artistas
Seleção, Contratação e Treinamento de Equipe Supervisão Geral Controle de Patrimônio
Equipe de Informação(Inteligência) Bilheteria Desmontagem (Infra)
Atendimento de Clientes internos Área Operacional Inventário de Devolução do Local
Área de Backstage
Varreduras de Ambiente em
Pontos sensíveis
Implantação da Segurança
Patrimonial
Palco
Central de Comando e Controle
Início do Show
Brigada de Incêndio
Equipe de Pronta Resposta
Movimentação do Público
Término do Show
Fonte:<http://www.corpodebombeiros.sp.gov.br/novo/Downloads/Cartilha_de_Orientacao.pdf>.

Combate a PrincÍPio de Incêndio

O Combate a Princípio de Incêndio é uma das matérias mais importantes da Brigada de


Incêndio, pois sempre que houver a necessidade para o combate inicial ao sinistro, os
brigadistas deverão estar habilitados com técnicas apropriadas para o reconhecimento
das classes de incêndio, seus extintores e a melhor forma de sua extincão:

38
COMBATE A INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS│UNIDADE II

» conhecer os equipamentos;
» conhecer a utilizacão correta;
» adequar os equipamentos às necessidades de cada classe de incêndio.

Conhecer os equipamentos

Figura 1. Equipamentos.

Extintor de pó para classes ABC


É o extintor mais moderno no mercado, que atende a todas as classesde incêndio. O pó especial é capaz de combater
princípios de incêndios em materiais sólidos, líquidos inflamáveis e equipamentos energizados.É o extintor usado atualmente
nos veículos automotivos.

Extintor com água pressurizada


É indicado para incêndios de classe A (madeira, papel, tecido, materiais sólidos em geral). A água age por resfriamento e
abafamento, dependendo da maneira como é aplicada.

Extintor com gás carbônico


Indicado para incêndios de classe C (equipamento elétrico energizado), por não ser condutor de eletricidade. Pode ser
usado também em incêndios de classes A e B.

Extintor com pó químico seco


Indicado para incêndio de classe B (líquido inflamáveis). Age por abafamento. Pode ser usado também em incêndios de
classes A e C.

Extintor com pó químico especial


Indicado para incêndios de classe D (metais inflamáveis). Age porabafamento.

Fonte:<http://www.corpodebombeiros.sp.gov.br/novo/Downloads/Cartilha_de_Orientacao.pdf>.

39
UNIDADE II │COMBATE A INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS

Aparelhos Extintores
Não utilizar em líquidos inflamáveis ou equipamentos elétricos energizados.

Figura 2. Portáteis – Água Pressurizada (AP)

Capacidade: 10 litros de água, que é expelida por meio de


pressão interna.
Agente extintor: água.
Alcance do jato: +- 15 a 18m.
Tempo de duração: +- 61 a 67s.
Aplicação: incêndio classe “A”.
Método de extinção: resfriamento.

Figura 3. Portáteis – Pó Químico Seco (PQS)

Capacidade: 1,2, 4, 6,8, 12kg, que é expelido por meio de pressão


interna gerada por um gás inerte, contido no recipiente.
Agente extintor: bicarbonato de sódio.
Alcance do Jato: +- 6m.
Tempo de duração: +- 14 a 20s.
Aplicação: incêndios classes
“B” e “C”.
Método de extinção: abafamento.

Figura 4. Portáteis – Gás Carbônico (CO2)

Agente extintor: CO2 liquefeito sob pressão.


Alcance do Jato: +- 3m.
Tempo de duração: +- 15 a 19s.
Aplicação: incêndios classes
“B e C”
Método de extinção: abafamento.

40
COMBATE A INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS│UNIDADE II

Utilização correta

Figura 5. Retirada do pino (trava)

Fonte: FDE.

Figura 6. Pressionar a alavanca.

Fonte: FDE

Figura 7. Procedimentos.

Fonte: FDE.

41
UNIDADE II │COMBATE A INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS

Adequar os equipamentos às necessidades de


cada classe de incêndio

Os materiais combustíveis têm características diferentes e, portanto, queimam de


modos diferentes. Para melhor compreensão, são divididos em quatro classes de
incêndio, conforme o tipo de material:

Figura 8. Classes de incêndio.

Fonte: DSCI - CBMESP

»» Classe A – incêndio em materiais sólidos, como madeira, papel


e tecido etc. Esses materiais apresentam duas propriedades: deixam
resíduos quando queimados (brasas, cinzas, carvão), e queimam em
superfícies e em profundidade.

Figura 9. Incêndio em materiais sólidos.

Fonte: DSCI - CBPMESP.

»» Classe B – incêndio em líquidos inflamáveis, como óleo, gasolina,


querosene, etc. Esses materiais apresentam duas propriedades: não
deixam resíduos quando queimados, e queimam somente em superfície.

42
COMBATE A INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS│UNIDADE II

Figura 10. Líquidos inflamáveis

Fonte: DSCI - CBPMESP

»» Classe C – incêndio em equipamentos elétricos energizados,


como máquinas elétricas, quadros de força etc. Ao ser desligado o circuito
elétrico, o incêndio passa a ser de classe A. Importante: não jogue água
em fogo de classe C (material elétrico energizado), porque a água é boa
condutora de eletricidade.

Figura 11 - Equipamento elétrico energizado.

Fonte: DSCI- CBPMESP.

»» Classe D – incêndio em metais que inflamam facilmente, como alumínio


em pó, magnésio, carbonato de potássio etc. Não jogue água neste incêndio,
pois na presença da água esses metais reagem de forma violenta.

Figura 12. Incêndio em metal combustível.

