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QUÍMICA
VESTIBULARES
MILITARES
PROF. ALEXANDRE OLIVEIRA
Físico-Química - 1° Semestre
Curso de Química – Prof. Alexandre Oliveira
Físico-Química
1º Semestre
Curso de Química
Vestibulares Militares
Prof. Alexandre Oliveira
Sumário
MÓDULO 01 - ESTUDO DAS SOLUÇÕES ...............................................................................................3
MÓDULO 02 - UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES ................................................48
MÓDULO 03 - DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES E MISTURAS DE SOLUÇÕES .......................................67
MÓDULO 04 - PROPRIEDADES COLIGATIVAS DAS SOLUÇÕES ...................................................87
MÓDULO 05 - TERMOQUIMICA ..........................................................................................................124
MÓDULO 06 - TERMODINÂMICA .......................................................................................................165
MÓDULO 07 - CINÉTICA QUÍMICA ....................................................................................................184
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1) Dispersão
Dispersão é todo sistema no qual uma ou mais substâncias estão disseminadas (difundidas) sob a
forma de pequenas partículas, em outra substância, de maneira uniforme e em toda a sua extensão.
Observações:
A substância que está disseminada constitui o disperso e a substância que dissolve o disperso é
chamada dispersante ou dispergente.
As dispersões são classificadas, genericamente de acordo com o tamanho médio das partículas
dispersas em: soluções verdadeiras (soluções), dispersões coloidais e suspensões.
Observações:
1 nm = 1 nanômetro
1 nm = 10–9 m
1 Ǻ (Angström) = 10–10m
1 nm = 10 Ǻ
comuns)
Observações:
Dos três tipos de dispersão, somente a solução é um sistema monofásico (sistema homogêneo),
sendo, por isso, na prática, a mais importante das dispersões.
Observações:
É o solvente que condiciona o estado de agregação de uma solução.
Soluções moleculares ou não-eletrolíticas: as partículas dispersas são somente moléculas, logo não
conduzem corrente elétrica.
Ex.: Sacarose em água.
C 12 H 22 O 11( s ) ⎯H⎯→
2O
⎯ C 12 H 22 O 11( aq)
(DISSOLUÇÃO)
Soluções iônicas ou eletrolíticas: as partículas dispersas são íons e moléculas ou somente íons, logo
conduzem corrente elétrica.
Observações:
Ionização: É a formação de íons que ocorre quando um composto covalente é colocado em
contado com um solvente polar.
⎯→ H 3 O (+aq) + C −( aq)
HC ( g) + H 2 O ( ) ⎯
(Ácidos sofrem ionização)
Muitas soluções apresentam ao mesmo tempo moléculas e íons dispersos; por exemplo, numa
solução aquosa de ácido acético (ácido fraco), existem muitas moléculas do ácido, não-ionizadas
(CH3COOH) e poucos íons (CH3COO– e H+).
Observação:
Um parâmetro para se diferenciar uma solução diluída de uma concentrada é o seguinte:
• Solução diluída: É a que possui no máximo 0,1 mol de soluto por litro de solução. Para o NaCl(s) (58,5
g/mol) uma solução com até 5,85 g de NaCl(s) para cada litro de solução é considerada diluída.
• Solução concentrada: É a que possui mais que 0,1 mol de soluto por litro de solução. Para o NaCl(s)
uma solução com mais de 5,85 g de NaCl(s) para cada litro de solução é considerada concentrada.
Observações:
1. A capacidade de uma substância se dissolver em outra é chamada solubilidade.
2. Geralmente o solvente utilizado é a água e a quantidade fixa é de 100g de H2O.
Ex. 1:
Cs(KNO3) = 13,9 g KNO3/ 100g H2O (0ºC)
Cs(KNO3) = 45,8 g KNO3/ 100g H2O (30ºC)
Cs(KNO3) = 245,0 g KNO3/ 100g H2O (100ºC)
Ex. 2:
Cs(Ca(OH)2) = 185.10-3g Ca(OH)2 / 100g H2O (0°C)
Cs(Ca(OH)2) = 106.10-3g Ca(OH)2 / 100g H2O (70°C)
Gráfico de solubilidade de
algumas substâncias
Observações:
1. Em geral, a solubilidade dos sólidos aumenta com a temperatura (curvas ascendentes), mas existem
algumas substâncias que diminuem a sua solubilidade com o aumento de temperatura (curvas
descendentes).
4. Quando a curva de solubilidade apresenta pontos de inflexão, significa que o soluto forma hidratos
definidos, e esses pontos de inflexão correspondem à temperatura de dissociação de sais hidratados.
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5. As soluções, além de serem classificadas quanto à fase de agregação da solução, quanto à fase de
agregação do soluto e do solvente, quanto à natureza das partículas dispersas e quanto à proporção
entre soluto e solvente, podem ser classificadas quanto ao coeficiente de solubilidade em:
I) Soluções não-saturadas (insaturadas): são aquelas onde a quantidade de soluto dissolvido (m1) não
atinge o coeficiente de solubilidade (Cs) . (m1 < Cs).
Ex.: Cs(KNO3) = 45,8 g de KNO3/ 100g H2O (30ºC)
Dissolver 40 g de KNO3 em 100g H2O a 30ºC
II) Soluções saturadas: São aquelas onde a quantidade de soluto dissolvida (m1) é igual ao coeficiente
de solubilidade (Cs) . (m1 = Cs).
Ex.: Dissolver 45,8 g de KNO3 em 100g de H2O a 30ºC
Observações:
Em soluções saturadas com precipitado (corpo de chão) ocorre um equilíbrio dinâmico entre o corpo
de chão e a solução saturada, ou seja, a velocidade com que o sólido se dissolve é igual à velocidade
com que o sólido se precipita no fundo do recipiente.
Ex.: Dissolver 50 g de KNO3 em 100g de água a 30ºC.
(Não esqueça que o Cs KNO3 = 45,8 g KNO3 em 100g H2O a 30ºC)
III) Soluções supersaturadas: são aquelas em que a quantidade de soluto dissolvida (m1) é superior ao
coeficiente de solubilidade (Cs) . (m1 > Cs). É uma solução instável, podendo por qualquer perturbação
do sistema se tornar uma solução saturada com precipitado.
Observações:
Como se prepara uma solução supersaturada?
Podemos, por exemplo, pegar uma solução saturada de KNO3 a 30ºC e resfriá-la sob condições
especiais a 20ºC e obteremos uma solução supersaturada de KNO3.
Para preparar uma solução supersaturada usando uma substância de dissolução exotérmica
devemos preparar uma solução saturada e em seguida aquecê-la em condições especiais.
Observe o seguinte exemplo:
Dissolução exotérmica:
Cs(x) = 50g de X/100g H2O (20°C)
Cs(x) = 40g de X/100g H2O (30°C)
O ponto A representa uma solução não-saturada (insaturada), pois nesse ponto existem 40 g de
X dissolvidos em 100g de água na temperatura t3, portanto a massa de soluto dissolvido é menor que o
Cs de X nessa temperatura, que é 100g de X/100g H2O (m1 < Cs).
O ponto B representa uma solução saturada, pois nesse ponto existem 60g de X dissolvidos em
100g de H2O na temperatura t2, portanto a massa de soluto dissolvido é igual ao Cs de X nessa
temperatura, que é 60g de X/100g H2O (m1 = Cs).
O ponto C representa uma solução supersaturada, pois nesse ponto existem 50g de X dissolvidos
em 100g de H2O na temperatura t1, portanto a massa de soluto dissolvido é maior que Cs de X nessa
temperatura, que é 20g de X/100g H2O (m1 > Cs).
Conclusões:
I) Qualquer ponto em uma região acima da curva de solubilidade indica que a solução é supersaturada.
II) Qualquer ponto coincidente com a curva de solubilidade indica que a solução é saturada.
III) Qualquer ponto em uma região abaixo da curva de solubilidade indica que a solução é insaturada.
Observações:
1. Um solvente pode estar saturado de um soluto e ainda conseguir dissolver outro soluto.
Ex.: A água saturada de NaCl ainda é capaz de dissolver uma certa quantidade de
açúcar.
2. Nem sempre se observa a correspondência entre solução diluída e solução insaturada. Observe o
exemplo a seguir:
• Uma solução com 2g de CaSO4 em 1 litro de água é considerada diluída, mas já está saturada, pois
o coeficiente de solubilidade do CaSO4 é muito baixo. Cs(CaSO4) = 2g CaSO4/1L H2O.
1ª Etapa: quebra do retículo cristalino do sólido. É uma etapa endotérmica, portanto, ocorre com
absorção de calor, pois as ligações do retículo cristalino do sólido precisão ser rompidas. No caso do sal
de cozinha as ligações iôniocas entre o cátion (Na+) e o ânion (Cl-) serão quebradas. Essa energia
absorvida é denominda energia de rede.
2ª Etapa: solvatação das partículas do sóilido. É uma etapa exotérmica, ou seja, ocorre com
liberação de calor, pois serão formadas interações intermoleculares entre as partículas do sólido e do
solvente. No caso do sal e da água, serão formadas interações do tipo íon-dipolo, interações que são
mais fortes que a ligações de hidrogênio. Essa energia liberada é denominada energia de solução ou
energia de dissolução.
Eventos semelhantes explicam por que os sólidos compostos de moléculas polares, como o açúcar,
se dissolvem em água. As atrações entre o solvente e os dipolos do soluto ajudam a destacar as moléculas
do cristal e trazê-las para a solução. Podemos utilizar a regra "igual dissolve igual"; um soluto polar se
dissolve em um solvente polar.
Do mesmo modo podemos explicar por que sólidos não-polares como a cera são solúveis em
solventes não-polares como o benzeno. A cera é uma mistura sólida de longas cadeias de hi-
drocarbonetos. Suas moléculas estão ligadas por fracas forças de London, e dessa forma são facilmente
desagregadas, embora as ligações entre as moléculas do soluto (cera) e do solvente (benzeno)
resultantes também sejam fracas (forças de London).
Quando as forças de atração intermoleculares do soluto e do solvente são suficientemente
diferentes, toma-se impossível a formação de uma solução. Por exemplo, sólidos iônicos ou moléculas
sólidas de alta polaridade (como o açúcar) são insolúveis em solventes não-polares como o benzeno, a
gasolina ou o querosene. As moléculas destes solventes, todos hidrocarbonetos, são incapazes de atrair
íons ou moléculas com alta polaridade com força suficiente para sobrepujar as forças de atração que eles
possuem entre si em seus cristais.
6) Calores de solução
A troca de entalpia entre o sistema e o meio, quando um mol de soluto se dissolve no solvente, a
uma pressão constante, para formar uma solução diluída é chamada de entalpia molar da
solução , ou somente calor da solução, Hsol.
H é positivo para urna mudança endotérmica, e por isso a seta para o Passo 1 na Fig. 6 aponta
para cima, o sentido positiv o .
Como podemos observar na figura anterio, o primeiro passo é endotérmico e aumenta a energia
potencial do sistema. As partículas do sólido se atraem, por isso precisamos de energia para separá-
las, a energia da rede. Ao receber a energia necessária da rede, o sólido é convertido para o estado
gasoso.
No segundo passo, as partículas do soluto gasoso entram no solvente e se misturam. A energia
potencial do sistema diminui, pois as partículas de solvente e soluto se atraem. Este passo é, então,
exotérmico e sua energia é chamada de energia de dissolução, o termo geral. O termo específico
energia de hidratação é utilizado para as soluções aquosas.
O calor de solução, a mudança resultante da energia, é a diferença entre a energia necessária para
o Passo 1 e a energia liberada no Passo 2. Quando a energia necessária para o Passo 1 excede a energia
liberada no Passo 2, a solução se forma endotermicamente, mas quando a energia liberada no Passo 2
excede a energia necessária para o Passo 1, a solução se forma exotermicamente.
Podemos comprovar esta análise comparando os calores de solução experimentais de alguns
sais na água com aqueles calculados a partir das energias da rede e de hidratação (Tabela 1). Os cálculos
são descritos nas Figuras seguintes, utilizando diagramas de entalpia para a formação de soluções
aquosas de dois sais, KI e NaBr.
A correspondência entre os valores experimentais e os calculados na Tabela 1 não é muito
precisa. Isto ocorre primeiramente porque as energias da rede e de hidratação não são
conhecidas com precisão e também porque o modelo utilizado em nossa análise é obviamente
muito simples. (O modelo não diz nada, por exemplo, sobre como a tendência natural à desordem
influencia na formação da solução.) Note, entretanto, que quando a "teoria" prediz valores
relativamente altos para o calor da solução, os valores experimentais seguem esta tendência e
ambos os valores possuem o mesmo sinal (exceto para o NaCl). Observe também que as
mudanças nos valores seguem o mesmo padrão quando comparamos os três sais de cloro — LiCI,
NaCI e KCI — ou os três sais de bromo — LiBr, NaBr e KBr.
Pequenos erros percentuais em quantidades muito grandes podem causar grandes mudanças na diferença
percentual entre estes números.
Fig. Entalpia de uma solução. Para analisar a variação de entalpia devida à formação de uma solução de
dois líquidos, podemos imaginar a sequência hipotética de etapas ilustrada acima. 1ª Etapa. As moléculas
do líquido designado como solvente são ligeiramente deslocadas para dar lugar às moléculas do soluto,
num processo endotérmico. 2ª Etapa. As moléculas do soluto são forçadas a ocupar um volume maior,
para dar lugar às moléculas do solvente, num processo também endotérmico. 3ª Etapa. As amostras de
solvente e de soluto expandidas misturam-se espontaneamente , aparecendo uma atração entre as
moléculas que torna o processo exotérmico.
A segunda etapa é semelhante à primeira, mas ocorre com o outro líquido (o solvente). No
diagrama de entalpia (Figura seguinte), podemos observar o solvente e o soluto após estas etapas, em
suas condições "expandidas".
A terceira etapa é deixar que a natureza siga seu curso - a tendência natural à desordem.
Conforme as moléculas do solvente e do soluto se aproximam elas se unem e se misturam. Como as
moléculas dos dois líquidos agora experimentam forças mútuas de atração, a energia potencial do
sistema diminui e, portanto, a Etapa 3 é exotérmica. O valor de Hsol, será, novamente, a mudança
resultante na energia para estes passos.
Fig. Variações de entalpia ao ser formada urna solução ideal. O processo em três etapas e o de
formação direta começam e terminam ambos no mesmo ponto, com idêntica variação total de entalpia. A
soma dos valores positivos de H para as duas etapas endotérmicas, 1 e 2, é igual em módulo ao valor negativo
de H para a etapa exotérmica 3. Logo, a variação total H na formação de uma solução ideal é nula.
A acetona e a água formam uma solução exotermicamente (veja Figura seguinte (a)). Com estes
líquidos, a terceira etapa libera mais energia que a soma das duas primeiras etapas, pois as moléculas de
acetona atraem as moléculas de água com mais intensidade do que atraem as suas próprias moléculas.
O álcool etílico e o hexano formam uma solução endotermicamente (veja Figura seguinte (b)).
Neste caso, a liberação de energia na terceira etapa não é suficiente para compensar a energia
necessária para as etapas 1 e 2 e a solução fica "fria" quando se forma. O motivo aqui é que as
moléculas do álcool etílico se atraem mais intensamente do que atraem as moléculas do hexano. As
moléculas do hexano não podem se "misturar" entre as moléculas do álcool sem que sejam quebradas
algumas das ligações de hidrogênio.
Fig. Variações de entalpia quando é formada uma solução real. Como H sol, é uma função de estado,
o caminho em várias etapas e o direto resultam na mesma variação total de entalpia. (a) O processo é
exotérmico. (b) O processo é endotérmico.
A Tabela nos fornece dados para as solubilidades em água de muitos gases comuns, a diferentes
temperaturas e a pressão constante de 1 atm. Podemos observar que a pressão constante, as
solubilidades dos gases em água sempre diminuem com o aumento da temperatura. (Esta generalização
não deve ser estendida para solventes não-líquidos, onde a situação é bem mais complexa.)
A solubilidade de um gás em um líquido é afetada não somente pela temperatura, mas também pela
pressão. Os gases da atmosfera, por exemplo, principalmente o oxigênio e o nitrogênio, não são muito
solúveis em água a baixas pressões, mas quando aumentamos a pressão eles se tomam incrivelmente
solúveis.
Fig. Solubilidade em água como função da pressão para dois gases. A quantidade de gás dissolvida
é maior, à medida que a pressão aumenta.
Para gases que não reagem com o solvente. existe uma regra simples relacionando a pressão
do gás e sua solubilidade - a lei de solubilidade e pressão, normalmente chamada de lei de Henry,
em homenagem a William Henry.
Fig. Como o aumento na pressão eleva a solubilidade de um gás em um líquido. (a) A uma dada
pressão. a fase de vapor e a solução ficam em equilíbrio. (b) Um aumento na pressão perturba este equilíbrio.
Há mais moléculas de gás sendo dissolvidas do que deixando a solução. (c) 0 equilíbrio foi restabelecido, com
uma quantidade maior de gás dissolvida no líquido.
C = k . P (T é constante)
A Equação é verdadeira, pois as duas razões C1/P1 e C2/P2 são iguais à mesma constante da Lei de
Henry, kg.
EXEMPLO 1
Utilização da Lei de Henry
A solubilidade do N2 em água a 20°C é 0,0150 g L–1 quando a pressão parcial do nitrogênio é de 580 torr. Qual
será a solubilidade do nitrogênio na água se mantivermos a temperatura, mas aumentarmos a pressão parcial
para 800 torr?
Análise: Este problema discute o efeito da pressão do gás em sua solubilidade, assim podemos aplicar a lei de
Henry. Utilizaremos esta lei na forma da Equação estudada, pois desta forma não precisamos saber ou calcular
a constante de Henry.
O aumento da pressão fez com que a solubilidade mudasse para 0,0207 g L–1.
Aplicação:
Doença das bolhas
Quando pessoas, como mergulhadores, trabalham onde a pressão do ar está muito acima do normal,
elas têm que ser cuidadosas e retornar lentamente para a pressão atmosférica normal. Eles sofrem o perigo da
"doença das bolhas", dores nas juntas e nos músculos, paralisia, tontura e morte. Cada 10 m de profundidade
na água aumenta 1 atm na pressão. Trabalhadores que cavam túneis muito profundos também sofrem este
risco.
As bolhas ocorrem porque a solubilidade do nitrogênio e do oxigênio no sangue é maior sob pressões
mais altas, como diz a lei de Henry. Uma vez que o sangue tenha estes gases em abundância, eles não podem
ser retirados subitamente. Se aparecerem micro-bolhas de nitrogênio ou oxigênio nos capilares, irão bloquear o
fluxo de sangue. Isto provoca uma dor muito forte nas articulações e qualquer redução no fluxo sanguíneo para
o cérebro pode ser extremamente perigoso.
É expressamente recomendado cerca de 20 minutos de descompressão para cada atmosfera de
pressão acima do normal. Isto é necessário para que o sistema respiratório possa expelir o nitrogênio em
excesso e para o organismo metabolizar o oxigênio em excesso.
comparadas a gases como O 2 e N 2 , que não reagem normalmente com a água. O trióxido de
enxofre é extremamente solúvel em água porque reage quantitativamente para formar ácido
sulfúrico.
SO3(g) + H2O → H2SO4(aq)
9) Dispersões coloidais
Tipos de
Disperso Dispersante Exemplos
coloides
Pedras preciosas coloridas (rubi: CrO3 em Al2O3; safira: FeO e
Sol-sólido Sólido Sólido Fe2O3 em Al2O3).
Partículas em dispersão coloidal são em geral muito pequenas para serem retidas pelo papel de filtro comum.
A tendência à não separação das dispersões coloidais em estado fluido é reforçada pelas colisões
sofridas pelas partículas dispersas por causa do movimento constante das moléculas do "solvente". O
movimento aleatório de partículas em dispersão coloidal causado por este bombardeio anisotrópico é
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denominado movimento Browniano, em homenagem ao botânico escocês Robert Brown (1773 - 1858). Ele
observou o fenômeno pela primeira vez quando estudou grãos de pólen em água com o auxílio de uni
microscópio. É claro que partículas em suspensão sofrem o mesmo efeito, mas elas são muito pesadas para
que isto evite sua sedimentação. Isto só pode ser conseguido pela agitação constante da mistura.
Dispersões coloidais de um líquido em outro são chamadas emulsões. São em geral relativamente
estáveis, desde que um terceiro componente, denominado agente emulsificante, esteja presente. A
maionese, por exemplo, é uma emulsão de azeite em água (Fig. seguinte), obtida colocando-se azeite em uma
solução diluída de um ácido orgânico comestível. O agente emulsificante é a lecitina, um componente da clara
de ovo. Suas moléculas fazem com que cada gotícula de azeite fique com a superfície eletricamente
carregada, evitando que se agrupem. No leite homogeneizado, as micropartículas de gordura estão cobertas
com uma proteína chamada caseína.
O amido tem moléculas de grandes dimensões e forma uma dispersão coloidal na água. As
misturas de amido coloidais têm em geral, uma aparência leitosa. podendo até ser opacas, pois as
partículas coloidais são grandes o suficiente para refletir e espalhaa luz visível. Mesmo quando um feixe
luminoso é focalizado sobre uma dispersão de amido tão diluída que parece clara como água a trajetória
da luz é revelada pelo espalhamento lateral da radiação (veja Fig. seguinte). O espalhamento da luz por
dispersões coloidais é chamado efeito Tyndall, homenageando John Tyndall (18201893), um cientista
britânico. Em soluções verdadeiras, no entanto, os solutos são formados por partículas muito pequenas,
que nãco espalham a luz. Assim, o efeito Tyndall não ocorre em soluções.
Fig. O efeito Tyndall: espalhamento da luz, por dispersões coloidais. O tubo à esquerda contém uma dispersão
coloidal de amido, enquanto o tubo à direita contém uma dispersão coloidal de Fe2O3 em água. O tubo do meio
contém uma solução de Na2Cr2O7, um soluto colorido. O feixe estreito de luz laser vermelha é parcialmente
espalhado nas duas dispersões coloidais, de modo que podemos vê-lo, mas atravessa a solução sem sofrer nenhum
espalhamento.
O efeito Tyndall é muito comum. Quando você vê "os raios" de Sol nas clareiras da floresta ou
entre as nuvens, está vendo o efeito Tyndall. A luz do Sol é desviada pelas partículas coloidais de
fumaça ou gotículas de líquidos dispersas. Nem todos os comprimentos de onda de luz visível são
igualmente desviados. Como resultado, quando o Sol está próximo ao horizonte e o ar contém
fumaça, observamos cores brilhantes no céu.
Os colóides que têm a água como meio de dispersão são classificados como hidrofóbico e
hidrofílico;
Colóide Hidrofóbico: as forças atrativas entre a água e a superfície coloidal são fracas;
Ex. dispersão de metais e de sais pouco solúveis em água;
Colóide Hidrofílico: as forças atrativas entre a água e a superfície coloidal são fortes; geralmente
existem grupos –OH ou –NH2 nas partículas coloidais;
Peptização e pectização
Adição de água = peptização
GEL SOL
retirada de água = pectização
Tixotropia
É a propriedade que alguns géis possuem de se reverterem temporariamente a sol, ao serem
submetidos à ação de uma força ou agitação. Quando cessa a ação o sol se reverte a gel.
Ex.: algumas tintas são géis tixotrópicos;
Colóide protetor: é um colóide liófilo que se adiciona a um colóide liófobo para aumentar a estabilidade
deste último. O colóide protetor vai atuar como camada de solvatação.
Ex.: As gotículas de gordura se dispersam na água, com o auxílio dos sabões ou detergentes;
Na maionese, as gotículas de óleo de cozinha se dispersam no vinagre, “protegias” por colóides
existentes na gema do ovo;
Na tinta nanquim, as partículas do negro-de-fumo (carvão finamente dividido) se mantêm dispersas na
água, com o auxílio de gomas;
Eletroforese: Como todas as partículas de um disperso possuem a mesma carga, se a dispersão for
submetida a um campo elétrico, todas as partículas do disperso vão migrar para o mesmo pólo;
a) Anaforese: Ocorre quando as partículas do disperso têm carga negativa. As partículas do disperso
migram para o pólo positivo do campo elétrico (ânodo).
b) Cataforese: Ocorre quando as partículas do disperso têm carga positiva. As partículas do disperso
migram para o pólo negativo do campo elétrico (cátodo).
Anaforese Cataforese
Ponto isoeletrônico: Como a carga elétrica de um colóide depende da quantidade e da natureza dos
íons presentes no sistema, é possível transformar um colóide com partículas coloidais positivas em
negativas e vice-versa. O ponto onde as micelas são neutras é chamado de ponto isoeletrônico;
-
R CH COOH + OH R CH COO - + H2O
NH2 NH2
Proteína negativa
+
R CH COOH + H3O R CH COOH + H2O
NH2 NH3+
Proteína positiva
Purificação de Colóides
a) Diálise: É um método de purificação de colóides usado para separar impurezas altamente solúveis
no dispergente. Baseia-se na diferença de velocidade com que ocorre a difusão de uma solução e de
um colóide através de uma membrana semipermeável.
b) Eletrodiálise: Quando as impurezas que contaminam o colóide são de natureza iônica, é possível
acelerar a difusão dessas impurezas pelo dialisador aplicando-se um campo elétrico na diálise;
A cauda deste composto, como a de todos os hidrocarbonetos, é não-polar, e assim tem uma
forte tendência a se dissolver em óleo ou gordura. mas não em água. Sua tendência natural é evitar
a água; dizemos que a cauda é hidrófoba (não tem afinidade pela água). O íon como um todo é
arrastado para uma solução em água quente somente por causa da sua cabeça iônica, que pode ser
hidratada. Dizemos que esta cabeça iônica é hidrófila (amiga da água). Para minimizar os contatos
entre as caudas hidrófobas e a água e para maximizar os contatos entre as cabeças hidrófilas e a
água, os ânions do sabão se juntam em grupos de dimensões coloidais denominados micelas de
sabão (veja Fig. seguinte).
Quando as micelas encontram um filme de gordura, seus ânions encontram algo a mais que
pode acomodar caudas hidrófobas (veja Fig. seguinte). As caudas de um número enorme de ânions do
sabão penetram no filme; em um certo sentido elas se dissolvem na gordura ou no óleo. As cabeças
hidrófilas, no entanto, não serão arrastadas para a gordura; elas permanecem na água. Com uma
pequena agitação produzida, por exemplo, por uma máquina de lavar roupa, a película gordurosa se
fragmenta em incontáveis gotas minúsculas cada uma delas envolvida por um grande número de
cabeças negativamente carregadas. Como as gotas, agora em dispersão coloidal, têrn cargas de
mesmo sinal, elas se repelem e não podem agrupar-se novamente. A película gordurosa foi, para todos
os fins práticos, dissolvida e será enviada para a destruição por bactérias nas estações de tratamento
de água ou no solo.
Ao lavarmos um prato sujo de óleo, forma-se o que os químicos chamam de micela, uma gotícula
microscópica de gordura envolvida por moléculas de sabão, orientadas com a cadeia apolar direcionada
para dentro (interagindo com o óleo) e a extremidade polar para fora (interagindo com a água).
A água usada para enxaguar o prato interage com a parte externa da micela, que é constituída pelas
extremidades polares das moléculas de sabão. Assim, a micela é dispersa na água e levada por ela, o
que torna fácil remover, com auxílio do sabão, sujeiras apoiares.
O processo de formação de micelas é denominado emulsificação. O esquema abaixo ilustra esse
processo. Dizemos que o sabão atua como emulsificante ou emulsionante, ou seja, ele tem a
propriedade de fazer com que o óleo se disperse na água, na forma de micelas.
Os detergentes sintéticos atuam da mesma maneira que os sabões, porém diferem deles na
estrutura da molécula. Sabões são sais de ácido carboxílico de cadeia longa, e detergentes sintéticos, na
grande maioria, são sais de ácidos sulfônicos de cadeia longa. Atualmente existem muitos outros tipos
de detergentes com estruturas diferentes, mas que, invariavelmente, possuem uma longa cadeia apoiar
e uma extremidade polar.
Os detergentes sintéticos podem ser aniônicos ou catiônicos, dependendo da carga do íon orgânico
responsável pela limpeza.
Detergentes catiônicos
Os detergentes catiônicos do tipo sal de amônio quaternário possuem efeito germicida, isto é,
matam microrganismos (germes), tais como bactérias e fungos.
Por esse motivo, ao ler o rótulo de alguns produtos desinfetantes para uso sanitário, você encontrará
inscrições do tipo “ingrediente ativo: quaternário de amônio”.
Outra interessante aplicação dos detergentes catiônicos está nos líquidos para enxaguar e
higienizar a boca. Muitos deles contêm cloreto de cetilpiridínio, que atua como detergente na remoção
das sujeiras que se acumulam nos dentes e têm relação com a formação da placa bacteriana. Sua fórmula
estrutural é:
Diariamente, sabões e detergentes usados nas residências atingem o sistema de esgotos e acabam
indo parar em rios e lagos. Lá, com o movimento das águas, formam uma camada de espuma na
superfície, que impede a entrada de oxigênio, essencial para a vida dos peixes.
As aves aquáticas também são muito prejudicadas com a poluição da água por sabões e
detergentes. Elas possuem um revestimento de óleo em suas penas e bóiam na água graças à
camada de ar que fica presa debaixo delas. Quando esse revestimento é removido, essas aves não
conseguem mais boiar e se afogam.
Após algum tempo, esses resíduos de sabões são decompostos sob a ação dos microrganismos
que vivem no ambiente aquático. A esse processo damos o nome de biodegradação.
Sabões são fabricados a partir de substâncias presentes na natureza viva (os óleos e as gorduras)
e existem muitos microrganismos capazes de degradá-los. Todo sabão é biodegradável.
Já os detergentes sintéticos podem ou não ser biodegradáveis. Experiências mostram que os
detergentes de cadeia carbônica não-ramificada são biodegradáveis, ao passo que os de cadeia
ramificada não são. A legislação atual exige que os detergentes sejam biodegradáveis.
Em certas regiões a água é rica em íons Ca2+ e/ou Mg2+. Esse tipo de igual é chamado de água
dura. Nela, os sabões não atuam de modo satisfatório, pois ocorre uma reação entre esses cátions e o
ânion do sabão, formando um precipitado (composto insolúvel). Isso pode diminuir ou até mesmo anular
completamente a eficiência da limpeza.
Para resolver esse problema, os fabricantes adicionam ao produto uma substância conhecida como
agente sequestrante, cuja função é precipitar os íons Ca2+ e Mg2+ antes que eles precipitem o sabão.
Um dos agentes sequestrantes mais usados é o tripolifosfato de sódio Na5P3O10.
