Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FICHA TÉCNICA
TÍTULO
Manual de Formador - Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
AUTOR
INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica
DFEM – Departamento de Formação em Emergência Médica
DESIGN e PAGINAÇÃO
INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica
GMC – Gabinete de Marketing e Comunicação
© copyright
2 | INEM
ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4
II. PLANO FORMATIVO .............................................................................................................. 5
1. Preparação da ação ............................................................................................................. 5
2. Sessões Teóricas .................................................................................................................. 5
3. Sessão de demonstração..................................................................................................... 6
4. Sessões Práticas................................................................................................................... 6
5. Sessão Prática com Avaliação ............................................................................................. 6
III. Conteúdo Programático ........................................................................................................ 7
IV. APÊNDICE I – Instruções de preenchimento da grelha de avaliação ................................. 17
V. SIGLAS ................................................................................................................................. 20
INEM | 3
Manual de Formador
I. INTRODUÇÃO
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) tem por missão definir, organizar, coordenar,
participar e avaliar as atividades e o funcionamento de um Sistema Integrado de Emergência
Médica (SIEM), incluindo a formação em emergência médica.
No exercício desta atribuição, o INEM conta com Entidades Acreditadas para o efeito, que são
reguladas de acordo as mesmas ferramentas e metodologias pedagógicas, nas quais se inclui
este manual, que têm como objetivo a uniformização do processo de formação e
consequentemente da forma como se aplica Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática
Externa em Portugal, independentemente do local onde o reanimador tenha adquirido a sua
competência.
Recomenda-se por isso que as orientações e recomendações descritas neste manual sejam
efetivamente assumidas e implementadas por todos os formadores.
4 | INEM
Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
1. Preparação da ação
O rigoroso cumprimento dos horários é fundamental. O(s) formador(es) deve(m) apresentar-se
no local da formação antecipadamente para a respetiva reunião pedagógica, onde devem ser
definidas as funções de cada um no que concerne a:
• Sessões teóricas
• Demonstrações
• Sessões práticas
• Avaliações
A realização de uma reunião de formadores prévia ao dia do curso constitui uma boa prática,
para tal, podem ser utilizadas as ferramentas digitais.
Recomenda-se que todos os recursos pedagógicos sejam previamente testados e que exista pelo
menos um plano alternativo.
Todas as sessões devem iniciar já com o material posicionado para que fique visível a todos os
formandos durante a prática.
2. Sessões Teóricas
O espaço e os equipamentos devem ser antecipadamente preparados, delineando uma zona
para formandos e outra para a projeção. O formador deve posicionar-se de frente para os
formandos, num local onde não se sobreponha à projeção.
Deve ser assegurado que todos os formandos tenham uma boa visibilidade para o formador e
para a projeção.
Todos os formadores e formandos, sempre que possível, devem estar em sala no momento das
sessões teóricas.
INEM | 5
Manual de Formador
3. Sessão de demonstração
Todas as demonstrações deverão ser treinadas pelos formadores antes do início da ação.
O espaço e os equipamentos devem ser antecipadamente preparados, delineando uma zona de
exercício e outra de assistência, de forma a assegurar que todos os presentes conseguem
visualizar adequadamente a demonstração.
Todos os formadores e formandos devem estar em sala no momento da demonstração.
4. Sessões Práticas
O espaço e os equipamentos devem ser antecipadamente preparados, delineando uma zona de
prática e outra para o restante grupo. O formador deve posicionar-se num local onde mantém
visibilidade para ambas as zonas.
i
Ver Apêndice I – Instruções de preenchimento da grelha de avaliação.
6 | INEM
Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA
– Valorização do papel do reanimador no SIEM.
– Dois aspetos que podem atrasar o reconhecimento da PCR
são a respiração agónica ou a contração involuntária de vários
músculos. Ambos ocorrem por um curto espaço de tempo em
vítimas que acabaram de entrar em PCR.
– Reforçar o percurso da chamada 112 e pontos essenciais a
transmitir.
– Início precoce de SBV DAE.
– Rapidez no processo vai potenciar a probabilidade de sobrevivência da vítima.
CONDIÇÕES DE SEGURANÇA
– Dar exemplos concretos adaptando à realidade dos
formandos (chão molhado, escorregadio, com vidros, um
espaço confinado, chamas, fumo, trânsito, sangue, …)
ESTADO DE CONSCIÊNCIA
8 | INEM
Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
CHAMADA 112
– Realçar que o pedido de ajuda para o 112 poderá ser
delegado, ou até ser realizado com equipamento em função
de alta voz, enquanto se fazem manobras de SBV.
COMPRESSÕES TORÁCICAS
– Referir que vários estudos revelam que a verdadeira eficácia
das manobras está nas compressões de alta qualidade e na
minimização das pausas (< 10seg).
VENTILAÇÕES
– Sublinhar que a pausa para ventilações deve ser minimizada.
Referir que devem ser feitas apenas duas tentativas de
insuflação, mesmo que alguma delas não seja eficaz.
INEM | 9
Manual de Formador
REVISÃO DO ALGORÍTMO
– Rever o algoritmo interrogando individualmente os
formandos sobre qual o passo a seguir.
Após a revisão, verificar se existem questões sobre o
algoritmo e esclarecer tudo o que estiver dentro do contexto.
PLS
– Uma das questões mais colocadas é para que lado se rola a
vítima. A PLS pode ser realizada para ambos os lados.
OVA
– Reforçar que o formando deve evitar que a vítima de OVA
evolua para inconsciente.
