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Gestão de Instalações

Desportivas
Módulo 10 – Ambiente, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho
Gestão de Instalações Desportivas
Módulo 10 – Ambiente, Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

Tipos de risco e seu controlo nos espaços desportivos


Todos nós, ao desenvolvermos o nosso trabalho, gastamos uma certa quantidade de
energia para produzir um determinado resultado. Em geral, quando dispomos de boas
as condições físicas do ambiente, como, por exemplo, o nível de ruído e a temperatura
são aceitáveis, produzimos mais com menor esforço.

Mas, quando essas condições fogem muito aos nossos limites de tolerância, atinge-se
facilmente o incómodo e a irritação determinando muitas vezes o aparecimento de
cansaço, a queda de produção, falta de motivação e desconcentração .

Por outras palavras, os fatores físicos do ambiente de trabalho interferem diretamente


no desempenho de cada trabalhador e na produção obtida, pelo que se justifica a sua
analise com o maior cuidado.
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Tipos de risco e seu controlo nos espaços desportivos


1. Incêndios

2. Riscos elétricos

3. Movimentação manual e mecânica de cargas

4. Ruído

5. Iluminação

6. Vibrações

7. Arrumação e limpeza

8. Postura no trabalho

9. Ambiente térmico

10. Contaminação Química e Biológica


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Incêndios
Os incêndios podem surgir na sequência de sismos, ser provocados por raios, por deficiências de
equipamentos e instalações técnicas, ser de origem criminosa ou resultar de causas acidentais,
devidas a erro ou negligência humana.

As causas mais frequentes dos incêndios em edifícios são os descuidos humanos, podendo por
isso ser evitados.
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Incêndios
Os objetivos fundamentais da segurança contra incêndio em edifícios desportivos são:

- a salvaguarda da vida e da integridade física dos ocupantes;

- a proteção dos edifícios, equipamentos e mobiliário.

• Qualquer esquema de segurança, em caso de incêndio, visa reduzir as causas dessa ocorrência
e garantir a segurança da evacuação dos ocupantes, dependendo o êxito desta operação da
possibilidade de, rapidamente e sem pânico, abandonarem as zonas atingidas dos edifícios.

• A proteção das instalações propagação das


chamas e ao calor, dos dispositivos de evacuação de fumos e dos meios de contenção e ataque ao
fogo.
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Incêndios

Evitar o início de um fogo

• A adoção de medidas de prevenção não de maneira absoluta a deflagração de


incêndios, mas o risco certamente mais reduzido.

• Para a limitação das causas de um incêndio, bem como para a minimização das condições de
alimentação e propagação fundamental a redução da carga combustível e a
manutenção das instalações em boas condições de limpeza, arrumação e utilização.

• Na vistoria que diariamente se deve proceder a todas as instalações, antes do seu


encerramento, deve verificar-se se foram cumpridas todas as medidas de prevenção contra
incêndio.
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Incêndios

No âmbito das medidas cautelares de prevenção, deve-se nomeadamente:

• empreender operações periódicas de limpeza geral de todos os espaços normalmente não


ocupados e de difícil acesso (sótãos, caves, etc.) e de todos os espaços que, embora ocupados,
sejam pouco visitados (arrecadações, arquivos, depósitos, armazéns), pois a poeira, facilmente
acumulável altamente inflamável.

• não utilizar os sótãos e as caves para armazenamento de papéis, mobiliário danificado ou


excedentário, tecidos, plásticos ou quaisquer outros materiais combustíveis e líquidos
inflamáveis, de modo a reduzir o risco de incêndio destes espaços.
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Incêndios

No âmbito das medidas cautelares de prevenção, deve-se nomeadamente:

• manter todas as instalações em permanente estado de limpeza e de arrumação.

• proceder recolha diária de lixos e desperdícios em recipientes apropriados, para remoção pelos
serviços públicos de limpeza.

• dar especial atenção às condições de armazenamento de reagentes químicos, combustíveis líquidos e


gasosos, plásticos e outros materiais altamente inflamáveis, devendo os reagentes e os combustíveis
prova de derrame, em locais afastados de qualquer
fonte de calor, chama ou faísca.

