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ESTUDO DE PROCEDIMENTOS PARA MANUTENÇÃO EM


EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA DE COMBATE DE INCÊNDIO E
PÂNICO

STUDY OF PROCEDURES FOR MAINTENANCE IN FIRE AND FIRE


FIGHTING SAFETY EQUIPMENT

João Batista Miranda dos Reis


Pedro Cosme Viveiros Junior

Escola de Engenharia Civil e Ambiental


Universidade Federal de Goiás
Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho

RESUMO

Desde o inicio da civilização o fogo é visto como um elemento primordial da natureza, que fornece
calor e energia.Quando não há o controle do fogo denomina-se incêndio. Com o passar dos anos os
incêndios receberam uma atenção especial, visto seu grande potencial de destruição, gerando
estudos para seu combate.Foram desenvolvidos equipamentos e técnicas que buscam o combate
dos incêndios, sejam eles de forma ativa ou passiva, além de normas e leis para sua aplicação,
visando à preservação da vida e do patrimônio. O tema do presente artigo refere-se à manutenção
dos sistemas de combate a incêndio depois de instalados, que são negligenciados pela classe
empresarial, devido ao seu custo.As normas a serem abordadas neste estudo tratam da segurança
no trabalho em máquinas e equipamentos (NR-12) e a proteção contra incêndios (NR-23); a NR-23
exige que sejam obedecidas as leis estaduais para a aplicação e manutenção dos sistemas de
incêndio,com enfoque no estado de Goiás, temos a Lei Estadual 15.802 de 11 de setembro de 2006.
A pesquisa foi realizada com base em revisões bibliográficas e entrevistas com empresas
devidamente credenciadas no Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, mostrando seus
relatos dos benefícios da manutenção dos equipamentos de combate de incêndio, onde foram
encontrados dados significativos de que, uma manutenção pode ser econômica quando
devidamente realizada e registrada. De acordo com as empresas entrevistadas, os clientes novos,
que não tem registro de manutenções anteriores tendem a ter mais ônus com mão de obra e peças
de reposição, revelando o quão importante é uma manutenção preventiva.
Palavras – chave: Incêndio, equipamentos de proteção, manutenção.

ABSTRACT

From the beginning of civilization fire is seen as a primordial element of nature, which provides
heat and energy. When there is no fire control it is called a fire. Over the years the fires received
special attention, given their great potential for destruction, generating studies for their combat.
Equipment and techniques have been developed that seek to combat fires, be they actively or
passively, norms and laws for their application, aiming at the preservation of life and heritage. The
subject of this article refers to the maintenance of fire fighting systems after installation, which are
neglected by the business class due to their cost. The standards to be addressed in this study deal
with safety at work in machines and equipment (NR-12) and fire protection (NR-23); NR-23
requires that state laws for the application and maintenance of fire systems, with a focus on the
state of Goiás, be obeyed, we have State Law 15,802 of September 11, 2006. The research was
carried out based on bibliographical and interviews with companies duly accredited in the Military
Fire Brigade of the State of Goiás, showing their reports of the benefits of the maintenance of fire
fighting equipment, where significant data were found that a maintenance can be economical when
properly performed and registered. According to the companies interviewed, new customers who
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have no previous maintenance record tend to have more labor and spare parts, revealing how
important preventive maintenance is.
Key words: Fire, protective equipment, maintenance.

1 INTRODUÇÃO

É fato que há tempos o homem deixou de ser nômade e começou a viver em


sociedade e uma de suas preocupações foi a de combater os incêndios, que geravam
destruição de suas lavouras, celeiros e habitações. Como não havia métodos eficazes de
combate de incêndio, as perdas matérias e vidas eram sempre inevitáveis.

Um dos primeiros registros históricos de incêndios ocorreu na cidade de


Londres em03 de setembro de 1666 e que se alastrou por dois dias. O fogo quase
destruiu o distrito de Westminster e alguns subúrbios adjacentes a ele, gerando uma
perda patrimonial de 44 prédios públicos, 87 igrejas, a St. Paul’sCathedral e 13.200
casas, ou seja, 1/3 da capital britânica.Em relação às perdas humanas não há dados
precisos já que na época não se fazia censo da classe média, pobres e mendigos (Revista
História Viva, 2006).