Há, no entanto, um inconveniente no uso desses agentes. Eles são nutrientes de algas e,
quando vão parar num lago, favorecem a proliferação delas. Esse crescimento exagerado impede
a entrada de luz solar; assim, as algas do fundo morrem (por falta de luz) e começam a apodrecer.
Esse apodrecimento consome oxigênio da água, o que, por sua vez, acarreta a morte dos peixes
Esse processo e chamado de eutrofização do lago (do grego eu, “bem’, e trophein, nutrir”).
Se colocarmos uma pequena agulha com cuidado sobre a superfície da água pura, ela permanecerá
aí. Se, no entanto, adicionarmos uma gota de detergente, imediatamente ela afundará.
A água possui uma alta tensão superficial, ou, em outras palavras, sua superfície possui uma
resistência a ser atravessada. Isso é explicado pelas pontes de hidrogênio quç mantêm as moléculas
fortemente unidas.
A presença de sabões e detergentes diminui a tensão superficial, porque essas substâncias tendem
a se acumular na superfície, diminuindo a força atrativa entre as moléculas. Dizemos que são agentes
tensoativos ou surfactantes, pois atuam sobre a tensão superficial.
b) em meio ácido
a)
c)
b)
d)
e)
c)
d)
03. (Ita) A figura abaixo mostra a curva de solubilidade do
brometo de potássio (KBr) em água:
e)
3H‚O(Ø)
Dados
Massa molar (g/mol): K = 39,10; Br = 79,91
Baseando nas informações apresentadas na figura é
* salmoura = solução aquosa saturada de cloreto de sódio
ERRADO afirmar que
a) a dissolução do KBr em água é um processo endotérmico.
Ao final de uma eletrólise de salmoura, retiraram-se da cuba
b) a 30°C, a concentração de uma solução aquosa saturada
eletrolítica, a 90 °C, 310 g de solução aquosa saturada tanto
em KBr é de aproximadamente 6mol/kg (molal).
de cloreto de sódio quanto de clorato de sódio. Essa amostra
c) misturas correspondentes a pontos situados na região I da
foi resfriada a 25 °C, ocorrendo a separação de material
figura são bifásicas.
sólido.
d) misturas correspondentes a pontos situados na região II da
figura são monofásicas.
a) Quais as massas de cloreto de sódio e de clorato de sódio
e) misturas correspondentes a pontos situados sobre a curva
presentes nos 310 g da amostra retirada a 90 °C? Explique.
são saturadas em KBr.
b) No sólido formado pelo resfriamento da amostra a 25 °C,
qual o grau de pureza (% em massa) do composto presente
04. (Fuvest) 160 gramas de uma solução aquosa saturada de
em maior quantidade?
sacarose a 30°C são resfriados a 0°C. Quanto do açúcar
c) A dissolução, em água, do clorato de sódio libera ou
cristaliza?
absorve calor? Explique.
Temperatura °C Solubilidade da sacarose
g/100 g de H‚O
06. (Ufmg) Numa aula no Laboratório de Química, os alunos
prepararam, sob supervisão do professor, duas soluções
0 180
aquosas, uma de cloreto de potássio, KCØ, e uma de cloreto
30 220
de cálcio, CaCØ‚. Após observarem a variação da
a) 20 g.
temperatura em função do tempo, durante o preparo de cada
b) 40 g.
uma dessas soluções, os alunos elaboraram este gráfico:
c) 50 g.
d) 64 g.
e) 90 g.
12. (ifba)
Considerando-se
- volumes iguais de soluções saturadas a 20°C dessas
substâncias e
- os sais totalmente dissociados.
a substância que apresentará maior número de partículas em
solução é a de
Com base nos dados apresentados, as massas dos a) NaNOƒ
dois íons resultantes da dissociação do K 2Cr2O7 , a b) NaBr
50 °C, serão aproximadamente, iguais a: c) NaI
Dado: Densidade da água: 1,0 g mL d) C‚H‚‚O
a) 40 e 105 g e) (NH„)‚SO„
b) 40 e 260 g
c) 80 e 105 g 03. (Ufscar) As solubilidades dos sais KNOƒ e Ce‚(SO„)ƒ
d) 80 e 220 g em água, medidas em duas temperaturas diferentes, são
e) 105 e 195 g fornecidas na tabela a seguir.
dissolvidos em 200mL de água foi deixada em um frasco 08) A 100 C, uma solução com 120 gramas está saturada.
aberto, a 30°C. Após algum tempo, começou a cristalizar o
soluto. Qual volume mínimo e aproximado, em mL, de água 07. (Puc-rio) As curvas de solubilidade das substâncias
deve ter evaporado quando se iniciou a cristalização? KNOƒ e Ca(OH)‚ (em gramas da substância em 100 g de
Dados: água) em função da temperatura são mostradas a seguir. A
solubilidade, a 30°C, do cloreto de sódio = 35g/100g de partir desses dados, analise as alternativas a seguir e
água; densidade da água a 30°C = 1,0g/mL. assinale a que NÃO apresenta uma afirmativa correta.
a) 20.
b) 40.
c) 80.
d) 100.
e) 160.
( ) A dissolução do Ce‚(SO„)ƒ em água deve ocorrer com concentração de quatro sais em uma amostra de água do
liberação de energia. mar e a respectiva solubilidade em água a 25°C:
ambiente porque
a) promove uma reação de substituição no hidrocarboneto,
tornando-o menos letal ao ambiente.
b) a hidrólise do para-dodecil-benzenossulfonato de sódio
produz energia térmica suficiente para vaporizar o
hidrocarboneto.
c) a mistura desses reagentes provoca a combustão do
hidrocarboneto, o que diminui a quantidade dessa
substância na natureza. Com base no enunciado e nos conhecimentos sobre
d) a solução de para-dodecil-benzenossulfonato possibilita a calor de reação, é correto afirmar:
solubilização do hidrocarboneto. a) A bolsa quente é constituída de nitrato de amônio.
e) o reagente adicionado provoca uma solidificação do b) A dissociação iônica do cloreto de cálcio libera
hidrocarboneto, o que facilita sua retirada do ambiente. calor.
c) A dissociação iônica do nitrato de amônio é
18. (Enem 2012) O armazenamento de certas vitaminas no exotérmica.
d) As dissoluções de sais em água são exotérmicas.
organismo apresenta grande dependência de sua e) A bolsa fria é constituída de cloreto de cálcio.
solubilidade. Por exemplo, vitaminas hidrossolúveis devem
ser incluídas na dieta diária, enquanto vitaminas
lipossolúveis são armazenadas em quantidades suficientes 20. (Mackenzie) A solubilidade do cloreto de potássio
para evitar doenças causadas pela sua carência. A seguir são (KC ) em 100 g de água, em função da temperatura é
apresentadas as estruturas químicas de cinco vitaminas
necessárias ao organismo. mostrada na tabela abaixo:
mamona, é a
a) lipofilia.
b) hidrofilia.
c) hipocromia.
d) cromatofilia.
e) hiperpolarização.
Resposta da questão 9: [A] Cs NaCl = 38g/100g H2O Massa molar NaCl = 58 g/mol
Resposta da questão 10: [E] 1 mol NaCl ----- 58 g
Resposta da questão 11: [B] X mol NaCl ----- 38 g
Solução I: X = 0,65 mol de NaCl (menor valor, menos solúvel)
Cs do K2Cr2O7 a 30°C:
20 g de sal ---100 g H2O II) F
Como foram adicionados apenas 15 de sal em 100 g de água, a Considerando-se 100 g de H2O
solução é insaturada e portanto, o sistema é homogêneo. Cs NaNO3 = 1,06 mol de NaNO3 /100g H2O
Cs NaCl = 0,65 mol de NaCl /100g H2O Resposta da questão 20: [D]
1 NaCl → 1 Na+ + 1 Cl- Teremos:
0,65 mol 0,65 mol 0,65 mol Cálculo da quantidade de NaCl que se dissolve em 500 g de água
Na+ = 0,65 mol (menor valor) a 40 °C.
Solubilidade (g KC em 100 g de
Resposta da questão 13. [B] Temperatura (ºC)
água)
Resposta da questão 14. [C]
40 40,0
Resposta da questão 15. [B]
Com a evaporação de parte da água, e consequente diminuição
da quantidade de solvente na solução o primeiro sal que precipita 40,0 g (KC ) 100 g de água
é o menos solúvel, que no caso é o CaSO4. X g (KC ) 500 g de água
O último que precipita é o mais solúvel, seria o NaBr. X = 200 g de KCl
Cálculo da quantidade de NaC que se dissolve em 500 g de água
Resposta da questão 16: [A]
Resposta da questão 17: [D] a 20 °C.
O hidrocarboneto é insolúvel em água, porém com a adição de uma Solubilidade (g KC em 100 g de
Temperatura (ºC)
solução de para-dodecil-benzenossulfonato, uma gente água)
emulsificante, ocorre a a solubilização do hidrocarboneto, 20 34,0
facilitando a sua remoção. 40,0 g (KC ) 100 g de água
Agente emulsificante, ou agente surfactante ou tensoativo, diminui
Y g (KC ) 500 g de água
a tensão superficial da água, pois possui uma longa cadeia apolar
Y = 200 g de KCl
(lipofílica), que possui afinidade pelo hidrocarboneto e uma cabeça
polar (hidrofílica) que possui afinidade pela água, permitindo a ssim Cálculo da quantidade de NaCl que se cristaliza em 500g de água
a formção de uma emulsão de água e o hidrocarboneto. a 20°C, após o resfriamento.
200,0 g − 170,0 g = 30,0 g (precipitado; após o resfriamento).
Resposta da questão 18: [C]
Quanto maior a quantidade de grupos OH, mais solúvel será a Resposta da questão 21: [E]
vitamina, devido à interação com a água e maior a necessidade de Esse arranjo característico se deve ao fato de os fosfolipídeos
suplementação. A estrutura III apresenta esta característica: apresentarem uma natureza anfifílica, ou seja, possuírem uma
parte polar (hidrofílica) e outra apolar (hidrofóbica).
é maior que 540 g, a solução é supersaturada, pois a quantidade seguida basta fazer uma filtração para separar o soluto com alto
de soluto dissolvido é maior que a quantidade para tornar a soluão grau de pureza de sua solução.
saturada. Se a curva for descendente, teríamos que fazer o contrário,
dissolver a frio e depois aquecer, pois com o aquecimento a
Resposta da questão 23: [B] solubilidade vai diminuindo e o soluto iria cristalizar. Mas
A característica presente nas substâncias tóxicas e alergênicas, geralmente se faz recristalização em curvas ascendentes, pois o
que inviabiliza sua solubilização no óleo de mamona, é a hidrofilia, processo é mais eficiente.
ou seja, a capacidade de atrair compostos polares (hidro = água;
filia = afinidade). Como o óleo de mamona é predominantemente Resposa da questão 26: [D]
apolar, os compostos alergênicos polares não se misturam ao óleo. Resposta da questão 27: [B]
A questão pergunta em quais sistemas poderá haver formação de
Resposta da questão 24: [C] precipitado (tempo futuro). As soluções I e III são soluções
Análise das proposições: supersaturadas, porém são soluções instáveis, que por qualquer
[I] Correta. Devido à presença de uma cadeia carbônica perturbação poderão formar uma solução saturada com corpo de
relativamente longa que apresenta caráter apolar acentuado, a chão, ou corpo de fundo ou precipitado.
vitamina A é praticamente insolúvel em água, apesar de ela
conter um grupo hidroxila (OH) em sua estrutura química. Caso a questão perguntasse em quais sistemas já poderá existir
um equilíbrio entre uma solução saturada e o corpo de chão, a
resposta seria os sistemas II e IV, pois tais soluções são saturadas,
podendo ter corpo de fundo ou não. Uma solução saturada com
corpo de fundo é representada no gráfico de solubilidade com um
ponto coincidindo com a curva de sxolubilidade, pois somente a
parte dissolvida será representada neste tipo de gráfico.
[II] Correta. A vitamina C é hidrossolúvel, devido à presença de
vários grupos hidroxila (OH) em sua estrutura química que Resposta da questão 28: [A]
podem interagir com as moléculas de água por meio de 60 °C
ligações de hidrogênio. 110 g de soluto - - - - - - - - > 100 g de água
110 g de soluto - - - - - - - - > 210 g de solução
X g de soluto - - - - - - - - > 420 g de solução
X = 220 g de soluto
Massa de água: 420g – 220g = 200g de água
Durante o resfriamento a quantidade de água não muda
40 °C
[III] Incorreta. Se o coeficiente de solubilidade da vitamina C em 60 g de soluto - - - - - - - - > 100 g de água
água é igual a 330 g/L (a 25ºC e 1 atm), uma solução aquosa X g de soluto - - - - - - - - > 200 g de água
de vitamina C com concentração igual a 100 g/L, nas mesmas X = 120 g de soluto
condições de temperatura e pressão, encontra-se insaturada Como haviam 220g de soluto dissolvidos
(100 g/L < 330 g/L). Massa que precipitou: 220g – 120g = 100g de soluto
Então,
80 g de A 100 g água
16 g de A mágua
mágua = 20 g
Observações:
1. Convenção:
– Índice 1: soluto. Ex.: m1 = massa do soluto
– Índice 2: solvente. Ex.: m2 = massa do solvente
– Sem índice: solução.
Ex.: m = massa da solução (m = m1 + m2)
2. 1cm3 = 1mL
1dm3 = 1L
1m3 = 1000L
x 100
L mL
1000
m1
C=
V
Geralmente: Soluto, em gramas (g) e solução em litros (L), logo temos a unidade: g/L.
Observações:
1. % massa/massa (%m/m): Indica a massa de soluto (m1) em gramas, contida em 100g de solução.
Ex.: 40% m/m indica 40g de soluto em 100g de solução.
0 < TV < 1
Observações:
1. % volume / volume (%v/v)
Indica o volume de soluto (V1), em mL, contido em 100mL de solução.
Ex.: 20% v/v indica 20 mL de soluto em 100 mL de solução.
2. Álcool a 96% (significa 96 volumes de álcool para cada 100 volumes da solução).
4. % massa/volume (%m/v): indica a massa do soluto (m1) em gramas, contida em 100 ml de solução.
Ex.: 0,80% m/v indica 0,80g de soluto em 100 ml de solução.
concentração em ou concentração em
Observações:
concentração em ou concentração em
v 1 (em mL) → 10 L L
−3 −6
6 v 1 (em L) → 10 6
ppm = 10 partes ppm = 10 partes
v (em m 3 ) → 10 3 L
v (em L) → 1 L
Observações:
L = microlitros = 10–6 L
Ex.: A água contendo 0,05 ppm de Pb2+ é imprópria para o consumo (0,05 mg de Pb2+ por litro de água)
= (0,05 mg de Pb2+ por kg de água).
Observações:
x 1000
g/mL ⎯
⎯→ g/L
ou ou
⎯⎯
g/cm3 g/dm3
1000
O volume, ao ser relacionado com a densidade, deve estar na mesma unidade de volume da
densidade.
Ex.: V = 100 cm3 e d = 1,2g/cm3.
(V), em litros:
n1 m1
M= Como: n1
V M1
Número de mols do soluto (n1) é a razão entre a massa do soluto (m1) e a massa molar desse soluto
(M1).
Unidade: mol/L ou M ou molar escritas após o valor numérico da concentração.
2−
Ex.2: Calcule a molaridade dos íons H+(aq) e SO 4( aq ) em uma solução 2,0.10-3 mol/L de H2SO4(aq),
considerando a ionização total nas duas etapas.
H 2O
1 H 2 SO4( aq ) Ionização
2 H( aq ) 1 SO4(2aq ) ( = 100%)
2,0.10-3 mol/L 4,0.10-3 mol/L 2,0.10-3 mol/L
Conclusão
O cálculo da molaridade dos íons deve ser feito a partir da equação de dissociação ou de ionização
do soluto e seguir a proporção estequiométrica.
I) Fração Molar do Soluto (X1): é a razão estabelecida entre o número de mols de moléculas do soluto
(n1) e o número de mols de molécula da solução (n).
n1 n1
X1 = Como : n = n1 + n 2 X1 =
n n1 + n 2
II) Fração Molar do Solvente (X2): é a razão estabelecida entre o número de mols de moléculas do
solvente (n2) e o número de mols de moléculas da solução (n).
n2 n2
X2 = Como : n = n1 + n 2 X2 =
n n1 + n 2
Observações:
1. X1 + X2 = 1
2. A Fração molar não possui unidade
3. 0 < x < 1
4. Não esqueça:
m1 m2
n1 e n2
M1 M2
Onde: M1 = massa molar do soluto
M2 = massa molar do solvente
(W)
É a razão estabelecida entre o número de mols de moléculas do soluto (n1) e a massa, em
quilogramas, do solvente (m2);
n1 m1
W onde: n1
m2 (kg ) M1
unidade : mol/kg ou molal ou m
Observações:
Numa solução aquosa diluída, 1 L de solução contém aproximadamente 1 L de água, ou seja, 1 Kg
de água. Dessa forma, o número de mols de soluto por litro de solução (molaridade) é aproximadamente
igual ao número de mols do soluto por quilograma de água (molalidade). (M W).
Densidade (g/mL)
Concentração comum (g/L)
C M M1
C = 1000 d . T (I)
C = M . Mol1 (II)
C = M Mol1 = 1000 d T
UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES gasolina (C8H18), e que resulta na liberação de CO2 e
vapor de água para a atmosfera.
Exercícios de Apresndizagem
b) A concentração de CO2 na atmosfera, na época pré-
industrial, era de 280,0 ppm. Adotando o valor de 400,4
01. (Ita ) Um litro de uma solução aquosa contém 0,30mol ppm para a concentração atual, calcule a variação
de íons Na®, 0,28mol de íons CØ, 0,10mol de íons SO„£ e percentual da concentração de CO2 em relação ao valor da
x mols de íons Fe¤®. A concentração de íons Fe¤® (em época pré-industrial.
mol/L) presentes nesta solução é
c) Dê uma explicação para o fato de os valores observados
a) 0,03
(representados na curva B) serem menores do que os
b) 0,06 valores esperados (representados na curva A).
c) 0,08
d) 0,18 04. (Ufpe ) A água oxigenada, ou peróxido de hidrogênio
e) 0,26 (H‚O‚), é vendida nas farmácias com concentrações em
02. (Unifesp) Soluções aquosas de nitrato de prata (AgNO3), termos de "volumes", que correspondem à relação entre o
com concentração máxima de 1,7% em massa, são utilizadas volume de gás O‚, liberado após completa decomposição
como antisséptico em ambiente hospitalar. A concentração do H‚O‚, e o volume da solução aquosa. Sabendo que a
de íons Ag+ presentes numa solução aquosa de AgNO3 pode
ser determinada pela titulação com solução de concentração equação química de decomposição da água oxigenada é:
conhecida de tiocianato de potássio (KSCN), através da
formação do sal pouco solúvel tiocianato de prata (AgSCN). H‚O‚(aq) ë H‚O(Ø) + 1/2 O‚(g)
Na titulação de 25,0 mL de uma solução de AgNO3,
preparada para uso hospitalar, foram utilizados 15,0 mL de
calcule a concentração molar de uma solução de água
uma solução de KSCN 0,2 mol.L–1, para atingir o ponto final
da reação. oxigenada de 24,4 volumes a 25°C e 1 atm.
a) Determine, em mol. L–1, a concentração da solução (Dado: R = 0,082 atm . L . K-¢ . mol-¢)
preparada de AgNO3.
b) Mostre, através de cálculos de concentração, se a solução 05) A concentração de uma solução de KNO 3 é 0,750 m.
de AgNO3 preparada é adequada para uso hospitalar. Como calcular a fração molar de KNO3 nesta solução?
Considere que a massa molar de AgNO3 seja igual a 170
g. mol–1 e que a densidade da solução aquosa seja igual a 06) Uma solução de H2SO4 a 50,00% tem densidade
1 g. mL–1. relativa 1,3977 a 20 °C. Explique como você calcularia a
molaridade desta solução.
03. (Fuvest) O observatório de Mauna Loa, no Havaí, faz
medições diárias da concentração de dióxido de carbono na 07) Uma solução de álcool etílico, CH 3CH2OH, em água
atmosfera terrestre. No dia 09 de maio de 2013, a possui uma concentração de 1,25 m. Calcule o peso
concentração desse gás atingiu a marca de 400 ppm. O percentual do álcool etílico.
gráfico abaixo mostra a curva de crescimento da
concentração de dióxido de carbono ao longo dos anos 08) Uma solução de NaCl em água possui uma concentração
(curva B) e, também, a curva que seria esperada, de 19,5%. Calcule a molalidade da solução.
considerando o CO2 gerado pelo consumo de combustíveis
fósseis (curva A). 09) Uma solução de NH3 em água possui concentração de
5,00% em peso. Calcule a percentagem molar de NH3 na
solução. Qual a concentração molal de NH3?
substâncias é de 10 ppm (partes por milhão) de SOƒ£. Para enfraquecimento dos ossos. É assintomática, lenta e
certificar-se da real concentração de SOƒ£ em vinhos, pode- progressiva. Seu caráter silencioso faz com que, usualmente,
se utilizar o método de doseamento fundamentado na reação não seja diagnosticada até que ocorram fraturas,
química descrita pela equação abaixo: principalmente nos ossos do punho, quadril e coluna
vertebral. As mulheres são mais frequentemente atingidas,
SOƒ£(aq) + H‚O‚(aq) ë SO„£(aq) + H‚O. uma vez que as alterações hormonais da menopausa
aceleram o processo de enfraquecimento dos ossos. A
Analise os dados descritos na questão e assinale a alternativa doença pode ser prevenida e tratada com alimentação rica em
correta. cálcio.
a) Íons SOƒ£ são oxidados, originando íons SO„£, atuando, Suponha que o limite máximo de ingestão diária aceitável
portanto, como agentes oxidantes. (IDA) de cálcio para um adolescente seja de 1,2 mg/kg de
b) A reação não envolve processos de transferência de peso corporal.
elétrons, e se diz que é de substituição eletrofílica. Pode-se afirmar que o volume de leite contendo cálcio na
c) No processo de doseamento de SOƒ£, H‚O‚ é reduzido a concentração de 0,6 gL-¢ que uma pessoa de 60 kg pode
H‚O e atua como agente redutor. ingerir para que o IDA máximo seja alcançado é:
d) Uma amostra que contém 0,001g de SOƒ£ em 1kg de a) 0,05 L
vinho satisfaz o limite de tolerância estabelecido. b) 0,12 L
e) Uma amostra que contém 10 mols de SOƒ£ por 1kg de c) 0,15 L
vinho é equivalente à concentração 10ppm em SOƒ£. d) 0,25 L
e) 0,30 L
07. (Ufes) Em diabéticos, a ingestão de 80g de açúcar
comum (sacarose) eleva a quantidade de glicose no sangue 10. (Ufmg) Estas informações foram adaptadas do rótulo de
em 1,0g de glicose para cada litro de sangue. Considerando- um repositor hidroeletrolítico para praticantes de atividade
se que a taxa de glicose no sangue dos diabéticos, em física:
condições normais, é de aproximadamente 1,4g/L, a
concentração de glicose (C†H‚O†) no sangue de uma pessoa
diabética após o consumo de 100g de açúcar será de,
aproximadamente,
Dado: M(C†H‚O†) = 180g/mol
a) 7,8 x 10-¤ mol/L.
b) 6,9 x 10-¤ mol/L.
c) 6,9 x 10-£ mol/L. Considerando-se essas informações, é CORRETO afirmar
d) 1,5 x 10-£ mol/L. que, na porção indicada do repositor hidroeletrolítico,
e) 1,5 x 10-¢ mol/L a) a massa de íons sódio é o dobro da massa de íons cloreto.
b) a concentração de íons sódio é igual a 4×10-¤ mol/L.
08. (Uff ) Dentre as soluções cogitadas para o problema da c) a massa de íons cloreto é igual a 71 mg.
seca no nordeste, pensou-se na perfuração de poços d) a quantidade de cloreto de sódio é igual a 4×10-¤ mol.
artesianos de grande profundidade e na dessalinização da
água do mar, processos considerados economicamente 11. (Enem 2015) A hidroponia pode ser definida como
inviáveis para utilização em larga escala. uma técnica de produção de vegetais sem necessariamente a
A dessalinização deve remover, entre outros sais, os cerca de presença de solo. Uma das formas de implementação é
manter as plantas com suas raízes suspensas em meio
3,5% de cloreto de sódio presentes na água do mar. Esse líquido, de onde retiram os nutrientes essenciais. Suponha
percentual equivale à seguinte concentração de NaCØ: que um produtor de rúcula hidropônica precise ajustar a
a) 0,2 mol L-¢ concentração de íon nitrato (NO3− ) para 0,009 mol L em
b) 0,4 mol L-¢
um tanque de 5.000 litros e, para tanto, tem em mãos uma
c) 0,6 mol L-¢ solução comercial nutritiva de nitrato de cálcio 90 g L.
d) 0,8 mol L-¢
e) 1,0 mol L-¢ As massas molares dos elementos N, O e Ca são iguais a
14 g mol, 16 g mol e 40 g mol, respectivamente.
09. (Uff) A osteoporose é uma doença que leva ao
Qual o valor mais próximo do volume da solução nutritiva, água potável é 1,0 mg.L-¢ e que uma solução saturada em
em litros, que o produtor deve adicionar ao tanque? CaF‚, nas condições normais, apresenta 0,0016% em massa
a) 26 (massa de soluto/massa de solução) deste composto, com
b) 41 densidade igual a 1,0 g.cm-¤. Dadas as massas molares, em
c) 45
g.mol-¢, Ca = 40 e F = 19, é correto afirmar que, nessas
d) 51
condições, a água subterrânea em contato com a fluorita:
e) 82
a) nunca apresentará um teor de F- superior ao VMP.
b) pode apresentar um teor de F- até cerca de 8 vezes maior
12. (Ufrs) Numa determinada área urbana, a concentração
que o VMP.
média do agente poluente SO‚ no ar atmosférico atingiu o
c) pode apresentar um teor de F- até cerca de 80 vezes maior
valor de 3,2 x 10-¥ g.m-¤. Essa concentração, expressa em
que o VMP.
mol.L-¢ e em moléculas.m-¤, corresponde, respectivamente,
d) pode apresentar um teor de F- até cerca de 800 vezes
aos valores
maior que o VMP.
a) 5,0 x 10-§ e 3,0 x 10¢©.
e) pode apresentar valores próximos a 10-¢mol.L-¢ em F-.
b) 3,2 x 10-¨ e 6,0 x 10£¡.
c) 5,0 x 10-ª e 2,7 x 10£¦.
d) 5,0 x 10-¤ e 3,0 x 10£¢. 16. (Uepb) Sabendo que para que uma água seja classificada
e) 5,0 x 10-ª e 3,0 x 10¢©. como doce deve ter uma salinidade não maior que 0,05 %
(g/100 g de água), qual a máxima concentração em
13. (Ufsc) Existem diversas maneiras de expressar a quantidade de matéria de sal em termos de
concentração de uma solução. Dentre elas destacamos a hidrogenocarbonato de potássio para que uma amostra de
molaridade (M). água seja considerada doce? Considere a densidade da água
Seja uma solução aquosa de Al‚(SO„)ƒ de concentração igual a 1 g/mL.
102,6 g/Litro. Qual a molaridade da solução? a) 5,00 10−4 mol / L
Dados: Al = 27, S = 32, O = 16 b) 5,95 10−3 mol / L
a) 0,9 Molar c) 0,05 mol / L
b) 3,2 Molar d) 0,0595 mol / L
c) 0,3 Molar e) 5,00 10−3 mol / L
d) 1,8 Molar
e) 0,6 Molar 17. (Uff) Tem-se uma solução preparada pela dissolução de
16,7g de naftaleno em 200mL de benzeno líquido, a 20°C. A
14. (Unesp) Os frascos utilizados no acondicionamento de densidade do benzeno à temperatura dada é 0,87g.mL-¢.
soluções de ácido clorídrico comercial, também conhecido Determine:
como ácido muriático, apresentam as seguintes informações a) a fração molar do benzeno e do naftaleno na solução
em seus rótulos: solução 20% m/m (massa percentual);
densidade = 1,10 g/mL; massa molar = 36,50 g/mol. Com b) a percentagem molar do benzeno e do naftaleno na
base nessas informações, a concentração da solução solução.
comercial desse ácido será Dados: Massas molares (g/mol):
a) 7 mol/L. C = 12,0; H = 1,0
b) 6 mol/L
c) 5 mol/L. 18. (Ufrrj) Pacientes que necessitam de raios X do trato
d) 4 mol/L. intestinal devem ingerir previamente uma suspensão de
e) 3 mol/L. sulfato de bário (BaSO„). Esse procedimento permite que as
paredes do intestino fiquem visíveis numa radiografia,
15. (Unesp) Há décadas são conhecidos os efeitos da permitindo uma análise médica das condições do mesmo.
fluoretação da água na prevenção da cárie dentária. Porém, o Considerando-se que em 500 mL de solução existem 46,6 g
excesso de fluoreto pode causar a fluorose, levando, em do sal, pede-se:
alguns casos, à perda dos dentes. Em regiões onde o subsolo a) a concentração molar;
é rico em fluorita (CaF‚), a água subterrânea, em contato com b) a concentração em g / L.
ela, pode dissolvê-la parcialmente. Considere que o VMP
(Valor Máximo Permitido) para o teor de fluoreto (F-) na 19. (Ufrrj ) Suponha que para a preparação de 500 mL de
A substituição do diesel usado nos anos 1980 por aquele 24. (Ufrrj) Antigamente, o açúcar era um produto de preço
difundido em 2012 permitiu uma redução percentual de elevado e utilizado quase exclusivamente como
emissão de SO3 de
medicamento calmante. No século XVIII, com a expansão
a) 86,2%.
das lavouras de cana-de-açúcar, esse cenário mudou. Hoje, a
b) 96,2%.
sacarose é acessível à maior parte da população, sendo determinado posto indicou o teor de 53 %. O volume, em
utilizada no preparo de alimentos e bebidas. Um suco de mL, da fase aquosa obtida quando o teste foi realizado
fruta concentrado de determinada marca foi adoçado com corretamente com a amostra X foi
3,42 g de açúcar (sacarose: C1‚H‚‚O11) em 200 mL de a) 76.
solução. Com este suco, foi preparado um refresco, b) 53.
adicionando-se mais 800 mL de água. A concentração em c) 40.
mol/L de sacarose no SUCO e a concentração em g/L de d) 26.
sacarose no REFRESCO são, respectivamente: e) 24.
a) 0,05 mol/L e 34,2 g/L.
b) 0,05 mol/L e 3,42 g/L.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
c) 0,5 mol/L e 3,42 g/L. Utilize as informações a seguir para responder à(s)
d) 0,5 mol/L e 34,2 g/L. questão(ões) a seguir.
e) 0,05 mol/L e 342 g/L.
