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Segurança e Medicina

do Trabalho
Material Teórico
Brigada de Incêndio, Combate ao Fogo e Primeiros Socorros

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Esp. Isabel Souza Lima

Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Brigada de Incêndio, Combate
ao Fogo e Primeiros Socorros

• Brigada de Incêndio;
• Responsabilidades da Brigada de Incêndio em Emergência
por Ordem de Importância;
• Legislação da Brigada de Incêndio;
• Prevenção, Organização e Métodos de Combate ao Fogo;
• Surgimento de Incêndio;
• Métodos de Extinção de Fogo;
• Tipos de Extintores;
• Sistemas Hidráulicos – Prevenção De Incêndios;
• Primeiros Socorros.

OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Apresentar a importância da Brigada de Incêndio e seu treinamento;
• Fornecer entendimento dos procedimentos a serem adotados pela Brigada de Incêndio;
• Apresentar as formas de prevenção de incêndio e combate ao fogo;
• Fornecer o entendimento sobre os tipos de extintores e sua correta utilização;
• Apresentar a importância do sistema hidráulico em edificações;
• Apresentar a importância do treinamento de primeiros socorros.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.

Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.

Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.

Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Brigada de Incêndio, Combate ao Fogo e Primeiros Socorros

Brigada de Incêndio
Três aspectos são considerados como básico para garantir o combate contra
incêndio em uma edificação, seja ela um prédio comercial, fábrica ou indústria:
• Equipamentos: os equipamentos de combate a incêndio devem ser projetados
de maneira a garantir a atuação conforme o risco da edificação, a área de ocu-
pação e o número de ocupantes.
• Manutenção: uma vez que o projeto de equipamentos esteja em vigor, é neces-
sário que seja feita a manutenção periódica desses equipamentos. Por exemplo:
verificar, periodicamente, se o alarme de incêndio está funcionando correta-
mente ou se os extintores estão dentro do prazo de validade.
• Pessoal treinado: estamos falando da Brigada de Incêndio; a edificação deve
ter pessoal treinado para agir em emergências e que saiba usar os equipamen-
tos de segurança, além de garantir a evacuação do prédio de forma rápida
e organizada.

Figura 1 – Representação da checagem de validade de um extintor de incêndio


Fonte: Getty Images

O sucesso de uma Brigada de Incêndio começa na escolha dos integrantes que


irão compô-la. Deve ser bem treinada, conhecer bem toda a edificação e os riscos
que existem nela e ter o plano de emergência bem claro na mente.

Empresas que possuem em seu quadro 20 funcionários ou mais, são obrigadas


a instituírem uma Brigada de Incêndio. A norma que a regulamenta é a NR-23, na
qual se dispõem de medidas adequadas para a prevenção de incêndio.

Importante! Importante!

Diferentemente da CIPA, os membros da brigada de incêndio não têm estabilidade no


emprego por estarem ocupando esta função.

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Mas afinal, o que é a Brigada de Incêndio?
A Brigada de Incêndio é um grupo de pessoas que podem ser voluntárias ou não,
treinadas e capacitadas em combate a incêndio e primeiros socorros para atuar em
momento necessário. Tem como responsabilidade saber agir em emergências, além
de trabalhar na prevenção de situações de risco de incêndio.

