Você está na página 1de 220

CURSO DE

QUÍMICA
VESTIBULARES
MILITARES
PROF. ALEXANDRE OLIVEIRA

Físico-Química - 1° Semestre
Curso de Química – Prof. Alexandre Oliveira

Físico-Química
1º Semestre

Curso de Química
Vestibulares Militares
Prof. Alexandre Oliveira

Sumário
MÓDULO 01 - ESTUDO DAS SOLUÇÕES ...............................................................................................3
MÓDULO 02 - UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES ................................................48
MÓDULO 03 - DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES E MISTURAS DE SOLUÇÕES .......................................67
MÓDULO 04 - PROPRIEDADES COLIGATIVAS DAS SOLUÇÕES ...................................................87
MÓDULO 05 - TERMOQUIMICA ..........................................................................................................124
MÓDULO 06 - TERMODINÂMICA .......................................................................................................165
MÓDULO 07 - CINÉTICA QUÍMICA ....................................................................................................184

www.epistemecursosonline.com
CURSO DE QUÍMICA – VESTIBULARES MILITARES
rr

YouTube: /@aprendendoquimica
Instagram: /aprendendoQuimica
Twitter: /aprendequimica
Facebook: /AprendendoQuimicaOficial
E-mail: epistemecursosonline@gmail.com
https://epistemecursosonline.com/cursosmilitares/

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


2
CURSO DE QUÍMICA – VESTIBULARES MILITARES
rr

MÓDULO 01 - ESTUDO DAS SOLUÇÕES

1) Dispersão
Dispersão é todo sistema no qual uma ou mais substâncias estão disseminadas (difundidas) sob a
forma de pequenas partículas, em outra substância, de maneira uniforme e em toda a sua extensão.

Observações:
A substância que está disseminada constitui o disperso e a substância que dissolve o disperso é
chamada dispersante ou dispergente.

Exemplo: Adição de sacarose (C12H22O11) em água.


Disperso: Sacarose
Dispersante: Água

As dispersões são classificadas, genericamente de acordo com o tamanho médio das partículas
dispersas em: soluções verdadeiras (soluções), dispersões coloidais e suspensões.

Tamanho Médio das


Tipo de Dispersão Partículas dispersas
em mm
Solução verdadeira < 1 nm
Dispersão coloidal 1 nm a 1000 nm
Suspensão > 1000 nm

Observações:
1 nm = 1 nanômetro
1 nm = 10–9 m
1 Ǻ (Angström) = 10–10m
1 nm = 10 Ǻ

1.1) Principais características das dispersões

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS DISPERSÕES


Tipos de dispersões Soluções verdadeiras Dispersões coloidais Suspensões
tintas, geléias,
Exemplos ácidos, bases e sais água barrenta, pó de
gelatinas
Características dissolvidos em água café em água
e maioneses
Quanto ao tamanho
médio
até 1 nm de 1 a 1000 nm acima de 1000 nm
das partículas
dispersas
aglomerados, de íons
Quanto à natureza das ou moléculas, ou ainda aglomerados de íons
íons ou moléculas
partículas dispersas íons ou moléculas ou moléculas
gigantes
homogêneas (as
heterogêneas (as
partículas não são heterogêneas (as
Quanto à partículas são visíveis
visíveis em nenhum partículas são visíveis
homogeneidade em microscópio
aparelho de em ultramicroscópio)
comum)
observação)
Quanto à não sedimentam sedimentam (com a sedimentam
sedimentação das (mesmo nas utilização de (espontaneamente ou
partículas dispersas ultracentrífugas) ultracentrífugas) através de centrífugas

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


3
CURSO DE QUÍMICA – VESTIBULARES MILITARES
rr

comuns)

Quanto à separação separam-se (com a


não se separam (em separam-se (com a
por utilização de filtros
nenhum tipo de filtro) utilização de ultrafiltros)
Filtração comuns)

Observações:

Dos três tipos de dispersão, somente a solução é um sistema monofásico (sistema homogêneo),
sendo, por isso, na prática, a mais importante das dispersões.

2) Critérios de classificação das soluções


Soluções são misturas homogêneas de dois ou mais componentes.
Nas soluções, a substância dispersa chama-se soluto e o dispersante, solvente.

2.1) Identificação do soluto e do solvente


Algumas soluções apresentam dificuldades para se identificar o soluto e o solvente. Para facilitar a
identificação, use as seguintes regras:
I) Quando um dos componentes da solução for a água, ela será considerada o solvente, pois a
água é denominada de solvente universal.
II) Quando o soluto e o solvente estiverem no mesmo estado físico, o solvente é o que possui maior
quantidade de matéria.
III) Na mistura de sólidos ou gases em líquido, o líquido é o solvente.

2.2 Classificação das soluções


I) Quanto ao estado físico (fase de agregação) da solução:

Soluções sólidas: Ex.: ligas metálicas


Soluções líquidas: Ex.: sal em água
Soluções gasosas: Ex.: ar atmosférico.

II) Quanto ao estado de agregação do soluto e do solvente:

Soluto Solvente Exemplo


*sólido sólido liga metálica de Ag e Au
*sólido líquido açúcar em água.
sólido gás naftalina no ar
líquido sólido mercúrio + ouro
*líquido líquido água em álcool
líquido gás umidade do ar
gás sólido hidrogênio + platina em pó
*gás líquido gás carbônico em bebidas
*gás gás ar atmosférico
* soluções mais importantes

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


4
CURSO DE QUÍMICA – VESTIBULARES MILITARES
rr

Observações:
É o solvente que condiciona o estado de agregação de uma solução.

III) Quanto à natureza das partículas dispersas.

Soluções moleculares ou não-eletrolíticas: as partículas dispersas são somente moléculas, logo não
conduzem corrente elétrica.
Ex.: Sacarose em água.
C 12 H 22 O 11( s ) ⎯H⎯→
2O
⎯ C 12 H 22 O 11( aq)
(DISSOLUÇÃO)

Soluções iônicas ou eletrolíticas: as partículas dispersas são íons e moléculas ou somente íons, logo
conduzem corrente elétrica.

Ex.: Soluções aquosas de ácidos, bases e sais.

Observações:
Ionização: É a formação de íons que ocorre quando um composto covalente é colocado em
contado com um solvente polar.

⎯→ H 3 O (+aq) + C −( aq)
HC ( g) + H 2 O (  ) ⎯
(Ácidos sofrem ionização)

Dissociação iônica: é a separação dos íons positivos e negativos do retículo cristalino de um


composto iônico provocado pela ação de um solvente polar.
NaC ( s) ⎯H⎯→
2O
⎯ Na(+aq) + C −( aq)
NaOH( s) ⎯H⎯→
2O
⎯ Na(+aq) + OH (−aq)
(Sais e bases sofrem dissociação iônica)

Muitas soluções apresentam ao mesmo tempo moléculas e íons dispersos; por exemplo, numa
solução aquosa de ácido acético (ácido fraco), existem muitas moléculas do ácido, não-ionizadas
(CH3COOH) e poucos íons (CH3COO– e H+).

IV) Quanto à proporção do soluto do solvente.

Solução diluída: Quando a proporção do soluto é pequena em relação à do solvente.


Ex.: 1,0 g de NaCl em 1 litro de água.

Solução concentrada: Quando a proporção do soluto é grande em relação à do solvente.


Ex.: 300 g de NaCl em 1 litro de água.

Observação:
Um parâmetro para se diferenciar uma solução diluída de uma concentrada é o seguinte:
• Solução diluída: É a que possui no máximo 0,1 mol de soluto por litro de solução. Para o NaCl(s) (58,5
g/mol) uma solução com até 5,85 g de NaCl(s) para cada litro de solução é considerada diluída.
• Solução concentrada: É a que possui mais que 0,1 mol de soluto por litro de solução. Para o NaCl(s)
uma solução com mais de 5,85 g de NaCl(s) para cada litro de solução é considerada concentrada.

3) Coeficiente de solubilidade (Cs)

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


5
CURSO DE QUÍMICA – VESTIBULARES MILITARES
rr

O coeficiente de solubilidade indica a quantidade máxima de uma substância que, em determinadas


condições de temperatura e pressão, pode dissolver-se em uma quantidade fixa de solvente.

Observações:
1. A capacidade de uma substância se dissolver em outra é chamada solubilidade.
2. Geralmente o solvente utilizado é a água e a quantidade fixa é de 100g de H2O.

Ex. 1:
Cs(KNO3) = 13,9 g KNO3/ 100g H2O (0ºC)
Cs(KNO3) = 45,8 g KNO3/ 100g H2O (30ºC)
Cs(KNO3) = 245,0 g KNO3/ 100g H2O (100ºC)

Ex. 2:
Cs(Ca(OH)2) = 185.10-3g Ca(OH)2 / 100g H2O (0°C)
Cs(Ca(OH)2) = 106.10-3g Ca(OH)2 / 100g H2O (70°C)

3.1) Gráfico de solubilidade


O gráfico de solubilidade mostra a variação do coeficiente de solubilidade (Cs) de uma ou mais
substâncias em função da temperatura.

Gráfico de solubilidade de
algumas substâncias

Observações:
1. Em geral, a solubilidade dos sólidos aumenta com a temperatura (curvas ascendentes), mas existem
algumas substâncias que diminuem a sua solubilidade com o aumento de temperatura (curvas
descendentes).

2. Dissolução endotérmica: O soluto se dissolve absorvendo calor do solvente.


• O aumento da temperatura favorece a dissolução do soluto.
• A solubilidade geralmente aumenta com o aumento da temperatura (curvas ascendentes).
• A solução como um todo fica fria numa dissolução endotérmica.

3. Dissolução exotérmica: O soluto se dissolve liberando calor para o solvente.


• O aumento da temperatura desfavorece a dissolução do soluto.
• A solubilidade geralmente diminui com o aumento da temperatura (curvas descendentes).
• A solução como um todo fica quente numa dissolução exotérmica.

4. Quando a curva de solubilidade apresenta pontos de inflexão, significa que o soluto forma hidratos
definidos, e esses pontos de inflexão correspondem à temperatura de dissociação de sais hidratados.
Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira
6
CURSO DE QUÍMICA – VESTIBULARES MILITARES
rr

Curva de solubilidade do sulfato de sódio Curva de Solubilidade do cloreto de cálcio

5. As soluções, além de serem classificadas quanto à fase de agregação da solução, quanto à fase de
agregação do soluto e do solvente, quanto à natureza das partículas dispersas e quanto à proporção
entre soluto e solvente, podem ser classificadas quanto ao coeficiente de solubilidade em:

I) Soluções não-saturadas (insaturadas): são aquelas onde a quantidade de soluto dissolvido (m1) não
atinge o coeficiente de solubilidade (Cs) . (m1 < Cs).
Ex.: Cs(KNO3) = 45,8 g de KNO3/ 100g H2O (30ºC)
Dissolver 40 g de KNO3 em 100g H2O a 30ºC

II) Soluções saturadas: São aquelas onde a quantidade de soluto dissolvida (m1) é igual ao coeficiente
de solubilidade (Cs) . (m1 = Cs).
Ex.: Dissolver 45,8 g de KNO3 em 100g de H2O a 30ºC

Observações:
Em soluções saturadas com precipitado (corpo de chão) ocorre um equilíbrio dinâmico entre o corpo
de chão e a solução saturada, ou seja, a velocidade com que o sólido se dissolve é igual à velocidade
com que o sólido se precipita no fundo do recipiente.
Ex.: Dissolver 50 g de KNO3 em 100g de água a 30ºC.
(Não esqueça que o Cs KNO3 = 45,8 g KNO3 em 100g H2O a 30ºC)

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


7
CURSO DE QUÍMICA – VESTIBULARES MILITARES
rr

Existe um equilíbrio dinâmico entre o corpo


de chão e a massa dissolvida.

III) Soluções supersaturadas: são aquelas em que a quantidade de soluto dissolvida (m1) é superior ao
coeficiente de solubilidade (Cs) . (m1 > Cs). É uma solução instável, podendo por qualquer perturbação
do sistema se tornar uma solução saturada com precipitado.

Observações:
Como se prepara uma solução supersaturada?

Podemos, por exemplo, pegar uma solução saturada de KNO3 a 30ºC e resfriá-la sob condições
especiais a 20ºC e obteremos uma solução supersaturada de KNO3.

Cs(KNO3) = 45,8 g KNO3 / 100g H2O (30ºC)


Cs(KNO3) = 31,6 g KNO3 / 100g H2O (20º)

Observe atentamente o esquema a seguir:

A solução supersaturada é instável

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


8
CURSO DE QUÍMICA – VESTIBULARES MILITARES
rr

Para preparar uma solução supersaturada usando uma substância de dissolução exotérmica
devemos preparar uma solução saturada e em seguida aquecê-la em condições especiais.
Observe o seguinte exemplo:
Dissolução exotérmica:
Cs(x) = 50g de X/100g H2O (20°C)
Cs(x) = 40g de X/100g H2O (30°C)

Observe o esquema a seguir:

4) Classificação das soluções quanto ao coeficiente de solubilidade em um gráfico de solubilidade


Dado o gráfico de solubilidade de uma substância hipotética.

O ponto A representa uma solução não-saturada (insaturada), pois nesse ponto existem 40 g de
X dissolvidos em 100g de água na temperatura t3, portanto a massa de soluto dissolvido é menor que o
Cs de X nessa temperatura, que é 100g de X/100g H2O (m1 < Cs).
O ponto B representa uma solução saturada, pois nesse ponto existem 60g de X dissolvidos em
100g de H2O na temperatura t2, portanto a massa de soluto dissolvido é igual ao Cs de X nessa
temperatura, que é 60g de X/100g H2O (m1 = Cs).
O ponto C representa uma solução supersaturada, pois nesse ponto existem 50g de X dissolvidos
em 100g de H2O na temperatura t1, portanto a massa de soluto dissolvido é maior que Cs de X nessa
temperatura, que é 20g de X/100g H2O (m1 > Cs).

Conclusões:
I) Qualquer ponto em uma região acima da curva de solubilidade indica que a solução é supersaturada.
II) Qualquer ponto coincidente com a curva de solubilidade indica que a solução é saturada.
III) Qualquer ponto em uma região abaixo da curva de solubilidade indica que a solução é insaturada.

Observações:
1. Um solvente pode estar saturado de um soluto e ainda conseguir dissolver outro soluto.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


9
CURSO DE QUÍMICA – VESTIBULARES MILITARES
rr

Ex.: A água saturada de NaCl ainda é capaz de dissolver uma certa quantidade de
açúcar.
2. Nem sempre se observa a correspondência entre solução diluída e solução insaturada. Observe o
exemplo a seguir:
• Uma solução com 2g de CaSO4 em 1 litro de água é considerada diluída, mas já está saturada, pois
o coeficiente de solubilidade do CaSO4 é muito baixo. Cs(CaSO4) = 2g CaSO4/1L H2O.

3. Nem sempre se observa a correspondência entre solução concentrada e solução saturada.


Observe o exemplo:
• Uma solução de AgNO3 com 1200g de AgNO3 em 1 litro de água é considerada concentrada, mas
ainda é uma solução insaturada, pois o Cs do AgNO3 é muito alto. Cs(AgNO3) = 1220g AgNO3 / 1L
H2O.
5) Formação de soluções
Uma solução é uma mistura homogênea na qual todas as partículas são muito pequenas, tipicamente
da ordem de átomos, íons e pequenas moléculas, com diâmetros variando entre 0,05 e 0,25 nm. Quando as
partículas são maiores, as misturas possuem propriedades específicas de dispersões coloidais e
suspensões.

5.1) Soluções de sólidos em líquidos


Para um sólido dissolver-se em um líquido, são necessárias duas etapas:

1ª Etapa: quebra do retículo cristalino do sólido. É uma etapa endotérmica, portanto, ocorre com
absorção de calor, pois as ligações do retículo cristalino do sólido precisão ser rompidas. No caso do sal
de cozinha as ligações iôniocas entre o cátion (Na+) e o ânion (Cl-) serão quebradas. Essa energia
absorvida é denominda energia de rede.

2ª Etapa: solvatação das partículas do sóilido. É uma etapa exotérmica, ou seja, ocorre com
liberação de calor, pois serão formadas interações intermoleculares entre as partículas do sólido e do
solvente. No caso do sal e da água, serão formadas interações do tipo íon-dipolo, interações que são
mais fortes que a ligações de hidrogênio. Essa energia liberada é denominada energia de solução ou
energia de dissolução.

Eventos semelhantes explicam por que os sólidos compostos de moléculas polares, como o açúcar,
se dissolvem em água. As atrações entre o solvente e os dipolos do soluto ajudam a destacar as moléculas
do cristal e trazê-las para a solução. Podemos utilizar a regra "igual dissolve igual"; um soluto polar se
dissolve em um solvente polar.
Do mesmo modo podemos explicar por que sólidos não-polares como a cera são solúveis em
solventes não-polares como o benzeno. A cera é uma mistura sólida de longas cadeias de hi-
drocarbonetos. Suas moléculas estão ligadas por fracas forças de London, e dessa forma são facilmente
desagregadas, embora as ligações entre as moléculas do soluto (cera) e do solvente (benzeno)
resultantes também sejam fracas (forças de London).
Quando as forças de atração intermoleculares do soluto e do solvente são suficientemente
diferentes, toma-se impossível a formação de uma solução. Por exemplo, sólidos iônicos ou moléculas
sólidas de alta polaridade (como o açúcar) são insolúveis em solventes não-polares como o benzeno, a
gasolina ou o querosene. As moléculas destes solventes, todos hidrocarbonetos, são incapazes de atrair
íons ou moléculas com alta polaridade com força suficiente para sobrepujar as forças de atração que eles
possuem entre si em seus cristais.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


10
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr

Fig. Hidratação de íons. A


hidratação é um redirecionamento
complexo das forças de atração
e repulsão. Antes desta solução
se formar, as moléculas de água
são atraídas entre si e os íons Na+
e Cl– ficam isolados no cristal e
também se atraem. Na solução, os
íons se ligam a moléculas de
água através de cargas opostas;
além disso, as moléculas de água
são mais atraídas pelos íons que
por outras moléculas de água.

6) Calores de solução
A troca de entalpia entre o sistema e o meio, quando um mol de soluto se dissolve no solvente, a
uma pressão constante, para formar uma solução diluída é chamada de entalpia molar da
solução , ou somente calor da solução, Hsol.

Fig. Diagrama de entalpia para


dissolução de um sólido em
líquido. No mundo real a solução é
formada diretamente como indica a
seta cinza. Podemos analisar a
mudança de energia imaginando
duas etapas separadas, pois as
mudanças de entalpia são
funções do estado e independentes
do caminho. A mudança de
energia ao longo do caminho direto
é a soma algébrica dos Passos 1
e 2.

H é positivo para urna mudança endotérmica, e por isso a seta para o Passo 1 na Fig. 6 aponta
para cima, o sentido positiv o .

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


11
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr

Como podemos observar na figura anterio, o primeiro passo é endotérmico e aumenta a energia
potencial do sistema. As partículas do sólido se atraem, por isso precisamos de energia para separá-
las, a energia da rede. Ao receber a energia necessária da rede, o sólido é convertido para o estado
gasoso.
No segundo passo, as partículas do soluto gasoso entram no solvente e se misturam. A energia
potencial do sistema diminui, pois as partículas de solvente e soluto se atraem. Este passo é, então,
exotérmico e sua energia é chamada de energia de dissolução, o termo geral. O termo específico
energia de hidratação é utilizado para as soluções aquosas.

A magnitude do Hsol, depende de alguma forma da concentração final da solução.

O calor de solução, a mudança resultante da energia, é a diferença entre a energia necessária para
o Passo 1 e a energia liberada no Passo 2. Quando a energia necessária para o Passo 1 excede a energia
liberada no Passo 2, a solução se forma endotermicamente, mas quando a energia liberada no Passo 2
excede a energia necessária para o Passo 1, a solução se forma exotermicamente.
Podemos comprovar esta análise comparando os calores de solução experimentais de alguns
sais na água com aqueles calculados a partir das energias da rede e de hidratação (Tabela 1). Os cálculos
são descritos nas Figuras seguintes, utilizando diagramas de entalpia para a formação de soluções
aquosas de dois sais, KI e NaBr.
A correspondência entre os valores experimentais e os calculados na Tabela 1 não é muito
precisa. Isto ocorre primeiramente porque as energias da rede e de hidratação não são
conhecidas com precisão e também porque o modelo utilizado em nossa análise é obviamente
muito simples. (O modelo não diz nada, por exemplo, sobre como a tendência natural à desordem
influencia na formação da solução.) Note, entretanto, que quando a "teoria" prediz valores
relativamente altos para o calor da solução, os valores experimentais seguem esta tendência e
ambos os valores possuem o mesmo sinal (exceto para o NaCl). Observe também que as
mudanças nos valores seguem o mesmo padrão quando comparamos os três sais de cloro — LiCI,
NaCI e KCI — ou os três sais de bromo — LiBr, NaBr e KBr.

Pequenos erros percentuais em quantidades muito grandes podem causar grandes mudanças na diferença
percentual entre estes números.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


12
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr

Fig. Entalpia de uma solução. A formação do iodeto de potássio em solução aquosa.

Fig. Entalpia de uma solução. A formação do brometo de sódio em solução aquosa.

6.2) Soluções de líquidos em líquidos


Para considerar calores de solução quando líquidos se dissolvem em líquidos, iremos trabalhar
com um procedimento de três etapas para ir do estado inicial ao estado final. Primeiro vamos imaginar
que as moléculas de um líquido são separadas somente o suficiente para dar lugar para as moléculas
do outro líquido. (Definiremos este líquido como soluto.) Como temos que vencer as forças de atração
para separar as moléculas, esta etapa aumenta a energia potencial do sistema - é endotérmica.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


13
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr

Fig. Entalpia de uma solução. Para analisar a variação de entalpia devida à formação de uma solução de
dois líquidos, podemos imaginar a sequência hipotética de etapas ilustrada acima. 1ª Etapa. As moléculas
do líquido designado como solvente são ligeiramente deslocadas para dar lugar às moléculas do soluto,
num processo endotérmico. 2ª Etapa. As moléculas do soluto são forçadas a ocupar um volume maior,
para dar lugar às moléculas do solvente, num processo também endotérmico. 3ª Etapa. As amostras de
solvente e de soluto expandidas misturam-se espontaneamente , aparecendo uma atração entre as
moléculas que torna o processo exotérmico.
A segunda etapa é semelhante à primeira, mas ocorre com o outro líquido (o solvente). No
diagrama de entalpia (Figura seguinte), podemos observar o solvente e o soluto após estas etapas, em
suas condições "expandidas".
A terceira etapa é deixar que a natureza siga seu curso - a tendência natural à desordem.
Conforme as moléculas do solvente e do soluto se aproximam elas se unem e se misturam. Como as
moléculas dos dois líquidos agora experimentam forças mútuas de atração, a energia potencial do
sistema diminui e, portanto, a Etapa 3 é exotérmica. O valor de Hsol, será, novamente, a mudança
resultante na energia para estes passos.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


14
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr

Fig. Variações de entalpia ao ser formada urna solução ideal. O processo em três etapas e o de
formação direta começam e terminam ambos no mesmo ponto, com idêntica variação total de entalpia. A
soma dos valores positivos de H para as duas etapas endotérmicas, 1 e 2, é igual em módulo ao valor negativo
de H para a etapa exotérmica 3. Logo, a variação total H na formação de uma solução ideal é nula.

6.3) Soluções ideais


O diagrama de entalpia na Figura anterior mostra a hipótese quando a soma das energias
necessárias para as Etapas 1 e 2 é igual à energia liberada na Etapa 3, e assim o valor de Hsol, é
igual a zero. Este caso é muito semelhante a quando fazemos uma solução de benzeno e tetracloreto
de carbono. As forças de atração entre as moléculas do benzeno são praticamente as mesmas que as
do CCI4, ou entre as moléculas do benzeno e as do CCI4. Se todas estas forças intermoleculares forem
idênticas, o resultante Hsol, seria exatamente igual a zero e a solução poderia ser chamada de solução
ideal. Note bem a diferença entre uma solução ideal e um gás ideal. Em um gás ideal não existem
forças de atração. Em uma solução ideal existem forças de atração, mas elas se anulam.

A acetona e a água formam uma solução exotermicamente (veja Figura seguinte (a)). Com estes
líquidos, a terceira etapa libera mais energia que a soma das duas primeiras etapas, pois as moléculas de
acetona atraem as moléculas de água com mais intensidade do que atraem as suas próprias moléculas.

O álcool etílico e o hexano formam uma solução endotermicamente (veja Figura seguinte (b)).
Neste caso, a liberação de energia na terceira etapa não é suficiente para compensar a energia
necessária para as etapas 1 e 2 e a solução fica "fria" quando se forma. O motivo aqui é que as
moléculas do álcool etílico se atraem mais intensamente do que atraem as moléculas do hexano. As
moléculas do hexano não podem se "misturar" entre as moléculas do álcool sem que sejam quebradas
algumas das ligações de hidrogênio.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


15
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr

Fig. Variações de entalpia quando é formada uma solução real. Como H sol, é uma função de estado,
o caminho em várias etapas e o direto resultam na mesma variação total de entalpia. (a) O processo é
exotérmico. (b) O processo é endotérmico.

6.4) Soluções de gases e líquidos


A formação de uma solução de um gás e um líquido normalmente é exotérmica quando
utilizamos água como solvente. O gás já é expandido em seu estado natural, assim não haverá
gasto de energia para "expandir o soluto". O solvente, entretanto, precisa ser expandido para dar lugar
às moléculas do gás, o que requer uma pequena quantidade de energia - pequena porque as forças
de atração não são muito afetadas quando as moléculas do solvente são levemente separadas.
Quando as moléculas de gás finalmente preenchem o espaço entre as moléculas do líquido, o
resultante H sol depende de quão fortemente as moléculas do gás são atraídas pelas moléculas do
solvente (líquido). Se esta força de atração for suficientemente grande, há uma queda na energia
potencial durante a formação da solução - a formação será exotérmica. Isto ocorre porque as moléculas
do gás partem de uma situação onde as forças de atração são praticamente nulas para uma situação
onde existem forças de atração significativas. A mudança resultante na energia associada às duas
etapas de expandir levemente o solvente e preencher os espaços com as moléculas do soluto é a
energia de dissolução.

7) A solubilidade de gases em líquidos

I) A Influência da Temperatura na Solubilidade de um Gás em um Líquido

A Tabela nos fornece dados para as solubilidades em água de muitos gases comuns, a diferentes
temperaturas e a pressão constante de 1 atm. Podemos observar que a pressão constante, as
solubilidades dos gases em água sempre diminuem com o aumento da temperatura. (Esta generalização
não deve ser estendida para solventes não-líquidos, onde a situação é bem mais complexa.)

II) Influência da Pressão na Solubilidade dos Gases

A solubilidade de um gás em um líquido é afetada não somente pela temperatura, mas também pela
pressão. Os gases da atmosfera, por exemplo, principalmente o oxigênio e o nitrogênio, não são muito
solúveis em água a baixas pressões, mas quando aumentamos a pressão eles se tomam incrivelmente
solúveis.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


16
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr

Fig. Solubilidade em água como função da pressão para dois gases. A quantidade de gás dissolvida
é maior, à medida que a pressão aumenta.

Para gases que não reagem com o solvente. existe uma regra simples relacionando a pressão
do gás e sua solubilidade - a lei de solubilidade e pressão, normalmente chamada de lei de Henry,
em homenagem a William Henry.

Fig. Como o aumento na pressão eleva a solubilidade de um gás em um líquido. (a) A uma dada
pressão. a fase de vapor e a solução ficam em equilíbrio. (b) Um aumento na pressão perturba este equilíbrio.
Há mais moléculas de gás sendo dissolvidas do que deixando a solução. (c) 0 equilíbrio foi restabelecido, com
uma quantidade maior de gás dissolvida no líquido.

III) Lei de Henry (Lei da Pressão-Solubilidade)


A concentração de um gás em um líquido a qualquer temperatura é diretamente proporcional à pressão
parcial do gás na solução.

C = k . P (T é constante)

Na equação, C é a concentração do gás e P é a pressão parcial do gás acima da solução. A constante


de proporcionalidade, k, chamada de constante da lei de Henry, é única para cada gás. (Observe que
consideramos a temperatura constante.) A equação é verdadeira somente com baixas concentrações e
pressões e, como já dissemos, para gases que normalmente não reagem com o solvente.
Uma expressão alternativa (e muito utilizada) para a lei de Henry é
C1 C2
=
P1 P2
onde C1 e P1 se referem às condições iniciais e C2 e P2 às condições finais.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


17
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr

A Equação é verdadeira, pois as duas razões C1/P1 e C2/P2 são iguais à mesma constante da Lei de
Henry, kg.

EXEMPLO 1
Utilização da Lei de Henry
A solubilidade do N2 em água a 20°C é 0,0150 g L–1 quando a pressão parcial do nitrogênio é de 580 torr. Qual
será a solubilidade do nitrogênio na água se mantivermos a temperatura, mas aumentarmos a pressão parcial
para 800 torr?

Análise: Este problema discute o efeito da pressão do gás em sua solubilidade, assim podemos aplicar a lei de
Henry. Utilizaremos esta lei na forma da Equação estudada, pois desta forma não precisamos saber ou calcular
a constante de Henry.

Solução: Vamos primeiro organizar os dados.


C1 = 0,0150 g L–1 C2 = ?
P1 = 580 torr P2 = 800 torr
Utilizando a Equação adequada, temos
−1
0,0150gL C2
=
580torr 800torr
Resolvendo para C.
C2 = 0,0207 g L–1

O aumento da pressão fez com que a solubilidade mudasse para 0,0207 g L–1.

Aplicação:
Doença das bolhas
Quando pessoas, como mergulhadores, trabalham onde a pressão do ar está muito acima do normal,
elas têm que ser cuidadosas e retornar lentamente para a pressão atmosférica normal. Eles sofrem o perigo da
"doença das bolhas", dores nas juntas e nos músculos, paralisia, tontura e morte. Cada 10 m de profundidade
na água aumenta 1 atm na pressão. Trabalhadores que cavam túneis muito profundos também sofrem este
risco.
As bolhas ocorrem porque a solubilidade do nitrogênio e do oxigênio no sangue é maior sob pressões
mais altas, como diz a lei de Henry. Uma vez que o sangue tenha estes gases em abundância, eles não podem
ser retirados subitamente. Se aparecerem micro-bolhas de nitrogênio ou oxigênio nos capilares, irão bloquear o
fluxo de sangue. Isto provoca uma dor muito forte nas articulações e qualquer redução no fluxo sanguíneo para
o cérebro pode ser extremamente perigoso.
É expressamente recomendado cerca de 20 minutos de descompressão para cada atmosfera de
pressão acima do normal. Isto é necessário para que o sistema respiratório possa expelir o nitrogênio em
excesso e para o organismo metabolizar o oxigênio em excesso.

8) Solubilidades de gases que reagem com a água


Os gases dióxido de enxofre, amônia e o dióxido de carbono são muito mais solúveis em água que
o oxigênio ou o nitrogênio (veja Tabela ). Uma das razões é que as moléculas de SO2 NH3 e CO 2
possuem ligações polares e locais de carga parcial que atraem as moléculas de água, formando
ligações de hidrogênio que ajudam a manter os gases na solução, além disso esses gases acabam
reagindo com a água, o que ocasiona um aumento da sua solubilidade.
Os gases mais solúveis também têm uma certa tendência a reagir com a água, à medida que
é atingido o equilíbrio químico representado abaixo.

As reações diretas contribuem para as concentrações mais altas de gases na solução, se

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


18
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr

comparadas a gases como O 2 e N 2 , que não reagem normalmente com a água. O trióxido de
enxofre é extremamente solúvel em água porque reage quantitativamente para formar ácido
sulfúrico.
SO3(g) + H2O → H2SO4(aq)

9) Dispersões coloidais

I) Importância das Dimensões das Partículas: Soluções, Dispersões Coloidais e


Suspensões
Conforme mencionamos neste módulo, as dimensões das partículas, bem mais que seu número
relativo ou seu tipo, afetam as propriedades físicas das misturas homogêneas. Se, por exemplo,
misturarmos areia fina com água e agitarmos a mistura continuamente, ela parecerá algo homogênea,
mas, se pararmos de agitá-la, as partículas de areia logo irão se sedimentar. Não acontece nada parecido
quando dissolvemos sal ou açúcar na água. Íons e moléculas não sedimentam em solução. Seus
pesos são muito pequenos, e assim a gravidade não consegue superar a influência da agitação
térmica, que tende a manter a mistura.
A mistura em movimento de areia e água é um exemplo de suspensão. Para formar
suspensões, as partículas precisam ter pelo menos una dimensão maior que cerca de 1.000 nm (1µm).
Suspensões que não sedimentam subitamente, como a areia fina na água, podem quase sempre ser
separadas por filtração utilizando um papel de filtro comum ou uma centrífuga de laboratório. O rotor de
alta velocidade de uma centrífuga cria uma força inercial, que atua como a gravitação, suficiente para
deslocar o material em suspensão através do fluido em direção ao fundo do recipiente que, quando a
centrífuga está em operação, fica em posição horizontal.

II) Propriedades e Tipos de Dispersões Coloidais


Uma dispersão coloidal - muitas vezes chamada simplesmente colóide - é uma mistura onde as
partículas dispersas têm pelo menos uma dimensão na faixa de 1 a 1.000 nm (ver Tabela seguinte).

Tipos de
Disperso Dispersante Exemplos
coloides
Pedras preciosas coloridas (rubi: CrO3 em Al2O3; safira: FeO e
Sol-sólido Sólido Sólido Fe2O3 em Al2O3).

Goma-arábica (goma em água), gelatina (proteína em água).


Sol (hidrossol) Sólido Líquido

Fumaça de cigarro, partículas de poeira ou fuligem dispersas no


Aerossol sólido
Sólido Gás ar.
Minúsculas gotas de um líquido dispersas em um gás: neblina
Aerossol líquido Líquido Gás (água em ar), spray de perfumes e inseticidas.

Manteiga e margarina (água em gordura), geleia (água em


Líquido Sólido pectina), tintas tixotrópicas.
Gel
Líquido Líquido Água e óleo com detergente, leite (gordura e água estabilizados pela
Emulsão caseína), maionese (vinagre e azeite estabilizados pela lecitina).

Maria-mole (ar disperso em clara de ovo), pedra-pomes (ar disperso


Gás Sólido na rocha), polímeros expandidos, isopor (poliestireno), poliuretano.
Espuma sólida

Espuma líquida Creme chantilly (ar disperso em creme de leite).


Gás Líquido

Partículas em dispersão coloidal são em geral muito pequenas para serem retidas pelo papel de filtro comum.
A tendência à não separação das dispersões coloidais em estado fluido é reforçada pelas colisões
sofridas pelas partículas dispersas por causa do movimento constante das moléculas do "solvente". O
movimento aleatório de partículas em dispersão coloidal causado por este bombardeio anisotrópico é
Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira
19
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr

denominado movimento Browniano, em homenagem ao botânico escocês Robert Brown (1773 - 1858). Ele
observou o fenômeno pela primeira vez quando estudou grãos de pólen em água com o auxílio de uni
microscópio. É claro que partículas em suspensão sofrem o mesmo efeito, mas elas são muito pesadas para
que isto evite sua sedimentação. Isto só pode ser conseguido pela agitação constante da mistura.
Dispersões coloidais de um líquido em outro são chamadas emulsões. São em geral relativamente
estáveis, desde que um terceiro componente, denominado agente emulsificante, esteja presente. A
maionese, por exemplo, é uma emulsão de azeite em água (Fig. seguinte), obtida colocando-se azeite em uma
solução diluída de um ácido orgânico comestível. O agente emulsificante é a lecitina, um componente da clara
de ovo. Suas moléculas fazem com que cada gotícula de azeite fique com a superfície eletricamente
carregada, evitando que se agrupem. No leite homogeneizado, as micropartículas de gordura estão cobertas
com uma proteína chamada caseína.

Também é possível obter emulsões de água em óleo (Fig. seguinte); um exemplo é a


margarina. onde o agente emulsificante é obtido da soja.

O amido tem moléculas de grandes dimensões e forma uma dispersão coloidal na água. As
misturas de amido coloidais têm em geral, uma aparência leitosa. podendo até ser opacas, pois as
partículas coloidais são grandes o suficiente para refletir e espalhaa luz visível. Mesmo quando um feixe
luminoso é focalizado sobre uma dispersão de amido tão diluída que parece clara como água a trajetória
da luz é revelada pelo espalhamento lateral da radiação (veja Fig. seguinte). O espalhamento da luz por
dispersões coloidais é chamado efeito Tyndall, homenageando John Tyndall (18201893), um cientista
britânico. Em soluções verdadeiras, no entanto, os solutos são formados por partículas muito pequenas,
que nãco espalham a luz. Assim, o efeito Tyndall não ocorre em soluções.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


20
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr

Fig. O efeito Tyndall: espalhamento da luz, por dispersões coloidais. O tubo à esquerda contém uma dispersão
coloidal de amido, enquanto o tubo à direita contém uma dispersão coloidal de Fe2O3 em água. O tubo do meio
contém uma solução de Na2Cr2O7, um soluto colorido. O feixe estreito de luz laser vermelha é parcialmente
espalhado nas duas dispersões coloidais, de modo que podemos vê-lo, mas atravessa a solução sem sofrer nenhum
espalhamento.

O efeito Tyndall é muito comum. Quando você vê "os raios" de Sol nas clareiras da floresta ou
entre as nuvens, está vendo o efeito Tyndall. A luz do Sol é desviada pelas partículas coloidais de
fumaça ou gotículas de líquidos dispersas. Nem todos os comprimentos de onda de luz visível são
igualmente desviados. Como resultado, quando o Sol está próximo ao horizonte e o ar contém
fumaça, observamos cores brilhantes no céu.

Os colóides que têm a água como meio de dispersão são classificados como hidrofóbico e
hidrofílico;

Colóide Hidrofóbico: as forças atrativas entre a água e a superfície coloidal são fracas;
Ex. dispersão de metais e de sais pouco solúveis em água;

Colóide Hidrofílico: as forças atrativas entre a água e a superfície coloidal são fortes; geralmente
existem grupos –OH ou –NH2 nas partículas coloidais;

Formam-se pontes de hidrogênio com a água


Ex. proteínas; amido;

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


21
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr

Peptização e pectização
Adição de água = peptização
GEL SOL
retirada de água = pectização

Tixotropia
É a propriedade que alguns géis possuem de se reverterem temporariamente a sol, ao serem
submetidos à ação de uma força ou agitação. Quando cessa a ação o sol se reverte a gel.
Ex.: algumas tintas são géis tixotrópicos;

Colóide protetor: é um colóide liófilo que se adiciona a um colóide liófobo para aumentar a estabilidade
deste último. O colóide protetor vai atuar como camada de solvatação.
Ex.: As gotículas de gordura se dispersam na água, com o auxílio dos sabões ou detergentes;
Na maionese, as gotículas de óleo de cozinha se dispersam no vinagre, “protegias” por colóides
existentes na gema do ovo;
Na tinta nanquim, as partículas do negro-de-fumo (carvão finamente dividido) se mantêm dispersas na
água, com o auxílio de gomas;

Eletroforese: Como todas as partículas de um disperso possuem a mesma carga, se a dispersão for
submetida a um campo elétrico, todas as partículas do disperso vão migrar para o mesmo pólo;

a) Anaforese: Ocorre quando as partículas do disperso têm carga negativa. As partículas do disperso
migram para o pólo positivo do campo elétrico (ânodo).

b) Cataforese: Ocorre quando as partículas do disperso têm carga positiva. As partículas do disperso
migram para o pólo negativo do campo elétrico (cátodo).

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


22
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr

Anaforese Cataforese

Ponto isoeletrônico: Como a carga elétrica de um colóide depende da quantidade e da natureza dos
íons presentes no sistema, é possível transformar um colóide com partículas coloidais positivas em
negativas e vice-versa. O ponto onde as micelas são neutras é chamado de ponto isoeletrônico;

Dispersão A: Partículas do Dispersão B: Partículas do


disperso com carga positiva Adição de ânions
Ponto isoeletrônico disperso com carga negativa
Retirada de cátions

-
R CH COOH + OH R CH COO - + H2O
NH2 NH2
Proteína negativa
+
R CH COOH + H3O R CH COOH + H2O
NH2 NH3+
Proteína positiva

Purificação de Colóides
a) Diálise: É um método de purificação de colóides usado para separar impurezas altamente solúveis
no dispergente. Baseia-se na diferença de velocidade com que ocorre a difusão de uma solução e de
um colóide através de uma membrana semipermeável.
b) Eletrodiálise: Quando as impurezas que contaminam o colóide são de natureza iônica, é possível
acelerar a difusão dessas impurezas pelo dialisador aplicando-se um campo elétrico na diálise;

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


23
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr

10) Sabões e detergentes


A regra "o semelhante dissolve o semelhante" ajuda a explicar a atuação de sabões e
detergentes. Substâncias oleosas e gordurosas constituem a "cola" que faz a sujeira aderir aos tecidos
ou à pele. A água quente sozinha é muito pouco eficaz na remoção destes resíduos, mas mesmo
uma pequena quantidade de detergente faz uma grande diferença.
Todos os detergentes têm uma característica comum, sejam eles iônicos ou moleculares. Suas
estruturas incluem uma longa cadeia ('cauda') de hidrocarbonetos, não-polar, ligada a uma "cabeça"
extremamente polar, ou iônica. No caso de um sabão comum típico, por exemplo, temos o seguinte
ânion. (O cátion balanceador de carga é o Na +, na maioria dos sabões.)

A cauda deste composto, como a de todos os hidrocarbonetos, é não-polar, e assim tem uma
forte tendência a se dissolver em óleo ou gordura. mas não em água. Sua tendência natural é evitar
a água; dizemos que a cauda é hidrófoba (não tem afinidade pela água). O íon como um todo é
arrastado para uma solução em água quente somente por causa da sua cabeça iônica, que pode ser
hidratada. Dizemos que esta cabeça iônica é hidrófila (amiga da água). Para minimizar os contatos
entre as caudas hidrófobas e a água e para maximizar os contatos entre as cabeças hidrófilas e a
água, os ânions do sabão se juntam em grupos de dimensões coloidais denominados micelas de
sabão (veja Fig. seguinte).

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


24
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr

Fig. Micelas de sabão. A formação das micelas de sabão é


induzida pela tendência a evitar a água das "caudas
hidrófobas" das unidades do sabão e pela tendência a atrair
água de suas "cabeças hidrófilas'".

Quando as micelas encontram um filme de gordura, seus ânions encontram algo a mais que
pode acomodar caudas hidrófobas (veja Fig. seguinte). As caudas de um número enorme de ânions do
sabão penetram no filme; em um certo sentido elas se dissolvem na gordura ou no óleo. As cabeças
hidrófilas, no entanto, não serão arrastadas para a gordura; elas permanecem na água. Com uma
pequena agitação produzida, por exemplo, por uma máquina de lavar roupa, a película gordurosa se
fragmenta em incontáveis gotas minúsculas cada uma delas envolvida por um grande número de
cabeças negativamente carregadas. Como as gotas, agora em dispersão coloidal, têrn cargas de
mesmo sinal, elas se repelem e não podem agrupar-se novamente. A película gordurosa foi, para todos
os fins práticos, dissolvida e será enviada para a destruição por bactérias nas estações de tratamento
de água ou no solo.

Figura: processo de limpeza do sabão:


a) esquema para uma molécula de sabão: carboxilato de cadeia longa.
b) superfície contendo uma substância apolar (gordura).
c) adição de sabão ao sistema.
d) a cadeia apolar do sabão interage com a gordura, enquanto a cabeça polar do sabão interage com a
água.
e) formação de uma micela de gordura em água.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


25
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Ao lavarmos um prato sujo de óleo, forma-se o que os químicos chamam de micela, uma gotícula
microscópica de gordura envolvida por moléculas de sabão, orientadas com a cadeia apolar direcionada
para dentro (interagindo com o óleo) e a extremidade polar para fora (interagindo com a água).
A água usada para enxaguar o prato interage com a parte externa da micela, que é constituída pelas
extremidades polares das moléculas de sabão. Assim, a micela é dispersa na água e levada por ela, o
que torna fácil remover, com auxílio do sabão, sujeiras apoiares.
O processo de formação de micelas é denominado emulsificação. O esquema abaixo ilustra esse
processo. Dizemos que o sabão atua como emulsificante ou emulsionante, ou seja, ele tem a
propriedade de fazer com que o óleo se disperse na água, na forma de micelas.

Os detergentes sintéticos atuam da mesma maneira que os sabões, porém diferem deles na
estrutura da molécula. Sabões são sais de ácido carboxílico de cadeia longa, e detergentes sintéticos, na
grande maioria, são sais de ácidos sulfônicos de cadeia longa. Atualmente existem muitos outros tipos
de detergentes com estruturas diferentes, mas que, invariavelmente, possuem uma longa cadeia apoiar
e uma extremidade polar.

Os detergentes sintéticos podem ser aniônicos ou catiônicos, dependendo da carga do íon orgânico
responsável pela limpeza.

Há também, no mercado, alguns produtos que contêm detergentes não-iônicos. Um exemplo é o da


seguinte substância.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


26
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Detergentes catiônicos
Os detergentes catiônicos do tipo sal de amônio quaternário possuem efeito germicida, isto é,
matam microrganismos (germes), tais como bactérias e fungos.