Com as chuvas intensas que caíram na cidade do Rio de
Janeiro em março de 2013, grande quantidade de matéria
25. (Unifesp) A contaminação de águas e solos por metais
orgânica se depositou na lagoa Rodrigo de Freitas. O
pesados tem recebido grande atenção dos ambientalistas, consumo biológico desse material contribuiu para a redução
devido à toxicidade desses metais ao meio aquático, às a zero do nível de gás oxigênio dissolvido na água,
plantas, aos animais e à vida humana. Dentre os metais provocando a mortandade dos peixes.
pesados há o chumbo, que é um elemento relativamente
27. (Uerj) O volume médio de água na lagoa é igual a
abundante na crosta terrestre, tendo uma concentração ao
redor de 20 ppm (partes por milhão). Uma amostra de 100 g 6,2 106 L. Imediatamente antes de ocorrer a mortandade
da crosta terrestre contém um valor médio, em mg de dos peixes, a concentração de gás oxigênio dissolvido na
chumbo, igual a água correspondia a 2,5 10−4 mol L−1.
a) 20. Ao final da mortandade, a quantidade consumida, em
quilogramas, de gás oxigênio dissolvido foi igual a:
b) 10.
c) 5. Dado: O = 16.
d) 2. a) 24,8
e) 1. b) 49,6
c) 74,4
d) 99,2
26. (Unifesp) O índice de gasolina em não-conformidade
com as especificações da ANP (Agência Nacional de 28. (Ufrgs) Na combustão do diesel, o enxofre presente é
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) é um dado convertido em dióxido de enxofre (SO2), que é uma das
preocupante, já que alguns postos estavam vendendo principais causas de chuva ácida. Até o fim de 2013, o diesel
gasolina com mais de 85 % de álcool anidro. Todo posto de S1800, que contém 1800 ppm de enxofre (ppm = partes por
milhão expressa em massa), será totalmente abolido no país.
gasolina deve ter um kit para testar a qualidade da gasolina, Atualmente, o diesel mais vendido é o diesel S500 (500 ppm
quando solicitado pelo consumidor. Um dos testes mais de enxofre).
simples, o "teste da proveta", disposto na Resolução ANP n.¡
9, de 7 de março de 2007, é feito com solução aquosa de A emissão de SO2, por tonelada de diesel, para S500 e S1800,
cloreto de sódio (NaCØ) na concentração de 10 % p/v (100 g é, respectivamente, de
a) 500 g e 1800 g.
de sal para cada litro de água). O teste consiste em colocar b) 640 g e 900 g.
50 mL de gasolina numa proveta de 100 mL com tampa, c) 1000 g e 3600 g.
completar o volume com 50 mL da solução de cloreto de d) 1600 g e 3200 g.
sódio, misturar por meio de 10 inversões e, após 15 minutos e) 2000 g e 7200 g.
de repouso, fazer a leitura da fase aquosa. O cálculo do teor
29. (Upe) As principais marcas de refrigerante light ou diet
de álcool é determinado pela expressão: cítricos se comprometeram a reduzir a quantidade de
T = (A × 2) + 1, onde: benzeno em suas bebidas ao máximo de 5 ppb, o mesmo
T: teor de álcool na gasolina, e parâmetro usado para a água potável. O acordo chega dois
A: aumento em volume da camada aquosa (álcool e água). anos depois que uma associação de consumidores apontou
para a alta concentração de benzeno em refrigerantes de
diferentes marcas. Nesses refrigerantes, o benzeno surge da
O teste aplicado em uma amostra X de gasolina de um mistura do benzoato de sódio, um conservante, com a
m1 = 16,7 g de C10H8 (naftaleno) Devemos comparar os valores tabelados para as águas a 1L.
M1 = 128 g/mol (C10H8)
7,0 10−6 g de naftaleno 100 mL de água
M= = 78 g/mol (C6H6): benzeno
mÁgua I g de naftaleno 1000 mL de água
I) Cálculo da massa de benzeno (C6H6): mÁgua I = 70 10−6 = 0,07 mg 0,14 mg (limite)
A partir da densidade e do volume é possível calcular a massa
8,0 10−6 g de naftaleno 100 mL de água
de benzeno.
mÁgua II g de naftaleno 1000 mL de água
d2 = 0,87 g/mL
V2 = 200 mL mÁgua II = 80 10−6 = 0,08 mg 0,14 mg (limite)
0,87 g de benzeno ------------- 1 mL
9,0 10−6 g de naftaleno 100 mL de água
X g de benzeno ----------------- 200 mL
X = 174 g de benzeno mÁgua III g de naftaleno 1000 mL de água
−6
mÁgua III = 90 10 = 0,09 mg 0,14 mg (limite)
a)
Conclusão: o ambiente que necessita de biorremediação é o do solo
II) Cálculo do número de mols de soluto e de solvente na
II.
solução:
m1 16,7g
n1 = = = 0,13 mol de C 10 H8 Resposta da questão 21: [D]
M1 128g / mol
m2 174g Nos anos 1980, não havia regulamentação e era utilizado óleo
n2 = = = 2,23 mol de C 6 H6
M2 78g / mol diesel com 13.000 ppm de enxofre. Em 2012, foi difundido o diesel
III) Cálculo da fração molar do soluto e do solvente na S50, com 50 ppm de enxofre em sua composição, então:
solução: 13.000 ppm − 50 ppm =12.950 ppm (redução)
n1 0,13 0,13
X1 = = = = 0,06 13.000 ppm 100 %
n1 + n2 0,13 + 2,23 2,36
12.950 ppm p
n2 2,23 2,23
X2 = = = = 0,94 p = 0,99615
n1 + n2 0,13 + 2,23 2,36
Assim temos: p 99,6 %
X1 (C6H6) = 0,94
X2 (C10H8) = 0,06 Resposta da questão 22: [D]
b) X1%(C6H6) = 94,00% Teremos:
X2%(C10H8) = 6,00% 1L H2 O 2 10 L de O 2 (água oxigenada 10 volumes)
1
H2 O 2 → H2 O + O 2
Resposta da questão 18: 2
34 g 0,5 22,4 L
a) 0,4 M. b) 93,2 g/L.
mH2O2 10 L
1mg = 10−6 kg
1.000 g 100%
mNaC 0,90%
1L de vinhaça 60 10−6 kg (P)
0,90% 1.000 g
486.000 L mP mNaC = = 9,0 g
100%
mP = 29,16 106 10 −6 kg = 29,16 kg 9,0 g 1.000 mL
mP 29 kg m'NaC 500 mL
9,0 g 500 mL
Resposta da questão 32: [E] m'NaC = = 4,50 g
1.000 mL
Transformando as unidades de concentração, vem:
Resposta da questão 35: [B]
g
%(m / v) =
100 mL Uma xícara de café contém 80 mg de cafeína.
−1
mol g mol mol g Mcafeína = 194 g mol−1
n = nM = n M 10 −1
L L 100 mL
V = 200 mL = 0,2 L
%
m = 80 mg = 0,08 g
M = 60 g mol n=
m
=
0,08 g
Amostra % (m/v) M 194 g mol−1
g 0,08 g
1 0,007 60 10−1 = 0,042
100 mL n 194 g mol−1
Concentração (mol / L) = = = 0,0020615 mol / L
g V 0,2 L
2 0,070 60 10−1 = 0,42
100 mL Concentração (mol / L) 0,002 mol / L
g
3 0,150 60 10−1 = 0,9
100 mL
g
4 0,400 60 10−1 = 2,4
100 mL
g
5 0,700 60 10−1 = 4,2
100 mL
4 % 4,2 % 6 %
Amostra
5
Resposta da questão 33: [E]
1. Diluição de soluções
Diluir uma solução significa diminuir a sua concentração, o que pode ser feito pela retirada de uma
parcela do soluto ou pelo acréscimo de solvente.
Em geral a diluição ocorre com acréscimo de solvente.
Ao se acrescentar solvente (em geral H2O) a uma solução, temos:
Observações:
1. O volume e a concentração de uma solução são inversamente proporcionais.
2. O volume (V2) ou massa (m2) ou no de mols (n2) do solvente adicionado em uma diluição pode ser
calculado pelas relações:
V2 = Vf – Vi f → final
m 2 = mf – mi i → inicial
n2 = nf – ni
O volume (V2) ou massa (m2) ou no de mols (n2) do solvente evaporado em uma concentração pode
ser obtido pelas relações:
V2 = Vi – Vf
m2 = mi – mf
n 2 = ni – nf
i → inicial; f → final
1. Neste caso onde misturamos soluções de mesmo soluto, com concentrações diferentes, obtemos uma
nova solução com concentração intermediária às concentrações das soluções misturadas.
2. Não apenas neste caso de misturas de soluções, mas também nos outros que veremos a seguir,
estaremos trabalhando com soluções em que o solvente é sempre o mesmo e que as soluções são
relativamente diluídas, pois só dentro dessas condições é que o volume final será igual à soma
dos volumes iniciais das soluções que foram misturadas.
3. Como o soluto é o mesmo, a “quantidade” de soluto na solução resultante é igual à soma das
“quantidades” de soluto que havia em cada uma das soluções iniciais.
4. O volume da solução final (V), nem sempre é igual à soma dos volumes das soluções misturadas, mas
pode ser medido facilmente na prática. Em problemas, não sendo dado o volume final da solução, este
deve ser considerado como sendo igual à soma dos volumes das soluções misturadas. Vejamos a
tabela a seguir:
m1' m1" m1
C' = C" = C= → m1 = m1' + m1"
V' V" V
'
m1 = C ' V ' "
m1 = C " V " m1 = C V → C V = C'V '+C"V"
n1' n1" n1
M' = M" = M= → n1 = n1' + n1"
V' V" V
n1 = M ' V '
'
n1 = M " V"
"
n1 = M V → M V = M'V '+M"V "
m1' m1" m1
T' = T" = T= → m1 = m1' + m1"
m' m" m
m1' = T ' m' m1" = T " m" m1 = T m → T m = T 'm'+ T"m"
n1' n1" n1
W '= W" = W= → n1 = n1' + n1"
m2 '(kg ) m "2 (kg) m 2 (kg)
n1' = W ' m2' n1" = W " m "2 n1 = W m 2 → W m 2 = W 'm '2 + W "m "2
3. Mistura de soluções de solutos diferentes que não reagem entre si (e mesmo solvente)
Neste caso de mistura de duas ou mais soluções de solutos diferentes que não reagem entre si,
tudo se passa como se estivesse ocorrendo uma diluição de cada solução.
Exemplo: misturando 1,0 L de solução NaCl molares 2,0 L de solução de KCl, para calcular a
concentração final do NaCl na mistura, tudo se passa como se tivéssemos adicionado 2 L de água à
mistura do NaCl. Do mesmo modo, para calcular a concentração do KCl na mistura, tudo se passa como
se tivéssemos adicionado 1,0 L de água à solução de KCl.
Observações:
1. Comumente se costuma pedir a concentração da solução resultante em relação aos íons. No exemplo
anterior teríamos (considerando o grau de dissociação dos sais igual a 100%):
2. O mesmo raciocínio visto para a molaridade vale para as outras unidades de concentração vistas até
aqui.
Neste caso o de mistura de soluções os solutos reagem entre si, por isso é necessário examinarmos
a estequiometria da reação. Observe os seguintes passos:
m1 n1
n= ou M = → n1 = M V
Mol1 V
III. Verifique se existe excesso de reagente, ou seja, verifique se os reagentes estão em proporções
estequiométricas ou não.
• Caso os reagentes estejam em proporções estequiométricas, os dois solutos reagirão integralmente
e não estarão mais presentes na solução resultante.
IV. Resolva a questão com o que foi aprendido sobre cálculo estequiométrico (em especial nos casos
onde existia reagente em excesso).
Observações:
Os casos mais comuns desse tipo de mistura de soluções são quando se misturam uma solução
de um ácido com uma base ou solução de um oxidante com solução de um redutor ou outras reações
envolvendo as funções inorgânicas.
5. Titulação
Figura: procedimento para a titulação de ácido com uma solução padronizada de NaOH. (a)
DILUIÇÃO E MISTURAS DE SOLUÇÕES concentração 1,5 % (m/v) e outra de 0,5 % (m/v). Calcule o
volume de cada solução que deverá ser utilizado para o
Exercícios de Aprendizagem preparo da solução desejada.
01. (Ita) Para preparar 80L de uma solução aquosa 12% 05. (Ufc ) Em um balão volumétrico, foram colocados 6 g de
(massa/massa) de KOH (massa específica da hidróxido de sódio impuro e água destilada até completar um
solução=1,10g/cm¤) foram adicionadas x litros de uma volume de 250 mL. Para a neutralização completa de 50 mL
solução aquosa 44% (massa/massa) de KOH (massa desta solução, foram necessários 60 mL de H‚SO„ 0,1
específica da solução=1,50g/cm¤) e y litros de água mol.L-¢. Sabendo que as impurezas existentes são inertes na
deionizada (massa específica=1,00g/cm¤). Os valores de x e presença de H‚SO„, o percentual de pureza do hidróxido de
de y são respectivamente: sódio utilizado é igual a:
a) 12L e 68L. a) 10
b) 16L e 64L. b) 20
c) 30L e 50L. c) 40
d) 36L e 44L. d) 60
e) 44L e 36L. e) 80
02. (Unicamp ) Um dos grandes problemas das navegações 06. (Pucrj) O vinagre utilizado como tempero nas
saladas contém ácido acético, um ácido monoprótico
do século XVI referia-se à limitação de água potável que era
muito fraco e de fórmula HC2H3O2. A completa
possível transportar numa embarcação. Imagine uma neutralização de uma amostra de 15,0 mL de vinagre
situação de emergência em que restaram apenas 300 litros (densidade igual a 1,02 g/mL) necessitou de 40,0 mL
(L) de água potável (considere-a completamente isenta de de solução aquosa de NaOH 0,220 mol/L. A partir
eletrólitos). A água do mar não é apropriada para o consumo dessas informações, pede-se:
devido à grande concentração de NaCØ(25g/L), porém o soro
a) o número de oxidação médio do carbono no ácido
fisiológico (10g NaCØ/L) é. Se os navegantes tivessem acético;
conhecimento da composição do soro fisiológico, poderiam b) a porcentagem em massa de ácido acético no
usar água potável para diluir água do mar de modo a obter o vinagre;
soro e assim teriam um volume maior de líquido para beber. c) o volume de KOH 0,100 mol/L que contém
quantidade de íons OH− equivalente ao encontrado
a) Que volume total de soro seria obtido com a diluição se nos 40,0 mL de solução aquosa de NaOH 0,220
todos os 300 litros de água potável fossem usados para este mol/L.
fim?
b) Considerando-se a presença de 50 pessoas na 07. (Ufc) O ácido oxálico é encontrado, em baixas
embarcação e admitindo-se uma distribuição equitativa do concentrações, em alguns vegetais importantes na
alimentação humana, tal como o espinafre. Apesar de ser
soro, quantos gramas de NaCØ teriam sido ingeridos por
uma substância tóxica, é bem tolerado pelo organismo
cada pessoa? humano em concentrações abaixo do limite de toxicidade. Os
c) Uma maneira que os navegadores usavam para obter sucos concentrados de espinafre, entretanto, podem conter
água potável adicional era recolher água de chuva. quantidades excessivas do ácido oxálico, que ultrapassem
Considerando-se que a água da chuva é originária, em tais limites. Por este motivo, a indústria de sucos de espinafre
grande parte, da água do mar, como se explica que ela exerce um controle rigoroso em seus produtos, analisando os
teores de ácido oxálico, através de titulação com o íon
possa ser usada como água potável?
permanganato, de acordo com a seguinte reação:
03. (Ufpe) A salinidade da água de um aquário para peixes 5H‚C‚O„ (aq) + 2MnO„ (aq) + 6H® (aq) ë 10CO‚ (g) +
marinhos expressa em concentração de NaCØ é 0,08M. Para 2Mn£® (aq) + 8H‚O (Ø)
corrigir essa salinidade, foram adicionados 2 litros de uma
solução 0,52M de NaCØ a 20 litros da água deste aquário. a) Represente a configuração eletrônica do manganês, tal
como se encontra nos reagentes e produtos.
Qual a concentração final de NaCØ multiplicada por 100?
b) Sabendo-se que uma amostra de 20 mL de suco de
espinafre reagiu completamente com 24mL de uma
04. (Ufg ) Um analista necessita de 100 mL de uma solução
aquosa de NaCØ 0,9 % (m/v). Como não dispõe do sal puro,
resolve misturar duas soluções de NaCØ(aq): uma de 08. (Pucrj) Um técnico de laboratório recebeu um frasco
com 300 cm3 de ácido clorídrico de molaridade de potássio de concentração 5,0g/L com 300 mililitros de
desconhecida, a fim de determiná-la. Para isso, retirou uma solução da mesma base com concentração 4,0g/L. A
alíquota de 10 mL do frasco original e transferiu para um concentração em g/L da solução final vale
balão volumétrico de 50 mL, o qual foi completado com água
a) 0,50
destilada. Após homogeneização, ele retirou 10 mL dessa
b) 1,1
solução e transferiu para um frasco Erlenmeyer. Essa solução
foi, em seguida, titulada com uma solução aquosa padrão de c) 2,2
hidróxido de sódio de molaridade exata igual a 0,500 mol L- d) 3,3
1
. Sabendo-se que, nessa titulação, foram consumidos 12 mL e) 4,4
da solução padrão de hidróxido de sódio:
a) escreva a reação química que ocorre no processo de 3. (Cesgranrio) Em laboratório, um aluno misturou 10 mL de
titulação do ácido clorídrico pelo hidróxido de sódio; uma solução de HCØ 2 M com 20 mL de uma solução X M
b) calcule a quantidade de hidróxido de sódio (em mol) do mesmo ácido em um balão volumétrico de 50 mL de
contida nos 12 mL de solução usada para a titulação do
capacidade. Em seguida, completou o volume do balão
ácido;
volumétrico com água destilada. Na total neutralização de 10
c) calcule a molaridade da solução de ácido clorídrico do
frasco original. mL da solução final obtida, foram consumidos 5 mL de
solução de NaOH 2 M. Assim, o valor de X é:
09. (Unifesp) Os dados do rótulo de um frasco de eletrólito a) 1,0 M
de bateria de automóvel informam que cada litro da solução b) 1,5 M
deve conter aproximadamente 390 g de H2SO4 puro. c) 2,0 M
Com a finalidade de verificar se a concentração de H2SO4 d) 2,5 M
atende às especificações, 4,00 mL desse produto foram e) 3,0 M
titulados com solução de NaOH 0,800 mol/L. Para consumir
Obs.: aconselho deixar essa questão entre as últimas que você vai
todo o ácido sulfúrico dessa amostra foram gastos 40,0 mL
da solução de NaOH. fazer. É considerada uma questão difícil e se não for organizando
as informações passo a passo como ensinei, fica muito difícil
(Dado: massa molar de H2SO4 = 98,0 g/mol)
acertar a questão.
a) Com base nos dados obtidos na titulação, discuta se a
especificação do rótulo é atendida.
4. (Enem 2013) A varfarina é um fármaco que diminui a
b) Escreva a fórmula e o nome oficial do produto que pode agregação plaquetária, e por isso é utilizada como
ser obtido pela evaporação total da água contida na solução anticoagulante, desde que esteja presente no plasma, com
resultante do processo de titulação efetuado. uma concentração superior a 1,0 mg/L. Entretanto,
concentrações plasmáticas superiores a 4,0 mg/L podem
10. Temos 500 mL de uma solução 0,6 mol/L de HCl. A essa desencadear hemorragias. As moléculas desse fármaco
solução são adicionados 10,6 g de carbonato de sódio ficam retidas no espaço intravascular e dissolvidas
(Na2CO3) puro. Determine a concentração, em g/L, da exclusivamente no plasma, que representa aproximadamente
solução resultante em relação ao HCl. 60% do sangue em volume. Em um medicamento, a
varfarina é administrada por via intravenosa na forma de
solução aquosa, com concentração de 3,0 mg/mL. Um
DILUIÇÃO E MISTURAS DE SOLUÇÕES indivíduo adulto, com volume sanguíneo total de 5,0 L, será
Exercícios de Fixação submetido a um tratamento com solução injetável desse
medicamento.
d) 5,6
e) 4,0
e) 1,0 10−1 21. (Enem PPL 2014) O álcool comercial (solução de etanol)
é vendido na concentração de 96%, em volume. Entretanto,
18. (Udesc) Considere a determinação da capacidade para que possa ser utilizado como desinfetante, deve-se usar
antiácida de um medicamento cujo princípio ativo é uma solução alcoólica na concentração de 70%, em volume.
carbonato de sódio, que pode ser feita pela reação com ácido Suponha que um hospital recebeu como doação um lote de
clorídrico. Um comprimido de 1,8656 g foi triturado e 1000 litros de álcool comercial a 96%, em volume, e
dissolvido em água, necessitando de 22,0mL de pretende trocá-lo por um lote de álcool desinfetante.
HC 0,4000molL−1 para ser completamente neutralizado. Para que a quantidade total de etanol seja a mesma nos dois
Assinale a alternativa que corresponde à porcentagem em lotes, o volume de álcool a 70% fornecido na troca deve
massa de carbonato de sódio no comprimido. ser mais próximo de
a) 12,50% a) 1042L.
b) 19,57% b) 1371L.
c) 25,00% c) 1428L.
d) 14,15% d) 1632L.
e) 50,00% e) 1700L.
19. (Unesp) Medicamentos, na forma de preparados 22. (Pucrj) Neutraliza-se 50 mL de solução aquosa de
injetáveis, devem ser soluções isotônicas com relação aos hidróxido de sódio 0,10 mol L−1 com 50 mL de solução
fluidos celulares. O soro fisiológico, por exemplo, apresenta aquosa de ácido clorídrico 0,10 mol L−1. Nessa reação, há
concentração de cloreto de sódio (NaCØ) de 0,9% em massa
formação de água. As espécies Na + e C −
são íons
(massa do soluto por massa da solução), com densidade igual
espectadores.
a 1,0 g.cm-¤.
a) Dada a massa molar de NaCØ, em g.mol-¢: 58,5, qual a NaOH(aq) + HC (aq) → H2O( ) + NaC (aq)
concentração, em mol.L-¢, do NaCØ no soro fisiológico?
Apresente seus cálculos. Admitindo como desprezível a expansão de volume como
b) Quantos litros de soro fisiológico podem ser preparados a resultado dessa reação, a concentração de C − , em
partir de 1 L de solução que contém 27 g.L-¢ de NaCØ (a
quantidade de matéria (mol L−1), na solução resultante é
concentração aproximada deste sal na água do mar)?
aproximadamente igual a:
Apresente seus cálculos.
a) 0,05
b) 0,10
c) 0,14
20. (Pucrj) A análise volumétrica em meio aquoso se baseia, d) 0,18
de maneira simplificada, na medição do volume de solução e) 0,20
padrão (concentração conhecida) que reage
estequiometricamente com uma espécie dissolvida em água, 23. (Fgv) O Brasil é um grande produtor e exportador de
com o ponto final da titulação podendo ser identificado com suco concentrado de laranja. O suco in natura é obtido a
o auxílio de um indicador que muda de cor no ponto final. partir de processo de prensagem da fruta que, após a
Na análise de cloretos numa amostra de água, 50,0 mL de separação de cascas e bagaços, possui 12% em massa de
amostra necessitaram de 20,00 mL de solução 0,1000 mol/L sólidos totais, solúveis e insolúveis. A preparação do suco
de nitrato de prata, usando cromato como indicador do ponto concentrado é feita por evaporação de água até que se atinja
final. o teor de sólidos totais de 48% em massa.
Quando uma tonelada de suco de laranja in natura é
Ag+(aq) + C −(aq) → AgC (s) colocada em um evaporador, a massa de água evaporada
para obtenção do suco concentrado é, em quilograma, igual
a
Com esses dados, a porcentagem massa por volume a) 125.
(g%mL) de C − (massa molar = 35,5 g/mol) na amostra é: b) 250.
a) 0,035 c) 380.
b) 0,710 d) 520.
c) 0,142 e) 750.
d) 0,213
e) 0,284 24. (Unesp) O soro fisiológico é uma das soluções mais
utilizadas na área de saúde. Consiste em uma solução aquosa
de cloreto de sódio NaC 0,9% em massa por volume, que
equivale à concentração 0,15 mol L−1. Dispondo de uma densidade do benzeno à temperatura dada é 0,87g.mL-¢.
Determine:
solução estoque de NaC 0,50 mol L−1, o volume
necessário dessa solução, em mL, para preparar 250 mL de a) a fração molar do benzeno e do naftaleno na solução
soro fisiológico será igual a
a) 15. b) a percentagem molar do benzeno e do naftaleno na
b) 100. solução.
c) 25. Dados: Massas molares (g/mol):
d) 75. C = 12,0; H = 1,0
e) 50.
HC 1,00 mol.L–1 é, em mol.L–1, de, em 100 gramas de polpa de fruta. O ácido cítrico é
aproximadamente, uma molécula orgânica que apresenta três
a) 0,1. hidrogênios ionizáveis (ácido triprótico) e massa
b) 0,3. −1
c) 0,5. molar 192 g mol . O quadro indica o valor mínimo
d) 0,6. desse parâmetro de qualidade para polpas comerciais
e) 1,2. de algumas frutas.
32. (Uepg) Sobre as diluições de soluções, assinale o que for Valor mínimo da acidez total
correto. Polpa de fruta expressa em ácido cítrico
01) Submetendo-se 3 litros de uma solução de H2SO4 1 (g 100 g)
mol/L à evaporação até um volume final de 400 mL, a
Acerola 0,8
concentração final será 1,2 mol/L.
02) 100 mL de solução de H2SO4 2 mol/L pode ser obtida a Caju 0,3
partir de 50 mL de H2SO4 4 mol/L acrescentando-se 50 mL Cupuaçu 1,5
de água. Graviola 0,6
04) 1 litro de solução de H2SO4 1 mol/L contém a mesma
massa (g) de ácido que 2 litros de solução de H2SO4 0,5 Maracujá 2,5
mol/L.
08) Diluindo-se 200 mL de uma solução de H2SO4 5 mol/L A acidez total expressa em ácido cítrico de uma
para 250 mL, obtém-se uma concentração final de 4 mol/L. amostra comercial de polpa de fruta foi determinada.
No procedimento, adicionou-se água destilada a 2,2 g
33. (cftmg) Um aluno distraído misturou 0,3 L de uma da amostra e, após a solubilização do ácido cítrico, o
solução de acido clorídrico 1mol L−1 com 0,1 L de sólido remanescente foi filtrado. A solução obtida foi
titulada com solução de hidróxido de sódio
HC 2mol L−1 . Ao perceber o erro, ele decidiu adicionar
água para reestabelecer a concentração de 1mol L−1 . O 0,01mol L−1, em que se consumiram 24 mL da
volume de H2O adicionado a mistura e, em mL, igual a solução básica (titulante).
a) 75.
b) 100. BRASIL. Ministério da Agricultura e do
c) 125. Abastecimento. Instrução normativa n. 1, de 7 de
d) 500. janeiro de 2000. Disponível em:
www.agricultura.gov.br. Acesso em: 9 mai. 2019
(adaptado).
34. (Enem PPL 2018) Sobre a diluição do ácido
sulfúrico em água, o químico e escritor Primo Levi
afirma que, “está escrito em todos os tratados, é Entre as listadas, a amostra analisada pode ser de
preciso operar às avessas, quer dizer, verter o ácido qual polpa de fruta?
na água e não o contrário, senão aquele líquido oleoso a) Apenas caju.
de aspecto tão inócuo está sujeito a iras furibundas: b) Apenas maracujá.
sabem-no até os meninos do ginásio”. c) Caju ou graviola.
d) Acerola ou cupuaçu.
(furibundo: adj. furioso) e) Cupuaçu ou graviola.
O alerta dado por Levi justifica-se porque a MÓDULO 03 – DILUIÇÃO E MISTURAS DAS
a) diluição do ácido libera muito calor.
b) mistura de água e ácido é explosiva. SOLUÇÕES
c) água provoca a neutralização do ácido.
d) mistura final de água e ácido separa-se em fases. GABARITOS E RESOLUÇÕES COMENTADAS
e) água inibe a liberação dos vapores provenientes do
ácido.
Resposta da questão 1: [E]
35. (Enem 2019) Um dos parâmetros de controle de Solução de NaCl
qualidade de polpas de frutas destinadas ao consumo V = 0,2 L
como bebida é a acidez total expressa em ácido M = 0,3 mol/L
cítrico, que corresponde à massa dessa substância
II) Cálculo do número de mols de Mg(OH)2 em 3,0 mL de IV) Cálculo do volume da solução inicial:
solução: Como já temos a massa da solução e a densidade da solução,
1 mol de Mg(OH)2 -------------- 58,3 g será possível calcular o volume da solução.