MORAES (2010, p.20) reforça que o acordo com o Ministério do Trabalho e


Emprego, por meio da Norma Regulamentadora NR23 - Proteção contra incên-
dios, determina a criação de uma Brigada de Incêndio. Essa brigada é basicamente
um grupo organizado de trabalhadores especialmente capacitados para atuar em
uma área previamente estabelecida, na prevenção, abandono e combate a um prin-
cípio de incêndio e aptos a prestar os primeiros socorros a possíveis vítimas.
• Prevenção: analisar os riscos existentes
na empresa; notificar ao setor competente
as eventuais irregularidades encontradas
no que tange prevenção e proteção contra
incêndios; orientar o público tanto interno
quanto externo; participar das ações simu-
ladas e conhecer o plano de emergência
da edificação;
• Emergência: identificar a situação; acionar
o alarme e abandono da área; acionar o
Corpo de Bombeiros; desligar a energia
elétrica; realizar os primeiros socorros; Figura 2 – Funcionário de uma empresa
combater ao princípio de incêndio; recep- recebendo o treinamento de Brigada
cionar e orientar o Corpo de Bombeiros. de Incêndio
Fonte: Getty Images
Todos os membros da Brigada de Incêndio deverão passar por treinamentos que
deverão variar conforme o grau de risco apresentado na edificação. O treinamento
pode ser básico, intermediário ou avançado e deve ser reaplicado todos os anos
para a equipe de brigadistas.

Composição da Brigada de Incêndio


Segundo a IT, Instrução Técnica do Corpo de Bombeiros de SP, 17/2018, toda
equipe de brigadista de incêndio é organizada funcionalmente por brigadistas,
chefe, coordenador geral e líderes.
• Brigadistas: são os membros da Brigada de Incêndio capacitados para realizar
a prevenção e o combate a incêndios, bem como prestar os primeiros socor-
ros, avaliar riscos, elaborar relatórios, orientar pessoas, acionar o corpo de
bombeiros e outras ações que tenham como objetivo guardar a vida de todos
os envolvidos;

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UNIDADE Brigada de Incêndio, Combate ao Fogo e Primeiros Socorros

• Líder: é o responsável pela coordenação e execução das ações de emergência


de um pavimento ou setor. Ele deve ser escolhido por meio de processo seleti-
vo dentre os demais brigadistas;
• hefe: também chamado de chefe de turno ou de edificação. O chefe é o
C
brigadista responsável pela coordenação e execução das ações de emergência
de uma determinada edificação da planta. Assim como o líder, ele deve ser
escolhido por meio de processo seletivo dentre os demais brigadistas;
• Coordenador geral: é o brigadista responsável por coordenar e executar as
ações de emergência de todas as edificações pertencentes a uma planta. O co-
ordenador geral deve ser uma pessoa com capacidade de liderança, que tenha
o apoio da direção da empresa ou que faça parte dela. Em caso de ausência
do coordenador geral, deverá haver, no plano de emergência, um substitutivo
igualmente capacitado.

Seleção dos Candidatos para Brigada


Conforme a Instrução Técnica nº. 17/2004, os trabalhadores candidatos a briga-
distas devem atender a alguns critérios básicos para seleção, entre eles:
• Permanecer na edificação: não deve ser selecionado para brigadista trabalha-
dor que executa suas funções externamente, pois, em uma ocorrência de sinis-
tro, ele estará fora da empresa, dificultando o atendimento imediato ao sinistro;
• Experiência anterior como brigadista: trabalhadores que já foram brigadis-
tas em outras empresas devem ter preferência na seleção;
• Ter bom condicionamento físico e boa saúde: cada empresa deve possuir,
por escrito, critérios para seleção quanto ao condicionamento físico e exames
médicos dos candidatos a brigadistas;
• Conhecimento das instalações: o candidato deve ter um bom conheci- men-
to de todas as instalações da empresa, pois isso facilita no deslocamento da
equipe para atendimento ao sinistro;
• Ter responsabilidade legal: o candidato deve ser responsável por seus atos.
Deve ser cobrada sua presença nos treinamentos e simulados realizados e sua
avaliação deve ser constante através de provas escritas e práticas;
• Ser alfabetizado: deve, pelo menos, possuir o ensino fundamental completo,
pois ele deve passar por provas escritas.

Trocando ideias... Importante!


Caso não tenham candidatos à Brigada de Incêndio que apresentem todos os requisi-
tos, serão considerados os candidatos com o perfil mais próximo ao perfil ideal apre-
sentado acima.