Fonte: DSCI - CBPMESP.

Fonte: <http://www.corpodebombeiros.sp.gov.br/novo/Downloads/Cartilha_de_Orientacao.pdf>.

43
CAPÍTULO 2
Explosões

Uma explosão é um processo caracterizado por súbito aumento de volume e grande


liberação de energia, geralmente acompanhado por altas temperaturas e produção de
gases. Uma explosão provoca ondas de pressão ao redor do local onde ocorre. Explosões
são classificadas de acordo com essas ondas: em caso de ondas subsônicas, tem-se uma
deflagração; em caso de ondas supersônicas (ondas de choque), tem-se uma detonação.

Os explosivos artificiais mais comuns são os explosivos químicos, que se decompõem


por meio de violentas reações de oxidação e produzem grandes quantidades de gás e
calor.

Fonte:<http://pt.wikipedia.org/wiki/Explosão>.

Figura 13. Explosão atômica.

Fonte: Ilustração: Keith Tarrier / Shutterstock.com. <http://www.infoescola.com/fisica/bomba-atomica/>.

Mecanismo de uma explosão


A explosão inicia-se quando um estímulo exterior provoca um aumento de energia
cinética no explosivo, levando à quebra das ligações das moléculas afetadas, provocando a
sua decomposição e consequente libertação de energia, propagando o efeito às moléculas
adjacentes, provocando o efeito de ‘‘Reação em Cadeia’’. A propagação no interior
do explosivo dá-se por reação em cadeia da decomposição das moléculas, libertando

44
COMBATE A INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS│UNIDADE II

energia que vai gerar a decomposição das suas vizinhas. A frente desta propagação
tem o nome de “onda explosiva”, sendo a velocidade desta mais ou menos constante
e característica, mas podendo ser alterada por diversos fatores, inclusive pela energia
cinética inicial aplicada. Atingindo a superfície do explosivo, essa energia é libertada
para o meio envolvente do explosivo, gerando, entre outros efeitos, um aumento da
pressão pelo aumento brusco da quantidade de gases, criando uma ‘’onda de choque’’,
ondulatória e com propagação radial e centrífuga, decrescendo a sua velocidade a partir
do ponto de explosão.

Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Explosão>.

Efeitos dos explosivos

Os efeitos das explosões dividem-se em: fisiológicos, térmicos e mecânicos. Os efeitos


fisiológicos são os que afetam os indivíduos ao nível de olhos, tímpanos, pulmões,
coração etc. Os efeitos térmicos provêm do aumento de temperatura provocado pela
liberação de energia. Os efeitos mecânicos traduzem-se na deslocação de materiais, por
arrastamento ou por destruição.

Explosões por simpatia dão-se quando um explosivo é atingido pela onda de choque
que provoca um aumento de energia cinética que, por sua vez, provoca a decomposição
do explosivo.

Fonte:<http://pt.wikipedia.org/wiki/Explosão>.

Deflagração x detonação

Genericamente existe um efeito de deflagração quando a velocidade da onda explosiva


se encontra na ordem dos metros ou centenas de metros por segundo. Uma detonação
tem uma velocidade da onda explosiva na ordem dos quilômetros por segundo.

A própria propagação da onda é diferente entre ambas. Em uma detonação, a onda


propaga-se longitudinalmente, ao passo que em uma deflagração vai tomar toda a
superfície do explosivo e dirigir-se para o interior.

45
UNIDADE II │COMBATE A INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS

Figura 14. Forma genérica de uma carga procurando obter o reforço da explosão pelo efeito de Monroe-

Newmann. Na figura da direita pode-se ver a linha de encontro das duas ondas, ao longo da qual a força da

explosão é maior.

Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Explosão>.

Histórico de Explosões/Atentados/Acidentes em
Eventos

Figura 15. Tragédias.

Fonte:<http://dinizk9.blogspot.com.br/2013/04/duas-explosoes-deixam-mortos-e-feridos.html>.

1972: Jogos Olímpicos de Munique

Membros do Setembro Negro, grupo extremista palestino, tomaram como reféns atletas
e dirigentes israelenses em 5 de setembro, durante os Jogos Olímpicos de Munique,
reclamando a libertação de 232 compatriotas presos em Israel. Mataram dois atletas.
Nove israelenses faleceram na intervenção da polícia alemã, assim como cinco dos oito
sequestradores e um policial.

Fonte:<http://esporte.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2013/04/16/explosoes-e-
atentados-em-eventos-esportivos.htm>.

46
COMBATE A INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS│UNIDADE II

1996: Jogos Olímpicos de Atlanta

Eric Robert Rudolph detonou uma bomba de fabricação caseira no Parque Olímpico
do Centenário, durante uma apresentação dentro do programa cultural relacionado
com os Jogos, em 27 de julho. Uma mulher morreu ao ser atingida na cabeça por
um dos pregos que havia no explosivo, enquanto outras 111 pessoas ficaram feridas.
Um cinegrafista turco faleceu, vítima de um ataque cardíaco quando filmava a cena.

Rudolph afirmou que pretendia protestar contra o aborto. Era suspeito de outros três
atentados com bomba, cometidos em Atlanta contra uma discoteca frequentada por
homossexuais, um prédio de escritórios e uma clínica.

Fonte:<http://esporte.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2013/04/16/explosoes-e-
atentados-em-eventos-esportivos.htm>.

2006: Iraque

A partir da queda de Saddam Hussein, o Iraque virou uma zona de perigo para atletas,
vítimas de sequestros e assassinatos.

Em maio de 2006, 15 atletas e dirigentes da equipe nacional de taekwondo foram


sequestrados e nunca mais foram vistos.