No Brasil aconteceram casos de sinistros de incêndio que provocaram grandes


impactos para a sociedade.E relevante citar casos como GranCircus Norte Americano
ocorrido em 1961, com mais de 500 mortos; o incêndio do edifício Joelma, que no dia
1º de fevereiro de 1974, causou a morte de 188 pessoas e outros 300 feridos; e a
tragédia na boate Kiss, em 2013 que gerou 242 vítimas. Estes acontecimentos
resultaram em novas abordagens sobre como realizar uma ação efetiva para a prevenção
de incêndios, pois em todos foram observados falhas graves na manutenção dos
equipamentos.

Além dos incêndios citados anteriormente, temos outras ocorrências


decorrentes da má conservação de centrais de GLP (Gás liquefeito de Petróleo) em
edificações e estabelecimentos comerciais.Vista que a inalação desse gás pode levar os
indivíduos a quadros de intoxicação, perda de consciência e até o óbito, devido o gás
ocupar o espaço do oxigênio do ar;pois este estando confinado,podem ocorrer explosões
ao menor contato com fontes de calor.

De forma geral pode-se constatar que nos casos de sinistros de incêndio, os


dispositivos de prevenção, combate, orientação ou instrução estavam ausentes ou
avariados. Tais dispositivos são necessários para a manutenção da vida dos ocupantes
das edificações e sua própria preservação.Para o combate ou prevenção dos incêndios,
as edificações devem estar munidas de equipamentos manuais ou automáticos, fixos ou
móveis, ativos ou passivos, empregados no controle ou combate a princípios de
incêndios.Para que os dispositivos alcancem seus propósitos deverão ser adequados aos
ambientes e aos riscos a proteger, bem como terem comprovada eficiência para os
diversos usos que encontramos nas edificações.Tendo estas diversas utilidades e
objetivos, são elaborados projetos de combate de incêndio e pânico específicos para
seus fins, os quais deverão ser elaborados e assinados por profissionais habilitados e
com registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). Com o
sistema executado, e com base no projeto da edificação, fica a cargo da administração,
3

responsável pelo uso ou proprietário da mesma, a manutenção dos equipamentos de


proteção fixos e móveis.

Consoante os parâmetros internacionais para as normas


legisladoras,manutenção pode ser definida como “a combinação de todas as ações
técnicas, administrativas e de gerenciamento durante um ciclo de vida de algum item,
direcionado para mantê-lo ou restaurá-lo para um estado no qual ele possa realizar a
função requerida” (nrfacil, 2012). A norma regulamentadora, NR-12 (Segurança no
trabalho em máquinas e equipamentos), prevê em seus itens a necessidade e
obrigatoriedade da manutenção dos equipamentos. Recargas em unidades extintoras,
vistoria de bombas (dos sistemas de hidrantes, sprinkler e espuma), sinalização de rotas
de fuga, entre outras, são algumas das medidas que são necessárias para manter a
segurança dos ocupantes da edificação.

No entanto, o que se observa é que a manutenção dos equipamentos


normalmente é negligenciada, e deixada para segundo plano. Na maioria das
edificações, a manutenção é feita de maneira inadequada, devido à falta de controle do
que foi realizado na última revisão. Além disso, é visível observar a dificuldade da
classe empresarial de não observar que a manutenção ou implantação de sistemas de
combate de incêndio não é um item caro e desnecessário; ele é exigido para gerar
confiança, segurança e lucro. Um sistema montado ou com manutenção periódica, faz
com que produtos, equipamentos e vidas não sejam perdidos em incêndios. São
inúmeros os casos de empresas que não investiram em segurança, e após um incêndio,
terem de arcar com valores dez vezes maiores do que seria com a instalação ou
manutenção dos mesmos.

2 OBJETIVO

O objetivo geral deste trabalho é realizar um diagnóstico nas empresas


prestadoras de serviço de manutenção em equipamentos de combate de incêndio e
prevenção de sinistros de incêndio em edificações na cidade de Goiânia.

3 REFERENCIAL TEÓRICO

Na NR-12 (Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos)o item 12.112,


afirma que "As manutenções preventivas e corretivas devem ser registradas em livro
próprio, ficha ou sistema informatizado,..."(NR-12, 2010).A NR-23 (Proteção Contra
Incêndios)exige em poucos itens as características e deveres para o combate de incêndio
nas edificações e empresas. No item 23.1 tem-se que"Todos os empregadores devem
adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação estadual
e as normas técnicas aplicáveis" (NR-23, 2011).
As exigências de segurança variam entre os para estados da federação, não
havendo uma unidade quanto às medidas de combate de incêndio a serem realizadas e
equipamentos a serem exigidos. Pode-se citar, por exemplo, a necessidade de
equipamentos de pressurização hidráulica (Hidrante e Mangotinho), que variam de
acordo com a área e uso da edificação. Em alguns estados a exigência é feita através de
uma área que ultrapasse 750,00m², enquanto que a mesma edificação, em outro estado,
necessitaria ultrapassar uma área de 1.500,00m².
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Visto que não há uma unidade para as exigências de combate de incêndio, o