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Responsabilidades da Brigada de Incêndio
em Emergência por Ordem de Importância
• Orientar, de forma coordenada, o abandono da edificação para um local seguro;
• Prestar os primeiros socorros;
• Combater o foco do fogo para proteger a vida humana;
• Comunicar e orientar o Corpo de Bombeiros.

Segundo a IT 17/2018 do Estado de São Paulo, as ações de prevenção são:


• Análise dos riscos existentes durante as reuniões da Brigada de Incêndio;
• Notificação ao setor competente da empresa ou da edificação das eventuais ir-
regularidades encontradas no tocante a prevenção e proteção contra incêndios;
• Orientação à população fixa e flutuante;
• Participação nos exercícios simulados;
• Conhecer o plano de emergência da edificação;
• Ações de emergência;
• Identificação da situação;
• Alarme/abandono de área;
• Acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa;
• Corte de energia;
• Primeiros socorros;
• Combate ao princípio de incêndio;
• Recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros.

Providências e Orientações em Emergências:


• Manter a calma;
• Identificar e localizar o que está acontecendo;
• Avaliar rapidamente a situação e o que fazer;
• Se houver indício de incêndio, acionar o alarme de incêndio;
• Andar e não correr;
• Não tente salvar objetos;
• Nunca subir, sempre tentar descer;
• Não usar o elevador, usar sempre a escada de emergência;

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• Não retirar as roupas do corpo;


• Colocar um lenço molhado no nariz e tentar caminhar o mais próximo do
chão (agachado);
• Não se trancar em compartimentos confinados e/ou fechados;
• Antes de tentar abrir portas, verificar se elas estão frias;
• Controlar as pessoas que estiverem desorientadas e em pânico.

Instrução Técnica nº. 17/2018. Brigada de Incêndio. Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Explor

Disponível em: https://bit.ly/2K4PTZ4

Legislação da Brigada de Incêndio


A obrigatoriedade da Brigada de Incêndio é imposta por cada estado brasileiro,
por exemplo, a Instrução Técnica nº17/2018 que institui a obrigatoriedade e a ca-
racterística da Brigada de Incêndio para todo o estado.

Caso um estado brasileiro não tenha fixado as normas da brigada em seu território,
deve-se observar a NBR 14.276/2006, que impõe os requisitos da Brigada de Incêndio.
Explor

Acesse o link a seguir e leia sobre a NBR 14.276/2006. Disponível em: https://bit.ly/2YyvJi8

Prevenção, Organização
e Métodos de Combate ao Fogo
O objetivo principal da prevenção de combate ao incêndio é propor medidas que
têm como finalidade impedir o aparecimento do fogo ou dificultar sua propagação.
No entanto, para que essa prevenção seja possível, é necessário ter conhecimento
sobre como conter o fogo no seu estágio inicial, saber quais ações tomar, quais
equipamento que podem ser utilizados e, por último, como e quando utilizar tais
equipamento de combate ao fogo.

Mas, ainda assim, vale ressaltar algumas regras básicas que todo profissional
deve conhecer para obtenção de sucesso no combate ao fogo:
• Normas de procedimentos gerais da empresa em caso de incêndio;
• Instruções referentes à conduta da área onde trabalha;
• Planta do local com as saídas de emergências;

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• Localização dos extintores e de outros equipamentos de combate ao fogo;
• Manter os espaços livres e conservados ao redor dos equipamentos de comba-
te ao fogo para que o acesso a eles seja fácil;
• Nunca faça a utilização do equipamento de combate ao fogo para qualquer
outra finalidade;
• Conhecer bem o funcionamento de cada tipo de extintor para saber de imedia-
to qual deve ser usado em determinada situação.