Y mol de Mg(OH)2 -----------------3,6 g d = 1,5 g/mL
Y = 6,17.10-2 mol de Mg(OH)2 1,5 g de solução ----------------- 1 mL de solução
25 g de solução -------------------W mL de solução
III) Cálculo do número de mols de HCl que neutraliza essa
W = 16,67 mL 17 mL de solução.
quantidade de base:
1 Mg(OH)2 + 2 HC ----> 1 MgCl2 + 2 H2O
Resposta da questão 13: [E]
1 mol 2 mols
Solução de KC
6,17.10-2 mol X mol
V = 0,1 L
X = 2 x 6,17.10-2 mol = 12,34.10-2 mol de HC M = 0,1 mol/L
IV) Calculo do volume da solução 0,16 mol/L de HC: 0,16 mol de Solução de MgCl2
HC -------------- 1 L de solução V = 0,1 L
0,1234 mol de HC -------------- Z L de solução M = 0,1 mol/L
Z = 0,772 L = 772 mL de solução
I) Cálculo do número de mos de cada soluto nas soluções
Observação: se o para o,12 mol de HC, teremos: iniciais:
Aproximadamente 750 mL de solução 0,1 mol de KC -------------- 1 L de solução
0,16 mol de HC -------------- 1 L de solução X mol de KC -------------- 0,1 L de solução
0,12 mol de HC -------------- Z L de solução X = 0,01 mol de KC
Z = 0,750 L = 750 mL de solução
0,1 mol de MgC2 -------------- 1 L de solução
X mol de MgC2 -------------- 0,1 L de solução
Resposta da questão 11: [D]
X = 0,01 mol de MgC2
Resposta da questão 12: [C] II) Cálculo da molaridade de cada sal na solução final:
No estoque do laboratório, há uma solução concentrada de HNO3 Obs.: Na mistura de soluções de solutos diferentes que não
a 63% m m, com uma densidade aproximadamente igual a regam entre si, o número de mols de cada soluto na solução
1,5 g mL−1 . final é igual ao número de mols de cada soluto na solução final,
pois os sais são diferentes e não reagem entre sí, porém o
Massa molar do HNO3 = 63 g/mol
volume final da solução é maior: 0,1 L + 0,1 L = 0,2 L de
A solução desejada (solução final) apresenta as seguintes
solução.
características:
n 0,01 mol
M = 0,5mol/L; V = 0,5 L; MKCl = 1 = = 0,05 mol / L de KCl
Vr 0,2 L
I) Cálculo do número de mols de HNO3 na solução final: M = n1 0,01 mol
0,5mol/L; V = 0,5 L; MMgCl2 = = = 0,05 mol / L de MgCl2
Vr 0,2 L
0,5 mol de HNO3 -------------- 1 L de solução III) Cálculo da concentração em molL de cada íon na soluçaõ
X mol de HNO3 -------------- 0,5 L de solução resultante:
X = 0,25 mol de HNO3 1 KCl(aq) → 1 K +(aq) -
+ 1 Cl(aq)
II) Cálculo da massa de HNO3 na solução final:: 0,05 mol/L 0,05 mol/L 0,05 mol/L
1 mol de HNO3 -------------- 63 g
0,25 mol de HC-----------------Y g 1 MgCl2(aq) → 1 Mg(aq)
2+ -
+ 2 Cl(aq)
Y = 15,75 g de HNO3 0,05 mol/L 0,05 mol/L 2 x 0,05 mol/L
Obs.: em uma diluição a quantidade de soluto não muda, assim
0,10 mol/L
essa massa de soluto encontrada para a solução final é a mesma
[K+]= 0,05 mol/L]
para a solução inicial.
[Mg2+] = 0,05 mol/L
III) Cálculo da massa da solução inicial a partir do título em massa [C−] = 0,05 mol/L+ 0,10 mol/L = 0,154 mol/L
e da massa do soluto:
T% = 63% m/m Observe que o íon Cl- é um íon-comum em relação aos dois sais.
63 g de HNO3 -------------- 100 g de solução
15,75 g de HNO3 -------------- Z g de solução Resposta da questão 14: [B]
Z = 25 g de solução Resposta da questão 15: [C]
Resposta da questão 16: [B]
Dados:
I) Cálculo do número de mols de Li2CO3: Mg(OH)2
0,2 mol de Li2CO3 ------ 1 L de solução V = 10 mL = 10.10−3 L
X mol de Li2CO3 ------- 0,1 L de solução M=?
X = 0,02 mol de Li2CO3 HC
V = 12,5 mL = 12,5.10−3 L
II) Cálculo do número de mols de LiOH formado a partir de 0,02 M = 0,5 mol/L
mol de Li2CO3:
Li2 CO 3 + Ca(OH)2 → CaCO 3 + 2 LiOH I) Cálculo do número de mols de HC:
0,5 mol de HC ------ 1 L
1 mol 2 mols
X mol de HC ------- 12,5.10-3 L
0,02 mol X mol
X = 6,25.10−3 mol de HC
X = 0,04 mol de LiOH
II) Cálculo do número de mols de Mg(OH)2 que reagiu com
III) Cálculo da massa de LiOH : o HC:
M1 LiOH = 24,0 g/mol Mg ( OH )2 + 2HC → MgC 2 + 2H2O
1 mol de LiOH ------------------ 24,0 g 1 mol 2 mols
0,04 mol de LiOH --------- Y g Y mol 6,25.10-3 mol
Z = 0,96 g de LiOH
Y = 3,125.10-3 mol de HC
Resposta da questão 27: III) Cálculo da concentração em mol/L deMg(OH)2 :
Dados: n 3,125.10−3 mol
M= 1 =
m1 = 16,7 g de C10H8 (naftaleno) V 10.10−3 L
M1 = 128 g/mol (C10H8) M = 0,3125 mol/L de Mg(OH)2
M2 = 78 g/mol (C6H6): benzeno
I) Cálculo da massa de benzeno (C6H6): Resposta da questão 29:
A partir da densidade e do volume é possível calcular a massa Dados:
de benzeno. NH3
d2= 0,87 g/mL V= 5,0 mL = 5,0.10-3 L
V2= 200 mL
HC
0,87 g de benzeno ------------- 1 mL V = 31,2 mL = 31,2.10-3 L
X g de benzeno ----------------- 200 mL M = 1,0 mol/L
X = 174 g de benzeno
a) a)
II) Cálculo do número de mols de soluto e de solvente na solução: I) Cálculo do número de mols de HC:
m1 16,7g 1,0 mol de HC ------ 1 L
n1 = = = 0,13 mol de C 10 H8
M1 128g / mol X mol de HC ------- 31,2.10-3 L
m2 174g
X = 31,2.10-3 mol de HC
n2 = = = 2,23 mol de C 6 H6 II) Cálculo do número de mols de NH3 que reagiu com o
M2 78g / mol
HC:
III) Cálculo da fração molar do soluto e do solvente na
NH3 + HC → NH4 C
solução:
n1
1 mol 1 mol
0,13 0,13
X1 = = = = 0,06
n1 + n2 0,13 + 2,23 2,36 Xmol 31,2.10 −3 mol
n2 2,23 2,23 X = 31,2.10 −3 mol de NH3
X2 = = = = 0,94
n1 + n2 0,13 + 2,23 2,36
III) Cálculo da concentração em mol/L de NH3 :
Assim temos:
n1 31,2.10−3 mol
X1 (C6H6) = 0,94
M= =
V 5.10−3 L
X2 (C10H8) = 0,06 M = 6,24 mol/L
b) X1%(C6H6) = 94,00%
b)
X2%(C10H8) = 6,00%
d = 1g/mL
M = 6,24 mol/L
Resposta da questão 28: [B]
T%=?
M1 = 17 g/mol 0,025
X= = 0,020 L = 20,0 mL
M.M1 = 1000.d.T 0,125
6,24.17 = 1000.1.T 20 mL da solução de NaOH
106,8 Resposta da questão 31: [B]
T= = 0,1068 Dados:
1000
T% = 10,68% Mg(OH)2
O título percentual em massa é de aproximadamente 10,6 % V = 20 mL = 20.10−3 L
Resposta da questão 30: M=?
Dados: HC
m1= 5,90 g de ácido butanodióico V = 12,5 mL = 12,5.10−3 L
M1 = 118g/mol M = 1,0 mol/L
V= 1000 mL = 1L
Solução titulada: V = 25 mL = 25.10-3L I) Cálculo do número de mols de HC:
1,0 mol de HC ------ 1 L
NaOH
V=? X mol de HC ------- 12,5.10−3 L
M = 0,125 mol/L X = 12,5.10−3 mol de HC
a) II) Cálculo do número de mols de Mg(OH)2 que reagiu com o HCl:
I) Cálculo do número de mols de Ác. Butanodióico: Mg ( OH )2 + 2HC → MgC 2 + 2H2O
m1 5,9 g 1 mol 2 mols
n1 = = = 0,05 mol
M1 118g / mol
Y mol 12,5.10-3 mol
II) Cálculo da concentração em mol/L da solução de Ác. Y = 6,25.10-3 mol de HC
Butanodióico:
n 0,05 mol III) Cálculo da concentração em mol/L deMg(OH)2 :
M= 1 = = 0,05 mol / L
V 1,0 L n1 6,25.10−3 mol
b) M= =
V 20.10−3 L
neutralização parcial do ácido:
M = 0,3125 mol de Mg(OH)2
O O O O
C CH2 CH2 C + NaOH C CH2 CH2 C + H2O
HO OH HO O-Na Resposta da questão 32: 02 + 04 + 08 = 14.
01) Falso
neutralização total do ácido: V = 3,0 L
O O O O M = 1 mol/L
C CH2 CH2 C +
2 NaOH C CH2 CH2 C + 2 H2O Após à evaporação:
HO OH +- - +
Na O O Na V = 0,4 L
c) M =?
I) Cálculo do número de mol de Ác. Butanodióico em 25 mL da Em uma evaporação, como em uma diluição à quantidade do
solução que foi titulada: soluto não se altera.
M = 0,05 mol/L [H2SO4 ]inicial Vinicial = [H2SO4 ]final Vfinal
0,05 mol de ácido ------ 1 L de solução 1 3 = [H2SO4 ]final 0,4
X mol de ácido ------- 25,0.10-3 L [H2SO4 ]final = 7,5 mol / L
X = 1,25.10−3 mol de Ác. Butanodióico
02) Verdadeiro
II) Cálculo do número de mols da base que reagiu com o ácido:
V = 50 mL
1 mol de ác. butanodióico ----------- 2 mols de NaOH
M = 4 mol/L
1,25.10−3 mol de ác. butanodióico ----------- X mols de NaOH
Após à diluição (acréscimo de 50 mL de água):
X = 2,5.10−3 de NaOH = 0,025 mol de NaOH V = 100 mL
M =?
III) Cálculo do volume da solução de NaOH: [H2 SO 4 ]inicial Vinicial = [H2 SO 4 ]final Vfinal
M = 0,125 mol/L
4 50 = [H2 SO 4 ]final 100
0,125 mol de NaOH ------ 1 L de solução
0,025 mol de NaOH ------- XL de solução [H2 SO 4 ]final = 2 mol / L
04) Verdadeiro
1 litro de solução de H2SO4 1 mol/L contém a mesma massa M(início) Volume(início) = M(final) Volume(final)
(g) de ácido que 2 litros de solução de H2SO4 0,5 mol/L.
1,25 0,4 = 1,0 Volume(final)
1L 1 mol = 98 g (H2SO 4 )
Volume(final) = 0,5 L = 500 mL
e
1L 0,5 mol Volume de água adicionado: 500 mL – 400 mL = 100 mL
2L 2 0,5 mol = 1mol Resposta da questão 34: [A]
1 mol = 98 g (H2SO 4 )
O alerta dado por Levi justifica-se porque a diluição
08) Verdadeiro do ácido libera muito calor, ou seja, é exotérmica e
pode causar a formação de “bolhas” de vapor.
V = 200 mL = 0,2 L
M = 5 mol/L Resposta da questão 35: [C]
Após à diluição (acréscimo de 50 mL de água):
V = 250 mL = 0,25 L
Mácido cítrico = 192 g mol−1
M =?
m (amostra comercial) = 2,2 g
[H2 SO 4 ]inicial Vinicial = [H2 SO 4 ]final Vfinal
5 0,2 = [H2 SO 4 ]final 0,25 NaOH = 0,01 mol L−1 (reage com o ácido cítrico
[H2 SO 4 ]final = 4 mol / L presente na polpa)
V = 24 mL = 24 10−3 L (volume da solução básica;
Resposta da questão 33: [B] titulante)
HC
V = 0,3 L nNaOH
M = 1 mol/L NaOH =
V
HC nNaOH = NaOH V
V = 0,1 L
M = 2 mol/L nNaOH = 0,01mol L−1 24 10 −3 L
I) Cálculo do número de mols de HCl em cada solução: nNaOH = 2,4 10−4 mol
1 mol 1L
X mol 0,3 L 1 molécula de ácido cítrico (que reage com NaOH)
X = 0,3 mol de HC tem 3 hidrogênios ionizáveis (trióptico), logo reage
2 mol 1L com os 3 mol desta base (3 mol de H+ : 3 mol de
Y mol 0,1 L NaOH).
Y = 0,2 mol de HC
nácido cítrico 2,4 10−4 mol NaOH
II) Cálculo da concentração em mol/L da solução resultante:
n(HC ) = 0,3 + 0,2 = 0,5 mol 1mol 2,4 10−4 mol
nácido cítrico =
Volume total da solução resultante: 0,4 L (0,3 + 0,1): 3 mol
Concentração Molar =
0,5 mol
= 1,25 mol / L nácido cítrico = 8 10−5 mol
0,4 L
mácido cítrico
III) Cálculo do volume de água adicionada na diluição: nácido cítrico =
Solução originada após a mistura de soluções de HCl Mácido cítrico
V = 0,4 L mácido cítrico
M = 1,25 mol/L 8 10−5 mol = mácido cítrico = 8 10−5 mol 192 g
192 g mol−1
Solução desejada após a diluição:
HC mácido cítrico = 1,536 10−2 g (massa de ácido
V=? encontrada em 2,2 g de polpa)
M = 1 mol/L
Ao encontrarmos o volume final da solução será possível Cálculo para 100 g de polpa:
calcularf o volme de água adicionado.
1. Introdução
Sob a pressão normal de 1 atm a água pura congela a 0ºC e ferve a 100ºC. No entanto ao dissolvermos, por exemplo,
sal de cozinha em água ela passará a congelar abaixo de 0ºC e a ferver acima de 100ºC, sob pressão de 1 atm.
O mesmo fenômeno pode ser observado com outros solventes e com outros solutos, desde que tais solutos não sejam
voláteis.
Concluímos que a adição de um soluto não-volátil provoca alteração nas propriedades físicas do solvente, sendo que tais
alterações não dependem da natureza do soluto, mas de sua concentração.
Propriedades coligativas das soluções são propriedades que dependem apenas da concentração (número de
partículas, das partículas dispersas na solução, independentemente da natureza dessas partículas).
As principais propriedades coligativas das soluções são as que seguem:
• Diminuição (ou abaixamento) da pressão máxima de vapor do solvente (Tonoscopia ou Tonometria).
• Aumento (ou elevação) da temperatura de ebulição do solvente (Ebulioscopia ou Ebuliometria).
• Diminuição ou abaixamento da temperatura de congelação do solvente (Crioscopia ou Criometria).
• Aumento da Pressão Osmótica do solvente (Osmoscopia ou Osmometria).
Observação:
Algumas vezes veremos a expressão “ponto de ebulição da solução”, no entanto é o solvente que sofre essas mudanças
de fase, ou seja, é o solvente que evapora, ou congela etc.
Soluções ideais são soluções diluídas, constituídas de solutos não-voláteis, onde não há variação de volume e nem troca
de calor durante a dissolução do soluto no solvente e onde as partículas do soluto não chegam a interferir umas sobre as outras.
As soluções reais são soluções que não seguem as exigências das soluções ideais e por isso possuem um
comportamento consideravelmente diferente do comportamento das soluções ideais frente aos fenômenos que estudaremos a
seguir.
Ex.: Se dissolvermos 180 g de glicose C6H12O6 (M1 = 180 g/mol) em água, facilmente descobrimos que
existem 1 mol de moléculas = 6,02 . 1023 moléculas de glicose dissolvidas (6,02 . 1023 partículas dissolvidas).
• Antes de estudarmos o efeito tonoscópico, vamos definir pressão máxima de vapor de um líquido e estudar alguns tópicos
relacionados com a mesma.
Ao elevarmos o êmbolo, criaremos um espaço vazio e o líquido começará a vaporizar-se, pois algumas moléculas do
líquido contêm energia cinética suficiente para vencerem as forças de atração intermoleculares e assim conseguem escapar da
fase líquida.
Figura A: inicialmente temos apenas a evaporação do líquido, pois não existiam moléculas do líquido no estado de vapor.
Figura B: enquanto a evaporação continua, começa a ocorrer também a condensação de uma parte do vapor, provocada
pelo choque entre moléculas do gás entre si e contra as paredes do recipiente.
Figura C: A partir de um certo instante o nº- de partículas que evaporam é igual ao número de partículas que se
condensam e o sistema atinge um equilíbrio dinâmico. A partir desse instante tudo se passa como se a evaporação tivesse
parado, no entanto continua ocorrendo evaporação e condensação, porém com igual intensidade (velocidade).
Assim podemos definir pressão máxima de vapor de um líquido como sendo a pressão que o vapor exerce quando
está em equilíbrio dinâmico com o líquido.
Ex.: A pressão de vapor da água, a 25ºC é igual a 23,8 mmHg.
H2 O ( ) H2 O ( V ) 25ºC
Observação:
Os sólidos também apresentam pressões de vapor que, em geral, são menores que as pressões de vapor dos líquidos.
Figura I: ilustração da pressão de vapor em equilíbrio do etanol líquido. Em (a) supomos que não existem
moléculas na fase gasosa; existe uma pressão zero na célula. Em (b) a velocidade na qual as moléculas
deixam a fase gasosa é igual à velocidade na qual as moléculas de gás passam para a fase líquida. Essas
velocidades iguais produzem uma pressão de vapor estável que não varia desde que a temperatura
permaneça constante.
Observe o gráfico abaixo que mostra uma curva típica da relação entre pressão de vapor e temperatura.
Concluímos que, a 20ºC, a substância bromo é mais volátil, ou seja, evapora mais facilmente que a água.
A evaporação depende da superfície de contato entre o líquido e a fase gasosa, ou seja, quanto maior for a superfície de
contato, mais intensa será a evaporação. É por isso que ao colocarmos uma peça de roupa no varal a colocamos aberta, e não
dobrada.
A ebulição consiste em uma vaporização rápida, tumultuada e que ocorre em toda a extensão do líquido, e não apenas
na sua superfície. Esse tipo de vaporização apresenta a formação de bolhas, isto é, de porções de vapor cercadas por uma
película do líquido.
As bolhas são formadas pela própria substância que passou do estado líquido para o estado de gás (ou vapor). Essas
bolhas só são capazes de se formar se a pressão de seu vapor for igual ou maior que a pressão externa, que é constituída pela
pressão atmosférica mais a pressão da massa líquida, que é comumente desprezível.
Assim concluímos:
Um líquido entra em ebulição quando a sua pressão de vapor iguala-se à pressão atmosférica.
Exemplo: Ao nível do mar, onde a pressão atmosférica vale 760 mmHg ou 1 atm, a água ferve a 100ºC. Isso quer dizer
que a 100ºC a pressão de vapor da água é igual a 760 mmHg
(1 atm).
O gráfico e a tabela abaixo mostram a variação da pressão de vapor da água com a temperatura.
TEMPERATURA PRESSÃO
(ºC) mmHg
–10 2,149
0 4,579
10 9,209
20 17,535
30 31,824
40 55,324
50 92,510
60 149,380
70 233,700
80 355,100
90 525,760
100 760,000
110 1074,600
120 1489,100
Se variarmos a pressão externa a que o líquido está sujeito, estaremos variando seu ponto de ebulição. Assim, no alto
de uma montanha, onde a pressão atmosférica é menor que 1 atm, a água ferve abaixo de 100ºC, enquanto que em uma panela
de pressão, onde a pressão atmosférica é superior a
1 atm, a água pode ferver acima de 100ºC. Por exemplo, sob uma pressão de 4,579 mmHg a água entra em ebulição a zero
graus celsius.
Observação:
Considerando diversos líquidos, aquele que tiver maior pressão de vapor será o líquido mais volátil e terá, portanto, menor
ponto de ebulição em relação aos demais, isto é, necessitará de menos energia para igualar sua pressão de vapor à pressão
externa local.
Observação: A temperatura na qual um líquido ferve, sob pressão de 1 atm (760 mmHg), é chamada de temperatura
de ebulição normal ou ponto de ebulição normal.
Conclusão:
A pressão de vapor de uma solução é sempre menor que a do respectivo solvente puro. Essa propriedade é denominada
Tonoscopia.
Onde:
P0 = pressão de vapor do solvente puro na temperatura t.
P = pressão de vapor do solvente na solução na temperatura t.
P = abaixamento absoluto da pressão de vapor do solvente.
P = P0 – P
Observação:
P
é o abaixamento relativo da pressão de vapor do solvente em relação ao solvente puro. Esse é o efeito Tonoscópico.
P0
A pressão máxima de vapor de uma solução diluída de soluto não-volátil e não-iônico, é igual ao produto da pressão
máxima de vapor do solvente puro (P0) pela fração molar do solvente, (X2) na solução.
Matematicamente temos: P = P0 X 2
Onde:
P = pressão máxima de vapor da solução,
P0 = pressão máxima de vapor no solvente puro.
X2 = fração molar do solvente na solução.
A partir da expressão anterior podemos deduzir que o abaixamento relativo da pressão de vapor (P/P0), ou seja, o efeito
tonoscópico, é igual à fração molar do soluto.
P = P0 X 2 P = P0 (1 − X 1 )
P = P0 − P0 X 1
X 1 P0 = P0 − P
X 1 P0 = P
P P −P
= X 1 ou 0 = X1
P0 P0
Numa solução diluída de um soluto não-volátil e não-iônico, o abaixamento relativo da pressão máxima de vapor é igual
à fração molar do soluto.
Observação:
P
Constata-se que o abaixamento relativo da pressão de vapor não varia com a temperatura.
P0
Enquanto a pressão de vapor da solução (P), a pressão de vapor do solvente puro (P 0) e consequentemente o próprio
P(P0 - P) variam com a temperatura. Essa lei é conhecida como a Lei de Babo.
P0 − P n1
= X1 X1 =
P0 n1 + n 2
Então:
m1
P0 − P n1 M1 m1 M 2
= = =
P0 n 2 m 2 M1 m 2
M2
P0 − P m1 M 2 1000 P0 − P 1000m1 M 2
−
=
P0 M1 m 2 1000 P0 M1 m 2 1000
W Kt
P0 − P P
= Kt W ou = Kt W
P0 P0
Kt é a constante tonométrica molal do solvente, e só depende do tipo de solvente (não depende do soluto).
M2
Kt =
1000
Numa solução bastante diluída de um soluto qualquer, não-volátil e não iônico, o abaixamento relativo da pressão máxima
de vapor é diretamente proporcional à molalidade da solução.
Observação :
Em uma solução 1 molal temos:
P P
= Kt W = Kt
P0 P0
M2 18
Kt = = = 0,018
1000 1000
Observação :
Outros valores da constante tonoscópica de algumas substâncias:
• Evaporação: é a passagem lenta do estado líquido para o estado de vapor. Só ocorre na superfície do líquido.
• Ebulição: é a passagem rápida e tumultuada do estado líquido para o estado de vapor ocorre em toda a extensão do líquido.
• Calefação: é a passagem instantânea do estado líquido para o estado de vapor.
Um líquido entra em ebulição quando a pressão máxima de seus valores (P0) torna-se igual à pressão externa (pressão
ambiente).
A água ao nível do mar (P = 1 atm = 760 mmHg) ferve a 100ºC. Essa temperatura é chamada de temperatura de ebulição
normal.
Em altitudes maiores a pressão atmosférica é menor que 1 atm, e observa-se que a água ferve numa temperatura menor.
Já em altas pressões (pressão maior que 1 atm) a água ferve numa temperatura maior que 100ºC.
Observação:
Observe os valores das pressões de vapor de algumas substâncias à 20ºC.
• da água = 17,5 mmHg
• do álcool = 44,3 mmHg
• do éter = 439,8 mmHg
Observação:
Observe os valores dos P.E. de algumas substâncias a
1 atm (ou 760 mmHg).
• da água = 100ºC
• do álcool = 78,5ºC
• do éter = 34,5ºC
t E = K E W ou t − t 0 = K E W
Onde KE é a constante de proporcionalidade, chamada constante ebuliométrica e depende só do solvente e não do soluto.
A constante ebuliométrica molal (KE) pode ser calculada pela fórmula:
R T2
KE =
1000 L V
t E = K E 1 t E = K E
Assim considerando o gráfico abaixo e considerando uma solução 1 molal de clorofórmio, o ponto de ebulição dessa
solução é igual a:
t E = K E t − t 0 = K E
t − 61,2 = 3,63 t = 61,2 + 3,63 t = 64,83º C
Solvente PE normal KE
água 100,0ºC 0,51ºC
Observação:
Relação entre o efeito ebuliométrico e tonoscópico.
P
O efeito ebuliométrico (t 1 ) e o tonoscópico são diretamente proporcionais, ou seja, quanto maior for o
P0
abaixamento da pressão máxima de vapor da solução (tonoscopia), maior será também a elevação de sua temperatura de
ebulição.
O ponto A corresponde ao ponto onde a pressão de vapor do sólido é igual a pressão de vapor do líquido, ou seja, nesse
ponto a fase sólida está em equilíbrio com a fase líquida.
A temperatura do ponto A corresponde ao ponto de fusão (P.F.) e ao ponto de congelação (tC) da substância pura na
respectiva pressão. A adição de um soluto não-volátil diminui a pressão de vapor do solvente, ocasionando uma diminuição do
ponto de congelação do solvente. Esse abaixamento do ponto de congelação de um solvente provocado pela adição de um
soluto não-volátil é chamado de efeito crioscópico.
Observe o gráfico seguinte onde estão assinaladas as curvas da pressão de vapor de um solvente puro e de uma solução
formada por esse solvente e um soluto não volátil.
Observação:
Abaixamento da temperatura de congelação da solução (tc) é a diferença entre a temperatura de congelação do solvente
puro (t0) e a temperatura de início de congelação do solvente na solução (t).
tc é o efeito crioscópico ou criométrico e é calculado pela expressão:
t C = t C0 − t C
Lei de Raoult
Numa solução diluída de um soluto qualquer não-iônico, o abaixamento da temperatura de congelação é diretamente
proporcional à molalidade da solução.
t C = K C W ou t º C − t C = K C W
KC = constante crioscópica molal
Observação:
Quando a solução é 1 molal (W = 1) temos:
t C = K C W t C = K C
Assim KC representa o abaixamento da temperatura de congelação que ocorre numa solução 1 molal. KC só depende do
solvente, e não do soluto.
A constante criométrica molal (KC) pode ser calculada pela expressão:
R T2
KC =
1000 L f
Onde:
cal
R = constante universal dos gases perfeitos 2
K MOL
T = temperatura absoluta de congelação do solvente puro (K).
Lf = calor latente de fusão do solvente puro (cal/g).
SOLVENTE KC (ºC/MOLAL)
Água 1,86
Benzeno 5,12
Álcool etílico 1,99
Tetracloreto de carbono 31,8
Obs.1: Em uma solução diluída de água e sal comum, que está sendo resfriada, as primeiras porções de gelo que se
formam são de gelo puro, ou seja, sem sal. Por esse motivo quando se inicia o congelamento de uma solução, como o solvente
puro congela primeiro, a solução vai ficando cada vez mais concentrada, de modo que a temperatura de congelação da solução
(t) vai diminuindo gradativamente. Por isso a temperatura de congelação da solução é medida no início da congelação da
solução.
Obs. 2: Pelo motivo exposto acima o gelo formado a partir da água do mar não é salgado.
Resumo
Comparando as leis determinadas na tonometria, na ebuliometria e na criometria, perceberemos uma grande semelhança
entre elas:
P M
Na tonometria: = Kt W ; Kt = 2
P0 1000
R T2
Na ebuliometria: t e = K e W ; K e =
1000 L V
R T2
Na criometria: t C = K C W ; K C =
1000 L f
O equilíbrio entre um líquido e seu vapor não está apenas no equilíbrio dinâmico que pode existir
entre os estados da matéria. Sob condições apropriadas de temperatura e pressão, um sólido pode ter
equilíbrio com o estado líquido e até mesmo com o gasoso. O diagrama de fase é um gráfico que resume
as condições de equilíbrio existentes entre os diferentes estados da matéria, além de permitir determinar
a fase de uma substância estável em qualquer temperatura e pressão.
A forma geral de um diagrama de fase para uma substância que exibe três fases é mostrada na Figura
11.26. O diagrama é um gráfico bidimensional, com pressão e temperatura como eixos. Ele contém três
importantes curvas, cada qual representando as condições de temperatura e pressão em que as várias
fases podem coexistir em equilíbrio. A mica substância presente no sistema é aquela cujo diagrama de
fase é examinado. A pressão mostrada no diagrama é a aplicada ao sistema ou gerada pela própria
substância. As curvas podem ser descritas da seguinte maneira:
1. A linha que vai de A a B é a curva de pressão de vapor do líquido. Ela representa o equilíbrio
entre as fases líquida e gasosa. O ponto nessa curva onde a pressão de vapor equivale a 1 atm é o ponto
de ebulição normal da substância. A curva de pressão de vapor termina no ponto crítico (B), que equivale
à temperatura e à pressão críticas da substância. Para frente do ponto crítico, as fases gasosa e líquida
se tornam indistinguíveis.
2. A linha AC representa a variação na pressão de vapor do sólido à medida que este se purifica
em diferentes temperaturas.
3. A linha que vai de A a D representa a mudança no ponto de fusão do
sólido com aumento de temperatura. Em geral, essa linha declina lentamente para a direita
conforme a pressão aumenta. Isso porque, para a maioria das substâncias, o sólido é mais denso que o
líquido. Um aumento na pressão geralmente favorece a fase sólida mais compacta; assim, temperaturas
mais altas são necessárias para a fusão do sólido a pressões mais elevadas. O ponto de fusão de uma
substância é idêntico a seu ponto de congelamento. Esses dois pontos diferem somente na direção. O
ponto de fusão em 1 atm é o ponto de fusão normal.
O ponto A, onde as três curvas se encontram, é conhecido como ponto triplo. As três fases estão
em equilíbrio nessa temperatura e pressão. Qualquer outro ponto nessas três curvas representa um
equilíbrio entre duas fases. E qualquer outro ponto no diagrama que não encontre uma linha corresponde
a condições sob as quais uma única fase está presente. A fase gasosa, por exemplo, é estável a baixas
pressões e elevadas temperaturas, ao passo que a fase sólida é estável a baixas temperaturas e elevadas
pressões. Já a fase líquida á estável na região situada entre as fases sólida e gasosa.
vapor deve estar abaixo de 4,59 torr. Os alimentos são congelados secos quando são colocados
congelados em uma câmara de baixa pressão (abaixo de 4,58 torr) de forma que o gelo nos alimentos
sublime.
6. Osmose (osmometria)
Quando colocamos hemáceas em água pura, percebemos, utilizando o microscópio, que as mesmas vão inchando
(turgescência), podendo chegar a arrebentar (hemólise). Isso ocorre porque a água atravessa a membrana da hemácea
penetrando na célula, mais rapidamente que os líquidos celulares conseguem sair. Por outro lado, ao colocarmos hemáceas em
água salgada, com alta concentração de sal, elas tendem a murchar (crenação). Isso ocorre porque os líquidos celulares saem
mais rapidamente do que a água consegue entrar.
Esses fenômenos são explicados pela osmometria.
Consideremos um recipiente dividido em dois compartimentos, A e B, por uma membrana semipermeável (MS).
I) Ao colocarmos solvente puro em A e solução do soluto não-volátil no mesmo solvente em B ocorre passagem do solvente
através da membrana semipermeável (MS) do compartimento A em direção ao compartimento B. Isso ocorre devido a maior
pressão de vapor do solvente puro em relação à solução do soluto não-volátil, na tentativa de igualarem-se as pressões de
vapor de ambos os lados da MS.
