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230/0001-88]

ESPECIFICAÇÃO ABNT
TÉCNICA IEC/TS
60815-3
Primeira edição
16.12.2014
[08.846.230/0001-88]

Válida a partir de
16.01.2015

Seleção e dimensionamento de isoladores para


alta-tensão para uso sob condições de poluição
Parte 3: Isoladores poliméricos para sistemas de
corrente alternada
Selection and dimensioning of high voltage insulators intended for use in
polluted conditions
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Part 3: Polymer insulators for a.c. systems

ICS 29.080.10 ISBN 978-85-07-05305-7

Número de referência
ABNT IEC/TS 60815-3:2014
18 páginas

© IEC 2008 - © ABNT 2014


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ABNT IEC/TS 60815-3:2014

Sumário Página

Prefácio Nacional................................................................................................................................iv
1 Escopo e objetivo................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos, definições e abreviações.....................................................................................2
[08.846.230/0001-88]

3.1 Termos e definições............................................................................................................2


4 Princípios.............................................................................................................................3
5 Materiais...............................................................................................................................3
5.1 Informações gerais sobre materiais comuns para os revestimentos poliméricos.......3
5.2 Aspectos específicos aos materiais de revestimento polimérico sob poluição...........4
5.2.1 Redução da distância de escoamento..............................................................................4
5.2.2 Poluição extrema.................................................................................................................5
6 Determinação da severidade da poluição local (SPL).....................................................5
7 Determinação da distância de escoamento específica unificada (DEEU).....................6
8 Recomendações gerais para perfis de isoladores poliméricos.....................................7
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9 Verificação dos parâmetros do perfil do isolador............................................................8


9.1 Observação geral................................................................................................................8
9.2 Saias alternadas e profundidade das saias......................................................................9
9.3 Espaçamentos versus profundidade da saia...................................................................9
9.4 Distância mínima entre saias...........................................................................................10
9.5 Distância de escoamento versus distância de afastamento......................................... 11
9.6 Ângulo da saia................................................................................................................... 11
9.7 Fator de escoamento........................................................................................................12
10 Correção da DEEUR..........................................................................................................12
10.1 Correção para altitude Ka.................................................................................................12
10.2 Correção para o diâmetro do isolador Kad.....................................................................12
11 Determinação da distância de escoamento mínima final..............................................13
12 Confirmação através de ensaios.....................................................................................13
Anexo A (informativo) Informações básicas sobre a degradação induzida de polímeros
por meio da poluição........................................................................................................15
Bibliografia..........................................................................................................................................18

Figuras
Figura 1 – DEEUR como função da classe SPL................................................................................6
Figura 2 – Perfis abertos típicos.........................................................................................................7
Figura 3 – Perfil de isolador polimérico com passo típico...............................................................7
Figura 4 – Nervuras superficiais típicas no perfil aberto.................................................................7
Figura 5 – Perfil típico com nervuras pronunciadas.........................................................................8
Figura 6 – Perfil típico de saias alternadas........................................................................................8
Figura 7 – como uma função do diâmetro do isolador...................................................................13

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ABNT IEC/TS 60815-3:2014

Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da
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normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.

A ABNT IEC/TS 60815-3 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Eletricidade (ABNT/CB-03), pela
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Comissão de Estudo de Isoladores para Linhas Aéreas e Subestações (CE-03:036.01). O Projeto


circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 09, de 12.09.2014 a 13.10.2014, com o número
de Projeto 03:036.01-077.

Esta Especificação Tecnica é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação,
a IEC/TS 60815-3:2008 Ed 1.0, que foi elaborada pelo Technical Committee Insulators (IEC/TC 36),
conforme ISO/IEC Guide 21-1:2005.

A ABNT NBR 60815 IEC/TS, sob o título geral “Seleção e dimensionamento de isoladores para alta-
tensão para uso sob condições de poluição”, tem previsão de conter as seguintes partes:

—— Parte 1: Definições, informações e princípios gerais;

—— Parte 2: Isoladores de porcelana e de vidro para sistemas de corrente alternada;

—— Parte 3: Isoladores poliméricos para sistemas de corrente alternada.

O Escopo desta Especificação Técnica em inglês é o seguinte:

Scope
ABNT IEC/TS 60815-3, which is a technical specification, is applicable to selection of polymeric
insulators, for a.c. systems and the determination of their relevant dimensions, to be used in high-
voltage systems with respect to pollution.

This part of ABNT IEC/TS 60815 gives specific guidelines and principles to arrive at an informed
judgement on the probable behaviour of a given insulator in certain pollution environments.

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The contents of this Technical Specification are based on CIGRE 33.13 TF 01 documents [1] [2] 1,
which form a useful complement to this techinical specification for those wishing to study in greater
depth the performance of insulators under pollution.

This Technical Specification does not deal with the effects of the snow or ice on polluted insulators
Although this subject is dealt with by CIGRE [2], current knowledge is very limited and practice is too
diverse.
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The object of this Technical Specification is to give the user means to:

●● determine the reference unified specific creepage distance (USCD) from site pollution severity
(SPS) class;

●● choose appropriate profiles;

●● apply corrections factors for altitude, insulator shape, size and position etc to the reference USCD.
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1 Number in square brackets refer to the Bibliography.