Dentre as medidas de prevenção e combate ao fogo destacadas na NR-23 estão:


• Porta corta-fogo: tem o objetivo de pro-
teger a saída de emergência. Ela deve
possuir uma barra “antipânico” como
sistema de abertura, assim só com a
pressão das mãos sobre a barra é possí-
vel destravar e abrir a porta;
• Saídas de emergências: são obriga-
tórias. A quantidade e a posição delas
devem ser definidas por meio de uma
avaliação técnica realizada por um en-
genheiro ou arquiteto. Essas saídas de
emergência devem ter condições de pas-
sagem e escadas (o uso do elevador é
descartado em incêndio);
• Extintores: são obrigatórios e devem ser
aferidos regularmente. O especialista téc-
nico é quem calcula a quantidade do dis- Figura 3 – Sinalização da saída de emergência
positivo e onde ele deve estar instalado; Fonte: Getty Images

• Detector de fumaça: é acionado automaticamente um alarme sonoro quando


houver a existência de um incêndio. Ele pode estar ligado diretamente com o
Corpo de Bombeiros e ser acionado com um sinal de emergência. Porém, o
detector não é obrigatório em todos os Estados.
• Sistemas de alarme;
• Sinalização da rota de fuga, extintores e outros.

A NR-23 prevê, ainda, que todas as empresas devem possuir:


• Proteção contra incêndio;
• Saídas suficientes para a rápida retirada do pessoal em serviço, em caso
de incêndio;
• Equipamento suficiente para combater o fogo em seu início;
• Pessoas treinadas no uso correto desses equipamentos. Sendo que para mais
de 20 funcionários é necessário a Brigada de Incêndio.

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UNIDADE Brigada de Incêndio, Combate ao Fogo e Primeiros Socorros

Importante! Importante!

Regras básicas para se evitar um incêndio:


• O lixo não deve ser acumulado em locais inadequados;
• Os líquidos inflamáveis não devem ser armazenados em locais de risco;
• O chamado Gás Liquefeito de Petróleo (G.L.P.), também conhecido como gás de cozi-
nha, não deve ser estocado em ambientes fechados e sem ventilação;
• As instalações elétricas não devem ser sobrecarregadas, não se deve conectar vários
aparelhos em uma mesma tomada;
• Materiais de fácil combustão, como: álcool, velas e fósforos devem ser mantidos e ar-
mazenados fora do alcance de crianças;
• Os extintores, hidrantes e as saídas de emergência precisam ter acesso liberado e de-
vem ser mantidos desobstruídos;
• Deve-se manter sempre uma brigada de incêndio, ou seja, um grupo de pessoas que te-
nham recebido treinamento prévio e que estejam capacitados para combater incêndios.

Surgimento de Incêndio
O Triângulo de fogo é a representação de 3 elementos necessários para ini-
ciar uma combustão. Ele é formado por calor (energia de ativação), combustível e
comburente. Para existir fogo, é necessário ter os três elementos em quantidades
suficientes e em condições propícias.
Ox
lor

igê
Ca

nio

Reação Química
entre eles
Combustível

Figura 4 – Representação do Triângulo de Fogo


• Combustível: é tudo o que queima, é o elemento que alimenta o fogo e por
ele o fogo se propaga. Os combustíveis são encontrados na natureza nos três
estados físicos da matéria: sólido, líquido e gasoso;
• Comburente: é o oxigênio encontrado no ar que respiramos, elemento que dá
vida ao fogo. Quanto maior a concentração de oxigênio, mais intenso será o fogo;
• Fonte de ignição/ativação (calor): é o elemento que dá início ao processo de
combustão, nada se queima sem antes se aquecer.

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As principais causas de incêndio são:
• Natural: é aquela provocada por um agente da natureza. Exemplo: raio, terre-
moto, vulcão, queda de meteoro etc;
• Acidental: é aquela provocada pelo homem, por negligência, imprudência ou
imperícia (sem intenção). Exemplo: brincadeira de criança com fósforo, bituca
de cigarro jogada em cesto de lixo, curto-circuito, acidente de trânsito etc;
• Criminosa: é aquela provocada com a intenção do homem em provocar da-
nos. Exemplo: sabotagem, ato incendiário, bomba-relógio etc.