O técnico nacional de tênis foi morto ao lado de dois atletas por criminosos. O treinador
da seleção de caratê também foi assassinado, no ano de 2009, em Mossul.

Fonte:<http://esporte.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2013/04/16/explosoes-e-
atentados-em-eventos-esportivos.htm>.

2008: Maratona do Sri Lanka

O atentado suicida de um suposto membro dos rebeldes separatistas dos Tigres de


Libertação da Pátria Tâmil deixou 13 mortos, incluindo um ministro, e mais de 100
feridos na largada da maratona de Colombo, em 9 de abril.

Fonte:<http://esporte.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2013/04/16/explosoes-e-
atentados-em-eventos-esportivos.htm>.

2009: Seleção de críquete do Sri Lanka no


Paquistão

Mais de 10 criminosos atacaram com granadas e armas automáticas o ônibus da seleção


de críquete do Sri Lanka, antes de uma partida amistosa contra o Paquistão em Lahore.

47
UNIDADE II │COMBATE A INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS

O combate com as forças de segurança deixou oito mortos: seis guardas e dois civis. Seis
jogadores ficaram feridos.

Fonte:<http://esporte.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2013/04/16/explosoes-e-
atentados-em-eventos-esportivos.htm>.

2009: Drinque de fogo causa explosão e fere


quatro em festa de aniversário em Bauru (SP)

Uma bebida preparada para animar uma festa de aniversário acabou em tragédia em
Bauru, no interior de São Paulo. O «drinque de fogo» fugiu do controle do barman e
causou explosão. Quatro adolescentes ficaram feridas. Uma delas, com 40% do corpo
queimado, está internada na UTI. O barman está preso.

Fonte:< http://extra.globo.com/noticias/brasil/drinque-do-fogo-causa-explosao-fere-
quatro-adolescente-em-festa-de-aniversario-em-bauru-sao-paulo-286587.html>.

2010: Seleção do Togo na Copa Africana


de futebol

Dois dirigentes da delegação do Togo e o motorista morreram em Angola em um ataque


contra o ônibus, que foi metralhado durante vários minutos em sua passagem pela
região de Cabinda, em 8 de janeiro, quando viajava para a disputa da Copa Africana de
Nações em Luanda. Dois jogadores foram gravemente feridos. O ataque foi reivindicado
pelos separatistas da Frente de Libertação de Cabinda ─ FLEC. Togo ordenou o retorno
da equipe ao país

Fonte:<http://esporte.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2013/04/16/explosoes-e-
atentados-em-eventos-esportivos.htm>.

2012: Expo Rondon – Marechal Cândido Rondon (PR)

Um incidente foi registrado por um internauta na noite de 27 de julho, durante as


festividades da Expo Rondon 2012.

Durante a queima dos fogos de artifício, ocorreu uma explosão e uma bola de fogo
caiu sobre a plateia, deixando muitas pessoas em pânico. Instantes depois, uma
caminhonete trazendo o locutor de rodeio fez algumas manobras na arena, recebendo
vaias do público, devido ao incidente.

Segundo informações repassadas pela Unidade de Saúde, quatro pessoas (entre elas
uma criança) sofreram queimaduras e foram socorridas no pronto-atendimento
instalado no parque de exposições e, posteriormente, levadas à Unidade 24 Horas.
48
COMBATE A INCÊNDIOS EM GRANDES EVENTOS│UNIDADE II

As quatro vítimas sofreram ferimentos superficiais e foram liberadas em seguida.

Fonte:<http://portalrondon.com.br/noticia/10853/>.

2012: Explosão de balões de festa ferem pelo menos


cinco pessoas em Pirapora, no Norte de Minas Gerais

Sete pessoas que participavam de um evento político ficaram feridas em um acidente


com balões de gás na cidade de Pirapora, no Norte de Minas. Cerca de 100 pessoas
participavam da convenção do PSDB.

Fonte:<http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2012/06/30/interna_gerais,303514/
explosao-de-baloes-de-festa-fere-pelo-menos-cinco-pessoas-em-pirapora.shtml>.

2013: Maratona de Boston (Estados Unidos)

As explosões perto da linha de chegada, que mataram três pessoas e deixaram mais de
100 feridos, não foram o primeiro caso de ataque em eventos esportivos.

Fonte:<http://esporte.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2013/04/16/explosoes-e-
atentados-em-eventos-esportivos.htm>.

2015: Explosão em queima de fogos – Maringá (PR)

Ao menos, 20 pessoas ficaram feridas durante a queima de fogos da festa da virada na


Praça da Catedral, em Maringá, no norte do Paraná. Pessoas que estavam no local no
momento do acidente disseram aos bombeiros que durante o show pirotécnico houve
uma explosão próxima a um grupo que participava da festa.

Fonte:<http://www.ormnews.com.br/noticia/explosao-em-queima-de-fogos-fere-20-
pessoas-no-parana#.VM5UoULGy8w>.

Verifique se, na empresa em que você trabalha, possui brigada de incêndio e, se


possível, acompanhe um treinamento para praticar as ações.

CONTROLE DE UNIDADE III


PÂNICO

49
CAPÍTULO 1
Como prevenir e controlar situações de
pânico

Seis mil pessoas lotavam a danceteria República de Cromagnon no bairro do Once,


em Buenos Aires, para comemorar a formatura dos estudantes de diversos colégios.
Eram 22h50 do dia 30 de dezembro de 2004 – penúltimo dia do ano – quando
alguns adolescentes resolveram acender fogos de artifício dentro do espaço fechado.
O resultado foi um incêndio que começou no teto e logo pânico, correria e o desespero
da descoberta de que todas as saídas de emergência estavam trancadas com cadeados.
Saldo: entre queimados, asfixiados e pisoteados, pelo menos 185 mortos – na maioria
jovens entre 15 e 25 anos, mas também algumas crianças e bebês de colo – e mais de
800 feridos. Foi o maior acidente desse tipo na história da Argentina, e o sexto maior
incêndio em local fechado do mundo (FERNANDES, 2005, p. 1).

