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NR – 34

OBSERVADOR DE
TRABALHO A QUENTE

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ATENDIMENTO A
NR – 34
CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DE
TRABALHO NA INDÚSTRIA DA
CONSTRUÇÃO, REPARAÇÃO E
DESMONTE NAVAL
(Observador de Trabalho a Quente)
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Conteúdo Programático

• Classes de fogo;
• Métodos de extinção;
• Tipos de equipamentos de combate a incêndio;
• Sistemas de alarme e comunicação;
• Rotas de fugas;
• Equipamento de proteção individual e coletiva;
• Prática de prevenção e combate a incêndio.

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O que é OBSERVADOR DE TRABALHO A QUENTE?

É considerado trabalho a quente as atividades de


soldagem, goivagem, esmerilhamento, corte ou
outras que possam gerar fontes de ignição tais
como aquecimento, centelha ou chama.

O observador de Trabalho a quente permanece em


contato permanente com os trabalhadores que
executam trabalhos a quente, monitorando
os trabalhos e o seu entorno, visando detectar e
combater possíveis princípios de incêndio.
O objetivo é o combate no princípio de incêndio, sendo
assim, os primeiros passos e minutos iniciais são
fundamentais para determinar o sucesso da atividade.

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NR-34 – OBSERVADOR DE TRABALHO A QUENTE

Nos locais onde se realizam trabalhos à quente, deve ser efetuada inspeção preliminar, de
modo a assegurar que:

• Os pontos próximos ao local do trabalho que • Materiais combustíveis existentes no local do


possam emanar substâncias inflamáveis trabalho devem ser removidos, cobertos ou
(canaletas, drenos, suspiros etc.) devem ser mantidos molhados para evitar sua ignição.
verificados e, quando necessário, obstruídos. • Não armazene materiais no local de trabalho.
• As áreas adjacentes estejam limpas, secos e Leve para a frente de trabalho somente o
isentos de agentes combustíveis, inflamáveis, mínimo necessário. Todo material inutil deve
tóxicos e contaminantes; ser descartado no coletor apropriado.
• A área somente seja liberada após • Trapos umedecidos com produtos inflamáveis
constatação da ausência de atividades podem causar incêndios;
incompatíveis com o trabalho a quente; • Na união das mantas verifique a
• O trabalho a quente seja executado por sobreposição de no mínimo 20cm, sem
trabalhador capacitado, conforme item 4 do deixar nenhum espaço para fuga de
Anexo I da NR 34. fagulhas/centelhas.

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NR-34 – CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS

Antes de iniciar atividades certifique-se de que não há


atividades conflitantes ocorrendo nas proximidades.

A realização de trabalhos simultâneos deve ser prevista no


planejamento das atividades.

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NR-34 – OBSERVADOR DE TRABALHO A QUENTE
Vejamos no vídeo as classes do fogo, os métodos de extinção e os tipos de equipamentos de combate a incêndio:

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NR-34 – OBSERVADOR DE TRABALHO A QUENTE
TIPOS DE AGENTES EXTINTORES:
Existem extintores de tamanhos, pesos e mais importante, de agentes extintores
diferentes.

• ÁGUA: Age por resfriamento. São utilizados em incêndios Classe A, ou seja, em


materiais sólidos como madeira, tecidos, papel, borracha e plástico. Em hipótese
alguma deve ser usado em líquidos e gases inflamáveis e em equipamentos elétricos.
• GÁS CARBÔNICO (CO2): O gás age por abafamento, extinguindo o oxigênio do local,
impossibilitando assim, que a reação do fogo ocorra. São indicados para incêndios
classe B e C. E estes são exatamente os casos em que a água não surte efeito, líquidos
e gases inflamáveis e em equipamentos elétricos.
• PÓ QUÍMICO BC: São utilizados para as mesmas classes de incêndio (B e C) que o
extintor de CO2. Mas ao invés de agir por abafamento, age por meio de reações
químicas do bicarbonato de sódio.
• PÓ QUÍMICO ABC: Este é o agente químico mais completo. Pode ser utilizado em
qualquer classe de incêndio. Ele extingue o fogo através do abafamento por fosfato
monoamônico.
• ESPUMA MECÂNICA: Combatem as classes de incêndio A e B. São muito utilizados em
locais que possuem armazenagem de líquidos e gases inflamáveis. A espuma age por
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resfriamento e abafamento.
NR-34 – OBSERVADOR DE TRABALHO A QUENTE
Sistema de Alarme e Comunicação
O objetivo do sistema de alarmes é detectar e evitar sinistros, para isso, além de
gerar um alerta sonoro, o sistema pode transmitir remotamente sinais à uma
Central de Monitoramento.
A estrutura básica de um sistema de alarmes compreende uma Central de
Alarmes equipada com bateria e sirene, que vai receber as informações dos
sensores.
Nos sistemas de alarme e detecção de incêndio são necessários alguns equipamentos básicos
para que haja segurança no ambiente em que ele estiver instalado.
Os principais equipamentos que compõem os sistemas de alarme e detecção de incêndio são os
seguintes:

•Central de alarme;
•Detectores de incêndio;
•Acionadores manuais contra incêndio;
•Sinalizadores;
•Módulos de entrada e de saída. 9
NR-34 – OBSERVADOR DE TRABALHO A QUENTE

ROTAS DE FUGA

As rotas de fuga são o meio pelo qual os integrantes se


deslocam durante um episódio emergencial, a fim de
saírem do local atingido por fogo, calor ou fumaça com
segurança, dos mais diversos lugares, independente do
ponto inicial de incêndio.
Dessa forma, as rotas devem seguir normas, de modo a facilitar e tornar o
trabalho da brigada e o processo de evacuação o mais rápido e eficaz possível.
Portanto, o número de saídas de emergência difere de ambiente para ambiente,
de acordo com o tipo de ocupação, altura, dimensões e características da
construção.
Ainda, as normas impõem uma distância máxima a percorrer entre o ponto mais distante do
pavimento e a saída, o qual é definido também com base no modelo de ambiente, e a localização
das portas, que devem oportunizar aos ocupantes a escolha da melhor rota e mais próxima.
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NR-34 – OBSERVADOR DE TRABALHO A QUENTE

É imprescindível um sistema de iluminação de emergência (sinalização de rota de fuga) adequado,


que propicie iluminação suficiente para permitir a saída fácil e segura dos ocupantes para o
exterior em caso de interrupção da luz local, sendo assim utilizado baterias ou motogeradores; e
garantir também a execução das manobras de interesse da segurança e intervenção de socorro
executadas pelo Corpo de Bombeiros. Há dois tipos de iluminação:

• De balizamento: indica as rotas de fuga, orientando a direção e sentido que as pessoas devem
seguir;
• De aclaramento: ilumina as rotas, de modo que os ocupantes não tenham dificuldade de
transitar por elas.

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NR-34 – OBSERVADOR DE TRABALHO A QUENTE

EPC - Equipamento de Proteção Coletiva são equipamentos que devem ser fornecidos pela
empresa com o intuito de proteger os integrantes dos riscos fornecidos pelo ambiente de
trabalho, de maneira coletiva.

Objetivo:
•Prevenir os integrantes que estejam transitando pelo ambiente de qualquer acidente que
possivelmente possa ocorrer;
•Reduzir ou até mesmo anular qualquer risco comum à todos que o ambiente de trabalho
possa fornecer;
•Minimizar perdas e aumentar a produtividade aos integrantes em um local de trabalho
mais seguro.
Os equipamentos são instalados nos postos de trabalho, podendo ser fixos ou móveis e,
diferentemente dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), fornecem proteção à
mais de um trabalhador ao mesmo tempo, por exemplo um guarda-corpo na beirada de
um edifício em construção. 12
NR-34 – EPC – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA
Tipos de EPC’s
Já vimos que lista de riscos que existem em um ambiente de trabalho é longa e cada
ambiente de trabalho ou diferentes atividades industriais tem suas exigência quanto ao
tipo de EPC’s que é necessário ou indicado para reduzir os impactos nos integrantes.
A seguir, destacamos os Tipos de EPC’s comuns instalados em diferentes indústrias ou
ambientes de trabalho:
•Kit de primeiros socorros: Tendo que
possuir todos os itens básicos necessários
em caso de acidente;

•Kit para limpeza em caso de


derramamento biológico, químico ou
radiativo;

•Chuveiros de emergência, lava-olhos, etc.; 13


NR-34 – EPC – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA

•Capela Química: Deve ser usada em locais que


se manuseiam produtos químicos, protegendo
o operador de possível inalação da substância
ou de algum contaminação no ambiente;

•Exaustores, sistemas de ventilação e de


controle de temperatura: Devem ser utilizados
em locais que o trabalhador é exposto á
temperaturas elevadas em ambientes fechados;

•Redes de proteção, guarda corpo e


corrimão: Usados geralmente em construções,
evitam quedas, dos trabalhadores e de objetos
que possam atingir os mesmos;
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NR-34 – EPC – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA

•Detectores de fumaça e Sprinkles: Usados em


qualquer local comercial, industrial, esportivo,
etc., para as situações de prevenção em caso de
incêndio;

•Sinalização (Cones, placas, etc): Usadas para


sinalizar qualquer possível risco no ambiente,
como um buraco, um piso escorregadio, etc.

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NR-34 – EPI – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

EPI é uma sigla para Equipamento de Proteção Individual.


Trata-se de itens que devem ser utilizados pelos integrantes para que sejam evitados
acidentes de trabalho e o surgimento de doenças ocupacionais.

Obs.: A NR-06 regulariza os equipamentos de proteção individual e só autoriza sua


comercialização caso tenha a marcação do respectivo CA.