II) Ao colocarmos uma solução diluída em A e uma solução concentrada do mesmo soluto e do mesmo solvente em B, também
ocorre passagem do solvente através da membrana semipermeável do compartimento A em direção ao compartimento B,
devido à maior pressão de vapor da solução diluída em relação à solução concentrada.
A passagem de solvente através de membranas semipermeáveis é chamada de osmose, palavra que vem do grego
osmos e significa impulso.
Observe as definições:
Membrana semipermeável é a membrana que permite apenas a passagem do solvente, ou seja, impede a passagem
do soluto.
É possível impedir a osmose, ou seja, impedir a passagem do solvente através da membrana semi-permeável, aplicando-
se uma pressão externa conveniente sobre a solução no sentido inverso ao da osmose, e de intensidade mínima igual à pressão
que o solvente faz atravessar a membrana semipermeável.
A essa pressão mínima, capaz de impedir a osmose damos o nome de pressão osmótica (p).
Pressão Osmótica de uma solução é a pressão mínima que deve ser aplicada sobre ela para impedir a passagem do
solvente puro para a solução, quando ambos estiverem separados por uma membrana semipermeável.
Se a pressão externa exercida for maior que a pressão osmótica da solução, o fenômeno normal se inverterá, ou seja, o
solvente passará da solução para o lado do solvente puro. Esse fenômeno é
Primeira lei da osmometria: em temperatura constante, a pressão osmótica é diretamente proporcional a molaridade da
solução.
Matematicamente:
n1
= K M ou = K
V
Segunda lei da osmometria: em molaridade constante, a pressão osmótica é diretamente proporcional a temperatura
da solução.
Matematicamente:
= KT
Experiências posteriores levaram a concluir que a equação fundamental da osmometria é idêntica à equação dos gases
perfeitos:
m1
V = n1 R T ou V = R T
M1
n1
ou = R T ou = M R T
V
Onde:
= pressão osmótica da solução (atm)
V = volume da solução (L)
n1 = nº de mol do soluto
R = constante universal dos gases perfeitos
atm L
R = 0,082
K mol
Ex.: Consideremos 100 moléculas de H2SO4 com grau de ionização a = 61% ou a = 0,61 a 18ºC.
* 61 moléculas se ionizam
+
originando 122 íons H 3 O e
2-
100 moléculas de H2SO4 61 íons SO 4
* 39 moléculas de H 2 SO 4
permanecem na forma
não - ionizada.
Total de partículas:
( ) ( )
122H3O + + 61SO24− + (39H2SO 4 ) = 222 partículas
Assim concluímos que a ionização ou dissociação do soluto aumenta o número de partículas na solução, aumentando
assim o efeito coligativo. Ou seja, uma solução iônica sempre tem efeitos coligativos mais intensos que uma solução molecular
de mesma molaridade.
Observe a comparação:
No exemplo anterior concluimos que as propriedades coligativas da solução iônica correspondem numericamente ao
dobro do valor da solução covalente, já que as propriedades coligativas dependem apenas do número de partículas de soluto, e
não da sua natureza.
P2 P
iônica = 2 2 molecular (tonoscopia)
P2 P2
Assim Van’t Hoff propôs a criação de um fator de correção (i), que passou a ser chamado de fator de Van’t Hoff.
O fator de Van’t Hoff (i) é o número que mostra quantas vezes o efeito coligativo iônico é maior que o efeito coligativo
molecular para soluções de mesma molaridade.
Concluímos assim que o fator de Van’t Hoff traduz, também, o aumento do número de partículas causado pela
dissociação:
i=2
P
= Kt W i (tonometria)
P0
t E = K E W i (ebuliometria)
t C = K C W i (criometria)
V = n1 R T i ou = M R T i (osmometria)
Van’t Hoff demonstrou que o fator de correção i podia ser calculado pela relação:
i = 1 + (q − 1)
Onde:
= grau de ionização ou dissociação do composto;
q = número total de íons liberados na ionização de 1 molécula ou na dissociação de 1 agregado iônico do composto;
i = 1 + 0 . (q – 1) i = 1
i = 1 + 1 . (q – 1) i = 1 + q – 1 i = q
Portanto: 0 i q
Observação :
Sempre uma solução vai sendo diluída, o valor de tende a 100% ( = 1) e consequentemente o valor de i tende a se
igualar ao valor de q.
A solução aquosa de ácido acético descrita anteriormente congela a –1,90 °C, que é um valor apenas um
pouco mais baixo o esperado (–1,86 °C), caso não ocorresse ionização. E claro, então, que ocorreu
alguma ionização, mas não muita. Podemos estimar a ionização percentual utilizando o procedimento a
seguir.
Primeiramente usamos os dados para calcular a molalidade aparente da solução, ou seja, a molalidade
de todas as substâncias dissolvidas, HC2H3O2 + C2H3O2– + H+. Usaremos novamente a Equação 12.4
( Tf = K f m) , mas agora m representará a molalidade aparente; Kf vale 1,86 °C/m.
Tf 1,90C
Molaridade aparente = =
Kf 1,86Cm−1
= 1,02 m
Se há 1,02 mol de todos os solutos em 1 kg de solvente, ficamos com 0,02 mol de solutos a mais do que
no início, pois começamos com 100 mol de ácido acético. Como obtivemos exatamente uma molécula
extra para cada molécula de ácido acético, que é ionizada, os 0,02 mol adicionais devem ter se originado
da ionização de 0,02 mol de ácido acético. Assim, a ionização percentual é
Em outras palavras, estimamos por este procedimento a ionização percentual em ácido acético 1,00 m
em 2%. (Outros tipos de medida são mais precisos e, na realidade, a ionização percentual do ácido
acético nesta concentração é menor que 1%.)
Por causa da associação, o abaixamento do ponto de congelamento de uma solução 1,00 m de ácido
benzóico em benzeno é apenas a metade do valor calculado. A formação do dímero faz com que o ácido
benzóico passe a ter uma massa molecular efetiva que é o dobro da normal. Esta massa molecular efetiva
maior reduz a concentração molal pela metade, o mesmo acontecendo com o efeito sobre o abaixamento
do ponto de congelamento.
Quantidade
Volume Temperatura
de
de de
Soluto matéria de
água ebulição
soluto
(L) (°C)
(mol)
1 - - 100,00
1 NaC 0,5 100,50
1 NaC 1,0 101,00 a) Defina, em função da pressão de vapor, a temperatura de
1 sacarose 0,5 100,25
ebulição.
1 CaC 2 0,5 100,75
b) Desenhe um gráfico, apresentando o perfil da pressão de
vapor em função da massa molar para esses hidretos.
Dois novos experimentos foram realizados,
adicionando-se 1,0 mol de Na2SO4 a 1 L de água
(experimento A) e 1,0 mol de glicose a 0,5 L de água
04. (Fuvest) A porcentagem em massa de sais no
(experimento B). Considere que os resultados desses
sangue é de aproximadamente 0,9%. Em um
novos experimentos tenham sido consistentes com os
experimento, alguns glóbulos vermelhos de uma
experimentos descritos na tabela. Assim sendo, as
amostra de sangue foram coletados e separados em
temperaturas de ebulição da água, em °C, nas
três grupos. Foram preparadas três soluções,
soluções dos experimentos A e B, foram,
identificadas por X, Y e Z, cada qual com uma diferente
respectivamente, de
concentração salina. A cada uma dessas soluções foi
a) 100,25 e 100,25.
adicionado um grupo de glóbulos vermelhos. Para
b) 100,75 e 100,25.
cada solução, acompanhou-se, ao longo do tempo, o
c) 100,75 e 100,50.
volume de um glóbulo vermelho, como mostra o
d) 101,50 e 101,00.
gráfico.
e) 101,50 e 100,50.
esquemática, curvas de pressão de vapor em função da a) O ponto de congelação da solução IV é o mais baixo de
temperatura de três líquidos puros - água, etanol, éter todas as soluções dadas.
dietílico - e de uma solução aquosa de uréia. b) O ponto de ebulição da solução I é o mais baixo de todas
as soluções dadas.
c) A pressão de vapor da solução II é mais alta que a
pressão de vapor da solução I.
d) A solução III tem ponto de ebulição mais baixo do que o
ponto de ebulição da solução IV.
Utilizando os números das curvas respectivas: Após a análise do gráfico, responda aos itens a seguir.
a) Indicar quais curvas correspondem aos líquidos puros.
a) se A e B forem compostos diferentes, explique qual
Indicar entre os dois qual é o líquido mais volátil e justificar. deles é mais volátil;
b) Indicar quais curvas correspondem às soluções. Justificar. b) se A e B forem soluções do mesmo solvente e
soluto, em diferentes concentrações, explique o que
13. (Pucmg) Analise as soluções aquosas abaixo. irá acontecer se dois compartimentos idênticos
contendo quantidade igual das duas soluções forem
separados por uma membrana semipermeável.
I. solução de glicose (C12H22O11) 0,1mo / L.
II. solução de sulfato de cobre (CuSO4 ) 0,1mo / L. 16. (Uftm) Considere duas soluções aquosas:
III. solução de cloreto de potássio (KC ) 0,2 mo / L. solução I: 500 mL de solução de cloreto de cálcio 0,1
IV. solução de nitrato de prata (AgNO3 ) 0,5 mo / L. mol · L–1
solução II: 500 mL de solução de glicose 0,2 mol · L–1
Na figura está representada a curva de pressão de
Considerando que as espécies iônicas estão 100% vapor d’água em função da temperatura.
ionizadas, assinale a afirmativa INCORRETA.
de seu solvente.
que a solução B. doce a partir de água salgada nos últimos períodos de seca
02) A solução B entra em ebulição a uma temperatura menor no Nordeste. Assumindo uma concentração de 0,6M em
do que a solução A. NaCØ para a água do mar, indique a pressão mínima a ser
04) A solução A possui maior pressão osmótica que a aplicada para que ocorra este processo a 27°C.
solução B. Dado: R = 0,082 L.atm/mol.K
08) Misturando-se as duas soluções, a concentração de íons a) 1,3 atm
Ba£® é de 0,30 mol/L. b) 2,7 atm
16) Uma solução de glicose 0,15 mol/L apresentará efeito c) 14,8 atm
coligativo superior ao da solução A. d) 29,5 atm
32) Crioscopia é a propriedade coligativa que corresponde à e) 59,0 atm
diminuição da pressão de vapor de um líquido.
29. (Ufrs ) O gráfico a seguir representa os diagramas de
26. (Ufc ) Durante o processo de produção da "carne de sol" fases da água pura e de uma solução aquosa de soluto não-
ou "carne seca", após imersão em salmoura (solução aquosa volátil.
saturada de cloreto de sódio), a carne permanece em repouso
em um lugar coberto e arejado por cerca de três dias.
Observa-se que, mesmo sem refrigeração ou adição de
qualquer conservante, a decomposição da carne é retardada.
Assinale a alternativa que relaciona corretamente o processo
responsável pela conservação da "carne de sol".
a) Formação de ligação hidrogênio entre as moléculas de
água e os íons Na® e Cl-.
b) Elevação na pressão de vapor da água contida no sangue
da carne.
c) Redução na temperatura de evaporação da água.
d) Elevação do ponto de fusão da água.
e) Desidratação da carne por osmose.
Considere as seguintes afirmações a respeito do gráfico.
27. (Ufpe ) Por que a adição de certos aditivos na água dos
radiadores de carros evita que ocorra o superaquecimento da I - As curvas tracejadas referem-se ao comportamento
mesma, e também o seu congelamento, quando comparada observado para a solução aquosa.
com a da água pura? II - Para uma dada temperatura, a pressão de vapor do líquido
a) Porque a água mais o aditivo formam uma solução que puro é maior que a da solução aquosa.
apresenta pontos de ebulição e de fusão maiores que os da III - A temperatura de congelação da solução é menor que a
água pura. do líquido puro.
b) Porque a solução formada (água + aditivo) apresenta IV - A 0,010 °C e 4,58 mmHg, o gelo, a água líquida e o
pressão de vapor maior que a água pura, o que causa um vapor de água podem coexistir.
aumento no ponto de ebulição e de fusão. V - A temperatura de congelação da solução aquosa é de 0
c) Porque o aditivo reage com a superfície metálica do °C.
radiador, que passa então a absorver energia mais
eficientemente, diminuindo, portanto, os pontos de ebulição Quais estão corretas?
e de fusão quando comparados com a água pura. a) Apenas I e II.
d) Porque o aditivo diminui a pressão de vapor da solução b) Apenas I, IV e V.
formada com relação à água pura, causando um aumento do c) Apenas II, III e V.
ponto de ebulição e uma diminuição do ponto de fusão. d) Apenas I, II, III e IV.
e) Porque o aditivo diminui a capacidade calorífica da água, e) Apenas II, III, IV e V.
causando uma diminuição do ponto de fusão e de ebulição.
30. (Pucpr) 100 mg de nitrato de cálcio foram dissolvidos
28. (Ufpi ) Osmose reversa tem sido utilizada para obter água
em 50 cm3 de água, à temperatura de 50 C. Assinale a
32. (Ufal ) Tem-se três soluções aquosas à mesma 34. (Pucrs) Tanto distúrbios intestinais graves quanto a
temperatura: disputa em uma maratona podem levar a perdas importantes
de água e eletrólitos pelo organismo. Considerando que essas
- solução aquosa 0,30 mol/L de glicose (C†H‚O†)
situações exigem a reposição cuidadosa de substâncias, um
- solução aquosa 0,15 mol/L de cloreto de sódio (NaCØ) dos modos de fazê-lo é por meio da ingestão de soluções
- solução aquosa 0,10 mol/L de dicromato de potássio isotônicas. Essas soluções
(K‚Cr‚O‡) a) contêm concentração molar de cloreto de sódio igual
àquela encontrada no sangue.
b) contêm massa de cloreto de sódio igual à massa de
a) O que se pode afirmar em relação à pressão osmótica
sacarose em dado volume.
dessas soluções quando cada uma delas é posta em contato, c) têm solvente com capacidade igual à do sangue para
através de membrana semi-permeável, com o solvente puro? passar por uma membrana semipermeável.
Justifique sua resposta. d) apresentam pressão osmótica igual à pressão
b) Sob pressão de 1 atm essas soluções fervem à atmosférica.
e) apresentam pressão osmótica igual à da água.
temperaturas diferentes da água pura, ou seja 100 °C?
Justifique sua resposta. 35. (Uern) Um estudante de química, realizando um
experimento em laboratório, colocou dois copos iguais e nas
33. (Ufrj) Certas propriedades físicas de um solvente, tais mesmas condições de temperatura e pressão, dentro de uma
como temperatura de ebulição e de solidificação, são tampa transparente. No copo 1 continha apenas água e, no
alteradas quando nele dissolvemos um soluto não volátil. copo 2, uma solução de 0,3mol / L de cloreto de sódio.
Para verificar esse fato, quatro sais distintos foram
dissolvidos em frascos contendo a mesma quantidade de
água, como indica o esquema a seguir:
solvente vai migrar da célula humana para a solução salina (0,20 Apresenta no total, 0,2 mol/L de partículas dispersas.
mol/L).
Solução C: O cloreto de magnésio é um eletrólito, que vamos
Resposta da questão 11: considerar 100 dissociado.
1 = Éter dietílico MgC 2 (aq) → Mg+2 (aq) + 2C − (aq)
2 = Etanol 0,2mol/L 0,4mol/L
.
Resposta da questão 17:
a) 1,6 L
b) As células do sangue tem maior pressão osmótica, por isso
receberão água da solução injetada. a células inchará devido
a entrada de solvente.
1000 mL (solução) 0,1 mol (CaC 2 ) Os líquidos B e D não irão sofrer abaixamento na sua pressão de
500 mL (solução) nCaC 2 vapor, pois o volume não influencia na pressão de vapor. Assim
nCaC 2 = 0,05 mol teremos:
PD = PB PC PA
mCaC 2 = 0,05 111 = 5,55 g
b) Teremos: Resposta da questão 20: [A]
Solução I (500 mL de solução de cloreto de cálcio 0,1 mol.L–1) Assumindo que os dois compostos têm 100% de solubilidade em
CaC 2 → Ca2 + + 2C − água, o KC pode produzir a mesma diminuição de temperatura
0,10 mol / L 0,10 mol / L 0,20 mol / L que o NaC , pois apresenta o mesmo número de mols de
0,30 mol/L de partículas
partículas (dissolução iônica) e consequentemente o mesmo efeito
Solução II (500 mL de solução de glicose 0,2 mol.L–1) crioscópico.
(C6H12 O6 )1 → 1 C6H12O6 NaC → Na + + C −
Como a solução II é mais concentrada do que a água, sua curva Resposta da questão 21: [C]
aparece logo abaixo da curva da água. Já a solução I é mais Resposta da questão 22: [A]
concentrada do que a solução II, por isso sua curva aparece abaixo Nestes exemplos de transferência de solvente de um
da curva II. recipiente para o outro o fenômeno envolvido é
tonoscopico ou tonoscopia, porém neste caso ocorre
um fenômeno análogo a osmose. Desta forma a
melhor resposta seria tonoscopia e o aluno poderia Resposta da questão 28: [D]
fazer referência que ocorre um fenômeno análogo a Resposta da questão 29: [D]
osmose.
Resposta da questão 30: [D]
isso se deve a uma diferença da pressão de vapor, é = M R T i
um fenômeno de tonoscopia. É semelhante a osmose, M = concentração molar
mas não existe uma membrana semipermeável, por m 100 10−3
isso é tonoscopia! M = = = 1,22 10−2 mol / L
MM V 164 50 10−3
= 1,22 10−2 0,082 (273 + 50) 3
a passagem de solvente do copo com água, para o
copo que contém água com sal ocorre devido a = 0,969 atm
diferença na pressão de vapor. Observe a figura que
consta na nossa apostila. leia a explicação da figura. Resposta da questão 31: [E]
Quanto maior o número de partículas presente na solução, maior
Resposta da questão 23: [C] sua temperatura de ebulição, ou efeito coligativo.
Resposta da questão 24: [E]
Quanto maior o número de partículas na solição, maior Resposta da questão 32:
será a pressão osmótica () dessa solução. a) A pressão osmótica é maior quando o número de partículas na
Assim temos: solução é maior.
Solução 01: Número de partículas na solução de glicose em um litro: 0,30 mol.
HCl(aq) → H+(aq) + Cl−(aq) Número de partículas na solução de NaC em um litro: 0,30
0,01 mol/L 0,01mol/L 0,01 mol/L mol.
Total de íons na solução: 0,02 mol/L Número de partículas na solução de K2Cr2O7 em um litro: 0,30 mol.
Solução 02: Como o número de partículas é o mesmo a pressão osmótica
Considerando que o ácido fraco se ioniza 5%, teremos que a dessas soluções é igual.
quantidade de ácido que se ionizou foi: 5% de 0,01 mol/L que b) Sim. Porque a pressão de vapor dessas soluções é menor do
corresponde a 0,01 mol/L x 5.10-2 = 5.10-4 mol/L que a da água pura.
H3 CCOOH(aq) ⎯⎯⎯ → H(aq)
⎯
+
+ −
H3CCOO (aq)
Resposta da questão 33:
0,01mol / L 0 0 (início) a)
5,0.10−4 mol / L 5,0.10−4 mol / L 5,0.10 −4 mol / L (reage e forma) Solução 01:
0,01mol / L 5,0.10−4 mol / L 5,0.10−4 mol / L (equilíbrio) MgSO4(aq) → Mg2+(aq) + SO24−(aq)
0,2 mol/L 0,2mol/L 0,2mol/L
No equilíbrio a molaridade tota de partículas na
solução é igual a: 0,01 mol/L + 5.10-4 mol/L + 5.10-4 mol/L ≈ Total de íons = 0,2 mol/L + 0,2 mol/L = 0,4 mol/L.
0,01mol/L Solução 02:
Este conteúdo aqui utilizado será estudado no módulo de equilíbrio K 2SO4(aq) → 2K +(aq) + SO24−(aq)
químico. 0,1 mol/L 0,2mol/L 0,1mol/L
Solução 03: Total de íons = 0,2 mol/L + 0,1 mol/L = 0,3 mol/L
C12H22 O11(s) → C12H22 O11(aq) Solução 03:
0,01 mol/L Al2 (SO4 )3(aq) → 2Al3+(aq) + 3SO24−(aq)
Solução 04: 0,1 mol/L 0,2mol/L 0,3mol/L
MgCl2(aq) → Mg2+(aq) + 2Cl−(aq) Total de íons = 0,2 mol/L + 0,3 mol/L = 0,5 mol/L
0,01 mol/L 0,01mol/L 0,02mol/L Solução 04:
Total de íons na solução:0,01 mol/L + 0,02 mol/L = 0,03 mol/L ZnSO4(aq) → Zn2+(aq) + SO24−(aq)
Quanto maior a concentração em mol/L de partículas na solução, 0,1 mol/L 0,1mol/L 0,1mol/L
maior será a pressão osmótica da solução. Total de íons = 0,1 mol/L + 0,1 mol/L = 0,2 mol/L.
Assim temos a seguinte ordem de pressão osmótica para as Quanto maior a concentração em mol/L de partículas na solução,
soluções: maior será a pressão osmótica da solução.
3<2<1<4 Assim temos a seguinte ordem de pressão osmótica para as
Resposta da questão 25: 07 soluções: IV < II < I < III
Resposta da questão 26: [E] b) V = 3,0 L; n1 = 0,1 mol; K2SO4 = 174 g/mol
Resposta da questão 27: [D] 1,0 mol ------ 174 g
0,1 mol------- X
X = 17,4 g
MÓDULO 05 - TERMOQUIMICA
1. Natureza da Energia e Tipos de Energia
"Energia" é um termo muito usado, que representa um conceito abstrato. Por exemplo, quando nos
sentimos cansados, podemos dizer que não temos energia; por outro lado, ouvimos falar da necessidade
de encontrarem alternativas para os recursos energéticos não renováveis. Ao contrário da matéria, a
energia é reconhecida por seus efeitos, e não podemos vê-Ia, tocá-la, cheirá-la ou pesá-la.
A energia normalmente é definida como a capacidade de realizar trabalho. Definimos trabalho como
"força X distância", entretanto, veremos, em breve, que há outros tipos de trabalho. Todas as formas de
energia são capazes de gerar trabalho (isto é, de exercer uma força ao longo de uma distância), mas nem
todas são igualmente relevantes para a química. A energia das marés, por exemplo, pode ser controlada
para produzir trabalho útil, porém, a relação entre as marés e a química é pequena. Os químicos definem
trabalho corro a variação de energia diretamente resultante de um processo. A energia cinética - energia
produzida por um objeto em movimento - é uma forma de energia com interesse especial para os
químicos. Outras formas são energia radiante, energia térmica, energia química e energia potencial.
A energia radiante, ou energia solar, provém do Sol e é a fonte de energia primária da Terra. A
energia solar aquece a atmosfera e a superfície da Terra. estimula o crescimento da vegetação pelo
processo conhecido como fotossíntese e influencia os padrões climáticos globais.
Energia térmica é a energia associada ao provimento randômico dos átomos e das moléculas. Em
geral, pode ser calculada a partir de medidas de temperatura. Quanto mais intenso for o movimento dos
átomos e das moléculas em uma amostra de matéria mais quente essa se tornará e maior será sua
energia térmica. Contudo, precisamos fazer uma distinção cuidadosa entre energia térmica e temperatura.
Uma xícara de café a 70°C está a uma temperatura mais elevada que uma banheira cheia de água quente
a X10°C, mas há muito mais energia térmica armazenada na água da banheira porque o seu volume e a
sua massa são muito maiores que os do café, e, consequentemente, se há mais moléculas de água,
maior é o movimento molecular.
Energia química é uma forma de energia ar-mazenzada dentro das unidades estruturais das
substâncias químicas; sua quantidade é determinada pelo tipo e arranjo dos átomos na substância
considerada. Quando as substâncias participam de reações químicas, a energia química é liberada,
armazenada ou convertida em outras formas de energia.
Energia potencial é a energia disponível couro consequência da posição de um objeto. Por
exemplo, por causa da sua altitude, uma rocha no alto de um penhasco tem maior energia potencial e
deve provocar maior impacto ao cair dentro da água do que uma rocha semelhante colocada no meio do
penhasco. A energia química pode ser considerada uma forma de energia potencial porque está
associada às posições relativas e aos arranjos dos átomos que compõem uma dada substância.
Todas as formas de energia podem ser interconvertidas (pelo menos, em princípio). Sentimo-nos
quentes quando estamos expostos ao Sol, pois a energia solar radiante se transforma em energia térmica
na nossa pele. Quando praticamos exercício físico, a energia química armazenada nos nossos corpos é
usada para produzir energia cinética. Quando uma bola começa a rolar ladeira abaixo, a sua energia
potencial é convertida em energia cinética. É possível, sem dúvida. dar muitos outros exemplos. Embora
a energia possa assumir formas diferentes e interconvertíves, os cientistas chegaram à conclusão de que
ela não pode ser destruída nem criada. Quando uma forma de energia desaparece, outra (de igual
grandeza) deve aparecer, e vice-versa. Esse princípio é conhecido como a lei da conservação da energia:
a quantidade total de energia no universo é sempre constante.
À medida que a água passa pela barragem.
As variações de energia que ocorrem durante as reações químicas frequentemente, apresentam tanto
interesse prático quanto as relações de massa discutidas no Capítulo 3. Por exemplo, na vida cotidiana,
a importância da realização de reações de combustão a partir do gás natural e do petróleo deve-se em
maior parte à liberação de energia térmica do que à formação dos produtos água e dióxido de carbono.
Quase todas as reações químicas absorvem ou produzem (liberam) energia, geralmente na forma
de calor. É importante compreender a distinção entre energia térmica e calor. Calor é a transferência de
energia térmica entre dois corpos que estão a temperaturas diferentes. Falamos muitas vezes em "fluxo
de calor" de um objeto quente para um objeto frio. Embora o termo "calor" implique transferência de
energia, costumamos falar em "calor absorvido" ou "calor liberado" quando descrevemos variações de
energia que ocorrem em um processo. A área de estudo das variações de calor que ocorrera nas reações
químicas chama-se termo química.
Para analisarmos as variações de energia associadas às reações químicas, temos primeiro de
definir o sistema, ou seja, a parte específica do universo que nos interessa. Para os químicos, um sistema
geralmente inclui substâncias envolvidas em transformações químicas e físicas. Por exemplo. em um
experimento de neutralização ácidobase, o sistema pode ser um béquer contendo 50 mL de HCl ao qual
se adicionaram 50 mL de NaOH. O restante do universo fora do sistema designa-se vizinhança.
Há três tipos de sistemas. Um sistema aberto pode trocar massa e energia, geralmente na forma de
calor, com a vizinhança. Por exemplo, um sistema aberto pode consistir em certa quantidade de água
dentro de um recipiente aberto, como mostrado na Figura 1(a). Se fecharmos o frasco, como na Figura
1(b), de modo que o vapor d'água não possa escapar do recipiente nem condensar-se dentro dele,
criamos um sistema fechado que permite transferência de energia (calor), mas não de massa. Se colocar-
mos água em um recipiente totalmente isolado, construímos um sistema isolado que não permite
transferência de massa nem de energia, como mostrado na Figura 1(c).
A combustão do gás hidrogênio em oxigênio é uma das muitas reações químicas que liberam
quantidades consideráveis de energia:
Nesse caso, a mistura reacional (moléculas de hidrogênio; oxigênio e água) é chamada de sistema
e o restante do universo, de vizinhança. Uma vez que a energia não pode ser criada nem destruída,
qualquer energia perdida pelo sistema deve ser adquirida pela vizinhança. Então, o calor produzido no
processo de combustão é transferido do sistema para a vizinhança. Essa reação é um exemplo de
processo exotérmico, que é qualquer processo que libera calor, isto é, transfere energia térmica para o
meio exterior.
Considere, agora, outra reação, a decomposição do óxido de mercúrio(II) (HgO) em temperaturas
elevadas:
Três sistemas constituídos por água dentro de um frasco: (a) um sistema aberto que permite
transferência de massa e de energia com a vizinhança; (b) um sistema fechado que permite
transferência de energia, mas não de massa; e (c) um sistema isolado que não permite transferência de
massa nem de energia (aqui o frasco está envolvido por uma câmara de vácuo).
O desastre do Hindenburg. O Hindenburg, um dirigível alemão preenchido com hidrogênio, foi destruído
por um incêndio de grandes proporções em Lakehurst, Nova Jersey, em 1937.
Essa reação é um exemplo de processo endotérmico, no qual calor tem de ser fornecido ao sistema (isto
é, ao HgO) pela sua vizinhança.
Nas reações exotérmicas, a energia total dos produtos é menor do que a energia total dos reagentes.
Essa diferença corresponde ao calor fornecido pelo sistema à vizinhança. Acontece exatamente o
contrário para as reações endotérmicas. Nesse caso, a diferença de energia entre os produtos e os
reagentes é igual ao calor fornecido ao sistema pela vizinhança.
• Endotérmico: absorve calor da vizinhança.
• Exotérmico: transfere calor para a vizinhança.
• Uma reação endotérmica mostra-se fria.
3. Entalpia de Reações
A maior parte das reações consiste em processos que ocorrem a pressão constante; nesses casos,
podemos igualar a troca de calor à variação da entalpia. Para qualquer reação do tipo
reagentes → produtos
A entalpia de reação pode ser positiva ou negativa, dependendo do processo. Para um processo
endotérmico (em que ocorre absorção de calor peló sistema a partir da vizinhança), H é positivo (isto
é, H > 0). Para um processo exotérmico (em que ocorre liberação de calor pelo sistema para a
vizinhança), H é negativo (isto é, H < 0).
Por analogia, a variação da entalpia pode ser analisada da mesma forma que a variação de saldo
no extrato de uma conta bancária. Suponha que o saldo inicial seja R$ 100. Depois de uma transação
(depósito ou saque), a variação do saldo bancário, AX, é dada por
X = Xfinal – Xinicial
A 0°C e à pressão de 1 atm, o gelo se funde, gerando água no estado líquido. Medidas experimentais,
mostram que, nessas condições, para cada mol de gelo convertido em água líquida, o sistema (gelo)
absorve 6,01 quilojoules (kJ) de energia térmica. Sendo a pressão constante, o calor transferido é igual à
variação de entalpia, H. Além disso, trata-se de um processo endotérmico, conforme é esperado para
uma transformação que envolve absorção de energia como é a fusão do gelo [Figura 5(a)].
Consequentemente, o valor de H tem sinal positivo. A equação para essa transformação física é
O aparecimento de "por mol" na unidade de H significa que se trata de uma variação de entalpia por
mol de reação (ou de processo), tal conto está escrito, isto é, para a conversão de 1 mol de gelo em 1
mol de água no estado líquido.