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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA ABNT IEC/TS 60815-3:2014

Seleção e dimensionamento de isoladores para alta-tensão para uso sob


condições de poluição
Parte 3: Isoladores poliméricos para sistema de corrente alternada
[08.846.230/0001-88]

1 Escopo e objetivo
A ABNT IEC/TS 60815-3 é uma Especificação Técnica aplicável à seleção de isoladores poliméricos
para sistemas de corrente alternada e à determinação de suas dimensões principais, para ser usada
em sistermas de alta-tensão em condições de poluição.

Esta parte da ABNT IEC/TS 60815 fornece um guia específico para obter uma conclusão sobre o
provável comportamento de um determinado isolador em certas condições de poluição.

O conteúdo desta Especificação Técnica é baseado nos documentos emitidos pelo CIGRÉ 33.13 TF 1
[1,2] 1, que formam um complemento útil para esta Especificação Técnica para aqueles que desejam
estudar com grande profundidade o desempenho de isoladores sob poluição.
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Esta Especificação Técnica não trata dos efeitos de neve ou gelo sobre os isoladores naturalmente
poluídos. Embora este assunto seja abordado pelo CIGRÉ [3], o conhecimento atual é muito limitado
e a aplicação prática é muito divergente.

O objetivo desta Especificação Técnica é fornecer ao usuário:

●● a determinação da distância de escoamento específica unificada de referência (DEEUR) a partir


da classe da severidade da poluição local (SPL);

●● a seleção dos perfis mais adequados;

●● aplicação dos fatores de correção para altitude, forma do isolador, tamanho, posição etc. para
uma DEEUR.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

IEC 60050-471, International Electrotechnical Vocabulary – Part 471: Insulators

ABNT IEC/TR 60815-1, Seleção e dimensionamento de isoladores para alta-tensão para uso sob
condições de poluição – Parte 1: Definições, informações e princípios gerais

ABNT IEC/TR 62039, Guia de seleção de materiais poliméricos para uso externo sob alta-tensão

ABNT IEC/TS 62073, Guia da medição da hidrofobicidade nas superfícies de isoladores

1 Número entre parênteses se referem à Bibliografia.

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3 Termos, definições e abreviações


3.1 Termos e definições

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos, definições e abreviações.


As definições abaixo são aquelas que não aparecem na IEC 60050-471 ou diferem daquelas dadas
na IEC 60050-471.
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3.1.1
distância de escoamento específica unificada
DEEU
distância de escoamento de um isolador dividida pelo valor eficaz da máxima tensão de operação ao
longo do isolador

NOTA 1 Esta definição difere da definição de distância de escoamento específica na qual o valor da tensão
fase-fase da máxima tensão de operação foi utilizado. Para isolamento fase-terra, essa definição implicará
em valores que são 3 vezes maiores que os valores indicados pela definição de distância de escoamento
especificada no ABNT IEC/TR 60815:2005.

NOTA 2 Para Um, ver IEV-604-03-01 [3].


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NOTA 3 Geralmente é expressa em mm/kV e usualmente é expressa como um valor mínimo.

3.1.2
distância de escoamento específica unificada de referência
DEEUR
valor inicial da distância de escoamento específica unificada para uma poluição local antes da
correção para dimensão, perfil, posição de montagem etc., de acordo com esta Especificação Técnica
e geralmente expressa em mm/kV

3.2 Abreviações

FE fator de escoamento

DDSE densidade de depósito de sal equivalente

DDNS densidade de depósito não solúvel

HTM material para transferência da hidrofobicidade

DDS densidade de depósito de sal

SEL salinidade equivalente local

ROS regiões para operação segura

SPL severidade da poluição local

DEEU distância de escoamento específica unificada

DEEUR distância de escoamento específica unificada de referência

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4 Princípios
Todo o processo de seleção e dimensionamento do isolamento pode ser resumido como a seguir:

Primeiramente, utilizando a ABNT IEC/TS 60815-1:

●● determinar a abordagem apropriada: 1, 2 ou 3 em função do conhecimento, tempo e recursos


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disponíveis;

●● coletar os dados de entrada necessários, especialmente tensão do sistema, sistema de isolamento


aplicado (linha, pilar, bucha etc.);

●● coletar os dados ambientais necessários, especialmente severidade da poluição local e classe.

Neste estágio, uma seleção preliminar de um possível isolador candidato, adequado à aplicação
e ao meio ambiente, pode ser feita.

Em seguida, utilizando esta Norma:

●● refinar a escolha para um possível isolador polimérico candidato, adequado ao meio ambiente;
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●● determinar a referência da DEEU para os tipos de isoladores e materiais, utilizando as indicações


dadas nesta Norma ou pela experiência das condições de serviço e estações de ensaio no caso
da abordagem 1 (Seção 7);

●● escolher perfis adequados para o tipo de meio ambiente (Seção 8);

●● verificar se o perfil escolhido satisfaz certos parâmetros, com correção ou ação conforme o grau
de desvio (Seção 9);

●● modificar, se necessário (abordagens 2 e 3), a DEEUR de acordo com fatores que dependem
do tamanho, perfil, orientação etc. do isolador candidato (Seções 10 e 11);

●● verificar se o isolador candidato satisfaz as outras características do sistema e da linha como


aquelas dadas na Tabela 2 da ABNT IEC/TS 60815-1 (por exemplo: geometria imposta, dimensões,
economia);

●● verificar o dimensionamento, se necessário no caso da abordagem 2, através de ensaios


de laboratório (Seção 12).