Por esse motivo, ao ler o rótulo de alguns produtos desinfetantes para uso sanitário, você encontrará
inscrições do tipo “ingrediente ativo: quaternário de amônio”.
Outra interessante aplicação dos detergentes catiônicos está nos líquidos para enxaguar e
higienizar a boca. Muitos deles contêm cloreto de cetilpiridínio, que atua como detergente na remoção
das sujeiras que se acumulam nos dentes e têm relação com a formação da placa bacteriana. Sua fórmula
estrutural é:

10.1. Impacto ambiental de sabões e detergentes

Diariamente, sabões e detergentes usados nas residências atingem o sistema de esgotos e acabam
indo parar em rios e lagos. Lá, com o movimento das águas, formam uma camada de espuma na
superfície, que impede a entrada de oxigênio, essencial para a vida dos peixes.
As aves aquáticas também são muito prejudicadas com a poluição da água por sabões e
detergentes. Elas possuem um revestimento de óleo em suas penas e bóiam na água graças à
camada de ar que fica presa debaixo delas. Quando esse revestimento é removido, essas aves não
conseguem mais boiar e se afogam.
Após algum tempo, esses resíduos de sabões são decompostos sob a ação dos microrganismos
que vivem no ambiente aquático. A esse processo damos o nome de biodegradação.
Sabões são fabricados a partir de substâncias presentes na natureza viva (os óleos e as gorduras)
e existem muitos microrganismos capazes de degradá-los. Todo sabão é biodegradável.
Já os detergentes sintéticos podem ou não ser biodegradáveis. Experiências mostram que os
detergentes de cadeia carbônica não-ramificada são biodegradáveis, ao passo que os de cadeia
ramificada não são. A legislação atual exige que os detergentes sejam biodegradáveis.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


27
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Em certas regiões a água é rica em íons Ca2+ e/ou Mg2+. Esse tipo de igual é chamado de água
dura. Nela, os sabões não atuam de modo satisfatório, pois ocorre uma reação entre esses cátions e o
ânion do sabão, formando um precipitado (composto insolúvel). Isso pode diminuir ou até mesmo anular
completamente a eficiência da limpeza.

Para resolver esse problema, os fabricantes adicionam ao produto uma substância conhecida como
agente sequestrante, cuja função é precipitar os íons Ca2+ e Mg2+ antes que eles precipitem o sabão.
Um dos agentes sequestrantes mais usados é o tripolifosfato de sódio Na5P3O10.
Há, no entanto, um inconveniente no uso desses agentes. Eles são nutrientes de algas e,
quando vão parar num lago, favorecem a proliferação delas. Esse crescimento exagerado impede
a entrada de luz solar; assim, as algas do fundo morrem (por falta de luz) e começam a apodrecer.
Esse apodrecimento consome oxigênio da água, o que, por sua vez, acarreta a morte dos peixes
Esse processo e chamado de eutrofização do lago (do grego eu, “bem’, e trophein, nutrir”).

10.2. Sabões e detergentes são tensoativos

Se colocarmos uma pequena agulha com cuidado sobre a superfície da água pura, ela permanecerá
aí. Se, no entanto, adicionarmos uma gota de detergente, imediatamente ela afundará.

A água possui uma alta tensão superficial, ou, em outras palavras, sua superfície possui uma
resistência a ser atravessada. Isso é explicado pelas pontes de hidrogênio quç mantêm as moléculas
fortemente unidas.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


28
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

A presença de sabões e detergentes diminui a tensão superficial, porque essas substâncias tendem
a se acumular na superfície, diminuindo a força atrativa entre as moléculas. Dizemos que são agentes
tensoativos ou surfactantes, pois atuam sobre a tensão superficial.

10.3. Sabões x detergentes


a) Água dura = água com elevada concentração de íons: Ca2+, Mg2+ ou Fe3+.

b) em meio ácido

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


29
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


30
Curso de Química – Prof. Alexandre Oliveira

02. (Enem 2016) Os tensoativos são compostos


ESTUDO DAS SOLUÇÕES
capazes de interagir com substâncias polares e
Exetcícios de Aprendizagem
apolares. A parte iônica dos tensoativos interage com
substâncias polares, e a parte lipofílica interage com
01. (Enem 2018) Tensoativos são compostos as apolares. A estrutura orgânica de um tensoativo
orgânicos que possuem comportamento anfifílico, isto pede ser representada por:
é, possuem duas regiões, uma hidrofóbica e outra
hidrofílica. O principal tensoativo aniônico sintético
surgiu na década de 1940 e teve grande aceitação no
mercado de detergentes em razão do melhor
desempenho comparado ao do sabão. No entanto, o
uso desse produto provocou grandes problemas
ambientais, dentre eles a resistência à degradação
biológica, por causa dos diversos carbonos terciários
na cadeia que compõe a porção hidrofóbica desse Ao adicionar um tensoativo sobre a água, suas
tensoativo aniônico. As ramificações na cadeia moléculas formam um arranjo ordenado.
dificultam sua degradação, levando à persistência no
meio ambiente por longos períodos. Isso levou a sua Esse arranjo é representado esquematicamente por:
substituição na maioria dos países por tensoativos
biodegradáveis, ou seja, com cadeias alquílicas
lineares.

PENTEADO, J. C. P.; EL SEOUD, O. A.; CARVALHO,


L. R. F. [ ... ]:uma abordagem ambiental e analítica. a)
Química Nova, n. 5, 2006 (adaptado).

Qual a fórmula estrutural do tensoativo persistente no


ambiente mencionado no texto?
b)

a)

c)

b)

d)

e)
c)
d)
03. (Ita) A figura abaixo mostra a curva de solubilidade do
brometo de potássio (KBr) em água:
e)

Curso de Química – Medicina Extensivo - Prof. Alexandre Oliveira


31
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

3H‚O(Ø)

Dados
Massa molar (g/mol): K = 39,10; Br = 79,91
Baseando nas informações apresentadas na figura é
* salmoura = solução aquosa saturada de cloreto de sódio
ERRADO afirmar que
a) a dissolução do KBr em água é um processo endotérmico.
Ao final de uma eletrólise de salmoura, retiraram-se da cuba
b) a 30°C, a concentração de uma solução aquosa saturada
eletrolítica, a 90 °C, 310 g de solução aquosa saturada tanto
em KBr é de aproximadamente 6mol/kg (molal).
de cloreto de sódio quanto de clorato de sódio. Essa amostra
c) misturas correspondentes a pontos situados na região I da
foi resfriada a 25 °C, ocorrendo a separação de material
figura são bifásicas.
sólido.
d) misturas correspondentes a pontos situados na região II da
figura são monofásicas.
a) Quais as massas de cloreto de sódio e de clorato de sódio
e) misturas correspondentes a pontos situados sobre a curva
presentes nos 310 g da amostra retirada a 90 °C? Explique.
são saturadas em KBr.
b) No sólido formado pelo resfriamento da amostra a 25 °C,
qual o grau de pureza (% em massa) do composto presente
04. (Fuvest) 160 gramas de uma solução aquosa saturada de
em maior quantidade?
sacarose a 30°C são resfriados a 0°C. Quanto do açúcar
c) A dissolução, em água, do clorato de sódio libera ou
cristaliza?
absorve calor? Explique.
Temperatura °C Solubilidade da sacarose
g/100 g de H‚O
06. (Ufmg) Numa aula no Laboratório de Química, os alunos
prepararam, sob supervisão do professor, duas soluções
0 180
aquosas, uma de cloreto de potássio, KCØ, e uma de cloreto
30 220
de cálcio, CaCØ‚. Após observarem a variação da
a) 20 g.
temperatura em função do tempo, durante o preparo de cada
b) 40 g.
uma dessas soluções, os alunos elaboraram este gráfico:
c) 50 g.
d) 64 g.
e) 90 g.

05. (Fuvest) Industrialmente, o clorato de sódio é produzido


pela eletrólise da salmoura* aquecida, em uma cuba
eletrolítica, de tal maneira que o cloro formado no anodo se
misture e reaja com o hidróxido de sódio formado no catodo.
A solução resultante contém cloreto de sódio e clorato de
sódio.

2NaCl(aq) + 2H‚O(Ø) ëCl‚(g) + 2NaOH(aq) + H‚(g)

3Cl‚(g) + 6 NaOH(aq) ë 5NaCl(aq) + NaClOƒ(aq) +


Considerando-se as informações fornecidas por esse gráfico

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


32
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

e outros conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO


afirmar que
a) a dissolução do CaCØ‚ diminui a energia cinética média
das moléculas de água.
b) a dissolução do KCØ é um processo exotérmico.
c) a entalpia de dissolução do CaCØ‚ é maior que zero.
d) a solubilidade do KCØ aumenta com o aumento da
temperatura.

07. (Fuvest) A recristalização consiste em dissolver uma


substância a uma dada temperatura, no menor volume de
solvente possível e a seguir resfriar a solução, obtendo-se a) De forma análoga à mostrada acima, represente a fase de
cristais da substância. vapor, durante a ebulição.
Duas amostras de ácido benzóico, de 25,0g cada, foram b) Qual a massa de cloreto de sódio que está dissolvida, a
recristalizadas em água segundo esse procedimento, a seguir: 20°C, após terem sido recolhidos 50mL de destilado?
a) Calcule a quantidade de água necessária para a dissolução Justifique.
de cada amostra. c) A temperatura de ebulição durante a destilação era igual,
b) Qual das amostras permitiu obter maior quantidade de maior ou menor que 97,4°C? Justifique.
cristais da substância? Explique.
Dados: curva de solubilidade do ácido benzóico em água Dados: Curva de solubilidade do cloreto de sódio em água:
(massa em gramas de ácido benzóico que se dissolve em Ponto de ebulição da água pura a 700mmHg: 97,4°C
100g de água, em cada temperatura).
9. (Uerj) Um laboratorista precisa preparar 1,1 kg de
solução aquosa saturada de um sal de dissolução
exotérmica, utilizando como soluto um dos três sais
disponíveis em seu laboratório: X, Y e Z. A temperatura
final da solução deverá ser igual a 20 °C.
Observe as curvas de solubilidade dos sais, em
gramas de soluto por 100 g de água:

08. (Fuvest) Uma mistura constituída de 45g de cloreto de


sódio e 100mL de água, contida em um balão e inicialmente
a 20°C, foi submetida à destilação simples, sob pressão de
700 mm Hg, até que fossem recolhidos 50 mL de destilado.
O esquema a seguir representa o conteúdo do balão de
destilação, antes do aquecimento:
A massa de soluto necessária, em gramas, para o
preparo da solução equivale a:
a) 100
b) 110
c) 300
d) 330

10. (Ufsc) O gráfico abaixo mostra a variação nas


concentrações de soluções saturadas de dois sais em

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


33
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

água, Li2SO4 (reta descendente) e NH4C (reta


ascendente), individualmente, em função da variação
na temperatura da solução. A concentração é expressa a) Considerando as informações apresentadas no
em termos de percentual massa/massa, ou seja, a rótulo, qual é o estado físico da substância contida no
massa do sal dissolvido em 100 g da solução. frasco, a 1 atm e 25 ºC? Justifique.
b) Em um recipiente, foram adicionados, a 25 ºC, 56,0
g da substância X e 200,0 g de água. Determine a
massa da substância X que não se dissolveu em
água. Mostre os cálculos.
c) Complete o esquema da página de resposta,
representando a aparência visual da mistura formada
pela substância X e água quando, decorrido certo
tempo, não for mais observada mudança visual.
Justifique.

Dado: densidade da água a 25 °C = 1,00 g / cm3

12. (ifba)

Com base nos dados do gráfico acima, é CORRETO


afirmar que:
01) o sulfato de lítio é menos solúvel que o cloreto de
amônio.
02) em água a 30°C, é possível dissolver uma massa
maior de cloreto de amônio do que de sulfato de
lítio.
04) o gráfico sugere que a dissolução do sulfato de lítio
constitui um processo exotérmico, ao passo que a
dissolução do cloreto de amônio tem caráter
endotérmico.
08) a solubilidade do sulfato de lítio seria maior em O comportamento do gás oxigênio com a variação de
uma solução contendo Na2SO4 do que em água
temperatura descrito no gráfico, bem como o
pura. comportamento físico geral dos gases, permitem
16) em água a 0°C, a concentração molar de uma afirmar corretamente que
solução saturada de sulfato de lítio é maior que a a) as forças atrativas se sobrepõem às forças de
concentração molar de uma solução saturada de repulsão entre as moléculas do gás oxigênio com o
cloreto de amônio.
aumento da temperatura.
32) em água a 50°C, é possível dissolver 30 g de b) as colisões entre as moléculas de um gás
sulfato de lítio, mas não é possível dissolver aumentam de frequência com o aumento de
completamente 30 g de cloreto de amônio.
temperatura, à pressão constante, diminuindo a
velocidade média das moléculas e reduzindo sua
11. (Fuvest) O rótulo de um frasco contendo solubilidade em água.
determinada substância X traz as seguintes
c) a solubilidade de um gás em um líquido depende da
informações: energia cinética das moléculas do gás e da pressão
exercida sobre o sistema que comporta o soluto
Descrição ou gasoso e o solvente líquido.
Propriedade
valor d) dois reservatórios de água mantidos sob as mesmas
Cor Incolor condições de limpeza e pressão de 1 atm, localizados
Inflamabilidade Não inflamável na Bahia, a 35º C, e no Paraná, a 20º C, terão a mesma
Odor Adocicado concentração de O2(g) dissolvido na água.
Ponto de Fusão - 23 ºC e) as concentrações de O2(g) dissolvido em amostras
Ponto de ebulição a 1 atm 77ºC de água do mar Báltico e do mar Vermelho
Densidade a 25ºC 1,59 / cm3 independem de suas concentrações salinas, que são
Solubilidade em água a 30 g/L e 40 g/L, respectivamente.
0,1 g/ 100 g de H2O
25ºC

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


34
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

13. (Ufg) Uma solução saturada de K 2Cr2O7 foi


preparada com a dissolução do sal em 1,0 kg de água.
A influência da temperatura sobre a solubilidade está
representada na figura a seguir.

Considerando-se
- volumes iguais de soluções saturadas a 20°C dessas
substâncias e
- os sais totalmente dissociados.
a substância que apresentará maior número de partículas em
solução é a de
Com base nos dados apresentados, as massas dos a) NaNOƒ
dois íons resultantes da dissociação do K 2Cr2O7 , a b) NaBr
50 °C, serão aproximadamente, iguais a: c) NaI
Dado: Densidade da água: 1,0 g mL d) C‚H‚‚O
a) 40 e 105 g e) (NH„)‚SO„
b) 40 e 260 g
c) 80 e 105 g 03. (Ufscar) As solubilidades dos sais KNOƒ e Ce‚(SO„)ƒ
d) 80 e 220 g em água, medidas em duas temperaturas diferentes, são
e) 105 e 195 g fornecidas na tabela a seguir.

ESTUDO DAS SOLUÇÕES


Exercícios de Fixação
01. (Unesp) A poluição térmica, provocada pela utilização
de água de rio ou mar para refrigeração de usinas
termoelétricas ou nucleares, vem do fato da água retornar ao
ambiente em temperatura mais elevada que a inicial. Este
aumento de temperatura provoca alteração do meio Com base nestes dados, pode-se afirmar que:
ambiente, podendo ocasionar modificações nos ciclos de a) a dissolução de KNOƒ em água é um processo
vida e de reprodução e, até mesmo, a morte de peixes e exotérmico.
plantas. O parâmetro físico-químico alterado pela poluição b) a dissolução de Ce‚(SO„)ƒ em água é acompanhada de
térmica, responsável pelo dano ao meio ambiente, é absorção de calor do ambiente.
a) a queda da salinidade da água. c) os dois sais podem ser purificados pela dissolução de
b) a diminuição da solubilidade do oxigênio na água. cada um deles em volumes adequados de água a 80°C,
c) o aumento da pressão de vapor da água. seguido do resfriamento de cada uma das soluções a 10°C.
d) o aumento da acidez da água, devido à maior dissolução d) se 110,1 g de uma solução saturada de Ce‚(SO„)ƒ a 10°C
de dióxido de carbono na água. forem aquecidos a 80°C, observa-se a deposição de 2,2 g do
e) o aumento do equilíbrio iônico da água. sal sólido.
e) a adição de 100 g de KNOƒ a 100 g de água a 80°C dá
02. (Fatec ) As solubilidades em água, a 20°C, de algumas origem a uma mistura homogênea.
substâncias e suas respectivas massas molares, são
apresentadas na tabela a seguir: 04. (Unifesp ) Uma solução contendo 14g de cloreto de sódio

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


35
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

dissolvidos em 200mL de água foi deixada em um frasco 08) A 100 C, uma solução com 120 gramas está saturada.
aberto, a 30°C. Após algum tempo, começou a cristalizar o
soluto. Qual volume mínimo e aproximado, em mL, de água 07. (Puc-rio) As curvas de solubilidade das substâncias
deve ter evaporado quando se iniciou a cristalização? KNOƒ e Ca(OH)‚ (em gramas da substância em 100 g de
Dados: água) em função da temperatura são mostradas a seguir. A
solubilidade, a 30°C, do cloreto de sódio = 35g/100g de partir desses dados, analise as alternativas a seguir e
água; densidade da água a 30°C = 1,0g/mL. assinale a que NÃO apresenta uma afirmativa correta.
a) 20.
b) 40.
c) 80.
d) 100.
e) 160.

05. (Fei) A tabela a seguir fornece as solubilidades do KCØ


e do Li‚COƒ a várias temperaturas.

a) Quando se adicionam 10,0 g de KNOƒ em 12,0g de água


a 56 °C, se obtém uma solução insaturada.
b) Observa-se a formação de corpo de fundo quando uma
solução formada por 25 g de KNOƒ e 50 g de água a 40 °C
é resfriada a 30 °C.
c) A solubilidade do nitrato de potássio aumenta com a
temperatura, enquanto a do hidróxido de cálcio diminui.
d) Duas substâncias puras podem apresentar a mesma curva
Assinale a alternativa falsa: de solubilidade.
a) a dissolução do KCØ em água é endotérmica e) O hidróxido de cálcio é muito menos solúvel que o
b) o aquecimento diminui a solubilidade do Li‚COƒ em água nitrato de potássio em toda faixa de temperatura estudada.
c) a massa de KCØ capaz de saturar 50g de água, a 40°C, é
20g 8. (Enem 2014) A capacidade de limpeza e a eficiência de
d) ao resfriar, de 50°C até 20°C, uma solução que contém um sabão dependem de sua propriedade de formar micelas
estáveis, que arrastam com facilidade as moléculas
inicialmente 108mg de Li‚COƒ em 100g de água, haverá
impregnadas no material a ser limpo. Tais micelas têm em
precipitação de 25mg de Li‚COƒ sua estrutura partes capazes de interagir com substâncias
e) a 10°C, a solubilidade do KCØ é maior do que a do Li‚COƒ polares, como a água, e partes que podem interagir com
substâncias apolares, como as gorduras e os óleos.
SANTOS, W. L. P; MÕL, G. S. (Coords.). Química e
06. (Uepg) A solubilidade do nitrato de potássio em água, sociedade. São Paulo: Nova Geração, 2005 (adaptado).
em função da temperatura, é dada na tabela abaixo.
Considerando-se soluções de KNO3 em 100 g de água, A substância capaz de formar as estruturas mencionadas é
assinale o que for correto. a) C18H36 .
b) C17H33COONa.
Temperatura (°C) 0 20 40 60 100 c) CH3CH2COONa.
Solubilidade do d) CH3CH2CH2COOH.
KNO3 (g 100 g de 13,3 31,6 63,9 110 246 e) CH3CH2CH2CH2OCH2CH2CH2CH3 .
água)
09. (Pucmg) O gráfico a seguir representa as curvas de
01) A 20 C, uma solução com 40 gramas está saturada.
solubilidade de várias substâncias.
02) A 0 C, uma solução com 10 gramas está insaturada.
04) A 40 C, uma solução com 120 gramas está
supersaturada.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


36
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

11. (Uerj) O gráfico a seguir, que mostra a variação da


solubilidade do dicromato de potássio na água em função
da temperatura, foi apresentado em uma aula prática sobre
misturas e suas classificações. Em seguida, foram
preparadas seis misturas sob agitação enérgica, utilizando
dicromato de potássio sólido e água pura em diferentes
temperaturas, conforme o esquema:

Com relação ao gráfico anterior, assinale a afirmativa


INCORRETA:
a) KNOƒ é mais solúvel do que o Pb(NOƒ)‚ em água, a
qualquer temperatura.
b) A temperatura pouco afeta a solubilidade do NaCØ.
c) A substância que apresenta a maior aumento de
solubilidade com o aumento de temperatura é o KNOƒ.
d) À temperatura ambiente, a substância menos solúvel é o
MgCØ‚. Após a estabilização dessas misturas, o número de sistemas
e) A 40°C, a solubilidade do KCØ e a do NaCØ são iguais. homogêneos e o número de sistemas heterogêneos
formados correspondem, respectivamente, a:
10. (Pucmg) O diagrama representa curvas de solubilidade a) 5 - 1
de alguns sais em água. b) 4 - 2
c) 3 - 3
d) 1 - 5

12. (Ufal ) Considere os seguintes dados:

- Solubilidade em água à temperatura ambiente.


- NaNOƒ ... 90 g/100 gH‚O; massa molar (g/mol) = 85.
Sua solubilidade aumenta quando aumenta a temperatura.
- NaCØ ... 38 g/100 gH‚O; massa molar (g/mol) = 58.
Sua solubilidade é praticamente constante quando aumenta
a temperatura.
- Ce‚ (SO„)ƒ ... 5 g/100 gH‚O
Sua solubilidade diminui quando aumenta a temperatura.
Com esses dados, afirma-se que:
Com relação ao diagrama anterior, é CORRETO afirmar:
( ) À temperatura ambiente, quando a solubilidade é
a) O NaCØ é insolúvel em água.
expressa em mol do soluto/100 g H‚O, o NaCØ é mais
b) O KCØOƒ é mais solúvel do que o NaCØ à temperatura
solúvel do que o NaNOƒ.
ambiente.
( ) À temperatura ambiente, uma solução saturada de
c) A substância mais solúvel em água, a uma temperatura
NaCØ contém mais mols de íons Na® do que uma solução
de 10°C, é CaCØ‚.
saturada de NaNOƒ.
d) O KCØ e o NaCØ apresentam sempre a mesma
( ) A dissolução de NaNOƒ em água é um processo
solubilidade.
endotérmico.
e) A 25°C, a solubilidade do CaCØ‚ e a do NaNO‚ são
( ) A dissolução do NaCØ em água deve ocorrer com
praticamente iguais.
pequeno efeito térmico.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


37
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

( ) A dissolução do Ce‚(SO„)ƒ em água deve ocorrer com concentração de quatro sais em uma amostra de água do
liberação de energia. mar e a respectiva solubilidade em água a 25°C:

13. (Ufes) Ao se adicionar cloreto de amônio a uma certa


quantidade de água a 25°C, observa-se um resfriamento na
solução. Com base nessa informação, pode-se afirmar:
a) O processo é exotérmico e a solubilidade do NH„CØ
aumenta com o aumento da temperatura.
b) O processo é endotérmico e a solubilidade do NH„CØ
aumenta com o aumento da temperatura.
c) O processo é exotérmico e a solubilidade do NH„CØ
diminui com o aumento da temperatura.
d) O processo é endotérmico e a solubilidade do NH„CØ Considerando-se as informações desse quadro, é
diminui com o aumento da temperatura. CORRETO afirmar que, na evaporação dessa amostra de
e) O processo é endotérmico e a solubilidade do NH„CØ água do mar a 25°C, o primeiro sal a ser precipitado é o
independe da temperatura. a) NaBr.
b) CaSO„.
14. (Upe) O gráfico a seguir mostra curvas de solubilidade c) NaCØ.
para substâncias nas condições indicadas e pressão de 1
atm. d) MgCØ‚.

16. (Ufpel) A ciência deve ser percebida no dia-a-dia e


muitos experimentos podem ser feitos em nossas casas. Por
exemplo, se colocarmos um ovo em uma jarra com água à
temperatura ambiente, ele afundará, mas se, logo em
seguida, adicionarmos NaCØ à água, até formar uma
solução saturada, observaremos que o ovo flutuará.
Baseando-se nesse experimento, analise as afirmativas
abaixo.
I - A densidade do ovo é menor do que a densidade da
solução saturada de água + sal.
II - Solução saturada é aquela em que a massa do soluto é
igual ao seu coeficiente de solubilidade.
III - Na forma dissociada, o NaCØ apresenta-se como Na® e
CØ-, sendo o íon Na® chamado de cátion sódio e o íon CØ-,
de ânion cloreto.
Está(ão) correta(s)
A interpretação dos dados desse gráfico permite afirmar
CORRETAMENTE que a) todas as afirmativas.
a) compostos iônicos são insolúveis em água, na b) as afirmativas I e III.
temperatura de 0°C. c) as afirmativas II e III.
b) o cloreto de sódio é pouco solúvel em água à medida que d) somente a afirmativa III.
a temperatura aumenta.
c) sais diferentes podem apresentar a mesma solubilidade e) as afirmativas I e II.
em uma dada temperatura.
d) a solubilidade de um sal depende, principalmente, da 17. (Enem 2012) Em uma planície, ocorreu um acidente
espécie catiônica presente no composto.
e) a solubilidade do cloreto de sódio é menor que a dos ambiental em decorrência do derramamento de grande
outros sais para qualquer temperatura. quantidade de um hidrocarboneto que se apresenta na forma
pastosa à temperatura ambiente. Um químico ambiental
15. (Ufmg) Sabe-se que o cloreto de sódio pode ser obtido a utilizou uma quantidade apropriada de uma solução de para-
dodecil-benzenossulfonato de sódio, um agente tensoativo
partir da evaporação da água do mar.
sintético, para diminuir os impactos desse acidente.
Analise este quadro, em que está apresentada a Essa intervenção produz resultados positivos para o

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


38
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

ambiente porque
a) promove uma reação de substituição no hidrocarboneto,
tornando-o menos letal ao ambiente.
b) a hidrólise do para-dodecil-benzenossulfonato de sódio
produz energia térmica suficiente para vaporizar o
hidrocarboneto.
c) a mistura desses reagentes provoca a combustão do
hidrocarboneto, o que diminui a quantidade dessa
substância na natureza. Com base no enunciado e nos conhecimentos sobre
d) a solução de para-dodecil-benzenossulfonato possibilita a calor de reação, é correto afirmar:
solubilização do hidrocarboneto. a) A bolsa quente é constituída de nitrato de amônio.
e) o reagente adicionado provoca uma solidificação do b) A dissociação iônica do cloreto de cálcio libera
hidrocarboneto, o que facilita sua retirada do ambiente. calor.
c) A dissociação iônica do nitrato de amônio é
18. (Enem 2012) O armazenamento de certas vitaminas no exotérmica.
d) As dissoluções de sais em água são exotérmicas.
organismo apresenta grande dependência de sua e) A bolsa fria é constituída de cloreto de cálcio.
solubilidade. Por exemplo, vitaminas hidrossolúveis devem
ser incluídas na dieta diária, enquanto vitaminas
lipossolúveis são armazenadas em quantidades suficientes 20. (Mackenzie) A solubilidade do cloreto de potássio
para evitar doenças causadas pela sua carência. A seguir são (KC ) em 100 g de água, em função da temperatura é
apresentadas as estruturas químicas de cinco vitaminas
necessárias ao organismo. mostrada na tabela abaixo:

Temperatura Solubilidade ( gKC em 100 g


(C) de água)
0 27,6
10 31,0
20 34,0
30 37,0
40 40,0
50 42,6

Ao preparar-se uma solução saturada de KC em 500 g


de água, a 40C e, posteriormente, ao resfriá-la, sob
Dentre as vitaminas apresentadas na figura, aquela que agitação, até 20C, é correto afirmar que
necessita de maior suplementação diária é a) nada precipitará.
a) I. b) precipitarão 6 g de KC .
b) II. c) precipitarão 9 g de KC .
c) III.
d) IV. d) precipitarão 30 g de KC .
e) V. e) precipitarão 45 g de KC .

19. (Uel) As bolsas instantâneas, frias ou quentes,


usadas nos atletas que sofrem distensões 21. (Enem 2012) Quando colocamos em água, os
musculares, dividem-se em dois compartimentos: um fosfolipídeos tendem a formar lipossomos, estruturas
contendo água líquida e outro contendo um sal, que formadas por uma bicamada lipídica, conforme mostrado na
absorve ou libera calor quando em contato com a figura. Quando rompida, essa estrutura tende a se reorganizar
água. em um novo lipossomo.
As reações químicas que ocorrem nas bolsas
instantâneas são representadas nos gráficos a seguir.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


39
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

mamona, é a
a) lipofilia.
b) hidrofilia.
c) hipocromia.
d) cromatofilia.
e) hiperpolarização.

24. (Ucs) A solubilidade é uma propriedade física muito


importante do ponto de vista biológico. Veja, por exemplo,
o caso das vitaminas. Elas são indispensáveis à dieta
alimentar, pois atuam na regulação de muitos processos
vitais. O consumo excessivo de vitamina C parece não ser
prejudicial ao organismo, pois qualquer excesso será
eliminado pela urina, uma vez que ela é hidrossolúvel. O
consumo excessivo de vitamina A, por outro lado, pode ser
Esse arranjo característico se deve ao fato de os fosfolipídeos prejudicial, pois sendo lipossolúvel, ela acaba sendo retida
apresentarem uma natureza pelo organismo, principalmente no fígado, produzindo dores
a) polar, ou seja, serem inteiramente solúveis em água. de cabeça e insônia.
b) apolar, ou seja, não serem solúveis em solução aquosa. As estruturas químicas das vitaminas A e C estão
c) anfotérica, ou seja, podem comportar-se como ácidos e representadas abaixo.
bases.
d) insaturada, ou seja, possuírem duplas ligações em sua
estrutura.
e) anfifílica, ou seja, possuírem uma parte hidrofílica e
outra hidrofóbica.

22. (Pucmg) Determinadas substâncias são capazes de


formar misturas homogêneas com outras substâncias. A Em relação à solubilidade das vitaminas A e C, considere as
substância que está em maior quantidade é denominada proposições abaixo.
solvente e a que se encontra em menor quantidade é
denominada de soluto. O cloreto de sódio (NaC ) forma I. Devido à presença de uma cadeia carbônica relativamente
solução homogênea com a água, em que é possível longa que apresenta caráter apolar acentuado, a vitamina
solubilizar, a 20C, 36 g de NaC em 100 g de água. De A é praticamente insolúvel em água, apesar de ela conter
um grupo hidroxila em sua estrutura química.
posse dessas informações, uma solução em que 545 g de
II. A vitamina C é hidrossolúvel, devido à presença de vários
NaC estão dissolvidos em 1,5 L de água a 20C, sem grupos hidroxila em sua estrutura química que podem
corpo de fundo, é: interagir com as moléculas de água por meio de ligações
a) insaturada. de hidrogênio.
b) concentrada. III. Se o coeficiente de solubilidade da vitamina C em água
c) supersaturada. é igual a 330g L (a 25C e 1 atm), uma solução
d) diluída. aquosa de vitamina C com concentração igual a
100 g L, nas mesmas condições de temperatura e
23. (Enem 2011) No processo de industrialização da pressão, encontra-se supersaturada.
mamona, além do óleo que contém vários ácidos graxos, é
obtida uma massa orgânica, conhecida como torta de Das proposições acima,
mamona. Esta massa tem potencial para ser utilizada como a) apenas I está correta.
fertilizante para o solo e como complemento em rações b) apenas II está correta.
animais devido a seu elevado valor proteico. No entanto, a c) apenas I e II estão corretas.
torta apresenta compostos tóxicos e alergênicos d) apenas II e III estão corretas.
diferentemente do óleo da mamona. Para que a torta possa e) I, II e III estão corretas.
ser utilizada na alimentação animal, é necessário um
processo de descontaminação. 25. (Fgv ) Na figura, são apresentadas as curvas de
solubilidade de um determinado composto em cinco
Revista Química Nova na Escola. V. 32, no 1, 2010 diferentes solventes.
(adaptado).

A característica presente nas substâncias tóxicas e


alergênicas, que inviabiliza sua solubilização no óleo de

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


40
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

NaNOƒ em 100g de água. Em alguns casos, o NaNOƒ não se


dissolveu completamente.
Este gráfico representa a curva de solubilidade de NaNOƒ,
em função da temperatura, e seis pontos, que correspondem
aos sistemas preparados:

Na purificação desse composto por recristalização, o


solvente mais indicado para se obter o maior rendimento no
processo é o
a) I.
b) II.
c) III.
d) IV. A partir da análise desse gráfico, é CORRETO afirmar que
e) V. os dois sistemas em que poderá haver formação de
precipitado são
26. (Pucmg ) Considere o gráfico de solubilidade de vários a) I e II.
sais em água, em função da temperatura. b) I e III.
c) IV e V.
d) V e VI.

28. (Acafe) Um técnico preparou 420 g de uma solução


saturada de nitrato de potássio (KNO3 , dissolvida em água)
em um béquer a uma temperatura de 60 C. Depois deixou
a solução esfriar até uma temperatura de 40 C, verificando
a presença de um precipitado.

A massa aproximada desse precipitado é:


(desconsidere a massa de água presente no precipitado)

Baseando-se no gráfico e nos conhecimentos sobre


soluções, é INCORRETO afirmar que:
a) a solubilidade do Ce‚(SO„)ƒ diminui com o aumento da
temperatura.
b) o sal nitrato de sódio é o mais solúvel a 20 °C.
c) a massa de 80 g de nitrato de potássio satura 200 g de
água a 30 °C.
d) dissolvendo-se 60 g de NH„CØ em 100 g de água, a 60
°C, obtém-se uma solução insaturada.
a) 100 g.
27. (Ufmg) Seis soluções aquosas de nitrato de sódio, b) 60 g.
NaNOƒ, numeradas de I a VI, foram preparadas, em c) 50 g.
diferentes temperaturas, dissolvendo-se diferentes massas de d) 320 g.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


41
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

azeite, vinagre, detergente, água sanitária e sal de


29. (Ueg) O gráfico abaixo mostra a curva de cozinha.
solubilidade para diversos sais inorgânicos. A análise
do gráfico permite concluir que a quantidade mínima Qual dos materiais disponíveis provoca uma ação
de água, em gramas, a 10ºC, necessária para semelhante à situação descrita?
dissolver 16 g do sal A é igual a: a) Azeite.
b) Vinagre.
c) Detergente.
d) Água sanitária.
e) Sal de cozinha.

32. (Enem PPL 2015) A obtenção de sistemas


coloidais estáveis depende das interações entre as
partículas dispersas e o meio onde se encontram. Em
um sistema coloidal aquoso, cujas partículas são
hidrofílicas, a adição de um solvente orgânico miscível
em água, como etanol, desestabiliza o coloide,
podendo ocorrer a agregação das partículas
preliminarmente dispersas.

A desestabilização provocada pelo etanol ocorre


porque
a) a polaridade da água no sistema coloidal é reduzida.
a) 12 b) as cargas superficiais das partículas coloidais são
b) 20 diminuídas.
c) 36 c) as camadas de solvatação de água nas partículas
d) 48 são diminuídas.
d) o processo de miscibilidade da água e do solvente
30. (Ufpb) O óxido de cálcio apresenta baixa libera calor para o meio.
solubilidade em água, como mostrado na tabela e) a intensidade dos movimentos brownianos das
abaixo: partículas coloidais é reduzida.

Temperatura Solubilidade de CaO em água


(ºC) (mol/L)
10 0,023
80 0,013

Considerando as características das soluções


aquosas e as informações da tabela, é correto afirmar:
a) Uma solução 0,023 mol/L de CaO a 10 ºC é MÓDULO 01 - ESTUDO DAS SOLUÇÕES
insaturada.
b) Uma solução 0,023 mol/L de CaO a 10 ºC contém GABARITOS E RESOLUÇÕES COMENTADAS
excesso de soluto dissolvido.
c) Uma solução 0,013 mol/L de CaO a 80 ºC é
saturada. Resposta da questão 1: [B]
d) A dissolução de CaO em água é endotérmica.
e) A dissolução de 0,013 mol de CaO em 1 L, a 80 Resposta da questão 2: [C]
ºC, forma uma solução supersaturada. É necessário encontrar o número de mols de cada substância e
em seguida fazer a dissociação iônica, para encontrar o número de
31. (Enem PPL 2018) Em derramamentos de óleo no mols total de partículas em cada solução:
mar, os produtos conhecidos como “dispersantes” são I) NaNO3 = 85 g/mol
usados para reduzir a tensão superficial do petróleo m 90g
derramado, permitindo que o vento e as ondas n= = = 1,06 mol de NaNO 3
“quebrem” a mancha em gotículas microscópicas. M 85g / mol
+ −
Estas são dispersadas pela água do mar antes que a NaNO 3(aq) → Na(aq) + NO 3(aq)
mancha de petróleo atinja a costa. Na tentativa de
fazer uma reprodução do efeito desse produto em 1,06 mol 1,06 mol 1,06 mol
casa, um estudante prepara um recipiente contendo Total: 2,12 mol de partículas
água e gotas de óleo de soja. Há disponível apenas

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


42
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

II) NaBr = 103g/mol 35 g de NaC → 100 g de H2O (30°C)


m 100g
n= = = 0,97mol de NaBr Como a densidade da água pura é 1,0 g/mL, temos que: 100 g de
M 103g / mol H2O = 100 mL de H2O
+
NaBr(aq) → Na(aq) + Br (aq)−
Assim temos:
0,97 mol 0,97 mol 0,97 mol 35 g de NaC → 100 mL de H2O (30°C)
Total: 1,94 mol de partículas
Cálculo do volume mínimo de água necessário para dissolver 14
de NaC a 30°C:
III) (NH4)2SO4 = 132g/mol
m 66g 35 g de NaC → 100 mL de H2O
n= = = 0,5 mol de (NH4 )2 SO 4 14 g de NaC → X mL de H2O
M 132g / mol
+
(NH4 )2 SO 4(aq) → 2 NH4(aq) + 1 SO
2− X = 40 mL de H2O (volume necessário para que a solução fique
4 (aq)
saturada).
0,5 mol 1,00 mol 0,5 mol
Total: 1,50 mol de partículas Como foram dissolvidos os 14 g de NaCl em 200 mL de H2O,
teremos:
IV) NaI = 150g/mol 200 mL de H2O - 40 mL de H2O = 160 mL de H2O
m 170g 160 mL de H2O precisam ser evaporados para que comece a
n= = = 1,13 mol de NaI
M 150g / mol cristalizar o sal na solução.
+
NaI(aq) → Na(aq) + I−(aq)
Resposta da questão 5: [D]
1,13 mol 1,13 mol 1,13 mol
D) falso
Total: 2,26 mol de partículas não haverá formação de precipitado, pois quando ele resfria a
solução faz é aumentar a solubilidade do sal Li2CO3.
V) C12H22O11 = 342g/mol Estava dissolvido 108 mg do sal a 50°C (a solução estava
m 200g saturada), ao resfriar para 20°C a solubilidade aumenta para 133
n= = = 0,58 mol de C12H22O11
M 342g / mol mg, portanto a solução passa a ser insaturada.
C12H22O11(s) → C12H22O11(aq) Não ocorre precipitação. Não precisa fazer nenhuma regra de
0,58 mol 0,58 mol três, pois ele está trabalhando com 100g de H2O.
Total: 0,58 mol de partículas
Resposta da questão 6: 02 + 04 = 06
A sacarose não sofre dissociação iônica, como os sais, ela apenas Muito cuidado com essa questão, pois em nenhum dos itens diz
se dissolve na água. que está sendo colocando soluto para formar a solução. Ele afirma
A solução com maios número de mols de partículas e nos itens: uma solução com tantos gramas de soluto... Se é uma
consequentemente com o maior número de partículas é a de NaI. solução, então é homogênea, portanto a quantidade de soluto
indicada ESTÁ DISSOVIDA.
Resposta da questão 3: [E] Se em algum dos itens a quantidade de soluto informada for maior
O item C está errado, pois este procedimento denominado que o coeficiente de solubilidade, então a solução é supersarada.
cristalização fracionada, utilizando o resfriamento só seria eficiente Há uma diferença enorme entre acrescentar soluto à água para
para cristalizar o KNO3, pois este sal é bastante solúvel a 80°C e preparar uma solução e dizer que a solução já está pronta, com o
pouco solúvel a 10°C. Assim quando a solução fosse resfriada a soluto dissolvido.
maior parte do sal iria cristalizar no fundo do recipiente, podendo 01) Falso: a 20°C a solubiidade é 31,6 g/100g de H2O, como estão
ser separada do resto da solução por filtração. dissolvidos 40 g de soluto a solução é SUPERSATURADA.
O outro sal, sulfato de cério II, não pode ser recristalizado 02) Verdadeiro: a 0°C a solubilidade é 13,3 g/100g de H2O, assim
diminuindo a temperatura, primeiro porque a sua solubilidade uma solução com 10 g de soluto está INSATURADA.
aumenta, com a diminuição da temperatura, segundo porque a sua 04) Verdadeiro: a 40°C a solubilidade é 63,9 g/100g de H2O, como
solubilidade varia pouco com a temperatura. existem 120 g de soluto DISSOLVIDOS ela é
Para recristalização a solubilidade precisa variar muito com a SUPERSATURADA.
temperatura, ou seja, a curva precisa ser muito ascendente (caso 08) Falso: a 100°C a solubilidade é 246g/ 100g de H2O, uma
mais comum), ou muito descendente. solução que tem 120 g de soluto dissolvido está
(Veja também a resolução da questão 25 deste módulo) INSATURADA.

Resposta da questão 4: [E] Resposta da questão 7: [D]


Cs do NaC a 30°C:

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


43
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

O item A é verdadeiro. A solubilidade do KNO3 a 56°C é


aproximadamente: Solução II:
100g de KNO3 ----------- 100g de H2O Cs do K2Cr2O7 a 30°C:
Xg de KNO3 --------12 g de H2O 20 g de sal ---100 g H2O
X = 12 g de KNO3 podem ser dissolvidos Xg de sal ---20 g H2O
Como só foram dissolvidos 10g de KNO3 a solução é insaturada. X = 5,0 g de sal (se dissolvem)
Como foram adicionados apenas 3,5 de sal em 20 g de água, a
O item B é verdadeiro, pois a solubilidade do KNO3 a 30°C é
solução é insaturada e portanto, o sistema é homogêneo.
aproximadamente:
48g ---------100g de H2O
Solução III:
Xg ---------50g de H2O
Cs do K2Cr2O7 a 30°C:
Em 50 g de H2O só se dissolvem 24g de KNO3, haverá formação 20g de sal ---100 g H2O
de aproximadamente 1 g de precipitado, pois ele tinha dissolvido Xg de sal ---10 g H2O
25 g de KNO3. X = 2,0 g de sal (se dissolvem)
Como foram adicionados 2,0 de sal em 10 g de água, a solução é
O item C é verdadeiro, pois a primeira curva de solubilidade é
saturada e portanto, o sistema é homogêneo.
ascendente, a solubilidade aumenta com o aumento da
temperatura, enquanto a segunda curva é descendente, a Solução IV:
solubilidade diminui com o aumento da temperatura. Cs do K2Cr2O7 a 70 °C:
O item D é Falso, Duas substâncias puras diferentes podem 60 g de sal ---100 g H2O
X g de sal ---300 g H2O
apresentar em uma mesma temperatura a mesma solubilidade
X = 180,0 g de sal (se dissolvem)
(situação onde as curvas de solubilidade estariam se cortando), Como foram adicionados 200,0 g de sal em 300 g de água, a
porém, elas não terão as mesmas solubilidades em todas as solução é saturada com corpo de fundo, pois serão formados 20
temperaturas, portanto, não podem apresentar as mesmas curvas g de corpo de chão, portanto, o sistema é heterogêneo.
de solubilidade.
Solução V:
O item E é verdadeiro. A substância do gráfico fa esquerda é muito Cs do K2Cr2O7 a 70 °C:
mais solúvel que a substância do gráfico da direita em todos os 60 g de sal ---100 g H2O
intervalos de temperatura estudados. Observe a escala de X g de sal ---500 g H2O
solubilidade de cada gráfico X = 300,0 g de sal (se dissolvem)
Como foram adicionados 320,0g de sal em 500 g de água, a
Somente o item D é falso solução é saturada com corpo de fundo, pois serão formados 20
g de corpo de chão, portanto, o sistema é heterogêneo.
Resposta da questão 08: [B]
As micelas têm em sua estrutura partes capazes de interagir com Solução VI:
substâncias polares, como a água, e partes que podem interagir Cs do K2Cr2O7 a 70 °C:
com substâncias apolares, como as gorduras e os óleos. 60 g de sal ---100 g H2O
Concluímos que se trata de um sabão, C17H33 COONa. Xg de sal ---250 g H2O
X = 150,0 g de sal (se dissolvem)
Como foram adicionados 150,0 de sal em 250 g de água, a
solução é saturada e portanto, o sistema é homogêneo.