• assegurar que todas as instalações elétricas, de gás e de aquecimento, assim como todos os aparelhos
e equipamentos elétricos, segurança contra incêndio, sejam mantidos em
perfeitas condições de funcionamento.
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Incêndios

Dar especial atenção aos seguintes aspetos:

• substituição de todos os condutores elétricos em mau estado de conservação;

• investigação de qualquer parte de equipamento elétrico com cheiro anormal;

• evitar a sobrecarga dos circuitos elétricos, não ligando demasiados aparelhos na mesma
tomada;

• fazer a revisão periódica das tubagens de gás e em caso de anomalia contactar imediatamente
um técnico.
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Incêndios

Dar especial atenção aos seguintes aspetos:

• desligar a aparelhagem de aquecimento local sempre que se não justifique o seu funcionamento,
especialmente quando em espaços não ocupados por longos períodos.

• prestar especial atenção às instalações de gás, tendo o cuidado de fechar as torneiras de segurança
após cada utilização dos aparelhos. Se sentir cheiro a gás, não ligar/desligar interruptores, aparelhos
elétricos ou fazer qualquer tipo de chama, ventilar o local e fechar as torneiras de segurança.

• não utilizar aparelhos de aquecimento de água, por queima, desde que não estejam reunidas as
necessárias condições de segurança (incombustibilidade da base de trabalho e garantia de evacuação
de fumos e gases).

• não fazer lume fora dos locais próprios.

• não utilizar cestos de papéis em material combustível.


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Incêndios

No fim de cada dia de trabalho, antes do encerramento da instalação desportiva, deve-se


proceder a uma vistoria cuidadosa de todas as instalações, tendo em vista verificar se foram
cumpridas as medidas cautelares mínimas de segurança.
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Incêndios

• Os edifícios, em geral, devem dispor de meios de deteção, alarme e alerta que, em situação de
emergência, permitam difundir avisos de evacuação para os seus ocupantes, alertar o 112
(Número Nacional de Socorro) e acionar os dispositivos de comando das instalações e
equipamentos que devam intervir em caso de incêndio.

• Devem dispor também de meios complementares de primeira intervenção, colocados em todos


os pisos, os quais podem englobar mantas, baldes para água, baldes com areia seca, extintores
portáteis e dispositivos fixos equivalentes, tais como redes de incêndio armadas, colunas secas
e colunas húmidas, que deverão estar devidamente localizados e sinalizados conforme os
planos de prevenção e de emergência.
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Incêndios

• O êxito no ataque a um incêndio, bem como a maior facilidade de evacuação dos ocupantes e a
limitação de danos materiais, depende fundamentalmente da rapidez de deteção de focos de
incêndio, da imediata transmissão do alarme e do alerta para o 112 (Número Nacional de
Socorro), da resposta dos serviços de bombeiros e ainda do oportuno acionamento dos
dispositivos de contenção e de ataque inicial do fogo.

• Em caso de deflagração de um foco de incêndio, desde que as suas proporções ainda o


permitam, deve-se intervir prontamente sobre o mesmo, com os meios de combate disponíveis
(areia, mantas, extintores, etc.), sem prejuízo da chamada dos bombeiros.

• Se possível, deve isolar-se o compartimento onde se manifeste o incêndio e fechar as janelas e


as portas.
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Incêndios
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Incêndios

• Caso se julgue necessário ou prudente a evacuação dos ocupantes, deve acionar-se o alarme.

• Mesmo que o incêndio tenha sido dominado pela intervenção dos ocupantes, os bombeiros
devem ser chamados para tomar conta da ocorrência e verificar se perigo de reativação
do fogo.

• As vias de circulação nas imediações e no interior do recinto desportivo devem estar


desimpedidas, a fim de permitir e facilitar a intervenção dos bombeiros.
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Incêndios
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Riscos Elétricos

As instalações elétricas estão concebidas e deverão ser verificadas e mantidas por forma a evitar
a ocorrência de acidentes pessoais decorrentes do uso normal, como electrocução, explosão,
queimaduras.

A manobra dos equipamentos elétricos deve fazer-se sem perigo ou risco de lesões para os
utentes.
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Riscos Elétricos

• O comando dos circuitos de iluminação no exterior, zonas de circulação, instalações sanitárias,


refeitórios, bares, espaços efetuado, normalmente, a partir dos respetivos
quadros elétricos, os quais se devem encontrar sempre fechados, inacessíveis aos utilizadores
dos espaços e desimpedidos.