foco desta pesquisa se concentrará no estado de Goiás, a cargo da Lei Estadual 15.802
de 11 de setembro de 2006, e normas técnicas para regular a elaboração de projeto e
vistoria das edificações no estado de Goiás.
É imprescindível ressaltar que nas normas e anexos da Lei Estadual 15.802 de
11 de setembro de 2006 não se observa a obrigatoriedade do registro de manutenções
nos equipamentos de combate de incêndio. É exigido apenas as ART's (Anotações de
Responsabilidade Técnica) para os sistemas fixos, elétricos, SPDA, central de GLP,
elevador, nota fiscal de recarga de extintores, entre outros. Em oposição a essa realidade
encontramos edificações que ficam até três anos sem receber manutenção em seu
sistema de combate de incêndio (CBMGO, 2017).
As medidas passivas e ativas de combate de incêndio, bem como os
equipamentos que são exigidos, foram abordadas nesse estudo com a finalidade de
mostrar a relevância de seu uso e a necessidade de manutenção preventiva e corretiva.

3.1 Medidas de combate de incêndio

Percebe-se que nas estatísticas recolhidas pelo CBMGO, nos anos de 2017,
foram realizadas 206.088 inspeções de funcionamento e certificações prévias no estado
de Goiás, dados estes contidos na tabela 01:
2016

Inspeção e Análises JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL

Funcionamento 9.730 12.364 15.130 13.812 13.260 16.239 13.533 15.852 12.952 10.441 11.811 11.317 156.441

Certificação Prévia 1.761 2.673 3.072 2.591 2.212 2.445 2.064 1.976 1.595 1.300 1.387 1.038 24.114

Projeto 698 751 868 690 896 1.042 981 1.062 988 796 904 956 10.660

Habite - se 120 130 135 99 147 164 164 186 164 129 159 185 1.782

2º via - 23 25 35 37 31 32 29 38 43 27 42 22 384
Funcinamento

2017

Inspeção e Análises JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL

Funcionamento 14.278 14.240 19.117 14.495 17.359 15.050 16.408 17.457 13.319 12.998 13.168 10.604 178.493

Certificação Prévia 2.052 2.634 3.550 2.532 2.676 2.535 2.343 2.625 2.070 1.712 1.609 1.257 27.595

Projeto 984 750 1.077 877 1.063 947 1.031 965 816 757 795 834 10.889

Habite - se 197 178 196 162 223 200 185 217 193 197 177 145 2.270

2º via -Funcinamento 21 33 25 48 37 22 35 50 40 31 34 36 412

Tabela 01 – Atividades técnicas realizadas pelo CBMGO entre 2016 e 2017 (Fonte: Adaptado de CBMGO, 2018)

De acordo com o CBMGO nos anos de 2016 e 2017, foram realizadas 9.670
atendimentos de sinistros de incêndios, dados estes relatados na tabela 02 e Figura 01,
que foram retirados de seu site (CBMGO, 2018).
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2016
Grupo JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL
Incêndio Urbano 274 305 335 366 417 388 510 432 491 377 278 323 4.496

2017
Grupo JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOTAL
Incêndio Urbano 321 384 326 441 423 452 474 590 536 526 322 370 5.174

Tabela 02 – Atividades técnicas realizadas pelo CBMGO entre 2016 e 2017 (Fonte: Adaptado de CBMGO, 2018)

Figura 01 – Incêndios Urbanos atendidos pelo CBMGO entre 2016 e 2017 (Fonte: CBMGO, 2018)