A demonstração será realizada pelo formador, explicando todos os passos a ter em conta
numa vítima em PCR. Se existir outro formador, este deve assumir a explicação dos passos e
os feedbacks sobre o caso. A demonstração termina durante a segunda sequência 30:2, com
a chegada de ajuda e substituição nas manobras.
As boas práticas indicam que a mensagem deve ser o mais uniforme possível, por isso,
havendo mais do que 6 formandos, a demonstração é feita com todos os formandos
presentes e a divisão dos grupos pelas salas será realizada imediatamente após este
momento.
10 | INEM
Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
PRÁTICA SBV
Caso de PCR com um reanimador para todos os formandos com situações de contexto
quotidiano e sem DAE disponível. (5 min por formando + tolerância = total de 35 min).
Antes de transmitir os casos, o formador deve indicar ao formando a importância de
identificar os riscos envolvidos antes de começar a abordagem. Os locais devem corresponder
a zonas conhecidas pelo formando para que possa transmitir a localização na chamada. Antes
do formando iniciar compressões torácicas, deve ser assegurado que a vítima se encontra
numa base rígida. (Caso 4)
O formador deve relatar o caso ao formando e de seguida pedir-lhe que o repita.
O formando deve completar duas sequências 30:2. Todos os casos terminam com a chegada
de ajuda diferenciada.
Exemplos de casos:
No final da simulação, apenas uma das vítimas fica inconsciente e os reanimadores são
levados a dividir tarefas para ligar 112 e iniciar SBV. Se o visualizarem na cavidade oral, devem
removê-lo.
Trocam entre reanimadores/vítima.
Demonstrar alternativa de compressões torácicas para grávidas e obesos.
O que é?
• Aparelho portátil que através de elétrodos adesivos colocados no tórax da vítima, analisa
o ritmo cardíaco e recomenda ou não um choque, que é administrado sob o comando de
um operador. Só é indicado para vítimas em PCR.
12 | INEM
Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
Características:
Comandos:
• ON/OFF;
• Choque.
Colocação Elétrodos:
• Objetivo: coração entre os dois elétrodos = zona infra clavicular direita + linha média
axilar esquerda.
• Sublinhar a colocação do elétrodo esquerdo junto à região axilar.
Os casos devem ser contextualizados de acordo com o grupo de formandos, no entanto seguem
alguns exemplos:
Conclusão: Rever etapas do algoritmo; reforçar para que as compressões não ultrapassem
120/min e recomendar a contagem em voz alta “um e dois”. Situação ideal quando resposta em
tempo oportuno.
14 | INEM
Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
Os casos devem ser contextualizados de acordo com o grupo de formandos, no entanto seguem
alguns exemplos:
Os casos devem ser contextualizados de acordo com o grupo de formandos, no entanto seguem
alguns exemplos:
Conclusão: Rever erros grosseiros e segurança na desfibrilhação. Pode existir ritmo desfibrilhável
e a vítima não chegar a recuperar.
INEM | 15
Manual de Formador
Os casos devem ser contextualizados de acordo com o grupo de formandos, no entanto seguem
alguns exemplos:
1. Treinador colapsa durante jogo em 2. Vítima cai inanimada após dor no
relvado; peito;
3. Vítima cai enquanto pratica desporto e 4. Vítima após colapsar tem rápida
fica com respiração agónica; contração involuntária dos
músculos, semelhante a crise
convulsiva (5 seg.);
5. Vítima colapsa enquanto nadava dentro 6. PCR de vítima na ambulância com
da piscina; respiração agónica.
Conclusão: Estruturar R1, rever erros grosseiros e segurança na desfibrilhação. Situação mais
comum na conjugação SBV+DAE atempados.
16 | INEM
Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
0 12 4 16
INEM | 17
Manual de Formador
APRESENTAÇÃO Apresentação formadores/formandos, contexto da formação (se programa DAE ou não), objetivo
09:00 geral, localização de salas e wc, planeamento de horários (intervalos e refeição), método de formação
(15 MIN) e método de avaliação.
TEÓRICA I – SBV Palestra curta e objetiva.
09:15 No final, resumir algoritmo interrogando os formandos individualmente.
(30 MIN)
DEMO SBV
09:45 (5 MIN) Formador(es) demonstra(m), explicando todos os passos. Máx. 5 min para formador.
PRÁTICA I PCR a 1 para todos os formandos com casos no contexto quotidiano (35 min); termina com chegada
09:50 SBV, PLS, OVA de apoio. PLS – a pares com colchão (10 min). OVA – a pares até vítima inconsciente. Apenas uma
(55 MIN) vítima PCR (10 min);
TEÓRICA II – SBV DAE Palestra curta e objetiva. Resumir algoritmo passando por todos os formandos. Terminar a
11:00 apresentação.
(20 MIN)
Formador explica equipamento segundo orientações. (Máx. 10 min)
WORKSHOP COMANDOS Demonstra: Liga DAE, verifica 4P’s no tórax, cola de elétrodos e termina após 1ºchoque (Máx. 5 min).
11:20 DAE (25 MIN) Cada formando repete estes passos. (Máx. 10 min para todos os formandos)
Conclusão: reforçar conceito segurança (4P’s no tórax, análise e choque)
Sucesso imediato -
DEMO SBV DAE
11:45 1 Reanimador com máscara de bolso + DAE
(15 MIN) Se Equipa de Emergência: 1 Reanimador + Insuflador manual + O2 + DAE.
Encerramento: Papel do DAE, funções do reanimador e sistematização do algoritmo
18 | INEM
Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa
12:45 ALMOÇO (60 MIN) Planear período de refeição para evitar atraso de formandos/formadores.
INEM | 19
Manual de Formador
V.SIGLAS
20 | INEM