• Todas as massas metálicas terra.

• Os aparelhos de iluminação e restantes equipamentos elétricos, localizados no exterior,


incluindo galerias exteriores e alpendres, devem ser estanques.

• Os edifícios e os respetivos recintos, não protegidos contra descargas atmosféricas, devem ser
acautelados com instalação de para-raios.
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Riscos Elétricos

• O sistema de iluminação de emergência funcionar durante o tempo suficiente para


permitir a evacuação em segurança de todos os ocupantes. Os equipamentos deste sistema
devem ser periodicamente testados, no mínimo duas vezes por ano.

• As instalações e os equipamentos elétricos deverão estar protegidos contra contactos diretos, de


modo a proteger as pessoas dos riscos de contacto com peças em tensão.

• Todos os equipamentos elétricos devem estar protegidos com dispositivos sensíveis a correntes
diferenciais/residuais, os quais deverão ser periodicamente testados, no mínimo duas vezes por
ano.

• ser substituída, imediatamente, toda a aparelhagem partida ou danificada.


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Riscos Elétricos
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Movimentação manual e mecânica de cargas

Conceito de movimentação manual de cargas

Entende-se por movimentação manual de cargas qualquer operação de transporte e sustentação


de uma carga por um ou mais trabalhadores que, devido às suas características ou condições
ergonómicas desfavoráveis, comporte riscos para os mesmos, nomeadamente na região dorso-
lombar.
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Movimentação manual e mecânica de cargas

Obrigações do empregador

• Deve adotar medidas de organização do trabalho adequadas ou utilizar os meios apropriados,


nomeadamente equipamentos mecânicos, de modo a evitar a movimentação manual de cargas
pelos trabalhadores.

• Sempre que não seja possível evitar a movimentação manual de cargas, o empregador deve
adotar as medidas apropriadas de organização do trabalho, utilizar ou fornecer aos
trabalhadores os meios adequados, afim de que essa movimentação seja o mais segura possível.
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Movimentação manual e mecânica de cargas

Exemplos de boas práticas


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Movimentação manual e mecânica de cargas

Exemplos de boas práticas


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Movimentação manual e mecânica de cargas

Exemplos de boas práticas


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Movimentação manual e mecânica de cargas

As medidas de prevenção e proteção a adotar são:

Preferencialmente recorrer a dispositivos e equipamentos mecânicos para a movimentação de


cargas, como por exemplo:

• auxiliares mecânicos ou pneumáticos, porta-paletes, empilhadores, “carros de mão”,


transportadores de tela, plataformas de elevação de cargas;

• as cargas a movimentar não deverão ultrapassar os limites máximos para a massa unitária;

• quando as cargas a movimentar apresentam uma massa superior ao limite máximo admissível,
deve-se preferencialmente fracionar a carga, ou, em alternativa, efetuar a movimentação por
mais que uma pessoa;
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Movimentação manual e mecânica de cargas

As medidas de prevenção e proteção a adotar são:

• manter limpas e arrumadas as zonas onde decorrem tarefas de movimentação manual de


cargas;

• identificar e sinalizar as zonas de passagem;

• formar os trabalhadores de modo que estes adotem posturas de trabalho adequadas.


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Movimentação manual e mecânica de cargas

1. O centro de gravidade do Trabalhador deve estar o mais próximo possível e por cima do centro de
gravidade da carga.
2. Adotar a melhor posição e estabelecer uma distância entre os pés de modo a enquadrar a carga.
3. Baixar-se fletindo os joelhos, mantendo o dorso o mais próximo possível da posição vertical.

4. • Segurar o objeto com firmeza;


• Utilizar a força das pernas para se levantar mantendo as costas na posição vertical;
• Fazer trabalhar os braços em tração , estendidos. Devem suster a carga e não -la;
• A elevação da carga deve ser lenta e controlada.

5. pesada ou muito volumosa a movimentação da carga deve ser feita por mais que um
trabalhador.

6. O trabalhador deve aproveitar o corpo para empurrar os objetos a transportar, por forma a reduzir o
esforço das pernas e braços.
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Movimentação manual e mecânica de cargas

Durante as atividades de movimentação manual de cargas não se devem efetuar movimentos de


torção na coluna ou movimentos de flexão excessiva do tronco.

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