Resposta da questão 12: F F V V V


I) F
Cs NaNO3 = 90g/100g H2O Massa molar NaNO3 = 85 g/mol
1 mol NaNO3 ----- 85 g
X mol NaNO3 ----- 90 g
X = 1,06 mol de NaNO3 (maior valor, mais solúvel)

Resposta da questão 9: [A] Cs NaCl = 38g/100g H2O Massa molar NaCl = 58 g/mol
Resposta da questão 10: [E] 1 mol NaCl ----- 58 g
Resposta da questão 11: [B] X mol NaCl ----- 38 g
Solução I: X = 0,65 mol de NaCl (menor valor, menos solúvel)
Cs do K2Cr2O7 a 30°C:
20 g de sal ---100 g H2O II) F
Como foram adicionados apenas 15 de sal em 100 g de água, a Considerando-se 100 g de H2O
solução é insaturada e portanto, o sistema é homogêneo. Cs NaNO3 = 1,06 mol de NaNO3 /100g H2O

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


44
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

1 NaNO3 → 1 Na+ + 1 (NO3)- temperatura do solvente e consequentemente da solução. Esta


1,06 mol 1,06 mol 1,06 mol dissolução pode ser usada para preparar uma compressa fria
Na = 1,06 mol (maior valor)
+ instantânea.

Cs NaCl = 0,65 mol de NaCl /100g H2O Resposta da questão 20: [D]
1 NaCl → 1 Na+ + 1 Cl- Teremos:
0,65 mol 0,65 mol 0,65 mol Cálculo da quantidade de NaCl que se dissolve em 500 g de água
Na+ = 0,65 mol (menor valor) a 40 °C.
Solubilidade (g KC em 100 g de
Resposta da questão 13. [B] Temperatura (ºC)
água)
Resposta da questão 14. [C]
40 40,0
Resposta da questão 15. [B]
Com a evaporação de parte da água, e consequente diminuição
da quantidade de solvente na solução o primeiro sal que precipita 40,0 g (KC ) 100 g de água
é o menos solúvel, que no caso é o CaSO4. X g (KC ) 500 g de água
O último que precipita é o mais solúvel, seria o NaBr. X = 200 g de KCl
Cálculo da quantidade de NaC que se dissolve em 500 g de água
Resposta da questão 16: [A]
Resposta da questão 17: [D] a 20 °C.
O hidrocarboneto é insolúvel em água, porém com a adição de uma Solubilidade (g KC em 100 g de
Temperatura (ºC)
solução de para-dodecil-benzenossulfonato, uma gente água)
emulsificante, ocorre a a solubilização do hidrocarboneto, 20 34,0
facilitando a sua remoção. 40,0 g (KC ) 100 g de água
Agente emulsificante, ou agente surfactante ou tensoativo, diminui
Y g (KC ) 500 g de água
a tensão superficial da água, pois possui uma longa cadeia apolar
Y = 200 g de KCl
(lipofílica), que possui afinidade pelo hidrocarboneto e uma cabeça
polar (hidrofílica) que possui afinidade pela água, permitindo a ssim Cálculo da quantidade de NaCl que se cristaliza em 500g de água
a formção de uma emulsão de água e o hidrocarboneto. a 20°C, após o resfriamento.
200,0 g − 170,0 g = 30,0 g (precipitado; após o resfriamento).
Resposta da questão 18: [C]
Quanto maior a quantidade de grupos OH, mais solúvel será a Resposta da questão 21: [E]
vitamina, devido à interação com a água e maior a necessidade de Esse arranjo característico se deve ao fato de os fosfolipídeos
suplementação. A estrutura III apresenta esta característica: apresentarem uma natureza anfifílica, ou seja, possuírem uma
parte polar (hidrofílica) e outra apolar (hidrofóbica).

Resposta da questão 22: [C]


O cloreto de sódio (NaC) forma solução homogênea com a água,
Resposta da questão 19: [B]
em que é possível solubilizar, a 20 ºC, 36 g de NaC em 100 g de
Observando-se o gráfico 1, percebe-se que a dissolução do CaC2
água.
em água é exotérmica, pois o processo de dissolução ocorre com
liberação de energia (a entalpia dos produtos é menor que a Tem-se uma solução em que 545 g de NaC estão dissolvidos em
entalpia dos reagentes). Como a dissolulçao do soluto ocorre com 1,5 L de água a 20 ºC, sem corpo de fundo.
liberação de calor do soluto para o solvente, ocorre um aumento Como a densidade da água pura é 1,0 g/mL, temos que: 1500 mL
da temperatura do solvente e consequentemente da solução. Esta de H2O = 1500 g de H2O
20 C
dissolução pode ser usada para preparar uma compressa quente
instantânea. 36 g (NaC ) 100 g de água
Observando-se o gráfico 2, percebe-se que a dissolução do 20 C

NH4NO3 em água é endotérmica, pois o processo de dissolução X g (NaC ) 1500 g de água


ocorre com absorção de energia (a entalpia dos produtos é maior
36 g x 1500 g
que a entalpia dos reagentes). Como a dissolulçao do soluto ocorre X= = 540 g de NaC
100 g
com absorção de calor do solvente, ocorre uma diminuição da
Conclusão: como a quantidade de sal dissolvido nos 1,5 L de água

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


45
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

é maior que 540 g, a solução é supersaturada, pois a quantidade seguida basta fazer uma filtração para separar o soluto com alto
de soluto dissolvido é maior que a quantidade para tornar a soluão grau de pureza de sua solução.
saturada. Se a curva for descendente, teríamos que fazer o contrário,
dissolver a frio e depois aquecer, pois com o aquecimento a
Resposta da questão 23: [B] solubilidade vai diminuindo e o soluto iria cristalizar. Mas
A característica presente nas substâncias tóxicas e alergênicas, geralmente se faz recristalização em curvas ascendentes, pois o
que inviabiliza sua solubilização no óleo de mamona, é a hidrofilia, processo é mais eficiente.
ou seja, a capacidade de atrair compostos polares (hidro = água;
filia = afinidade). Como o óleo de mamona é predominantemente Resposa da questão 26: [D]
apolar, os compostos alergênicos polares não se misturam ao óleo. Resposta da questão 27: [B]
A questão pergunta em quais sistemas poderá haver formação de
Resposta da questão 24: [C] precipitado (tempo futuro). As soluções I e III são soluções
Análise das proposições: supersaturadas, porém são soluções instáveis, que por qualquer
[I] Correta. Devido à presença de uma cadeia carbônica perturbação poderão formar uma solução saturada com corpo de
relativamente longa que apresenta caráter apolar acentuado, a chão, ou corpo de fundo ou precipitado.
vitamina A é praticamente insolúvel em água, apesar de ela
conter um grupo hidroxila (OH) em sua estrutura química. Caso a questão perguntasse em quais sistemas já poderá existir
um equilíbrio entre uma solução saturada e o corpo de chão, a
resposta seria os sistemas II e IV, pois tais soluções são saturadas,
podendo ter corpo de fundo ou não. Uma solução saturada com
corpo de fundo é representada no gráfico de solubilidade com um
ponto coincidindo com a curva de sxolubilidade, pois somente a
parte dissolvida será representada neste tipo de gráfico.
[II] Correta. A vitamina C é hidrossolúvel, devido à presença de
vários grupos hidroxila (OH) em sua estrutura química que Resposta da questão 28: [A]
podem interagir com as moléculas de água por meio de 60 °C
ligações de hidrogênio. 110 g de soluto - - - - - - - - > 100 g de água
110 g de soluto - - - - - - - - > 210 g de solução
X g de soluto - - - - - - - - > 420 g de solução
X = 220 g de soluto
Massa de água: 420g – 220g = 200g de água
Durante o resfriamento a quantidade de água não muda

40 °C
[III] Incorreta. Se o coeficiente de solubilidade da vitamina C em 60 g de soluto - - - - - - - - > 100 g de água
água é igual a 330 g/L (a 25ºC e 1 atm), uma solução aquosa X g de soluto - - - - - - - - > 200 g de água
de vitamina C com concentração igual a 100 g/L, nas mesmas X = 120 g de soluto
condições de temperatura e pressão, encontra-se insaturada Como haviam 220g de soluto dissolvidos
(100 g/L < 330 g/L). Massa que precipitou: 220g – 120g = 100g de soluto

Resposta da questão 25: [A] Resposta da questão 29: [B]


Geralmente o processo de recristalização é realizado dissolvendo- A partir do gráfico e da temperatura pode-se descobrir a
se o soluto em uma temperatura mais alta e em seguida resfriando- solubilidade do sal A:
se a solução. Esse procedimento é adequado para curvas de
solubilidade ascendentes, dissoluções, em sua maioria,
endotérmicas, assim quando a temperatura diminuir, vai diminuir
também a solubilidade, fazendo com que o excesso dissolvido vá
recristalizando no fundo do recipiente.
Quanto mais ascendente for a curva de solubilidade, mais eficiente
será o processo de recristalização, pois em alta temperatura foi
dissolvido muito soluto e a baixa temperatura a solubilidade é
baixa, assim uma grande quantidade de soluto recristalizará.
Qual a utilidade deste processo? As impurezas continuam
dissolvidas na solução, somente o soluto puro cristaliza. Em

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


46
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Então,
80 g de A 100 g água
16 g de A mágua
mágua = 20 g

Resposta da questão 30: [C]


De acordo com a tabela, uma solução 0,013 mol/L de CaO a 80 ºC
é saturada.
A dissolução de CaO em água é exotérmica, pois o aumento da
temperatura provoca uma diminuição da solubilidade do CaO em
água, sendo portanto uma curva de solubilidade descendente.

Resposta da questão 31: [C]

O material que provoca uma ação semelhante à


situação descrita é o detergente, pois é classificado
como uma substância anfifílica, ou seja, apresenta
uma região polar que atrai a água e uma região
apolar que atrai o óleo de soja.

Resposta da questão 32: [C]

O etanol (CH3CH2OH) faz ligações de hidrogênio


com a água.
As camadas de solvatação formadas por moléculas
de água são atraídas pelo etanol e o coloide é
desestabilizado.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


47
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

MÓDULO 02 - UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES


1) Introdução
Concentração de uma solução é qualquer expressão da proporção entre as quantidades de soluto
e de solvente, ou então, entre as quantidades de soluto e de solução.

" Quantidade " de soluto (ou de solução)


Concentração
"Quantidade" de solvente (ou de solução)

“Quantidade” = mols ou massa ou volume.

Observações:

1. Convenção:
– Índice 1: soluto. Ex.: m1 = massa do soluto
– Índice 2: solvente. Ex.: m2 = massa do solvente
– Sem índice: solução.
Ex.: m = massa da solução (m = m1 + m2)

2. 1cm3 = 1mL
1dm3 = 1L
1m3 = 1000L

x 100
L mL
 1000

3. Em qualquer parte da solução a concentração é a mesma.

2) Unidades de concentração das soluções

2.1 Concentração em massa/volume ou concentração comum (C)


É a razão estabelecida entre a massa do soluto (m1) e o volume da solução (V);

m1
C=
V
Geralmente: Soluto, em gramas (g) e solução em litros (L), logo temos a unidade: g/L.

A unidade g/cm3 é menos usada.

2.2 Concentração massa/massa ou título em massa (T)


É a razão estabelecida entre a massa do soluto (m1) e a massa da solução (m), ambas na mesma
unidade (geralmente em gramas).
m1
T= como : m = m1 + m2
m
m1
Temos: T =
m1 + m 2
Observações:
0<T<1
O título em massa comumente é expresso em porcentagem de soluto; assim, temos o título
percentual em massa (T%).
T% = T x 100
O título em massa não possui unidade.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


48
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Observações:
1. % massa/massa (%m/m): Indica a massa de soluto (m1) em gramas, contida em 100g de solução.
Ex.: 40% m/m indica 40g de soluto em 100g de solução.

2.3 Concentração volume/volume ou título em volume (Tv)


É a razão estabelecida entre o volume do soluto (V1) e o volume da solução (V), ambos na mesma
unidade:
V1
TV =
V
Observações:
De um modo geral o volume da solução (V) não é necessariamente a soma do volume do soluto
(V1) com o volume do solvente (V2).

0 < TV < 1

O título em volume comumente é expresso em porcentagem de soluto, assim temos o título


percentual em volume. (TV%): TV% = TV x 100.

O título em volume não possui unidade.


O título em volume só é usado para exprimir concentrações onde os componentes das soluções
são todos gasosos ou todos líquidos.

Observações:
1. % volume / volume (%v/v)
Indica o volume de soluto (V1), em mL, contido em 100mL de solução.
Ex.: 20% v/v indica 20 mL de soluto em 100 mL de solução.

2. Álcool a 96% (significa 96 volumes de álcool para cada 100 volumes da solução).

3. O grau Gay-Lussac (ºG . L) indica a % v/v para soluções alcoólicas.


Ex.: 10,6ºG.L (significa 10,6 volumes de álcool para cada 100 volumes da solução).

4. % massa/volume (%m/v): indica a massa do soluto (m1) em gramas, contida em 100 ml de solução.
Ex.: 0,80% m/v indica 0,80g de soluto em 100 ml de solução.

2.4 Concentração em partes por milhão ou ppm


Para soluções muito diluídas, ou seja, soluções onde a concentração é muito pequena, a
concentração costuma ser expressa em partes por milhão ou ppm.

I) Concentração em massa/massa expressa em ppm.


Ex.: 1 ppm significa que para cada parte em massa do soluto temos um milhão de partes em massa
de solução.

concentração em ou concentração em

m1 (em mg) → 10 g m1 (em mg) → 10 g


−3 3
 6  6
ppm = 10 partes ppm = 10 partes
m (em Kg) → 10 g 
3
 m (em Kg) → 10 g
3

Observações:

ppm = T  106 ou ppm = T%  104

Ex.: T = 0,00005  T % = 0,005%  ppm = 50 ppm.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


49
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

II) Concentração em volume/volume expressa em ppm.


Ex.: 1 ppm significa que para cada parte em volume do soluto, temos um milhão de partes de solução.

concentração em ou concentração em

v 1 (em mL) → 10 L  L
−3 −6
 6 v 1 (em L) → 10  6
ppm = 10 partes ppm = 10 partes
v (em m 3 ) → 10 3 L 
 v (em L) → 1 L 

Observações:
L = microlitros = 10–6 L

ppm = Tv  106 ou ppm = TV %  104

III) Concentração em massa/volume expressa em ppm. Os químicos costumam expressar a concentração


de sólidos em líquidos, utilizando ppm.
Assim temos:
concentração em
−3
m1 (em mg) → 10 g 
 6
ppm = 10 partes
V (em L) → 1LH2 O = 1KgH2 O = 10 3 g

Ex.: A água contendo 0,05 ppm de Pb2+ é imprópria para o consumo (0,05 mg de Pb2+ por litro de água)
= (0,05 mg de Pb2+ por kg de água).

2.5 Densidade de uma solução (d)


É a razão estabelecida entre a massa da solução (m) e o volume dessa solução (V);
m m + m2
d= como: m = m1 + m2 temos: d = 1
V V
Unidades: g/mL = g/cm3; etc.

Observações:
x 1000
g/mL ⎯
⎯→ g/L

ou ou

⎯⎯
g/cm3 g/dm3
 1000

O volume, ao ser relacionado com a densidade, deve estar na mesma unidade de volume da
densidade.
Ex.: V = 100 cm3 e d = 1,2g/cm3.

Como a densidade da água é igual a 1g/mL, 1 mL de água = 1 g de água; 1 L de água é igual a 1


Kg de água... Cuidado: essas relações só são válidas para a água devido a sua densidade ser igual a 1
g/mL.

2.6 Concentração em quantidade de material/volume ou concentração molar ou molaridade ou


concentração mol/L (M)
É a razão estabelecida entre o número de mols de moléculas do soluto (n1) e o volume da solução

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


50
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

(V), em litros:
n1 m1
M= Como: n1
V M1
Número de mols do soluto (n1) é a razão entre a massa do soluto (m1) e a massa molar desse soluto
(M1).
Unidade: mol/L ou M ou molar escritas após o valor numérico da concentração.

2.6.1 Molaridade de íons


Em certos casos é necessário relacionar a molaridade da substância à molaridade dos seus íons
em solução; assim, temos:
2+
Ex.1: Calcule a molaridade dos íons Ca (aq) e Cl-(aq) em uma solução 1,0.10-2 mol/L de CaCl2(aq).
H 2O
1 CaCl2( aq ) Dissociação
1 Ca(2aq ) 2 Cl( aq ) ( = 100%)
  
1,0.10-2 mol/L 1,0.10-2 mol/L 2,0.10-2 mol/L

2−
Ex.2: Calcule a molaridade dos íons H+(aq) e SO 4( aq ) em uma solução 2,0.10-3 mol/L de H2SO4(aq),
considerando a ionização total nas duas etapas.
H 2O
1 H 2 SO4( aq ) Ionização
2 H( aq ) 1 SO4(2aq ) ( = 100%)
  
2,0.10-3 mol/L 4,0.10-3 mol/L 2,0.10-3 mol/L

Conclusão
O cálculo da molaridade dos íons deve ser feito a partir da equação de dissociação ou de ionização
do soluto e seguir a proporção estequiométrica.

2.7 Concentração em quantidade de matéria/ quantidade de matéria ou fração molar (X)

I) Fração Molar do Soluto (X1): é a razão estabelecida entre o número de mols de moléculas do soluto
(n1) e o número de mols de molécula da solução (n).

n1 n1
X1 = Como : n = n1 + n 2 X1 =
n n1 + n 2

II) Fração Molar do Solvente (X2): é a razão estabelecida entre o número de mols de moléculas do
solvente (n2) e o número de mols de moléculas da solução (n).

n2 n2
X2 = Como : n = n1 + n 2 X2 =
n n1 + n 2

Observações:
1. X1 + X2 = 1
2. A Fração molar não possui unidade
3. 0 < x < 1
4. Não esqueça:
m1 m2
n1 e n2
M1 M2
Onde: M1 = massa molar do soluto
M2 = massa molar do solvente

2.8. Concentração em quantidade de matéria por massa ou molalidade ou concentração molal

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


51
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

(W)
É a razão estabelecida entre o número de mols de moléculas do soluto (n1) e a massa, em
quilogramas, do solvente (m2);
n1 m1
W onde: n1
m2 (kg ) M1
unidade : mol/kg ou molal ou m

Observações:
Numa solução aquosa diluída, 1 L de solução contém aproximadamente 1 L de água, ou seja, 1 Kg
de água. Dessa forma, o número de mols de soluto por litro de solução (molaridade) é aproximadamente
igual ao número de mols do soluto por quilograma de água (molalidade). (M  W).

4) Relações entre as principais unidades de concentração das soluções


I) Relação entre a concentração comum (C) e o título em massa (T).
m1 m1
C= (1) T= ( 2)
V m

Dividindo (1) por (2), temos:


m1
C V C m m C m
=  = 1  = →d
T m1 T V m1 T V
m
C
 = d  C = d  T → Título em massa
T
Densidade de (g/L)
Concentração comum (g/L)
Observações:
Como geralmente a densidade é dada em g/mL temos:

C = 1000  d  T → Título em massa

Densidade (g/mL)
Concentração comum (g/L)

II) Relação entre a concentração comum (C) e a molaridade (M).


m1 m1
C (1) M (2)
V M 1V
Dividindo (1) por (2) temos:
m1
C V C m1 M 1V C
M1
M m1 M V m1 M
M1 V

 C M M1

Massa molar do soluto


Molaridade
Concentração comum

Igualando as relações (I) e (II) temos:

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


52
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

C = 1000 d . T (I)
C = M . Mol1 (II)
C = M  Mol1 = 1000  d  T

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


53
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES gasolina (C8H18), e que resulta na liberação de CO2 e
vapor de água para a atmosfera.
Exercícios de Apresndizagem
b) A concentração de CO2 na atmosfera, na época pré-
industrial, era de 280,0 ppm. Adotando o valor de 400,4
01. (Ita ) Um litro de uma solução aquosa contém 0,30mol ppm para a concentração atual, calcule a variação
de íons Na®, 0,28mol de íons CØ­, 0,10mol de íons SO„£­ e percentual da concentração de CO2 em relação ao valor da
x mols de íons Fe¤®. A concentração de íons Fe¤® (em época pré-industrial.
mol/L) presentes nesta solução é
c) Dê uma explicação para o fato de os valores observados
a) 0,03
(representados na curva B) serem menores do que os
b) 0,06 valores esperados (representados na curva A).
c) 0,08
d) 0,18 04. (Ufpe ) A água oxigenada, ou peróxido de hidrogênio
e) 0,26 (H‚O‚), é vendida nas farmácias com concentrações em
02. (Unifesp) Soluções aquosas de nitrato de prata (AgNO3), termos de "volumes", que correspondem à relação entre o
com concentração máxima de 1,7% em massa, são utilizadas volume de gás O‚, liberado após completa decomposição
como antisséptico em ambiente hospitalar. A concentração do H‚O‚, e o volume da solução aquosa. Sabendo que a
de íons Ag+ presentes numa solução aquosa de AgNO3 pode
ser determinada pela titulação com solução de concentração equação química de decomposição da água oxigenada é:
conhecida de tiocianato de potássio (KSCN), através da
formação do sal pouco solúvel tiocianato de prata (AgSCN). H‚O‚(aq) ë H‚O(Ø) + 1/2 O‚(g)
Na titulação de 25,0 mL de uma solução de AgNO3,
preparada para uso hospitalar, foram utilizados 15,0 mL de
calcule a concentração molar de uma solução de água
uma solução de KSCN 0,2 mol.L–1, para atingir o ponto final
da reação. oxigenada de 24,4 volumes a 25°C e 1 atm.
a) Determine, em mol. L–1, a concentração da solução (Dado: R = 0,082 atm . L . K-¢ . mol-¢)
preparada de AgNO3.
b) Mostre, através de cálculos de concentração, se a solução 05) A concentração de uma solução de KNO 3 é 0,750 m.
de AgNO3 preparada é adequada para uso hospitalar. Como calcular a fração molar de KNO3 nesta solução?
Considere que a massa molar de AgNO3 seja igual a 170
g. mol–1 e que a densidade da solução aquosa seja igual a 06) Uma solução de H2SO4 a 50,00% tem densidade
1 g. mL–1. relativa 1,3977 a 20 °C. Explique como você calcularia a
molaridade desta solução.
03. (Fuvest) O observatório de Mauna Loa, no Havaí, faz
medições diárias da concentração de dióxido de carbono na 07) Uma solução de álcool etílico, CH 3CH2OH, em água
atmosfera terrestre. No dia 09 de maio de 2013, a possui uma concentração de 1,25 m. Calcule o peso
concentração desse gás atingiu a marca de 400 ppm. O percentual do álcool etílico.
gráfico abaixo mostra a curva de crescimento da
concentração de dióxido de carbono ao longo dos anos 08) Uma solução de NaCl em água possui uma concentração
(curva B) e, também, a curva que seria esperada, de 19,5%. Calcule a molalidade da solução.
considerando o CO2 gerado pelo consumo de combustíveis
fósseis (curva A). 09) Uma solução de NH3 em água possui concentração de
5,00% em peso. Calcule a percentagem molar de NH3 na
solução. Qual a concentração molal de NH3?

10) Uma solução aquosa de álcool isopropílico, C 3H8O,


utilizado para limpar as cabeças leitoras dos videocassetes,
possui uma fração molar de álcool igual a 0,250. Qual a
percentagem em peso do álcool na solução? Qual a
molalidade do álcool?

11) A amônia aquosa comercial é 28% em massa de NH3 e tem


densidade de 0,90 g/mL. Qual é a concentração em quantidade de
matéria dessa solução?

12) O ácido nítrico aquoso comercial tem densidade de 1,42


g/mL e é 1,6 mol/L. Calcule a porcentagem em massa de
a) Escreva a equação química balanceada que representa a HNO 3 na solução.
reação que ocorre no motor de um carro movido a

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


54
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

químico necessita fazer o tratamento de 10000 L de água, a


quantidade do sal, em gramas, que ele deverá adicionar para
obter a concentração de fluoreto indicada pela legislação
UNIDADES DE CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES será, aproximadamente, de
a) 15,0
Exercícios de Fixação b) 24,7
c) 90,0
01. (Ita) Considere as seguintes soluções: d) 148,4
I. 10g de NaCØ em 100g de água. e) 1500,0
II. 10g de NaCØ em 100ml de água.
III. 20g de NaCØ em 180g de água. 04. (Uerj) O organoclorado conhecido como DDT, mesmo
IV. 10 mols de NaCØ em 90 mols de água. não sendo mais usado como inseticida, ainda pode ser
Destas soluções, tem concentração 10% em massa de cloreto encontrado na natureza, em consequência de sua grande
de sódio: estabilidade. Ele se acumula em seres vivos pelo processo
a) Apenas I denominado de biomagnificação ou magnificação trófica.
b) Apenas III Foram medidas, em partes por milhão, as concentrações
c) Apenas IV desse composto obtidas em tecidos de indivíduos de três
d) Apenas I e II espécies de um mesmo ecossistema, mas pertencentes a
e) Apenas III e IV. diferentes níveis tróficos, com resultados iguais a 15,0 , 1,0
e 0,01.
2. (Ufsm) Sal, vilão ou mocinho? As concentrações de DDT nos tecidos dos indivíduos da
espécie situada mais próxima da base da cadeia alimentar e
Substância imprescindível ao equilíbrio das funções
da situada mais próxima do topo dessa cadeia, em gramas de
orgânicas, o cloreto de sódio pode produzir efeitos
indesejados se consumido em excesso. A demanda natural DDT por 100 gramas de tecido, foram, respectivamente,
desse composto fez com que ele superasse o ouro como valor iguais a:
estratégico e fosse base para remunerar o trabalho. Tanto os a) 1,0 × 10-¤ e 1,0 × 10-¦
íons Na + como os C − são essenciais para a manutenção b) 1,5 × 10-¥ e 1,0 × 10-¥
da vida animal, controlando o volume de líquidos e a c) 1,0 × 10-¥ e 1,5 × 10-¥
manutenção da pressão arterial.
d) 1,0 × 10-§ e 1,5 × 10-¤
Fonte: Scientific American Brasil, Ano II, n. 16, p. 50, 2013.
(adaptado)
05. (Ufc) O soro caseiro é preparado pela completa
O sal apresenta inúmeras utilidades, sendo considerado o dissolução de porções de açúcar (C‚H‚‚O), e de sal de
mais antigo aditivo alimentar. Dentre os usos do NaC , cozinha (NaCØ), em água fervida. Esta solução é bastante
destaca-se o soro fisiológico, uma solução 0,9% de cloreto eficaz no combate à desidratação crônica, em crianças com
de sódio. elevado grau de desnutrição. Estabelecendo-se que a massa
das porções de açúcar e sal são 0,171g e 0,585g ,
Com base nessas informações, e correto afirmar que a
solução é do tipo respectivamente, dissolvidos em 500mL de água, e
a) eletrolítica e a concentração do sal é de 0,015 molL−1. considerando-se que estas massas são desprezíveis com
relação ao volume total da solução, as concentrações de
b) não eletrolítica e a concentração do sal é de 0,900 molL−1.
C‚H‚‚O e NaCØ em mol.L­¢ nesta solução são,
c) eletrolítica e a concentração do sal é de 0,900 molL−1. respectivamente:
d) não eletrolítica e a concentração do sal é de 0,154 molL−1. a) 1,0 × 10-¥ e 2,0 × 10-¤
e) eletrolítica e a concentração do sal é de 0,154 molL−1. b) 0,001 e 0,02
c) 0,005 e 0,10
d) 1,0 × 10-¦ e 2,0 × 10-¥
03. (Pucrs) O Ministério da Saúde recomenda, para prevenir
e) 3,42 e 11,7
as cáries dentárias, 1,5 ppm (mg/L) como limite máximo de
fluoreto em água potável. Em estações de tratamento de água
06. (Ufc) Sulfitos (compostos contendo íons SOƒ£­) são
de pequeno porte, o fluoreto é adicionado sob forma do sal
normalmente utilizados como conservantes de vinhos.
flúor silicato de sódio (Na‚SiF†; MM = 188g/mol). Se um
Contudo, o limite de tolerância de pessoas alérgicas a essas

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


55
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

substâncias é de 10 ppm (partes por milhão) de SOƒ£­. Para enfraquecimento dos ossos. É assintomática, lenta e
certificar-se da real concentração de SOƒ£­ em vinhos, pode- progressiva. Seu caráter silencioso faz com que, usualmente,
se utilizar o método de doseamento fundamentado na reação não seja diagnosticada até que ocorram fraturas,
química descrita pela equação abaixo: principalmente nos ossos do punho, quadril e coluna
vertebral. As mulheres são mais frequentemente atingidas,
SOƒ£­(aq) + H‚O‚(aq) ë SO„£­(aq) + H‚O. uma vez que as alterações hormonais da menopausa
aceleram o processo de enfraquecimento dos ossos. A
Analise os dados descritos na questão e assinale a alternativa doença pode ser prevenida e tratada com alimentação rica em
correta. cálcio.
a) Íons SOƒ£­ são oxidados, originando íons SO„£­, atuando, Suponha que o limite máximo de ingestão diária aceitável
portanto, como agentes oxidantes. (IDA) de cálcio para um adolescente seja de 1,2 mg/kg de
b) A reação não envolve processos de transferência de peso corporal.
elétrons, e se diz que é de substituição eletrofílica. Pode-se afirmar que o volume de leite contendo cálcio na
c) No processo de doseamento de SOƒ£­, H‚O‚ é reduzido a concentração de 0,6 gL-¢ que uma pessoa de 60 kg pode
H‚O e atua como agente redutor. ingerir para que o IDA máximo seja alcançado é:
d) Uma amostra que contém 0,001g de SOƒ£­ em 1kg de a) 0,05 L
vinho satisfaz o limite de tolerância estabelecido. b) 0,12 L
e) Uma amostra que contém 10 mols de SOƒ£­ por 1kg de c) 0,15 L
vinho é equivalente à concentração 10ppm em SOƒ£­. d) 0,25 L
e) 0,30 L
07. (Ufes) Em diabéticos, a ingestão de 80g de açúcar
comum (sacarose) eleva a quantidade de glicose no sangue 10. (Ufmg) Estas informações foram adaptadas do rótulo de
em 1,0g de glicose para cada litro de sangue. Considerando- um repositor hidroeletrolítico para praticantes de atividade
se que a taxa de glicose no sangue dos diabéticos, em física:
condições normais, é de aproximadamente 1,4g/L, a
concentração de glicose (C†H‚O†) no sangue de uma pessoa
diabética após o consumo de 100g de açúcar será de,
aproximadamente,
Dado: M(C†H‚O†) = 180g/mol
a) 7,8 x 10-¤ mol/L.
b) 6,9 x 10-¤ mol/L.
c) 6,9 x 10-£ mol/L. Considerando-se essas informações, é CORRETO afirmar
d) 1,5 x 10-£ mol/L. que, na porção indicada do repositor hidroeletrolítico,
e) 1,5 x 10-¢ mol/L a) a massa de íons sódio é o dobro da massa de íons cloreto.
b) a concentração de íons sódio é igual a 4×10-¤ mol/L.
08. (Uff ) Dentre as soluções cogitadas para o problema da c) a massa de íons cloreto é igual a 71 mg.
seca no nordeste, pensou-se na perfuração de poços d) a quantidade de cloreto de sódio é igual a 4×10-¤ mol.
artesianos de grande profundidade e na dessalinização da
água do mar, processos considerados economicamente 11. (Enem 2015) A hidroponia pode ser definida como
inviáveis para utilização em larga escala. uma técnica de produção de vegetais sem necessariamente a
A dessalinização deve remover, entre outros sais, os cerca de presença de solo. Uma das formas de implementação é
manter as plantas com suas raízes suspensas em meio
3,5% de cloreto de sódio presentes na água do mar. Esse líquido, de onde retiram os nutrientes essenciais. Suponha
percentual equivale à seguinte concentração de NaCØ: que um produtor de rúcula hidropônica precise ajustar a
a) 0,2 mol L-¢ concentração de íon nitrato (NO3− ) para 0,009 mol L em
b) 0,4 mol L-¢
um tanque de 5.000 litros e, para tanto, tem em mãos uma
c) 0,6 mol L-¢ solução comercial nutritiva de nitrato de cálcio 90 g L.
d) 0,8 mol L-¢
e) 1,0 mol L-¢ As massas molares dos elementos N, O e Ca são iguais a
14 g mol, 16 g mol e 40 g mol, respectivamente.
09. (Uff) A osteoporose é uma doença que leva ao

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


56
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Qual o valor mais próximo do volume da solução nutritiva, água potável é 1,0 mg.L-¢ e que uma solução saturada em
em litros, que o produtor deve adicionar ao tanque? CaF‚, nas condições normais, apresenta 0,0016% em massa
a) 26 (massa de soluto/massa de solução) deste composto, com
b) 41 densidade igual a 1,0 g.cm-¤. Dadas as massas molares, em
c) 45
g.mol-¢, Ca = 40 e F = 19, é correto afirmar que, nessas
d) 51
condições, a água subterrânea em contato com a fluorita:
e) 82
a) nunca apresentará um teor de F- superior ao VMP.
b) pode apresentar um teor de F- até cerca de 8 vezes maior
12. (Ufrs) Numa determinada área urbana, a concentração
que o VMP.
média do agente poluente SO‚ no ar atmosférico atingiu o
c) pode apresentar um teor de F- até cerca de 80 vezes maior
valor de 3,2 x 10-¥ g.m-¤. Essa concentração, expressa em
que o VMP.
mol.L-¢ e em moléculas.m-¤, corresponde, respectivamente,
d) pode apresentar um teor de F- até cerca de 800 vezes
aos valores
maior que o VMP.
a) 5,0 x 10-§ e 3,0 x 10¢©.
e) pode apresentar valores próximos a 10-¢mol.L-¢ em F-.
b) 3,2 x 10-¨ e 6,0 x 10£¡.
c) 5,0 x 10-ª e 2,7 x 10£¦.
d) 5,0 x 10-¤ e 3,0 x 10£¢. 16. (Uepb) Sabendo que para que uma água seja classificada
e) 5,0 x 10-ª e 3,0 x 10¢©. como doce deve ter uma salinidade não maior que 0,05 %
(g/100 g de água), qual a máxima concentração em
13. (Ufsc) Existem diversas maneiras de expressar a quantidade de matéria de sal em termos de
concentração de uma solução. Dentre elas destacamos a hidrogenocarbonato de potássio para que uma amostra de
molaridade (M). água seja considerada doce? Considere a densidade da água
Seja uma solução aquosa de Al‚(SO„)ƒ de concentração igual a 1 g/mL.
102,6 g/Litro. Qual a molaridade da solução? a) 5,00  10−4 mol / L
Dados: Al = 27, S = 32, O = 16 b) 5,95  10−3 mol / L
a) 0,9 Molar c) 0,05 mol / L
b) 3,2 Molar d) 0,0595 mol / L
c) 0,3 Molar e) 5,00  10−3 mol / L
d) 1,8 Molar
e) 0,6 Molar 17. (Uff) Tem-se uma solução preparada pela dissolução de
16,7g de naftaleno em 200mL de benzeno líquido, a 20°C. A
14. (Unesp) Os frascos utilizados no acondicionamento de densidade do benzeno à temperatura dada é 0,87g.mL-¢.
soluções de ácido clorídrico comercial, também conhecido Determine:
como ácido muriático, apresentam as seguintes informações a) a fração molar do benzeno e do naftaleno na solução
em seus rótulos: solução 20% m/m (massa percentual);
densidade = 1,10 g/mL; massa molar = 36,50 g/mol. Com b) a percentagem molar do benzeno e do naftaleno na
base nessas informações, a concentração da solução solução.
comercial desse ácido será Dados: Massas molares (g/mol):
a) 7 mol/L. C = 12,0; H = 1,0
b) 6 mol/L
c) 5 mol/L. 18. (Ufrrj) Pacientes que necessitam de raios X do trato
d) 4 mol/L. intestinal devem ingerir previamente uma suspensão de
e) 3 mol/L. sulfato de bário (BaSO„). Esse procedimento permite que as
paredes do intestino fiquem visíveis numa radiografia,
15. (Unesp) Há décadas são conhecidos os efeitos da permitindo uma análise médica das condições do mesmo.
fluoretação da água na prevenção da cárie dentária. Porém, o Considerando-se que em 500 mL de solução existem 46,6 g
excesso de fluoreto pode causar a fluorose, levando, em do sal, pede-se:
alguns casos, à perda dos dentes. Em regiões onde o subsolo a) a concentração molar;
é rico em fluorita (CaF‚), a água subterrânea, em contato com b) a concentração em g / L.
ela, pode dissolvê-la parcialmente. Considere que o VMP
(Valor Máximo Permitido) para o teor de fluoreto (F-) na 19. (Ufrrj ) Suponha que para a preparação de 500 mL de

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


57
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

uma solução aquosa de sulfato de cobre com concentração c) 97,2%.


0,5 mol/L você disponha do reagente sólido sulfato de cobre d) 99,6%.
penta-hidratado (CuSO„.5H‚O; massa molar = 249,6 g/mol). e) 99,9%.
Qual a massa (em gramas) de reagente deve ser pesada para
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
o preparo desta solução? Para resolver a(s) questão(ões) considere o texto abaixo.

No jornal Diário Catarinense, de 20 de agosto de 2014, foi


20. (Enem 2014) A utilização de processos de
publicada uma reportagem sobre adulteração em leites no
biorremediação de resíduos gerados pela combustão Oeste do Estado de Santa Catarina “[...]. Vinte pessoas foram
incompleta de compostos orgânicos tem se tornado detidas acusadas de envolvimento com a adulteração do
crescente, visando minimizar a poluição ambiental. Para a leite UHT com substâncias como soda cáustica, água
ocorrência de resíduos de naftaleno, algumas legislações oxigenada e formol […]”.
limitam sua concentração em até 30mg kg para solo
agrícola e 0,14mg L para água subterrânea. A 22. (Acafe) Considere que a água oxigenada para adulterar
quantificação desse resíduo foi realizada em diferentes o leite UHT fosse de 10 volumes. Nas CNTP, assinale a
ambientes, utilizando-se amostras de 500g de solo e alternativa que contém a concentração aproximada dessa
substância expressa em porcentagem (m / v).
100mL de água, conforme apresentado no quadro.
Dados: H : 1 g / mo ; O : 16 g / mo .
Ambiente Resíduo de naftaleno (g)
a) 4,0% (m / v)
Solo l 1,0  10−2 b) 0,3% (m / v)
Solo lI 2,0  10−2 c) 2,0% (m / v)
Água I 7,0  10−6 d) 3,0% (m / v)
Água II 8,0  10−6
Água III 9,0  10−6 23. (Enem 2012) Aspartame é um edulcorante artificial
(adoçante dietético) que apresenta potencial adoçante 200
O ambiente que necessita de biorremediação é o(a) vezes maior que o açúcar comum, permitindo seu uso em
a) solo I. pequenas quantidades. Muito usado pela indústria
b) solo II. alimentícia, principalmente nos refrigerantes diet, tem valor
c) água I. energético que corresponde a 4 calorias/grama. É
d) água II. contraindicado a portadores de fenilcetonúria, uma doença
e) água III. genética rara que provoca o acúmulo da fenilalanina no
organismo, causando retardo mental. O IDA (índice diário
aceitável) desse adoçante é 40 mg/kg de massa corpórea.
21. (Enem 2014) Diesel é uma mistura de hidrocarbonetos
Disponível em:
que também apresenta enxofre em sua composição. Esse http://boaspraticasfarmaceuticas.blogspot.com. Acesso em:
enxofre é um componente indesejável, pois o trióxido de 27 fev. 2012.
enxofre gerado é um dos grandes causadores da chuva ácida.
Nos anos 1980, não havia regulamentação e era utilizado Com base nas informações do texto, a quantidade máxima
óleo diesel com 13 000 ppm de enxofre. Em 2009, o diesel recomendada de aspartame, em mol, que uma pessoa de 70
passou a ter 1 800 ppm de enxofre (S1800) e, em seguida, foi kg de massa corporal pode ingerir por dia é mais próxima
inserido no mercado o diesel S500 (500 ppm). Em 2012, foi de
difundido o diesel S50, com 50 ppm de enxofre em sua
composição. Atualmente, é produzido um diesel com teores Dado: massa molar do aspartame = 294g/mol
de enxofre ainda menores. a) 1,3  10–4.
b) 9,5  10–3.
Os Impactos da má qualidade do óleo diesel brasileiro. c) 4  10–2.
Disponível em: www.cnt.org.br. d) 2,6.
Acesso em: 20 dez. 2012 (adaptado). e) 823.

A substituição do diesel usado nos anos 1980 por aquele 24. (Ufrrj) Antigamente, o açúcar era um produto de preço
difundido em 2012 permitiu uma redução percentual de elevado e utilizado quase exclusivamente como
emissão de SO3 de
medicamento calmante. No século XVIII, com a expansão
a) 86,2%.
das lavouras de cana-de-açúcar, esse cenário mudou. Hoje, a
b) 96,2%.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


58
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

sacarose é acessível à maior parte da população, sendo determinado posto indicou o teor de 53 %. O volume, em
utilizada no preparo de alimentos e bebidas. Um suco de mL, da fase aquosa obtida quando o teste foi realizado
fruta concentrado de determinada marca foi adoçado com corretamente com a amostra X foi
3,42 g de açúcar (sacarose: C1‚H‚‚O11) em 200 mL de a) 76.
solução. Com este suco, foi preparado um refresco, b) 53.
adicionando-se mais 800 mL de água. A concentração em c) 40.
mol/L de sacarose no SUCO e a concentração em g/L de d) 26.
sacarose no REFRESCO são, respectivamente: e) 24.
a) 0,05 mol/L e 34,2 g/L.
b) 0,05 mol/L e 3,42 g/L.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
c) 0,5 mol/L e 3,42 g/L. Utilize as informações a seguir para responder à(s)
d) 0,5 mol/L e 34,2 g/L. questão(ões) a seguir.
e) 0,05 mol/L e 342 g/L.
Com as chuvas intensas que caíram na cidade do Rio de
Janeiro em março de 2013, grande quantidade de matéria
25. (Unifesp) A contaminação de águas e solos por metais
orgânica se depositou na lagoa Rodrigo de Freitas. O
pesados tem recebido grande atenção dos ambientalistas, consumo biológico desse material contribuiu para a redução
devido à toxicidade desses metais ao meio aquático, às a zero do nível de gás oxigênio dissolvido na água,
plantas, aos animais e à vida humana. Dentre os metais provocando a mortandade dos peixes.
pesados há o chumbo, que é um elemento relativamente
27. (Uerj) O volume médio de água na lagoa é igual a
abundante na crosta terrestre, tendo uma concentração ao
redor de 20 ppm (partes por milhão). Uma amostra de 100 g 6,2  106 L. Imediatamente antes de ocorrer a mortandade
da crosta terrestre contém um valor médio, em mg de dos peixes, a concentração de gás oxigênio dissolvido na
chumbo, igual a água correspondia a 2,5  10−4 mol  L−1.
a) 20. Ao final da mortandade, a quantidade consumida, em
quilogramas, de gás oxigênio dissolvido foi igual a:
b) 10.
c) 5. Dado: O = 16.
d) 2. a) 24,8
e) 1. b) 49,6
c) 74,4
d) 99,2
26. (Unifesp) O índice de gasolina em não-conformidade
com as especificações da ANP (Agência Nacional de 28. (Ufrgs) Na combustão do diesel, o enxofre presente é
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) é um dado convertido em dióxido de enxofre (SO2), que é uma das
preocupante, já que alguns postos estavam vendendo principais causas de chuva ácida. Até o fim de 2013, o diesel
gasolina com mais de 85 % de álcool anidro. Todo posto de S1800, que contém 1800 ppm de enxofre (ppm = partes por
milhão expressa em massa), será totalmente abolido no país.
gasolina deve ter um kit para testar a qualidade da gasolina, Atualmente, o diesel mais vendido é o diesel S500 (500 ppm
quando solicitado pelo consumidor. Um dos testes mais de enxofre).
simples, o "teste da proveta", disposto na Resolução ANP n.¡
9, de 7 de março de 2007, é feito com solução aquosa de A emissão de SO2, por tonelada de diesel, para S500 e S1800,
cloreto de sódio (NaCØ) na concentração de 10 % p/v (100 g é, respectivamente, de
a) 500 g e 1800 g.
de sal para cada litro de água). O teste consiste em colocar b) 640 g e 900 g.
50 mL de gasolina numa proveta de 100 mL com tampa, c) 1000 g e 3600 g.
completar o volume com 50 mL da solução de cloreto de d) 1600 g e 3200 g.
sódio, misturar por meio de 10 inversões e, após 15 minutos e) 2000 g e 7200 g.
de repouso, fazer a leitura da fase aquosa. O cálculo do teor
29. (Upe) As principais marcas de refrigerante light ou diet
de álcool é determinado pela expressão: cítricos se comprometeram a reduzir a quantidade de
T = (A × 2) + 1, onde: benzeno em suas bebidas ao máximo de 5 ppb, o mesmo
T: teor de álcool na gasolina, e parâmetro usado para a água potável. O acordo chega dois
A: aumento em volume da camada aquosa (álcool e água). anos depois que uma associação de consumidores apontou
para a alta concentração de benzeno em refrigerantes de
diferentes marcas. Nesses refrigerantes, o benzeno surge da
O teste aplicado em uma amostra X de gasolina de um mistura do benzoato de sódio, um conservante, com a

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


59
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

vitamina C, catalisada por traços de íons metálicos, como respectivamente.


cobre (Cu2+) e ferro (Fe3+), especialmente na presença de luz SILVA. M. A. S.; GRIEBELER. N. P.; BORGES, L. C.
e calor. Nos refrigerantes comuns, esse processo não ocorre Uso de vinhaça e impactos nas propriedades do solo e
por causa do açúcar, que inibe essa reação química. Estudos lençol freático.
de mais de três décadas apontam que a exposição ao benzeno Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental.
eleva o potencial de câncer e de doenças no sangue. n. 1, 2007 (adaptado).

