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INSTITUTO POLITECNICO METROPOLITANO DE ANGOLA

GRUPO 04

ANÁLISES QUE ANTECEDEM UMA OBRA

A PROTECÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

LUANDA

2023
GRUPO 04

 ABRAÃO RAÚL
 LUCINDA RIBEIRO
 AGOSTINHO MIGUEL
 MARIA FERREIRA
 HENDRICK JOSÉ
 ONÉSIMO DOS SANTOS

ANÁLISES QUE ANTECEDEM UMA OBRA

A PROTECÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

Estudo realizado e apresentado ao Instituto


Politécnico Metropolitano de Angola, desenvolvido no
âmbito da disciplina de Tecnologias das Construções,
como requisito parcial para a avaliação contínua, sob
orientação do Prof. Eng. Tatiana Casaca.

LUANDA
2023
GRUPO 04

ANÁLISES QUE ANTECEDEM UMA OBRA

A PROTECÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

Estudo realizado e apresentado ao Instituto Politécnico Metropolitano de


Angola, desenvolvido no âmbito da disciplina de Tecnologias das Construções, como
requisito parcial para a avaliação contínua, sob orientação do Prof. Eng. Tatiana Casaca.

Aprovado ao: ____ /____/______

________________________________________________________________

Coordenação do curso de Lic. em Arquitectura

Considerações_____________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
RESUMO

Vamos nesse trabalho mostrar quais são os principais conceitos básicos de


protecção contra incêndio e as leis regentes a serem levadas em consideração para a
elaboração e execução do Plano de prevenção de combate a incêndio em um edifício
para a obtenção da licença de construção da obra.
Desta forma procurou-se estudar as licenças e autorizações necessárias para
exercer numa determinada obra de acordo ao regime jurídico de urbanização cujo as
licenças são emitidas pela administração do município em que é inserida a obra e com
auxílio e autorização do corpo de bombeiros, relativas a: condições exteriores de
segurança e acessibilidade; condições de evacuações de edifício; condições de
comportamento do fogo, isolamento e proteção; condições de instalações técnicas;
condições de equipamentos e sistema de incêndios e ainda de aspectos gerais e medidas
de auto-proteção.
Palavras Chave: Protecção, Incêndio, Licença.
ÍNDICE

INTRODUÇÃO.........................................................................................................01

PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS:

1. SISTEMA DE PROTECÇÃO CONTRA INCÊNDIO......................................02


2. EQUIPAMENTOS DE COMBATE AOS INCENDIO.....................................02
3. PROJECTO DE INCÊNDIO.............................................................................
4. PROCESSO DE OBTENÇÃO DA LICENÇA.................................................
5. LEGISLAÇÃO..................................................................................................0

CONCLUSÃO............................................................................................................06

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................07
INTRODUÇÃO

Falar de protecção contra incêndios nos remete a medidas de prevenção e de


segurança em casos de incêndio cujo objectivo principal é proteger a vida.

Antes de falar em como evitá-lo, é preciso entender o que é incêndio. Incêndio é


uma ocorrência de fogo intenso e descontrolado com potencial de causar danos e
prejuízos à vida, edificações, equipamentos, materiais, meio ambiente, entre outros.

As medidas preventivas contra incêndios são aquelas que devem ser adotadas em
todas as edificações com o objetivo de evitar a existência do fogo e sua propagação.
Os principais objetivos da prevenção contra incêndio em um edifício é proteger a
vida dos ocupantes das edificações e as áreas de risco, reduzindo a chance de
propagação do incêndio.
1. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

Um Sistema de proteção contra incêndio pode ser de diversos tipos, cada um


com determinadas especificações e aplicações de acordo com o risco de incêndio a ser
protegido e que esteja alinhada com a real necessidade do cliente.

Os sistemas de proteção contra incêndios podem ajudar a detectar, controlar e


combater o incêndio antes que ele cause danos significativos, ajudando a evitar lesões e
salvar vidas, especialmente em edifícios públicos com grande circulação de pessoas,
como hospitais e edifícios comerciais, alguns exemplos seriam os sistemas de hidrantes,
sprinklers, extintores dentre outros.