Um outro exemplo é a combustão do metano (CH4), o componente principal do gás natural:
De acordo com nossa experiência sabemos que a combustão do gás natural libera calor para a
vizinhança, sendo assim é um processo exotérmico. Sob pressão constante esse calor transferido é igual
à variação de entalpia e H deve ter sinal negativo [(Figura 5(b)]. Mais uma vez, a unidade "por mol" de
reação para H significa que quando 1 mol de CH4 reage com 2 mol de O2 para gerar 1 mol de CO2, e
2 mol de H2O líquida, são liberados 890,4 kJ de calor para a vizinhança.
As equações para a fusão do gelo e para a combustão do metano são exemplos de equações
terrnoquímnicas, que mostram as variações da entalpia assim como as
Figura 5 - (a) A fusão de 1 mol de gelo a 0°C (processo endotérmico) resulta em um aumento de 6,01 kJ
na entalpia do sistema. (b) A combustão de 1 mol de metano em oxigênio gasoso (processo exotérmico)
resulta em uma diminuição de 890,4 kJ na entalpia do sistema.
relações de massa. É essencial apresentar uma equação já balanceada ao citara variação da entalpia de
uma reação. Os pontos que se seguem são úteis para escrever e interpretar equações termoquímicas:
a variação da entalpia será igual a -802,4 kJ em vez de -890,4 kJ, pois são necessários 88.0 kJ para
converter 2 mols de água líquida em vapor d'água, isto é,
EXEMPLO 1
Dada a equação termoquímica
1
SO2(g) + O2(g) → SO3(g) H = -99,1 kJ/mol
2
calcule o calor liberado quando 74,6 g de SO2 (massa molar = 64,07 g/mol) se convertem em SO3.
Estratégia A equação termoquímica mostra que para cada mol de SO2 queimado são liberados 99,1 kJ
de calor (observe o sinal negativo). Por conseguinte, o fator de conversão é
−99,1kJ
1molSO2
Quantos mols de SO2 existem em 74,6 g de SO2? Qual é o fator de conversão entre gramas e mols?
Solução
Precisamos calcular, em primeiro lugar, o número de mols de SO2 contidos em 74,6 g do composto e
determinar, então, quantos quilojoules são produzidos pela reação exotérmica. A sequência de
conversões é a seguinte:
1molSO2 −99,1kJ
74,6g SO2 x x = −115kJ
64,07 gSO2 1molSO2
Verificação Uma vez que 74,6 g é maior que a massa molar do SO2, espera-se que o calor liberado seja
maior que -99,1 kJ. O sinal negativo indica que essa reação é exotérmica.
Reagentes ⎯libera
⎯⎯ calor
⎯→ produtos + calor
Hr (maior) Hp (menor)
H = Hp – Hr
Hp < Hr
H < 0
1
Ex.: H2(g) + O2(g) → H2O(l) H = – 68,3Kcal
2
1
H2(g) + O2(g) → H2O(l) + 68,3 Kcal
2
1
H2(g) + O2(g) – 68,3 Kcal → H2O(l)
2
1
Ex.: H2(g) + O2(g) → H2O(l) H = – 68,3 Kcal/mol
2
H = Hp – Hr
Hp < Hr
H < 0
Reação exotérmica.
absorv e calor
Reagentes ⎯⎯ ⎯ ⎯ ⎯
⎯→ produtos – calor
Hr (menor) Hp(maior)
H = Hp – Hr
Hp > Hr
H > 0
1
Ex.: H2O(l) → H2(g) + O2(g) H = + 68,3 Kcal/mol
2
H = Hp = Hr
Hp > Hr
H > O
Reação endotérmica
Conclusão:
Se a equação for multiplicado ou dividido por um número, o mesmo acontecerá com a quantidade
de calor.
Ex. 2:
1Fe2O3(s) + 3H2(g) → 2Fe(s) + 3H2O(l) H = – 35,1 Kcal (25ºC)
1Fe2O3(s) + 3H2(g) → 2Fe(s) + 3H2O(l) H = – 29,7 KJ (85ºC)
• Se existe mais de um estado para uma substância sob condições padrão, o estado mais estável é
utilizado.
• A entalpia padrão de formação da forma mais estável de um elemento é zero.
• H2(g) H=0 C(grafite) H=0 O2(g) H=0 S(rômbico) H=0
• H2(l) H≠0 C(diamante) H ≠0 O3(g) H ≠0 S(monoclínico) H ≠ 0
Exceção:
• P(branco) ; menos estável; estado-padrão; H=0
• P(vermelho); mais estável; H≠0
A Equação (9) nos diz que H também pode ser calculado se soubermos os valores reais das
entalpias de todos os reagentes e produtos. Porém, como já foi dito, não existe maneira de medir o valor
absoluto da entalpia de uma substância, apenas valores relativos a uma referência arbitrária podem ser
determinados. Esse problema é semelhante ao que os geógrafos encontram quando querem especificar
as altitudes de determinados vales ou montanhas. Em vez de tentarem inventar uma escala "absoluta"
de altitude (baseada talvez na distância a partir do centro da Terra?), eles entraram em acordo para que
todas as alturas e profundidades geográficas sejam expressas em relação ao nível do mar, uma referência
arbitrária cuja altitude é definida como "zero' metro. Do mesmo modo, os químicos concordaram em
admitir um ponto de referência arbitrário para a entalpia.
O ponto de referência equivalente ao "nível do mar" para as expressões de entalpia chama-se
entalpia padrão deformação ( Hf ). Diz-se que as substâncias estão no estado-padrão a 1 atm, e daí se
o
origina o termo "entalpia-padrão. O sobrescrito indica que a medida foi feita nas condições-padrão (1
atm), e o subscrito 'f' significa formação. Por convenção, a entalpia-padrão de foração de qualquer
elemento na sua fornia mais estável é zero. Considere o elemento oxigênio, por exemplo. O oxigênio
molecular (O2) é mais estável do que sua correspondente forma alotrópica, o ozônio (O3), a 1 atm e 25°C.
Dessa forma, podemos escrever Hof (O2) = 0, mas Hof (O3) 0. De um modo semelhante, considerando
as formas alotrópicas do carbono, temos que a grafite é mais estável que o diamante, a 1 atm e 25°C, e
desse modo Hof (C, grafite) = 0 e Hof (C, diamante) 0. Com base nessa descrição para os elementos,
podemos agora definir a entalpia-padrão de formação de um composto como a transferência de calor que
ocorre quando 1 rnol do composto é formado a partir de seus elementos à pressão de 1 atm. A Tabela
6.4 apresenta uma lista das entalpias -padrão de formação para vários elementos e compostos. Observe
que embora não haja especificação de temperatura para o estadopadrão, usaremos sempre valores de
Hof medidos a 25°C em nossas discussões, uma vez que a maioria do dados da termodinâmica é
coletada a essa temperatura.
• Exemplos:
• 2C(grafite) + 3H2(g) + ½ O2(g) → C2H5OH(l) Hf°+ -277,7 kj
• ½ H2(g) + ½ N2(g) + 3/2 O2(g) → HNO3(l) Hf°+ -173,2 kj
• ½ H2(g) + ½ O2(g) → H2O(l) Hf°+ -285,9 kj
A importância das entalpias-padrão de formação é que, uma vez conhecidos os seus valores,
podemos prontamente calcular a entalpia-padrão de reação, Hreac , definida como a entalpia de uma
o
aA + bB → cC + dD
em que a, b. c e d são os coeficientes estequiométricos. Para essa reação, Hreac é dado por
o
Hreac
o
= cHof ( C ) + dHof (D ) − aHof ( A ) + bHof (B ) (17)
Hreac
o
= nHof ( produtos ) − nHof (reagentes ) (18)
compostos que participam na reação forem conhecidos. Existem dois métodos que podem ser aplicados
para determinar esses valores: o método direto e o método indireto.
dos seus elementos. Suponha que queiramos saber qual é a entalpia de formação do dióxido de carbono.
Devemos medir a entalpia da reação que ocorre entre o carbono (grafite) e o oxigênio molecular, nos
seus estados-padrão, produzindo dióxido de carbono. também no estado-padrão:
Conforme sabemos, experimentalmente, essa reação se completa. Assim, com base na Equação (6.17),
podemos escrever
= -393,5 kJ/mol
Como tanto a grafite como o 02 são formas alotrópicas elementares estáveis, Hf (C, grafite) e Hf (O2,g)
o o
ou
Hof (CO2, g) = -393,5 kJ/mol
Note que o fato de considerarmos o valor arbitrário zero para o âHf de cada elemento na sua forma mais
estável, no estado-padrão, não afeta de modo algum os nossos cálculos. Lembre-se de que em
termoquímica estamos interessados apenas nas variações de entalpia já que esses valores podem ser
determinados experimentalmente, ao contrário dos valores absolutos da entalpia. A escolha do zero como
"nível de referência" do valor de entalpia facilita os cálculos. Referindo-nos novamente à analogia com a
altitude terrestre, verificamos que a altitude do Monte Evereste é 2.654 m maior do que a do Monte
McKinley. Essa diferença não é afetada pela decisão de fixar o nível do mar a 0 m ou a 300 m.
Outros compostos que podem ser estudados pelo método direto são SF6, P4O10 e CS2. As equações
que representam as suas obtenções são
Observe que S(ortorrômbico) e P(branco) são as formas alotrópicas mais estáveis, respectivamente, dos
elementos enxofre e fósforo, a 1 atm e 25°C e, portanto, os correspondentes valores de Hf são iguais
o
a zero.
uma aproximação indireta baseada na lei de Hess do somatório de calores, ou simplesmente lei de Hess,
instituída pelo químico suíço Germain Hess. A lei de Hess pode ser enunciada do seguinte modo: quando
os reagentes são convertidos em produtos, a variação de entalpia é a mesma quer a reação se dê em
uma única etapa ou em uma série de etapas. Em outras palavras, se conseguirmos quebrar a reação de
interesse em uma série de reações cujos valores de Hreac possam ser medidos, poderemos calcular o
o
valor de Hreac para a reação global. A lei de Hess baseia-se no fato de H ser uma função do estado, e
o
assim, H depende apenas dos estados inicial e final (isto é, apenas da natureza dos reagentes e dos
produtos). A variação da entalpia será a mesma quer a reação total ocorra em uma única etapa ou em
muitas etapas.
Figura 9
A variação de entalpia para a formação de 1 mol de CO2 a partir de grafite e 0, pode ser quebrada em
duas etapas de acordo com a lei de Hess.
A seguir temos uma analogia para a lei de Hess. Suponha que subamos de elevado] do primeiro ao
sexto andar de um edifício. O ganho na nossa energia potencial gravitacional (que corresponde à variação
de entalpia para o processo global) é o mesmo se fore mos diretamente para o sexto andar ou se pararmos
em cada andar durante o nosso percurso de subida (subdividindo o percurso em uma série de etapas).
Suponha que estejamos interessados na entalpia-padrão de formação do monóxidc de carbono
(CO). Podemos representar a reação como
C(grafite) +
1
O2(g) → CO(g)
2
No entanto, a queima da grafite também produz dióxido de carbono (CO2) e por issc não podemos medir
diretamente a variação de entalpia para o CO com base na reaçãc acima. Em vez disso, podemos
empregar uma rota indireta baseada na lei de Hess. E possível realizar separadamente, duas reações
completas,
(a) C(grafite) + O2(g) → CO2(g) Hreac = -393,5 kJ/mol
o
Portanto Hf (CO) = -110,5 kJ/mol. Retomando, vemos que a reação global é a de formação de CO2
o
[Equação (a)], que pode ser quebrada em duas partes [Equações (d e (b)]. A Figura 9 mostra o esquema
global do nosso procedimento.
A regra geral para a aplicação da lei de Hess é arranjar uma série de equações quími cas
(correspondendo a uma série de etapas) de tal forma que, quando somadas, todas a espécies se
cancelem com exceção dos reagentes e dos produtos que fazem parte d; reação global. Isso significa
que nos interessam os elementos à esquerda da seta e o com posto desejado à direita da seta. Muitas
vezes será necessário multiplicar algumas ou to das as equações que representam as etapas individuais,
por coeficientes apropriados.
EXEMPLO 2
Calcule a entalpia-padrão de formação do acetileno (C2H2) a partir dos seus elementos:
(b) H2(g) +
1
O2(g) → H2O(g) Hreac
o
= -285,8 kJ/mol
2
(c) 2C2H2(g) + 5O2(g) → 4CO2(g) + 2H2O(l) Hreac = -2598,8 kJ/mol
o
Estratégia
O nosso objetivo nesse caso é calcular a variação de entalpia para a formação de C2H2 a partir dos seus
elementos C e H. Porém, a reação não ocorre diretamente, por isso devemos recorrer ao método indireto
usando a informação fornecida pelas Equações (a), (b) e (c).
Solução
Na síntese de C2H2 são necessários 2 mols de grafite como reagente. Assim, multiplicamos a Equação
(a) por 2 para obter
(d) 2C(grafite) + 2O2(g) → 2CO2(g) Hreac = 2(-393.5 kJ/mol)
o
= -787,0 kJ/mol
Em seguida, será necessário 1 mol de H, como reagente. que é fornecido pela Equação (b). Por último,
é preciso produzir 1 mol de C2H2. Na Equação (c) tem-se 2 mols de C2H2 como reagente, então temos de
inverter a equação e dividi-la por 2:
(e) 2CO2(g) + H2O(l) → C2H2(g) +
5 1
O2(g) Hreac =
o
(2598,8 kJ/mol)
2 2
= 1299.4 kJ/mol
H2(g) +
1
O2(g) → H2O(l) Hreac
o
= -285,8 kJ/mol
2
2CO2(g) + H2O(l) → 5
C2H2(g) +
O2(g) Hreac
o
= 1299,4 kJ/mol
2
___________________________________________________________
2C(grafite) + H2(g) → C2H2(g) Hreac
o
= 226,6 kJ/mol
Portanto, o Hf = Hreac = 226,6 kJ/mol. O valor de Hf indica que quando 1 mol de C2H2 é sintetizado a
o o o
partir de 2 mols de C (grafite) e 1 mol de H2. 226.6 kJ de calor são absorvidos pelo sistema reacional a
partir da vizinhança. Consequentemente, o processo é endotérmico.
CS2(l) + 3O2(g) → CO2(g) + 2SO2(g) Hreac
o
= -1073,6 kJ/mol
EXEMPLO 3
O pentaborano-9, B5H9, é um líquido incolor e muito reativo que pode inflamar-se produzindo uma chama
ou até mesmo explodir quando exposto ao oxigênio. A reação é
Nos anos 1950, o pentaborano-9 foi considerado um combustível potencial para foguetes uma vez que
produz grande quantidade de calor por grama. Porém, a ideia foi abandonada porque o B2O3 sólido, que
se forma na combustão do B5H9, é um abrasivo, que poderia destruir rapidamente o tubo de descarga do
foguete. Calcule o calor liberado (em quilojoules) quando um grama de composto reage com o oxigênio.
A entalpia-padrão de formação do B5H9 é 73,2 kJ/mol.
Estratégia
A entalpia de uma reação é a diferença entre o somatório das entalpias dos produtos e o somatório das
entalpias dos reagentes. A entalpia de cada espécie (reagente ou produto) é dada pelo produto do
coeficiente estequiométrico pela entalpia-padrão de formação da espécie.
Solução
Usando os valores de Hf , podemos escrever
o
para converter essa razão em kJ/g B5H9. A massa molar de B5H9 é 63,12 g, então
6. Calor de Combustão
É a energia de envolvida na combustão total de 1,0 mol de um combustível.
O comburente utilizado geralmente é o gás oxigênio.
• 1C3H8(g) + 5O2(g) → 3CO2(g) + 4H2O(l) H = -2.220 kJ.mol-1
• 1C4H10(g) + 13/2O2(g) → 4CO2(g) + 5H2O(l) H = -2.874 kJ.mol-1
• 1C5H12(g) + 8 O2(g) → 5CO2(g) + 6H2O(l) H = -3.537 kJ.mol-1
• 1C2H5OH(l) + 3O2(g) → 2CO2(g) + 3H2O(l)H = - 1.368 kJ.mol-1
• 1C(grafite) + O2(g) → CO2(g) H = - 393,5 kJ.mol-1
• 1H2(g) + ½ O2(g) → H2O(l) H = -286 kJ.mol-1
7. Entalpias de Neutralização
É o calor liberado na reação de 1 mol de íons H+(aq) com 1 mol de íons OH-(aq) na formação de
1 mol de H2O(l);
8. Energia de Ligação
• Energia de ligação: é a energia necessária para romper 1 mol de ligações de uma substância na fase
gasosa, sob pressão constante.
• A quebra de uma ligação é sempre um fenômeno endotémico;
• A formação de uma ligação é sempre um fenômeno exotérmico;
Uma medida da estabilidade de uma molécula é a sua energia de ligação, definida como a variação de
entalpia necessária para quebrar uma ligação em 1 mol de moléculas no estado gasoso. (As energias de
ligações em sólidos e líquidos são influenciadas pelas moléculas vizinhas.) Por exemplo a energia de
ligação determinada experimentalmente para a molécula de hidrogênio, diatômica, é a seguinte:
Essa equação indica-nos que a quebra das ligações covalentes em 1 mol de moléculas de H2 no estado
gasoso requer a energia de 436,4 kJ/mol. Para a molécula de cloro, que é menos estável,
As energias de ligação também podem ser medidas diretamente para moléculas que contêm elementos
diferentes, tal como o HCl,
Medir as forças de ligações covalentes em moléculas poliatômicas é mais complicado. Por exemplo, as
medidas mostram que a energia necessária para quebrar a primeira ligação O–H é diferente daquela
necessária para quebrar a segunda ligação O—H na molécula de H2O:
Em cada caso, é quebrada uma ligação O – H, mas a primeira etapa é mais endotérmica do que a
segunda. A diferença entre os dois valores de H° sugere que a segunda ligação O – H sofre influência
das variações do ambiente químico.
Podemos compreender agora por que as energias das ligações O – H, em duas moléculas diferentes tais
como o metanol (CH3OH) e a água (H2O) não são iguais: os seus ambientes químicos são diferentes.
Portanto, para moléculas poliatômicas temos de considerar a energia média de ligação. Por exemplo,
podemos medir as energias de ligações O – H para de moléculas poliatômicas diferentes e obter a energia
média da ligação O – H dividindo a soma das energias de ligação por 10. A Tabela 9.2 mostra as energias
médias de ligação de várias moléculas diatômicas e poliatômicas. Como foi afirmado anteriormente, as
ligações triplas são mais fortes do que as ligações duplas, as quais, por sua vez, são mais fortes do que
as ligações simples.
Por outro lado, a formação da glicose (C6H12O6) a partir de água e dióxido de carbono, realizada de modo
eficiente pela fotossíntese, é altamente endotérmica:
Podemos explicar essas variações se considerarmos a estabilidade das moléculas de cada reagente e
de cada produto. Afinal, a maioria das reações químicas envolve a quebra e a formação de ligações.
Dessa forma, o conhecimento das energias de ligação e, portanto, da estabilidade das moléculas nos dá
alguma indicação sobre a natureza termoquímica das reações que as moléculas sofrem.
Em muitos casos, é possível prever a entalpia de reação aproximada, utilizando as energias médias de
ligação. Como toda quebra de ligação química requer energia e toda formação de ligação química é
sempre acompanhada de liberação de energia, podemos estimar a entalpia de uma reação contando o
número total de ligações quebradas e formadas na reação e registrando todas as variações de energia
correspondentes. A entalpia de reação na fase gasosa é dada por
em que EL representa a energia média de ligação e é o somatório. A Equação (9.1), tal como está escrita,
considera a convenção do sinal para ∆H°. Assim, se a energia total fornecida for maior do que a energia
total liberada, ∆H° é positivo e a reação é endotérmica. Por outro lado, se a liberação for maior do que a
absorção de energia, ∆H° é negativo e a reação é exotérmica (Figura 9.6). Se todas as moléculas, dos
reagentes e dos produtos, forem diatômicas, a Equação (9.1) fornecerá resultados precisos porque as
energias de ligação de moléculas diatômicas são conhecidas com precisão. Se algumas ou todas as
moléculas dos reagentes e produtos forem poliatômicas, a Equação (9.1) fornecerá somente resultados
aproximados, uma vez que as energias de ligação usadas nos cálculos são energias médias.
EXEMPLO 4
Calcule a variação de entalpia para a combustão do hidrogênio gasoso:
Estratégia: Observe que H2O é uma molécula poliatômica e que precisamos utilizar o valor da energia
média para a ligação O – H.
Solução: Construímos a seguinte tabela:
Esse resultado é apenas uma estimativa, pois a energia da ligação O – H é uma quantidade média.
Alternativamente, podemos utilizar a Equação (6.18) e os dados do Apêndice 2 para calcular a entalpia
de reação:
9. Calorimetria
C = ms
em que m é a massa da substância em gramas. Por exemplo, o calor específico da água é 4,184 J/g . °C
e a capacidade calorífica de 60,0 g de água é
Observe que as unidades do calor específico são J/g . °C e da capacidade calorífica, J/°C. A Tabela 2
mostra os calores específicos de algumas substâncias comuns.
Se conhecermos o calor específico e a massa de uma substância, a variação da temperatura da
amostra ( t) nos indicará a quantidade de calor (q) que foi absorvida ou liberada em determinado
processo. A equação para calcular o calor transferido é a seguinte:
q = ms t
q=C t
t = tfinal – tinicial
Os sinais de q seguem a mesma convenção utilizada para a variação de entalpia: q é positivo para
processos endotérmicos e negativo para processos exotérmicos.
EXEMPLO 5
Uma amostra de 466 g de água é aquecida de 8,50°C a 74,60°C. Calcule a quantidade de calor (em
quilojoules) absorvida pela água.
Estratégia Sabemos qual a quantidade e qual o calor específico da água. Com essa informação e
considerando o aumento de temperatura, podemos calcular a quantidade de calor absorvida (q).
Solução
Usando a Equação (6.12), podemos escrever
q = ms t
= (466 g)(4,184 J/g . °C)(74,60°C - 8.50°C)
1kJ
= 1.29 x 105J x
1000J
= 129 kJ
Dados:
2 H2S ( g) + 3 O2 ( g ) → 2 SO2 ( s ) + 2 H2O ( )
a) Determine o valor de ÐHr. H = −1124 kJ
b) Calcule a entalpia de formação para o HƒCCØ(g). 3 S ( s ) + 2 H2O ( ) → 2 H2S ( g ) + SO2 ( g )
H = +233 kJ
05. (Ufc) A quantidade de energia liberada na queima de
combustíveis é denominada entalpia de combustão. As A seguir, são apresentadas quatro afirmativas associadas à
entalpias de combustão de algumas substâncias são dadas na contaminação do petróleo e do gás natural brutos com o H2S.
tabela I. Para comparar a eficiência da combustão de
diferentes combustíveis, são necessárias especificações de I. O tipo de processamento dado ao petróleo e ao gás natural
algumas condições. pode contribuir para a formação da chuva ácida.
II. A oxidação do H2S com agentes oxidantes, como
Substância Entalpia de combustão Densidade oxigênio, no tratamento do petróleo é um dos principais
(kj.mol-1) (g/mL) fatores que tem comprometido a existência da camada de
Hidrogênio, H2 - 286 0,07 (*) ozônio.
Metanol, - 726 0,79 III. O sulfato de cálcio (CaSO4) e/ou o sulfato de bário
CH3OH (BaSO4), presente(s) em sedimentos marinhos, serve(m)
Etanol, - 1367 0,80 2−
como fonte natural de SO4 para os mecanismos de
C2H5OH
Octano, C8H18 - 5470 0,70 geração de H2S que se misturam ao petróleo.
(*) calculada com o gás a 0°C IV. Quando 16 kg de enxofre são produzidos, de acordo com
a equação I, a variação de entalpia para a reação e a
quantidade de calor produzido no tratamento oxidativo
Identifique, dentre as substâncias relacionadas na tabela I, a
do H2S com o oxigênio são, respectivamente,
que teria a maior eficiência nas seguintes situações:
H = −530 kJ e 1,3 x 105 kJ.
a) aplicações nas quais o uso da menor massa do combustível
é o mais importante requerimento, por exemplo, nos foguetes
espaciais. Justifique. Considerando as informações contidas no texto e o
b) aplicações nas quais o uso do menor volume do conhecimento acerca das temáticas envolvidas, está
CORRETO apenas o que se afirma em
combustível é o mais importante requerimento,
a) I e II.
por exemplo, nos veículos automotores. Justifique.
b) II e III.
c) III e IV.
06. (Upe) Um dos contaminantes do petróleo e do gás d) I, III e IV.
natural brutos é o H2S. O gás sulfídrico é originário de e) II, III e IV.
processos geológicos, baseados em diversos mecanismos
físico-químicos ou microbiológicos, os quais necessitam de:
07. (Unifesp) A explosão da nitroglicerina, C3H5(NO3)3,
uma fonte de enxofre, por exemplo, íons sulfato; um
explosivo presente na dinamite, ocorre segundo a reação:
mediador, como as bactérias ou as elevadas temperaturas de
subsuperfície, e um agente catalisador cuja presença alterará
a velocidade da reação de oxi-redução da matéria-orgânica. 4C3H5 (NO3 )3 ( ) → 12CO2 ( g) + 10H2O ( g) + 6N2 ( g) + O2 ( g)
Um dos processos tecnológicos para a remoção do H2S no São fornecidas as seguintes informações:
petróleo se baseia na sua reação com o oxigênio, conforme
indicado na equação (I). –400
Entalpia de formação de CO2 gasoso
kJ.mol–1
2 H2S ( g) + O2 ( g) → 2 S ( s ) + 2 H2O ( ) (l ) –240
Entalpia de formação de H2O gasoso
kJ.mol–1
Neste contexto, qual dos combustíveis, quando queimado 4. (Espcex (Aman)) Quantidades enormes de energia podem
completamente, libera mais dióxido de carbono no ser armazenadas em ligações químicas e a quantidade
ambiente pela mesma quantidade de energia produzida? empírica estimada de energia produzida numa reação pode
a) Benzeno. ser calculada a partir das energias de ligação das espécies
b) Metano. envolvidas. Talvez a ilustração mais próxima deste conceito
c) Glicose. no cotidiano seja a utilização de combustíveis em veículos
d) Octano. automotivos. No Brasil alguns veículos utilizam como
e) Etanol. combustível o Álcool Etílico Hidratado Combustível,
conhecido pela sigla AEHC (atualmente denominado
comercialmente apenas por ETANOL).
02. (Ufrn) Numa universidade do Nordeste, pesquisadores da Considerando um veículo movido a AEHC, com um
área de produtos naturais chegaram a uma importante tanque de capacidade de 40 L completamente cheio, além
descoberta: partindo da fermentação do suco de certa espécie dos dados de energia de ligação química fornecidos e
de cacto comum na caatinga, obtiveram álcool isopropílico admitindo-se rendimento energético da reação de 100%,
(CHƒCHOHCHƒ) a baixo custo. Em princípio, esse álcool densidade do AEHC de 0,80 g / cm3 e que o AEHC é
pode ser convertido em acetona (CHƒCOCHƒ), pelo processo composto, em massa, por 96% da substância etanol e 4%
abaixo, com rendimento de 90%, nas condições dadas. de água, a quantidade aproximada de calor liberada pela
combustão completa do combustível deste veículo será de
atingir temperaturas altíssimas devido à intensa I. A soma dos coeficientes estequiométricos da reação de
quantidade de calor liberada e por produzir ferro combustão do etanol é 8.
metálico na alma das peças, inutilizando-as. Uma II. 50 g de n-octano libera maior quantidade de energia do
reação de Termita muito comum envolve a mistura
entre alumínio metálico e óxido de ferro III, na que 100 g de propano.
proporção adequada, e gera como produtos o ferro III. O propano e o n-octano são hidrocarbonetos saturados.
metálico e o óxido de alumínio, além de calor, IV. O n-octano é aquele que libera maior quantidade de
conforme mostra a equação da reação: CO‚(g) por mol de combustível.
Estão corretas apenas as afirmativas:
2 A (s) + Fe2O3 (s) → 2 Fe (s) + A 2O3 (s) + calor
a) I e II.
Re ação de Ter mi ta
b) II e III.
Dados: c) III e IV.
Massas atômicas: A = 27 u; Fe = 56 u e O = 16 u d) I, II e IV.
Entalpia Padrão de Formação: e) I, III e IV.
ΔH0 f A 2O3 = −1675,7 kJ mol−1;
08. (Uerj) As equações químicas a seguir representam
ΔH0 f Fe2O3 = −824,2 kJ mol−1; reações de síntese, realizadas em diferentes condições, para
ΔH0 f A 0 = 0 kJ mol−1; ΔH0 f Fe0 = 0 kJ mol−1 a obtenção de uma substância hipotética XY.
I - X‚ (g) + Y‚ (g) ë 2 XY (Ø) + Q1
06. (Espcex (Aman)) Considerando a equação de II - X‚ (g) + Y‚(g) ë 2 XY (s) + Q‚
reação de Termita apresentada e os valores de III - X‚ (g) + Y‚(g) ë 2 XY (g) + Qƒ
entalpia (calor) padrão das substâncias componentes Considere Q , Q‚ e Qƒ as quantidades de calor liberadas,
da mistura, a variação de entalpia da reação de
respectivamente, nas reações I, II e III. A relação entre essas
Termita é
quantidades está expressa na seguinte alternativa:
a) Q > Q‚ > Qƒ
a) ΔH0f = +2111,2 kJ b) Q‚ > Q > Qƒ
b) ΔH0f = −1030,7 kJ c) Qƒ > Q > Q‚
d) Qƒ > Q‚ > Q
c) ΔH0f = −851,5 kJ
d) ΔH0f = −332,2 kJ
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
e) ΔH0f = −1421,6 kJ O fosgênio é um gás extremamente venenoso, tendo sido
usado em combates durante a Primeira Guerra Mundial
como agente químico de guerra. É assim chamado porque foi
07. (Uel) No Brasil, são utilizados combustíveis obtidos de primeiro preparado pela ação da luz do sol em uma mistura
diferentes fontes. Do petróleo são extraídos, por exemplo, o dos gases monóxido de carbono (CO) e cloro (C 2 ),
propano, constituinte do gás de botijão, e o n-octano, conforme a equação balanceada da reação descrita a seguir:
principal constituinte da gasolina. Da cana de açúcar é obtido CO(g) + C 2(g) → COC 2(g).
o etanol, empregado como combustível automotor. As
equações termoquímicas de combustão, não balanceadas,
dos combustíveis propano, n-octano e etanol são 9. (Espcex (Aman)) Considerando os dados termoquímicos
respectivamente representadas por: empíricos de energia de ligação das espécies, a entalpia da
reação de síntese do fosgênio é
CƒHˆ (g) + O‚ (g) ë CO‚ (g) + H‚O (Ø)
ÐH¡ = - 2.220 kJ/mol Dados:
Energia de Ligação
CˆHˆ (g) + O‚ (g) ë CO‚ (g) + H‚O (Ø) 745 kJ / mol
ÐH¡ = - 5.471 kJ/mol 1080 kJ / mol
328 kJ / mol
C‚H…OH (Ø) + O‚ (g) ë CO‚ (g) + H‚O (Ø)
243 kJ / mol
ÐH¡ = - 1.368 kJ/mol
Com base nas fórmulas dos combustíveis e nas equações,
considere as afirmativas a seguir.