NOTA Sem recursos e tempo suficientes (por exemplo, utilizando a abordagem 3), a determinação
da DEEU necessária terá menor precisão.

5 Materiais
5.1 Informações gerais sobre materiais comuns para os revestimentos poliméricos

Esta prática utiliza revestimentos manufaturados a partir de diversas bases poliméricas, como, por
exemplo, borrachas de silicone baseadas em polidimetilsiloxanos, poliolefinas reticuladas como
borrachas de EPDM, ou copolímeros de etileno semicristalinos, como EVA, ou resinas epóxi rígidas
altamente reticuladas, baseadas em componentes cicloalifáticos.

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Nenhum destes polímeros apresentará desempenho satisfatório em um ambiente externo sem um


complexo pacote de aditivos para modificar seu comportamento. Tipicamente, tais aditivos incluem,
agentes anti trilhamento, absorvedores UV e estabilizadores, anti oxidantes, sequestradores iônicos
etc. Dentro de cada tipo de material, o material base, os aditivos, e até mesmo seu processamento
podem ter significante influência no desempenho do material.

Alguns isoladores poliméricos podem acumular mais poluentes comparados a isoladores de porcelana
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e de vidro devido às suas características superficiais.

Materiais poliméricos que exibem hidrofobicidade e a capacidade de transferir hidrofobicidade para


a camada de poluentes são referidos, nesta Norma, como materiais transferidores de hidrofobicidade
(HTM); materiais que não exibem transferência de hidrofobicidade são referidos como não HTM.
A hidrofobicidade pode ser perdida sob determinadas condições (ver 5.2), seja temporariamente
ou, em alguns casos, permanentemente. A ABNT IEC/TS 62073 fornece um guia sobre a medição
da hidrofobicidade de superfícies de isoladores.

5.2 Aspectos específicos aos materiais de revestimento polimérico sob poluição


5.2.1 Redução da distância de escoamento
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Isoladores poliméricos apresentam certas vantagens sobre os de porcelana e de vidro, devido à sua
forma e materiais. Essas vantagens incluem o seu comportamento resistente à poluição, geralmente
melhorado quando comparado aos isoladores similares de porcelana ou de vidro de igual distância de
escoamento; este melhoramento é ainda mais acentuado pelo uso do HTM. Em princípio e puramente
sob ponto de vista de resistência à poluição ou descarga disruptiva, pode-se concluir que uma reduzida
distância de escoamento pode ser usada para tais isoladores. Entretanto, comparado aos materiais
isolantes tradicionais, materiais poliméricos são mais suscetíveis à degradação pelo ambiente, campos
elétricos e atividades de arcos, os quais podem, em certas condições, reduzir o desempenho quanto
à poluição do isolador ou seu tempo de vida. O Anexo A fornece mais informações sobre este efeito,
incluindo os seguintes pontos:

—— Distâncias de escoamento reduzidas podem, sob certas condições, resultar em aumento do


centelhamento e neutralizar qualquer vantagem em desempenho sob poluição se a hidrofobicidade
for totalmente perdida, e pode levar em alguns casos a ocorrência de uma descarga disruptiva
ou degradação.

—— Por outro lado, o risco de alterações no material ou degradação devido à ocorrência de arcos
localizados ou centelhamento pode ser aumentado quando a distância de escoamento específica
for super dimensionada.

Outros pontos importantes são os seguintes:

—— O uso de anéis de equalização de campo elétrico é geralmente necessário em altas-tensões.


O nível de tensão exato no qual eles se tornam necessários depende do projeto e do material.

—— Maiores quantidades de poluentes podem se acumular sobre algumas superfícies poliméricas


e podem reduzir sua vantagem no desempenho sob poluição, quando comparados com isoladores
de vidro e porcelana.

—— Alguns polímeros podem estar sujeitos ao crescimento de fungos, os quais afetam a hidrofobicidade.

—— Isoladores poliméricos HTM geralmente demonstram menor influência do diâmetro e da densidade


do ar em seu desempenho sob poluição. Esta influência pode aumentar, se a superfície tornar-se
hidrofílica.

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Portanto, em muitos casos, seria aconselhável aceitar um melhor desempenho sob poluição
e evitar problemas de degradação ou descarga disruptiva por meio do uso da mesma distância de
escoamento recomendada para isoladores de porcelana ou vidro.

Entretanto, o uso de uma distância de escoamento reduzida pode ser considerado sob certas
circunstâncias ou condições. Estas circunstâncias não podem ser precisamente definidas já
que dependem de um grande número de fatores; porém, alguns exemplos gerais de condições
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(ou combinações destas), nas quais o uso de distância de escoamento reduzida pode ser adotado são
dados a seguir. É importante que, sempre que possível, a decisão pelo uso de distância reduzida de
escoamento seja discutida e acordada entre todas as partes interessadas.