É possível observar que além do aumento de casos de 2016 para 2017, os


incêndios residências tem maior incidência que os demais. Porem, as edificações com
foco comercial, industrial, galpões para depósito, edificações de concentração de
público, quando somados possuem 3.395 casos registrados, gerando quase quatro
atendimentos por dia. A grande maioria dos casos aconteceu por falha, imperícia, falta
de treinamento ou a ausência dos equipamentos de combate de incêndio.
Nos locais a serem protegidos nos quais temos um acúmulo populacional (seja
residencial, comercial, reunião de público ou industrial), há a necessidade de preservar
seus ocupantes através de medidas de proteção contra incêndio e pânico.De acordo com
a Lei Estadual 15.802 de 11 de setembro de 2006, as características e exigências de cada
edificação são identificadas por normas técnicas. As mesmas oferecem opções variadas
para cada local, que podem parecer contraditórias pelo seu porte.
Tomou-se,por exemplo, um galpão de 1.000,00m², que está inscrito em um
cnae de nº 5211-7/01 (Armazéns gerais - emissão de warrant), que de acordo com a
Norma técnica NT-01/2017(procedimentos administrativos,Anexo A) deverá instalar
sistemas móveis e fixos de combate de incêndio (Figura 02).
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Figura 02– Relação de medidas ativas e passivas para edificações classificadas em J3 e J4 com área superior a 750 m2 ou altura
superior a 12,00 m (Fonte CBMGO, 2017)

Essa edificação apresenta características físicas e uma carga de incêndio que


pode passar de 1.200MJ/m² (dado retirado da NT-14 - Carga de Incêndio nas
edificações e área de risco).Conforme o que for armazenado, foram exigidos sistemas
fixos de hidrantes, com instalação de casa de máquina e reservatório adequado para
reserva técnica exclusiva para incêndio.
Foi utilizado como comparativo uma indústria de 1.000,00m² que está inscrito
em um cnae de nº2330-3/99 (Fabricação de artefatos de cimento para uso na
construção), essa exigência pode não ser necessária (Figura 03).
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Figura 03– Relação de medidas ativas e passivas para edificações classificadas em I1 e I2 com área superior a 750 m2 ou altura
superior a 12,00 m (Fonte CBMGO, 2017)

Nessa outra edificação, mesmo possuindo a mesma área edificada que a


anterior, notou-se uma carga de incêndio de 40MJ/m² (dado retirado da NT-14 - Carga
de Incêndio nas edificações e área de risco), permanecendo isenta do sistema fixo de
hidrantes, instalação de casa de máquina e reservatório adequado para reserva técnica
exclusiva para incêndio.
As medidas e equipamentos de combate de incêndio são variáveis de acordo
com as normas estabelecidas pela legislação estadual, tendo na carga de incêndio uma
de suas principais orientações quanto à obrigatoriedade de seu uso nas mesmas. As
medidas de combate a serem exigidas podem ser tanto ativas como passivas.

3.1.1 Medidas ativas de combate de incêndio

Entende-se por medidas ativas como instalações e equipamentos que


necessitam de um acionamento manual ou automático para garantir seu funcionamento
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num incêndio ou princípio de pânico (Seito, 2008). Para as normas vigentes têm-se os
seguintes mecanismos:

a) Iluminação de emergência: é um conjunto de componentes e equipamentos


que, em funcionamento, propicia a iluminação suficiente e adequada para a
fuga dos ocupantes. Sua previsão deve ser feita nas rotas de fuga, tais como
corredores, acessos, passagens antecâmara e patamares de escadas; (ABNT,
1999)
b) Detecção de incêndio: são dispositivos que detecta a presença de fumaça em
um determinado ambiente, que pode ser originada de um início de incêndio, e
aciona um sistema de alarme, que avisará as pessoas que estão no local sobre o
incidente, permitindo que elas escapem sem ferimentos;(ABNT, 2010)
c) Alarme de incêndio: esse dispositivo deve ser instalado nas edificações para
realizar o alerta de um princípio de incêndio. Os mesmos são instalados nas
rotas de fuga e entradas das edificações; (ABNT, 2010)
d) Sinalização de emergência: as sinalizações são realizadas após traçar uma rota
de fuga da edificação.Placas normatizadas são utilizadas para informar e guiar
os ocupantes da edificação; (ABNT, 2004-2005)
e) Extintores manuais: o extintor portátil é um aparelho manual, constituído de
recipiente e acessório, contendo o agente extintor destinado a combater
princípios de incêndio. Ele pode ser portátil ou em rodas; (ABNT, 1998)
f) Hidrantes e mangotinhos: é um sistema destinado a conduzir e distribuir
tomadas de água, com determinada pressão e vazão em uma edificação,
assegurando seu funcionamento por determinado tempo; (ABNT, 2000)
g) Chuveiros automáticos (Sprinklers): o sistema de chuveiros automáticos é
composto por um suprimento d’água em uma rede hidráulica sob pressão, em
que são instalados, em diversos pontos estratégicos, dispositivos de aspersão
d’água (chuveiros automáticos), contendo um elemento termo-sensível que se
rompe por ação do calor proveniente do foco de incêndio, permitindo a
descarga d’água sobre os materiais em chamas; (ABNT, 1990)
h) Líquido Gerador de Espuma (LGE): A espuma mecânica é amplamente
aplicada para combate em incêndio em líquidos combustíveis e inflamáveis. A
espuma destinada à extinção do incêndio é um agregado estável de bolhas, que
tem a propriedade de cobrir e aderir aos líquidos combustíveis e inflamáveis,
formando uma camada resistente e contínua que isola o ar e impede a saída
para a atmosfera os vapores voláteis desses líquidos; (ABNT, 2008)
i) Sistema fixo de CO2: O sistema fixo de baterias de cilindros de CO2 consiste
de tubulações, válvulas, difusores, rede de detecção, sinalização, alarme, painel
de comando e acessórios, destinados a extinguir o incêndio por abafamento,
através da descarga do agente extintor. Normalmente é recomendado nos locais
em que se busca economia e limpeza, e naqueles em que o custo
agente/instalação é inferior do que outro agente extintor empregado; (ABNT,
2005)
j) Sistema de proteção de descargas atmosféricas (SPDA):É um Sistema de
Proteção contra Descargas Elétricas (popularmente chamado de para-raios) e
tem como objetivo evitar e/ou minimizar o impacto dos efeitos das descargas
atmosféricas, que podem ocasionar incêndios, explosões, danos materiais e, até
mesmo, risco à vida de pessoas e animais.(ABNT, 2001)
9