Disponível em: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-


noticias/2011/11/05/ (Adaptado) Na produção de 27.000 L de etanol, a quantidade total
de fósforo, em kg, disponível na vinhaça será mais
São feitas três afirmativas sobre essa contaminação em
refrigerantes light ou diet cítricos. próxima de
a) 1.
I. As empresas se comprometeram em reduzir a concentração b) 29.
de C7H5O– em até 5 miligrama por litro de refrigerante. c) 60.
II. As condições de armazenamento dos refrigerantes light d) 170.
ou diet cítricos podem contribuir para a formação do C6H6 e) 1.000.
nessas bebidas.
III. Uma explicação quimicamente consistente para esse 32. (Enem PPL 2015) O vinagre vem sendo usado
processo é a seguinte: íons metálicos presentes nos desde a Antiguidade como conservante de alimentos,
refrigerantes light ou diet cítricos reduzem o oxigênio bem como agente de limpeza e condimento. Um dos
através de reações envolvendo ácido ascórbico, para principais componentes do vinagre é o ácido acético
formar radicais hidroxila, que contribuem para uma (massa molar 60 g mol), cuja faixa de concentração
descarboxilação do benzoato, resultando na formação do
deve se situar entre 4% a 6% (m v). Em um teste de
C6H6 nessas bebidas.
controle de qualidade foram analisadas cinco marcas
Está CORRETO o que se afirma em de diferentes vinagres, e as concentrações de ácido
a) II, apenas. acético, em mol/L, se encontram no quadro.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas. Concentração de ácido acético
Amostra (mol L)
d) II e III, apenas.
e) I, II e III. 1 0,007
2 0,070
30. (Ufsj) O soro caseiro é um modo simples e rápido de se 3 0,150
evitar a desidratação. Ele consiste em uma solução de sal 4 0,400
(NaC ) e açúcar (C12H22O11) em água. Uma receita bem 5 0,700
difundida é a seguinte:
RIZZON, L. A. Sistema de produção de vinagre.
ÁGUA: 1 L Disponível em:
SAL: uma colher de chá rasa – equivale a 3,5 g www.sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br. Acesso
AÇÚCAR: duas colheres de sopa cheias – equivale a 40 g em: 14 ago. 2012 (adaptado).

Considerando-se essas informações, é INCORRETO


afirmar que A amostra de vinagre que se encontra dentro do limite
a) depois da dissolução completa, haverá 0,12 mol/L de de concentração tolerado é a
açúcar no soro. a) 1.
b) o número de íons sódio no soro é maior que o de moléculas b) 2.
de açúcar. c) 3.
c) a presença do açúcar não altera a solubilidade do sal na d) 4.
água. e) 5.
d) a temperatura de ebulição da água no soro será superior à
da água pura. 33. (Enem (Libras) 2017) A ingestão de vitamina C (ou
ácido ascórbico; massa molar igual a 176 g mol) é
31. (Enem 2016) Para cada litro de etanol produzido recomendada para evitar o escorbuto, além de
em uma indústria de cana-de-açúcar são gerados contribuir para a saúde de dentes e gengivas e auxiliar
cerca de 18 L de vinhaça que é utilizada na irrigação na absorção de ferro pelo organismo. Uma das formas
das plantações de cana-de-açúcar, já que contém de ingerir ácido ascórbico é por meio dos comprimidos
teores médios de nutrientes N, P e K iguais a efervescentes, os quais contêm cerca de 0,006 mol de
357 mg L, 60 mg L, e 2.034 mg L, ácido ascórbico por comprimido. Outra possibilidade é

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


60
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

o suco de laranja, que contém cerca de 0,07 g de b) 0,002.


ácido ascórbico para cada 200 mL de suco. c) 0,4.
d) 2.
e) 4.
O número de litros de suco de laranja que corresponde
à quantidade de ácido ascórbico presente em um
comprimido efervescente é mais próximo de MÓDULO 02 – UNIDADES DE
a) 0,0002.
b) 0,03. CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES
c) 0,3. GABARITOS E RESOLUÇÕES COMENTADAS
d) 1.
e) 3.
Resposta da questão 1: [B]
34. (Enem 2ª aplicação 2016) O soro fisiológico é uma 10% em massa de NaC significa:
solução aquosa de cloreto de sódio (NaC ) 10 g de NaC ----------- 100 g de solução
comumente utilizada para higienização ocular, nasal, Não há nenhum item com esta opção.
de ferimentos e de lentes de contato. Sua Podemos agora fazer a relação entre a massa de soluto e a massa
concentração é 0,90% em massa e densidade igual a
de solvente, pois se existem 10 g de NaC ----------- 100 g de
1,00 g mL. solução, é correto dizer que existem: 10 g de NaC -----------------
90 g de H2O, pois (100 g de solução – 10g de NaC = 90 g de H2O).
Qual massa de NaC , em grama, deverá ser 10 g de NaC ----------------- 90 g de H2O
adicionada à água para preparar 500 mL desse soro? Não há nenhum item com esta opção.
a) 0,45 Porém o item C é correto pois:
b) 0,90 10 g de NaC ----------------- 90 g de H2O
c) 4,50 X g de NaC ----------------- 180 g de H2O
d) 9,00 X = 20 g de NaC
20 g de NaC ----------------- 180g de H2O
e) 45,00
Como a densidade da água é 1g/mL temos:
35. (Enem PPL 2015) A cafeína é um alcaloide, 10 g de NaC ----------------- 90 g de H2O
identificado como 1,3,7-trimetilxantina (massa molar 10 g de NaC ----------------- 90 mL de H2O
igual a 194 g mol), cuja estrutura química contém uma Não há nenhum item com esta opção.
unidade de purina, conforme representado. Esse Somente B é verdadeiro
alcaloide é encontrado em grande quantidade nas
sementes de café e nas folhas de chá-verde. Uma Resposta da questão 2: [E]
xícara de café contém, em média, 80 mg de cafeína. Calculando a concentração do sal em mol  L−1 , teremos:
Como é uma solução diluída, a densidade
da solução é 1,0 g/ mL
Assim tanto faz ser % m/m como % m/v
0,9% = 0,9g em 100mL de solução
58,5g de NaC 1mol
0,9g x
x = 0,0154mol
0,0154mol 100mL de solução
y 1000mL de solução
−1
y = 0,154mol  L
A solução de cloreto de sódio em água é uma solução eletrolítica,
pois apresenta íons em solução.

Resposta da questão 3: [B]


Considerando que a xícara descrita contém um
Na2SiF6 = 188 g/mol
volume de 200 mL de café, a concentração, em
V = 10.000L
mol/L, de cafeína nessa xícara é mais próxima de:
Limite máximo de F- = 1,5 ppm = 1,5 mg/L
a) 0,0004.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


61
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

I) Cálculo da massa de F- em 10.000 L de solução: c) Falso; H2O2 é o agente oxidante;


1,5 mg de F- ----------- 1 L de solução d) Verdadeiro
X mg de F- ----------- 10.000 L de solução Vamos calcular a massa de SO32- em 106 g de solução, que
X= 15.000 mg = 15 g de F- corresponde a concentração em ppm:
II) Cálculo da massa do sal (Na2SiF6): Limite de tolerância 10 ppm de SO2-3 .
1mol de Na2SiF6 ----------------------- 6 x 19g de F-
Amostra: 0,001 g de SO 2-3 / 1 Kg de solução.
Y g de Na2SiF6 ----------------------- 15 g de F-
188 g x 15 g 0,001 g de SO 2-3 ------------1 Kg de solução
Y= = 24,73 g de Na2SiF6
6 x 19 g 0,001 g de SO 2-3 ------------103 g de solução
X g de SO 2-3 ------------106 g de solução
Resposta da questão 4: [D]
0,001.106
Concentração de DDT X= = 1 g de SO 2-3
Mínima: 0,01 ppm 103
Máxima: 15,0 ppm 1 g de SO 2-3 / 1 Kg de solução.
A questão solicita a massa de DDT em 100g de tecido. Em relação isso corresponde a 1 ppm
À concentração mínima (0,1 ppm) temos:
Está dentro do limite de tolerância
0,01 g de DDT ----------------- 106 g de tecido
e) Falso: 10 ppm = 10 mg de SO32- para cada 1 Kg de solução.
X g de DDT ----------------- 100 g de tecido
0,01.100 Resposta da questão 7: [D]
X= = 1,0.10−6 g de DDT
106 Resposta da questão 8: [C]
Resposta da questão 9: [B]
Em relação À concentração mínima (15,0 ppm) temos: Resposta da questão 10: [C]
15 g de DDT ----------------- 106 g de tecido
Y g de DDT ----------------- 100 g de tecido Resposta da questão 11: [B]
Solução comercial de nitrato de cálcio: 90 g L.
15.100
Y= = 15.10−4 g = 1,5.10−3 g de DDT Em 1 litro de solução nutritiva:
106
Ca(NO 3 )2 → Ca 2 + + 2NO 3 −
Resposta da questão 5: [B] 1mol 2 mols
C12H22O11 = 342 g/mol; m1 = 0,171 g de C12H22O11 164 g 2 mols
NaCl = 58,5 g/mol; m1 = 0,585 g de NaC 90 g nNO −
3

nNO − = 1,097 mol


I) Cálculo do número de mols dos solutos na solução: 3

m1 0,171 g [NO 3− ]solução nutritiva = 1,097 mol / L


n1 = = = 0,0005 mol de C 12 H22O11
M1 342 g / mol [NO 3− ]ajustada  Vtanque = [NO 3− ]solução nutritiva  Vajustado
m1 0,585 g 0,009  5.000 = 1,097  Vajustado
n1 = = = 0,01 mol de NaC
M1 58,5 g / mol Vajustado = 41,02 L  41L
III) Cálculo da concentração em mol/L de cada soluto na
solução:
Resposta da questão 12: [E]
n 0,0005 Massa molar do SO2 = 64 g/mol
M1 = 1 = = 0,001 = 1,0.10−3 mol / L de C12H22O11
V 0,5 SO2 = 3,2.10-4g/m3 de ar
n 0,01 I) Cálculo do número de mols do SO2 em 1 m3 de ar:
M1 = 1 = = 0,02 = 2,0.10−2 mol / L de NaC
V 0,5 1 mol de SO2 ---------- 64g
X mol de SO2 ----------3,2.10-4g
Resposta da questão 6: [D] 3,2.10−4
X= = 0,05.10−4 = 5,0.10−6 mol de SO2
SO23 − + H2 O 2 → SO 24− + H2 O. 64
S passou de +4 para +6 II) Cálculo da molaridade do SO2:
5,0.10-6 mol de SO2 ---------- 1 m3 = 103 L de ar
Perdeu e − , oxidação, agente redutor
X mol de SO2 ----------1 L
O do H2 O 2 passou de -1 para -2 no H2 O
5,0.10−6
ganhou e − , redução, agente oxidante X= = 5,0.10−9 mol / L
103
a) Falso; SO32- é o agente REDUTOR; III) Cálculo do número de moléculas do SO2 em 1 m3 de ar:
b) Falso; a reação é de oxi-redução

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


62
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

No item I encontramos que existem: X mol de HC-----------------220 g


5,0.10-6 mol de SO2 ---------- 1 m3 X = 6,0 mols de HC
Assim:
1,0 mol de SO2 ---------- 6,02.1023 moléculas de SO2 IV) Cálculo da concentração em mol/L:
5,0.10-6 mol de SO2 ---------- X moléculas de SO2 6,0 mols
X = 5,0.10-6 x 6,02.1023 M= = 6,0 mol/L
1L
X = 30,1.1017
X = 3,01.1018 2° modo:
Assim temos 3,01.1018 /m3 de ar M.M1 = 1000.d.T
M.36,5 = 1000.1,1.0,20
Resposta da questão 13: [C] 220
Dados: M= = 6,0 mol / L
36,5
C = 102,6 g/L;
mol/L?
Resposta da questão 15: [B]
Al2(SO4)3 = 342 g/mol
Cálculo da concentração de CaF2 em uma solução aquosa
1° modo: saturada, admitindo-se 1,0 L de solução:
Considerando-se 1L de solução temos: Dados:
I) Cálculo do número de mols de soluto na solução: d=1, 0 g/cm3 => d=1, 0 g/mL; CaF2 = 78,0 g/mol
C = 102,6 g/L; T% = 0,0016%
102,6 g de soluto -------------- 1 L de solução Considerando-se 1L de solução temos:
1 mol de Al2(SO4)3 -------------- 342 g I) Cálculo da massa da solução:
X mol de HC -----------------102,6 g d = 1,0 g/mL
102,6 g 1,0 g de solução -------------- 1 mL de solução
X= = 0,3 mol
342 g/mol X g de solução -----------------1000 mL de solução
II) Cálculo da concentração em mol/L: X = 1.000g de solução
0,3 mols
M= = 0,3 mol/L II) Cálculo da massa do soluto (CaF2):
1L T% = 0,0016%
2° modo: 0,0016 g de CaF2 -------------- 100 g de solução
C=M.M1 = 1000.d.T X g de CaF2 -----------------1.000 g de solução
X = 0,016 g de CaF2
C=M.M1
III) Cálculo da massa de fluoreto:
102,6=M.342
1 CaF2 (aq) ---------> 1 Ca2+ (aq) + 2 F- (aq)
102,6
M= = 0,3 mol / L 1 mol 1 mol 2 mols
342
78 g ------------------------------------ 2 x 19 g
0,016 g ------------------------------------ X g
Resposta da questão 14: [B]
Dados: X = 0,0078 g = 7,8.10-3 g = 7,8 mg de F-
d=1,10 g/mL; T% = 20% mol/L? A concentração encontrada, de 7,8 mg/L é quase oito vezes
HCl = 36,5 g/mol maior que a o valor de VMP.

1° modo: Resposta da questão 16: [E]


Considerando-se 1L de solução temos: Dados:
I) Cálculo da massa da solução: 0,05 % (g/100 g de solução ou g/100 g de água), pois a solução é
d=1,10 g/mL diluída: o volume da solução é igual ao volume do solvente.
1,10 g de solução -------------- 1 mL de solução M1 KHCO3 = 100 g/mol
X g de solução -----------------1000 mL de solução Considerando-se 1L de solução = 1L de água, pois a solução é
X = 1.100g de solução diluída (O volume da solução e o volume do solvente são iguais):
II) Cálculo da massa do soluto: I) Cálculo da massa de KHCO3 em 1L de água:
T% = 20% 0,05 g de KHCO 3 100g de H2 O
20 g de HC -------------- 100 g de solução x 1000g de H2 O (1L, pois a d = 1g/mL)
X g de HC -----------------1.100 g de solução x = 0,5 g de NaHCO 3
X = 220 g de HC
II) Cálculo do número de mols KHCO3 em 1L de água:
III) Cálculo do número de mols de HC:
1 mol de HC -------------- 35,5 g

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


63
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

1mol de KHCO 3 100 g 0,14mg L para água subterrânea.


Xmol de KHCO 3 0,5 g Devemos comparar os valores tabelados para os solos a 1kg.
−3
x = 5,0  10 mol 1,0  10−2 g de naftaleno 500 g de solo
III) Cálculo da molaridade da solução: mSolo I g de naftaleno 1000 g de solo
x = 5,0  10−3mol de KHCO3 −2
mSolo I = 2  10 = 20 mg  30 mg (limite)
1 L de solução
2,0  10−2 g de naftaleno 500 g de solo
M = 5,0  10−3mol / L
mSolo II g de naftaleno 1000 g de solo
Resposta da questão 17: mSolo II = 4  10−2 = 40 mg  30 mg (limite)
Dados: (necessita de biorremediação)

m1 = 16,7 g de C10H8 (naftaleno) Devemos comparar os valores tabelados para as águas a 1L.
M1 = 128 g/mol (C10H8)
7,0  10−6 g de naftaleno 100 mL de água
M= = 78 g/mol (C6H6): benzeno
mÁgua I g de naftaleno 1000 mL de água
I) Cálculo da massa de benzeno (C6H6): mÁgua I = 70  10−6 = 0,07 mg  0,14 mg (limite)
A partir da densidade e do volume é possível calcular a massa
8,0  10−6 g de naftaleno 100 mL de água
de benzeno.
mÁgua II g de naftaleno 1000 mL de água
d2 = 0,87 g/mL
V2 = 200 mL mÁgua II = 80  10−6 = 0,08 mg  0,14 mg (limite)
0,87 g de benzeno ------------- 1 mL
9,0  10−6 g de naftaleno 100 mL de água
X g de benzeno ----------------- 200 mL
X = 174 g de benzeno mÁgua III g de naftaleno 1000 mL de água
−6
mÁgua III = 90  10 = 0,09 mg  0,14 mg (limite)
a)
Conclusão: o ambiente que necessita de biorremediação é o do solo
II) Cálculo do número de mols de soluto e de solvente na
II.
solução:
m1 16,7g
n1 = = = 0,13 mol de C 10 H8 Resposta da questão 21: [D]
M1 128g / mol
m2 174g Nos anos 1980, não havia regulamentação e era utilizado óleo
n2 = = = 2,23 mol de C 6 H6
M2 78g / mol diesel com 13.000 ppm de enxofre. Em 2012, foi difundido o diesel
III) Cálculo da fração molar do soluto e do solvente na S50, com 50 ppm de enxofre em sua composição, então:
solução: 13.000 ppm − 50 ppm =12.950 ppm (redução)
n1 0,13 0,13
X1 = = = = 0,06 13.000 ppm 100 %
n1 + n2 0,13 + 2,23 2,36
12.950 ppm p
n2 2,23 2,23
X2 = = = = 0,94 p = 0,99615
n1 + n2 0,13 + 2,23 2,36
Assim temos: p  99,6 %
X1 (C6H6) = 0,94
X2 (C10H8) = 0,06 Resposta da questão 22: [D]
b) X1%(C6H6) = 94,00% Teremos:
X2%(C10H8) = 6,00% 1L H2 O 2 10 L de O 2 (água oxigenada 10 volumes)
1
H2 O 2 → H2 O + O 2
Resposta da questão 18: 2
34 g 0,5  22,4 L
a) 0,4 M. b) 93,2 g/L.
mH2O2 10 L

Resposta da questão 19: mH2O2 = 30,357 g

x = 0,25 mol Vsolução = 1L


y = 62,4g de CuSO4.5H2O. 30,357 g 30,357 g 3,0357 g
= = = 3,0357 %(m / v)  3,0%(m / v)
1L 1000 mL 100 mL
Resposta da questão 20: [B]
Para a ocorrência de resíduos de naftaleno, algumas legislações Resposta da questão 23: [B]
limitam sua concentração em até 30mg kg para solo agrícola e De acordo com o enunciado o IDA (índice diário aceitável) desse

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


64
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

adoçante é 40 mg/kg de massa corpórea:


1 kg (massa corporal) 40 mg (aspartame) Resposta da questão 28: [C]
70 kg (massa corporal) maspartame Dados:
Diesel S100: 1800 ppm de enxofre
maspartame = 2800 mg = 2,8 g
Diesel S500: 500 ppm de enxofre
294 g 1 mol (aspartame) Para o diesel S500, temos:
2,8 g naspartame 500 ppm de enxofre
naspartame = 9,5  10−3 mol 500 g de S 106 g de solução (Diesel)
S + O 2 -----------SO 2
Resposta da questão 24: [B] 32g − − − − − − − − 64 g
C12H22O11 = 342 g/mol; m1 = 3,42 g de C12H22O11 500 g − − − − − − − − − Xg
V = 200 mL de solução X = 1000 g de SO 2
I) Cálculo do número de mol do soluto na solução (suco):
Para o diesel S1800, temos:
m 3,42 g
n1 = 1 = = 0,01 mol de C 12 H22O11 1800 ppm de enxofre
M1 342 g / mol
1800 g de S 106 g de solução (Diesel)
III) Cálculo da concentração em mol/L do soluto na solução
(suco): S + O 2 -----------SO 2
n1 0,01 32g − − − − − − − − 64 g
M1 = = = 0,05 mol / L de C12H22O11
V 0,2 1800 g − − − − − − − − − Xg
IV) Cálculo da concentração em g/L do soluto na solução X = 3600 g de SO 2
(refresco):
O acréscimo de solvente não altera a quantioade de soluto na Resposta da questão 29: [D]
solução, somente o volume da solução aumentou ( 200 mL + I. Falsa.
800 mL = 1000 mL = 1,0 L). Considere que a densidade do refrigerante seja 1000 g/L
m 3,42 (semelhante à da água)
MC= 1 = = 3,42 g / L de C12H22O11
V 1,0 5mg/L equivale a:
0,005g − − − − − − 103 g de refrigerante
Resposta da questão 25: [D]
m − − − − − −109 g
Resposta da questão 26: [A] 5000 g ou 5000 ppb.
T = (A . 2) + 1 II. Verdadeira. Sobretudo a condição e temperatura, que,
T = teor de álcool na gasolina segundo o texto é determinante para a reação de formação do
A = aumento em volume da fase aquosa benzeno no refrigerante.
Dessa forma temos: III. Verdadeira. A formação do benzeno se dá pela
T = (A . 2) + 1 descarboxilação do ácido benzoico em presença de radicais
53 = (A . 2) + 1 hidroxila. Além da temperatura, a luz ultravioleta pode acelerar
52 = (A . 2) esse processo.
A = 26
Como a fase auosa inicial apresentava um volume de 50 mL, o Resposta da questão 30: [B]
volume da fase aquosa obtida no final do teste será: 26 + 50 = 76 ÁGUA: 1 L
mL. SAL: uma colher de chá rasa – equivale a 3,5 g
NaC → Na+ + C −
Resposta da questão 27: [B] 58,5 g 1 mol
O consumo biológico desse material contribuiu para a redução a
3,5 g n
zero do nível de gás oxigênio dissolvido na água, então: Na+
n = 0,0598 mol
[O 2 ] = 2,5  10−4 mol  L−1 Na+

1L 2,5  10−4 mol ÁGUA: 1 L


AÇÚCAR: duas colheres de sopa cheias – equivale a 40 g
6,2  10 L6
noxigênio
noxigênio = 15,5  102 mol
moxigênio = 15,5  102  32g = 496  102 g
moxigênio = 49,6 kg

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


65
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

C12H22 O11 = 342g / mol nácido ascórbico = 0,006 mol


1 mol 342 g Mácido ascórbico = 176 g mol
nC12H22O11 40 g mácido ascórbico mácido ascórbico
nC12H22O11 = 0,116959 mol nácido ascórbico =  0,006 =
Mácido ascórbico 176
Conclusão: nNa  nC +
12H22 O11
. mácido ascórbico = 1,056 g (por comprimido)
Resposta da questão 31: [B] 0,07 g de ácido ascórbico 0,2 L (200 mL)
De acordo com o enunciado da questão em 18 L de etanol 1,056 g de ácido ascórbico V
a concentração de fósforo (P) é igual a 60 mg L. Então: V = 3,017 L  3 L

Resposta da questão 34: [C]


1L de etanol 18 L de vinhaça
27.000 L de etanol Vvinhaça d = 1,00 g mL = 1.000 g L
Vvinhaça = 486.000 L Em 1 litro (1.000 mL) :

1mg = 10−6 kg
1.000 g 100%
mNaC 0,90%
1L de vinhaça 60  10−6 kg (P)
0,90%  1.000 g
486.000 L mP mNaC = = 9,0 g
100%
mP = 29,16  106  10 −6 kg = 29,16 kg 9,0 g 1.000 mL
mP  29 kg m'NaC 500 mL
9,0 g  500 mL
Resposta da questão 32: [E] m'NaC = = 4,50 g
1.000 mL
Transformando as unidades de concentração, vem:
Resposta da questão 35: [B]
g
%(m / v) =
100 mL Uma xícara de café contém 80 mg de cafeína.
−1
mol g  mol  mol g Mcafeína = 194 g  mol−1
n = nM = n  M  10 −1 
L L 100 mL
V = 200 mL = 0,2 L
%
m = 80 mg = 0,08 g
M = 60 g mol n=
m
=
0,08 g
Amostra % (m/v) M 194 g  mol−1
g 0,08 g
1 0,007  60  10−1  = 0,042
100 mL n 194 g  mol−1
Concentração (mol / L) = = = 0,0020615 mol / L
g V 0,2 L
2 0,070  60  10−1  = 0,42
100 mL Concentração (mol / L)  0,002 mol / L
g
3 0,150  60  10−1  = 0,9
100 mL
g
4 0,400  60  10−1  = 2,4
100 mL
g
5 0,700  60  10−1  = 4,2
100 mL

4 %  4,2 %  6 %
Amostra
5
Resposta da questão 33: [E]

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


66
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

MÓDULO 03 - DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES E MISTURAS DE SOLUÇÕES

1. Diluição de soluções

Diluir uma solução significa diminuir a sua concentração, o que pode ser feito pela retirada de uma
parcela do soluto ou pelo acréscimo de solvente.
Em geral a diluição ocorre com acréscimo de solvente.
Ao se acrescentar solvente (em geral H2O) a uma solução, temos:

• A concentração da solução (qualquer que seja ela) diminui.


• O volume da solução aumenta.
• A “quantidade de soluto (no de mols; massa; volume) não se altera, ou seja, permanece constante.

Assim, temos as seguintes relações:

Concentração da Solução Concentração da Solução


Conclusão
Antes da Diluição Depois da Diluição
m1 m1
T= ; logo m1 = T  m T' = ; logo m1 = T'm' T  m = T'm'
m m'
V V
TV = 1 ; logo V1 = TV  V T ' V = 1 ; logo V1 = T' V V' TV  V = T' V V'
V V'
m m
C = 1 ; logo m1 = C  V C' = 1 ; logo m1 = C'V' C  V = C'V'
V V'
n n
x 1 = 1 ; logo n1 = x 1  n x 1' = 1 ; logo n1 = x1'  n' x1  n = x1'  n'
n n'
n n
M = 1 ; logo n1 = M  V(L) M ' = 1 ; logo n1 = M'V ' (L) M  V = M'V'
V V'
n1 n
W= ; logo n1 = W  m 2 (kg) W ' = ' 1 ; logo n1 = W'm'2 (kg) W  m2 = W'm'2
m 2 (kg) m 2 (kg)

Observações:
1. O volume e a concentração de uma solução são inversamente proporcionais.
2. O volume (V2) ou massa (m2) ou no de mols (n2) do solvente adicionado em uma diluição pode ser
calculado pelas relações:
V2 = Vf – Vi f → final

m 2 = mf – mi i → inicial
n2 = nf – ni

3. A operação inversa à diluição chama-se concentração. Podemos concentrar uma solução ou


aumentando a quantidade de soluto ou diminuindo a quantidade de solvente.
4. Quando se faz a concentração de uma solução pela diminuição da quantidade de solvente, as mesmas
relações vistas para a diluição valem também para a concentração. Observa-se que:

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


67
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

• A concentração da solução (qualquer que seja ela) aumenta.


• O volume da solução diminui.

O volume (V2) ou massa (m2) ou no de mols (n2) do solvente evaporado em uma concentração pode
ser obtido pelas relações:

V2 = Vi – Vf
m2 = mi – mf
n 2 = ni – nf
i → inicial; f → final

2. Mistura de soluções de mesmo soluto e mesmo solvente

1. Neste caso onde misturamos soluções de mesmo soluto, com concentrações diferentes, obtemos uma
nova solução com concentração intermediária às concentrações das soluções misturadas.
2. Não apenas neste caso de misturas de soluções, mas também nos outros que veremos a seguir,
estaremos trabalhando com soluções em que o solvente é sempre o mesmo e que as soluções são
relativamente diluídas, pois só dentro dessas condições é que o volume final será igual à soma
dos volumes iniciais das soluções que foram misturadas.
3. Como o soluto é o mesmo, a “quantidade” de soluto na solução resultante é igual à soma das
“quantidades” de soluto que havia em cada uma das soluções iniciais.
4. O volume da solução final (V), nem sempre é igual à soma dos volumes das soluções misturadas, mas
pode ser medido facilmente na prática. Em problemas, não sendo dado o volume final da solução, este
deve ser considerado como sendo igual à soma dos volumes das soluções misturadas. Vejamos a
tabela a seguir:

SOLUÇÃO FINAL (MISTURA) =


SOLUÇÃO’ (I) SOLUÇÃO” (II)
SOLUÇÃO (I) + SOLUÇÃO (II)

n 1' n 1" n1 = n1' + n1"


m 1' m 1" m1 = m1' + m1"
m' m" m = m'+m"
V' V" V = V '+ V " (Obs. : 4)

m1' m1" m1
C' = C" = C= → m1 = m1' + m1"
V' V" V
'
m1 = C '  V ' "
m1 = C "  V " m1 = C  V → C  V = C'V '+C"V"

n1' n1" n1
M' = M" = M= → n1 = n1' + n1"
V' V" V
n1 = M '  V '
'
n1 = M "  V"
"
n1 = M  V → M  V = M'V '+M"V "

m1' m1" m1
T' = T" = T= → m1 = m1' + m1"
m' m" m
m1' = T '  m' m1" = T "  m" m1 = T  m → T  m = T 'm'+ T"m"

n1' n1" n1
W '= W" = W= → n1 = n1' + n1"
m2 '(kg ) m "2 (kg) m 2 (kg)
n1' = W '  m2' n1" = W "  m "2 n1 = W  m 2 → W  m 2 = W 'm '2 + W "m "2

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


68
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

3. Mistura de soluções de solutos diferentes que não reagem entre si (e mesmo solvente)

Neste caso de mistura de duas ou mais soluções de solutos diferentes que não reagem entre si,
tudo se passa como se estivesse ocorrendo uma diluição de cada solução.

Exemplo: misturando 1,0 L de solução NaCl molares 2,0 L de solução de KCl, para calcular a
concentração final do NaCl na mistura, tudo se passa como se tivéssemos adicionado 2 L de água à
mistura do NaCl. Do mesmo modo, para calcular a concentração do KCl na mistura, tudo se passa como
se tivéssemos adicionado 1,0 L de água à solução de KCl.

Observações:
1. Comumente se costuma pedir a concentração da solução resultante em relação aos íons. No exemplo
anterior teríamos (considerando o grau de dissociação dos sais igual a 100%):

NaC  ⎯⎯ ⎯→1Na + + 1C − 


H2O
 [Na + ] = xM
xM xM 
xM  +
 + −
[K ] = yM
KC  ⎯⎯2⎯→1K + 1C
H O
 −
yM [C ] = ( x + y )M
 xM yM

2. O mesmo raciocínio visto para a molaridade vale para as outras unidades de concentração vistas até
aqui.

4. Mistura de soluções de solutos diferentes que reagem entre si (e mesmo solvente)

Neste caso o de mistura de soluções os solutos reagem entre si, por isso é necessário examinarmos
a estequiometria da reação. Observe os seguintes passos:

I. Escreva a equação química balanceada que representa a mistura das soluções.


II. Determine o número de mols de cada soluto nas soluções iniciais.

m1 n1
n= ou M = → n1 = M  V
Mol1 V

III. Verifique se existe excesso de reagente, ou seja, verifique se os reagentes estão em proporções
estequiométricas ou não.
• Caso os reagentes estejam em proporções estequiométricas, os dois solutos reagirão integralmente
e não estarão mais presentes na solução resultante.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


69
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

• Caso os reagentes não estejam em proporções estequiométricas, sobrará um excesso de um dos


solutos na solução resultante.

IV. Resolva a questão com o que foi aprendido sobre cálculo estequiométrico (em especial nos casos
onde existia reagente em excesso).

Observações:
Os casos mais comuns desse tipo de mistura de soluções são quando se misturam uma solução
de um ácido com uma base ou solução de um oxidante com solução de um redutor ou outras reações
envolvendo as funções inorgânicas.

5. Titulação

Para determinar a concentração de determinado soluto em uma solução, os químicos


geralmente realizam uma titulação, que envolve combinar umaamostra de solução com umasolução
reagente de concentração conhecida, chamada solução padrão. As titulações podem ser conduzidas
usando reações ácido-base, precipitação ou oxi-redução.
Suponha que tenhamos uma solução de HCl com concentração desconhecida e uma solução de
NaOH cuja concentração é 0,100 mol/L. Para determinar a concentração da solução de HCl, tomamos
determinado volume dessa solução,digamos 20,00 mL. Adicionamos lentmente a solução padrão de
NaOH até que a reação de neutralização entre HCl e NaOH seja completa. O ponto no qual as
quantidades estequiométricas se equivalem é conhecido como ponto de equivalência ou ponto
deviragem da titulação.
Para que se faça a titulaçãlo de uma solução desconhecida com uma solução padrão, é
necessário encontrar alguma maneira de se determinar quando o ponto de equivalência da titulação foi
atingido. Em uma solução ácido-base, a tintura conhecida como fenolftaleína é incolor em soluções
ácidas, mas rosa em soluções básicas. Se adicionamos fenoftaleína a uma solução desconhecida de
ácido, a solução ficará incolor. Podemos, então, adicionar a base a partir de uma bureta até a solução
passar de incolor para rosa. Essa mudança de cor indica que o ácido foi totalmente neutralizado e que
não existe mais ácido para reagir com a gota de base que fez com que a solução ficasse colorida. A
solução, consequentemente torna-se básica, e a tintura, rosa. A mudança de cor sinaliza o ponto final
da titulação, que geralmente é muito próximo do ponto de equivalência.
Deve-se ser cuidadoso ao escolher os indicadores cujos pontos finais correspondam ao ponto
de equivalência da titulação. Abordaremos esse problema no módulo de reações ácido base, quando
estivermos estudando os euilíbrios iônicos em solução aquosa.

Figura: procedimento para a titulação de ácido com uma solução padronizada de NaOH. (a)

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


70
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Uma quantidade conhecida de ácido é adicionada ao erlenmeyer. (b) Um indicador ácido-base é


adicionado, e o NaOH padronizado é adicionado a partir da bureta. (c) O ponto de equivalência é
sinalizado pela mudança de cor do indicador.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


71
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

DILUIÇÃO E MISTURAS DE SOLUÇÕES concentração 1,5 % (m/v) e outra de 0,5 % (m/v). Calcule o
volume de cada solução que deverá ser utilizado para o
Exercícios de Aprendizagem preparo da solução desejada.

01. (Ita) Para preparar 80L de uma solução aquosa 12% 05. (Ufc ) Em um balão volumétrico, foram colocados 6 g de
(massa/massa) de KOH (massa específica da hidróxido de sódio impuro e água destilada até completar um
solução=1,10g/cm¤) foram adicionadas x litros de uma volume de 250 mL. Para a neutralização completa de 50 mL
solução aquosa 44% (massa/massa) de KOH (massa desta solução, foram necessários 60 mL de H‚SO„ 0,1
específica da solução=1,50g/cm¤) e y litros de água mol.L-¢. Sabendo que as impurezas existentes são inertes na
deionizada (massa específica=1,00g/cm¤). Os valores de x e presença de H‚SO„, o percentual de pureza do hidróxido de
de y são respectivamente: sódio utilizado é igual a:
a) 12L e 68L. a) 10
b) 16L e 64L. b) 20
c) 30L e 50L. c) 40
d) 36L e 44L. d) 60
e) 44L e 36L. e) 80

02. (Unicamp ) Um dos grandes problemas das navegações 06. (Pucrj) O vinagre utilizado como tempero nas
saladas contém ácido acético, um ácido monoprótico
do século XVI referia-se à limitação de água potável que era
muito fraco e de fórmula HC2H3O2. A completa
possível transportar numa embarcação. Imagine uma neutralização de uma amostra de 15,0 mL de vinagre
situação de emergência em que restaram apenas 300 litros (densidade igual a 1,02 g/mL) necessitou de 40,0 mL
(L) de água potável (considere-a completamente isenta de de solução aquosa de NaOH 0,220 mol/L. A partir
eletrólitos). A água do mar não é apropriada para o consumo dessas informações, pede-se:
devido à grande concentração de NaCØ(25g/L), porém o soro
a) o número de oxidação médio do carbono no ácido
fisiológico (10g NaCØ/L) é. Se os navegantes tivessem acético;
conhecimento da composição do soro fisiológico, poderiam b) a porcentagem em massa de ácido acético no
usar água potável para diluir água do mar de modo a obter o vinagre;
soro e assim teriam um volume maior de líquido para beber. c) o volume de KOH 0,100 mol/L que contém
quantidade de íons OH− equivalente ao encontrado
a) Que volume total de soro seria obtido com a diluição se nos 40,0 mL de solução aquosa de NaOH 0,220
todos os 300 litros de água potável fossem usados para este mol/L.
fim?
b) Considerando-se a presença de 50 pessoas na 07. (Ufc) O ácido oxálico é encontrado, em baixas
embarcação e admitindo-se uma distribuição equitativa do concentrações, em alguns vegetais importantes na
alimentação humana, tal como o espinafre. Apesar de ser
soro, quantos gramas de NaCØ teriam sido ingeridos por
uma substância tóxica, é bem tolerado pelo organismo
cada pessoa? humano em concentrações abaixo do limite de toxicidade. Os
c) Uma maneira que os navegadores usavam para obter sucos concentrados de espinafre, entretanto, podem conter
água potável adicional era recolher água de chuva. quantidades excessivas do ácido oxálico, que ultrapassem
Considerando-se que a água da chuva é originária, em tais limites. Por este motivo, a indústria de sucos de espinafre
grande parte, da água do mar, como se explica que ela exerce um controle rigoroso em seus produtos, analisando os
teores de ácido oxálico, através de titulação com o íon
possa ser usada como água potável?
permanganato, de acordo com a seguinte reação:

03. (Ufpe) A salinidade da água de um aquário para peixes 5H‚C‚O„ (aq) + 2MnO„­ (aq) + 6H® (aq) ë 10CO‚ (g) +
marinhos expressa em concentração de NaCØ é 0,08M. Para 2Mn£® (aq) + 8H‚O (Ø)
corrigir essa salinidade, foram adicionados 2 litros de uma
solução 0,52M de NaCØ a 20 litros da água deste aquário. a) Represente a configuração eletrônica do manganês, tal
como se encontra nos reagentes e produtos.
Qual a concentração final de NaCØ multiplicada por 100?
b) Sabendo-se que uma amostra de 20 mL de suco de
espinafre reagiu completamente com 24mL de uma
04. (Ufg ) Um analista necessita de 100 mL de uma solução
aquosa de NaCØ 0,9 % (m/v). Como não dispõe do sal puro,
resolve misturar duas soluções de NaCØ(aq): uma de 08. (Pucrj) Um técnico de laboratório recebeu um frasco

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


72
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

com 300 cm3 de ácido clorídrico de molaridade de potássio de concentração 5,0g/L com 300 mililitros de
desconhecida, a fim de determiná-la. Para isso, retirou uma solução da mesma base com concentração 4,0g/L. A
alíquota de 10 mL do frasco original e transferiu para um concentração em g/L da solução final vale
balão volumétrico de 50 mL, o qual foi completado com água
a) 0,50
destilada. Após homogeneização, ele retirou 10 mL dessa
b) 1,1
solução e transferiu para um frasco Erlenmeyer. Essa solução
foi, em seguida, titulada com uma solução aquosa padrão de c) 2,2
hidróxido de sódio de molaridade exata igual a 0,500 mol L- d) 3,3
1
. Sabendo-se que, nessa titulação, foram consumidos 12 mL e) 4,4
da solução padrão de hidróxido de sódio:
a) escreva a reação química que ocorre no processo de 3. (Cesgranrio) Em laboratório, um aluno misturou 10 mL de
titulação do ácido clorídrico pelo hidróxido de sódio; uma solução de HCØ 2 M com 20 mL de uma solução X M
b) calcule a quantidade de hidróxido de sódio (em mol) do mesmo ácido em um balão volumétrico de 50 mL de
contida nos 12 mL de solução usada para a titulação do
capacidade. Em seguida, completou o volume do balão
ácido;
volumétrico com água destilada. Na total neutralização de 10
c) calcule a molaridade da solução de ácido clorídrico do
frasco original. mL da solução final obtida, foram consumidos 5 mL de
solução de NaOH 2 M. Assim, o valor de X é:
09. (Unifesp) Os dados do rótulo de um frasco de eletrólito a) 1,0 M
de bateria de automóvel informam que cada litro da solução b) 1,5 M
deve conter aproximadamente 390 g de H2SO4 puro. c) 2,0 M
Com a finalidade de verificar se a concentração de H2SO4 d) 2,5 M
atende às especificações, 4,00 mL desse produto foram e) 3,0 M
titulados com solução de NaOH 0,800 mol/L. Para consumir
Obs.: aconselho deixar essa questão entre as últimas que você vai
todo o ácido sulfúrico dessa amostra foram gastos 40,0 mL
da solução de NaOH. fazer. É considerada uma questão difícil e se não for organizando
as informações passo a passo como ensinei, fica muito difícil
(Dado: massa molar de H2SO4 = 98,0 g/mol)
acertar a questão.
a) Com base nos dados obtidos na titulação, discuta se a
especificação do rótulo é atendida.
4. (Enem 2013) A varfarina é um fármaco que diminui a
b) Escreva a fórmula e o nome oficial do produto que pode agregação plaquetária, e por isso é utilizada como
ser obtido pela evaporação total da água contida na solução anticoagulante, desde que esteja presente no plasma, com
resultante do processo de titulação efetuado. uma concentração superior a 1,0 mg/L. Entretanto,
concentrações plasmáticas superiores a 4,0 mg/L podem
10. Temos 500 mL de uma solução 0,6 mol/L de HCl. A essa desencadear hemorragias. As moléculas desse fármaco
solução são adicionados 10,6 g de carbonato de sódio ficam retidas no espaço intravascular e dissolvidas
(Na2CO3) puro. Determine a concentração, em g/L, da exclusivamente no plasma, que representa aproximadamente
solução resultante em relação ao HCl. 60% do sangue em volume. Em um medicamento, a
varfarina é administrada por via intravenosa na forma de
solução aquosa, com concentração de 3,0 mg/mL. Um
DILUIÇÃO E MISTURAS DE SOLUÇÕES indivíduo adulto, com volume sanguíneo total de 5,0 L, será
Exercícios de Fixação submetido a um tratamento com solução injetável desse
medicamento.

Qual é o máximo volume da solução do medicamento que


1. (Mackenzie) 200 mL de solução 0,3 M de NaCØ são
pode ser administrado a esse indivíduo, pela via intravenosa,
misturados a 100 mL de solução molar de CaCØ‚. A de maneira que não ocorram hemorragias causadas pelo
concentração, em mol/litro, de íons cloreto na solução anticoagulente?
resultante é: a) 1,0 mL
a) 0,66 b) 1,7 mL
c) 2,7 mL
b) 0,53 d) 4,0 mL
c) 0,33 e) 6,7 mL
d) 0,20
e) 0,86
5. (Fei) Para neutralizar uma alíquota de 25 mL de uma
2. (Uel) Misturam-se 200 mililitros de solução de hidróxido solução de H‚SO„ foram consumido 30 mL de solução 0,1

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


73
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

molar de NaOH. A massa de H‚SO„ contida em 250 mL de c) 20


solução é: d) 0,01
Dados : Massa atômicas : e) 0,04
H=1; S=32; O=16; Na=23 (u)
a) 0,49 g 8. (Uff ) A molaridade de uma solução X de ácido nítrico é
b) 0,98 g o triplo da molaridade de outra solução Y do mesmo ácido.
c) 1,47 g Ao se misturar 200,0mL da solução X com 600,0mL da
d) 1,96 g solução Y, obtém-se uma solução 0,3M do ácido.
e) 2,94 g Pode-se afirmar, então, que as molaridades das soluções X e
Y são, respectivamente:
6. (Uerj ) O ácido ascórbico (vitamina C) reduz o iodo, a) 0,60 M e 0,20 M
conforme a reação química representada a seguir. b) 0,45 M e 0,15 M
c) 0,51 M e 0,17 M
d) 0,75 M e 0,25 M
e) 0,30 M e 0,10 M

9. (Uff ) O composto de fórmula molecular Na‚B„O‡.10H‚O,


denominado tetraborato de sódio, é conhecido por bórax. Se
uma criança ingerir de 5 a 10 gramas desse composto
apresentará vômito, diarréia, poderá entrar em estado de
choque e, até, morrer.
Em uma análise do ácido ascórbico contido em 10,0 mL de
Tal composto é um sólido cristalino que reage com ácidos
suco de laranja, são consumidos 5,0 mL de uma solução de
fortes de acordo com a equação:
iodo molecular de concentração igual a 0,010 mol × L-¢.
Admita que todo o ácido ascórbico presente no suco tenha
Na‚B„O‡.10H‚O + 2H®ë4HƒBOƒ + 5H‚O + 2Na®
reagido.
A massa deste ácido, presente em 1,0 L do suco de laranja é,
Uma amostra de tetraborato de sódio, de massa 0,9550 g,
em gramas, igual a:
reage completamente com uma solução de HCØ 0,1000 M.
(Dados: C = 12; H = 1; O = 16)
Pode-se afirmar que o volume de ácido clorídrico consumido
a) 0,80
nessa reação é, aproximadamente:
b) 0,84
a) 5,00 mL
c) 0,88
b) 9,50 mL
d) 0,92
c) 25,00 mL
d) 50,00 mL
7. (Ufc ) Os alvejantes são comumente constituídos de
e) 95,00 mL
agentes oxidantes, que retiram elétrons dos materiais
coloridos, transformando-os em outras substâncias
10. (Ufg) Um antiácido contém, em sua formulação,
incolores, normalmente solúveis em água. Por exemplo, na
Mg(OH)‚ em uma concentração de 1,2 g mL­¢.
limpeza de uma peça de roupa branca manchada de iodo (cor
Considerando que a concentração de HCl no suco gástrico é
púrpura), pode-se aplicar uma solução aquosa de tiossulfato
de 0,16 mol L-¢, qual o volume de suco gástrico neutralizado
de sódio (Na‚S‚Oƒ), que originará produtos incolores e
pela ingestão de uma colher (3 mL) desse antiácido?
solúveis em água, conforme indicado a seguir.
a) 125 mL
b) 250 mL
I‚(s) + 2Na‚S‚Oƒ(aq) ë 2NaI(aq) + Na‚S„O†(aq)
c) 375 mL
d) 750 mL
O valor aproximado do volume mínimo, em mL, de uma
e) 1000 mL
solução 1,0 M de Na‚S‚Oƒ, necessário para reagir
completamente com 2,54 g de I‚, será:
11. (Ufmg) O quadro a seguir apresenta as quantidades
a) 40
utilizadas na preparação de três soluções aquosas de
b) 10
permanganato de potássio (KMnO„).