Exemplos incluem:

—— Resultados obtidos por meio de ensaios em linha, estação de ensaio ou dados históricos com
o mesmo projeto, material e estresse elétrico.

—— A poluição é predominantemente do tipo A, sem qualquer risco de eventos extremos (umidade


ou deposição de poluição).

—— Não há umedecimento frequente ou cíclico, ou outros efeitos ambientais sujeitos a prolongar


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ou inibir a recuperação HTM.

—— O HTM tem uma comprovada história de bom encapsulamento e recuperação de características.

—— Adoção de inspeções regulares, manutenção, lavagem ou limpeza.

—— Existe uma baixa solicitação de tempo de vida (por exemplo, linhas de emergência ou temporárias).

—— Não existe outra solução possível devido às restrições dimensionais.

—— O perfil apresenta uma boa conformidade com a Seção 9 desta Especificação Técnica.

5.2.2 Poluição extrema

Sob certas condições de poluição extrema, pode ser recomendável aumentar a distância
de escoamento de um isolador polimérico além do determinado através do uso desta Especificação
Técnica, principalmente para evitar danos à superfície ou ao revestimento pela condição de arco
frequente ou permanente.

É importante lembrar que o aumento da distância de escoamento através do uso de um perfil que
fornece maior distância de escoamento por unidade de comprimento pode ser autoanulado devido
ao aumento do risco de arco local (ver Anexo A).

6 Determinação da severidade da poluição local (SPL)


Para o propósito de padronização, cinco classes de poluição caracterizam qualitativamente a
severidade da poluição local, conforme a ABNT IEC/TS 60815-1, variando de muito leve a muito
pesada, como a seguir:

a – Muito leve;

b – Leve;

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c – Média;

d – Pesada;

e – Muito pesada.

NOTA 1 Estas letras não correspondem diretamente aos números das classes apresentadas anteriormente
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na ABNT IEC/TR 60815:2005.

A SPL para o local é determinada de acordo com a ABNT IEC/TS 60815-1, usando o isolador
de referência de vidro ou porcelana, e é utilizada para determinar a DEEUR para os isoladores
poliméricos.

NOTA 2 Não é recomendado o uso de isoladores poliméricos para a determinação da severidade


da poluição local. Como mencionado na Seção 5, superfícies poliméricas podem ter uma diferente coleta de
poluição e comportamento de auto limpeza comparado às superfícies de vidro ou porcelana. Adicionalmente,
alguns materiais poliméricos, podem exibir aderências ou rugosidade, que podem favorecer a coleta da
poluição a curto ou longo prazo.

7 Determinação da distância de escoamento específica unificada (DEEU)


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A Figura 1 mostra a relação entre a classe SPL e a DEEUR para isoladores poliméricos, para casos
normais (ver 5.2). As barras são valores preferenciais representativos de um mínimo para cada classe
e são dadas para uso com a abordagem 3, como descrito na ABNT IEC/TS 60815-1. Se a estimativa
da classe SPL tender à vizinhança da classe superior, esta curva tem de ser seguida.

Se uma classe SPL exata estiver disponível (abordagens 1 e 2), recomenda-se utilizar a DEEUR
que corresponda à posição da classe SPL medida com a classe apresentada conforme a curva na
Figura 1.

NOTA Assume-se que a DEEU final, resultante da aplicação das correções apresentadas nesta
Especificação Técnica para a DEEUR, não corresponde exatamente a uma DEEU disponível nos catálogos
de isoladores. É preferível trabalhar com números exatos e arredondar para cima, para um valor apropriado,
ao final do processo de correção.

60,0
55,0 53,7
DEEU básica (mm/kV)

50,0
43,3
45,0
40,0
34,7
35,0
30,0 27,8

25,0 22,0
20,0
a b c d e
Classe SPL

Figura 1 – DEEUR como função da classe SPL

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8 Recomendações gerais para perfis de isoladores poliméricos


Em geral, as saias de isoladores poliméricos são mais simples que aquelas dos isoladores de vidro
ou porcelana, e a maioria pode ser classificada como perfis abertos (ver Figura 2). Comumente, sua
inclinação de topo é menor do que 20° e seus subângulos são similares ou menores. Não há ranhuras
profundas. Elas são geralmente aceitáveis em todos os tipos de condições ambientais, ambos os
tipos A e B, em ambas as orientações, vertical e horizontal. Esses perfis são benéficos em áreas onde
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a poluição é depositada sobre o isolador pelo vento, como nos desertos, áreas industriais com poluição
pesada ou áreas costeiras. Elas são particularmente efetivas em climas caracterizados por extensos
períodos secos. Perfis abertos apresentam boas propriedades de autolimpeza e também são mais
facilmente limpos, caso a manutenção seja requerida.
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Figura 2 a – Isoladores poliméricos Figura 2 b – Isoladores poliméricos


tipo pilar, e tipo suporte, e isoladores ocos tipo suporte e isoladores ocos

Figura 2 – Perfis abertos típicos

Elevadas inclinações levam à redução da autolimpeza, como também as ranhuras profundas (ver
Figuras 3 e 4). Consequentemente, esses perfis são geralmente mais recomendados para poluição
do tipo B.