Prevenir incêndios é tão importante quanto saber apagá-los ou mesmo saber como agir
corretamente no momento em que eles ocorrem.

Início de incêndio e outros sinistros de menor vulto podem deixar de se transformarem


em tragédia, se forem evitados e controlados com segurança e tranquilidade por pessoas
devidamente treinadas. Na maioria das vezes, o pânico dos que tentam se salvar faz
mais vítimas que o próprio acidente.

Figura 16. Tumulto.

Fonte: <http://www.hojeemdia.com.br/esportes/tumulto-marca-inicio-da-venda-de-ingressos-da-arena-fonte-nova-1.106795>.

Triângulo de segurança
Existe um conjunto de três fatores que indicam que determinado tipo de ocupação
se encontra dentro dos padrões de segurança, na qual é chamado de triângulo da
segurança: o conhecimento técnico, a atuação e o comportamento que se subdivide

50
CONTROLE DE PÂNICO│ UNIDADE III

em medo e pânico, partindo do princípio de que o local já se encontra protegido por


equipamentos contra incêndio.

A explosão inicia-se quando um estímulo exterior provoca um aumento de energia


cinética no explosivo, levando à quebra das ligações das moléculas afetadas, provocando a
sua decomposição e consequente libertação de energia, propagando o efeito às moléculas
adjacentes, provocando o efeito de ‘‘Reação em Cadeia’’. A propagação no interior do
explosivo dá-se por reacção em cadeia da decomposição das moléculas, libertando
energia que vai gerar a decomposição das suas vizinhas. A frente desta propagação
tem o nome de onda explosiva’’, sendo a velocidade desta mais ou menos constante no
explosivo e característica do mesmo, mas podendo ser alterada por diversos factores,
inclusive a energia cinética inicial aplicada. Atingindo a superfície do explosivo, esta
energia é libertada para o meio envolvente do explosivo, criando, entre outros efeitos,
um aumento da pressão pelo aumento brusco da quantidade de gases, criando uma
”onda de choque’’, ondulatória e com propagação radial e centrífuga, decrescendo a sua
velocidade a partir do ponto de explosão.

Fonte: <http://www.defesacivil.ce.gov.br/index.php?option=com_phocadownload&view
=category&id=63:&download=256:_-p&Itemid=15.>

Medo e pânico
O comportamento desejável para a pessoa que inesperadamente se vê às voltas com
um incêndio é o de manter o controle das próprias reações nervosas, sem se deixar
amedrontar, e sem perder a presença de espirito. O comportamento adequado, nos
incêndios, consiste em combater o medo e o pânico. O medo e principalmente o
pânico são reflexos negativos do nosso comportamento. São características do nosso
individualismo, portanto, susceptíveis de sofrerem influências, mas também de influir
nas outras pessoas. É muito grande, portanto, a responsabilidade individual. Ao se
entrar em pânico, pode-se arrastar dezenas de pessoas, muitas vezes à fatalidade.
O controle do medo e do pânico é, pois, obrigação de cada um.

O medo é um estado natural e, portanto, normal, do homem. Sentir medo é uma reação
natural, diante da situação de perigo. Dessa forma, sendo do gênero de coisa que pertence
à natureza, ao lado do seu aspecto desfavorável, apresenta também um aspecto positivo ao
comportamento humano. Ele estimula a produção de adrenalina, que acelera a circulação
sanguínea, o que torna a pessoa apta a lutar. São, contudo, três principais reações
comportamentais do indivíduo referentes ao medo: aptidão para a luta–reação positiva;
fuga–reação negativa e perigosa, se ocorrer o pânico; indiferença–aparentemente é
uma reação positiva, mas pode ser um sintoma negativo. Há casos, em que o efeito do

51
UNIDADE III │CONTROLE DE PÂNICO

monóxido de carbono, existente na fumaça, inibe a lucidez da pessoa, deixando-a fora da


realidade. Nestes casos a pessoa acaba por se entregar passivamente ao fogo.

Pode-se entender pânico como sendo a evolução do aspecto negativo do medo. A situação do
intenso perigo, característica dos incêndios, cria e aumenta rapidamente um estado de ansiedade
na pessoa abalando-lhe o instinto de sobrevivência, de autopreservação. Este ciclo evolutivo
supera a capacidade de controle emocional do indivíduo, que passa a agir precipitadamente
em um esforço frenético, irracional e desordenado, em busca de defesa e de segurança.
Este comportamento, como já se disse, é contagioso e tende a conduzir a uma tragédia de
proporções alarmantes.

Da mesma forma que o medo pode evoluir para o pânico, pode também ele se evoluir
em sentido contrário, e até transformar as pessoas em líderes do controle geral.
O organismo humano é dotado de reações positivas também naturais como a razão, a
vontade e a inteligência. Essas reações proporcionam a necessária tranquilidade para
que se possa perceber a alternativa mais fácil de fugir, ou de encontrar o local mais
adequado de aguardar um socorro, o que pode acontecer muito antes do que se pode
imaginar.

Felizmente, as reações positivas também contagiam. Surgindo entre os agitados alguém


capaz de manter a calma, inspirar confianda. O medo é natural, mas o pânico não é.
Ele é uma anomalia do comportamento humano, uma vez que a tendência natural é
para o controle. Então, por que o pâara o controla sua origem?