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


74
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

d) 5,6
e) 4,0

15. (Unesp) Um funcionário de uma empresa de limpeza


dispunha de dois produtos para o trabalho "pesado": soluções
concentradas de ácido muriático e de soda cáustica. Não
conseguindo remover uma "crosta" de sujeira usando estas
soluções separadamente, ele preparou uma mistura, usando
volumes iguais das mesmas. Sabendo que ácido muriático e
Analise o quadro quanto às concentrações das soluções e
soda cáustica são os nomes comerciais, respectivamente, do
assinale a alternativa correta.
ácido clorídrico e do hidróxido de sódio, o funcionário terá
a) A solução mais diluída é a que tem a maior massa de
sucesso em sua última tentativa de remover a sujeira?
soluto.
a) Não, pois na mistura as concentrações de ambos os
b) A solução mais concentrada é a que tem o menor volume.
produtos foram reduzidas à metade.
c) Se adicionarmos 100 mL de água à solução I, a
b) Não, pois ácido muriático e soda cáustica não são
concentração final será a mesma da solução III.
adequados para remover sujeira.
d) Se adicionarmos a solução II à solução III, a concentração
c) Não, pois a mistura resultante é apenas uma solução de
final será menor que a da solução I.
cloreto de sódio, podendo ainda conter ácido muriático ou
12. (Cefet MG) Um técnico de laboratório necessita soda cáustica excedente.
preparar 500mL de uma solução de HNO3 que tenha a d) Sim, pois estarão sendo utilizadas as propriedades de
ambos os produtos ao mesmo tempo.
concentração igual a 0,5mol  L−1. No estoque do
e) Sim, desde que as concentrações molares de ambos os
laboratório, há uma solução concentrada desse ácido a
produtos sejam idênticas.
63% m m, com uma densidade aproximadamente igual a
1,5g  mL−1. O volume aproximado, da solução 16. (Unirio) Misturando-se 25,0ml de uma solução 0,50 M
concentrada, que o técnico deve medir, em mL, para de KOH com 35,0ml de solução 0,30 M de KOH e solução
preparar a solução de ácido nítrico, é 10,0ml de uma solução 0,25 M de KOH, resulta uma solução
a) 7. cuja concentração molar, admitindo-se a aditividade de
b) 11.
c) 17. volume, é, aproximadamente igual a:
d) 25. a) 0,24 M.
e) 67. b) 0,36 M.
c) 0,42 M.
13. (Ufrrj) Misturando-se 100mL de solução aquosa 0,1 d) 0,50 M.
molar de KCØ, com 100mL de solução aquosa 0,1 molar de e) 0,72 M.
MgCØ‚, as concentrações de íons K®, Mg®® e CØ­ na solução
resultante, serão, respectivamente, 17. (Pucrj) O volume de 25,00 m de uma amostra
a) 0,05 M; 0,05 M e 0,1 M. aquosa de ácido oxálico (H2C2O4 ) foi titulado com
b) 0,04 M; 0,04 M e 0,12 M.
solução padrão 0,020 mol L−1 de KOH.
c) 0,05 M; 0,05 M e 0,2 M.
d) 0,1 M; 0,15 M e 0,2 M.
H2C2O4(aq) + 20H (aq) → C2O42−(aq) + 2H2O ( )
e) 0,05 M; 0,05 M e 0,1 5 M.

A titulação alcançou o ponto de equivalência com


14. (Ufv) Misturando-se 20mL de solução de NaCØ, de
25,00 m de solução titulante; assim, a concentração, em
concentração 6,0mol/L, com 80mL de solução de NaCØ, de
concentração 2,0mol/L, são obtidos 100mL de solução de mol L−1, de ácido oxálico na amostra original é igual a
NaCØ, de concentração, em mol/L, igual a: a) 1,0  10−3
a) 1,4 b) 2,0  10−3
b) 2,8
c) 1,0  10−2
c) 4,2
d) 2,0  10−2

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


75
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

e) 1,0  10−1 21. (Enem PPL 2014) O álcool comercial (solução de etanol)
é vendido na concentração de 96%, em volume. Entretanto,
18. (Udesc) Considere a determinação da capacidade para que possa ser utilizado como desinfetante, deve-se usar
antiácida de um medicamento cujo princípio ativo é uma solução alcoólica na concentração de 70%, em volume.
carbonato de sódio, que pode ser feita pela reação com ácido Suponha que um hospital recebeu como doação um lote de
clorídrico. Um comprimido de 1,8656 g foi triturado e 1000 litros de álcool comercial a 96%, em volume, e
dissolvido em água, necessitando de 22,0mL de pretende trocá-lo por um lote de álcool desinfetante.

HC 0,4000molL−1 para ser completamente neutralizado. Para que a quantidade total de etanol seja a mesma nos dois
Assinale a alternativa que corresponde à porcentagem em lotes, o volume de álcool a 70% fornecido na troca deve
massa de carbonato de sódio no comprimido. ser mais próximo de
a) 12,50% a) 1042L.
b) 19,57% b) 1371L.
c) 25,00% c) 1428L.
d) 14,15% d) 1632L.
e) 50,00% e) 1700L.

19. (Unesp) Medicamentos, na forma de preparados 22. (Pucrj) Neutraliza-se 50 mL de solução aquosa de
injetáveis, devem ser soluções isotônicas com relação aos hidróxido de sódio 0,10 mol L−1 com 50 mL de solução
fluidos celulares. O soro fisiológico, por exemplo, apresenta aquosa de ácido clorídrico 0,10 mol L−1. Nessa reação, há
concentração de cloreto de sódio (NaCØ) de 0,9% em massa
formação de água. As espécies Na + e C −
são íons
(massa do soluto por massa da solução), com densidade igual
espectadores.
a 1,0 g.cm-¤.
a) Dada a massa molar de NaCØ, em g.mol-¢: 58,5, qual a NaOH(aq) + HC (aq) → H2O( ) + NaC (aq)
concentração, em mol.L-¢, do NaCØ no soro fisiológico?
Apresente seus cálculos. Admitindo como desprezível a expansão de volume como
b) Quantos litros de soro fisiológico podem ser preparados a resultado dessa reação, a concentração de C − , em
partir de 1 L de solução que contém 27 g.L-¢ de NaCØ (a
quantidade de matéria (mol L−1), na solução resultante é
concentração aproximada deste sal na água do mar)?
aproximadamente igual a:
Apresente seus cálculos.
a) 0,05
b) 0,10
c) 0,14
20. (Pucrj) A análise volumétrica em meio aquoso se baseia, d) 0,18
de maneira simplificada, na medição do volume de solução e) 0,20
padrão (concentração conhecida) que reage
estequiometricamente com uma espécie dissolvida em água, 23. (Fgv) O Brasil é um grande produtor e exportador de
com o ponto final da titulação podendo ser identificado com suco concentrado de laranja. O suco in natura é obtido a
o auxílio de um indicador que muda de cor no ponto final. partir de processo de prensagem da fruta que, após a
Na análise de cloretos numa amostra de água, 50,0 mL de separação de cascas e bagaços, possui 12% em massa de
amostra necessitaram de 20,00 mL de solução 0,1000 mol/L sólidos totais, solúveis e insolúveis. A preparação do suco
de nitrato de prata, usando cromato como indicador do ponto concentrado é feita por evaporação de água até que se atinja
final. o teor de sólidos totais de 48% em massa.
Quando uma tonelada de suco de laranja in natura é
Ag+(aq) + C −(aq) → AgC (s) colocada em um evaporador, a massa de água evaporada
para obtenção do suco concentrado é, em quilograma, igual
a
Com esses dados, a porcentagem massa por volume a) 125.
(g%mL) de C − (massa molar = 35,5 g/mol) na amostra é: b) 250.
a) 0,035 c) 380.
b) 0,710 d) 520.
c) 0,142 e) 750.
d) 0,213
e) 0,284 24. (Unesp) O soro fisiológico é uma das soluções mais
utilizadas na área de saúde. Consiste em uma solução aquosa
de cloreto de sódio NaC 0,9% em massa por volume, que

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


76
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

equivale à concentração 0,15 mol  L−1. Dispondo de uma densidade do benzeno à temperatura dada é 0,87g.mL-¢.
Determine:
solução estoque de NaC 0,50 mol  L−1, o volume
necessário dessa solução, em mL, para preparar 250 mL de a) a fração molar do benzeno e do naftaleno na solução
soro fisiológico será igual a
a) 15. b) a percentagem molar do benzeno e do naftaleno na
b) 100. solução.
c) 25. Dados: Massas molares (g/mol):
d) 75. C = 12,0; H = 1,0
e) 50.

28. (Ufsm) O leite de magnésia, usado como antiácido e


25. (Enem 2011) O peróxido de hidrogênio é comumente laxante, contém em sua formulação o composto Mg(OH)2.
utilizado como antisséptico e alvejante. Também pode ser A concentração de uma amostra de 10 mL de leite de
empregado em trabalhos de restauração de quadros magnésia que foi titulada com 12,5 mL de HC 0,50
enegrecidos e no clareamento de dentes. Na presença de mol.L–1 é, em mol.L–1, de, aproximadamente,
soluções ácidas de oxidantes, como o permanganato de a) 0,1.
potássio, este óxido decompõe-se, conforme a equação a b) 0,3.
seguir: c) 0,5.
d) 0,6.
5 H2O2 (aq) + 2 KMnO 4 (aq) + 3 H2SO 4 (aq) → e) 1,2.
5 O2 (g) + 2 MnSO 4 (aq) + K 2SO 4 (aq) + 8 H2O ( )
29. (Unesp ) Alguns produto de limpeza doméstica
ROCHA-FILHO, R. C. R.; SILVA, R. R. Introdução aos
Cálculos da Química. São Paulo: McGraw-Hill, 1992. consistem basicamente de solução aquosa de amônia.
Para reagir completamente com a amônia presente em 5,00
De acordo com a estequiometria da reação descrita, a mililitros de amostra de um determinado produto de limpeza,
quantidade de permanganato de potássio necessária para foram necessários 31,20 mililitros de ácido clorídrico 1,00M.
reagir completamente com 20,0 mL de uma solução 0,1
A reação que ocorre é:
mol/L de peróxido de hidrogênio é igual a
a) 2,0  100 mol
NHƒ(aq) + HCØ(aq) ë NH„CØ(aq)
b) 2,0  10−3 mol
c) 8,0  10−1mol Massas atômicas: N = 14; H = 1.
d) 8,0  10−4 mol
a) Calcule a concentração molar de amônia na amostra.
e) 5,0  10−3 mol
b) Supondo a densidade da solução de amônia igual a 1
grama por mililitro, calcule a porcentagem em massa de
26. (Ufrrj ) O hidróxido de lítio (LiOH), usado na produção
amônia presente na amostra.
de sabões de lítio para a fabricação de graxas lubrificantes a
partir de óleos, é obtido pela reação do carbonato de lítio
30. (Unesp) Preparou-se uma solução dissolvendo-se 5,90
(Li‚COƒ) com o hidróxido de cálcio (Ca(OH)‚).
gramas de ácido butanodióico (succínico, massa molar
a) Escreva a equação química que representa a reação
118g.mol-¢) em 1000cm¤ de água. Titulou-se 25,0cm¤ desta
balanceada do carbonato de lítio com o hidróxido de cálcio.
solução com solução de NaOH 0,125M.
Massas atômicas:
a) Calcular a molaridade da solução do ácido succínico
Li = 6,941 u
preparada.
O = 15,899 u
b) Escrever as equações das reações que ocorrem quando o
H = 1,008 u
ácido reage parcial e totalmente com a base.
b) Quantos gramas de hidróxido de lítio são produzidos,
c) Calcular o volume de NaOH usado na referida titulação,
quando se reage totalmente 100mL de uma solução de
considerando se todo o ácido for neutralizado.
carbonato de lítio a 0,2M com uma solução de hidróxido de
cálcio a 0,1M. 31. O leite de magnésia, usado como antiácido e
laxante, contém em sua formulação o composto
27. (Uff ) Tem-se uma solução preparada pela dissolução de Mg(OH)2. A concentração de uma amostra de 20 mL
16,7g de naftaleno em 200mL de benzeno líquido, a 20°C. A de leite de magnésia que foi titulada com 12,5 mL de

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


77
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

HC 1,00 mol.L–1 é, em mol.L–1, de, em 100 gramas de polpa de fruta. O ácido cítrico é
aproximadamente, uma molécula orgânica que apresenta três
a) 0,1. hidrogênios ionizáveis (ácido triprótico) e massa
b) 0,3. −1
c) 0,5. molar 192 g mol . O quadro indica o valor mínimo
d) 0,6. desse parâmetro de qualidade para polpas comerciais
e) 1,2. de algumas frutas.

32. (Uepg) Sobre as diluições de soluções, assinale o que for Valor mínimo da acidez total
correto. Polpa de fruta expressa em ácido cítrico
01) Submetendo-se 3 litros de uma solução de H2SO4 1 (g 100 g)
mol/L à evaporação até um volume final de 400 mL, a
Acerola 0,8
concentração final será 1,2 mol/L.
02) 100 mL de solução de H2SO4 2 mol/L pode ser obtida a Caju 0,3
partir de 50 mL de H2SO4 4 mol/L acrescentando-se 50 mL Cupuaçu 1,5
de água. Graviola 0,6
04) 1 litro de solução de H2SO4 1 mol/L contém a mesma
massa (g) de ácido que 2 litros de solução de H2SO4 0,5 Maracujá 2,5
mol/L.
08) Diluindo-se 200 mL de uma solução de H2SO4 5 mol/L A acidez total expressa em ácido cítrico de uma
para 250 mL, obtém-se uma concentração final de 4 mol/L. amostra comercial de polpa de fruta foi determinada.
No procedimento, adicionou-se água destilada a 2,2 g
33. (cftmg) Um aluno distraído misturou 0,3 L de uma da amostra e, após a solubilização do ácido cítrico, o
solução de acido clorídrico 1mol  L−1 com 0,1 L de sólido remanescente foi filtrado. A solução obtida foi
titulada com solução de hidróxido de sódio
HC 2mol  L−1 . Ao perceber o erro, ele decidiu adicionar
água para reestabelecer a concentração de 1mol  L−1 . O 0,01mol L−1, em que se consumiram 24 mL da
volume de H2O adicionado a mistura e, em mL, igual a solução básica (titulante).
a) 75.
b) 100. BRASIL. Ministério da Agricultura e do
c) 125. Abastecimento. Instrução normativa n. 1, de 7 de
d) 500. janeiro de 2000. Disponível em:
www.agricultura.gov.br. Acesso em: 9 mai. 2019
(adaptado).
34. (Enem PPL 2018) Sobre a diluição do ácido
sulfúrico em água, o químico e escritor Primo Levi
afirma que, “está escrito em todos os tratados, é Entre as listadas, a amostra analisada pode ser de
preciso operar às avessas, quer dizer, verter o ácido qual polpa de fruta?
na água e não o contrário, senão aquele líquido oleoso a) Apenas caju.
de aspecto tão inócuo está sujeito a iras furibundas: b) Apenas maracujá.
sabem-no até os meninos do ginásio”. c) Caju ou graviola.
d) Acerola ou cupuaçu.
(furibundo: adj. furioso) e) Cupuaçu ou graviola.

LEVI, P. A tabela periódica. Rio de Janeiro: Relume-


Dumará, 1994 (adaptado).

O alerta dado por Levi justifica-se porque a MÓDULO 03 – DILUIÇÃO E MISTURAS DAS
a) diluição do ácido libera muito calor.
b) mistura de água e ácido é explosiva. SOLUÇÕES
c) água provoca a neutralização do ácido.
d) mistura final de água e ácido separa-se em fases. GABARITOS E RESOLUÇÕES COMENTADAS
e) água inibe a liberação dos vapores provenientes do
ácido.
Resposta da questão 1: [E]
35. (Enem 2019) Um dos parâmetros de controle de Solução de NaCl
qualidade de polpas de frutas destinadas ao consumo V = 0,2 L
como bebida é a acidez total expressa em ácido M = 0,3 mol/L
cítrico, que corresponde à massa dessa substância

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


78
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Solução de CaCl2 representa aproximadamente 60% do sangue em volume,


V = 0,1 L sendo que o volume sanguíneo total de 5,0 L.
M = 1,0 mol/L (solução molar = 1,0 mol/L) 5,0 L 100 %
VL 60 %
I) Cálculo do número de mols de cada soluto nas
soluções iniciais: V = 3 L (3 L de plasma)
II) Cálculo da massa máxima de varfarina a partir da qual poderá
0,3 mol de NaCl -------------- 1 L de solução ocasionar o surgimento de hemorragias:
X mol de NaCl -------------- 0,2 L de solução 4,0 mg/L
X = 0,06 mol de NaCl
4,0 mg de varfarina --------- 1 L de solução (plasma)
X mg de varfarina ----------- 3 L de solução (plasma)
1,0 mol de CaCl2 -------------- 1 L de solução
X mol de CaCl2 -------------- 0,1 L de solução X = 12,0 mg de varfarina (massa máxima)
X = 0,1 mol de CaCl2 III) Cálculo do volume de varfarina em uma concentração de 3,0
mg/mL necessária para atingir a massa calculada no item
II) Cálculo da molaridade de cada sal na solução final: anterior:
Obs.: Na mistura de soluções de solutos diferentes 3,0 mg/L
que não regam entre si, o número de mols de cada 3,0 mg de varfarina --------- 1 mL de solução
soluto na solução final é igual ao número de mols de 12 mg de varfarina ----------- Y mL de solução
cada soluto na solução final, pois os sais são Y = 4,0 mL de solução
diferentes e não reagem entre si, porém o volume
final da solução é maior: 0,2 L + 0,1 L = 0,3 L de
solução. Resposta da questão 5: [C]
Resposta da questão 6: [C]
n 0,06 mol
MNaCl = 1 = = 0,20 mol / L de NaCl Resposta da questão 7: [C]
Vr 0,3 L
Massa molar do I2 = 2 x 127 = 254 g/mol
n 0,1 mol
MCaCl2 = 1 = = 0,33 mol / L de CaCl2 I) Cálculo do número de mols de Na2S2O3 necessário para reagir
Vr 0,3 L com 2,54 g de I2(s):

III) Cálculo da concentração em mol/L de cada íon na I2 + 2 Na2S2O3 → 2NaI + Na2S4O6


solução resultante: 254g 2 mols
+ - 2,54g X mols
1 NaCl(aq) → 1 Na(aq) + 1 Cl(aq)
X = 0,02 mol de Na2S2O3
0,20 mol/L 0,20 mol/L 0,20 mol/L
II) Cálculo do volume da solução 1,0 mol/L:
2+ -
1 CaCl2(aq) → 1 Ca(aq) + 2 Cl(aq) 1mol de Na 2 S 2 O 3 1,0 L de solução
0,02mol de Na 2 S 2 O 3 Y L de solução
0,33 mol/L 0,33 mol/L 2 x 0,33 mol/L
Y = 0,02 L de solução = 20 mL de solução
0,66 mol/L
Resposta da questão 8: [A]
[Na+] = 0,20 mol/L]
Resposta da questão 9: [D]
[Ca2+] = 0,33 mol/L
[Cl-] = 0,20 mol/L+ 0,66 mol/L = 0,86 mol/L
Resposta questão 10. [D]
-
Observe que o íon Cl é um íon-comum em relação Dados:
aos dois sais. Mg(OH)2
C = 1,2 g/mL
Resposta da questão 2: [E] V = 3 mL

Resposta da questão 3: [B] HC


M = 0,16 mol/L
Obs.: solicite a resolução detalhada dessa questão.
V=?
Resposta da questão 4: [D] I) Cálculo da massa de Mg(OH)2 em 3,0 mL de solução:
C = 1,2 g/mL
I) Cálculo do volume de plasma: 1,2 g de Mg(OH)2 -------------- 1,0 mL de solução
As moléculas desse fármaco ficam retidas no espaço X g de Mg(OH)2 -------------- 3,0 mL de solução
intravascular e dissolvidas exclusivamente no plasma, que X = 3,6 g de Mg(OH)2

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


79
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

II) Cálculo do número de mols de Mg(OH)2 em 3,0 mL de IV) Cálculo do volume da solução inicial:
solução: Como já temos a massa da solução e a densidade da solução,
1 mol de Mg(OH)2 -------------- 58,3 g será possível calcular o volume da solução.
Y mol de Mg(OH)2 -----------------3,6 g d = 1,5 g/mL
Y = 6,17.10-2 mol de Mg(OH)2 1,5 g de solução ----------------- 1 mL de solução
25 g de solução -------------------W mL de solução
III) Cálculo do número de mols de HCl que neutraliza essa
W = 16,67 mL  17 mL de solução.
quantidade de base:
1 Mg(OH)2 + 2 HC ----> 1 MgCl2 + 2 H2O
Resposta da questão 13: [E]
1 mol 2 mols
Solução de KC
6,17.10-2 mol X mol
V = 0,1 L
X = 2 x 6,17.10-2 mol = 12,34.10-2 mol de HC M = 0,1 mol/L
IV) Calculo do volume da solução 0,16 mol/L de HC: 0,16 mol de Solução de MgCl2
HC -------------- 1 L de solução V = 0,1 L
0,1234 mol de HC -------------- Z L de solução M = 0,1 mol/L
Z = 0,772 L = 772 mL de solução
I) Cálculo do número de mos de cada soluto nas soluções
Observação: se o para o,12 mol de HC, teremos: iniciais:
Aproximadamente 750 mL de solução 0,1 mol de KC -------------- 1 L de solução
0,16 mol de HC -------------- 1 L de solução X mol de KC -------------- 0,1 L de solução
0,12 mol de HC -------------- Z L de solução X = 0,01 mol de KC
Z = 0,750 L = 750 mL de solução
0,1 mol de MgC2 -------------- 1 L de solução
X mol de MgC2 -------------- 0,1 L de solução
Resposta da questão 11: [D]
X = 0,01 mol de MgC2
Resposta da questão 12: [C] II) Cálculo da molaridade de cada sal na solução final:
No estoque do laboratório, há uma solução concentrada de HNO3 Obs.: Na mistura de soluções de solutos diferentes que não
a 63% m m, com uma densidade aproximadamente igual a regam entre si, o número de mols de cada soluto na solução
1,5 g  mL−1 . final é igual ao número de mols de cada soluto na solução final,
pois os sais são diferentes e não reagem entre sí, porém o
Massa molar do HNO3 = 63 g/mol
volume final da solução é maior: 0,1 L + 0,1 L = 0,2 L de
A solução desejada (solução final) apresenta as seguintes
solução.
características:
n 0,01 mol
M = 0,5mol/L; V = 0,5 L; MKCl = 1 = = 0,05 mol / L de KCl
Vr 0,2 L
I) Cálculo do número de mols de HNO3 na solução final: M = n1 0,01 mol
0,5mol/L; V = 0,5 L; MMgCl2 = = = 0,05 mol / L de MgCl2
Vr 0,2 L
0,5 mol de HNO3 -------------- 1 L de solução III) Cálculo da concentração em molL de cada íon na soluçaõ
X mol de HNO3 -------------- 0,5 L de solução resultante:
X = 0,25 mol de HNO3 1 KCl(aq) → 1 K +(aq) -
+ 1 Cl(aq)
II) Cálculo da massa de HNO3 na solução final:: 0,05 mol/L 0,05 mol/L 0,05 mol/L
1 mol de HNO3 -------------- 63 g
0,25 mol de HC-----------------Y g 1 MgCl2(aq) → 1 Mg(aq)
2+ -
+ 2 Cl(aq)
Y = 15,75 g de HNO3 0,05 mol/L 0,05 mol/L 2 x 0,05 mol/L
Obs.: em uma diluição a quantidade de soluto não muda, assim
0,10 mol/L
essa massa de soluto encontrada para a solução final é a mesma
[K+]= 0,05 mol/L]
para a solução inicial.
[Mg2+] = 0,05 mol/L
III) Cálculo da massa da solução inicial a partir do título em massa [C−] = 0,05 mol/L+ 0,10 mol/L = 0,154 mol/L
e da massa do soluto:
T% = 63% m/m Observe que o íon Cl- é um íon-comum em relação aos dois sais.
63 g de HNO3 -------------- 100 g de solução
15,75 g de HNO3 -------------- Z g de solução Resposta da questão 14: [B]
Z = 25 g de solução Resposta da questão 15: [C]
Resposta da questão 16: [B]

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


80
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

1 mol Na2CO 3 106g


Resposta da questão 17: [C]
4,4  10−3 mol xg
Dados: x = 0,4664 g de Na2CO 3
H2C2O4
IV) Cálculo pordentagem em massa de Na2CO3 no comprimido:
V = 25 mL = 25.10−3 L
1,8656g 100%
M= ?
0,4664g X%
KOH
X = 25,00%
V = 25 mL = 25.10−3 L
M= 0,02 mol/L
Questão da questão 19:
I) Cálculo do número de mols de KOH: a) Concentração em mol/L = 0,154 mol/L.
0,02 mol de KOH ------ 1 L b) V(final) = 3L de soro fisiológico.
X mol de KOH ------- 25.10−3 L
X = 0,5.10−3 mol de KOH Resposta da questão 20: [C]
X = 5,0.10−4 mol de KOH Dados:
II) Cálculo do número de mols de H2C2O4: C−
H2 C 2 O 4(aq) + 2 OH− (aq) → C 2 O 4 2 − (aq) + 2H2 O ( V = 50 mL = 50.10−3 L
)

% m/v = ?
1 mol de H2C 2O 4(aq) 2 mol de OH
Ag+
X mol de H2C 2O 4(aq) 5×10-4 mol
V = 20 mL = 20.10−3 L
X = 2,5×10-4 mol H2C 2O 4(aq) M = 0,1 mol/L
III) Cálculo da concentração em mol/L da solução de H2C2O4: I) Cálculo do número de mols de AgNO3:
V = 25 mL = 25.10-3 L 0,1 mol de AgNO3 ------ 1 L de solução
n 2,5  10−4 mol X mol de AgNO3 ------- 20.10−3 L de solução
M= 1 = = X = 2,0.10−3 mol de AgNO3
V 25  10−3 L
II) Cálculo do número de mols de Ag+:
= 0,01 mol  L−1 = 1 10−2 mol  L−1
1 AgNO3 (aq) → 1 Ag+(aq) + 1 NO3− (aq)
2,0.10−3 mol 2,0.10−3 mol
Resposta da questão 18: [C]
A proporção entre o AgNO3 e o Ag+ é de 1 para 1.
Dados:
2,0.10-3 mol de Ag+.
Na2CO3
Massa do comprimido = 1,8656 g III) Cálculo do número de mols de Cl− que reage com o Ag+:
% em massa de Na2CO3 = ? 1 Ag+(aq) + 1 C−(aq) → 1 AgCl(s)
Na2CO3 = 106 g/mol 2,0.10−3 mol Y mol
Y = 2,0.10 mol de C−
−3
HC
V = 22 mL = 22.10-3 L IV) Cálculo da massa de C−:
M = 0,4 mol/L
Massa molar do C− = 35,5 g/mol
I) Cálculo do número de mols de HC: 1 mol de C− ------------------ 35,5 g
0,4 mol de HC ------ 1 L 2,0.10-3 mol de C− --------- Z g
X mol de HC ------- 22.10-3 L Z = 71.10-3 g de C−
X = 8,8.10-3 mol de HC
V) Cálculo da % m/v C− :
71.10-3g de C− ----- 50 mL de solução
II) Cálculo do número de mols de Na2CO3 que reagiu com o HC:
Na2CO3 + 2HC → 2NaC + H2O + CO2 W g de C− ----- 100 mL de solução
W = 142. 10-3 g = 0,142 g de C−
Pela proporção estequiométrica dos reagentes, teremos:
0,142 g de C− em 100 mL de solução, ou seja, 0,142% m/v.
1 mol de Na 2 CO 3 2 mol de HC
X mol de Na 2CO 3 8,8  10−3 mol de HC
X = 4,4  10−3 mol de Na 2CO 3 Resposta da questão 21: [B]

III) Cálculo da massa de Na2CO3 que reagiu:

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


81
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Na diluição, teremos : 120 kg 48 %


 V = '  V ' m' 100 %
0,96  1000 L = 0,70  V ' m' = 250 kg de solução
V '  1371 L
III) Cálculo da massa de água evaporada.
Resposta da questão 22: [A] Massa da solução inicial: 1000 Kg
Dados: Massa da solução final: 250 Kg
NaOH Massa de água evaporada =
V = 50 mL = 50.10−3 L 1000 kg − 250 kg = 750 kg
M = 0,1 mol/L
Resposta da questão 24: [D]
HC
V = 50 mL = 50.10−3 L Teremos:
M = 0,1 mol/L 0,15 mol 1000 mL
nNaC 250 mL
I) Cálculo do número de mols de NaOH e de HC:
nNaC = 0,0375 mol
0,10 mol de NaOH 1000 mL
nNaC
nNaOH 50 mL [NaC ] =
V
nNaOH = 0,005 mol
0,0375
0,50 =
0,10 mol de HC 1000 mL V
nHC 50 mL V = 0,075 L = 75 mL
nHC = 0,005 mol
Resposta da questão 25: [D]
II) Cálculo do número de mols de C− na solução resultante. I) Cálculo do número de mols de H2O2 na solução:
Não há reagente em excesso, pois a proporção do ácido para V = 20 mL = 20.10-3 L
a base é de 1 para 1. M = 0,1 mol/L
NaOH(aq) + HC → H2O( ) + Na + (aq) + C − 0,1 mol(H2 O 2 ) 1L
(aq) (aq)

1 mol 1 mol 1 mol X mol(H2 O 2 ) 20.10−3 L


0,005 mol 0,005 mol X = 0,005 mol X = 2.10−3 mol de H2O 2
II) Cálculo do número de mol de KMnO4 necessário para reagir
III) Cálculo da concetração mol/L de Cl- na solução resultante: com o peróxido de hidrogênio.
O volume final da solução corresponde à soma dos volumes 5 H2 O 2 (aq) + 2 KMnO 4 (aq) + 3 H2SO 4 (aq) →
das duas soluções que foram adicionadas. 5 O 2 (g) + 2 MnSO 4 (aq) + K 2SO 4 (aq) + 8 H2O ( )
Vtotal = 50mL + 50mL = 100 mL = 0,1L 5 mol H2 O 2 2 mol KMnO 4
0,005 mol 2.10 −3
mol Y mol KMnO 4
[C − ] = = 0,05 mol / L
0,1L 2.10 x2 −3
Y=
5
Resposta da questão 23: [E] Y = 0,810−3 mol = 8,0  10−4 mol de KMnO 4
I) Cálculo da massa de sólidos totais:
1000kg (1 tonelada de suco); Resposta da questão 26.
12 % em massa de sólidos totais a) Li2CO3 + Ca(OH)2 → CaCO3 + 2 LiOH
1000 kg 100%
b) Dados:
X kg 12% m1(LiOH)=?
X = 120 kg (sólidos totais)
Li2CO3
II) Cálculo da massa do suco concentrado, sabendo que a sua
V= 0,1L
porcentagem é 48% em massa:
M = 0,2 mol/L
Durante a evaporação de água a quantidade de soluto
permanece constante, ou seja, a quantidade de soólidos totais
Ca(OH)2
não se altera.
M = 0,1 mol/L

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


82
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Dados:
I) Cálculo do número de mols de Li2CO3: Mg(OH)2
0,2 mol de Li2CO3 ------ 1 L de solução V = 10 mL = 10.10−3 L
X mol de Li2CO3 ------- 0,1 L de solução M=?
X = 0,02 mol de Li2CO3 HC
V = 12,5 mL = 12,5.10−3 L
II) Cálculo do número de mols de LiOH formado a partir de 0,02 M = 0,5 mol/L
mol de Li2CO3:
Li2 CO 3 + Ca(OH)2 → CaCO 3 + 2 LiOH I) Cálculo do número de mols de HC:
0,5 mol de HC ------ 1 L
1 mol 2 mols
X mol de HC ------- 12,5.10-3 L
0,02 mol X mol
X = 6,25.10−3 mol de HC
X = 0,04 mol de LiOH
II) Cálculo do número de mols de Mg(OH)2 que reagiu com
III) Cálculo da massa de LiOH : o HC:
M1 LiOH = 24,0 g/mol Mg ( OH )2 + 2HC → MgC 2 + 2H2O
1 mol de LiOH ------------------ 24,0 g 1 mol 2 mols
0,04 mol de LiOH --------- Y g Y mol 6,25.10-3 mol
Z = 0,96 g de LiOH
Y = 3,125.10-3 mol de HC
Resposta da questão 27: III) Cálculo da concentração em mol/L deMg(OH)2 :
Dados: n 3,125.10−3 mol
M= 1 =
m1 = 16,7 g de C10H8 (naftaleno) V 10.10−3 L
M1 = 128 g/mol (C10H8) M = 0,3125 mol/L de Mg(OH)2
M2 = 78 g/mol (C6H6): benzeno
I) Cálculo da massa de benzeno (C6H6): Resposta da questão 29:
A partir da densidade e do volume é possível calcular a massa Dados:
de benzeno. NH3
d2= 0,87 g/mL V= 5,0 mL = 5,0.10-3 L
V2= 200 mL
HC
0,87 g de benzeno ------------- 1 mL V = 31,2 mL = 31,2.10-3 L
X g de benzeno ----------------- 200 mL M = 1,0 mol/L
X = 174 g de benzeno
a) a)
II) Cálculo do número de mols de soluto e de solvente na solução: I) Cálculo do número de mols de HC:
m1 16,7g 1,0 mol de HC ------ 1 L
n1 = = = 0,13 mol de C 10 H8
M1 128g / mol X mol de HC ------- 31,2.10-3 L
m2 174g
X = 31,2.10-3 mol de HC
n2 = = = 2,23 mol de C 6 H6 II) Cálculo do número de mols de NH3 que reagiu com o
M2 78g / mol
HC:
III) Cálculo da fração molar do soluto e do solvente na
NH3 + HC → NH4 C
solução:
n1
1 mol 1 mol
0,13 0,13
X1 = = = = 0,06
n1 + n2 0,13 + 2,23 2,36 Xmol 31,2.10 −3 mol
n2 2,23 2,23 X = 31,2.10 −3 mol de NH3
X2 = = = = 0,94
n1 + n2 0,13 + 2,23 2,36
III) Cálculo da concentração em mol/L de NH3 :
Assim temos:
n1 31,2.10−3 mol
X1 (C6H6) = 0,94
M= =
V 5.10−3 L
X2 (C10H8) = 0,06 M = 6,24 mol/L
b) X1%(C6H6) = 94,00%
b)
X2%(C10H8) = 6,00%
d = 1g/mL
M = 6,24 mol/L
Resposta da questão 28: [B]
T%=?

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


83
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

M1 = 17 g/mol 0,025
X= = 0,020 L = 20,0 mL
M.M1 = 1000.d.T 0,125
6,24.17 = 1000.1.T 20 mL da solução de NaOH
106,8 Resposta da questão 31: [B]
T= = 0,1068 Dados:
1000
T% = 10,68% Mg(OH)2
O título percentual em massa é de aproximadamente 10,6 % V = 20 mL = 20.10−3 L
Resposta da questão 30: M=?
Dados: HC
m1= 5,90 g de ácido butanodióico V = 12,5 mL = 12,5.10−3 L
M1 = 118g/mol M = 1,0 mol/L
V= 1000 mL = 1L
Solução titulada: V = 25 mL = 25.10-3L I) Cálculo do número de mols de HC:
1,0 mol de HC ------ 1 L
NaOH
V=? X mol de HC ------- 12,5.10−3 L
M = 0,125 mol/L X = 12,5.10−3 mol de HC
a) II) Cálculo do número de mols de Mg(OH)2 que reagiu com o HCl:
I) Cálculo do número de mols de Ác. Butanodióico: Mg ( OH )2 + 2HC → MgC 2 + 2H2O
m1 5,9 g 1 mol 2 mols
n1 = = = 0,05 mol
M1 118g / mol
Y mol 12,5.10-3 mol
II) Cálculo da concentração em mol/L da solução de Ác. Y = 6,25.10-3 mol de HC
Butanodióico:
n 0,05 mol III) Cálculo da concentração em mol/L deMg(OH)2 :
M= 1 = = 0,05 mol / L
V 1,0 L n1 6,25.10−3 mol
b) M= =
V 20.10−3 L
neutralização parcial do ácido:
M = 0,3125 mol de Mg(OH)2
O O O O
C CH2 CH2 C + NaOH C CH2 CH2 C + H2O
HO OH HO O-Na Resposta da questão 32: 02 + 04 + 08 = 14.
01) Falso
neutralização total do ácido: V = 3,0 L
O O O O M = 1 mol/L
C CH2 CH2 C +
2 NaOH C CH2 CH2 C + 2 H2O Após à evaporação:
HO OH +- - +
Na O O Na V = 0,4 L
c) M =?
I) Cálculo do número de mol de Ác. Butanodióico em 25 mL da Em uma evaporação, como em uma diluição à quantidade do
solução que foi titulada: soluto não se altera.
M = 0,05 mol/L [H2SO4 ]inicial  Vinicial = [H2SO4 ]final  Vfinal
0,05 mol de ácido ------ 1 L de solução 1 3 = [H2SO4 ]final  0,4
X mol de ácido ------- 25,0.10-3 L [H2SO4 ]final = 7,5 mol / L
X = 1,25.10−3 mol de Ác. Butanodióico
02) Verdadeiro
II) Cálculo do número de mols da base que reagiu com o ácido:
V = 50 mL
1 mol de ác. butanodióico ----------- 2 mols de NaOH
M = 4 mol/L
1,25.10−3 mol de ác. butanodióico ----------- X mols de NaOH
Após à diluição (acréscimo de 50 mL de água):
X = 2,5.10−3 de NaOH = 0,025 mol de NaOH V = 100 mL
M =?
III) Cálculo do volume da solução de NaOH: [H2 SO 4 ]inicial  Vinicial = [H2 SO 4 ]final  Vfinal
M = 0,125 mol/L
4  50 = [H2 SO 4 ]final  100
0,125 mol de NaOH ------ 1 L de solução
0,025 mol de NaOH ------- XL de solução [H2 SO 4 ]final = 2 mol / L

04) Verdadeiro

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


84
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

1 litro de solução de H2SO4 1 mol/L contém a mesma massa M(início)  Volume(início) = M(final)  Volume(final)
(g) de ácido que 2 litros de solução de H2SO4 0,5 mol/L.
1,25  0,4 = 1,0  Volume(final)
1L 1 mol = 98 g (H2SO 4 )
Volume(final) = 0,5 L = 500 mL
e
1L 0,5 mol Volume de água adicionado: 500 mL – 400 mL = 100 mL
2L 2  0,5 mol = 1mol Resposta da questão 34: [A]
1 mol = 98 g (H2SO 4 )
O alerta dado por Levi justifica-se porque a diluição
08) Verdadeiro do ácido libera muito calor, ou seja, é exotérmica e
pode causar a formação de “bolhas” de vapor.
V = 200 mL = 0,2 L
M = 5 mol/L Resposta da questão 35: [C]
Após à diluição (acréscimo de 50 mL de água):
V = 250 mL = 0,25 L
Mácido cítrico = 192 g  mol−1
M =?
m (amostra comercial) = 2,2 g
[H2 SO 4 ]inicial  Vinicial = [H2 SO 4 ]final  Vfinal
5  0,2 = [H2 SO 4 ]final  0,25 NaOH = 0,01 mol  L−1 (reage com o ácido cítrico
[H2 SO 4 ]final = 4 mol / L presente na polpa)
V = 24 mL = 24  10−3 L (volume da solução básica;
Resposta da questão 33: [B] titulante)
HC
V = 0,3 L nNaOH
M = 1 mol/L NaOH =
V
HC nNaOH = NaOH  V
V = 0,1 L
M = 2 mol/L nNaOH = 0,01mol  L−1  24  10 −3 L

I) Cálculo do número de mols de HCl em cada solução: nNaOH = 2,4  10−4 mol
1 mol 1L
X mol 0,3 L 1 molécula de ácido cítrico (que reage com NaOH)
X = 0,3 mol de HC tem 3 hidrogênios ionizáveis (trióptico), logo reage
2 mol 1L com os 3 mol desta base (3 mol de H+ : 3 mol de
Y mol 0,1 L NaOH).
Y = 0,2 mol de HC
nácido cítrico 2,4  10−4 mol NaOH
II) Cálculo da concentração em mol/L da solução resultante:
n(HC ) = 0,3 + 0,2 = 0,5 mol 1mol  2,4  10−4 mol
nácido cítrico =
Volume total da solução resultante: 0,4 L (0,3 + 0,1): 3 mol

Concentração Molar =
0,5 mol
= 1,25 mol / L nácido cítrico = 8  10−5 mol
0,4 L
mácido cítrico
III) Cálculo do volume de água adicionada na diluição: nácido cítrico =
Solução originada após a mistura de soluções de HCl Mácido cítrico
V = 0,4 L mácido cítrico
M = 1,25 mol/L 8  10−5 mol =  mácido cítrico = 8  10−5 mol  192 g
192 g  mol−1
Solução desejada após a diluição:
HC mácido cítrico = 1,536  10−2 g (massa de ácido
V=? encontrada em 2,2 g de polpa)
M = 1 mol/L
Ao encontrarmos o volume final da solução será possível Cálculo para 100 g de polpa:
calcularf o volme de água adicionado.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


85
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

1,536  10 −2 g 2,2 g de polpa


m 100 g de polpa
−2
1,536  10 g  100 g de polpa
m=
2,2 g de polpa
m = 0,698 g

Valores acima de 0,698 (g 100 g) devem ser


descartados.
Maracujá: 2,5 (g 100 g)  0,698 (g 100 g)
descartado.
Cupuaçu: 1,5 (g 100 g)  0,698 (g 100 g) descartado.
Acerola: 0,8 (g 100 g)  0,698 (g 100 g) descartado.
Restam: caju (0,3 (g 100 g)) e graviola
(0,6 (g 100 g)).

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


86
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

MÓDULO 04 - PROPRIEDADES COLIGATIVAS DAS SOLUÇÕES

1. Introdução
Sob a pressão normal de 1 atm a água pura congela a 0ºC e ferve a 100ºC. No entanto ao dissolvermos, por exemplo,
sal de cozinha em água ela passará a congelar abaixo de 0ºC e a ferver acima de 100ºC, sob pressão de 1 atm.
O mesmo fenômeno pode ser observado com outros solventes e com outros solutos, desde que tais solutos não sejam
voláteis.
Concluímos que a adição de um soluto não-volátil provoca alteração nas propriedades físicas do solvente, sendo que tais
alterações não dependem da natureza do soluto, mas de sua concentração.
Propriedades coligativas das soluções são propriedades que dependem apenas da concentração (número de
partículas, das partículas dispersas na solução, independentemente da natureza dessas partículas).
As principais propriedades coligativas das soluções são as que seguem:
• Diminuição (ou abaixamento) da pressão máxima de vapor do solvente (Tonoscopia ou Tonometria).
• Aumento (ou elevação) da temperatura de ebulição do solvente (Ebulioscopia ou Ebuliometria).
• Diminuição ou abaixamento da temperatura de congelação do solvente (Crioscopia ou Criometria).
• Aumento da Pressão Osmótica do solvente (Osmoscopia ou Osmometria).

Observação:
Algumas vezes veremos a expressão “ponto de ebulição da solução”, no entanto é o solvente que sofre essas mudanças
de fase, ou seja, é o solvente que evapora, ou congela etc.

1.1. Soluções ideais


Tudo que veremos a respeito das propriedades coligativas das soluções levará em consideração que as soluções são
ideais.

Soluções ideais são soluções diluídas, constituídas de solutos não-voláteis, onde não há variação de volume e nem troca
de calor durante a dissolução do soluto no solvente e onde as partículas do soluto não chegam a interferir umas sobre as outras.

Obs. 1: O soluto, sendo não-volátil, terá pressão de vapor desprezível.

Obs. 2: A pressão de vapor será devida unicamente ao solvente.

As soluções reais são soluções que não seguem as exigências das soluções ideais e por isso possuem um
comportamento consideravelmente diferente do comportamento das soluções ideais frente aos fenômenos que estudaremos a
seguir.