Figura 3 – Perfil de isolador Figura 4 – Nervuras superficiais


polimérico com passo típico típicas no perfil aberto

Perfis que possuem nervuras superficiais (ver Figura 5) fornecem proteção adicional à distância de
escoamento e são benéficos em áreas com poluição tipo B, com névoa salina ou spray, contanto que
o espaço entre a saia não seja reduzido. Nervuras são, em geral, não recomendadas para ambientes
com poluição do tipo A ou para áreas com longos períodos secos.

O perfil alternado (ver Figura 6) permite valor elevado da distância de escoamento por unidade de
comprimento, enquanto garante satisfatório desempenho à umidade e propriedades de auto-limpeza.
Para os requisitos desta Especificação Técnica, um arranjo com saias alternadas é definido como
tendo uma mínima diferença em projeção de saia, dada em porcentagem da projeção de saia para

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isoladores de menores diâmetros, ou de pelo menos 15 mm para isoladores de maior diâmetro, por
exemplo isoladores suporte e isoladores ocos (ver 9.1).

NOTA A diferença na projeção da saia é menos crítica para o desempenho com umidade de isoladores
poliméricos do que é para isoladores de vidro ou porcelana, notavelmente para pequenos diâmetros onde s/p
é mais pertinente. Entretanto, para isoladores mais longos, para sistemas de 300 kV e acima, uma distância
entre saias muito pequena pode ter uma influência significativa na suportabilidade em frequência industrial
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sob chuva e em impulso de manobra.

Figura 5 – Perfil típico com Figura 6 – Perfil típico de


saias alternadas
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nervuras pronunciadas

9 Verificação dos parâmetros do perfil do isolador


9.1 Observação geral

Parâmetros de perfil do isolador são importantes para evitar a formação de efeito cascata devido
à chuva, prevenir curto-circuito local entre saias, auxiliar na autolimpeza minimizando o acúmulo
de poluição, e controlar o estresse de campo elétrico local. A relação entre os parâmetros de perfil
do isolador apresenta uma faixa de desempenho normal (branca); uma faixa cinza pode indicar
redução de desempenho (menor desvio) e uma faixa preta indica um efeito negativo considerável
no desempenho sob poluição (maior desvio). Cada parâmetro tem de ser calculado e verificado de
acordo com o procedimento a seguir. É permitido que um parâmetro apresente pequenos desvios dentro
da área cinza. Neste caso, é recomendado que a DEEUR seja escolhida pela Figura 1 na extremidade
superior da classe da SPL (severidade da poluição local) ou mesmo na classe imediatamente superior,
a menos que tal mudança agrave ainda mais o desvio, notavelmente pela redução do s/p ou aumento
do l/d. Se mais de um parâmetro estiver na área cinza, ou qualquer parâmetro na área preta, então
isto é considerado um desvio maior e recomenda-se fazer uma das seguintes ações:

—— consultar dados de serviço ou experiência com estação de teste para confirmar o desempenho
do perfil;

—— encontrar um perfil alternativo ou tecnologia de isolador;

—— verificar o desempenho do perfil através de ensaios (ver Seção 12).

NOTA Os números nas seguintes subclasses têm a finalidade somente de ilustrar os parâmetros
dimensionais usados para determinar os parâmetros de perfil. Eles não têm a finalidade de representar
formatos ótimos de saias ou formatos que são atualmente usados.

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9.2 Saias alternadas e profundidade das saias

A classificação de um perfil como alternado ou não


é baseada na diferença entre a profundidade das
saias, considerando as saias maiores e menores.

Por si só a profundidade das saias não é um


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parâmetro importante. Observa-se também a


p1 inclinação das saias que não são totalmente planas
(< 5°), nem possuem um ângulo excessivo (> 35°).
p2 Os parâmetros são úteis para definir perfis com
saias uniformes em comparação com perfis com
saias alternadas. Portanto, grandes valores da
diferença da profundidade entre as saias podem
ser benéficos para isoladores verticais quando do
uso no gelo, na neve e em condições de chuva
intensa.

Classificação dos perfis


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Não alternado Alternado

p1 = p2
ou
Isoladores verticais com diâmetro > 200 mm p 1 - p2 > 15 mm
p 1 - p2 < 15 mm
p1 = p2
Outras posições e isoladores verticais com
diâmetro < 200 mm ou
p1 – p2 > 0,18 x p1 mm
p1 – p2 < 0,18 x p1mm

9.3 Espaçamentos versus profundidade da saia

Espaçamento versus profundidade da saia é a razão da


p distância vertical entre dois pontos similares de saias
sucessivas de mesmo diâmetro e máxima profundidade.
p
s Este parâmetro, bem como aqueles descritos em 9.4, 9.5
s e 9.6 envolvem o passo do isolador e são importantes para
evitar curto-circuito entre saias, reduzindo a distância de
escoamento devido aos arcos entre saias.