Pode-se afirmar que a causa fundamental do pânico é a insegurança. Esta, por sua
vez, é fruto do desconhecimento, da inexperiência, e de outras variáveis mais raras,
como a influência de outras pessoas, a solidão, bem como características psíquicas e
personalísticas. Desses fatores, o mais importante é, inegavelmente, o desconhecimento.
Os demais são contornáveis ou exercitáveis.

Fonte:<http://www.defesacivil.ce.gov.br/index.php?option=com_phocadownload&view=
category&id=63:&download=256:_-p&Itemid=15>.

52
CAPÍTULO 2
Evacuação e abandono de edificações

Ordem de abandono
O responsável máximo da brigada de incêndio (coordenador geral, chefe da brigada ou líder,
conforme o caso) determina o início do abandono, devendo priorizar os locais sinistrados,
os pavimentos superiores a estes, os setores próximos e os locais de maior risco.

Ninguém espera o acontecimento de um incêndio. Baseado nesta afirmação é preciso


ter um plano de abandono, para ser utilizado em caso de sinistro, pois o incêndio poderá
ocorrer em qualquer lugar.

É importante falar que todo incêndio começa pequeno e, se não for controlado no
início, pode atingir proporções que o próprio Corpo de Bombeiros terá dificuldade em
combatê-lo.

Portanto, faz-se necessário observar se a edificação possui todos os recursos destinados


a prevenção e combate a incêndio e pânico, de acordo com a legislação vigente.

A seguir, veremos uma série de orientações que, se seguidas, darão condições aos
ocupantes da edificação, para que possam sair em segurança.

Figura 17. Plano de Abandono.

Fonte: <http://www.aecentroncamento.pt/aece/index.php/noticias/109-exercicio-de-
evacuacao-realizado-com-sucesso-na-escola-secundaria-do-entroncamento>

53
UNIDADE III │CONTROLE DE PÂNICO

Recomendações gerais para a população da


planta
em caso de abandono, adotar os seguintes procedimentos:

»» acatar as orientações dos brigadistas;

»» manter a calma;

»» caminhar em ordem, sem atropelos;

»» permanecer em silêncio;

»» pessoas em pânico: se não puder acalmá-las, deve-se evitá-las. se possível,


avisar um brigadista;

»» nunca voltar para apanhar objetos;

»» ao sair de um lugar, fechar as portas e janelas sem trancá-las;

»» não se afastar dos outros e não parar nos andares;

»» levar consigo os visitantes que estiverem em seu local de trabalho;

»» ao sentir cheiro de gás, não acender ou apagar luzes;

»» deixar a rua e as entradas livres para a ação dos bombeiros e do pessoal


de socorro médico;

»» encaminhar-se ao ponto de encontro e aguardar novas instruções.

Em locais com mais de um pavimento:

»» nunca utilizar o elevador, salvo por orientação da brigada;

»» descer até o nível da rua e não subir, salvo por orientação da brigada;

»» ao utilizar as escadas, deparando-se com equipes de emergência, dar


passagem pelo lado interno da escada.

Em situações extremas:

»» evitar retirar as roupas e, se possível, molhá-las;

»» se houver necessidade de atravessar uma barreira de fogo, molhar todo o


corpo, roupas, sapatos e cabelo;

»» proteger a respiração com um lenço molhado junto à boca e ao nariz e


manter-se sempre o mais próximo do chão, já que é o local com menor
concentração de fumaça;

54
CONTROLE DE PÂNICO│ UNIDADE III

»» antes de abrir uma porta, verificar se ela não está quente;

»» se ficar preso em algum ambiente, aproximar-se de aberturas externas e


tentar de alguma maneira informar sua localização;

»» nunca saltar;

»» identificar o local do sinistro;

»» obedecer no local do sinistro às ordens de comando das operações;

»» fazer a vistoria de confirmação do abandono de todas as pessoas no andar


do incêndio equipado com extintor de incêndio ou linha de hidrante
armada para sua proteção;

»» utilizar a ala interna das escadas para subida e retirada de vítimas;

»» o chefe da brigada deverá coordenar a sequência de desocupação dos


pavimentos;

»» operar extintores por iniciativa própria até a chegada do chefe da brigada


ou mediante ordem do mesmo;

»» compor a equipe de hidrantes armando-as, porém aguardando


determinação para abrir a água;

»» providenciar abertura de portas e janelas para a ventilação local;

»» providenciar o arrombamento de portas e paredes, quando necessário;

»» retornar ao seu local de trabalho somente após o término dos trabalhos


de combate a incêndio.

55
UNIDADE III │CONTROLE DE PÂNICO

Evacuação de Emergência.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=DyzdsB7zDCU>.

Fluxograma 1. Modelo de acionamento da brigada.

Fonte:< http://dc102.4shared.com/img/KJxA8iEo/preview_html_6276d89d.gif>.

56
CONTROLE DE PÂNICO│ UNIDADE III

Figura 18. Procedimentos para o abandono

Se um incêndio ocorrer em seu apartamento, saia


imediatamente. Muitas pessoas morrem por não
acreditarem que um incêndio pode se alastrar com
rapidez.

Se você ficar preso em meio à fumaça, respire pelo


nariz, em rápidas inalações. Se possível, molhe um
lenço e utilize-o como máscara improvisada. Procure
rastejar para a saída, pois o ar é sempre melhor junto
ao chão.

Use as escadas - nunca o elevador. Um incêndio


razoável pode determinar o corte de energia para os
elevadores. Feche todas as portas que ficarem atrás
de você, assim retardará a propagação do fogo.