a b c

d e f

g h i

Figura 04 – Medidas ativas de combate de incêndio


a) iluminação de emergência; b) detector de fumaça; c) alarme de incêndio;d) sinalização de emergência; e) extintores de incêndio;
f) hidrantes;g) sprinklers; h) líquido gerador de espuma; i) sistema de proteção de descarga atmosférica;

3.1.2 Medidas passivas de combate de incêndio

Compreendem-se por medidas passivas as instalações que não necessitam de


um acionamento manual ou automático para garantir seu funcionamento num incêndio
ou principio de pânico (Seito, 2008). Para as normas vigentes contamos com os
seguintes mecanismos:

a) Separação entre edificações: medida utilizada para regular o controle o risco de


propagação do incêndio por radiação de calor, convecção de gases quentes e a
transmissão de chama, garantindo que o incêndio proveniente de uma
edificação não propague para outra; (CBMGO, 2017)
b) Segurança estrutural: medida que prevê elementos estruturais e de
compartimentação que integram as edificações, quanto aos Tempos Requeridos
de Resistência ao Fogo (TRRF), para que, em situação de incêndio, seja
evitado o colapso estrutural por tempo suficiente para possibilitar a saída
segura das pessoas e o acesso para as operações do corpo de
bombeiros;(CBMGO, 2017)
c) Controle de material de acabamento: medida que estabelece as condições a
serem atendidas pelos materiais de acabamento e revestimento empregados nas
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edificações capazes de restringirem a propagação de fogo e o desenvolvimento


de fumaça;(CBMGO, 2017)
d) Saídas de emergência: medida que fixa as condições exigíveis que as
edificações devem possuir para que sua população possa abandoná-las, em
caso de incêndio, completamente protegida em sua integridade física e para
permitir o fácil acesso de auxílio externo (bombeiros) para o combate ao fogo e
a retirada da população; (ABNT, 2001)
e) Controle de fumaça: medida que fornecer parâmetros técnicos para
implementação de sistema de controle de fumaça,em ambientes como átrios,
shoppings, subsolos, espaços amplos e rotas horizontais e verticais.(CBMGO,
2017)

a b

c d

Figura 05 – Medidas passivas de combate de incêndio


a) separação entre edificações; b) segurança estrutural; c) controle de material de acabamento;d) saídas de emergência; e) controle de
fumaça;

Assim, todas as medidas (ativas ou passivas) apresentadas, necessitam de


manutenção periódica dos equipamentos, estrutura da edificação e rotas de fuga. A
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ausência desses itens de segurança demonstram negligência em relação à proteção da


edificação e a de seus ocupantes.
Em muitas situações o empresário alega o alto custo de instalar ou manuteir o
sistema de incêndio existente, mesmo quando o fabricante exige manutenção trimestral
ou semestral em várias destas. A incompreensão fica pequena quando tragédias
provocadas pelos incêndios ceifam vidas ou geram doenças e deformidades para os
afetados. Vários são os relatos de empresários que, para não gerar gastos fazem
restrição de custos com a segurança da edificação, e após um incêndio tem prejuízos dez
vezes maiores que o economizado.