Saias uniformes Saias alternadas


Saias uniformes Saias alternadas

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Desvios para s/p

Saias com Alto Nenhum


Baixo
nervuras
Saias sem Alto Baixo Nenhum
nervuras
[08.846.230/0001-88]

s/p 0,4 0,5 0,6 0,65 0,70 0,75 0,80 0,0 1,0

Desvios para s/p


Isoladores com diâmetro do núcleo > 110 mm

Saias com Alto Baixo Nenhum


nervuras
Saias sem Alto Baixo Nenhum
nervuras
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s/p 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0

9.4 Distância mínima entre saias

Não aplicável aos isoladores tipo disco e aos isoladores


tipo pino.
C é a mínima distância entre saias adjacentes de mesmo
diâmetro, medida no desenho por uma perpendicular do
c
ponto mais baixo da borda da parte superior da saia para a
c
próxima saia de mesmo diâmetro abaixo.
Distância mínima entre saias é uma das características
mais importantes para avaliação do perfil do isolador.
Arcos entre saias devido a pequenos espaçamentos entre
Saias uniformes as saias podem impossibilitar qualquer esforço para
Saias uniformes c melhorar o desempenho pelo aumento da distância
de escoamento.

Saias alternadas

Desvios para c

Saias Alto Baixo Nenhum


uniformes
Saias Alto Baixo Nenhum
alternadas

c (mm) 20 25 30 35 40 45 50

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9.5 Distância de escoamento versus distância de afastamento

l1 d é a distância de afastamento no ar em linha reta


d1 entre dois pontos da parte isolante ou entre um ponto
[08.846.230/0001-88]

l2 da parte isolante e outro na parte metálica


d2
l é a parte da distância de escoamento medida entre
l dois pontos
d l/d é a máxima razão encontrada em alguma seção
Distância de escoamento versus distância de
l1 afastamento é uma avaliação mais detalhada do risco
d1
de arcos pontuais quando ocorrem bandas secas ou
d2 l2
Saias planas perda da hidrofobicidade. Ela é também importante
Saias planas d3
l3
para evitar a poluição localizada nos pontos mais
profundos e estreitos das saias.
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Saias alternadas
Saias alternadas

Desvios para l/d

Todos os Nenhum Baixo Alto


perfis

I/d 1 2 3 4 5 6 7

9.6 Ângulo da saia

Para saias arredondadas, α é medido pelo ponto médio.


α
Perfis abertos, com saias planas, permitem uma lavagem natural
mais eficiente da superfície do isolador, desde que o ângulo da saia
não seja tão pequeno que impeça a saída do excesso de água.

Desvios para ângulo α da saia


Isoladores Baixo 0° Nenhum Baixo Alto
verticais Alto
Isolador Nenhum Baixo Alto
horizontal,
isoladores
com distância
mínima entre as
saias menor que
30 mm.

α° 0° 10° 20° 30° 40° 50° 60°

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9.7 Fator de escoamento

FE é igual a l/S

onde

l a distância de escoamento nominal de um isolador


[08.846.230/0001-88]

S a distância de arco do isolador

Fator de escoamento é uma avaliação global da densidade total da distância de escoamento.


Se os requisitos de 9.2, 9.3 e 9.4 forem conhecidos, o fator de escoamento exigido é geralmente
automaticamente respeitado.

Desvios para FE

SPL classe a Nenhum


SPL classe b Nenhum
SPL classe c Nenhum Baixo
SPL classe d Nenhum
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SPL classe e Nenhum Alto

FE 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5

10 Correção da DEEUR
As seguintes correções, quando for o caso, devem ser aplicadas à DEEU de referência, determinada
após uma análise de acordo com a Seção 9. Todos os fatores são multiplicadores, como a seguir:

DEEUR corrigida = DEEUR x Ka x Kad

10.1 Correção para altitude Ka

A influência da altitude na tensão de impulso é geralmente muito maior do que o desempenho quanto
à suportabilidade à poluição. Em geral, o aumento da superfície isolante necessária para suportar
valores de tensão de impulso em maiores altitudes resulta em um aumento mais do que suficiente
na distância de escoamento. Se, contudo, uma correção for necessária, especialmente para altitudes
acima de 1 500 m, onde não haja qualquer experiência operacional anterior, então a correção pode
ser usada com base em [1].

10.2 Correção para o diâmetro do isolador Kad

Para isolador com diâmetro médio Da, corrigir como a seguir:

Kad = 1, quando Da. for menor que 300 mm;

Kad da figura abaixo, quando Da for igual ou maior 300 mm.

Sendo Da = (2Dt + Ds1 + Ds2)/4 (Ds1 = Ds2 para abas regulares). Para abas com repetições complexas,
adicionar cada diâmetro extra ao numerador e adicionar 2 ao denominador.

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Esta correção pode ser reduzida em certas condições, conforme descrito em 5.2 para menores
distâncias de escoamento. Isto é refletido na Figura 7 por diferentes curvas de HTM, nenhum HTM
e casos intermediários onde a hidrofobicidade dos materiais HTM possa ser temporariamente afetada.

1,4 HTM com


Dt Sem HTM possível perda de
1,3
[08.846.230/0001-88]

hidrofobicidade
1,2
D s1
1,1
HTM

K ad
Ds2 1,0
0,9
0,8
0,7
0,6
0 200 400 600 800 1000 1200
Diâmetro médio (mm)

Figura 7 a – Ilustração dos parâmetros Figura 7 b – K ad versus o diâmetro médio


Dt, DS1 e DS2
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NOTA Os documentos da TF01 do CIGRÉ 33.13 [1, 2]


fornecem um suporte técnico para este gráfico.