Se você ficar preso em uma sala cheia de fumaça,


fique junto ao piso, onde o ar é sempre melhor. Se
possível, fique perto de uma janela, de onde poderá
chamar por socorro.
Toque a porta com sua mão. Se estiver quente, não
abra. Se estiver fria, faça este teste: abra
vagarosamente e fique atrás da porta. Se sentir calor
ou pressão vindo através da abertura, mantenha-a
fechada.
Se você não puder sair, mantenha-se atrás de uma
porta fechada. Qualquer porta serve como couraça.
Procure um lugar perto de janelas, e abra-as em cima
e embaixo. Calor e fumaça devem sair por cima. Você
poderá respirar pela abertura inferior.
Procure conhecer o equipamento de combate à
incêndio para utilizá-lo com eficiência em caso de
emergência.
Um prédio pode lhe dar várias opções de salvamento.
Conheça-as previamente. NÃO salte do prédio. Muitas
pessoas morrem sem imaginar que o socorro pode
chegar em poucos minutos.
Se houver pânico na saída principal, mantenha-se
afastado da multidão. Procure outra saída. Uma vez
que você tenha conseguido escapar, NÃO RETORNE.
Chame o Corpo de Bombeiros imediatamente.

Fonte: <http://www.corpodebombeiros.sp.gov.br/novo/Downloads/Cartilha_de_Orientacao.pdf>.

57
SALVAMENTO
EM EVENTOS DE UNIDADE IV
GRANDE PORTE

CAPÍTULO 1
Operações de Salvamento

Salvamento: conjunto de operações necessárias para a remoção de pessoas de um local


em situação perigosa e sua colocação em local seguro, incluindo o controle daqueles
que estiverem em pânico, mediante um sinistro de incêndio, primeiros-socorros,
vazamento de produtos perigosos e radioativos

Uma brigada de incêndio deve ser composta por um grupo com características
próprias: os substitutos eventuais devem ter características semelhantes às dele;
deve haver um critério preestabelecido para a seleção dos componentes, visando à
unificação dos atributos favoráveis e desfavoráveis para a execução dos serviços de
salvamento e combate; a seleção do homem para salvamento ou combate deve ser com
base no aspecto físico, agilidade, destreza, atenção, coordenação motora e capacidade
de aperfeiçoamento, liderança, motivação, autocontrole e outras, porém a brigada
moderna exige que todos tenham capacidade de agir em qualquer função, com exceção
do pessoal de apoio.

Caso nenhum candidato atenda aos critérios relacionados deverão ser relacionados
aqueles que atendam ao maior número de requisitos. Em linhas gerais, a seleção
compreende um estudo cuidadoso das qualidades necessárias à missão de salvamento,
e de combate, considerando o indivíduo, e o grupo. Devem-se adequar qualidades
humanas necessárias para executar a missão com êxito.

Fonte:<http://www.defesacivil.ce.gov.br/index.php?option=com_phocadownload&view
=category&id=63:&download=256:_-p&Itemid=15>.

58
SALVAMENTO EM EVENTOS DE GRANDE PORTE│ UNIDADE IV

Figura 19. Salvamento.

Fonte:<http://www.brasil247.com/pt/247/minas247/96848/Bombeiros-de-Minas-treinam-militares-cariocas.htm>.

Técnica e tática de busca e salvamento


Ação desencadeada para ajudar pessoas que não consigam sair sozinha de certa
situação. Havendo ou não lesões. Se não houver intervenção do Corpo de Bombeiros,
haverá lesões.

Isolamento

Físico: resgate (ex.: perdido).

Psicológico: orientação, apoio (incapaz de descer, se deslocar, principalmente, à noite etc.).

Figura 20. Fases

Segurança

POP (Procedimento Operacional Padrão), garante o mínimo:

Exige constante desenvolvimento de habilidades pessoais (ação perigosa)

59
UNIDADE IV │ SALVAMENTO EM EVENTOS DE GRANDE PORTE

Velocidade x Qualidade.

Figura 21. Treinamento de cães para salvamento.

Fonte:<http://www.tudosobrefloripa.com.br/index.php/desc_noticias/seminario_em_biguacu
_apresenta_11_caees_de_busca_e_salvamento_de_sc>.

Pré-planejamento

Deve conter, no mínimo:

» funções;

» etapas;

» evacuação;

» apoio logístico;

» divulgação de informações;

» desmobilização;

» avaliação.

Respostas a os acionamentos

» emergência (hora de ouro);

» moderada (permite planejamento);

60
SALVAMENTO EM EVENTOS DE GRANDE PORTE│ UNIDADE IV

»» avaliativa (informações vagas, duvidosas).

Todas devem ser consideradas como verdadeiras, até que fatos/evidências provem o
contrário.

Fontes de dados

»» pessoa que acionou;

»» testemunhas/companheiros;

»» familiares;

»» documentos de registros de passagem;

»» filmagens, fotos, meteorologia, mapas.

»» vestígios importantes.

Outras fontes de dados

»» informantes: formas de contato com a equipe de resgate;

»» reconhecimento: pontos de observação, megafone, sinais etc.

»» automóvel/evento/casa/hotel: bilhete orientando contactar a equipe de


resgate.

Determinação da área de busca

Métodos:

»» teórico;

»» estatístico;

»» subjetivo;

»» mattson.

Método Teórico:

»» o raio da área de busca é determinado pela expectativa de deslocamento


da vítima.

61
UNIDADE IV │ SALVAMENTO EM EVENTOS DE GRANDE PORTE

Figura 22. M, 45, fotógrafo de pássaros, avistado no ponto x há 12h

Fonte: <http://pt.slideshare.net/bombeiros193/tcnicas-de-busca-e-salvamento>.