4 METODOLOGIA DA PESQUISA

A metodologia aplicada a esse estudo foi observada no organograma abaixo


(Figura 06):

Figura 06 – Organograma de pesquisa

4.1 Levantamento Bibliográfico

O estudo foi baseado em publicações referentes à manutenção predial, tanto


residencial como industrial.Além desses dados,foram utilizadas as Normas
Regulamentadoras 12 (Segurança no trabalho em máquinas e equipamentos)e
23(Proteção Contra Incêndios), bem como a legislação do estado de Goiás (Lei Estadual
15.802 de 11 de setembro de 2006), que se ampara nas NBR's:

 NBR 10897 - Proteção contra Incêndio por Chuveiro Automático;


 NBR 10898 - Sistemas de Iluminação de Emergência;
 NBR 11742 - Porta Corta-fogo para Saída de Emergência;
 NBR 12615 - Sistema de Combate a Incêndio por Espuma;
 NBR 12692 - Inspeção, Manutenção e Recarga em Extintores de Incêndio;
 NBR 12693 - Sistemas de Proteção por Extintores de Incêndio;
 NBR 13434 - Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico - Formas,
Dimensões e cores;
 NBR 13435 - Sinalização de Segurança contra Incêndio e Pânico;
 NBR 13437 - Símbolos Gráficos para Sinalização contra Incêndio e Pânico;
 NBR 13523- Instalações Prediais de Gás Liquefeito de Petróleo;
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 NBR 13714 - Instalações Hidráulicas contra Incêndio, sob comando, por


Hidrantes e Mangotinhos;
 NBR 13932- Instalações Internas de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) - Projeto
e Execução;
 NBR 14039- Instalações Elétricas de Alta Tensão;
 NBR 14276 - Programa de brigada de incêndio;
 NBR 14349 - União para mangueira de incêndio - Requisitos e métodos de
ensaio;
 NBR 5410- Sistema Elétrico;
 NBR 5419- Proteção Contra Descargas Elétricas Atmosféricas;
 NBR 9077- Saídas de Emergência em Edificações;
 NBR 9441- Sistemas de Detecção e Alarme de Incêndio.

4.2 Escolha das empresas participantes (critérios de escolha e descrição das


empresas)

As empresas escolhidas seguiram os seguintes critérios para serem escolhidas:

a) de ter o credenciamento junto ao CBMGO e CREA/GO, dando confiança quanto


às informações que foram coletadas;

b) disponibilidade e acesso dos dados.

Desta forma, escolheu-se duas empresas que serão chamadas neste trabalho de
Empresa A e Empresa B. A empresa A é composta de 08 funcionários e atua na cidade
de Goiânia e estado de Goiás. Já a empresa B é composta de 10 funcionários e atua da
mesma forma na cidade de Goiânia e estado de Goiás

4.3 Elaboração do Questionário

Com o embasamento teórico foi elaborado um questionário (Anexo A), e


aplicado em duas empresas, localizadas na cidade de Goiânia, mas que atendem todo o
território nacional. Foram definidas empresas que possuíam o credenciamento junto ao
CBMGO.
O questionário foi colocado para diferenciar parâmetros entre clientes novos e
antigos, para uma diferenciação entre as informações das manutenções já ocorridas.
A aplicação do questionário foi direcionada nas edificações atendidas pelas
empresas escolhidas, onde se priorizou uma amostragem entre edificações residenciais,
comerciais, industriais, educacionais e de local de reunião de público (igreja, boate e
espaço de festa). Em todas foram diferenciados parâmetros de manutenções sobre
clientes antigos e novos.

4.4 Aplicação

A aplicação do questionário foi direcionada nas edificações atendidas pelas


empresas credenciadas, onde se priorizou uma amostragem entre edificações
residenciais, comerciais, industriais, educacionais e de local de reunião de público
(igreja, boate e espaço de festa). Em todas foram diferenciados parâmetros de
manutenções sobre clientes antigos e novos.
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4.3 Análise dos resultados

Os dados coletados foram interpretados por meio de gráficos e considerações


apresentadas pelos responsáveis das empresas entrevistadas.

5 RESULTADOS

A primeira análise realizada foi o número de manutenções realizadas pelas


empresas, por tipologia. No total, realizou-se 320 manutenções no ano de 2017, onde
182 delas foram clientes novos e 138 eram clientes antigos, que haviam recebido sua
manutenção no ano anterior. A figura 07 ilustra esta distribuição na empresa A.