Métodos de Extinção de Fogo


• Resfriamento: diminui-se a temperatura do combustível que queima até que
ela fique abaixo do seu ponto de fulgor (ponto de inflamação), de forma que
não mais desprenda gases inflamáveis;
• Abafamento: diminui ou retira-se o oxigênio presente no material que queima,
visto que se a concentração de oxigênio for menor que 16%, a combustão nos
corpos sólidos será apenas em brasa e nos líquidos e gases inflamáveis o fogo
será completamente extinto;
• Isolamento: retira-se o material combustível que está sendo queimado das pro-
ximidades daqueles que não estão. Da mesma forma, retira-se o material que
não está queimando da proximidade dos que estão para não propagar e aumen-
tar o incêndio.
Explor

Acesse o link a seguir. Disponível em: https://bit.ly/2NlBNFg

Tipos de Extintores
• Extintor de água pressurizada: utilizado em incêndios de Classe A. A pres-
são interna expele a água quando o gatilho é acionado e tem alcance médio
de 10 metros;
• Extintor de pó químico seco: utilizado em incêndios de Classe B e C. O pó
sob pressão é expelido quando o gatilho é acionado e o extintor tem alcance
médio de 5 metros;
• Extintor de gás carbônico: utilizado em incêndios de Classe B e C. O gás é
armazenado sob pressão e liberado quando o gatilho é acionado;
• Extintor de espuma mecânica: utilizado em incêndios de Classe A e B. A
espuma age primeiro por abafamento e depois por resfriamento.

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Explor
Tipos de extintores de incêndio: https://bit.ly/31aoTx5

Tabela 1 – Classes de Fogos


Classe A Classe B Classe C Classe D
Combate: óleo diesel, Combate: eletrônicos,
Combate: papel, Combate: alumínio,
gasolina, graxa, álcool tais como, televisão,
madeira, tecidos etc. magnésio etc.
etc. computadores etc.

Figura 5 – Correta utilização do extintor de incêndio


Fonte: apsei.org.pt

Sistemas Hidráulicos –
Prevenção de Incêndios
• Reservatório: caracteriza-se como uma fonte de água que é utilizada para
suprir o consumo em caso de incêndios;
• Canalização: são redes de canos e tubulações responsáveis por conduzirem a
água da fonte até as proximidades dos locais que precisam ser protegidos de
possível incêndio;

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• Hidrantes: são os dispositivos que oferecem água para alimentar as manguei-
ras dos bombeiros;
• Abrigos: são locais que guardam e protegem os hidrantes, mangueiras e es-
guichos (casas);
• Mangueiras: é um condutor de água flexível que pode ser confeccionado em
lona, fibras sintéticas ou algodão e é revestido internamente com borracha.
Já as mangueiras de jardim são feitas de PVC (cloreto de polivinila), podendo
ou não serem reforçadas com borracha.

Providências e Orientações em Casos de Ameaças de Bomba


• Sempre acreditar que a ameaça é verdadeira, mesmo que haja dúvida;
• Comunicar o fato ao superior imediato ou ao responsável local;
• Não tocar em qualquer objeto, seja estranho ou comum ao local, pois, em se
tratando de ameaça, todo objeto passa a ser suspeito;
• Acionar as autoridades competentes e, entre eles, o Grupo de Ações Táticas
Especiais (GATE) através do número 190;
• Evacuar o local de maneira rápida e discreta para não provocar alarde e con-
sequentemente pânico;
• Isolar a área, afastando grupos de curiosos.

Figura 6 – Esquadrão antibomba


Fonte: Getty Images

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Figura 7 – Fluxograma de procedimento de emergência contra incêndio


Fonte: NBR 15.219, da Associação Brasileira de Normas Técnicas

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Primeiros Socorros
De acordo com a Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e
do Crescente Vermelho, define-se os primeiros socorros como a prestação e as-
sistência médica imediata a uma pessoa ferida até à chegada de ajuda profissional.