Figura 7 – como uma função do diâmetro do isolador

11 Determinação da distância de escoamento mínima final


Uma vez que a DEEUR for corrigida de acordo com a Seção 10, a distância de escoamento mínima
final é determinada para o isolador candidato por arredondamento para cima, atingindo a distância
de escoamento mais próxima da disponível para aquele tipo de isolador dentro das limitações
estabelecidas (sistema, dimensional etc.).

Se as considerações feitas em 5.2 e na Seção 7, relativas aos materiais HTM forem aplicáveis, por
conseguinte, o DEEU de referência pode ser ajustado até uma classe abaixo de poluição.

Para o caso do SPL nas classes d e e, a obtenção da DEEUR necessária usando perfis com maior
distância de escoamento pode levar a problemas de degradação (ver 5.2.2 e Anexo A), especialmente
se as alterações do perfil forem prejudiciais (por exemplo, redução do espaçamento da saia que
compromete a autolavagem e aumenta o estresse devido ao campo local).

12 Confirmação através de ensaios


Não há métodos de ensaio disponíveis para isoladores poliméricos nas publicações IEC atuais. Não
existe também informação precisa a partir do CIGRE até o momento [4], embora muitas pesquisas
estejam em andamento. Na ausência de ensaios recomendados, os ensaios podem ser acordados
entre o usuário e o fabricante, levando em conta as seguintes considerações:

—— para ensaios de camada sólida (geralmente em casos de poluição tipo A), os ensaios de isoladores
HTM podem requerer uma análise de desempenho de estado hidrofílico e hidrofóbico;

—— a medição de DDS pode ser problemática para isoladores HTM;

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—— os tratamentos que permitem a aplicação da camada sólida podem afetar a hidrofobicidade;

—— para os ensaios de névoa salina (típicos no caso de poluição tipo B), técnicas-padrão
de precondicionamento podem destruir a hidrofobicidade temporariamente;

—— ensaios de determinação da suportabilidade onde ocorrem descargas disruptivas podem também


destruir a hidrofobicidade, por exemplo, o método de acréscimo e decréscimo.
[08.846.230/0001-88]
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Anexo A
(informativo)

Informações básicas sobre a degradação induzida de polímeros por meio


da poluição
[08.846.230/0001-88]

Como mencionado em 5.1, o tipo de material do revestimento propriamente dito e o desenho de perfil
do isolador podem ser decisivos para o sucesso do uso do isolador polimérico em condições poluídas,
especialmente com respeito às suas características de suportar a poluição de longo prazo, a manutenção da
hidrofobicidade e o comportamento ao envelhecimento. O desempenho sob poluição geralmente
superior de um isolador composto, em comparação com isoladores convencionais, é devido a várias
influências, considerando um determinado ambiente:

—— menor diâmetro médio, especialmente no caso de isoladores tipo suspensão;

—— perfis mais finos e mais abertos devido à menor espessura do material;


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—— materiais com características físicas diferentes, reduzindo as variações térmicas possíveis


(menos umedecimento devido ao orvalho/névoa) e alterando o processo de propagação de arco;

—— superfícies hidrofóbicas, que reduzem a condutância da superfície e a ação da corrente de fuga.

Devido à falta de experiência com revestimentos de materiais hidrofóbicos e à incerteza


do comportamento a longo prazo da hidrofobicidade, o princípio de escoamento linear dado pelo
ABNT IEC/TR 60815:2005 foi na maioria dos casos aplicado a todos os tipos de isoladores compostos.
Esta regra de projeto foi aplicada com sucesso em mais de 95 % de todos os isoladores compostos
instalados atualmente. Os registros de operação de isoladores compostos obtidos ao longo de mais
de 25 anos mostram a aplicabilidade deste método na maioria das aplicações. O tempo de vida também
não é limitado por falhas de isolamento devido à poluição, nem por danos causados por trilhamento
e erosão.

Em geral, o comportamento a longo prazo de um isolador composto depende do estresse elétrico


total e local, cujo valor, duração e posição dependem do nível de poluição, umedecimento, perda/
recuperação da hidrofobicidade e desenho de perfil do isolador. Se o estresse atingir um nível crítico,
ele pode causar uma descarga disruptiva (se a distância de escoamento for muito pequena), ou
erosão local ou trilhamento. Para um dado ambiente e tensão aplicada, os seguintes estados podem
surgir conforme a distância de escoamento é aumentada:

—— distância de escoamento total muito pequena: formação de arcos de alta mobilidade, levando à
ocorrência de uma descarga disruptiva;

—— distância de escoamento total maior: formação de arcos de alta mobilidade durante eventos
extremos, mas sem ocorrência de uma descarga disruptiva. Ocorrência de arcos estáveis, em
tempos diferentes, que levam à degradação do revestimento;

—— distância de escoamento total “exata”: poucos ou nenhum arco, sem ocorrência de descarga
disruptiva, nem degradação;

—— grande distância de escoamento em um comprimento muito curto: arcos estáveis localizados


levam à degradação;

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—— distância de escoamento muito elevada (respeitando as condições): arco localizado pouco


frequente, sem degradação.