80
Quantida de Empresas Atendidas

70
60
50
40
30 Empresas Novas
20 Empresas Antigas
10
0
residencial Industrial / Comercial Educacional Reunião de
Déposito Público

Ocupação / Uso

Figura 07 – Gráfico da quantidade manutenções realizadas pela empresa A no ano de 2018

Do mesmo modo, por meio do questionário (anexo A), obteve-se que a


empresa “B”, realizou 307 manutenções no ano de 2018, onde 167 delas foram clientes
novos e 140 eram clientes antigos, que haviam recebido sua manutenção no ano
anterior, onde obteve-se os resultados descritos no gráfico da figura 08.
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80
Quantida de Empresas Atendidas 70
60
50
40
30 Empresas Novas
20 Empresas Antigas
10
0
residencial Industrial / Comercial Educacional Reunião de
Déposito Público

Ocupação / Uso

Figura 08 – Gráfico da quantidade manutenções realizada pela empresa B no ano de 2018

Em relação às manutenções aplicadas nas edificações, foi encontrada uma


comparação entre os equipamentos ativos e passivos para a empresa A, apresentada na
figura 09.

140
Quantida de Empresas Atendidas

120

100

80

60
Equipamentos Passivos
40 Equipamentos Ativos

20

0
residencial Industrial / Comercial Educacional Reunião de
Déposito Público

Ocupação / Uso

Figura 09 – Gráfico de comparativo entre a manutenção de equipamentos Ativos e Passivos de combate de incêndio.

A empresa B, não disponibilizou os dados relativos à diferenciação de


manutenção dos equipamentos nas suas empresas atendidas, por não poder
disponibilizar os mesmos.

Analisou-se também a necessidade de troca de peças ou demanda de serviços


para os novos contratos.Em ambas as empresas, os entrevistados atestaram que este
15

necessidade era maior nas novas empresas, o que atesta a necessidade de registro das
manutenções realizadas.

Como a otimização das manutenções necessitam de um histórico anterior, tanto


pela empresa A quanto a empresa B, relataram que não havia informações anteriores
sobre as manutenções realizadas aos clientes novos.

Em relação ao item 1.7 do questionário, ambas as empresas relataram que


ocorreram desistências de clientes para a manutenção de seu sistema de combate de
incêndio, por estarem insatisfeitos com os valores a serem despendidos.

Quando observado os dados fornecidos pelo CBMGO, relativo ao número de


vistorias realizadas e tomando como base o ano de 2017, nota-se que relativamente
2,51% dos empreendimentos tiveram um sinistro devido à falta de equipamento, mau
uso, falta de treinamento dos ocupantes da edificação ou a falta de manutenção
obrigatória, levando em consideração que o CBMGO não vistoria 100% das edificações
que possuem um cnpj constituído.

De modo geral as informações colhidas junto às empresas A e B, levaram a


seguintes constatações:

 A maior incidência de horas trabalhadas e troca de peças ocorria junto às


edificações novas;
 Os equipamentos de segurança contra incêndio tiveram uma mesma incidência
de manutenção, sejam eles dispositivos ativos ou passivos;
 As edificações que iniciaram o serviço com as empresas, não possuem um
registro histórico das manutenções anteriores, mostrando que não há
gerenciamento pelo setor responsável pela manutenção destas edificações;
 As edificações que já utilizavam do serviço para a renovação da manutenção de
seu sistema de combate de incêndio possuíam um registro histórico, mas que
ficavam com a empresa de manutenção;
 Ocorreram, de acordo com as empresas, várias desistências de contrato devido
ao valor a ser empregado ou por não terem a manutenção do sistema de
combate de incêndio como uma prioridade;
 Não foram detectados sinistros nas edificações que receberam a manutenção,
mostrando que o investimento é favorável, já que todos os fabricantes de
equipamentos de combate de incêndio prevêem um prazo para a manutenção
dos mesmos.

6 CONCLUSÕES

No decorrer deste trabalho, ao realizar a coleta de informações,foi observado


que o assunto é amplo e necessário. A manutenção de equipamentos de combate de
incêndio foi relatada por uma grande maioria dos empresários goianos como um
exagero das entidades públicas e como forma de retirada de seus lucros. A menor
parcela dessa classe observou esse procedimento como benéfico e essencial para a
continuidade de suas atividades, sendo que em diversas situações foi observado o
benefício das manutenções periódicas.
16

E essencial ressaltar que não é responsabilidade deste trabalho esgotar o


assunto, em face da diversidade e complexidade das características presentes em um
incêndio e da grande quantidade de portarias, códigos, normas e leis aplicáveis, que na
maioria das vezes, não revelam uma unidade. É extremamente importante que haja uma
unidade nas normativas nacionais. Esse fato fará com que o custo de operação e a
aceitação do procedimento sejam mais bem apreciados.