No treinamento da Brigada de Incêndio também é aplicado o de primeiros so-


corros para os brigadistas. Esse treinamento visa capacitar a brigada a prestar o
socorro inicial às vítimas que sofreram algum tipo de ferimento ou até mesmo mal
súbito durante o horário de trabalho.

É imprescindível que toda empresa tenha uma maleta de primeiros socorros.

Maleta de Primeiros Socorros


Segundo Moraes (2010, p.23), alguns materiais devem ser básicos na compo-
sição da maleta. A quantidade desses materiais deve ser avaliada pela equipe de
emergência. Muitos materiais possuem prazo de validade, principalmente os esté-
reis, por isso deve ser indicado um responsável para reposição e verificação das
validades dos materiais.

A lista dos materiais que devem compor a maleta de emergência para atendi-
mento do suporte básico de vida é apresentada a seguir:
• Faixas crepes de vários tamanhos;
• Esparadrapo;
• Gazes e compressas esterilizadas;
• Manta aluminizada;
• Plástico protetor estéril para uso em eviscerações e queimaduras;
• Soro fisiológico 0,9%;
• Colar cervical P, M, G;
• Imobilizador de cabeça;
• Talas moldáveis de diversos tamanhos;
• Tesoura ponta romba;
• Lanterna pequena;
• Kit de tirantes para imobilização;
• Pranchas;
• Equipamentos de Proteção Individual (luvas de procedimento, óculos, máscara,
avental descartável em número suficiente para equipe de atendimento).

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Uso de EPI ara Atendimento a Vítimas


Em todo atendimento realizado pela equipe de brigadista da empresa, assim
como qualquer outro socorrista, os equipamentos de proteção individual não po-
dem faltar, pois somente com o uso dos EPIs é possível evitar contato direto com
sangue, saliva, fluidos corporais.

MORAES (2010, p.24) determina que se deve utilizar como EPIs: luvas descar-
táveis, óculos de segurança, máscaras descartáveis e avental longo descartável.
A autora ainda destaca que o uso dos EPIs reduz o risco de transmissão de doenças
através do contato com sangue das vítimas como a hepatite B, hepatite C e vírus
do HIV (vírus transmissor da Aids).

Os brigadistas devem receber vacinação contra hepatite B, que conta com três
doses (0, 30 e 180 dias), e contra tétano, com três doses e reforço a cada dez anos,
mantendo o calendário de vacinação em dia.

No material de apoio você poderá contar com um vídeo feito pelo Corpo de Socorristas do
Explor

Brasil com instrução de Primeiros Socorros.


Disponível em: https://youtu.be/a_dlsNm5HsU

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Vídeos
Primeiros Socorros
https://youtu.be/a_dlsNm5HsU
Noções Básicas em Primeiros Socorros
https://youtu.be/1MtKw-uP1NM
Tipos de Extintores
https://youtu.be/oCpovElVigs
NR 23 Prevenção Contra Incêndio
https://youtu.be/JK2uPjThBtY

Leitura
Primeiros Socorros em Empresa: Tudo que você precisa saber
https://bit.ly/2GAysx9
O que você precisa saber sobre Segurança do Trabalho?
https://bit.ly/2OwKrT8

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Referências
APSEI. Como escolher um extintor de incêndio. Disponível em: <https://www.
apsei.org.pt/areas-de-atuacao/cidadao/selecao-de-extintores-de-incendio/>. Aces-
so em: 21 jul. 2019.

MORAES, M. V. G. Atendimento Pré-hospitalar. Treinamento da brigada de


emergência do suporte básico ao avançado. 1. ed. São Paulo: Érica, 2010.

POLÍCIA MILITAR FEDERAL. Cartilha de Orientações Básicas. Noções de Pre-


venção Contra Incêndio. Dicas de Segurança. Disponível em: <http://www.ccb.poli-
ciamilitar.sp.gov.br/icb/wp-content/uploads/2017/02/Cartilha_de_Orientacao.pdf>.
Acesso em: 10 mar. 2017.

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