10. (Ufc) Dentre as diversas alternativas de uso da energia 12. (Cefet MG) Para diminuir o efeito estufa causado pelo
CO2, emitido pela queima de combustíveis automotivos,
solar, os denominados "aquecimentos solares ativos"
emprega-se um combustível que produza menor quantidade
baseiam-se nos efeitos térmicos originados das reações
de CO2 por kg de combustível queimado, considerando-se
químicas. Por exemplo, a reação reversível de formação do
a quantidade de energia liberada. No Brasil, utilizasse
sulfato de sódio decahidratado pode ser usada para estocar principalmente a gasolina (octano) e o etanol, cujas entalpias
energia solar. Em temperaturas acima de 32,3 °C, o sal de combustão encontram-se relacionadas na tabela seguinte.
hidratado absorve calor, liberando moléculas de água,
−1
formando solução concentrada do sal. Quando a temperatura Composto Hoc (kJ mo )
cai abaixo de 32,3 °C, o sal é rehidratado e calor é liberado etanol −1370
da reação reversa. gasolina −5464
Na‚SO„.10H‚O (s) + calor ë Na‚SO„ (aq) + 10H‚O (Ø) A análise dessas informações permite concluir que a(o)
__________ libera mais energia por mol de gás carbônico
Na‚SO„ (aq) + 10H‚O (Ø) ë Na‚SO„.10H‚O (s) + calor produzido, sendo que o valor encontrado é de___________
−1
kJ mo .
Assinale a alternativa correta. Os termos que completam, corretamente, as lacunas são
a) A eficiência na troca de calor durante o processo será tanto a) etanol, 685.
maior quanto menores forem as variações de temperatura b) etanol, 1370.
experimentadas, T‚-T (T‚ > 32,3 °C > T). c) gasolina, 683.
b) Em temperaturas acima de 32,3 °C, as ligações químicas d) gasolina, 685.
H-O são quebradas liberando calor. e) gasolina, 5464.
c) O calor envolvido nas reações origina-se da quebra das
ligações Na-S, S-O e da formação das ligações do sal 13. (Ufla) Com base no conceito de entalpia de formação (H)
hidratado. e dado o diagrama de entalpia de formação de H‚O a seguir,
d) O processo reversível descrito é exotérmico em valores de a alternativa INCORRETA é
temperatura acima de 32,3 °C, tornando-se endotérmico em
temperaturas abaixo de 32,3 °C.
e) As variações de calor das reações originam-se da liberação
ou da absorção de água da rede cristalina do sal.
de energia.
c) a quantidade de energia envolvida na formação de H‚O(l) 16. (Ufpi) "Está chegando ao Brasil o café "hot when you
depende da quantidade de reagente utilizado. want" (quente quando quiser). Basta apertar um botão no
d) as substâncias simples H‚(g) e O‚(g) no estado padrão fundo da lata, esperar três minutos e pronto! Café quentinho
possuem entalpia igual a zero. (a 60°C) por 20 minutos! Trata-se apenas de um
e) o calor liberado na solidificação do vapor d'água é 86 kJ. compartimento no fundo da lata, que contém,
separadamente, uma substância sólida de alto conteúdo
14. (Ufmg) Combustíveis orgânicos liberam CO‚, em sua energético e água. Ao apertar o botão no fundo da lata, a
combustão. O aumento da concentração de CO‚ na atmosfera placa que separa essas duas substâncias se rompe e a reação
provoca um aumento do efeito estufa, que contribui para o começa. O calor desprendido nesta é, então, aproveitado para
aquecimento do planeta. A tabela a seguir informa o valor aquecer o café na parte superior da lata...".
aproximado da energia liberada na queima de alguns (Folha de São Paulo, 15/08/2002)
combustíveis orgânicos, a 25°C. Com base no texto, analise as afirmativas abaixo.
I. A substância sólida possui elevado conteúdo energético,
porque a variação de entalpia do reticulado (retículo
cristalino) é exotérmica.
II. O café aquece na reação da substância sólida com a água,
porque a variação da entalpia de hidratação é exotérmica.
III. O café aquece, porque a variação de entalpia da reação
de hidratação é maior do que a variação de entalpia do
reticulado.
Marque a opção correta.
O combustível que apresenta o maior quociente energia a) apenas I é verdadeira.
liberada/quantidade de CO‚ produzido é o b) apenas II é verdadeira.
a) metano. c) apenas III é verdadeira.
b) etanol. d) apenas I e II são verdadeiras.
c) n-octano. e) apenas II e III são verdadeiras.
d) metanol.
17. (Pucrj) O metanol é um álcool utilizado como
15. (Ufmg) A queima de metano na presença de oxigênio combustível em alguns tipos de competição automotiva, por
pode produzir duas substâncias distintas que contêm exemplo, na Fórmula Indy. A queima completa (ver reação
carbono: termoquímica abaixo) de 1 L de metanol (densidade
- monóxido de carbono, produzido pela combustão 0,80 g mL−1) produz energia na forma de calor (em kJ) e
incompleta do metano; e
CO2 (em gramas) nas seguintes quantidades
- dióxido de carbono.
respectivamente:
As equações químicas dessas reações são:
Reação I 2 CH3OH( ) + 3 O2(g) → 4 H2O( ) + 2 CO2(g) ;
CH„ (g) + 3/2 O‚ (g) ë 2H‚O (g) + CO (g)
Reação II ΔH = −1453 kJ
CH„ (g) + 2O‚ (g) ë 2H‚O (g) + CO‚ (g) Considere: M(CH3OH) = 32 g mol−1
Considerando-se essas reações, é CORRETO afirmar que
a) ambas são exotérmicas e a quantidade de calor liberado M(CO2 ) = 44 g mol−1
em I é menor que em II. a) 18,2 103 e 1,1 103
b) ambas são endotérmicas e a quantidade de calor absorvido b) 21,3 103 e 0,8 103
em I é menor que em II. c) 21,3 103 e 1,1 103
c) ambas são endotérmicas e a quantidade de calor absorvido d) 18,2 103 e 0,8 103
em II é menor que em I . e) 36,4 103 e 1,8 103
d) ambas são exotérmicas e a quantidade de calor liberado
em II é menor que em I . 18. (Unicamp) Hot pack e cold pack são dispositivos que
permitem, respectivamente, aquecer ou resfriar objetos
rapidamente e nas mais diversas situações. Esses
24. (Pucsp ) Dados: Entalpia de ligação A reação e a energia envolvidas estão descritas na equação
abaixo:
H - H = 435 kJ/mol
N - H = 390 kJ/mol CaO(s) + H2O( ) → Ca(OH)2 (aq)
A reação de síntese da amônia, processo industrial de grande H = −20, 4 kcal / mol
relevância para a indústria de fertilizantes e de explosivos, é
representada pela equação Considere que são necessários 0,3 kcal de energia para se
N‚(g) + 3 H‚(g) ë 2 NHƒ(g) ÐH = - 90 kJ elevar em 1C a temperatura de 300 mL de água contida
A partir dos dados fornecidos, determina-se que a entalpia de numa latinha de café “hot when you want” e que toda
ligação contida na molécula de N‚ energia liberada seja utilizada para aquecer a bebida.
25. (Pucrs) O isoctano líquido (C8H18 ) e o gás hidrogênio 27. (Ufpr) O etanol (C‚H…OH) é um combustível
são importantes combustíveis. O primeiro está presente na amplamente utilizado no Brasil para abastecer o tanque de
gasolina; o segundo, na propulsão de foguetes. automóveis. Dados:
As entalpias aproximadas de formação do gás carbônico, do
vapor de água e do isoctano líquido (C8H18 ) são,
2C(grafite) + 3H‚(g) + 1/2O‚(g) ë C‚H…OH(Ø) ÐH = -
respectivamente, −393, −242 e −259 kJ / mol. 277,7 kJ
d = 0,80 g / cm3 = 800 g / L quebra das ligações de interação entre o sal e a água
1L 800 g de hidratação.
40L m
Não há quebra das ligações indicadas no item.
E) verdadeiro
m = 32.000 g
Como explicado no item c, ocorre quebra e formação
32.000 g 100 % de ligações de interação entre água e o sal.
me tanol 96 % Para a quebra das interações entre o sal e a água,
me tanol = 30.720 g ocorre absorção de calor. Para a formação das
30.720 interações entre o sal e a água, ocorre liberação de
ne tanol = = 667,826 mols energia.
46
1 mol 1368 kJ
695,65 y
y = 9,5 10 kJ
5
b) Somando as três equações abaixo obteremos a equação IV: 1 CH4 (g) + 2O 2 (g) → 1CO 2 (g) + 2H2 O( ) H = −802,30 kJ / mol
I) 3 H2O () → 3 H2O (v) H = 132,0 kJ × mol−1 (mantida) 16 g 802,30 kJ liberados
1g 50,144 kJ liberados
(x3)
II) C2H5OH (v) → C2H5OH () H = − 42,6 kJ × mol−1
1 C 2H6 O(g) + 3O 2 (g) → 2CO 2 (g) + 3H2 O( ) H = −1.368,00 kJ / mol
(invertida) 46 g 1.368,00 kJ liberados
III) C2H5OH () + 3O2(g) → 2CO2(g) + 3 H2O () H = −x kJ 1g 29,739 kJ liberados
× mol−1 (mantida)
Resposta da questão 34: [C]
Global: C2H5OH (v) + 3O2(g) → 2CO2(g) + H2O (v) H = −y kJ A partir da análise do diagrama, vem:
CO 2( g) + H2 O( → CO 2( g) + H2 O( g) H2 =+ 2,4 kJ / g
) Mg(s) + 2 H2O( ) → Mg(OH)2 (s) + H2 (g) + 350 kJ
Bio − óleo + O 2( g) ⎯⎯⎯
→ CO 2( g) + H2 O( g) H = H1 + H2
Global
0 +2 Calor
liberado
H = −18,8 + 2,4 = −16,4 kJ / g
→ Mg2+ + 2e−
oxidação
1g − 16,4 kJ (liberados) Mg0 ⎯⎯⎯⎯⎯
5g 5 ( −16,4) kJ (liberados)
Resposta da questão 39: [A]
−82,0 kJ
15
3 C2H2(g) + O2(g) → 6 CO2(g) + 3 H2O( )
2
H0c = 3 ( −310) kcal mol
15
6 CO2(g) + 3 H2O( ) → C6H6( ) + O2(g)
2
H0c = +780 kcal mol
−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
Global
3 C2H2(g) ⎯⎯⎯⎯
→ C6H6( )
H = [3 ( −310) + 780] kcal mol
H = −150 kcal mol
MÓDULO 06 - TERMODINÂMICA
1) Conceitos fundamentais
e) Calor: é uma energia em trânsito; é a energia transferida de um objeto mais quente para um objeto mais
frio;
O calor é uma propriedade extensiva da matéria;
Calor sensível: está relacionado com alterações na temperatura: Q = m.c.t
Calor latente: está relacionado as mudanças de fase: Q = m. L
Propriedade extensiva: depende da quantidade de matéria da amostra (se você dividir ao meio a amostra, a
propriedade terá a metade do valor original). Ex. massa, volume, comprimento;
Propriedade intensiva: não depende da quantidade da amostra (se você dividir ao meio a amostra, as duas
partes ainda terão a mesma propriedade). Ex. temperatura, pressão, densidade, massa molar, cor.
f) Temperatura: é a medida da agitação térmica das partículas do sistema;
g) Trabalho (W) : é uma energia em trânsito; é a troca de energia sem a influência de diferenças na
temperatura;
É o movimento contra uma força oposta: W = F. d
Esistema = Ec + Ep
Como não podemos realmente saber o valor absoluto da energia interna de um sistema, pois o nível zero de
energia potencial é arbitrário, temos interesse somente na variação da energia interna (E) de um sistema onde
ocorre uma transformação.
E = Efinal – Einicial
Tanto a variação da energia interna (E) como a energia interna (E) são funções de estado;
A variação da energia interna de um sistema provocada por uma reação química pode ser representada por:
E = Eprodutos – Ereagentes
Assim temos:
E > 0: o sistema absorve energia interna;
E < 0: o sistema libera energia interna;
Na termodinâmica estudamos duas formas pelos quais um sistema pode trocar energia com o seu ambiente:
calor e trabalho;
Primeira lei da termodinâmica:
A energia interna de um sistema isolado é constante;
A variação da energia interna de um sistema (E) é igual à soma entre o calor absorvido pelo sistema e o
trabalho realizado sobre o sistema;
E = Q + W
Convenção de sinais:
Q > 0: calor é absorvido pelo sistema;
Q < 0: calor é liberado pelo sistema;
W > 0: trabalho é feito sobre o sistema;
W < 0: trabalho é feito pelo sistema;
Quando energia (calor ou trabalho) sai do sistema, o sinal é negativo, pois o sistema perde energia interna;
Quando energia (calor ou trabalho) entra no sistema, o sinal é positivo, pois o sistema aumenta a sua energia
interna;
O calor e o trabalho não são funções de estado, embora a sua soma (E) o seja;
Pressão é a quantidade de força atuando perpendicularmente a uma superfície, dividida pela área, ou seja, é a
razão entre a força e a área.
força
Pressão =
área
Vamos deduzir uma expressão que permita calcular o trabalho de expansão ou compressão realizado por um
cilindro contendo um embolo móvel e um gás em seu interior:
W = F. d
força F
W = F. h como Pressão = P F P. A
área A
W = - P. V ; V>O ; W<0
W = P. V ; V>O ; W<0
4) Transformações do sistema
a) Transformação adiabática: é aquela que ocorre sem que haja troca de calor entre o sistema e o meio
ambiente (Q = 0);
E = Q + W ; Q=0 ; E = W
Como o trabalho é realizado pelo sistema sobre o ambiente W < 0 e assim E < 0;
E = Q + W ; Q=0 ; E = W
Como o trabalho é realizado pelo ambiente sobre o sistema W > 0 e assim E > 0;
b) Transformação isocórica, isométrica ou isovolumétrica: é aquela que ocorre sob volume constante e a
temperatura e a pressão variando do modo diretamente proporcional;
W = P. V ; V = 0; W=0
Assim:
E = Q + W ; W=0 ; E = Qv
P2
P1
V1 V2 V
c) Transformação isobárica: é aquela que ocorre sob pressão constante e a temperatura e o volume
variando do modo diretamente proporcional;
E = Qp + W ; Qp = H
Assim:
E = H + W
E = H + P. V
E = H + n.R. T (para um gás ideal)
Qp = troca de calor sob pressão constante;
Obs.: W = P. V ou W = n.R. T
Numa transformação isobárica a variação da energia interna (E) é igual à soma entre o calor trocado
(absorvido) à pressão constante (Qp) e o trabalho realizado sobre o sistema (P. V).
P
P2
P1
V1 V2 V
d) Transformação isotérmica: é aquela que ocorre sob temperatura constante e a pressão e o volume
variando do modo inversamente proporcional;
T = 0 ; E = 0
Assim:
E = Q + W = 0 ; Q=-W
P1
V1 V2 V
e) Transformação que ocorre com pressão constante e temperatura constante, e com variação do
volume por alteração do número de mols de matéria do sistema;
E = Qp + W ; Qp = H
Assim:
E = H + W
E = H + n.R.T (para um gás ideal)
5) Calorimetria
A quantidade de calor liberado ou absorvido em uma reação química é denominada calor de reação;
A quantidade de calor envolvida em uma reação é geralmente calculada a volume constante ou a pressão
constante;
W = P. V ; V = 0; W=0
E = Q + W ; W=0 ; E = Qv
H = E + P. V
H = E + P. V como: E = Q + W
H = Q + W + P. V como: W = - P. V
H = Q + (- P. V) + P. V
H = Qp
Fig. Calorímetro de copo de café, no qual as reações ocorrem sob pressão constante.
Concluímos assim que o H de uma reação não é o único critério que deve ser utilizado para prever a
espontaneidade de uma reação.
Em 1954, Rudolf Clausius concluiu que as reações químicas espontâneas ocorrem no sentido de uma maior
desordem do sistema, ou seja, uma distribuição cada vez mais uniforme de energia e matéria no sistema.
A medida da desordem de um sistema é chamada de entropia(S).
Entropia(S) de um sistema é a medida da desordem desse sistema.
ou
PROCESSO ESPONTÂNEO
b) Alteração da temperatura
Quando maior a temperatura de um corpo, maior a entropia do sistema, pois há uma aumento da velocidade
das moléculas e consequentemente, um aumento da desorganização do sistema.
c) Mistura de substâncias
Quando ocorre uma mistura de substâncias, a entropia do sistema aumenta, pois fica mais difícil a identificação
de cada componente.
d) Expansão de um gás
Quando ocorre a expansão de um gás, há um aumento da entropia, pois as moléculas ficam desordenadas em
um espaço maior.
Observação:
Além de aumentar o n° de espécies químicas, houve liberação de um gás, contribuindo ainda mais para o
aumento da entropia.
Observe a tabela a seguir que mostra as entropias das substâncias na condição padrão (25°C e 1 atm).
Entropia
Substâncias
Padrão (cal/k.mol)
C(grafite) + 1,36
C(diamante) + 0,58
S(rômbico) + 60,96
Zn(s) + 9,95
Cu(s) + 7,96
Fe(s) + 6,49
F2(g) + 48,60
Cl2(g) + 53,28
Br2(l) + 36,40
I2(s) + 27,90
H2(g) + 31,21
O2(g) + 49,00
N2(g) + 45,76
CO(g) + 47,30
NO(g) + 50,34
Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira
171
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira
H2O(l) + 16,71
H2O(g) + 45,10
O3(g) + 56,80
SO2(g) + 59,40
SO3(g) + 61,24
NO2(g) + 57,47
N2O(g) + 52,58
CO2(g) + 51,06
NH3(g) + 46,01
CH4(g) + 44,50
C2H2(g) + 47,99
C2H4(g) + 52,45
C2H6(g) + 54,85
Na2SO4(s) + 35,73
Fe2O3(s) + 21,50
Fe3O4(s) + 35,00
CaO(s) + 9,50
KCl(s) + 19,76
Observação:
Com os valores das entropias das substâncias que participam de uma reação, podemos calcular a variação de
entropia (S) dessa reação.
já vimos que:
H < 0 reação exotérmica, a reação tende a ser espontânea (existem muitas exceções).
H > 0 reação endotérmica, a reação tende a ser não-espontânea (existem muitas exceções).
Observamos que em casos onde : H > 0 e S > 0 ou H < 0 e S < 0, torna-se difícil prever a espontaneidade
de uma reação com base nestas duas funções. Surge, assim, a necessidade de uma terceira função.
O físico-químico norte-americano Willard Gibbs, através de estudos bastante complexos, chegou à seguinte
expressão:
G = H − T S
Observações:
1. Como não é possível calcular o valor absoluto da energia livre (G) de uma substância, calcula-se a variação da
energia livre (G).
G = GPRODUTOS − GREAGENTES
2. O G, na condição padrão de 25°C e 1 atm é chamado de variação padrão da energia livre (G°).
6.4. Resumindo
H = HP – HR Hess
S = SP – SR Clausius
G = GP – GR Gibbs
G = H – T . S
Onde:
G = Variação de energia livre
H = Variação de entalpia
T = Temperatura (Kelvin)
S = Variação de entropia
G < 0: O processo é espontâneo (libera energia livre).
G = 0: O sistema está em equilíbrio.
G > 0: O processo é não-espontâneo (absorve energia livre).
01. (Ufes) Acerca da reação abaixo, Com base nos dados acima, pode-se afirmar que:
H‚(g)+CO‚(g)ëH‚O(g)+CO(g) 25°C, 1atm ( ) (I) representa uma reação onde ocorre aumento de
entropia.
são feitas as seguintes afirmações: ( ) (II) representa uma reação química espontânea.
I - a reação é espontânea a 25°C e 1atm; ( ) todas as equações representam reações de oxi-
II - um aumento na temperatura torna a reação mais redução.
espontânea; ( ) (III) representa uma reação química fortemente
III - a entropia padrão do H‚ a 25°C é zero; endotérmica, nas condições padrão.
IV - a reação ocorre com absorção de calor. ( ) as três equações acima são equações
Sendo dados termoquímicas.
ÐS° (reação) = 42,4 J/mol.K 04. (Ufpe) O gráfico ilustra a variação da energia livre
ÐHf (CO‚(g)) = - 393,5 kJ/mol ao longo de uma reação química, que ocorre em duas
ÐHf (H‚O(g)) = - 241,8 kJ/mol etapas:
ÐHf (CO(g)) = - 110,5 kJ/mol,
estão CORRETAS as afirmações Etapa I: A ë B
a) I e II. Etapa II: B ë C
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
06. (IME) Calcule o valor da variação da energia livre, a b) Calcular a variação de entalpia da reação global.
25°C, para a reação representada a seguir:
2 Na2O2(s) + 2 H2O(l) → 4 NaOH(s) + O2(g) c)Calcular a variação de entropia da reação global. Dados os
Dados: valores aproximados em j/K.mol:
Substância Entalpia de S° a 25°C S S8(S) = 255; S H2O(l) = 70; S O2(g = 205;
formação a 25°C (J.mol-1.K-1 S H2SO4(l) = 157
(kJ.mol-1) d) Calcule a variação de energia livre da equação global na
H2O(l) -286,0 69,69 temperatura de 27°C e indique a espontaneidade da reação.
Na2O2(s) -510,9 94,60
NaOH(s) -426,8 64,18
O2(g) 0 205,00 09. (Ime) Uma fábrica, que produz cal (Ca(OH)‚), necessita
reduzir o custo da produção para se manter no mercado com
preço competitivo para seu produto.
07. (Ita) Considere as reações representadas pelas seguintes
A direção da fábrica solicitou ao departamento técnico o
equações químicas:
estudo da viabilidade de reduzir a temperatura do forno de
I. C(s) + 2H2 (g) → CH4 (g) calcinação de carbonato de cálcio, dos atuais 1500K, para
800K. Considerando apenas o aspecto termodinâmico,
II. N2O(g) → N2 (g) + 1/ 2O2 (g)
pergunta-se: o departamento técnico pode aceitar a nova
III. 2NI3 (s) → N2 (g) + 3I2 (g)
temperatura de calcinação?
IV. 2O3 (g) → 3O2 (g) Em caso afirmativo, o departamento técnico pode fornecer
uma outra temperatura de operação que proporcione maior
Assinale a opção que apresenta a(s) reação(ões) química(s)
economia?
na(s) qual(is) há uma variação negativa de entropia.
a) Apenas I Em caso negativo, qual é a temperatura mais econômica para
b) Apenas II e IV operar o forno de calcinação?
c) Apenas II e III e IV Dados:
d) Apenas III
e) Apenas IV
- foi queimada em uma bomba calormétrica a volume ( ) A queima completa do n-hexano libera mais calor que
a queima incompleta.
constante. Em consequência, a temperatura da água elevou-
( ) A combustão completa do n-hexano é exotérmica.
se de 20,28°C para 25,95°C. Considerando que a capacidade
calorífica da bomba mais a da água é 10,17 kJ/°C, calcule o
2. (Ufrn) Um béquer de vidro, com meio litro de capacidade,
calor de combustão do naftaleno em termos de mol. isto é,
em condições normais de temperatura e pressão, contém 300
determine o calor molar de combustão. mL de água líquida e 100 g de gelo em cubos.
11. Misturou-se 1,00 X 102 mL de HCl. 0,500 M, com 1,00 Durante o processo de fusão do gelo nas condições do
X 102 mL de NaOH, 0,500 M, em um calorímetro a pressão sistema descrito no texto (273 K e 1,0 atm), deve ocorrer
constante com capacidade calorífica desprezível. A a) aumento de entropia e diminuição de entalpia.
temperatura inicial das soluções de HCl e NaOH era a b) diminuição de entalpia e de entropia.
mesma, 22,50°C. e a temperatura final da mistura foi de c) diminuição de entropia e aumento de entalpia.
25,86°C. Calcule o calor transferido na reação de d) aumento de entalpia e de entropia.
neutralização em termos de mol.
3. (UFCG) O estudo das reações químicas que ocorrem
NaOH(aq) + HCI(aq) → NaCI(aq) + H2O(l) com absorção da radiação solar de alta energia e dos
processos químicos industriais que causam dano ao meio
ambiente faz parte da química ambiental. Alguns exemplos
Suponha que as soluções apresentem densidades e calores destes tipos de reações são mostrados a seguir. Assinale
dentre as alternativas abaixo aquela na qual não se observa
específicos iguais aos da água (1,00 g/mL e 4,184 J/g . °C, um aumento da entropia.
respectivamente).
a) Calcinação de calcário: CaCO3 (s) → CaO (s) + CO2 (g)
TERMODINÂMICA b) Fotodissociação de oxigênio: O 2 (g) → 2 O (g)
Exercícios de Fixação c) Fotodissociação de Freon-12:
CF2 Cl2 (g) → CF2 Cl (g) + Cl (g)
d) Obtenção de Ferro a partir de seu minério:
1. (Ufpe) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses 2 Fe2 O3 (s) → 4 Fe (s) + 3 O 2 (g)
a letra (V) se a afirmativa for verdadeira ou (F) se for falsa. e) Formação de ozônio na atmosfera:
O 2 (g) + O (g) → O3 (g)
A queima de combustível no interior de motores pode
ocorrer de forma incompleta e produzir monóxido de 4. (Uel) Entre as transformações a seguir, a que deve ocorrer
carbono, um gás extremamente tóxico, ao invés de CO‚, que com maior aumento de entropia, no sentido
é produzido na queima completa. Para evitar a emissão desse reagentesëprodutos é
gás, alguns automóveis são equipados com um catalisador a) CO (g) + NO‚ (g) ë CO‚ (g) + NO (g)
que promove a queima do monóxido de carbono, b) 2 HgO (s) ë 2 Hg (Ø) + O‚ (g)
convertendo-o em dióxido de carbono. Tornando-se como c) S (rômbico) ë S (monoclínico)
modelo de combustível o n-hexano (C†H„) para o qual o d) H‚O (Ø) ë H‚O (s)
calor padrão de combustão é de -4163 kJmol-¢ e sabendo-se e) C‚H…OH (g) ë C‚H…OH (Ø)
que:
5. (Puc RJ) Indique, entre as opções abaixo, a alternativa
C†H„(Ø)+13/2 O‚(g) ë 6CO(g)+7H‚O(g), correta
ÐH° = -2465kJmol-¢ a) O sinal de S para a condensação do vapor de amônia é
negativo.
Pode-se afirmar que: b) O sinal de S para a separação dos componentes do ar é
( ) A conversão de CO em CO‚ é endotérmica. positivo.
( ) O calor liberado na conversão de CO em CO‚ é menor c) O sinal de S para o óleo queimando é negativo.
que 300 kJmol-¢. d) O sinal de S para o congelamento do ar é positivo.
( ) É esperado que a conversão de CO em CO‚, ocorra com e) O sinal de H para a queima da madeira é positivo.
um abaixamento de entropia.
porque:
a) a sacarose é um composto covalente e o sulfato de lítio é
6. (Ufg) Considere o cilindro de um motor de combustão
um composto iônico.
interna (motor de automóvel) onde o octano, no estado
b) a dissolução da sacarose é endotérmica e a do sulfato de
gasoso, sofre combustão, gerando produtos no estado
lítio é exotérmica.
gasoso.
c) a água funciona como ácido de Bronsted e reage
A expansão da câmara de combustão, com o consequente
exotérmicamente com o sulfato de lítio.
deslocamento do pistão, deve-se
d) a sacarose não dissolve facilmente em água por ser um
a) à energia de vaporização dos produtos.
composto covalente e o sulfato de lítio dissolve facilmente
b) às mudanças de estado físico entre reagentes e produtos.
em água por ser um composto iônico.
c) ao deslocamento do equilíbrio, em direção aos produtos.
e) a dissolução do sulfato de lítio aumenta a entropia.
d) à diminuição da entropia no processo.
e) ao aumento no número de moléculas.
10. (Faap) Verifica-se em laboratório que a preparação de
uma solução aquosa de H‚SO„ por adição deste à água, causa
7. (Ufpi) Compressores são máquinas que, na pressão
um aumento na temperatura da solução quando comparada
atmosférica local, captam o ar, comprimindo-o até atingir a
com a temperatura original do solvente. Trata-se, portanto,
pressão de trabalho desejada. Ao nível do mar, a pressão
de um processo:
atmosférica normal é 1,0 bar. Em equipamentos
a) endotérmico
pneumáticos, a 25°C, a pressão mais utilizada é a de 6,0 bar.
b) exotérmico
Nessas condições, e considerando o oxigênio (O‚) como um
c) isotérmico
gás ideal, calcule a massa aproximada de O‚, em gramas,
d) sem variação de energia livre
contida em um compressor de volume igual a 5,0 litros. (A
e) sem variação de entalpia
constante R vale 0,082 bar.L.mol-¢.K-¢)
a) 8,0
11. (Uece) A glicose é produzida no intestino pela
b) 16
degradação dos carboidratos, e transportada pelo sangue até
c) 39 as células onde reage com o oxigênio produzindo dióxido
d) 47 de carbono e água. Para entender a formação da glicose, são
e) 55 fornecidas as seguintes equações:
75J de calor, a variação de energia é igual a: b) A emissão dos gases tóxicos provoca um decréscimo de
a) -125 J entropia do ambiente.
b) - 75 J c) A reação de combustão formadora dos gases tóxicos é
c) - 50 J endotérmica.
d) 75 J d) A estabilidade térmica aumenta quando a energia livre
e) 200 J diminui.
e) O trabalho realizado pelo catalisador será igual à variação
18. (Ufg) As equações químicas a seguir representam a de energia interna.
mesma reação em condições experimentais diferentes.