Portanto, como uma sugestão que fará com que a manutenção seja aceita com
regularidade, proponho a implantação de um manual de procedimentos para todos os
equipamentos passivos e ativos de combate de incêndio. Da mesma forma que uma
caldeira tem seu caderno de manutenção, todos os equipamentos como hidrantes,
sistema LGE (líquido gerador de espuma) e até mesmo o material de controle de
ignição, deveriam ter seu histórico registrado.

Sendo assim deve - se reconhecer que a necessidade da manutenção preventiva


de sistemas de combate de incêndio faz com que haja a preservação da vida dos
ocupantes e da edificação. Como a NR-12 já exige um registro de procedimento para os
equipamentos, fica a proposta de implantação de um "manual de procedimentos de
combate de incêndio e pânico - equipamentos e treinamentos", sendo levado ao
conhecimento das esferas de estaduais e federais a obrigatoriedade de sua inserção.

Logo, é responsabilidade da sociedade propiciar o debate e o aprimoramento de


um tema pouquíssimo estudado em nosso país: a importância da inspeção predial nas
instalações de segurança contra incêndio em edificações residenciais, comerciais e
industriais. Espera-se ainda que o artigo possa ser enriquecido no futuro com novas
publicações de outros autores e pesquisadores sobre a temática principal apresentada.

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRENTANO, T. Instalações hidráulicas de combate a incêndios nas edificações. 3.ed.


Porto Alegre: EDIPUCRS, 2007. p.450.

Portaria SIT n.º 197, de 17/12/10, NR-12 (SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E


EQUIPAMENTOS), Pag 15.

Portaria SIT n.º 221, de 06 de maio de 2011, NR-23 (Proteção Contra Incêndios), Pag 01.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9077: Saídas


de emergência em edifícios. Rio de Janeiro. 2001.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10898:


Sistema de iluminação de emergência. Rio de Janeiro. 1999.

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cortafogo para saída de emergência. Rio de Janeiro. 2003.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12779:


Mangueira de incêndio - Inspeção, manutenção e cuidados. Rio de Janeiro. 2009.
17

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12962:


Inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio – Procedimento. Rio de
Janeiro. 1998.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13434-1:


Sinalização de segurança contra incêndio e pânico - Parte 1: Princípios de projeto. Rio
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ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13434-2:


Sinalização de segurança contra incêndio e pânico - Parte 2: Símbolos e suas formas,
dimensões e cores. Rio de Janeiro. 2004.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13434-3:


Sinalização de segurança contra incêndio e pânico - Parte 3: Requisitos e métodos de
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Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio. Rio de Janeiro. 2000.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10897:


Proteção contra incêndio por chuveiro automático. Rio de Janeiro. 1990.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15511:


Líquido gerador de espuma (LGE), de baixa expansão, para combate a incêndios em
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ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12232:


Execução de sistemas fixos automáticos de proteção contra incêndio com gás carbônico
(CO2) por inundação total para transformadores e reatores de potência contendo óleo
isolante. Rio de Janeiro. 2005.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5419:


Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Rio de Janeiro. 2001.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13860:


Glossário de termos relacionados com a segurança contra incêndio. Rio de Janeiro.
1997.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14276:


Brigada de incêndio – Requisitos. Rio de Janeiro. 2006.

ABNT, ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 17240:


Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação, comissionamento e
manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio – Requisitos. Rio de Janeiro.
2010.

Segurança e Medicina do Trabalho: NR01 a NR36. Manuais de Legislação Atlas, 78º


Edição.
18

Londres em chamas, Revista História Viva, nº 38, páginas 22 e 23, dezembro de 2006

http://www.bombeiros.go.gov.br/defesa-civil/empresa-credenciadas/normas-
tecnicas.html

http://www.tst.jus.br/web/trabalhoseguro/normas

http://nrfacil.com.br/blog/?p=4349

SEITO, Alexandre I., et al. A Segurança contra incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto
Editora, 2008.

WIKIPEDIA, A Enciclopédia Livre. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Escada,


consultado em 20 de setembro de 2017.
19

Anexo A

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