1.2 Propriedades coligativas das soluções moleculares


Iremos estudar em primeiro lugar as propriedades coligativas das soluções moleculares de solutos não-voláteis. Nas
soluções moleculares devemos saber que:
O soluto não sofrerá dissociação iônica nem ionização.
As partículas dispersas na solução serão unicamente moléculas.
O número de partículas de soluto existentes na solução é igual ao número de moléculas adicionadas no solvente (as
propriedades coligativas dependem exclusivamente do número de partículas dissolvidas na solução).

Ex.: Se dissolvermos 180 g de glicose C6H12O6 (M1 = 180 g/mol) em água, facilmente descobrimos que
existem 1 mol de moléculas = 6,02 . 1023 moléculas de glicose dissolvidas (6,02 . 1023 partículas dissolvidas).

2. Efeito tonoscópico ou tonometria


É o abaixamento da pressão máxima de vapor de um líquido, que é ocasionado pela dissolução de um soluto não-volátil.

• Antes de estudarmos o efeito tonoscópico, vamos definir pressão máxima de vapor de um líquido e estudar alguns tópicos
relacionados com a mesma.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


87
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

2.1. Pressão máxima de vapor de um líquido puro


Consideremos um cilindro munido de um êmbolo totalmente apoiado em um líquido contido no seu interior.

O estabelecimento do equilíbrio líquido – vapor

Ao elevarmos o êmbolo, criaremos um espaço vazio e o líquido começará a vaporizar-se, pois algumas moléculas do
líquido contêm energia cinética suficiente para vencerem as forças de atração intermoleculares e assim conseguem escapar da
fase líquida.
Figura A: inicialmente temos apenas a evaporação do líquido, pois não existiam moléculas do líquido no estado de vapor.
Figura B: enquanto a evaporação continua, começa a ocorrer também a condensação de uma parte do vapor, provocada
pelo choque entre moléculas do gás entre si e contra as paredes do recipiente.
Figura C: A partir de um certo instante o nº- de partículas que evaporam é igual ao número de partículas que se
condensam e o sistema atinge um equilíbrio dinâmico. A partir desse instante tudo se passa como se a evaporação tivesse
parado, no entanto continua ocorrendo evaporação e condensação, porém com igual intensidade (velocidade).
Assim podemos definir pressão máxima de vapor de um líquido como sendo a pressão que o vapor exerce quando
está em equilíbrio dinâmico com o líquido.
Ex.: A pressão de vapor da água, a 25ºC é igual a 23,8 mmHg.

H2 O ( ) H2 O ( V ) 25ºC

Observação:
Os sólidos também apresentam pressões de vapor que, em geral, são menores que as pressões de vapor dos líquidos.

Figura I: ilustração da pressão de vapor em equilíbrio do etanol líquido. Em (a) supomos que não existem
moléculas na fase gasosa; existe uma pressão zero na célula. Em (b) a velocidade na qual as moléculas
deixam a fase gasosa é igual à velocidade na qual as moléculas de gás passam para a fase líquida. Essas
velocidades iguais produzem uma pressão de vapor estável que não varia desde que a temperatura
permaneça constante.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


88
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

2.2 Pressão de vapor e temperatura


Quando se aumenta a temperatura de um líquido ou de um sólido ocorre também um aumento na pressão de vapor desse
sólido ou desse líquido, pois há um aumento na formação de vapor.

A pressa de vapor aumenta com a temperatura

Observe o gráfico abaixo que mostra uma curva típica da relação entre pressão de vapor e temperatura.

2.3. Pressão de vapor e volatilidade


Quanto maior a volatilidade de uma substância, mais facilmente esta substância passará para o estado gasoso (estado
de vapor), e maior será a sua pressão de vapor.
Observe a tabela abaixo que mostra a pressão de vapor da água e do bromo a 20ºC.

Pressão de vapor a 20ºC


H2O 17,5 mmHg
Br2 173,0 mmHg

Concluímos que, a 20ºC, a substância bromo é mais volátil, ou seja, evapora mais facilmente que a água.

2.4. Pressão de vapor e ponto de ebulição


Lembramos que a passagem de um líquido para a fase de gás (ou vapor) chama-se vaporização e esta pode ocorrer
principalmente através de duas maneiras: a evaporação e a ebulição.
A evaporação consiste em uma vaporização lenta, calma e superficial do líquido, onde as moléculas mais velozes, com
maior energia, vencem as forças de atração intermoleculares e passam para o estado de gás (ou vapor).

A evaporação depende da superfície de contato entre o líquido e a fase gasosa, ou seja, quanto maior for a superfície de
contato, mais intensa será a evaporação. É por isso que ao colocarmos uma peça de roupa no varal a colocamos aberta, e não
dobrada.
A ebulição consiste em uma vaporização rápida, tumultuada e que ocorre em toda a extensão do líquido, e não apenas
na sua superfície. Esse tipo de vaporização apresenta a formação de bolhas, isto é, de porções de vapor cercadas por uma
película do líquido.
As bolhas são formadas pela própria substância que passou do estado líquido para o estado de gás (ou vapor). Essas
bolhas só são capazes de se formar se a pressão de seu vapor for igual ou maior que a pressão externa, que é constituída pela
pressão atmosférica mais a pressão da massa líquida, que é comumente desprezível.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


89
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Assim concluímos:

Um líquido entra em ebulição quando a sua pressão de vapor iguala-se à pressão atmosférica.

Exemplo: Ao nível do mar, onde a pressão atmosférica vale 760 mmHg ou 1 atm, a água ferve a 100ºC. Isso quer dizer
que a 100ºC a pressão de vapor da água é igual a 760 mmHg
(1 atm).
O gráfico e a tabela abaixo mostram a variação da pressão de vapor da água com a temperatura.

TEMPERATURA PRESSÃO
(ºC) mmHg
–10 2,149
0 4,579
10 9,209
20 17,535
30 31,824
40 55,324
50 92,510
60 149,380
70 233,700
80 355,100
90 525,760
100 760,000
110 1074,600
120 1489,100

Se variarmos a pressão externa a que o líquido está sujeito, estaremos variando seu ponto de ebulição. Assim, no alto
de uma montanha, onde a pressão atmosférica é menor que 1 atm, a água ferve abaixo de 100ºC, enquanto que em uma panela
de pressão, onde a pressão atmosférica é superior a
1 atm, a água pode ferver acima de 100ºC. Por exemplo, sob uma pressão de 4,579 mmHg a água entra em ebulição a zero
graus celsius.

Observação:
Considerando diversos líquidos, aquele que tiver maior pressão de vapor será o líquido mais volátil e terá, portanto, menor
ponto de ebulição em relação aos demais, isto é, necessitará de menos energia para igualar sua pressão de vapor à pressão
externa local.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


90
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Observação: A temperatura na qual um líquido ferve, sob pressão de 1 atm (760 mmHg), é chamada de temperatura
de ebulição normal ou ponto de ebulição normal.

Exemplo: O ponto de ebulição normal da água = 100ºC.

2.5. Estudo do efeito tonoscópico (Tonometria)


A pressão de vapor de um solvente diminui quando a ele adicionamos um soluto não volátil.
Observe os valores abaixo a 100ºC.
• Pressão de vapor da água pura = 760 mmHg.
• Pressão de vapor de uma solução aquosa com 1 . 10-2 mol de sacarose/kg de água = 759,7 mmHg.
• Pressão de vapor de uma solução aquosa com 8 . 10-1 mol de sacarose/kg de água = 749,2 mmHg.

Conclusão:
A pressão de vapor de uma solução é sempre menor que a do respectivo solvente puro. Essa propriedade é denominada
Tonoscopia.

Podemos construir o seguinte gráfico:

Onde:
P0 = pressão de vapor do solvente puro na temperatura t.
P = pressão de vapor do solvente na solução na temperatura t.
P = abaixamento absoluto da pressão de vapor do solvente.
P = P0 – P

Observação:

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


91
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

P
é o abaixamento relativo da pressão de vapor do solvente em relação ao solvente puro. Esse é o efeito Tonoscópico.
P0

2.6 Lei de Raoult


Em 1887, o químico francês Marie Raoult, enunciou a seguinte lei:

A pressão máxima de vapor de uma solução diluída de soluto não-volátil e não-iônico, é igual ao produto da pressão
máxima de vapor do solvente puro (P0) pela fração molar do solvente, (X2) na solução.

Matematicamente temos: P = P0  X 2

Onde:
P = pressão máxima de vapor da solução,
P0 = pressão máxima de vapor no solvente puro.
X2 = fração molar do solvente na solução.

A partir da expressão anterior podemos deduzir que o abaixamento relativo da pressão de vapor (P/P0), ou seja, o efeito
tonoscópico, é igual à fração molar do soluto.
P = P0  X 2  P = P0  (1 − X 1 )
P = P0 − P0 X 1
X 1  P0 = P0 − P
X 1  P0 = P
P P −P
= X 1 ou 0 = X1
P0 P0

Assim temos uma segunda definição para a Lei de Raoult:

Numa solução diluída de um soluto não-volátil e não-iônico, o abaixamento relativo da pressão máxima de vapor é igual
à fração molar do soluto.

Observação:
 P 
Constata-se que o abaixamento relativo da pressão de vapor   não varia com a temperatura.

 P0 
Enquanto a pressão de vapor da solução (P), a pressão de vapor do solvente puro (P 0) e consequentemente o próprio
P(P0 - P) variam com a temperatura. Essa lei é conhecida como a Lei de Babo.

Pressão máxima de vapor e a molalidade


A Lei de Raoult pode ser expressa em função da molalidade:

P0 − P n1
= X1 X1 =
P0 n1 + n 2

Em soluções bastante diluídas n2 é muito maior que n1, assim:


n1 + n2  n2

Então:

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


92
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

m1
P0 − P n1 M1 m1 M 2
= = = 
P0 n 2 m 2 M1 m 2
M2

Vamos multiplicar o numerador e o denominador do segundo membro da igualdade por 1.000.

 
 
P0 − P m1 M 2 1000 P0 − P  1000m1   M 2 
−    
=  
P0 M1 m 2 1000 P0 M1  m 2   1000 
   
W  Kt 

P0 − P P
= Kt  W ou = Kt  W
P0 P0

Kt é a constante tonométrica molal do solvente, e só depende do tipo de solvente (não depende do soluto).

M2
Kt =
1000

Temos assim um terceiro enunciado para a Lei de Raoult.

Numa solução bastante diluída de um soluto qualquer, não-volátil e não iônico, o abaixamento relativo da pressão máxima
de vapor é diretamente proporcional à molalidade da solução.

Observação :
Em uma solução 1 molal temos:

P P
= Kt  W  = Kt
P0 P0

Concluímos que Kt não depende da temperatura.

M2 18
Kt = = = 0,018
1000 1000

Esse valor (0,018) é conhecido como constante tonométrica da água.

Observação :
Outros valores da constante tonoscópica de algumas substâncias:

• Benzeno (C6H6): M2 = 78 Kt = 78/1000 = 0,078


• Etanol (C2H6O): M2 = 46 Kt = 46/1000 = 0,046
• Acetona (C3H6O): M2 = 58 Kt = 58/1000 = 0,058

3. Efeito ebulioscópico ou ebuliometria


É a elevação da temperatura de ebulição de um líquido, ocasionada pela dissolução de um soluto não-volátil.

3.1. Ebulição de um líquido puro


A passagem de uma substância do estado líquido para o estado de vapor é denominada vaporização que se divide em:

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


93
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

• Evaporação: é a passagem lenta do estado líquido para o estado de vapor. Só ocorre na superfície do líquido.
• Ebulição: é a passagem rápida e tumultuada do estado líquido para o estado de vapor ocorre em toda a extensão do líquido.
• Calefação: é a passagem instantânea do estado líquido para o estado de vapor.

Um líquido entra em ebulição quando a pressão máxima de seus valores (P0) torna-se igual à pressão externa (pressão
ambiente).
A água ao nível do mar (P = 1 atm = 760 mmHg) ferve a 100ºC. Essa temperatura é chamada de temperatura de ebulição
normal.
Em altitudes maiores a pressão atmosférica é menor que 1 atm, e observa-se que a água ferve numa temperatura menor.
Já em altas pressões (pressão maior que 1 atm) a água ferve numa temperatura maior que 100ºC.

Observação:
Observe os valores das pressões de vapor de algumas substâncias à 20ºC.
• da água = 17,5 mmHg
• do álcool = 44,3 mmHg
• do éter = 439,8 mmHg

Quanto mais volátil o líquido, maior será a sua pressão de vapor.

Observação:
Observe os valores dos P.E. de algumas substâncias a
1 atm (ou 760 mmHg).
• da água = 100ºC
• do álcool = 78,5ºC
• do éter = 34,5ºC

Quanto maior a pressão de vapor, menor será a sua temperatura de ebulição.

3.2. Elevação do ponto de ebulição do solvente numa solução (Efeito Ebuliométrico)


Se dissolvermos açúcar em água, sob pressão atmosférica de 760 mmHg, a pressão de vapor da água na solução diminui,
assim a temperatura deverá subir para que a pressão de vapor da água na solução se torne novamente igual a 760 mmHg.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


94
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Elevação do PE da água provocado pelo soluto não-volátil.

Observando o gráfico obtemos:


tE = t - t0
tE = efeito ebulioscópico ou ebuliométrico.
t = temperatura de ebulição do solvente na solução.
t0 = temperatura de ebulição do solvente puro.

3.3. Lei de Raoult


Numa solução diluída de um soluto não-volátil e não-iônico, a elevação da temperatura de ebulição (tE) é diretamente
proporcional à molalidade da solução.

t E = K E  W ou t − t 0 = K E  W

Onde KE é a constante de proporcionalidade, chamada constante ebuliométrica e depende só do solvente e não do soluto.
A constante ebuliométrica molal (KE) pode ser calculada pela fórmula:

R  T2
KE =
1000  L V

R = constante geral dos gases = 2 cal/K . mol.


T = temperatura de ebulição do solvente puro em K.
Lv = calor latente de vaporização do solvente puro (cal/g) (quantidade de calor necessária para passar 1g do
solvente da fase líquida para a fase de vapor, sem alteração da temperatura).

Observe os valores de KE para diversos solventes:


– água → KE = 0,52 ºC/mol
– álcool etílico → KE = 1,22 ºC/molal
– ácido acético → KE = 2,93 ºC/molal

KE corresponde à elevação do ponto de ebulição quando a solução tem molalidade igual a 1.

t E = K E  1  t E = K E

Assim considerando o gráfico abaixo e considerando uma solução 1 molal de clorofórmio, o ponto de ebulição dessa
solução é igual a:

t E = K E  t − t 0 = K E 
 t − 61,2 = 3,63  t = 61,2 + 3,63  t = 64,83º C

Solvente PE normal KE
água 100,0ºC 0,51ºC

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


95
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

benzeno 80,2ºC 2,53ºC


clorofórmio 61,2ºC 3,63ºC

Observação:
Relação entre o efeito ebuliométrico e tonoscópico.
 P 
O efeito ebuliométrico (t 1 ) e o tonoscópico   são diretamente proporcionais, ou seja, quanto maior for o
 P0 
abaixamento da pressão máxima de vapor da solução (tonoscopia), maior será também a elevação de sua temperatura de
ebulição.

4. Crioscopia ou efeito crioscópio ou criometria


É o abaixamento da temperatura de congelação de um líquido, provocado pela dissolução de outra substância.

Diminuição do ponto de congelação do solvente na solução


Observe o gráfico que mostra a curva da pressão de vapor de uma substância pura na fase sólida e na fase líquida:

O ponto A corresponde ao ponto onde a pressão de vapor do sólido é igual a pressão de vapor do líquido, ou seja, nesse
ponto a fase sólida está em equilíbrio com a fase líquida.
A temperatura do ponto A corresponde ao ponto de fusão (P.F.) e ao ponto de congelação (tC) da substância pura na
respectiva pressão. A adição de um soluto não-volátil diminui a pressão de vapor do solvente, ocasionando uma diminuição do
ponto de congelação do solvente. Esse abaixamento do ponto de congelação de um solvente provocado pela adição de um
soluto não-volátil é chamado de efeito crioscópico.
Observe o gráfico seguinte onde estão assinaladas as curvas da pressão de vapor de um solvente puro e de uma solução
formada por esse solvente e um soluto não volátil.

Observação:
Abaixamento da temperatura de congelação da solução (tc) é a diferença entre a temperatura de congelação do solvente
puro (t0) e a temperatura de início de congelação do solvente na solução (t).
tc é o efeito crioscópico ou criométrico e é calculado pela expressão:
t C = t C0 − t C

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


96
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Lei de Raoult
Numa solução diluída de um soluto qualquer não-iônico, o abaixamento da temperatura de congelação é diretamente
proporcional à molalidade da solução.

t C = K C  W ou t º C − t C = K C  W
KC = constante crioscópica molal

Observação:
Quando a solução é 1 molal (W = 1) temos:

t C = K C  W  t C = K C

Assim KC representa o abaixamento da temperatura de congelação que ocorre numa solução 1 molal. KC só depende do
solvente, e não do soluto.
A constante criométrica molal (KC) pode ser calculada pela expressão:
R  T2
KC =
1000  L f

Onde:
cal
R = constante universal dos gases perfeitos  2
K  MOL
T = temperatura absoluta de congelação do solvente puro (K).
Lf = calor latente de fusão do solvente puro (cal/g).

Observe o valor de KC para alguns solventes.

SOLVENTE KC (ºC/MOLAL)
Água 1,86
Benzeno 5,12
Álcool etílico 1,99
Tetracloreto de carbono 31,8

Obs.1: Em uma solução diluída de água e sal comum, que está sendo resfriada, as primeiras porções de gelo que se
formam são de gelo puro, ou seja, sem sal. Por esse motivo quando se inicia o congelamento de uma solução, como o solvente
puro congela primeiro, a solução vai ficando cada vez mais concentrada, de modo que a temperatura de congelação da solução
(t) vai diminuindo gradativamente. Por isso a temperatura de congelação da solução é medida no início da congelação da
solução.

Obs. 2: Pelo motivo exposto acima o gelo formado a partir da água do mar não é salgado.

Obs. 3: Aplicações práticas do efeito criométrico:


As fábricas de sorvete adicionam sal à água para resfriá-la muito abaixo de 0ºC, sem que a mesma se solidifique.
Em países frios colocam-se anticongelantes na água dos radiadores dos automóveis para evitar que quando o carro
estiver parado a água congele.
Em países frios coloca-se sal nas rodovias para evitar o acúmulo de gelo.

Resumo
Comparando as leis determinadas na tonometria, na ebuliometria e na criometria, perceberemos uma grande semelhança
entre elas:
P M
Na tonometria: = Kt  W ; Kt = 2
P0 1000

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


97
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

R  T2
Na ebuliometria: t e = K e  W ; K e =
1000  L V

R  T2
Na criometria: t C = K C  W ; K C =
1000  L f

5. Diagrama de fases ou de estado


Observe o gráfico a seguir que representa a variação da temperatura de ebulição e a variação da temperatura de
congelação da água em função da variação da pressão:

O equilíbrio entre um líquido e seu vapor não está apenas no equilíbrio dinâmico que pode existir
entre os estados da matéria. Sob condições apropriadas de temperatura e pressão, um sólido pode ter
equilíbrio com o estado líquido e até mesmo com o gasoso. O diagrama de fase é um gráfico que resume
as condições de equilíbrio existentes entre os diferentes estados da matéria, além de permitir determinar
a fase de uma substância estável em qualquer temperatura e pressão.
A forma geral de um diagrama de fase para uma substância que exibe três fases é mostrada na Figura
11.26. O diagrama é um gráfico bidimensional, com pressão e temperatura como eixos. Ele contém três
importantes curvas, cada qual representando as condições de temperatura e pressão em que as várias
fases podem coexistir em equilíbrio. A mica substância presente no sistema é aquela cujo diagrama de
fase é examinado. A pressão mostrada no diagrama é a aplicada ao sistema ou gerada pela própria
substância. As curvas podem ser descritas da seguinte maneira:

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


98
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

1. A linha que vai de A a B é a curva de pressão de vapor do líquido. Ela representa o equilíbrio
entre as fases líquida e gasosa. O ponto nessa curva onde a pressão de vapor equivale a 1 atm é o ponto
de ebulição normal da substância. A curva de pressão de vapor termina no ponto crítico (B), que equivale
à temperatura e à pressão críticas da substância. Para frente do ponto crítico, as fases gasosa e líquida
se tornam indistinguíveis.
2. A linha AC representa a variação na pressão de vapor do sólido à medida que este se purifica
em diferentes temperaturas.
3. A linha que vai de A a D representa a mudança no ponto de fusão do
sólido com aumento de temperatura. Em geral, essa linha declina lentamente para a direita
conforme a pressão aumenta. Isso porque, para a maioria das substâncias, o sólido é mais denso que o
líquido. Um aumento na pressão geralmente favorece a fase sólida mais compacta; assim, temperaturas
mais altas são necessárias para a fusão do sólido a pressões mais elevadas. O ponto de fusão de uma
substância é idêntico a seu ponto de congelamento. Esses dois pontos diferem somente na direção. O
ponto de fusão em 1 atm é o ponto de fusão normal.
O ponto A, onde as três curvas se encontram, é conhecido como ponto triplo. As três fases estão
em equilíbrio nessa temperatura e pressão. Qualquer outro ponto nessas três curvas representa um
equilíbrio entre duas fases. E qualquer outro ponto no diagrama que não encontre uma linha corresponde
a condições sob as quais uma única fase está presente. A fase gasosa, por exemplo, é estável a baixas
pressões e elevadas temperaturas, ao passo que a fase sólida é estável a baixas temperaturas e elevadas
pressões. Já a fase líquida á estável na região situada entre as fases sólida e gasosa.

5.1. Diagramas de fases de H2O e CO2


A Figura 11.27 mostra os diagramas de fases H2O e CO2. A linha de equilíbrio sólido-líquido (ponto
de fusão) de CO2 segue o comportamento típico; seu ponto de fusão aumenta com o aumento da pressão.
Em contraste, o ponto de fusão de H2O diminui com o aumento da pressão. Como visto na Figura 11.11,
a água está entre as poucas substâncias cuja forma líquida é mais compacta que a respectiva forma
sólida.
O ponto triplo da água (0,0098 °C e 4,58 torr) está a uma pressão muito mais baixa que CO2 (–
56,4°C e 5,11 atm). Para CO2 existir como um líquido, a pressão deve exceder a 5,11 atm.
Consequentemente, CO2 sólido não se funde, mas sublima-se quando aquecido a 1 atm. Portanto, CO2
não tem um ponto de fusão normal; ao contrário, ele tem um ponto de sublimação normal, –78,5 °C. Como
CO2 sublima-se em vez de se fundir à medida que ele absorve energia a pressões ordinárias, CO2 sólido
(Gelo Seco) é um composto refrigerante útil. Entretanto, para a água (gelo) sublimar, sua pressão de
Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira
99
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

vapor deve estar abaixo de 4,59 torr. Os alimentos são congelados secos quando são colocados
congelados em uma câmara de baixa pressão (abaixo de 4,58 torr) de forma que o gelo nos alimentos
sublime.

6. Osmose (osmometria)
Quando colocamos hemáceas em água pura, percebemos, utilizando o microscópio, que as mesmas vão inchando
(turgescência), podendo chegar a arrebentar (hemólise). Isso ocorre porque a água atravessa a membrana da hemácea
penetrando na célula, mais rapidamente que os líquidos celulares conseguem sair. Por outro lado, ao colocarmos hemáceas em
água salgada, com alta concentração de sal, elas tendem a murchar (crenação). Isso ocorre porque os líquidos celulares saem
mais rapidamente do que a água consegue entrar.
Esses fenômenos são explicados pela osmometria.
Consideremos um recipiente dividido em dois compartimentos, A e B, por uma membrana semipermeável (MS).

I) Ao colocarmos solvente puro em A e solução do soluto não-volátil no mesmo solvente em B ocorre passagem do solvente
através da membrana semipermeável (MS) do compartimento A em direção ao compartimento B. Isso ocorre devido a maior
pressão de vapor do solvente puro em relação à solução do soluto não-volátil, na tentativa de igualarem-se as pressões de
vapor de ambos os lados da MS.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


100
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

II) Ao colocarmos uma solução diluída em A e uma solução concentrada do mesmo soluto e do mesmo solvente em B, também
ocorre passagem do solvente através da membrana semipermeável do compartimento A em direção ao compartimento B,
devido à maior pressão de vapor da solução diluída em relação à solução concentrada.

A passagem de solvente através de membranas semipermeáveis é chamada de osmose, palavra que vem do grego
osmos e significa impulso.
Observe as definições:

Osmose é a passagem de solvente através de uma membrana semipermeável.

Membrana semipermeável é a membrana que permite apenas a passagem do solvente, ou seja, impede a passagem
do soluto.

É possível impedir a osmose, ou seja, impedir a passagem do solvente através da membrana semi-permeável, aplicando-
se uma pressão externa conveniente sobre a solução no sentido inverso ao da osmose, e de intensidade mínima igual à pressão
que o solvente faz atravessar a membrana semipermeável.
A essa pressão mínima, capaz de impedir a osmose damos o nome de pressão osmótica (p).

Pressão Osmótica de uma solução é a pressão mínima que deve ser aplicada sobre ela para impedir a passagem do
solvente puro para a solução, quando ambos estiverem separados por uma membrana semipermeável.
Se a pressão externa exercida for maior que a pressão osmótica da solução, o fenômeno normal se inverterá, ou seja, o
solvente passará da solução para o lado do solvente puro. Esse fenômeno é

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


101
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Figura: (a) osmose é o movimento espontâneo de


um solvente a partir do solvente puro ou de uma
solução com baixa concentração de soluto
(diluída) para uma solução com alta concentração Figura: a pressão aplicada no braço à esquerda
de soluto (concentrada). (b) a osmose para do aparelho para o movimento líquido de solvente
quando a altura da coluna for tal que a pressão a partir do lado direito da membrana
exercida sobre o lado esquerdo da membrana é semipermeável. Essa pressão aplicada é a
suficiente para opor-se ao mivimento resultante pressão osmótica da solução.
de solvente.
chamado de osmose reversa ou osmose invertida e é usada por exemplo para a obtenção de água potável a partir da
água do mar.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


102
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

6.1 Leis e Fórmulas da Osmometria


As leis da osmometria foram determinadas experimentalmente por Van’t Hoff.
Van’t Hoff comprovou que em soluções diluídas de solutos não-iônicos, a pressão osmótica obedece, fundamentalmente,
a duas leis:

Primeira lei da osmometria: em temperatura constante, a pressão osmótica é diretamente proporcional a molaridade da
solução.

Matematicamente:

n1
 = K  M ou  = K 
V

Segunda lei da osmometria: em molaridade constante, a pressão osmótica é diretamente proporcional a temperatura
da solução.

Matematicamente:

 = KT

Experiências posteriores levaram a concluir que a equação fundamental da osmometria é idêntica à equação dos gases
perfeitos:

m1
  V = n1  R  T ou   V = R T
M1

n1
ou  =  R  T ou  = M  R  T
V

Onde:
 = pressão osmótica da solução (atm)
V = volume da solução (L)

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


103
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

n1 = nº de mol do soluto
R = constante universal dos gases perfeitos

 atm  L 
 R = 0,082 
 K  mol 

T = temperatura absoluta da solução


M = molaridade da solução
m1 = massa do soluto na solução
M1 = massa molar do soluto

6.2 Classificação das soluções


As soluções podem ser classificadas quanto às suas pressões osmóticas.
Considerando-se duas soluções A e B, de pressões osmóticas respectivamente A e B, a mesma temperatura temos:
A solução A é hipertônica em relação à solução B, quando A > B.
A solução A é hipotônica em relação à solução B, quando A < B.
A solução A é isotônica ou isosmótica em relação à solução B, quando A = B.

7. Propriedades coligativas nas soluções iônicas


Lembramos que tudo o que foi estudado até agora, neste capítulo, só é válido para soluções moleculares.
Vamos estudar agora as propriedades coligativas nas soluções iônicas.
Soluções iônicas são soluções que possuem apenas íons dissolvidos ou íons e moléculas dissolvidos.
Para as soluções moleculares vimos que o número de partículas de soluto existentes na solução é igual ao número de
moléculas adicionadas no solvente. Para as soluções iônicas isso não é verdadeiro. (Lembramos que as propriedades coligativas
dependem exclusivamente do número de partículas dissolvidas na solução).
O número de partículas de soluto existentes numa solução iônica vai depender:
– do número de íons presentes em cada fórmula do composto.

– do grau de ionização ou dissociação () desse composto a uma dada temperatura.

Ex.: Consideremos 100 moléculas de H2SO4 com grau de ionização a = 61% ou a = 0,61 a 18ºC.

⎯→2H 3 O + + HSO 24−


1H 2 SO 4 + 2H 2 O ⎯
  
1MOLÉCULA 3 PARTÍCULAS

* 61 moléculas se ionizam
 +
originando 122 íons H 3 O e
 2-
100 moléculas de H2SO4  61 íons SO 4
* 39 moléculas de H 2 SO 4
permanecem na forma

 não - ionizada.

Total de partículas:
( ) ( )
122H3O + + 61SO24− + (39H2SO 4 ) = 222 partículas

Assim concluímos que a ionização ou dissociação do soluto aumenta o número de partículas na solução, aumentando
assim o efeito coligativo. Ou seja, uma solução iônica sempre tem efeitos coligativos mais intensos que uma solução molecular
de mesma molaridade.

Observe a comparação:

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


104
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

No exemplo anterior concluimos que as propriedades coligativas da solução iônica correspondem numericamente ao
dobro do valor da solução covalente, já que as propriedades coligativas dependem apenas do número de partículas de soluto, e
não da sua natureza.

 P2   P 
  iônica = 2  2  molecular (tonoscopia)
 P2   P2 

(tE) iônica = 2 x (tE) molecular (ebulioscopia)


(tC) iônica = 2 x (tC) molecular (crioscopia)
() iônica = 2 x () molecular (osmose)

Assim Van’t Hoff propôs a criação de um fator de correção (i), que passou a ser chamado de fator de Van’t Hoff.
O fator de Van’t Hoff (i) é o número que mostra quantas vezes o efeito coligativo iônico é maior que o efeito coligativo
molecular para soluções de mesma molaridade.

efeito coligativo iônico


i= ou
efeito coligativo molecular

(efeito coligativo iônico) = (efeito coligativo molecular) x i

No exemplo anterior temos:


(Efeito coligativo do sal) = 2 x (Efeito coligativo do açúcar).

Concluímos assim que o fator de Van’t Hoff traduz, também, o aumento do número de partículas causado pela
dissociação:

número de partículas finais


i=
número de partículas iniciais

No exemplo da solução de NaC apresentado anteriormente temos:

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


105
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

12,04  10 22 íons totais (Na+ + C − )


i=
6,02  10 22 " moléculas" de soluto (NaC)

i=2

Consequentemente obtemos as seguintes fórmulas:

P
= Kt  W i (tonometria)
P0

t E = K E  W  i (ebuliometria)

t C = K C  W  i (criometria)

  V = n1  R  T  i ou  = M  R  T  i (osmometria)

Van’t Hoff demonstrou que o fator de correção i podia ser calculado pela relação:

i = 1 +   (q − 1)

Onde:
 = grau de ionização ou dissociação do composto;
q = número total de íons liberados na ionização de 1 molécula ou na dissociação de 1 agregado iônico do composto;

Variação do fator de Van’t Hoff:


A partir da expressão: i = 1 +  (q - 1), concluímos:
Em uma solução molecular (a = 0), assim temos:

i = 1 + 0 . (q – 1)  i = 1

Em uma solução de um composto iônico totalmente ionizado ( = 1); assim temos:

i = 1 + 1 . (q – 1)  i = 1 + q – 1  i = q

Portanto: 0  i  q

Observação :
Sempre uma solução vai sendo diluída, o valor de  tende a 100% ( = 1) e consequentemente o valor de i tende a se
igualar ao valor de q.

8. Estimativa da dissociação percentual a partir dos dados de abaixamento do ponto de


congelamento
No ácido acético em solução aquosa 1,00 m existe o equilíbrio descrito por

HC2H3O2 (aq) H+ (aq) + C2H3O2− (aq)

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


106
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

A solução aquosa de ácido acético descrita anteriormente congela a –1,90 °C, que é um valor apenas um
pouco mais baixo o esperado (–1,86 °C), caso não ocorresse ionização. E claro, então, que ocorreu
alguma ionização, mas não muita. Podemos estimar a ionização percentual utilizando o procedimento a
seguir.

Primeiramente usamos os dados para calcular a molalidade aparente da solução, ou seja, a molalidade
de todas as substâncias dissolvidas, HC2H3O2 + C2H3O2– + H+. Usaremos novamente a Equação 12.4
( Tf = K f m) , mas agora m representará a molalidade aparente; Kf vale 1,86 °C/m.

Tf 1,90C
Molaridade aparente = =
Kf 1,86Cm−1
= 1,02 m

Se há 1,02 mol de todos os solutos em 1 kg de solvente, ficamos com 0,02 mol de solutos a mais do que
no início, pois começamos com 100 mol de ácido acético. Como obtivemos exatamente uma molécula
extra para cada molécula de ácido acético, que é ionizada, os 0,02 mol adicionais devem ter se originado
da ionização de 0,02 mol de ácido acético. Assim, a ionização percentual é

moles de ácidos ionizados


Ionização percentual =  100%
moles de ácidos disponíveis
0,02
=  100% = 2%
1,00

Em outras palavras, estimamos por este procedimento a ionização percentual em ácido acético 1,00 m
em 2%. (Outros tipos de medida são mais precisos e, na realidade, a ionização percentual do ácido
acético nesta concentração é menor que 1%.)

9. Associação de moléculas do soluto e propriedades coligativas


Alguns solutos moleculares produzem efeitos coligativos mais fracos do que seríamos levados a prever
a partir de sua concentração molal. Isto não é observado com frequência, mas indica a existência de outro
fenômeno a que devemos dar um pouco de atenção, ou seja, a associação de partículas do soluto.
Quando dissolvido em benzeno, por exemplo, o ácido benzóico tem suas moléculas associadas formando
dímeros. Estes são ligados por pontes de hidrogênio, indicadas por linhas pontilhadas na equação abaixo.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


107
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Por causa da associação, o abaixamento do ponto de congelamento de uma solução 1,00 m de ácido
benzóico em benzeno é apenas a metade do valor calculado. A formação do dímero faz com que o ácido
benzóico passe a ter uma massa molecular efetiva que é o dobro da normal. Esta massa molecular efetiva
maior reduz a concentração molal pela metade, o mesmo acontecendo com o efeito sobre o abaixamento
do ponto de congelamento.

Di-significa 2, assim, um dímero é o resultado da combinação de duas moléculas.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


108
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

PROPRIEDADES COLIGATIVAS ebulição em função da massa molar para as moléculas do


Exercícios de Aprendizagem tipo H‚X, onde X é um elemento do grupo 16 da tabela
periódica.
01. (Fuvest) A adição de um soluto à água altera a
temperatura de ebulição desse solvente. Para
quantificar essa variação em função da concentração
e da natureza do soluto, foram feitos experimentos,
cujos resultados são apresentados abaixo. Analisando
a tabela, observa-se que a variação de temperatura de
ebulição é função da concentração de moléculas ou
íons de soluto dispersos na solução.

Quantidade
Volume Temperatura
de
de de
Soluto matéria de
água ebulição
soluto
(L) (°C)
(mol)
1 - - 100,00
1 NaC 0,5 100,50
1 NaC 1,0 101,00 a) Defina, em função da pressão de vapor, a temperatura de
1 sacarose 0,5 100,25
ebulição.
1 CaC 2 0,5 100,75
b) Desenhe um gráfico, apresentando o perfil da pressão de
vapor em função da massa molar para esses hidretos.
Dois novos experimentos foram realizados,
adicionando-se 1,0 mol de Na2SO4 a 1 L de água
(experimento A) e 1,0 mol de glicose a 0,5 L de água
04. (Fuvest) A porcentagem em massa de sais no
(experimento B). Considere que os resultados desses
sangue é de aproximadamente 0,9%. Em um
novos experimentos tenham sido consistentes com os
experimento, alguns glóbulos vermelhos de uma
experimentos descritos na tabela. Assim sendo, as
amostra de sangue foram coletados e separados em
temperaturas de ebulição da água, em °C, nas
três grupos. Foram preparadas três soluções,
soluções dos experimentos A e B, foram,
identificadas por X, Y e Z, cada qual com uma diferente
respectivamente, de
concentração salina. A cada uma dessas soluções foi
a) 100,25 e 100,25.
adicionado um grupo de glóbulos vermelhos. Para
b) 100,75 e 100,25.
cada solução, acompanhou-se, ao longo do tempo, o
c) 100,75 e 100,50.
volume de um glóbulo vermelho, como mostra o
d) 101,50 e 101,00.
gráfico.
e) 101,50 e 100,50.

02. (Unicamp) Evidências experimentais mostram que


somos capazes, em média, de segurar por um certo tempo um
frasco que esteja a uma temperatura de 60°C, sem nos
queimarmos. Suponha uma situação em que dois béqueres
contendo cada um deles um líquido diferente (X e Y) tenham
sido colocados sobre uma chapa elétrica de aquecimento, que
está à temperatura de 100°C. A temperatura normal de
ebulição do líquido X é 50°C e a do líquido Y é 120°C.
a) Após certo tempo de contato com esta chapa, qual dos
frascos poderá ser tocado com a mão sem que se corra o risco
de sofrer queimaduras? Justifique a sua resposta. Com base nos resultados desse experimento, é correto
b) Se a cada um desses frascos for adicionada quantidade afirmar que
a) a porcentagem em massa de sal, na solução Z, é
igual de um soluto não volátil, mantendo-se a chapa de menor do que 0,9%.
aquecimento a 100°C, o que acontecerá com a temperatura b) a porcentagem em massa de sal é maior na solução
de cada um dos líquidos? Explique. Y do que na solução X.
c) a solução Y e a água destilada são isotônicas.
d) a solução X e o sangue são isotônicos.
03. (Ufc ) O gráfico a seguir (fig. 1) apresenta os pontos de
e) a adição de mais sal à solução Z fará com que ela e

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


109
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

a solução X fiquem isotônicas. CORRETO afirmar que:


01) numa altitude menor a camada de ar sobre o local
05. (Ita) Considere que sejam feitas as seguintes afirmações é maior, logo a temperatura de ebulição da água é
em relação à pressão de vapor saturante de líquidos e/ou maior.
sólidos: 02) a pressão de vapor de um líquido não é
dependente da temperatura.
I - As pressões de vapor da água líquida e do gelo têm o 04) devido às forças intermoleculares, o ponto de
mesmo valor a -10°C. ebulição da água é maior que o do H2S.
II - Tanto a pressão de vapor de líquidos como a de sólidos 08) um líquido entra em ebulição quando sua pressão
aumentam com o aumento da temperatura. de vapor é menor que a pressão atmosférica.
III - A pressão de vapor de um líquido depende das forças de 16) uma mistura de água com açúcar tem ponto de
ebulição maior que água pura.
interação intermoleculares. 32) o Mar Morto, na Jordânia, localiza-se a uma
IV - No ponto triplo da água pura, a pressão de vapor do gelo altitude de –395 metros, assim, o ponto de ebulição
tem o mesmo valor que a pressão de vapor da água líquida. da água neste local deve ser maior que 100 °C.
V - A pressão de um vapor em equilíbrio com o respectivo 08. (Uem) Considere as soluções A e B abaixo, a
líquido independe da extensão das fases gasosas e líquida. 25 C, e assinale o que for correto.
Qual das opções a seguir se refere a todas afirmações
CORRETAS? A – solução aquosa a 25 C, contendo 90 mols de
a) I e II. água e 10 mols de glicose.
b) I e IV. B – solução aquosa a 25 C, contendo 80 mols de
c) I, II, III e V. água e 20 mols de sacarose.
d) II, III, IV e V.
e) I, II, III, IV e V. Dados: pressão de vapor da água pura a
25 C = 3,8 kPa.
01) A pressão de vapor da solução A é menor do que
06. (Ita ) Considere as seguintes afirmações relativas aos
a pressão de vapor da solução B.
sistemas descritos a seguir, sob pressão de 1atm: 02) A pressão de vapor da solução B é menor do que
I. A pressão de vapor de uma solução aquosa de glicose a pressão de vapor de 100 mols de água pura.
0,1mol/L é menor do que a pressão de vapor de uma solução 04) A pressão de vapor da solução A é igual a pressão
de cloreto de sódio 0,1mol/L a 25°C. de vapor de 110 mols de água pura.
08) Ao se adicionar 50 mols de água à solução B, sua
II. A pressão de vapor do n-pentano é maior do que a pressão
pressão de vapor aumentará.
de vapor do n-hexano a 25°C. 16) Ao se misturar a solução A com a solução B, a
III. A pressão de vapor de substâncias puras como: acetona, mistura terá uma pressão de vapor maior do que a
éter etílico, etanol e água, todas em ebulição, tem o mesmo pressão de vapor da água pura.
valor.
IV. Quanto maior for a temperatura, maior será a pressão de 09. (Uem) Ao se preparar uma salada de folhas de
alface, utilizando sal e vinagre, devemos temperá-la e
vapor de uma substância. comê-la imediatamente, pois, ao ser deixada em
V. Quanto maior for o volume de um líquido, maior será a repouso por alguns minutos, as folhas de alface
sua pressão de vapor. murcham, dando à salada um aspecto indesejado.
Destas afirmações, estão CORRETAS Considerando o exposto, é correto dizer que o fato
a) apenas I, II, III e IV. pode ser explicado
01) pelo efeito ácido do vinagre, que contém ácido
b) apenas I, II e V. acético, que é um ácido forte que “queima” as
c) apenas I, IV e V. folhas do alface fazendo-as murchar.
d) apenas II, III e IV. 02) pelo efeito do calor liberado pela dissolução do sal
e) apenas III, IV e V. no vinagre.
04) pelo efeito osmótico, no qual ocorre um movimento
da água contida nas folhas da alface para a
07. (Ufsc) Chegando ao apartamento dos pais em solução resultante do tempero.
Florianópolis, Carlos resolve fazer um café. Coloca 08) pelo efeito de tonoscopia, no qual ocorre um
água para ferver e aguarda. Algum tempo depois abaixamento da pressão máxima de vapor da água
comenta: “– Essa água parece que demora mais para contida nas folhas da alface.
ferver aqui do que em Urubici!”. 16) pelo aumento da pressão osmótica no interior das
células da folha da alface, que aumentam de
Com base nas propriedades físicas das substâncias, é volume até se romperem, levando ao

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


110
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

murchamento das folhas. Enquanto saboreava o seu pedido, puxou uma


conversa com o pessoal e, ao longo do papo, fez os
10. (Ufrgs) Mesmo quando a água destilada é comentários indicados a seguir:
extremamente pura, não se pode injetá-la diretamente
no sangue de um paciente, pois há o risco de I. As verduras de uma salada temperada com sal
a) autodissociação da água, produzindo ácido. tendem a perder água e a murchar por causa do
b) aumento da concentração de oxigênio do sangue. efeito osmótico.
c) aumento súbito do pH do sangue. II. O açúcar (C12H22O11) adicionado nessa bebida é
d) precipitação de sais minerais. batido com cachaça, fatias de limão e gelo. Além de
e) ruptura das hemácias, devido à diminuição da adoçá-la, por osmose, ele auxilia na extração do
pressão osmótica do sangue. suco da fruta.
III. O fermento biológico utilizado na preparação de
pães, como esse, tem, em sua composição,
11. (Uftm) Três soluções aquosas de nitrato de sódio, bicarbonato de sódio, que libera CO2 no
nitrato de alumínio e glicose, com concentrações 0,5 aquecimento do produto e faz a massa crescer.
mol/L, foram aquecidas em três béqueres, sob as IV. O uso de panela de pressão faz, na produção do
mesmas condições ambientes, até a ebulição. As caldinho, o cozimento do feijão ser mais rápido,
temperaturas das três soluções foram monitoradas porque, ao se aumentar a pressão do sistema,
com três termômetros devidamente calibrados. ocorre a redução do ponto de ebulição da água.