CA é a sigla para Certificado de Aprovação, que é um documento emitido pelo Ministério


do Trabalho e Emprego que identifica Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) que
estejam em conformidade com as exigências da NR 6.
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NR-34 – EPI – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Os tipos de EPI´s utilizados podem variar dependendo do tipo de atividade ou de riscos
que poderão ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador e da parte do corpo que se
pretende proteger, tais como:

•Proteção auditiva: abafadores de ruídos ou protetores auriculares;

•Proteção respiratória: máscaras e filtro;

•Proteção visual e facial: óculos e viseiras;


•Proteção da cabeça: capacetes;

•Proteção de mãos e braços: luvas e mangotes;

•Proteção de pernas e pés: sapatos, botas e botinas;

•Proteção contra quedas: cintos de segurança e cinturões. 17


NR-34 – OBSERVADOR DE TRABALHO A QUENTE
PRATICA DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO
A prevenção e combate a incêndio é compreendida como a soma de medidas para se detectar e
controlar o rastro do incêndio, para que haja o combate, ou seja, o fogo seja contido ou extinto.
Para que uma reação de combustão e um incêndio ocorram, são necessários três
fatores: combustível, comburente e reação em cadeia.
2- Comburente: 3- Reação em cadeia:
1- Combustível: O calor fornece a energia necessária
O combustível é qualquer O comburente é o gás oxigênio
(O2), que entra em contato com o para que a reação continue. Por
material que possa ser oxidado. exemplo, o capim é um combustível
Eles podem ser sólidos (papeis, combustível e reage. Ele é
indispensável para que a e ele está em contato com o oxigênio
madeira, algodão), líquidos do ar, mas para que a sua queima
(álcool, gasolina, éter, óleo combustão ocorra e isso pode ser
visto por meio de um experimento ocorra é necessário uma ignição, ou
combustível) ou gasosos (gás energia de ativação, que é fornecida,
hidrogênio, acetileno, GLP (Gás simples e bem conhecido: se
colocarmos um copo sobre uma por exemplo, por uma faísca, como
Liquefeito de Petróleo)). quando alguém joga um cigarro
vela acesa, a chama irá apagar com
o tempo, pois todo o oxigênio foi aceso. Então, a combustão se inicia,
consumido e a reação cessa. liberando calor que fornece a
energia mínima necessária para que
a reação em cadeia continue. 18
NR-34 – OBSERVADOR DE TRABALHO A QUENTE
Desse modo, a combustão é representada por um diagrama chamado
de triângulo do fogo.
Assim, para combater um incêndio, temos que remover um desses três
fatores. Veja como:
1-Eliminando o calor:
Um dos principais meios de combater um incêndio é por meio do resfriamento,
diminuindo a temperatura. Esse método é ideal para incêndios de classe A, que
ocorrem com combustíveis sólidos que queimam na superfície e na sua
profundidade, deixando resíduos (cinzas).
Para eliminar o calor, utilizam-se extintores apropriados
para cada tipo de incêndio. Mas é necessário saber
exatamente qual extintor usar para cada tipo de
incêndio, pois, caso contrário, pode piorar a situação.
Por exemplo, digamos que o fogo está ocorrendo em
equipamentos elétricos que oferecem risco de choque
(incêndio classe C), nesse caso, um extintor de água não
seria indicado, mas sim um extintor de pó químico seco. 19
NR-34 – OBSERVADOR DE TRABALHO A QUENTE
2-Eliminando o combustível:
Isso é feito por meio da retirada do material
do local. Por exemplo, digamos que uma
entrada de gás hidrogênio está aberta,
podemos então fechá-la, retirando o
combustível que está sendo queimado.
Esse método é indicado para incêndios de
classe B e C, que são, respectivamente,
incêndios com líquidos que queimam na
superfície e deixam resíduos e incêndio com
equipamentos elétricos, conforme já
mencionado.

3- Eliminando o comburente:
Podemos impedir que o combustível entre
em contato com o oxigênio por meio de um
abafamento por uma cobertura.

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NR-34 – OBSERVADOR DE TRABALHO A QUENTE

DICAS DE COMBATE A PRINCIPIOS DE INCENDIOS

➢ Ataque o fogo contra o


vento

➢ Em superfícies líquidas comece


apagando o fogo pela base na parte
dianteira.
➢ Não concentre os esforços em apenas
uma frente, aumente a área de ataque
ao fogo
➢ É preferível utilizar diversos extintores
ao mesmo tempo a utilizar um atrás do
outro
➢ Fique atento a uma possível reação do
fogo. Certifique-se que esteja
totalmente apagado
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Chegamos ao final!
Parabéns pelo empenho e dedicação!

“O maior benefício de treinamento não


vem de se aprender algo novo, mas de se
fazer melhor aquilo que já fazemos bem.”
Peter Druker

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