21. (Ufrn) Um estudante deveria propor, como tarefa escolar,
um processo de reciclagem de gás carbônico (CO‚), um dos
responsáveis pelo efeito estufa. Admitiu, então, a
possibilidade de ocorrer a transformação dessa substância
em metano, em condições normais de temperatura e pressão,
de acordo com a equação a seguir:
Qual(is) da(s) afirmação(ões) acima melhor explica(m) o Após esses procedimentos, concluiu corretamente que:
fato de que, numa praia do Recife, PE, a areia molhada é a) ÐS < 0 e ÐH < 0
mais fria que a areia seca. b) ÐS < 0 e ÐH > 0
a) 1 e 3 apenas c) ÐS > 0 e ÐH > 0
b) 2 e 3 apenas d) ÐS > 0 e ÐH < 0
c) 4 apenas
d) 3 apenas 22. (Ufpe) A determinação da espontaneidade de
e) 2 apenas transformações químicas é importante para a viabilização
econômica de processos químicos, bem como para a
20. (Ufpi) Além de aumentar a estabilidade térmica da compreensão de fenômenos naturais, em particular,
alumina (Al‚Oƒ), o cério (Ce), quando presente na processos biológicos. A reação de quantidades
composição de catalisadores automotivos, tem uma grande estequiométricas de hidróxido de bário sólido com nitrato de
importância de proteção ambiental. Nesse caso, o elemento amônio sólido, descrita pela equação química a seguir, é
Ce tem a capacidade de estocar oxigênio (O‚), reduzindo a capaz de resfriar, até cerca de -20°C, o recipiente que contém
emissão de gases tóxicos. Com base na informação acima, as espécies químicas.
marque a alternativa correta.
a) A estabilidade térmica da alumina é devido ao baixo ponto Ba(OH)‚(s) + 2NH„NOƒ(s) ë
de fusão do Ce.
Introdução
Algumas reações químicas ocorrem lentamente, como por exemplo, a formação da ferrugem; outras reações
químicas são rápidas, como por exemplo, a combustão da madeira. A velocidade das reações químicas e os fatores
que nela influem são alguns dos assuntos que serão estudados nas aulas seguintes.
1. Cinética química
É o estudo da velocidade das reações químicas e dos fatores que nela influem.
No nosso cotidiano, observamos processos químicos lentos e rápidos:
Ex.:
• A explosão da dinamite ocorre em frações de segundo;
• A formação de ferrugem é uma reação lenta;
• Numa vela, a combustão do material é uma reação lenta.
aA + bB → cC + dD
Sendo:
nA = número de mols de A consumidos num intervalo de tempo t.
nB = número de mols de B consumidos num intervalo de tempo t.
nC = número de mols de C consumidos num intervalo de tempo t.
nD = número de mols de formados num intervalo de tempo t.
Temos:
n A
velocidade média de consumo de A Vm =
t
nB
velocidade média de consumo de B Vm =
t
Δn
velocidade média de formação de C Vm = ΔtC
Δn D
velocidade média de formação de D Vm =
Δt
As quantidades dos reagentes ou dos produtos podem ser expressas em gramas, em litros (para gases), em mol
ou em mol/L (molaridade). A molaridade é a melhor maneira de se exprimir a velocidade de uma reação, ou seja,
calculando-se a variação da molaridade, por unidade de tempo, de um dos reagentes ou de um dos produtos.
Para a mesma reação hipotética anterior consideremos:
temos:
A
velocidade média de consumo de A=
t
B
velocidade média de consumo de B=
t
C
velocidade média de formação de C=
t
D
velocidade média de formação de D=
t
Observações:
1. O valor em módulo, colocado na expressão de velocidade para os reagentes, deve-se ao fato da variação da
molaridade ser negativa, pois as molaridades dos reagentes diminuem com o passar do tempo. Procedendo assim,
a velocidade de uma reação em relação a um reagente de uma reação será sempre positiva.
2. Quando a fórmula da substância vem entre colchetes, isso indica a molaridade (mol/L) dessa substância.
A velocidade média de uma reação, sem especificar o reagente ou o produto, é dada pela velocidade de
consumo de um dos reagentes ou pela velocidade de formação de um dos produtos, dividida pelo respectivo
coeficiente da equação química balanceada.
Para a mesma reação hipotética:
aA + bB → cC + dD
VA VB VC VD
VmREAÇÃO = = = =
a b c d
ou
A B C D
VmREAÇÃO = = = =
a t b t c t d t
pois:
VA VB VC VD
A B C D
VmREAÇÃO = = = =
a t b t c t d t
Observação:
A velocidade dos participantes de uma reação é diretamente proporcional aos seus respectivos coeficientes na
equação química balanceada.
A velocidade instantânea de uma reação é numericamente igual ao coeficiente angular da reta traçada no gráfico de
À medida que o tempo passa o coeficiente angular da reta vai diminuindo, consequentemente a velocidade instantânea
da reação vai diminuindo com o tempo.
Dada a reação:
Br2(aq) + HCOOH(aq) → 2H+(aq) + 2Br–(aq) + CO2(g)
As velocidades instantâneas da reação entre o bromo molecular e o ácido fórmico em t = 100 s, 200 s e
300 s são determinadas pelas inclinações das tangentes nesses valores de tempo.
A reação não ocorre, pois o CO2(g) não possui afinidade pelo O2(g).
A afinidade química é uma propriedade que depende da própria natureza das substâncias envolvidas na reação.
Para que essa reação ocorra, é necessário que haja colisão entre as moléculas dos reagentes. Nessa colisão as
ligações covalentes das moléculas de H – I devem ser quebradas para que as ligações covalentes das moléculas H –
H e I – I sejam formadas. Entre esse processo, de quebra de ligações e formação de novas ligações, ocorre a formação
de uma estrutura de transição, com ligações intermediárias entre as ligações das moléculas dos reagentes e as ligações
das moléculas dos produtos.
Essa estrutura intermediária é chamada de complexo ativado. Vejamos:
Complexo ativado de uma reação: É uma estrutura intermediária entre os reagentes e os produtos, com
ligações químicas intermediárias entre as ligações dos reagentes e as ligações dos produtos.
Para que haja a formação do complexo ativado, é necessário que as colisões entre as moléculas sejam efetivas.
Colisões efetivas ou eficazes: São aquelas em que ocorre quebra de ligações e consequente formação de novas
ligações. Nesse caso a reação ocorre.
Colisões não-efetivas ou não-eficazes: São aquelas em que não ocorre quebra de ligações e consequentemente
não há formação de novas ligações. Nesse caso a reação não ocorre.
Para que uma colisão seja efetiva, duas condições são necessárias:
II) A colisão entre as moléculas deve ocorrer com energia igual ou superior à energia de ativação da reação.
Energia de ativação de uma reação: É o valor mínimo de energia que as moléculas dos reagentes devem
possuir para que uma colisão entre elas seja eficaz.
Observação:
Quando maior for a energia de ativação de uma reação, mais lenta será a reação. Portanto, a energia de ativação
(Ea) é comparada a uma barreira que os reagentes devem vencer para que a reação ocorra.
H (entalpia)
Complexo ativado
Ea Eai
H2(g) + I2(g)
H < 0
Hf(g) + HI(g)
Caminho da reação
Ea = energia de ativação
Eai = energia de ativação da reação inversa
Reação: H2(g) + I2(g) → 2 HI(g)
(exotérmica)
H (entalpia)
Complexo ativado
Eai
H2(g) + I2(g)
Ea
H > 0
HI(g) + HI(g)
Sentido da reação
Ea = energia de ativação
Eai = energia de ativação da reação inversa
Reação: 2 HI(g) → H2(g) + I2(g)
(endotérmica)
Obs1.:
O número de colisões efetivas é mínimo em relação ao número de colisões não-efetivas
Obs2.:
Quanto menor a energia de ativação (Ea), maior será a velocidade da reação. Isso é válido tanto para reações
endotérmicas como exotérmicas.
Quando um reagente está no estado sólido, a reação ocorre apenas na sua superfície. Por isso, quanto maior
for a superfície de contato desse sólido, maior será a velocidade da reação.
Ex. 1:
O bombril enferruja muito rapidamente do que uma lâmina de ferro, na presença do ar úmido.
Ex. 2:
Os comprimidos efervescentes na forma de pó reagem muito mais rapidamente com a água do que os na forma
de comprimidos.
Regra de Van't Hoff: “um aumento de 10°C na temperatura duplica a velocidade de uma reação.”
Ex.: 20°C → V
30°C → 2V
40°C → 4V
50°C → 8V
Observação:
A regra de Van't Hoff é uma regra muito geral e portanto muito limitada.
Observação:
A pressão só influi de maneira significativa na velocidade de uma reação quando pelo menos um dos reagentes gasoso
e pressão praticamente não altera a velocidade da reação.
n
P = .R.T P =m.R.T
V
ou seja para um reagente X(g) temos:
P = [X] . R. T a uma temperatura (T) constante temos
R . T constante.
Conclusão:
A pressão de um gás é diretamente proporcional à sua concentração molar (mol/L).
V. Influência do catalisador
Catalisador: é uma substância que aumenta a velocidade de uma reação química, sem sofrer alteração
qualitativa nem quantitativa no fim da reação.
Catálise: é o nome dado ao aumento da velocidade de uma reação provocada pelo catalisador.
Um catalisador aumente a velocidade de uma reação porque diminui a energia de ativação da reação.
Entalpia (H)
Ea1
Produtos
Ea2
H > 0
Reagentes
Sentido da reação
Entalpia (H)
Ea1
Ea2
Reagentes
H < 0
Produtos
Caminho da reação
Catálise homogênea: é aquela em que o catalisador e os reagentes formam uma mesma fase. (sistema
homogêneo).
C
Ex. 1 : 2N2 O ( g) ⎯⎯2⎯
( g)
→ N2( g) + O 2( g)
Catálise heterogênea: É aquela em que o catalisador e os reagentes formam duas ou mais fases. (sistema
heterogêneo)
MnO
Ex. 1 : 2H2 O 2(aq) ⎯⎯⎯
⎯→ 2H2 O ( ) + O 2( g)
2( s )
MnO
Ex. 2 : 2KCO 3( s) ⎯⎯⎯
⎯→ 2KC ( s) + 3O 2( g)
2( s )
Os catalisadores de automóveis são formados por ligas metálicas. Como o catalisador é sólido e os
reagentes são gasosos, a catálise é heterogênea.
Observações:
Obs.1:
O catalisador não altera o H da reação
Obs.2:
A Luz, a eletricidade, o calor, etc., em alguns casos podem aumentar a velocidade de uma reação, mas não devem
ser considerados como catalisadores, pois não são substância, mas sim formas de energia.
Obs.3:
O catalisador acelera a reação, mas não aumenta o seu rendimento, isto é, ele produz a mesma quantidade de produto,
porém, num período de tempo menor.
Quantidade de produto [ ]
Autocatálise: é um caso particular de catálise, no qual o catalisador é um dos produtos da própria reação.
Inicialmente a reação é lenta. À medida que o catalisador vai sendo formado, a velocidade da reação vai
aumentando.
Enzimas: são catalisadores (proteínas complexas) produzidos pelos vivos, que aceleram reações importantes
para o metabolismo do próprio ser vivo (as enzimas são catalisadores específicos)
Modelo chave-e-fechadura que procura explicar a especificidade de urna enzima pelas moléculas de
substrato
Ativador ou promotor de catalisador: são substâncias que, isoladamente, não possuem ação catalítica, mas
numa reação ativam o catalisador.
Fe
Ex.: N2(g) + 3 H2(g) ⎯⎯→ 2 NH3(g)
ativadores: Al2O3 e K2O.
Veneno ou inibidor de catalisador: é uma espécie química que, presente numa reação catalítica, diminui ou
mesmo anula totalmente a ação do catalisador.
Fe
Ex.: N2(g) + 3 H2(g) ⎯⎯→ 2 NH3(g)
inibidor de catalisador ou veneno: Arsênio (As)
Inibidor ou Inibidor de Reação: é uma espécie química que possui ação inversa a de um catalisador, ou seja,
aumenta a energia de ativação da reação.
+
2 H2O2(aq) H 3 O ( aq) 2H2O(l) + O2(g) velocidade: v2
V2 < V1
Comparação entre uma reação não catalisada (a) e a mesma reação catalisada por uma enzima (b). A
representação gráfica em (b) admite que a reação catalisada segue um mecanismo em duas etapas e
que a segunda etapa (ES → E + P) é a que controla a velocidade da reação.
b) catálise heterogênea
Considere a reação:
Se num dado volume temos uma molécula de H2 e uma molécula de I2, elas têm certa probabilidade de se
chocarem de forma efetiva e, portanto, a reação terá uma certa velocidade.
Dobrando-se agora a concentração do hidrogênio, ou seja, colocando-se duas moléculas de H2 a probabilidade
de uma molécula de H2 chocar-se com uma molécula de I2 dobra e, portanto, a velocidade da reação dobra.
Duplicando-se as concentrações de H2 e de I2 simultaneamente, a probabilidade fica quatro vezes maior e,
portanto, a velocidade da reação quadruplica.
Conclusão:
A velocidade dessa reação é diretamente proporcional às concentrações molares (mol/L) dos reagentes.
V = K H2 I 2
V = K Aa Bb
Ex.: SO2( g) + O 2( g) → SO 3( g)
V = K SO 2 O 2
Na prática, a grande maioria das reações não são elementares, ou seja, ocorrem em duas ou mais etapas, cada
uma com a sua velocidade. Nesses casos, as equações que deduzimos até aqui são válidas para cada etapa da reação,
mas não são válidas para a reação global.
Para a reação geral abaixo, considerando que não seja elementar, temos:
aA + bB + ... → cC + dD
V = K Am Bn
Essa lei é conhecida como lei da ação das massas e foi estabelecida pelos cientistas Guldberg e Waage.
A velocidade de uma reação é determinada pela etapa mais lenta da reação, ou seja, a velocidade da reação é
a velocidade da etapa lenta e portanto os coeficientes m e n na equação da velocidade da reação são os coeficientes
dos reagentes na equação da etapa lenta.
Consideramos a reação:
Mecanismo de reação: é o conjunto de reações elementares que compõem uma reação química.
Observações:
Obs.1:
A cada etapa de uma reação que se processa em mais de uma etapa é considerada como elementar.
Obs.2:
A concentração de um sólido ou de um líquido em uma solução diluída, é considerada constante, por isso não deve
fazer parte diretamente da equação da velocidade e da reação, devendo ser considerado só o estado gasoso e
substâncias no estado aquoso.
Ex.1:
Fe ( s ) + 2HC ( aq) → FeC 2( aq) + H 2( g)
V = K [HC] 2
(considerando a reação como elementar)
Ex.2:
HC ( g) + H2O( ) → H3O (+aq) + C −( aq)
V = K HC
Observações:
Obs.1:
Em uma mistura gasosa chama-se pressão parcial de um dos reagentes à pressão que ele exerceria se estivesse
sozinho, ocupando o volume total da mistura, na temperatura considerada.
Obs.2:
Como já vimos: numa mistura gasosa, a pressão parcial de cada gás é proporcional a sua concentração molar.
Relembrando:
Para um gás A(g) temos:
NA
PA V = N A RT PA = RT PA = [ A ] RT
V
Devido a essa proporcionalidade, a lei cinética também pode ser escrita, para sistemas gasosos, da seguinte
maneira:
V = K.(pA)m.(pB)n...
Na expressão da velocidade da reação em função das pressões parciais só devem ser considerados os reagentes
gasosos.
Ex.: H2(g) + I2(s) → 2HI(g)
V = K.(pH2)1
Dada a reação:
aA + bB → xX + yY
V = K.[A]m . [B]n
Assim temos:
m = ordem da reação em relação ao reagente A;
n = ordem da reação em relação ao reagente B;
(m + n) = ordem da reação ou ordem geral da reação;
A ordem de uma reação é sempre determinada experimentalmente, pois é deduzida da equação da velocidade
da reação e pode ser igual a zero ou ter um valor positivo inteiro ou fracionário.
Observações:
Quanto à ordem, as reações podem ser:
• de ordem zero;
• de ordem igual a 1 ou de primeira ordem;
• de ordem igual a 2 ou de segunda ordem;
• de ordem igual a 3 ou de terceira ordem.
V = K . [NO]2 . [H2]
Ordem do NO(g): 2a ordem
Ordem do H2(g): 1a ordem
Ordem da reação: 3a ordem
Ex.:
C12H22O11(aq) + H2O(l) → C6H12C6(aq) + C6H12O6(aq)
sacarose água glicose frutose
A molecularidade da reação é igual a 2(reação bimolecular), pois essa reação se efetua pelo choque de 2
moléculas C12 H22 O11 e H2O.
A ordem da reação é igual a 1 (reação de primeira ordem), pois a velocidade só depende da concentração de
uma substância (C12H22O11) elevada a expoente 1:
V = K C12H22O11
Observações:
1. Quando à molecularidade, as reações podem ser: monomoleculares (ou unimoleculares), bimoleculares e
trimoleculares.
2. Numa reação não-elementar, não se define molecularidade para a reação global, mas sim, para cada uma de suas
etapas.
9. Aprofundamento
9.1. Determinação da lei de velocidade de uma reação
1.1. Uma lei de velocidade é uma característica da reação determinada experimentalmente e não pode,
em geral, ser escrita a partir da estequiometria da equação química balanceada.
1.3. As ordens podem ser negativas e uma lei de velocidade pode depender da concentração dos
produtos:
Observa-se experimentalmente que na reação de transformação do gás ozônio em gás oxigênio,
o aumento da concentração de O2(g) desacelera a reação, pois ele participa da reação inversa:
Onde:
A = parâmetro de Arrhenius = fator pré-exponencial (determinado experimentalmente), também chamado
de fator de frequência, ele está relacionado com a frequência das colisões e a probabilidade com que as
colisões são orientadas de maneira favorável. Esse fator é expresso na unidade L.mol–1.s–1.
Ea = parâmetro de Arrhenius = energia de ativação (determinado experimentalmente).
A e Ea são praticamente independentes da temperatura e variam de reação para reação.
R = constante dos gases = 8,314 J.mol–1K–1.
T = temperatura absoluta.
Observe que a equação abaixo possui a forma de uma reta (y = a + bx). Essa equação mostra que em
um gráfico de ln k (eixo y) versus 1/T (eixo x) será uma reta com inclinação igual a –Ea/R, assim a energia
de ativação pode ser calculada a partir da inclinação da reta resultante no referido gráfico.
O fator exponencial e –Ea/RT é sempre menor que 1 e se interpreta como a fração de moléculas com
a energia mínima necessária para que a reação ocorra.
Ordem da
0 1 2
reação
Equação de
V=k.[R]0 V=k.[R]1 V=k.[R]2
velocidade
Unidades de
Mol.L-1.s-1 s-1 L.mol-1.s-1
k
ln[R]t = ln[R]0 – kt
[R]t = [R]0 – kt 1/[R]t = 1/[R]0 + kt
Equação (y = a + bx)
(y = a + bx) (y = a + bx)
integrada de ou
ou ou
velocidade ln([R]t / [R]0) = – kt
[R]0 – [R]t = kt 1/[R]t – 1/[R]0 = kt
Coeficiente
-k -k k
angular
Gráfico
[R]t versus t (tempo) ln [R]t versus t (tempo) 1/[R]t versus t (tempo)
retilíneo
[R] ln [R]
1/[R]
Gráfico
retilíneo
Representação gráfica de [A], em função do tempo, para a reação de primeira ordem A → produtos. A
meia-vida para a reação é de 1 minuto. Após expirar cada meia-vida, a concentração de A é reduzida à
metade.
Pede-se:
mediários são formados na reação A → D? Quantos estados
a) Determinar a equação de velocidade da reação. de transição existem? Qual etapa é mais rápida? A reação A
b) Calcular o valor da constante de velocidade da reação. → D é exotérmica ou endotérmica?
c) Qual será a velocidade da reação quando [HgCØ‚]=0,010M
e [C‚O„£]=0,010M?
11. O seguinte mecanismo foi proposto para a reação na
fase gasosa de H2 com ICl:
06. (a) Qual o significado do termo molecularidade?
(b) Por que as etapas elementares termoleculares são tão raras? H 2(g) + ICl(g) → HI(g) + HCl(g)
(c) O que é um intermediário em um mecanismo? Hl(g) + ICl(g) →l2(g) + HCl(g)
07. Qual é a molecularidade de cada um dos seguintes pro- (a)Escreva a equação balanceada para a reação total.
cessos elementares? Escreva a lei de velocidade para cada (b)Identifique quaisquer intermediários no mecanismo.
um. (c) Escreva as leis de velocidade para cada etapa no mecanismo.
(a) Cl2( g ) → 2Cl ( g ) (d) Se a primeira etapa é lenta e a segunda é rápida, qual a lei
(b) OCl-(g) + H2O (g) → HOCI(g) + OH-(g) de velocidade que você esperaria ser observada para a reação
(c) NO(g)+ Cl2(g) → NOCl2(g) como um todo?
O fósforo vermelho, muito mais seguro, encontra-se na e) 1-C; 2-D; 3-B; 4-A
lixa da caixinha de fósforos. Quando riscado,
transforma-se em P„ que pega fogo. 3. (Ufpr) A reação de hidrólise da acetilcolina,
O calor gerado inicia a reação entre as substâncias esquematizada abaixo, é fundamental na transmissão de
presentes na cabeça do palito. A reação global é: impulsos nervosos nos seres vivos. A reação é promovida
pela enzima acetilcolinesterase (AChE).
ao combinar-se com a hemoglobina, para formar a 10. (Ufmg) Duas reações químicas foram realizadas
carboxihemoglobina. em condições diferentes de temperatura e de estado
de agregação das substâncias, conforme descrito a
seguir:
fechado, sua decomposição ocorre de acordo com a A partir da análise do gráfico julgue as alternativas a
seguinte equação química não balanceada: seguir:
( ) a etapa I é espontânea
NHƒ(g) ë N‚(g) + H‚(g). ( ) a etapa II é a etapa determinante da velocidade
da reação global
As variações das concentrações com o tempo estão ( ) a substância B é um intermediário da reação
ilustradas na figura a seguir: ( ) a reação global A ë C é espontânea
( ) a reação inversa C ë B apresenta energia livre
de Gibbs de ativação igual a 20 kJ/mol
NO(g)
2SO‚ + O‚ ë 2SOƒ
c) II e III.
d) II e IV.
e) I, III e IV.
23. (Ufrgs) Para a obtenção de um determinado produto, 25. (Unesp) A fonte energética primária do corpo
realiza-se uma reação em 2 etapas.
O caminho dessa reação é representado no diagrama humano vem da reação entre a glicose (C†H‚O†) em
abaixo. solução e o oxigênio gasoso transportado pelo sangue.
São gerados dióxido de carbono gasoso e água líquida
como produtos. Na temperatura normal do corpo
(36,5°C), a interrupção do fornecimento energético
para certos órgãos não pode exceder 5 minutos. Em
algumas cirurgias, para evitar lesões irreversíveis
nestes órgãos, decorrentes da redução da oxigenação,
o paciente tem sua temperatura corporal reduzida para
25°C, e só então a circulação sanguínea é
interrompida.
a) Escreva a equação química balanceada que
representa a reação entre a glicose e o oxigênio. e) A pólvora age como um catalisador, diminuindo a energia
b) Explique por que o abaixamento da temperatura do de ativação total da reação química.
corpo do paciente impede a ocorrência de lesões 28. (Pucsp) A reação 2NO(g) + 2H‚(g) ë N‚(g) +
durante a interrupção da circulação. 2H‚O(g) foi estudada a 904 °C. Os dados da tabela
seguinte referem-se a essa reação.
26. (Uepa) De um modo geral, a ordem de uma reação é
importante para prever a dependência de sua velocidade em
relação aos seus reagentes, o que pode influenciar ou até
mesmo inviabilizar a obtenção de um determinado
composto. Sendo assim, os dados da tabela abaixo mostram
uma situação hipotética da obtenção do composto "C", a
partir dos reagentes " A " e "B".
Velocidade
[A] [B] inicial
Experimento A respeito dessa reação é correto afirmar que sua
mol L−1 mol L−1 −1 −1
(mol L s ) expressão da velocidade é
01 0,1 0,1 4,0 10−5 a) v = k[NO] [H‚].
02 0,1 0,2 4,0 10−5 b) v = k[NO]£ [H‚].
03 0,2 0,1 16,0 10−5 c) v = k[H‚].
d) v = k[NO]¥ [H‚]£.
A partir dos dados da tabela acima, é correto afirmar que a e) v = k[NO]£ [H‚]£.
reação: A + B → C, é de:
a) 2ª ordem em relação a " A " e de ordem zero em relação 29. (Uem ) Os conversores catalíticos automotores,
a "B" baseados em ligas metálicas sólidas contendo ródio,
b) 1ª ordem em relação a " A " e de ordem zero em relação paládio ou molibdênio, são dispositivos antipoluição
a "B" existentes na maioria dos carros. Sua função é
c) 2ª ordem em relação a "B" e de ordem zero em relação absorver moléculas de gases poluentes e, através de
a "A" um processo chamado catálise, oxidar ou decompor
d) 1ª ordem em relação a "B" e de ordem zero em relação esses gases, como mostra o exemplo abaixo. Para a
a "A" reação global 2 NO(g) + O‚(g) ë 2 NO‚(g), na qual
e) 1ª ordem em relação a " A " e de 1ª ordem em relação a NO‚ atmosférico é gerado a partir de NO expelido dos
"B" escapamentos de automóveis, é proposto o seguinte
mecanismo, em duas etapas:
27. (Ufsm) Os sais estão presentes nos shows pirotécnicos. 2 NO(g) Ï N‚O‚(g) (etapa rápida)
Os fogos de artifício utilizam sais pulverizados de diferentes N‚O‚(g) + O‚(g) ë 2 NO‚(g) (etapa lenta)
íons metálicos como, por exemplo, o sódio (cor amarela) e o
Considerando essas afirmações, assinale o que for
potássio (cor violeta), misturados com material explosivo,
como a pólvora. Quando a pólvora queima, elétrons dos correto.
metais presentes sofrem excitação eletrônica, liberando a 01) A lei de velocidade da etapa lenta é igual a
energia na forma de luz. v=k[O‚][NO]£.
02) As reações das etapas rápida e lenta podem ser
Sobre a cinética da reação, é correto afirmar:
chamadas de reações bimoleculares.
a) Quanto maior a superfície de contato entre os reagentes,
mais rápida é a reação; assim, quanto mais dividido o 04) A catálise descrita acima é um exemplo de catálise
reagente sólido, mais a reação será acelerada. homogênea.
b) A queima dos fogos de artifício é facilitada pelo uso de 08) À temperatura e à concentração de NO(g)
sais pulverizados, pois estes diminuem a energia de constantes, se a concentração de O‚(g) duplicar, a
ativação da reação.
c) A temperatura gerada na queima de fogos de artifício reação global será 4 vezes mais rápida.
reduz a frequência dos choques entre as partículas de 16) Sendo a lei de velocidade da etapa lenta, obtida
reagentes, tornando a reação mais rápida. experimentalmente, igual a v=k[N‚O‚][O‚], sua ordem
d) A reação é mais rápida, pois, ao se utilizar o sal de reação é igual a 2.
pulverizado, a frequência das colisões é menor,
favorecendo, assim, a reação.
30. (Ufpe) Em determinadas condições de temperatura oxigênio (O‚), produzindo o dióxido de nitrogênio
e pressão, a decomposição térmica do éter dimetílico (NO‚).
(ou metoxietano ou oxibismetano), dada pela equação
(CHƒ)‚O(g) ë CH„(g) + H‚(g) + CO(g)
exibe a seguinte dependência da velocidade com a
concentração:
etapa rápida
Segundo a hipótese proposta, o íon cloreto atua na
etapa II: HOI + I ë I‚ + OH
decomposição fotoquímica do vermilion
a) reagindo como agente oxidante.
etapa rápida b) deslocando o equilíbrio químico.
etapa III: 2OH + 2HƒO® ë 4H‚O c) diminuindo a energia de ativação.
------------------------------------------------------------- d) precipitando cloreto de mercúrio.
e) absorvendo a energia da luz visível.
reação global: 2I+HOOH+2HƒO® ë I‚+4H‚O
37. (Enem (Libras) 2017) Quando se abre uma garrafa
a) Qual a etapa determinante da velocidade da de vinho, recomenda-se que seu consumo não
reação? demande muito tempo. À medida que os dias ou
b) Apresente a expressão da lei de velocidade para a semanas se passam, o vinho pode se tornar azedo,
pois o etanol presente sofre oxidação e se transforma
reação global. em ácido acético.
35. (Ufrj) A expressão da velocidade de uma reação Para conservar as propriedades originais do vinho,
deve ser determinada experimentalmente, não depois de aberto, é recomendável
a) colocar a garrafa ao abrigo de luz e umidade.
podendo, em geral, ser predita diretamente a partir dos
b) aquecer a garrafa e guardá-la aberta na geladeira.
coeficientes estequiométricos da reação. c) verter o vinho para uma garrafa maior e
O gráfico a seguir apresenta dados experimentais que esterilizada.
possibilitam a obtenção da expressão da velocidade d) fechar a garrafa, envolvê-la em papel alumínio e
da seguinte reação: guardá-la na geladeira.
e) transferir o vinho para uma garrafa menor, tampá-
la e guardá-la na geladeira.
2 ICØ(g) + H‚(g) ë I‚(g) + 2 HCØ(g).
38. (Enem 2ª aplicação 2016) Utensílios de uso
cotidiano e ferramentas que contêm ferro em sua liga
metálica tendem a sofrer processo corrosivo e
enferrujar. A corrosão é um processo eletroquímico e,
no caso do ferro, ocorre a precipitação do óxido de
ferro (III) hidratado, substância marrom pouco solúvel,
conhecida como ferrugem. Esse processo corrosivo
é, de maneira geral, representado pela equação
química:
a) Escreva a expressão da velocidade desta reação. Uma forma de impedir o processo corrosivo nesses
b) Calcule o número de mols de cada produto ao final utensílios é
a) renovar sua superfície, polindo-a semanalmente.
da reação apresentada se, no início, há 3 mols de cada
b) evitar o contato do utensílio com o calor, isolando-o
reagente. termicamente.
c) impermeabilizar a superfície, isolando-a de seu
36. (Enem 2018) O sulfeto de mercúrio (II) foi usado contato com o ar úmido.
como pigmento vermelho para pinturas de quadros e d) esterilizar frequentemente os utensílios, impedindo
murais. Esse pigmento, conhecido como vermilion, a proliferação de bactérias.
escurece com o passar dos anos, fenômeno cuja e) guardar os utensílios em embalagens, isolando-os
origem é alvo de pesquisas. Aventou-se a hipótese de do contato com outros objetos.
que o vermilion seja decomposto sob a ação da luz,
produzindo uma fina camada de mercúrio metálico na 39. (Enem 2019) O odor que permanece nas mãos