O sistema de proteção contra incêndio é composto por três sistemas:

 Detecção de incêndio;
 Alarme de incêndio;
 Combate ao incêndio.

2. EQUIPAMENTOS DE COMBATE AOS INCÊNDIOS

O projeto de segurança contra incendio é constituído por vários equipamentos e


medidas. Que são:

 Uso do sistema de extintores;


 Uso do sistema hidráulico preventivo, que consistem em hidrantes e
mangotinhos;
 Uso da sinalização e iluminação de emergência
 Uso do sistema de proteção por chuveiros automáticos, como por
exemplo o sprinkler;
 Uso do sistema de alarme e detecção de incêndio;
 Amparo contra descargas atmosféricas;
 Instalações de gás combustível, que são regidas pela NBR 15526;
 Adoção de saídas de emergência, que consistem em escadas, rampas e
demais acessos. Elas são regidas pela NBR 9077;
Entre os equipamentos relacionados, destacam-se:

Extintores de incêndio

Um equipamento presente em escolas, hospitais clínicas, laboratórios e até


mesmo em veículos de portes variados. Hoje, podem ser encontrados com pó químico,
água, gás carbônico (CO2) e espuma mecânica. É importante ressaltar que cada extintor
está destinado a um foco de incêndio diferente, nomeadamente:

Classe A: incêndios sólidos como papel, madeira, plástico ou borracha.

Classe B: incêndios causados por líquidos inflamáveis.

Classe C: incêndios causados por equipamentos elétricos.

Classe D: incêndios causados por metais pirofóricos como alumínio, sódio e


magnésio.

Classe K: incêndios causados por óleos e gorduras.

Mangueiras de incêndio

Também são essenciais, pois estas permitem um melhor desempenho dos


profissionais do Corpo de Bombeiros, ou seja, garantem mais liberdade para execução
de estratégias de salvamento.

Hidrantes urbanos

Estão destinados ao socorro em vias públicas, isto é, em casos onde o foco do


incêndio se encontra em um local aberto, indo mais além das possibilidades comuns.
Em suma, um hidrante nada mais é que um ferro fundido, cuja instalação acontece em
uma rede pública de água.

Sprinklers

Os sprinklers ou esguinchos de teto também são de ampla utilização,


especialmente quando há um grande número de pessoas em um mesmo local. Estes são
recomendados para fábricas com intenso ritmo de produção, porém podem também
estar presentes em outros locais.
3. PROJECTO DE INCÊNDIO

O projecto de incêndio consiste em um conjunto de documentos que organizam e


detalham todos os componentes necessários para auxiliar no combate a incêndios e
garantir a segurança dos usuários e de determinada edificação.

O responsável pela elaboração do projeto de incendio é o arquiteto especializado


na área, engenheiro ou mesmo uma equipa multissectorial dependendo da envergadura
do projecto. Na elaboração da planta o arquitecto deve levar em conta o uso das normas
que facilita a implementação do sistema de segurança contra incendio.

O projeto de incêndio é formado por desenhos técnicos como plantas baixas,


cálculo populacional, cálculo hidráulico e ART (Anotação de Responsabilidade
Técnica) devendo após sua elaboração ele ser apresentado para aprovação junto ao
Corpo de Bombeiros devidamente assinado por um responsável técnico que o elaborar.
E depois de analisada pelos corpos de bombeiros é aprovada o projecto, e pode se
prosseguir com a execução da obra.

4. PROCESSO DE OBTENÇÃO DA LICENÇA

É importante realçar que só é dado a licença do certificado de segurança contra


incêndios quando o equipamento já está concluído e está em funcionamento mas para
isso é feito mais uma avaliação pelos bombeiros para verificar se a realidade do
equipamento vai de acordo com o projecto previamente feito e com as normas de
implementação dos sistemas.