Método Estatístico:

O raio da área de busca é determinado pelo deslocamento da vítima, considerando


tabelas. O centro é o último local onde foi avistada.

Figura 23. M, 45, estudante, asmático, avistado no ponto x há 10h.

62
SALVAMENTO EM EVENTOS DE GRANDE PORTE│ UNIDADE IV

Fonte: <http://pt.slideshare.net/bombeiros193/tcnicas-de-busca-e-salvamento>.

Método Subjetivo:

» intuição, acidentes naturais, indícios, experiência etc.

» adequado quando é difícil determinar o último local onde a vitíma foi


avistada.

Figura 24. M, 15, estudante, asmático.

Método Mattson:

» Análise do mapa por três pessoas.

» Características diversas.

» Média dos palpites.

» Democrático.

» Reduz personalidades dominantes.

63
UNIDADE IV │ SALVAMENTO EM EVENTOS DE GRANDE PORTE

Figura 25 3f, 20, 35, 12, família fazendo caminhada pela mata, ligou dizendo

que estava perdida, próxima a uma montanha e a mais velha quebrou a perna.

Fonte:<http://pt.slideshare.net/bombeiros193/tcnicas-de-busca-e-salvamento>.

64
Para (não) Finalizar

A função da segurança de eventos é garantir que todo o planejamento para a realização


de um evento aconteça com o mínimo de problemas. É muito importante conhecer os
fundamentos de segurança privada para poder avaliar a qualidade da proteção oferecida
por quem irá proteger seu evento;

Incidentes em eventos mancham a imagem das empresas organizadoras de eventos,


promotoras e patrocinadoras – marcas envolvidas, além do prejuízo financeiro. E mais:
todas as empresas envolvidas na realização do evento podem ser responsabilizadas.

Não existe uma fórmula pronta para dimensionar a segurança de um evento. Cada
evento exige um planejamento próprio;

Não é porque se fará uma análise de riscos que o orçamento da segurança do evento será
necessariamente maior que o esperado, mas dará aos responsáveis o conhecimento dos
riscos que ele deseja ou não assumir!

Outro ponto importante é que a tecnologia supre a maior parte das necessidades de
segurança de um evento, desde que seja bem montada, treinada com a equipe e bem
utilizada.

O profissional de segurança precisa ter uma abordagem técnica, olhar o evento de forma
abrangente e preocupar-se em garantir sua entrega ao público e aos organizadores do
evento, promotores e patrocinadores.

Ainda sobre o assunto, cabe dizer que o O CREA (Conselho Regional de Engenharia
e Agronomia) analisa os projetos das instalações e, quando aprovados, emite um
documento chamado ART (Aviso de Responsabilidade Técnica);

Obter as licenças exigidas pelas autoridades não somente é necessário, mas também uma
prevenção para o organizador do evento, pois dará a tranquilidade de que o trabalho
de todos os envolvidos na organização do evento tem o aval de órgãos competentes,
especialmente no caso de alguma demanda jurídica no dia ou futura;

Como já foi dito anteriormente, o investimento em segurança, além de proteger vidas e


bens materiais, preserva a imagem das empresas que associam suas marcas ao evento.
Eventuais prejuízos materiais são recuperáveis, mas prejuízos à imagem de uma marca,
assim como perdas de vidas, são irreparáveis;

65
PARA (NÃO) FINALIZAR

Sempre que for buscar um local para seu evento, identifique qual é a infraestrutura que
o espaço oferece e quais vulnerabilidades eventualmente precisam ser cobertas para
que o evento esteja protegido;

Os riscos precisam ser muito bem analisados, por profissionais competentes, para que
seja possível determinar a melhor maneira tratá-los.

A empresa organizadora de eventos pode e deve estar amparada por seguros específicos,
principalmente de responsabilidade civil, já exigido por diversos espaços de eventos.

Fonte:< http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pdf>.

Em suma, o incentivo simbólico é bem-vindo; disciplinamento, importante, sob o ponto


de vista da justificação de repasse de verbas; e o reconhecimento pleno se dará pela
integração com os demais órgãos como corpos de bombeiros etc.

Do mesmo modo, devemos considerar os voluntários como parceiros e não


concorrentes. Para facilitar tais desideratos, a edição de lei ordinária de caráter geral,
que é competência da União, está em andamento. Portanto, fica a cargo dos estados e
municípios suplementar a lei federal, assim como fez Santa Maria (RS), com a lei Kiss,
de acordo com as especificidades regionais e locais.

Como atividade para concluir a matéria, verifique se na sua cidade ou trabalho


haverá um grande evento.

Após isso, faça uma análise sobre a necessidade ou não de implantar um sistema
com requisitos e procedimentos de segurança para a realização de grandes
eventos na sua região, disserte sobre os principais problemas que podem surgir
e apresente soluções.

Isso vale para se estender até a empresa em que trabalha, que também poderá
promover um grande evento de fim de ano, aniversário da empresa etc.