Após consumir todos os produtos, o cliente perguntou


ao dono do quiosque:
– Gostou da aula? Como sabe, estou me preparando
para entrar na universidade. (E emendou...) Posso
deixar no pendura, dessa vez?
O dono do bar sorriu de ladinho e disse:
– Eu até poderia deixar no fiado, principalmente pelo
fato de o senhor, como sempre, só ter tomado uma
caipirinha. Mas, como nem todas essas suas
afirmativas estão corretas, ou o senhor paga a conta
ou chamo aquele policial ali! (E deu uma risada)
Depois, pegou uns livros, pediu que uma pessoa da
cozinha assumisse o quiosque e, sorrindo, falou para
A solução que a 25 ºC apresenta maior pressão de o cliente: até mais, te espero na universidade. Boa
vapor e a solução que apresenta maior temperatura de sorte!
ebulição são, respectivamente,
a) glicose e nitrato de alumínio. Quais dos comentários do cliente do quiosque, citados
b) glicose e nitrato de sódio. acima, estão CORRETOS?
c) nitrato de alumínio e glicose. a) I e II.
d) nitrato de alumínio e nitrato de alumínio. b) I e III.
e) nitrato de sódio e glicose. c) I e IV.
d) II e III.
12. Uma solução contém 0,01 mol de sacarose (C12H22O11) e e) II e IV.
0,02 mol de sulfato de sódio (Na2SO4) dissolvidos em 372 g
de água. Sabendo que essa solução congela a -0,34°C, 2. (Ufpr) Em festas e churrascos em família, é costume
usar geleiras de isopor para resfriar bebidas enlatadas
descubra o grau de dissociação do Na2SO4 nessa solução.
ou engarrafadas. Para gelar eficientemente, muitas
(Dado: Kc=1,86°C/1000 g). pessoas costumam adicionar sal e/ou álcool à mistura
gelo/água. A melhor eficiência mencionada se deve ao
PROPRIEDADES COLIGATIVAS fato de que a presença de sal ou álcool:
Exercícios de Fixação a) aumenta a taxa de transferência de calor.
b) abaixa a temperatura do gelo.
c) aumenta a temperatura de ebulição.
1. (Upe) Leia. d) abaixa a temperatura de fusão.
e) abaixa a dissipa玢o de calor para o exterior.
– Bom dia, disse um senhor ao se sentar em um banco
de um quiosque à beira-mar. 3. (Uece) A purificação da água através do processo de
Depois, ele pediu: osmose é citada, em 1624, na obra Nova Atlântida, de
– Um caldinho de feijão, uma porção de salada, uma Francis Bacon (1561-1626). A dessalinização de uma
caipirinha e um pão de alho. solução de sulfato de alumínio pelo processo citado acima

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


111
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

ocorre utilizando-se uma membrana semipermeável.


Considerando a concentração em quantidade de matéria da
solução 0,4 mol / L, 0 admitindo-se o sal totalmente
dissociado e a temperatura de 27 C, a diferença da
pressão osmótica que se estabelece entre os lados da
membrana no equilíbrio, medida em atmosferas, é
a) 39,36.
b) 49,20.
c) 19,68.
d) 29,52.

4. (Uftm) Construiu-se uma câmara selada (figura 1),


contendo dois béqueres, um deles com solvente puro
e o outro contendo 125 mL de solução saturada com
concentração 148 g L, preparada com o mesmo
solvente. Após algumas horas, verificou-se a
a) Em A e B, os sais conseguem atravessar a
transferência do solvente (figura 2). O fenômeno
membrana semipermeável.
observado na câmara é semelhante ao que ocorre
b) Em A, o fluxo através da membrana ocorreu no
quando duas soluções são separadas por uma
sentido da água salgada para a água doce.
membrana semipermeável.
c) Em A, a concentração de sais na água salgada foi
aumentada.
d) Em B, o fluxo de água, no sentido da água salgada
para água doce, exigiu aplicação de pressão
externa.
e) Em A, está representado o processo que ocorre nos
dessalinizadores.

06. (Ufsc ) A panela de pressão permite que alimentos sejam


cozidos em água muito mais rapidamente do que em panelas
convencionais. Sua tampa possui uma borracha de vedação
que não deixa o vapor escapar a não ser através de um
a) Compare e justifique as diferenças de pressões de orifício sobre o qual assenta um peso (válvula) que controla
vapor dos dois líquidos que estavam na câmara a pressão. O esquema da panela de pressão e um diagrama
indicada na figura 1. Dê o nome do fenômeno de fases da água são apresentados abaixo. A pressão exercida
descrito no texto. pelo peso da válvula é de 0,4 atm e a pressão atmosférica
b) Sabendo-se que o volume de solvente transferido
local é de 1,0 atm.
foi 75 mL, calcule a concentração da solução, em
g L, que está na câmara indicada na figura 2.

5. (Ufpb) A escassez de água própria para o consumo


humano tem provocado a busca pelo aproveitamento
das águas de oceanos e mares. Para aproveitamento
da água salgada, foram desenvolvidos equipamentos
de dessalinização que se baseiam na aplicação da
osmose reversa. Esses equipamentos têm permitido
que bilhões de litros de água potável sejam produzidos
anualmente no mundo inteiro. Por definição, a osmose
é a passagem de um solvente através de uma
membrana semipermeável (MS). Os processos de
osmose e osmose reversa estão representados na
figura ao lado Considerando essas informações e De acordo com as informações do enunciado e do gráfico
observando a figura, verifica-se: acima, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
(01) A água, dentro da panela de pressão, entrará em
ebulição a 110°C.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


112
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

(02) Reduzindo o peso da válvula pela metade, a água entrará


em ebulição a 100°C.
(04) Aumentando a intensidade da chama sob a panela, a
pressão interna do sistema aumenta.
(08) Se, após iniciar a saída de vapor pela válvula, a
temperatura for reduzida para 60°C, haverá condensação de
vapor d'água até que a pressão caia para 0,5 atm.
(16) Na vaporização da água o principal tipo de interação que
está sendo rompida entre as moléculas são ligações de
hidrogênio. A solução contida no copo I era mais concentrada que a
contida no copo II. A temperatura externa à caixa
07. (Ufscar ) A figura a seguir apresenta as curvas de pressão permaneceu constante durante o experimento. Acerca das
de vapor de três líquidos puros, 1, 2 e 3, em função da observações que poderiam ser feitas a respeito desse
temperatura. experimento, julgue os itens seguintes.

(1) Após alguns dias, o volume da solução contida no copo I


diminuirá.
(2) As concentrações das soluções nos dois copos não se
alterarão com o tempo porque o soluto não é volátil.
(3) O ar dentro da caixa ficará saturado de vapor d'água.
(4) Após alguns dias, as duas soluções ficarão com a mesma
pressão de vapor.

09. (Unesp) Considere cinco soluções aquosas diferentes,


todas de concentração 0,1mol/L, de glicose (C†H‚O†) e de
Considere que os líquidos estão submetidos à mesma pressão quatro eletrólitos fortes, NaCØ, KCØ, K‚SO„ e ZnSO„,
e analise as seguintes afirmações: respectivamente. A solução que apresenta o maior
abaixamento do ponto de congelação é a de:
I. Quando os líquidos estão em suas respectivas temperaturas a) C†H‚O†.
de ebulição, a pressão de vapor do líquido 1 é maior que a b) NaCØ.
dos líquidos 2 e 3. c) KCØ.
II. Quando se adiciona um soluto não volátil ao líquido 2, d) K‚SO„.
observa-se um aumento no seu ponto de ebulição. e) ZnSO„.
III. Na temperatura ambiente, o líquido 3 é o mais volátil.
IV. A maior intensidade das forças intermoleculares no 10. (Enem 2012) Osmose é um processo espontâneo que
líquido 3 é uma explicação possível para o comportamento ocorre em todos os organismos vivos e é essencial à
observado. manutenção da vida. Uma solução 0,15 mol/L de NaC
Está correto apenas o que se afirma em (cloreto de sódio) possui a mesma pressão osmótica das
a) I e II. soluções presentes nas células humanas.
A imersão de uma célula humana em uma solução 0,20
b) I e IV.
mol/L de NaC tem, como consequência, a
c) II e III. a) absorção de íons Na+ sobre a superfície da célula.
d) II e IV. b) difusão rápida de íons Na+ para o interior da célula.
e) III e IV. c) diminuição da concentração das soluções presentes na
célula.
d) transferência de íons Na+ da célula para a solução.
08. (Unb ) Um aluno, interessado em estudar as propriedades
e) transferência de moléculas de água do interior da célula
de soluções colocou em uma caixa dois copos contendo para a solução.
volumes iguais de soluções aquosas de um mesmo soluto
não-volátil, fechando-a hermeticamente, conforme ilustra a
figura a seguir: 11. (Ufrj) O gráfico a seguir representa, de forma

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


113
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

esquemática, curvas de pressão de vapor em função da a) O ponto de congelação da solução IV é o mais baixo de
temperatura de três líquidos puros - água, etanol, éter todas as soluções dadas.
dietílico - e de uma solução aquosa de uréia. b) O ponto de ebulição da solução I é o mais baixo de todas
as soluções dadas.
c) A pressão de vapor da solução II é mais alta que a
pressão de vapor da solução I.
d) A solução III tem ponto de ebulição mais baixo do que o
ponto de ebulição da solução IV.

14. (Ufsj) Considere as soluções aquosas abaixo a


uma pressão de 1,0 atm

Solução A: 0,6 mol/L de glicose.


Solução B: 0,1 mol/L de ácido nítrico.
Solução C: 0,2 mol/L de cloreto de magnésio.

Sobre essas soluções, é CORRETO afirmar que


a) as soluções A e C apresentam o mesmo ponto de
Identifique as curvas 1, 2 e 3 representadas no gráfico. congelamento.
b) as três soluções apresentam ponto de ebulição
Justifique a sua resposta.
abaixo de 100°C.
c) a solução B apresenta o maior ponto de ebulição.
12. (Unesp) No gráfico a seguir, as curvas I, II, III e IV d) a solução C é a que apresenta menor pressão de
correspondem à variação da pressão de vapor em função da vapor.
temperatura de dois líquidos puros e das respectivas soluções
15. (Ueg) O gráfico abaixo mostra a pressão de vapor
de mesma concentração de um mesmo sal nesses dois
de dois sistemas diferentes em função da temperatura.
líquidos. O ponto de ebulição de um dos líquidos é 90°C.

Utilizando os números das curvas respectivas: Após a análise do gráfico, responda aos itens a seguir.
a) Indicar quais curvas correspondem aos líquidos puros.
a) se A e B forem compostos diferentes, explique qual
Indicar entre os dois qual é o líquido mais volátil e justificar. deles é mais volátil;
b) Indicar quais curvas correspondem às soluções. Justificar. b) se A e B forem soluções do mesmo solvente e
soluto, em diferentes concentrações, explique o que
13. (Pucmg) Analise as soluções aquosas abaixo. irá acontecer se dois compartimentos idênticos
contendo quantidade igual das duas soluções forem
separados por uma membrana semipermeável.
I. solução de glicose (C12H22O11) 0,1mo / L.
II. solução de sulfato de cobre (CuSO4 ) 0,1mo / L. 16. (Uftm) Considere duas soluções aquosas:
III. solução de cloreto de potássio (KC ) 0,2 mo / L. solução I: 500 mL de solução de cloreto de cálcio 0,1
IV. solução de nitrato de prata (AgNO3 ) 0,5 mo / L. mol · L–1
solução II: 500 mL de solução de glicose 0,2 mol · L–1
Na figura está representada a curva de pressão de
Considerando que as espécies iônicas estão 100% vapor d’água em função da temperatura.
ionizadas, assinale a afirmativa INCORRETA.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


114
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

tonoscópico), afetando a temperatura de fusão (efeito


crioscópico) e a temperatura de vaporização do solvente
(efeito ebulioscópico). Faz-se uso destes fenômenos, por
exemplo, nos anticongelantes utilizados nos radiadores de
automóveis e nos sais empregados para fundir gelo em
regiões onde há ocorrência de neve. Os líquidos A, B, C e
D, listados abaixo, estão a 1atm e a 25C e apresentam,
respectivamente, pressões de vapor PA , PB , PC e PD .

Líquido A: 100mL de solução 0,01mol / L de NaC em


água.
Líquido B: 100mL de água.
a) Calcule a massa de cloreto de cálcio utilizada na
Líquido C: 100mL de solução 0,01mol / L de glicose em
preparação da solução I.
b) Inclua no gráfico, representado no espaço destinado água.
à resolução, mais duas curvas referentes às Líquido D: 50mL de água.
soluções I e II.
Assinale a alternativa correta com relação à pressão de
17. (Unesp ) O soro glicosado é uma solução aquosa vapor dos líquidos A, B, C e D.
contendo 5% em massa de glicose (C†H‚O†) e isotônica em a) PD = PB  PC  PA
relação ao sangue, apresentando densidade b) PA  PC  PB  PD
aproximadamente igual a 1 g.mL-¢. c) PA = PC  PD  PB
a) Sabendo que um paciente precisa receber 80 g de glicose d) PD  PB  PA = PC
por dia, que volume desse soro deve ser ministrado e) PD  PA = PC  PB
diariamente a este paciente?
b) O que aconteceria com as células do sangue do paciente
caso a solução injetada fosse hipotônica? Justifique sua 20. (Ufrn) Sorvete em cinco minutos.
resposta, utilizando as propriedades coligativas das soluções.
Uma receita rápida, prática e que parece mágica para o
preparo de um sorvete de morango recomenda o seguinte
18. (Udesc) A pressão osmótica no sangue humano é de
procedimento:
aproximadamente 7,7 atm e os glóbulos vermelhos
(hemácias) possuem aproximadamente a mesma pressão; Despeje o leite, o açúcar e a essência de morango num saco
logo, pode-se afirmar que estas são isotônicas em relação de plástico de 0,5 litro e certifique-se de que ele fique bem
ao sangue. Sendo assim, o soro fisiológico, que é uma fechado. Coloque 16 cubos de gelo e 6 colheres de sopa de
solução aquosa de cloreto de sódio utilizada para repor o sal comum (NaC ) num outro saco plástico de 1 litro. Insira
líquido perdido por uma pessoa em caso de desidratação,
também deve possuir a mesma pressão osmótica para evitar o saco de 0,5 litro dentro do saco de 1 litro e feche muito
danos às hemácias. bem. Agite as bolsas de plástico por 5 minutos e, após esse
tempo, remova o saco de 0,5 litro de dentro do outro. Em
Em relação à informação, assinale a alternativa correta. seguida, corte um dos bicos inferiores do saco de 0,5 litro e
a) A pressão osmótica do soro não é afetada quando a despeje o sorvete no recipiente de sua preferência.
concentração de cloreto de sódio é modificada.
b) A injeção de água destilada no sangue provoca a O que parece mágica, ou seja, o congelamento do sorvete a
desidratação e, consequentemente, a morte das hemácias. uma temperatura (-20°C) mais baixa que 0°C, pela solução
c) O uso de uma solução aquosa saturada de cloreto de aquosa de NaC , é explicado pela propriedade coligativa de
sódio não afeta a pressão osmótica do sangue. diminuição da temperatura de início de solidificação.
d) A injeção de água destilada no sangue provoca uma Outro soluto que pode produzir a mesma diminuição da
absorção excessiva de água pelas hemácias, provocando temperatura que o NaC é
um inchaço e, consequentemente, a morte das hemácias. a) cloreto de potássio (KC ) .
e) A injeção de uma solução aquosa saturada de cloreto de
sódio provoca uma absorção excessiva de água pelas b) cloreto de cálcio ( CaC 2 ) .
hemácias, causando um inchaço e, consequentemente, a c) glicose (C6H12O6 ) .
morte das hemácias.
d) glicerina (C3H8O3 ) .
19. (Udesc) A pressão de vapor de um solvente líquido
21. (Ufu) O estudo das propriedades coligativas das
diminui devido à presença de um soluto não volátil (efeito
soluções permite-nos prever as alterações nas propriedades

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


115
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

de seu solvente.

A respeito das propriedades coligativas, assinale a


alternativa correta.
a) Se for colocada água com glutamato de monossódio
dissolvido para congelar em uma geladeira, a temperatura de
fusão da água na solução permanecerá a mesma que a da
água pura.
b) As propriedades coligativas independem do número de
partículas do soluto na solução, da natureza das partículas e
de sua volatilidade.
c) Se forem preparadas duas soluções aquosas de mesma
concentração, uma de glutamato de monossódio e outra de
açúcar, a temperatura de ebulição da água na solução de
glutamato de monossódio será maior que a da água na
solução de açúcar. Assinale a alternativa que apresenta soluções em ordem
d) Em uma panela tampada, a pressão de vapor da solução CRESCENTE de abaixamento da temperatura de
aquosa de glutamato de monossódio é maior do que a pressão solidificação.
de vapor da água pura porque a presença do sal facilita a a) IV < I < II < III
evaporação do solvente.
b) III < I < II < IV
22. (Ufrgs) Assinale a alternativa que completa c) IV < II < I < III
corretamente as lacunas no texto a seguir, na ordem em que d) III < II < I < IV
aparecem.
24. (Pucsp) Osmose é a difusão do solvente através de uma
Dois copos contendo igual volume de líquido são colocados
membrana semipermeável do meio menos concentrado para
sob uma campânula impermeável, como na figura que segue.
o meio mais concentrado. A pressão osmótica (™) de uma
determinada solução é a pressão externa a qual essa solução
deve ser submetida para garantir o equilíbrio osmótico com
o solvente puro. A osmose é uma propriedade coligativa, ou
seja, depende somente do número de partículas dispersas em
solução e não da natureza do soluto.
Preparou-se as seguintes soluções aquosas:
Solução 1 - HCØ(aq) 0,01 mol/L;
Solução 2 - HƒCCOOH(aq) 0,01 mol/L;
Solução 3 - C‚H‚‚O(aq) 0,01 mol/L;
O copo 1 contém água do mar e o copo 2 água pura. Com o
Solução 4 - MgCØ‚(aq) 0,01 mol/L.
tempo, o líquido do copo 1 apresentará um volume...............
líquido do copo 2. Esse fato se explica pelo efeito............... .
a) maior que o - tonoscópico Considerando-se a natureza dessas soluções, pode-se
b) menor que o - tonoscópico concluir a respeito de suas pressões osmóticas que
c) igual ao - osmótico a) ™ƒ < ™• = ™‚ < ™„
d) maior que o - osmótico
b) ™„ < ™ƒ < ™‚< ™•
e) menor que o - osmótico
c) ™‚ = ™ƒ < ™„ = ™•
23. (Pucmg ) Certas propriedades físicas de um solvente, tais d) ™• = ™‚ = ™ƒ < ™„
como temperatura de ebulição e de solidificação, são e) ™ƒ < ™‚ < ™• < ™„
alteradas quando nele dissolvemos um soluto não-volátil.
Para se verificar esse fato, quatro sais distintos foram 25. (Uem ) Considere duas soluções A e B. A solução A é
dissolvidos em frascos contendo a mesma quantidade de constituída de 1,0 L de AØ‚(SO„)ƒ(aq) 0,15 mol/L e a solução
água, formando as soluções I, II, III e IV, como indica o B é constituída de 1,0 L de Ba(NOƒ)‚(aq) 0,15 mol/L.
esquema a seguir: Sabendo-se que os sais estão 100% ionizados nas soluções e
que ambas estão ao nível do mar, assinale o que for correto.

01) A solução A possui menor temperatura de congelação do

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


116
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

que a solução B. doce a partir de água salgada nos últimos períodos de seca
02) A solução B entra em ebulição a uma temperatura menor no Nordeste. Assumindo uma concentração de 0,6M em
do que a solução A. NaCØ para a água do mar, indique a pressão mínima a ser
04) A solução A possui maior pressão osmótica que a aplicada para que ocorra este processo a 27°C.
solução B. Dado: R = 0,082 L.atm/mol.K
08) Misturando-se as duas soluções, a concentração de íons a) 1,3 atm
Ba£® é de 0,30 mol/L. b) 2,7 atm
16) Uma solução de glicose 0,15 mol/L apresentará efeito c) 14,8 atm
coligativo superior ao da solução A. d) 29,5 atm
32) Crioscopia é a propriedade coligativa que corresponde à e) 59,0 atm
diminuição da pressão de vapor de um líquido.
29. (Ufrs ) O gráfico a seguir representa os diagramas de
26. (Ufc ) Durante o processo de produção da "carne de sol" fases da água pura e de uma solução aquosa de soluto não-
ou "carne seca", após imersão em salmoura (solução aquosa volátil.
saturada de cloreto de sódio), a carne permanece em repouso
em um lugar coberto e arejado por cerca de três dias.
Observa-se que, mesmo sem refrigeração ou adição de
qualquer conservante, a decomposição da carne é retardada.
Assinale a alternativa que relaciona corretamente o processo
responsável pela conservação da "carne de sol".
a) Formação de ligação hidrogênio entre as moléculas de
água e os íons Na® e Cl-.
b) Elevação na pressão de vapor da água contida no sangue
da carne.
c) Redução na temperatura de evaporação da água.
d) Elevação do ponto de fusão da água.
e) Desidratação da carne por osmose.
Considere as seguintes afirmações a respeito do gráfico.
27. (Ufpe ) Por que a adição de certos aditivos na água dos
radiadores de carros evita que ocorra o superaquecimento da I - As curvas tracejadas referem-se ao comportamento
mesma, e também o seu congelamento, quando comparada observado para a solução aquosa.
com a da água pura? II - Para uma dada temperatura, a pressão de vapor do líquido
a) Porque a água mais o aditivo formam uma solução que puro é maior que a da solução aquosa.
apresenta pontos de ebulição e de fusão maiores que os da III - A temperatura de congelação da solução é menor que a
água pura. do líquido puro.
b) Porque a solução formada (água + aditivo) apresenta IV - A 0,010 °C e 4,58 mmHg, o gelo, a água líquida e o
pressão de vapor maior que a água pura, o que causa um vapor de água podem coexistir.
aumento no ponto de ebulição e de fusão. V - A temperatura de congelação da solução aquosa é de 0
c) Porque o aditivo reage com a superfície metálica do °C.
radiador, que passa então a absorver energia mais
eficientemente, diminuindo, portanto, os pontos de ebulição Quais estão corretas?
e de fusão quando comparados com a água pura. a) Apenas I e II.
d) Porque o aditivo diminui a pressão de vapor da solução b) Apenas I, IV e V.
formada com relação à água pura, causando um aumento do c) Apenas II, III e V.
ponto de ebulição e uma diminuição do ponto de fusão. d) Apenas I, II, III e IV.
e) Porque o aditivo diminui a capacidade calorífica da água, e) Apenas II, III, IV e V.
causando uma diminuição do ponto de fusão e de ebulição.
30. (Pucpr) 100 mg de nitrato de cálcio foram dissolvidos
28. (Ufpi ) Osmose reversa tem sido utilizada para obter água
em 50 cm3 de água, à temperatura de 50 C. Assinale a

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


117
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

alternativa CORRETA, a qual traz a pressão a ser aplicada


para impedir a osmose. Dado:
Ma (g mol) : Ca = 40, N = 14, O = 16, R = 0,082 atm  mol K.
a) 0,78 atm.
b) 0,5 atm.
c) 1,25 atm.
d) 0,969 atm.
e) 0,87 atm.

31. (Cefet MG) O Mar Morto corresponde a uma grande


extensão de águas localizadas entre Israel e a Jordânia e
apresenta alto teor salino, em torno de 300g de sal por litro
de água, inviabilizando a vida marinha. Essa característica é
responsável pelo fato de suas propriedades serem distintas
daquelas pertencentes à água pura, como, por exemplo, a) Coloque as soluções I, II, III e IV em ordem crescente de
a) maior pressão de vapor. abaixamento da temperatura de solidificação que ocorre
b) menor pressão osmótica. devido à adição do soluto.
c) maior temperatura de fusão. b) Sabendo que o volume final da solução do frasco II é de 3
d) menor condutibilidade elétrica.
e) maior temperatura de ebulição. litros, calcule a concentração de K‚SO„, em g/L.

32. (Ufal ) Tem-se três soluções aquosas à mesma 34. (Pucrs) Tanto distúrbios intestinais graves quanto a
temperatura: disputa em uma maratona podem levar a perdas importantes
de água e eletrólitos pelo organismo. Considerando que essas
- solução aquosa 0,30 mol/L de glicose (C†H‚O†)
situações exigem a reposição cuidadosa de substâncias, um
- solução aquosa 0,15 mol/L de cloreto de sódio (NaCØ) dos modos de fazê-lo é por meio da ingestão de soluções
- solução aquosa 0,10 mol/L de dicromato de potássio isotônicas. Essas soluções
(K‚Cr‚O‡) a) contêm concentração molar de cloreto de sódio igual
àquela encontrada no sangue.
b) contêm massa de cloreto de sódio igual à massa de
a) O que se pode afirmar em relação à pressão osmótica
sacarose em dado volume.
dessas soluções quando cada uma delas é posta em contato, c) têm solvente com capacidade igual à do sangue para
através de membrana semi-permeável, com o solvente puro? passar por uma membrana semipermeável.
Justifique sua resposta. d) apresentam pressão osmótica igual à pressão
b) Sob pressão de 1 atm essas soluções fervem à atmosférica.
e) apresentam pressão osmótica igual à da água.
temperaturas diferentes da água pura, ou seja 100 °C?
Justifique sua resposta. 35. (Uern) Um estudante de química, realizando um
experimento em laboratório, colocou dois copos iguais e nas
33. (Ufrj) Certas propriedades físicas de um solvente, tais mesmas condições de temperatura e pressão, dentro de uma
como temperatura de ebulição e de solidificação, são tampa transparente. No copo 1 continha apenas água e, no
alteradas quando nele dissolvemos um soluto não volátil. copo 2, uma solução de 0,3mol / L de cloreto de sódio.
Para verificar esse fato, quatro sais distintos foram
dissolvidos em frascos contendo a mesma quantidade de
água, como indica o esquema a seguir:

Com relação ao experimento, é correto afirmar que o


estudante chegou à seguinte conclusão:
a) O ponto de ebulição nos dois copos é igual.
b) A pressão de vapor no copo 1 é menor que a do copo 2.
c) A solução presente no copo 2 congela mais rápido que a
do copo 1.
d) Com o decorrer do tempo, o volume do copo 1 diminui e
o do copo 2 aumenta.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


118
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

microrganismos (leveduras) que, ao realizarem a fermentação,


36. (Enem 2017) Alguns tipos de dessalinizadores liberam gás carbônico.
usam o processo de osmose reversa para obtenção de IV. Falsa. O aumento da pressão interna provoca um aumento na
água potável a partir da água salgada. Nesse método, temperatura de ebulição do líquido, o que acelera o cozimento
utiliza-se um recipiente contendo dois compartimentos do feijão.
separados por uma membrana semipermeável: em um
deles coloca-se água salgada e no outro recolhe-se a
água potável. A aplicação de pressão mecânica no Resposta da questão 2: [D]
sistema faz a água fluir de um compartimento para o A presença de soluto altera as propriedades coligativas da solução.
outro. O movimento das moléculas de água através da Quanto maior o número de partículas, maior a temperatura de
membrana é controlado pela pressão osmótica e pela ebulição e menor a temperatura de congelamento.
pressão mecânica aplicada. Observações teóricas:
LEI DE RAOULT:
Para que ocorra esse processo é necessário que as 1º) Numa solução muito diluída de um soluto, não volátil e não
resultantes das pressões osmótica e mecânica iônico, o abaixamento relativo da pressão máxima de vapor é
apresentem
diretamente proporcional à molalidade da solução.
a) mesmo sentido e mesma intensidade.
b) sentidos opostos e mesma intensidade. 2º) Numa solução líquida, que possua um soluto não volátil e não
c) sentidos opostos e maior intensidade da pressão iônico, a elevação da temperatura de ebulição é diretamente
osmótica. proporcional à molalidade da solução.
d) mesmo sentido e maior intensidade da pressão 3º) Numa solução líquida, que possua um soluto não volátil e não
osmótica. iônico, o abaixamento da temperatura de congelamento é
e) sentidos opostos e maior intensidade da pressão diretamente proporcional à molalidade da solução.
mecânica.
Resposta da questão 3: [B]
37. (Enem PPL 2018) Bebidas podem ser refrigeradas A pressão osmótica () é dada por:
de modo mais rápido utilizando-se caixas de isopor
contendo gelo e um pouco de sal grosso comercial.  V = N  R  T  i
Nesse processo ocorre o derretimento do gelo com Onde:
consequente formação de líquido e resfriamento das V = volume
bebidas. Uma interpretação equivocada, baseada no N = número de mol
senso comum, relaciona esse efeito à grande R = constante universal dos gases (0,082 atm  L/mol  K)
capacidade do sal grosso de remover calor do gelo.
T = temperatura
Do ponto de vista científico, o resfriamento rápido i = fator de Van’t Hoff
ocorre em razão da Fator de Van’t Hoff:
a) variação da solubilidade do sal. A 2 (SO 4 )3 → 2A +3 + 3SO 4−2
b) alteração da polaridade da água.
número de part. finais
c) elevação da densidade do líquido. i=
d) modificação da viscosidade do líquido. número de part. iniciais
e) diminuição da temperatura de fusão do líquido. 5
i= =5
1
MÓDULO 04 – PROPRIEDADES Voltando à equação teremos:
 V = NR  T i
COLIGATIVAS DAS SOLUÇÕES
0,4  0,082  300  5
GABARITOS E RESOLUÇÕES COMENTADAS =
1
 = 49,20 atm
Resposta da questão 1: [A] Resposta da questão 4:
Comentários sobre as afirmativas: a) Na câmara da figura 1 temos um recipiente com um líquido
I. Verdadeira. O efeito osmótico ocorre porque o meio puro (maior pressão de vapor) e outro recipiente com uma
extracelular torna-se hipertônico (mais concentrado) em solução saturada (menor pressão de vapor). Ocorre
função dos temperos, o que provoca a perda de água das transferência de solvente do meio de maior pressão de vapor
células. para o de menor pressão de vapor; este fenômeno é
II. Verdadeira. O açúcar torna o meio extracelular também denominado osmose.
hipertônico, favorecendo a perda de líquido pelo limão. b) Tem-se 125 mL de solução saturada com concentração 148
III. Falsa. O bicarbonato de sódio é componente do fermento g/L.
químico, e não do biológico que é constituído por 75 mL da solução foram transferidos, ou seja,

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


119
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

148 g 1L 3 = Solução aquosa de uréia


msoluto 0,125 L
msoluto = 18,5 g Resposta da questão 12:
a) - Líquidos puros - I e III
Vfinal = 125 + 75 = 200 mL
- Mais volátil - I (possui menor temperatura de ebulição
Vfinal = 0,2 L sob determinada pressão)
18,5 g 0,2 L b) II e IV - adição de solução não volátil diminui a pressão
m'soluto 1L máxima de vapor e aumenta o ponto de ebulição.
m'soluto = 92,5 g  Concentração (câmara 2) = 92,5 g / L
Resposta da questão 13: [C]
Resposta da questão 5: [D] [I] solução de glicose (C12H22O11 )
O processo de osmose ocorre quando um líquido atravessa uma 0,1mo / L  0,1mol de partículas em 1L.
membrana permeável ao mesmo tempo no sentido da solução [II] solução de sulfato de cobre (CuSO 4 )
menos concentrada (hipotônica) para a mais concentrada 0,1mo / L  0,2 mol de partículas em 1 L
(hipertônica). Esse processo é passivo, ou seja, ocorre sem a
(0,1 mol de Cu2 + e 0,1 mol de SO 24− ).
necessidade de fornecimento de energia externa. Podemos
observar a ocorrência deste processo em A, em que a água [III] solução de cloreto de potássio (KC )
salgada é considerada hipertônica em relação à água doce. 0,2 mo / L  0,4 mol de partículas em 1 L
Entretanto, com fornecimento de energia, é possível provocarmos (0,2 mol de K + e 0,2 mol de C −
).
o processo inverso, chamado osmose reversa em que o solvente [IV] solução de nitrato de prata (AgNO3 )
atravessa a membrana no sentido contrário ao anteriormente
0,5 mo / L  1,0 mol de partículas em 1 L
citado. Nesse caso a água atravessa a membrana na direção do
(0,5 mol de Ag+ e 0,5 mol de NO 3− ).
meio hipotônico (água doce), conforme a figura B. A pressão
externa provoca a osmose reversa mostrada. Conclusão:
O ponto de congelação da solução [IV] é o mais baixo de todas as
Resposta da questão 6: 01 + 16 = 17 soluções dadas, pois possui maior número de partículas em
Resposta da questão 7: [D] relação às outras soluções.
Resposta da questão 8: F F V V O ponto de ebulição da solução [I] é o mais baixo de todas as
Resposta da questão 9: [D] soluções dadas, pois possui o menor número de partículas em
relação às outras soluções.
Resposta da questão 10: [E] A pressão de vapor da solução [II] é mais baixa que a pressão de
Na osmose, o solvente migra da região de maior pressão de vapor vapor da solução [I], pois a solução [II] possui maior número de
para a de menor pressão de vapor. partículas do que a solução [I].
Solução 1 de cloreto de sódio (0,15 mol/L; mesma pressão A solução [III] tem ponto de ebulição mais baixo do que o ponto de
osmótica das soluções presentes nas células humanas): ebulição da solução [IV], pois a solução [III] possui menor número
Em 1 litro de solução : de partículas do que a solução [IV].
NaC → Na + + C −
Resposta da questão 14: [A]
0,15 mol 0,15 mol 0,15 mol Devemos considerar que a intensidade de um efeito coligativo
0,30 mol de partículas
observado numa solução depende diretamente do numero de
Solução 2 de cloreto de sódio (0,20): partículas dispersas. Assim, vamos calcular esse número para
Em 1 litro de solução : todas as soluções.
NaC → Na + + C − Solução A: A glicose não sofre dissociação ou ionização. Assim,
0,20 mol 0,20 mol 0,20 mol na solução há 0,6 mol/L de partículas dispersas.
0,40 mol de partículas
Solução B: O ácido nítrico é um eletrólito forte, que consideraremos
100% ionizado.
Conclusão: A pressão de vapor é maior na solução 1, pois HNO 3 (aq) → H+ (aq) + NO 3− (aq)
apresenta menor número de partículas, consequentemente o 0,1mol/L 0,1 mol/L

solvente vai migrar da célula humana para a solução salina (0,20 Apresenta no total, 0,2 mol/L de partículas dispersas.
mol/L).
Solução C: O cloreto de magnésio é um eletrólito, que vamos
Resposta da questão 11: considerar 100 dissociado.
1 = Éter dietílico MgC 2 (aq) → Mg+2 (aq) + 2C − (aq)
2 = Etanol 0,2mol/L 0,4mol/L

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


120
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Apresenta no total, 0,6 mol/L de partículas dispersas.


Concluímos que as soluções A e C apresentam manifestam os
efeitos coligativos (abaixamento de temperatura de congelamento,
de pressão de vapor, pressão osmótica e aumento de ponto de
ebulição) em mesma intensidade.
Resposta da questão 15:
a) De acordo com o gráfico, o composto A é mais volátil, pois
apresenta maior pressão de vapor.

.
Resposta da questão 17:
a) 1,6 L
b) As células do sangue tem maior pressão osmótica, por isso
receberão água da solução injetada. a células inchará devido
a entrada de solvente.

Resposta da questão 18: [D]


A injeção de água destilada no sangue provoca a elevação da
b) Como a solução B apresenta menor pressão de vapor, pressão de vapor do solvente, ou seja, da água e
concluímos que possui maior quantidade de partículas de consequentemente uma absorção excessiva deste composto
soluto do que a solução A. pelas hemácias, provocando um inchaço e, consequentemente, a
No processo de osmose o solvente migrará do meio de maior morte das hemácias.
pressão de vapor A, para o meio de menor pressão de vapor B.
Resposta da questão 19: [A]
Resposta da questão 16: Líquido A : 0,01M  2 = 0,02 mol / L
a) Cálculo da massa de cloreto de cálcio utilizada na preparação Líquido B : H2 O ( )

da solução I: Líquido C : 0,01M  1 = 0,01 mol / L


A solução I tem 500 mL de volume e concentração de 0,1 mol.L–1. Líquido D : H2 O ( )

1000 mL (solução) 0,1 mol (CaC 2 ) Os líquidos B e D não irão sofrer abaixamento na sua pressão de
500 mL (solução) nCaC 2 vapor, pois o volume não influencia na pressão de vapor. Assim
nCaC 2 = 0,05 mol teremos:
PD = PB  PC  PA
mCaC 2 = 0,05  111 = 5,55 g
b) Teremos: Resposta da questão 20: [A]
Solução I (500 mL de solução de cloreto de cálcio 0,1 mol.L–1) Assumindo que os dois compostos têm 100% de solubilidade em
CaC 2 → Ca2 + + 2C − água, o KC pode produzir a mesma diminuição de temperatura
0,10 mol / L 0,10 mol / L 0,20 mol / L que o NaC , pois apresenta o mesmo número de mols de
0,30 mol/L de partículas
partículas (dissolução iônica) e consequentemente o mesmo efeito
Solução II (500 mL de solução de glicose 0,2 mol.L–1) crioscópico.
(C6H12 O6 )1 → 1 C6H12O6 NaC → Na + + C −

0,20 mol / L 0,20 mol / L (2 mols de partículas)


0,20 mol/L de partículas
KC → K + + C −
Conclusão: a solução I é mais concentrada do que a solução
II. (2 mols de partículas)

Como a solução II é mais concentrada do que a água, sua curva Resposta da questão 21: [C]
aparece logo abaixo da curva da água. Já a solução I é mais Resposta da questão 22: [A]
concentrada do que a solução II, por isso sua curva aparece abaixo Nestes exemplos de transferência de solvente de um
da curva II. recipiente para o outro o fenômeno envolvido é
tonoscopico ou tonoscopia, porém neste caso ocorre
um fenômeno análogo a osmose. Desta forma a

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


121
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

melhor resposta seria tonoscopia e o aluno poderia Resposta da questão 28: [D]
fazer referência que ocorre um fenômeno análogo a Resposta da questão 29: [D]
osmose.
Resposta da questão 30: [D]
isso se deve a uma diferença da pressão de vapor, é  = M R  T i
um fenômeno de tonoscopia. É semelhante a osmose, M = concentração molar
mas não existe uma membrana semipermeável, por m 100  10−3
isso é tonoscopia! M = = = 1,22  10−2 mol / L
MM  V 164  50  10−3
 = 1,22  10−2  0,082  (273 + 50)  3
a passagem de solvente do copo com água, para o
copo que contém água com sal ocorre devido a  = 0,969 atm
diferença na pressão de vapor. Observe a figura que
consta na nossa apostila. leia a explicação da figura. Resposta da questão 31: [E]
Quanto maior o número de partículas presente na solução, maior
Resposta da questão 23: [C] sua temperatura de ebulição, ou efeito coligativo.
Resposta da questão 24: [E]
Quanto maior o número de partículas na solição, maior Resposta da questão 32:
será a pressão osmótica () dessa solução. a) A pressão osmótica é maior quando o número de partículas na
Assim temos: solução é maior.
Solução 01: Número de partículas na solução de glicose em um litro: 0,30 mol.
HCl(aq) → H+(aq) + Cl−(aq) Número de partículas na solução de NaC em um litro: 0,30
0,01 mol/L 0,01mol/L 0,01 mol/L mol.
Total de íons na solução: 0,02 mol/L Número de partículas na solução de K2Cr2O7 em um litro: 0,30 mol.
Solução 02: Como o número de partículas é o mesmo a pressão osmótica
Considerando que o ácido fraco se ioniza 5%, teremos que a dessas soluções é igual.
quantidade de ácido que se ionizou foi: 5% de 0,01 mol/L que b) Sim. Porque a pressão de vapor dessas soluções é menor do
corresponde a 0,01 mol/L x 5.10-2 = 5.10-4 mol/L que a da água pura.
H3 CCOOH(aq) ⎯⎯⎯ → H(aq)

+
+ −
H3CCOO (aq)
Resposta da questão 33:
0,01mol / L 0 0 (início) a)
5,0.10−4 mol / L 5,0.10−4 mol / L 5,0.10 −4 mol / L (reage e forma) Solução 01:
 0,01mol / L 5,0.10−4 mol / L 5,0.10−4 mol / L (equilíbrio) MgSO4(aq) → Mg2+(aq) + SO24−(aq)
0,2 mol/L 0,2mol/L 0,2mol/L
No equilíbrio a molaridade tota de partículas na
solução é igual a: 0,01 mol/L + 5.10-4 mol/L + 5.10-4 mol/L ≈ Total de íons = 0,2 mol/L + 0,2 mol/L = 0,4 mol/L.
0,01mol/L Solução 02:
Este conteúdo aqui utilizado será estudado no módulo de equilíbrio K 2SO4(aq) → 2K +(aq) + SO24−(aq)
químico. 0,1 mol/L 0,2mol/L 0,1mol/L
Solução 03: Total de íons = 0,2 mol/L + 0,1 mol/L = 0,3 mol/L
C12H22 O11(s) → C12H22 O11(aq) Solução 03:
0,01 mol/L Al2 (SO4 )3(aq) → 2Al3+(aq) + 3SO24−(aq)
Solução 04: 0,1 mol/L 0,2mol/L 0,3mol/L

MgCl2(aq) → Mg2+(aq) + 2Cl−(aq) Total de íons = 0,2 mol/L + 0,3 mol/L = 0,5 mol/L
0,01 mol/L 0,01mol/L 0,02mol/L Solução 04:
Total de íons na solução:0,01 mol/L + 0,02 mol/L = 0,03 mol/L ZnSO4(aq) → Zn2+(aq) + SO24−(aq)
Quanto maior a concentração em mol/L de partículas na solução, 0,1 mol/L 0,1mol/L 0,1mol/L
maior será a pressão osmótica da solução. Total de íons = 0,1 mol/L + 0,1 mol/L = 0,2 mol/L.
Assim temos a seguinte ordem de pressão osmótica para as Quanto maior a concentração em mol/L de partículas na solução,
soluções: maior será a pressão osmótica da solução.
3<2<1<4 Assim temos a seguinte ordem de pressão osmótica para as
Resposta da questão 25: 07 soluções: IV < II < I < III
Resposta da questão 26: [E] b) V = 3,0 L; n1 = 0,1 mol; K2SO4 = 174 g/mol
Resposta da questão 27: [D] 1,0 mol ------ 174 g

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


122
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

0,1 mol------- X
X = 17,4 g

17,4 g ------ 3,0L


X g------- 1,0 L
X = 5,8 g
C = 5,8 g/L

Resposta da questão 34: [C]


Soluções isotônicas apresentam a pressão osmótica próxima a do
sangue, por isso podem ser utilizadas para reposição de eletrólitos
perdidos pelo corpo.
O item A não está correto, pois se o soro fisiológico tivesse a
mesma concentração molar do sangue em relação ao NaC, o soro
teria o dobro da concentração molar do sangue em relação aos
íons, pois o NaC se dissocia totalmente em Na+ e C−, ou seja, o
fator de Van’t Hoff (i) é igual a 2. Como o NaC é um composto
iônico, temos que considerar molaridade total dos íons!

Resposta da questão 35: [D]


O solvente migra do meio menos concentrado (maior pressão de
vapor) para o meio mais concentrado (menor pressão de vapor).
pvapor do copo 1  pvapor do copo 2
água solução
pura 0,3 mol / L

Conclusão: com o decorrer do tempo, o volume do copo 1 diminui


e o do copo 2 aumenta.

Resposta da questão 36: [E]

Para que ocorra esse processo é necessário que as


resultantes das pressões osmótica e mecânica apresentem
sentidos opostos e maior intensidade da pressão mecânica,
assim o solvente migrará do meio mais concentrado para o
meio menos concentrado num processo não espontâneo.

Resposta da questão 37: [E]

Do ponto de vista científico, o resfriamento rápido ocorre


em razão da diminuição da temperatura de fusão ou
solidificação do líquido (efeito crioscópico), pois a
temperatura de fusão ou solidificação do líquido diminui
com a elevação do número de partículas dispersas (íons
liberados pelo sal).

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


123
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

MÓDULO 05 - TERMOQUIMICA
1. Natureza da Energia e Tipos de Energia

"Energia" é um termo muito usado, que representa um conceito abstrato. Por exemplo, quando nos
sentimos cansados, podemos dizer que não temos energia; por outro lado, ouvimos falar da necessidade
de encontrarem alternativas para os recursos energéticos não renováveis. Ao contrário da matéria, a
energia é reconhecida por seus efeitos, e não podemos vê-Ia, tocá-la, cheirá-la ou pesá-la.
A energia normalmente é definida como a capacidade de realizar trabalho. Definimos trabalho como
"força X distância", entretanto, veremos, em breve, que há outros tipos de trabalho. Todas as formas de
energia são capazes de gerar trabalho (isto é, de exercer uma força ao longo de uma distância), mas nem
todas são igualmente relevantes para a química. A energia das marés, por exemplo, pode ser controlada
para produzir trabalho útil, porém, a relação entre as marés e a química é pequena. Os químicos definem
trabalho corro a variação de energia diretamente resultante de um processo. A energia cinética - energia
produzida por um objeto em movimento - é uma forma de energia com interesse especial para os
químicos. Outras formas são energia radiante, energia térmica, energia química e energia potencial.
A energia radiante, ou energia solar, provém do Sol e é a fonte de energia primária da Terra. A
energia solar aquece a atmosfera e a superfície da Terra. estimula o crescimento da vegetação pelo
processo conhecido como fotossíntese e influencia os padrões climáticos globais.
Energia térmica é a energia associada ao provimento randômico dos átomos e das moléculas. Em
geral, pode ser calculada a partir de medidas de temperatura. Quanto mais intenso for o movimento dos
átomos e das moléculas em uma amostra de matéria mais quente essa se tornará e maior será sua
energia térmica. Contudo, precisamos fazer uma distinção cuidadosa entre energia térmica e temperatura.
Uma xícara de café a 70°C está a uma temperatura mais elevada que uma banheira cheia de água quente
a X10°C, mas há muito mais energia térmica armazenada na água da banheira porque o seu volume e a
sua massa são muito maiores que os do café, e, consequentemente, se há mais moléculas de água,
maior é o movimento molecular.
Energia química é uma forma de energia ar-mazenzada dentro das unidades estruturais das
substâncias químicas; sua quantidade é determinada pelo tipo e arranjo dos átomos na substância
considerada. Quando as substâncias participam de reações químicas, a energia química é liberada,
armazenada ou convertida em outras formas de energia.
Energia potencial é a energia disponível couro consequência da posição de um objeto. Por
exemplo, por causa da sua altitude, uma rocha no alto de um penhasco tem maior energia potencial e
deve provocar maior impacto ao cair dentro da água do que uma rocha semelhante colocada no meio do
penhasco. A energia química pode ser considerada uma forma de energia potencial porque está
associada às posições relativas e aos arranjos dos átomos que compõem uma dada substância.
Todas as formas de energia podem ser interconvertidas (pelo menos, em princípio). Sentimo-nos
quentes quando estamos expostos ao Sol, pois a energia solar radiante se transforma em energia térmica
na nossa pele. Quando praticamos exercício físico, a energia química armazenada nos nossos corpos é
usada para produzir energia cinética. Quando uma bola começa a rolar ladeira abaixo, a sua energia
potencial é convertida em energia cinética. É possível, sem dúvida. dar muitos outros exemplos. Embora
a energia possa assumir formas diferentes e interconvertíves, os cientistas chegaram à conclusão de que
ela não pode ser destruída nem criada. Quando uma forma de energia desaparece, outra (de igual
grandeza) deve aparecer, e vice-versa. Esse princípio é conhecido como a lei da conservação da energia:
a quantidade total de energia no universo é sempre constante.
À medida que a água passa pela barragem.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


124
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

À sua energia potencial é convertida em energia cinética.