Os documentos necessários para obter o certificado de segurança contra


incêndios segundo o decreto presidencial nº 182/22 onde aprova o projecto de
simplificação de procedimentos na administração publica- simplifica 2.0, são :
requerimento dirigido ao SPCB(serviços de proteção do corpo de bombeiros ), copia do
BI ou passaporte do representante se empresa, croquis de localização do
estabelecimento, memória descritiva, planta cotada ou equivalente.

O responsável de obter o certificado de licença perante a entidade competente é


o proprietário, administração de condomínio ou entidade exploradora ou gestora do
projecto. O órgão responsável de conceder a licença é o Ministério do Interior
propriamente o Serviço de Proteção de Corpos de Bombeiros.

Apos a conclusão do equipamento é necessário ser realizada uma inspeção feita


pelo corpo de bombeiros para se avaliar se tudo esta conforme as normas e caso não
estiver é feito um alto de inspecção onde constará as recomendações dadas pelo corpo
de bombeiros e caso não forem cumpridas é aplicada uma multa. Ou seja, deve se fazer
alterações propostas pelos bombeiros por estar fora dos parâmetros estabelecidos por
entidades competentes.

Um projecto de segurança contra incêndios traz muitos impactos positivos por


isso é importante. Na sua elaboração é possível estabelecer dimensionamentos e
sistemas que viabilizam a evacuação em caso de emergências, alem de iniciar o combate
a princípios de incêndios, é um projecto de prevenção e oferece segurança aos usuários
observando o cumprimente de todas as normas necessários de acordo com a tipologia da
edificação.

As implementações dos sistemas de combate ao incêndio acontecem durante as


várias fases de execução e acabamento do projecto pois cada equipamento ou sistema
tem suas especificações de aplicação.

Deste modo esse projecto tem como objectivo oferecer segurança para os
usuários e para a edificação e ainda podemos citar outos objectivos como:

 Trabalhar em prol da proteção da vida dos usuários e habitantes das edificações


e áreas classificadas como de risco, nos casos de incêndio;
 Atuar dificultando a propagação de chamas, minimizando danos ao meio
ambiente e ao patrimônio arquitetônico;
 Propiciar mecanismos que controlem e extinguem incêndios;
 Proporcionar meios de acesso para que sejam realizadas as operações do Corpo
de Bombeiros o mais rapidamente possível;
 Permitir a continuação dos serviços nas edificações e áreas de risco;
 Dentre outras.

5. LEGISLAÇÃO
As normas a ter em conta para a elaboração do projecto de segurança contra
incêndios são várias, dentre elas encontramos as nacionais nomeadamente o RGEU-
Decreto nº 13/07 de 26 de Fevereiro, Capítulo V- Condições Especiais Relativas a
Segurança das Edificações -Secção III- Segurança contra incêndios e no diário da
República, Decreto Presidencial nº 195/11 de 8 de Julho- estabelece o Regulamento
Sobre o Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndios em Edifícios.