Checklist para a segurança de eventos

a. órgãos, departamentos e entidades

» Polícia Militar;

» Corpo de Bombeiros;

» Serviço Médico de Emergência;

» Prefeitura Municipal;

66
PARA (NÃO) FINALIZAR

»» Ministério Público;

»» Segurança do Trabalho, Saúde e Meio Ambiente;

»» CET – Companhia de Engenharia de Tráfego (Departamento de Trâfego


(Departamento Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e
Agronomia;

»» Juizado da Infância e da Adolescência;

»» ECAD – Escritório Central de Arrecadação Distribuição de de Direitos


Autorais; Defesa Civil;

»» Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.

b. segurança patrimonial

»» Análise de Risco Estratégico;


»» Cronograma de Implantação de Pessoal e Equipamentos;
»» Contratação de Empresa de Segurança Privada (Lei no 7.102/1983 e
Portaria no 358/2009 DPF);
»» Plano de Segurança;
»» Planejamento Operacional;
»» Plano de Comunicações – Rede Rádio;
»» Livro de Registro de Ocorrência – Diário do Evento;
»» Relação de Controle de Acesso;
»» Mapa de Distribuição do Efetivo;
»» Relação Nominal de Profissionais das Empresas Prestadoras de
Segurança; Descrição de Postos e Tarefas;
»» Relação de Guarda de Bens Materiais a cargo da Segurança;
»» Ferramentas Tecnológicas (segurança eletrônica: CFTV, alarme, ronda,
detectores de metais, outros);
»» Plano de Contingência;
»» Detectores de Metais (Legislação Estadual);
»» Outros itens legais (Legislação Estadual e/ou Municipal).

c. Brigada de incêndio

»» Análise de Risco Estratégico (foco em incêndio);

67
PARA (NÃO) FINALIZAR

»» Plano de Abandono ou PECI – Plano de Emergência contra Incêndio


(NBR 14.276 e NBR 15.219);

»» Cronograma de Implantação de Bombeiros, Socorristas e Maqueiros;


Plano de Treinamento (NBR 14.608);

»» Certificado de Formação Profissional de Bombeiro Civil (Lei no


11.901/2009 e NBR 14.608);

»» Livro de Registro de Ocorrência – Diário do Evento;

»» Planejamento Operacional;

»» Plano de Comunicações – Rede Rádio;

»» Relação Nominal de Profissionais;

»» Relação de Materiais Tratados (Ignifugados);

»» Mapa de Distribuição do Efetivo e de Equipamentos (Extintores – Tipo,


Modelo – Hidrantes, Mangotinhos etc.);

»» Descrição de Postos e Tarefas;

»» Comunicação Visual (Saídas de Emergência);

»» Folheto Explicativo/Orientativo para Casos de Emergências (Saídas de


Emergências e demais Informações);

»» Vídeo de Comunicação para Casos de Emergência (vídeo com Instruções


de Segurança);

»» AVCB – Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (Decreto no.


46.076/2001–SP); AVS – Auto de Verificação de Segurança (Lei no
11.228/1992, Decreto Reg. no 32.329/1992, anexo 17);

»» Laudo de Vistoria/Inspeção das Instalações Elétricas – Termográfica;

»» Plano de Intervenção de Incêndio;

»» Plano de Contingência;

»» Outros itens legais (Legislação Estadual e/ou Municipal).

Fonte: <http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_
web.pd>

68
Referências

Sites:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Incêndio_na_boate_Kiss>

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Nero#O_grande_inc.C3.AAndio_de_Roma>

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_incêndio_de_Londres>

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_incêndio_de_Chicago>

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Sismo_de_São_Francisco_de_1906>

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Tragédia_do_Gran_Circus_Norte-Americano>

<http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u94684.shtml>

<http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/os-maiores-incendios-no-brasil>

<http://memoriaglobo.globo.com/programas/entretenimento/infantojuvenis/xuxa-
park/incendio.htm>

<http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/01/relembre-outros-incendios-que-
causaram-tragedias-em-boates.html>

<http://www.abeoc.org.br/wp-content/uploads/2014/02/cartilha_evento-seguro_web.pd>

<http://www.rs.gov.br/conteudo/203728/estado-publica-regulamentacao-da-lei-kiss>

<http://www.senado.gov.br/atividade/materia/detalhes.asp?p_cod_mate=116958>

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Explosão>

<Fonte: http://esporte.uol.com.br/ultimas-noticias/afp/2013/04/16/explosoes-e-
atentados-em-eventos-esportivos.htm>

<http://extra.globo.com/noticias/brasil/drinque-do-fogo-causa-explosao-fere-
quatro-adolescente-em-festa-de-aniversario-em-bauru-sao-paulo-286587.html>

<http://portalrondon.com.br/noticia/10853/>

69
REFERÊNCIAS

<http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2012/06/30/interna_gerais,303514/
explosao-de-baloes-de-festa-fere-pelo-menos-cinco-pessoas-em-pirapora.shtml>

<http://www.ormnews.com.br/noticia/explosao-em-queima-de-fogos-fere-20-
pessoas-no-parana#.VM5UoULGy8w>

<http://www.defesacivil.ce.gov.br/index.php?option=com_phocadownload&view=ca
tegory&id=63:&download=256:_-p&Itemid=15>

<http://dc102.4shared.com/img/KJxA8iEo/preview_html_6276d89d.gif>

<http://pt.slideshare.net/bombeiros193/tcnicas-de-busca-e-salvamento>

<http://www.corpodebombeiros.sp.gov.br/novo/Downloads/Cartilha_de_
Orientacao.pdf>

< http://www.infoescola.com/fisica/bomba-atomica/>

< http://dinizk9.blogspot.com.br/2013/04/duas-explosoes-deixam-mortos-e-feridos.
html>

<http://www.brasil247.com/pt/247/minas247/96848/Bombeiros-de-Minas-
treinam-militares-cariocas.htm>

<http://www.hojeemdia.com.br/esportes/tumulto-marca-inicio-da-venda-de-
ingressos-da-arena-fonte-nova-1.106795>

<http://www.aecentroncamento.pt/aece/index.php/noticias/109-exercicio-de-
evacuacao-realizado-com-sucesso-na-escola-secundaria-do-entroncamento>

<http://www.tudosobrefloripa.com.br/index.php/desc_noticias/seminario_em_big
uacu_apresenta_11_caees_de_busca_e_salvamento_de_sc>

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