A Figura A.1 ilustra isso mostrando o estado de desempenho geral de um isolador composto
de comprimento isolante fixo com diferentes DEEU e, dependendo do grau de poluição
(uma combinação de poluição e das condições climáticas, expressas pela superfície de condutividade
kS, DDSE mais umedecimento ou outras variáveis). As regiões onde há risco de descarga disruptiva
[08.846.230/0001-88]

ou degradação são mostradas como regiões operacionais de segurança (ROS). Um típico princípio
linear do ABNT IEC/TR 60815 é também mostrado na Figura A.1 (cruzando ROS1/área 2, em torno
da linha reta).

Dentro da área 1, a distância de escoamento é muito pequena, o que irá resultar em uma maior
probabilidade da ocorrência de uma descarga disruptiva.

Dentro da área 2/ROS1, o desenho de perfil e a distância de escoamento estão corretos, o que irá
resultar em mínimas descargas disruptivas e probabilidade de danos.

Dentro da área 3, a distância de escoamento aparece correta, mas é obtida de um desenho de perfil
incorreto que irá resultar em maior probabilidade de danos.

Projetos que se enquadram em ROS1 são considerados melhores práticas de acordo com
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a probabilidade de ocorrência de uma descarga disruptiva e desempenho quanto ao trilhamento


e erosão.

Em alguns casos específicos, como os ambientes de poluição como por E6 ou E7 na Tabela 5


da ABNT IEC/TS 60815-1, que são caracterizados geralmente por alta condutividade kS de poluentes
e uma perda permanente de hidrofobicidade (umedecimento permanente) do revestimento do isolador,
fenômenos de trilhamento e erosão têm que ser considerados efeitos limitantes da vida útil, mesmo
que a suportabilidade do isolamento não seja normalmente afetada negativamente. Estima-se que
cerca de 5 % das condições de campo apresentam este risco especial. A área crítica em relação aos
efeitos do envelhecimento do isolamento é descrita pela área 3 na Figura A.1.

A ocorrência de trilhamento e erosão surge, se uma condutividade kS crítica ou um grau de poluição


equivalente for ultrapassado. A área 3 é uma área de projeto crítico em relação ao projeto da distância de
escoamento com respeito ao grau de poluição (condutividade de superfície). Dentro da área 3,
a ocorrência de arcos localizados e sua energia total levam à potencialização máxima da energia
de descarga no revestimento isolante, tendo como consequência danos locais máximos nos materiais
do revestimento e em suas interfaces. Área 3 tem de ser evitada pela da seleção de distâncias
de escoamento menores ou sobredimensionando a distância de escoamento, evitando o aumento
do estresse local.

A relação entre o tamanho e a posição das áreas e a ROS, e os valores dos eixos do diagrama depende
da poluição, do clima, das propriedades do material do revestimento e do desenho do perfil do
revestimento, portanto, uma recomendação geral não pode ser dada aqui.

Em geral, experiências de campo têm mostrado que menores distâncias de escoamento para isoladores
compostos (por exemplo, uma classe poluição abaixo do princípio linear) podem ser uma solução
adequada para este evento. A probabilidade ligeiramente maior de formação de arcos devido
à poluição pode ser tecnicamente compensada com projetos correspondentes de dispositivos
de proteção contra arco.

É altamente recomendável executar ensaios ao ar livre por um tempo determinado (por exemplo, um
ano), monitorando tanto o comportamento elétrico (correntes de fuga, formação de arcos) quanto
o revestimento e degradação da interface. Um guia para a instalação de estações de ensaio ao ar
livre será publicado em breve pela CIGRE WG B2.03.

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DEEU
Comprimento
isolante constante
[08.846.230/0001-88]

Trilhamento e erosão
“danos ao revestimento”
(área 3)

ROS 1 (área 2)
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Falha de isolamento
“arcos devido à poluíção”
(área 1)

Princípio de escoamento
linear

Ks crítico
Ks (grau de poluíção, por exemplo: condutividade de superfície)

Figura A.1 – Áreas de operação em função da severidade da poluição e DEEU


(para uma determinada distância de escoamento)

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Bibliografia

[1]  CIGRÉ Taskforce 33.04.01 – “Polluted insulators: A review of current knowledge”, CIGRÉ brochure
n° 158-2000.
[08.846.230/0001-88]

[2]  CIGRÉ WG C4.303 – “Outdoor insulation in polluted conditions - Guidelines for selection and
dimensioning - Part 1 - General principles and the AC case”, CIGRÉ Technical Brochure n° 361-
2008.

[3]  IEC 60050-604, International Electrotechnical Vocabulary – Part 604: Generation, transmission
and distribution of electricity – Operation

[4]  CIGRÉ Taskforce 33.13.07 – “Influence of ice and snow on the flashover perfomance of outdoor
insulators – Part 1: Effects of Ice”, Electra n° 187, December 1999, and “Part 2: Effects of Snow”,
Electra n° 188, February 2000.

[5]  CIGRE Report 142, Natural and artificial ageing and pollution testing of polymeric insulators,
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WG33-04-07 June 1999

[6]  IEC 60507, Artificial pollution tests on high-voltage ceramic and glass insulators to be used on
a.c.systems

[7]  ABNT IEC/TR 62039, Guia de seleção de materiais poliméricos para uso externo sob alta-tensão

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