Decreto presidencial nº159/11 de 8 de Julho


ARTIGO 4.º (PRINCÍPIOS GERAIS)
1. O presente diploma baseia-se nos princípios gerais da preservação da vida
humana, do ambiente e do património cultural.
2. Tendo em vista o cumprimento dos princípios referidos no número anterior, o
presente diploma é de aplicação geral a todas as utilizações de edifícios e recintos,
visando em cada uma delas:
a) Reduzir a probabilidade de ocorrência de incêndios;
b) Limitar o desenvolvimento de eventuais incêndios, circunscrevendo e
minimizando os seus efeitos, nomeadamente, a propagação do fumo e gases de
combustão;
c) Facilitar a evacuação e o salvamento dos ocupantes em risco; d) Permitir a
intervenção eficaz e segura dos meios de socorro.
9 ARTIGO 5.º (COMPETÊNCIA)
1. O Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros é a entidade competente
para assegurar o cumprimento do regime de segurança contra incêndios em edifícios.
2. Ao Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros incumbe a credenciação
de entidades para a realização de vistorias e de inspecções das condições de segurança
contra incêndios em edifícios, nos termos previstos no presente diploma e em outros
diplomas complementares.
ARTIGO 6.º (RESPONSABILIDADE NO CASO DE EDIFÍCIOS OU
RECINTOS)
1. No caso de edifícios e recintos em fase de projecto e construção são
responsáveis pela aplicação e pela verificação das condições de segurança contra
incêndios em edifícios:
a) Os autores de projectos e os coordenadores dos projectos de operações
urbanísticas, no que respeita à respectiva elaboração, bem como as intervenções
acessórias ou complementares a esta a que estejam obrigados, no decurso da execução
da obra;
b) A empresa responsável pela execução da obra;
c) O Director de obra e o Director de fiscalização de obra, quanto à
conformidade da execução da obra com o projecto aprovado. Elementos do projecto da
especialidade de segurança contra incêndios em edifícios, exigido para os edifícios e
recintos, a que se refere o n.º 1 do artigo 17.º do presente diploma
ARTIGO 1 (PROJECTO DA ESPECIALIDADE DE SEGURANÇA CONTRA
INCÊNDIOS EM EDIFÍCIOS)
O projecto de especialidade é o documento que define as características do
edifício ou recinto no que se refere à especialidade de segurança contra incêndios, do
qual devem constar as seguintes peças escritas e desenhadas:
a) Memória descritiva e justificativa, a elaborar em conformidade com o artigo
2.º deste anexo IV, na qual o autor do projecto deve definir de forma clara quais os
objectivos pretendidos e as principais estratégias para os atingir e identificar as
exigências de segurança contra incêndios que devem ser contempladas no projecto de
arquitectura e das restantes especialidades a concretizar em obra, em conformidade com
o presente diploma;
b) Peças desenhadas a escalas convenientes e outros elementos gráficos que
explicitem a acessibilidade para veículos de socorro dos bombeiros, a disponibilidade de
hidrantes exteriores e o posicionamento do edifício ou recinto relativamente aos
edifícios ou recintos vizinhos, a planimetria e altimetria dos espaços em apreciação, a
classificação dos locais de risco, os efectivos totais e parciais, as características de
resistência ao fogo que devem possuir os elementos de construção, as vias de evacuação
e as saídas e, finalmente, a posição em planta de todos os dispositivos, equipamentos e
sistemas de segurança contra incêndio previstos para esses espaços.
Outras normas que podem ser usadas são as normas brasileiras, além da NBR
13714 que define a classificação das edificações em grupos segundo a sua ocupação e a
maneira em que estão dimensionadas também podem ser usadas as seguintes:

NBR 15575, que trata sobre o Desempenho de Edificações Habitacionais;

NBR 9050, que trata sobre a Acessibilidade;

NBR 9077, referente a Saídas de Emergência em edifícios;

NBR 15200, que trata sobre a projeto e execução de Estruturas de Concreto em


situação de incêndio;
NBR 15526, referente a projetos e execução de Redes de distribuição interna
para gases, dentre outras.
CONCLUSÃO

Ao analisar os impactos causados por incêndios de diversas proporções, pode-se


concluir que a necessidade por equipamentos específicos só cresce, pois para cada
cenário podem ser utilizados equipamentos com características diferentes.

Por isso é importante obter a licença do certificado para agir em conformidade


com a lei evitar danos futuros tanto materiais como humanas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A5S LAUDOS E ENGENHARIA: https://www.a5s.com.br/blog/conceitos-


basicos-de-seguranca-contra-incendio/
EPS ENGENHARIA, PROJECTOS E SERVIÇOS:
https://www.eps.eng.br/blog/5-medidas-de-prevencao-e-combate-a-incendio-para-
proteger-sua-empresa
DIÁRIO DA REPÚBLICA
RGEU
NORMAS BRASILEIRAS
O SERVIÇO NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL E BOMBEIROS

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