Essa energia é usada para gerar eletricidade e denomina-se energia hidroelétrica.

2. Variações de Energia em Reações Químicas

As variações de energia que ocorrem durante as reações químicas frequentemente, apresentam tanto
interesse prático quanto as relações de massa discutidas no Capítulo 3. Por exemplo, na vida cotidiana,
a importância da realização de reações de combustão a partir do gás natural e do petróleo deve-se em
maior parte à liberação de energia térmica do que à formação dos produtos água e dióxido de carbono.
Quase todas as reações químicas absorvem ou produzem (liberam) energia, geralmente na forma
de calor. É importante compreender a distinção entre energia térmica e calor. Calor é a transferência de
energia térmica entre dois corpos que estão a temperaturas diferentes. Falamos muitas vezes em "fluxo
de calor" de um objeto quente para um objeto frio. Embora o termo "calor" implique transferência de
energia, costumamos falar em "calor absorvido" ou "calor liberado" quando descrevemos variações de
energia que ocorrem em um processo. A área de estudo das variações de calor que ocorrera nas reações
químicas chama-se termo química.
Para analisarmos as variações de energia associadas às reações químicas, temos primeiro de
definir o sistema, ou seja, a parte específica do universo que nos interessa. Para os químicos, um sistema
geralmente inclui substâncias envolvidas em transformações químicas e físicas. Por exemplo. em um
experimento de neutralização ácidobase, o sistema pode ser um béquer contendo 50 mL de HCl ao qual
se adicionaram 50 mL de NaOH. O restante do universo fora do sistema designa-se vizinhança.
Há três tipos de sistemas. Um sistema aberto pode trocar massa e energia, geralmente na forma de
calor, com a vizinhança. Por exemplo, um sistema aberto pode consistir em certa quantidade de água
dentro de um recipiente aberto, como mostrado na Figura 1(a). Se fecharmos o frasco, como na Figura
1(b), de modo que o vapor d'água não possa escapar do recipiente nem condensar-se dentro dele,
criamos um sistema fechado que permite transferência de energia (calor), mas não de massa. Se colocar-
mos água em um recipiente totalmente isolado, construímos um sistema isolado que não permite
transferência de massa nem de energia, como mostrado na Figura 1(c).
A combustão do gás hidrogênio em oxigênio é uma das muitas reações químicas que liberam
quantidades consideráveis de energia:

2H2 (g) + O2 (g) → 2H2O(l) + energia

Nesse caso, a mistura reacional (moléculas de hidrogênio; oxigênio e água) é chamada de sistema
e o restante do universo, de vizinhança. Uma vez que a energia não pode ser criada nem destruída,

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


125
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

qualquer energia perdida pelo sistema deve ser adquirida pela vizinhança. Então, o calor produzido no
processo de combustão é transferido do sistema para a vizinhança. Essa reação é um exemplo de
processo exotérmico, que é qualquer processo que libera calor, isto é, transfere energia térmica para o
meio exterior.
Considere, agora, outra reação, a decomposição do óxido de mercúrio(II) (HgO) em temperaturas
elevadas:

energia + 2HgO(s) → 2Hg(l) + O2(g)

Três sistemas constituídos por água dentro de um frasco: (a) um sistema aberto que permite
transferência de massa e de energia com a vizinhança; (b) um sistema fechado que permite
transferência de energia, mas não de massa; e (c) um sistema isolado que não permite transferência de
massa nem de energia (aqui o frasco está envolvido por uma câmara de vácuo).

O desastre do Hindenburg. O Hindenburg, um dirigível alemão preenchido com hidrogênio, foi destruído
por um incêndio de grandes proporções em Lakehurst, Nova Jersey, em 1937.

Essa reação é um exemplo de processo endotérmico, no qual calor tem de ser fornecido ao sistema (isto
é, ao HgO) pela sua vizinhança.
Nas reações exotérmicas, a energia total dos produtos é menor do que a energia total dos reagentes.
Essa diferença corresponde ao calor fornecido pelo sistema à vizinhança. Acontece exatamente o
contrário para as reações endotérmicas. Nesse caso, a diferença de energia entre os produtos e os
reagentes é igual ao calor fornecido ao sistema pela vizinhança.
• Endotérmico: absorve calor da vizinhança.
• Exotérmico: transfere calor para a vizinhança.
• Uma reação endotérmica mostra-se fria.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


126
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

• exemplo de uma reação endotérmica:


• 2 NH4SCN(s) + Ba(OH)2.8H2O(s) → Ba(SCN)2(aq) + 2 NH3(aq) + 10 H2O(l)
• 6CO2 + 6H2O + energia solar→C6H12O6 + 6O2
• Uma reação exotérmica mostra-se quente.

• exemplo de uma reação exotérmica:


• 2Al(s) + Fe2O3(s) → Al2O3(s) + 2 Fe(l).
• CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2H2O(g) + calor

3. Entalpia de Reações

A maior parte das reações consiste em processos que ocorrem a pressão constante; nesses casos,
podemos igualar a troca de calor à variação da entalpia. Para qualquer reação do tipo

reagentes → produtos

definimos a variação de entalpia, denominada entalpia de reação,  H, como a diferença entre as


entalpias dos produtos e às entalpias dos reagentes:

 H = H(produtos) - H(reagentes) (9)

A entalpia de reação pode ser positiva ou negativa, dependendo do processo. Para um processo
endotérmico (em que ocorre absorção de calor peló sistema a partir da vizinhança),  H é positivo (isto
é,  H > 0). Para um processo exotérmico (em que ocorre liberação de calor pelo sistema para a
vizinhança),  H é negativo (isto é,  H < 0).
Por analogia, a variação da entalpia pode ser analisada da mesma forma que a variação de saldo
no extrato de uma conta bancária. Suponha que o saldo inicial seja R$ 100. Depois de uma transação
(depósito ou saque), a variação do saldo bancário, AX, é dada por

 X = Xfinal – Xinicial

em que X representa o saldo bancário. Se for efetuado um depósito de R$ 80 na conta, então  X = R$


180 - R$ 100 = R$ 80. Esse exemplo corresponde ao que ocorre no caso de uma reação endotérmica.
(O saldo aumenta e a entalpia do sistema, também.)
No entanto, um saque de R$ 60 significa  X = R$ 40 - R$ 100 = -R$ 60. 0 sinal negativo de AX indica
que o saldo diminuiu. Analogamente, um valor negativo de  H reflete uma diminuição na entalpia do
sistema, como consequência de um processo exotérmico. A diferença entre essa analogia e a Equação
(9) é que, enquanto o saldo bancário exato é sempre conhecido, não há como saber os valores das
entalpias de cada produto e de cada reagente. Na prática, apenas a diferença entre esses valores pode
ser medida.
Apliquemos agora a ideia de variações de entalpia a dois processos comuns, o primeiro envolvendo
uma transformação física e o segundo, uma transformação química.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


127
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

• Quando H é positivo, o sistema ganha calor da


vizinhança.
• Quando H é negativo, o sistema libera calor para a
vizinhança.

3.1. Equações Termoquímicas

A 0°C e à pressão de 1 atm, o gelo se funde, gerando água no estado líquido. Medidas experimentais,
mostram que, nessas condições, para cada mol de gelo convertido em água líquida, o sistema (gelo)
absorve 6,01 quilojoules (kJ) de energia térmica. Sendo a pressão constante, o calor transferido é igual à
variação de entalpia,  H. Além disso, trata-se de um processo endotérmico, conforme é esperado para
uma transformação que envolve absorção de energia como é a fusão do gelo [Figura 5(a)].
Consequentemente, o valor de  H tem sinal positivo. A equação para essa transformação física é

H2O(s) → H2O(l)  H = 6,01 kJ/mol

O aparecimento de "por mol" na unidade de  H significa que se trata de uma variação de entalpia por
mol de reação (ou de processo), tal conto está escrito, isto é, para a conversão de 1 mol de gelo em 1
mol de água no estado líquido.
Um outro exemplo é a combustão do metano (CH4), o componente principal do gás natural:

CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2H2O(l)  H = -890,4 kJ/mol

De acordo com nossa experiência sabemos que a combustão do gás natural libera calor para a
vizinhança, sendo assim é um processo exotérmico. Sob pressão constante esse calor transferido é igual
à variação de entalpia e  H deve ter sinal negativo [(Figura 5(b)]. Mais uma vez, a unidade "por mol" de
reação para  H significa que quando 1 mol de CH4 reage com 2 mol de O2 para gerar 1 mol de CO2, e
2 mol de H2O líquida, são liberados 890,4 kJ de calor para a vizinhança.
As equações para a fusão do gelo e para a combustão do metano são exemplos de equações
terrnoquímnicas, que mostram as variações da entalpia assim como as

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


128
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Figura 5 - (a) A fusão de 1 mol de gelo a 0°C (processo endotérmico) resulta em um aumento de 6,01 kJ
na entalpia do sistema. (b) A combustão de 1 mol de metano em oxigênio gasoso (processo exotérmico)
resulta em uma diminuição de 890,4 kJ na entalpia do sistema.

relações de massa. É essencial apresentar uma equação já balanceada ao citara variação da entalpia de
uma reação. Os pontos que se seguem são úteis para escrever e interpretar equações termoquímicas:

1. Ao escrevermos equações termoquímicas, devemos sempre especificar os estados físicos de todos


os reagentes e produtos, porque esses ajudam a determinar as variações reais da entalpia. Por
exemplo, na equação da combustão do metano, se indicarmos o vapor d'água em vez de água líquida
como um dos produtos,

CH4(g) + 2O2(g) → CO2(g) + 2H2O(g)  H = -802,4 kJ/mol

a variação da entalpia será igual a -802,4 kJ em vez de -890,4 kJ, pois são necessários 88.0 kJ para
converter 2 mols de água líquida em vapor d'água, isto é,

2H2O(l) → 2H2O(g)  H = 88,0 kJ/mol

2. Se multiplicarmos os membros de ambos os lados de uma equação termoquímica por um fator n,


então o valor de  H também deve variar de acordo com o mesmo fator. Assim, para a fusão do gelo,
se n = 2, temos

2H2O(s) → 2H2O(l)  H = 2(6,01 kJ/mol) = 12,0 kJ/mol


3. Quando invertemos uma equação, mudamos os papéis dos reagentes e dos produtos. Como
consequência, o valor de  H para a equação permanece o mesmo, mas o seu sinal muda. Por
exemplo, se uma reação consome energia térmica da vizinhança (é endotérmica), então a reação
inversa deve liberar energia térmica de volta para a vizinhança (isto é, deve ser exotérmica) e a
expressão da variação da entalpia deve também mudar de sinal. Dessa forma, invertendo os
processos da fusão do gelo e da combustão do metano, temos as seguintes equações termoquímicas

H2O(1) → H2O(s)  H = -6,01 kJ/mol


CO2(g) + 2H2O(l) → CH4(g) + 2O2(g)  H = 890,4 kJ/mol

e um processo que era endotérmico passa a ser exotérmico e vice-versa.

EXEMPLO 1
Dada a equação termoquímica

1
SO2(g) + O2(g) → SO3(g)  H = -99,1 kJ/mol
2

calcule o calor liberado quando 74,6 g de SO2 (massa molar = 64,07 g/mol) se convertem em SO3.
Estratégia A equação termoquímica mostra que para cada mol de SO2 queimado são liberados 99,1 kJ
de calor (observe o sinal negativo). Por conseguinte, o fator de conversão é

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


129
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

−99,1kJ
1molSO2

Quantos mols de SO2 existem em 74,6 g de SO2? Qual é o fator de conversão entre gramas e mols?

Solução

Precisamos calcular, em primeiro lugar, o número de mols de SO2 contidos em 74,6 g do composto e
determinar, então, quantos quilojoules são produzidos pela reação exotérmica. A sequência de
conversões é a seguinte:

gramas de SO2 → mols de SO2 → quilojoules de calor gerado

Consequentemente, o calor produzido é dado por

1molSO2 −99,1kJ
74,6g SO2 x x = −115kJ
64,07 gSO2 1molSO2

Verificação Uma vez que 74,6 g é maior que a massa molar do SO2, espera-se que o calor liberado seja
maior que -99,1 kJ. O sinal negativo indica que essa reação é exotérmica.

3.2. Reação Exotérmica


É aquela que produz ou libera calor.
Em uma reação exotérmica, o calor flui do sistema para o meio ambiente.

Reagentes ⎯libera
⎯⎯ calor
⎯→ produtos + calor
Hr (maior) Hp (menor)
H = Hp – Hr
Hp < Hr
H < 0

O sinal negativo no H indica que a reação é exotérmica, portanto libera calor.

1
Ex.: H2(g) + O2(g) → H2O(l) H = – 68,3Kcal
2
1
H2(g) + O2(g) → H2O(l) + 68,3 Kcal
2
1
H2(g) + O2(g) – 68,3 Kcal → H2O(l)
2

3.2.1. Gráfico de uma reação exotérmica

1
Ex.: H2(g) + O2(g) → H2O(l) H = – 68,3 Kcal/mol
2

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


130
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

H = Hp – Hr
Hp < Hr
H < 0
Reação exotérmica.

3.3. Reação Endotérmica


É aquela que absorve calor.
Em uma reação endotérmica, o calor flui do meio ambiente para o sistema.

absorv e calor
Reagentes ⎯⎯ ⎯ ⎯ ⎯
⎯→ produtos – calor
Hr (menor) Hp(maior)
 H = Hp – Hr
Hp > Hr
H > 0

O sinal positivo no H indica que a reação é endotérmica, portanto absorve calor:

Ex.: N2(g) + O2(g) → 2NO(g) H = + 43Kcal


N2(g) + O2(g) → 2NO(g) – 43 Kcal
N2(g) + O2(g) + 43 Kcal → 2NO(g)

3.3.1. Gráfico de uma reação endotérmica

1
Ex.: H2O(l) → H2(g) + O2(g) H = + 68,3 Kcal/mol
2

H = Hp = Hr
Hp > Hr
H > O
Reação endotérmica

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


131
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

4. Fatores que influenciam o valor de H

4.1. Quantidade de reagentes e produtos


Ex.: 2H2(g) + 1O2(g) → 2H2O(i) H = - 571,6 KJ
Multiplicando a equação por 2:

4H2(g) + 2O2(g) → 4H2O(l) H = – 1143,2 KJ


Dividindo a equação inicial por 2:

H2(g) + 1/2O2(g) → H2O(l) H = – 285,8 KJ

Conclusão:
Se a equação for multiplicado ou dividido por um número, o mesmo acontecerá com a quantidade
de calor.

4.2. Influências do estado físico de reagentes e produtos


A mudança no estado físico de um ou mais participantes da reação pode alterar o valor de H,
como veremos no exemplo a 25ºC e 1 atm.

H2(g) + ½ O2(g) → H2O(V) H1 = – 58,12 kcal/mol


H2(g) + ½ O2(g) → H2O(l) H2 = – 68,56 kcal/mol
H2(g) + ½ O2(g) → H2O(s) H3 = – 70,00 kcal/mol

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


132
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

• H2O(l) → H2O(v) H° = +44,00 kJ.mol-1


• H2O(s) → H2O(l) H° = +6,01 kJ.mol-1
• H2O(s) → H2O(v) H° = +50,01 kJ.mol-1

4.3. Influência da alotropia (estado alotrópico)


Alotropia: É o fenômeno em que um mesmo elemento químico forma substâncias simples
diferentes.
Elemento Alótropos
Grafite*
Diamante
Carbono Fulerenos
Nanotubos
Grafenos
Oxigênio (O2)*
Oxigênio
Ozônio (O3)
Vermelho *
Fósforo
Branco
Rômbico*
Enxofre
Monoclínico
* Alótropo mais estável, portanto de menor entalpia

Observe a estrutura espacial dos três alótropos do carbono:

GRAFITE DIAMANTE FULERENO


Ex.; C(grafite) + O2(g) → CO2(g) H1 = – 94,0 Kcal
C(diamante) + O2(g) → CO2(g) H2 = – 94,5 Kcal

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


133
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

4.4. Influência da temperatura na qual a reação ocorre


Mudanças na temperatura influenciam o grau de agitação das
moléculas, ou seja, seu conteúdo de energia (entalpia).
Ex. 1:
H2(g) + 1/2O2(g) → H2O(g) H = – 57,78 Kcal (18ºC)
H2(g) + 1/2O2(g) → H2O(g) H = – 57,79 kcal (25ºC)

Ex. 2:
1Fe2O3(s) + 3H2(g) → 2Fe(s) + 3H2O(l) H = – 35,1 Kcal (25ºC)
1Fe2O3(s) + 3H2(g) → 2Fe(s) + 3H2O(l) H = – 29,7 KJ (85ºC)

4.5. Influenciam da dissolução


Quando uma substância é dissolvida em uma solvente, essa dissolução é acompanhada de uma
variação no conteúdo energético. O fenômeno pode ser endotérmico ou exotérmico. À medida que se
aumenta a quantidade de solvente (água), o calor liberado ou absorvido tende a se tornar constante, ou
seja, o H correspondente recebe o nome de entalpia ou calor de solução ou entalpia ou calor de
dissolução.
A dissolução de uma substância em um solvente qualquer é acompanhada de liberação ou
absorção de energia. Essa energia envolvida na dissolução é somada a energia envolvida na reação.

H2(g) + Cl2(g) → 2HCl(g) ∆Ha = - 184,9 kJ


H2(aq) + Cl2(aq) → 2HCl(aq) ∆Hb = - 335,6 kJ

4.6. Influência da pressão


A influência da pressão sobre o H de reações que envolvem sólidos e líquidos é muito pequena,
praticamente desprezível. Mesmo em reações que envolvem substâncias no estado gasoso, a influência
da pressão é pequena, só tendo importância prática em pressões muitíssimo elevadas. Como de um
modo geral a grande maioria das reações são realizadas sob pressão ambiente, não devemos levar em
consideração a sua influência sobre o H dessas reações.

5. Entalpia-Padrão de Formação e de Reação

• Se existe mais de um estado para uma substância sob condições padrão, o estado mais estável é
utilizado.
• A entalpia padrão de formação da forma mais estável de um elemento é zero.
• H2(g) H=0 C(grafite) H=0 O2(g) H=0 S(rômbico) H=0
• H2(l) H≠0 C(diamante) H ≠0 O3(g) H ≠0 S(monoclínico) H ≠ 0

Exceção:
• P(branco) ; menos estável; estado-padrão; H=0
• P(vermelho); mais estável; H≠0

A Equação (9) nos diz que  H também pode ser calculado se soubermos os valores reais das
entalpias de todos os reagentes e produtos. Porém, como já foi dito, não existe maneira de medir o valor
absoluto da entalpia de uma substância, apenas valores relativos a uma referência arbitrária podem ser
determinados. Esse problema é semelhante ao que os geógrafos encontram quando querem especificar

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


134
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

as altitudes de determinados vales ou montanhas. Em vez de tentarem inventar uma escala "absoluta"
de altitude (baseada talvez na distância a partir do centro da Terra?), eles entraram em acordo para que
todas as alturas e profundidades geográficas sejam expressas em relação ao nível do mar, uma referência
arbitrária cuja altitude é definida como "zero' metro. Do mesmo modo, os químicos concordaram em
admitir um ponto de referência arbitrário para a entalpia.
O ponto de referência equivalente ao "nível do mar" para as expressões de entalpia chama-se
entalpia padrão deformação ( Hf ). Diz-se que as substâncias estão no estado-padrão a 1 atm, e daí se
o

origina o termo "entalpia-padrão. O sobrescrito indica que a medida foi feita nas condições-padrão (1
atm), e o subscrito 'f' significa formação. Por convenção, a entalpia-padrão de foração de qualquer
elemento na sua fornia mais estável é zero. Considere o elemento oxigênio, por exemplo. O oxigênio
molecular (O2) é mais estável do que sua correspondente forma alotrópica, o ozônio (O3), a 1 atm e 25°C.
Dessa forma, podemos escrever Hof (O2) = 0, mas Hof (O3)  0. De um modo semelhante, considerando
as formas alotrópicas do carbono, temos que a grafite é mais estável que o diamante, a 1 atm e 25°C, e
desse modo Hof (C, grafite) = 0 e Hof (C, diamante)  0. Com base nessa descrição para os elementos,
podemos agora definir a entalpia-padrão de formação de um composto como a transferência de calor que
ocorre quando 1 rnol do composto é formado a partir de seus elementos à pressão de 1 atm. A Tabela
6.4 apresenta uma lista das entalpias -padrão de formação para vários elementos e compostos. Observe
que embora não haja especificação de temperatura para o estadopadrão, usaremos sempre valores de
Hof medidos a 25°C em nossas discussões, uma vez que a maioria do dados da termodinâmica é
coletada a essa temperatura.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


135
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

• Exemplos:
• 2C(grafite) + 3H2(g) + ½ O2(g) → C2H5OH(l) Hf°+ -277,7 kj
• ½ H2(g) + ½ N2(g) + 3/2 O2(g) → HNO3(l) Hf°+ -173,2 kj
• ½ H2(g) + ½ O2(g) → H2O(l) Hf°+ -285,9 kj

• Exemplos: (calores de formação endotérmicos)


• 6C(grafite) + 3H2(g) → C6H6(l) Hf°= +49,0 kj
• 2C(grafite) + H2(g) → C2H2(g) Hf°= +226,8 kj
• 2C(grafite) + 2H2(g) → C2H4(g) Hf°= +52,3 kj

• ½ N2(g) + ½ O2(g) → NO(g) Hf°= +90,4 kj


• ½ N2(g) + O2(g) → NO2(g) Hf°= +33,8 kj
• N2(g) + ½ O2(g) → N2O(g) Hf°= +81,6 kj
• N2(g) + 2O2(g) → N2O4(g) Hf°= +9,7 kj
• N2(g) + 5/2 O2(g) → N2O5(g) Hf°= +11,0 kj

• Exemplos: (calor de formação de substâncias simples)


• C(grafite) → C(diamantte) Hf° > 0
• 2/3O2(g) → O3(g) Hf° > 0
• S(rômbico) → S(monoclínico) Hf° > 0
• (+ estável) (- estável)

• P(branco) → P(vermelho) Hf°< 0


(- estável) (+ estável)

A importância das entalpias-padrão de formação é que, uma vez conhecidos os seus valores,
podemos prontamente calcular a entalpia-padrão de reação, Hreac , definida como a entalpia de uma
o

reação realizada à pressão de 1 atm. Por exemplo, considere a reação hipotética

aA + bB → cC + dD

em que a, b. c e d são os coeficientes estequiométricos. Para essa reação, Hreac é dado por
o

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


136
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Hreac
o
= cHof ( C ) + dHof (D )  − aHof ( A ) + bHof (B ) (17)

Podemos generalizar a Equação (6.17) como:

Hreac
o
=  nHof ( produtos ) −  nHof (reagentes ) (18)

na qual m e n representam os coeficientes estequiométricos para os reagentes e os produtos e  (sigma)


significa "o somatório de". Observe que nos cálculos os coeficientes estequiométricos são apenas
números, desprovidos de unidades.
O valor de Hreac pode ser calculado por meio da Equação (18), somente se os valores de Hf dos
o o

compostos que participam na reação forem conhecidos. Existem dois métodos que podem ser aplicados
para determinar esses valores: o método direto e o método indireto.

5.1. O Método Direto (Calor de Formação das substâncias)


Esse método de medida de Hf aplica-se a compostos que podem ser prontamente sintetizados a partir
o

dos seus elementos. Suponha que queiramos saber qual é a entalpia de formação do dióxido de carbono.
Devemos medir a entalpia da reação que ocorre entre o carbono (grafite) e o oxigênio molecular, nos
seus estados-padrão, produzindo dióxido de carbono. também no estado-padrão:

C(grafite) + O2(g) → CO2(g) Hreac = -393,5 kJ/mol


o

Conforme sabemos, experimentalmente, essa reação se completa. Assim, com base na Equação (6.17),
podemos escrever

Hreac = Hf (CO2, g) – [ Hf (C, grafite) + Hf (O2, g)]


o o o o

= -393,5 kJ/mol

Como tanto a grafite como o 02 são formas alotrópicas elementares estáveis, Hf (C, grafite) e Hf (O2,g)
o o

são iguais a zero. Portanto,

Hreac = Hf (CO2, g) = -393,5 kJ/mol


o o

ou
Hof (CO2, g) = -393,5 kJ/mol
Note que o fato de considerarmos o valor arbitrário zero para o âHf de cada elemento na sua forma mais
estável, no estado-padrão, não afeta de modo algum os nossos cálculos. Lembre-se de que em
termoquímica estamos interessados apenas nas variações de entalpia já que esses valores podem ser
determinados experimentalmente, ao contrário dos valores absolutos da entalpia. A escolha do zero como
"nível de referência" do valor de entalpia facilita os cálculos. Referindo-nos novamente à analogia com a
altitude terrestre, verificamos que a altitude do Monte Evereste é 2.654 m maior do que a do Monte
McKinley. Essa diferença não é afetada pela decisão de fixar o nível do mar a 0 m ou a 300 m.
Outros compostos que podem ser estudados pelo método direto são SF6, P4O10 e CS2. As equações
que representam as suas obtenções são

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


137
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

S(ortorrômbico) + 3F2(g) → SF6(g)


P4(branco) + 5O2(g) → P4O10(s)
C(grafite) + 2S(ortorrômbico) → CS2(l)

Observe que S(ortorrômbico) e P(branco) são as formas alotrópicas mais estáveis, respectivamente, dos
elementos enxofre e fósforo, a 1 atm e 25°C e, portanto, os correspondentes valores de Hf são iguais
o

a zero.

5.2. O Método Indireto (Lei de Hess)


Há muitos compostos que não podem ser sintetizados diretamente a partir dos seus elementos. Em
alguns casos as reações se processam muito lentamente, em outros, ocorrem reações paralelas que
produzem substâncias diferentes do composto desejado. Nesses casos, o Hf pode ser determinado por
o

uma aproximação indireta baseada na lei de Hess do somatório de calores, ou simplesmente lei de Hess,
instituída pelo químico suíço Germain Hess. A lei de Hess pode ser enunciada do seguinte modo: quando
os reagentes são convertidos em produtos, a variação de entalpia é a mesma quer a reação se dê em
uma única etapa ou em uma série de etapas. Em outras palavras, se conseguirmos quebrar a reação de
interesse em uma série de reações cujos valores de Hreac possam ser medidos, poderemos calcular o
o

valor de Hreac para a reação global. A lei de Hess baseia-se no fato de H ser uma função do estado, e
o

assim,  H depende apenas dos estados inicial e final (isto é, apenas da natureza dos reagentes e dos
produtos). A variação da entalpia será a mesma quer a reação total ocorra em uma única etapa ou em
muitas etapas.

Figura 9
A variação de entalpia para a formação de 1 mol de CO2 a partir de grafite e 0, pode ser quebrada em
duas etapas de acordo com a lei de Hess.

A seguir temos uma analogia para a lei de Hess. Suponha que subamos de elevado] do primeiro ao
sexto andar de um edifício. O ganho na nossa energia potencial gravitacional (que corresponde à variação
de entalpia para o processo global) é o mesmo se fore mos diretamente para o sexto andar ou se pararmos
em cada andar durante o nosso percurso de subida (subdividindo o percurso em uma série de etapas).
Suponha que estejamos interessados na entalpia-padrão de formação do monóxidc de carbono
(CO). Podemos representar a reação como

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


138
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

C(grafite) +
1
O2(g) → CO(g)
2

No entanto, a queima da grafite também produz dióxido de carbono (CO2) e por issc não podemos medir
diretamente a variação de entalpia para o CO com base na reaçãc acima. Em vez disso, podemos
empregar uma rota indireta baseada na lei de Hess. E possível realizar separadamente, duas reações
completas,
(a) C(grafite) + O2(g) → CO2(g) Hreac = -393,5 kJ/mol
o

O2(g) → CO2(g) Hreac = -283,0 kJ/mol


1 o
(b) CO(g) +
2
Primeiro, invertemos a equação (b) para obter
(c) CO2(g) → CO(g) +
1
O2(g) Hreac = +283,0 kJ/mol
o
2
Como as equações químicas podem ser adicionadas ou subtraídas da mesma forme que equações
algébricas, podemos realizar as operações (a) + (c), obtendo
(a) C(grafite) + O2(g) → CO2(g) Hreac = -393,5 kJ/mol
o

(c) CO2(g) → CO(g) +


1
O2(g) Hreac = +283,0 kJ/mol
o
2
_______________________________________________
O2(g) → CO(g) Hreac = -110,5 kJ/mol
1 o
(d) C(grafite) +
2

Portanto Hf (CO) = -110,5 kJ/mol. Retomando, vemos que a reação global é a de formação de CO2
o

[Equação (a)], que pode ser quebrada em duas partes [Equações (d e (b)]. A Figura 9 mostra o esquema
global do nosso procedimento.
A regra geral para a aplicação da lei de Hess é arranjar uma série de equações quími cas
(correspondendo a uma série de etapas) de tal forma que, quando somadas, todas a espécies se
cancelem com exceção dos reagentes e dos produtos que fazem parte d; reação global. Isso significa
que nos interessam os elementos à esquerda da seta e o com posto desejado à direita da seta. Muitas
vezes será necessário multiplicar algumas ou to das as equações que representam as etapas individuais,
por coeficientes apropriados.

EXEMPLO 2
Calcule a entalpia-padrão de formação do acetileno (C2H2) a partir dos seus elementos:

2C(grafite) + H2(g) → C2H2(g)

As equações para cada etapa e as correspondentes variações de entalpia são


(a) C(grafite) + O2(g) → CO2(g) Hreac = -393,5 kJ/mol
o

(b) H2(g) +
1
O2(g) → H2O(g) Hreac
o
= -285,8 kJ/mol
2
(c) 2C2H2(g) + 5O2(g) → 4CO2(g) + 2H2O(l) Hreac = -2598,8 kJ/mol
o

Estratégia
O nosso objetivo nesse caso é calcular a variação de entalpia para a formação de C2H2 a partir dos seus

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


139
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

elementos C e H. Porém, a reação não ocorre diretamente, por isso devemos recorrer ao método indireto
usando a informação fornecida pelas Equações (a), (b) e (c).

Solução
Na síntese de C2H2 são necessários 2 mols de grafite como reagente. Assim, multiplicamos a Equação
(a) por 2 para obter
(d) 2C(grafite) + 2O2(g) → 2CO2(g) Hreac = 2(-393.5 kJ/mol)
o

= -787,0 kJ/mol

Em seguida, será necessário 1 mol de H, como reagente. que é fornecido pela Equação (b). Por último,
é preciso produzir 1 mol de C2H2. Na Equação (c) tem-se 2 mols de C2H2 como reagente, então temos de
inverter a equação e dividi-la por 2:
(e) 2CO2(g) + H2O(l) → C2H2(g) +
5 1
O2(g) Hreac =
o
(2598,8 kJ/mol)
2 2
= 1299.4 kJ/mol

Adicionando as Equações (d), (b) e (e). obtemos

2C(grafite) + 2O2(g) → 2CO2(g) Hreac


o
= -787,0 kJ/mol

H2(g) +
1
O2(g) → H2O(l) Hreac
o
= -285,8 kJ/mol
2
2CO2(g) + H2O(l) → 5
C2H2(g) +
O2(g) Hreac
o
= 1299,4 kJ/mol
2
___________________________________________________________
2C(grafite) + H2(g) → C2H2(g) Hreac
o
= 226,6 kJ/mol

Portanto, o Hf = Hreac = 226,6 kJ/mol. O valor de Hf indica que quando 1 mol de C2H2 é sintetizado a
o o o

partir de 2 mols de C (grafite) e 1 mol de H2. 226.6 kJ de calor são absorvidos pelo sistema reacional a
partir da vizinhança. Consequentemente, o processo é endotérmico.
CS2(l) + 3O2(g) → CO2(g) + 2SO2(g) Hreac
o
= -1073,6 kJ/mol

EXEMPLO 3
O pentaborano-9, B5H9, é um líquido incolor e muito reativo que pode inflamar-se produzindo uma chama
ou até mesmo explodir quando exposto ao oxigênio. A reação é

2B5H9(I) + 12O2(g) → 5B2O3(s) + 9H2O(I)

Nos anos 1950, o pentaborano-9 foi considerado um combustível potencial para foguetes uma vez que
produz grande quantidade de calor por grama. Porém, a ideia foi abandonada porque o B2O3 sólido, que
se forma na combustão do B5H9, é um abrasivo, que poderia destruir rapidamente o tubo de descarga do
foguete. Calcule o calor liberado (em quilojoules) quando um grama de composto reage com o oxigênio.
A entalpia-padrão de formação do B5H9 é 73,2 kJ/mol.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


140
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Estratégia
A entalpia de uma reação é a diferença entre o somatório das entalpias dos produtos e o somatório das
entalpias dos reagentes. A entalpia de cada espécie (reagente ou produto) é dada pelo produto do
coeficiente estequiométrico pela entalpia-padrão de formação da espécie.

Solução
Usando os valores de Hf , podemos escrever
o

Hreac = [5 Hf (B2O3) + 9 Hf (H2O)] - [2 Hf (B5H9) + 12 Hf (O2)]


o o o o o

= [5(-1263,6 kJ/mol)+ 9(-285,8 kJ/mol)] - [2(73,2 kJ/mol) + 12(0 kJ/mol)]


= - 6318,0 kJ – 2572,2 kJ – 146,4 kJ
= -9036,6 kJ
Este é o calor lierado na combustão de 2 mols de B5H9 que reagiram.

para converter essa razão em kJ/g B5H9. A massa molar de B5H9 é 63,12 g, então

- 9036,6 kJ -------- 2 mols de B5H9

- 9036,6 kJ ---------2 x 63,12g


X kJ -------------------1g

X= - 71,58 kJ/g B5H9

6. Calor de Combustão
É a energia de envolvida na combustão total de 1,0 mol de um combustível.
O comburente utilizado geralmente é o gás oxigênio.
• 1C3H8(g) + 5O2(g) → 3CO2(g) + 4H2O(l) H = -2.220 kJ.mol-1
• 1C4H10(g) + 13/2O2(g) → 4CO2(g) + 5H2O(l) H = -2.874 kJ.mol-1
• 1C5H12(g) + 8 O2(g) → 5CO2(g) + 6H2O(l) H = -3.537 kJ.mol-1
• 1C2H5OH(l) + 3O2(g) → 2CO2(g) + 3H2O(l)H = - 1.368 kJ.mol-1
• 1C(grafite) + O2(g) → CO2(g) H = - 393,5 kJ.mol-1
• 1H2(g) + ½ O2(g) → H2O(l) H = -286 kJ.mol-1

7. Entalpias de Neutralização
É o calor liberado na reação de 1 mol de íons H+(aq) com 1 mol de íons OH-(aq) na formação de
1 mol de H2O(l);

1 H+(aq) + 1 OH-(aq) → 1 H2O(l) H = -58 kj/mol = -13,8 kcal/mol

HCl(aq) + NaOH(aq) → NaCl(aq) + H2O(l) H = -58 kj/mol


HBr(aq) + KOH(aq) → KBr(aq) + H2O(l) H = -58 kj/mol
H2SO4(aq) + 2 NaOH(aq)→ Na2SO4(aq) + 2 H2O(l) H = -116 kj

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


141
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

½ H2SO4(aq) + NaOH(aq) → ½Na2SO4(aq) + 1 H2O(l) H = -58 kj/mol


Quando o ácido ou a base ou ambos são fracos, além da reação de neutralização dos íons H+(aq)
com os íons OH-(aq) na formação de H2O(l), ocorrem também outras reações como solvatação e hidrólise.
HCN(aq) + NaOH(aq) → NaCN(aq) + H2O(l) H = -2,8 kcal/mol
H3CCOOH(aq) + NH4OH(aq) → H3CCOONH4(aq) + H2O(l) H = -12,0 kcal/mol

8. Energia de Ligação

• Energia de ligação: é a energia necessária para romper 1 mol de ligações de uma substância na fase
gasosa, sob pressão constante.
• A quebra de uma ligação é sempre um fenômeno endotémico;
• A formação de uma ligação é sempre um fenômeno exotérmico;

Uma medida da estabilidade de uma molécula é a sua energia de ligação, definida como a variação de
entalpia necessária para quebrar uma ligação em 1 mol de moléculas no estado gasoso. (As energias de
ligações em sólidos e líquidos são influenciadas pelas moléculas vizinhas.) Por exemplo a energia de
ligação determinada experimentalmente para a molécula de hidrogênio, diatômica, é a seguinte:

H2(g) → H(g) + H(g) ∆H° = 436,4 kJ/mol

Essa equação indica-nos que a quebra das ligações covalentes em 1 mol de moléculas de H2 no estado
gasoso requer a energia de 436,4 kJ/mol. Para a molécula de cloro, que é menos estável,

Cl2(g) → Cl(g) + Cl(g) ∆H° = 242,7 kJ/mol

As energias de ligação também podem ser medidas diretamente para moléculas que contêm elementos
diferentes, tal como o HCl,

HCI(g) → H(g) + Cl(g) ∆H° = 431,9 kJ/mol

e para moléculas que apresentam ligações duplas e triplas:

O2(g) → O(g) + O(g) ∆H° = 498,7 kJ/mol


N2(g) → N(g) + N(g) ∆H° = 941,4 kJ/mol

Medir as forças de ligações covalentes em moléculas poliatômicas é mais complicado. Por exemplo, as
medidas mostram que a energia necessária para quebrar a primeira ligação O–H é diferente daquela
necessária para quebrar a segunda ligação O—H na molécula de H2O:

H2O(g) → H(g) + OH(g) ∆H° = 502 kJ/mol


OH(g) → H(g) + O(g) ∆H°= 427 kJ/mol

Em cada caso, é quebrada uma ligação O – H, mas a primeira etapa é mais endotérmica do que a
segunda. A diferença entre os dois valores de H° sugere que a segunda ligação O – H sofre influência
das variações do ambiente químico.

Podemos compreender agora por que as energias das ligações O – H, em duas moléculas diferentes tais
como o metanol (CH3OH) e a água (H2O) não são iguais: os seus ambientes químicos são diferentes.
Portanto, para moléculas poliatômicas temos de considerar a energia média de ligação. Por exemplo,

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


142
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

podemos medir as energias de ligações O – H para de moléculas poliatômicas diferentes e obter a energia
média da ligação O – H dividindo a soma das energias de ligação por 10. A Tabela 9.2 mostra as energias
médias de ligação de várias moléculas diatômicas e poliatômicas. Como foi afirmado anteriormente, as
ligações triplas são mais fortes do que as ligações duplas, as quais, por sua vez, são mais fortes do que
as ligações simples.

8.1. Utilização de Energias de Ligação em Termoquímica


Comparando as mudanças termoquímicas que ocorrem durante algumas reações, verificamos a
ocorrência de uma grande variação de entalpia ao considerar diferentes reações. Por exemplo, a
combustão do gás hidrogênio na presença de oxigênio gasoso é razoavelmente exotérmica:

H2 (g) + 21 O2 (g) → H2O(l) H = −285,8kJ/ mol

Por outro lado, a formação da glicose (C6H12O6) a partir de água e dióxido de carbono, realizada de modo
eficiente pela fotossíntese, é altamente endotérmica:

6CO2(g) + 6H2O(l) → C6H12O6(s) + 6O2(g) ∆H° = 2801 kJ/mol

Podemos explicar essas variações se considerarmos a estabilidade das moléculas de cada reagente e
de cada produto. Afinal, a maioria das reações químicas envolve a quebra e a formação de ligações.
Dessa forma, o conhecimento das energias de ligação e, portanto, da estabilidade das moléculas nos dá
alguma indicação sobre a natureza termoquímica das reações que as moléculas sofrem.

Em muitos casos, é possível prever a entalpia de reação aproximada, utilizando as energias médias de
ligação. Como toda quebra de ligação química requer energia e toda formação de ligação química é
sempre acompanhada de liberação de energia, podemos estimar a entalpia de uma reação contando o
número total de ligações quebradas e formadas na reação e registrando todas as variações de energia
correspondentes. A entalpia de reação na fase gasosa é dada por

H = EL(reagentes) − EL(produtos)


= energia total fornecida − energia total liberada

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


143
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

em que EL representa a energia média de ligação e é o somatório. A Equação (9.1), tal como está escrita,
considera a convenção do sinal para ∆H°. Assim, se a energia total fornecida for maior do que a energia
total liberada, ∆H° é positivo e a reação é endotérmica. Por outro lado, se a liberação for maior do que a

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


144
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

absorção de energia, ∆H° é negativo e a reação é exotérmica (Figura 9.6). Se todas as moléculas, dos
reagentes e dos produtos, forem diatômicas, a Equação (9.1) fornecerá resultados precisos porque as
energias de ligação de moléculas diatômicas são conhecidas com precisão. Se algumas ou todas as
moléculas dos reagentes e produtos forem poliatômicas, a Equação (9.1) fornecerá somente resultados
aproximados, uma vez que as energias de ligação usadas nos cálculos são energias médias.

EXEMPLO 4
Calcule a variação de entalpia para a combustão do hidrogênio gasoso:

2H2(g) + O2(g) → 2H2O(g)

Estratégia: Observe que H2O é uma molécula poliatômica e que precisamos utilizar o valor da energia
média para a ligação O – H.
Solução: Construímos a seguinte tabela:

Tipos de ligações Número de ligações Energia de ligação Variação de energia


quebradas Quebradas (Kj/mol) (kJ/mol)
H – H (H2) 2 436,4 872,8
O=O 1 498,7 498,7

Tipos de ligações Número de ligações Energia de ligação Variação de energia


formadas Formadas (Kj/mol) (kJ/mol)
O – H (H2O) 4 460 1840
Em seguida, obtemos a energia total fornecida e a energia total liberada:
energia total fornecida = 872,8 kJ/mol + 498,7 kJ/mol = 1371,5 kJ/mol
energia total liberada = 1840 kJ/mol
Utilizando a Equação (9.1), temos

∆H° = 1371,5 kJ/mol – 1840 kJ/mol = –469 kJ/mol

Esse resultado é apenas uma estimativa, pois a energia da ligação O – H é uma quantidade média.
Alternativamente, podemos utilizar a Equação (6.18) e os dados do Apêndice 2 para calcular a entalpia
de reação:

H = 2Hf (H2O) − [2Hf (H2 ) + Hf (O2 )]


= 2( −241,8kJ / mol) − 0 − 0
= −483,6kJ / mol

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


145
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

9. Calorimetria

No laboratório, as trocas de calor em processos físicos e


químicos são medidas com um calorímetro, um recipiente
fechado projetado especificamente para esse fim. Como o
estudo sobre calorimetria, isto é, a medida das trocas de calor,
depende da compreensão dos conceitos de calor específico e
capacidade calorífica, vamos começar por considerar essas
duas grandezas.

9.1. Calor Específico e Capacidade Calorífica


O calor específico (c) de uma substância é a quantidade de calor necessária para elevar de um grau
Celsius a temperatura de um grama da substância. A capacidade calorífica (C) de uma substância é a
quantidade de calor necessária para elevar de um grau Celsius a temperatura de dada quantidade da
substância. O calor específico é uma propriedade intensiva enquanto a capacidade calorífica é uma
propriedade extensiva. A relação que existe entre a capacidade calorífica e o calor específico de uma
substância é

C = ms

em que m é a massa da substância em gramas. Por exemplo, o calor específico da água é 4,184 J/g . °C
e a capacidade calorífica de 60,0 g de água é

(60,0 g)(4,184 Jig . °C) = 251 J/°C

Observe que as unidades do calor específico são J/g . °C e da capacidade calorífica, J/°C. A Tabela 2
mostra os calores específicos de algumas substâncias comuns.
Se conhecermos o calor específico e a massa de uma substância, a variação da temperatura da
amostra (  t) nos indicará a quantidade de calor (q) que foi absorvida ou liberada em determinado
processo. A equação para calcular o calor transferido é a seguinte:

q = ms  t
q=C t

em que nt é a massa da amostra e t é a variação de temperatura:

 t = tfinal – tinicial

Os sinais de q seguem a mesma convenção utilizada para a variação de entalpia: q é positivo para
processos endotérmicos e negativo para processos exotérmicos.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


146
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

EXEMPLO 5

Uma amostra de 466 g de água é aquecida de 8,50°C a 74,60°C. Calcule a quantidade de calor (em
quilojoules) absorvida pela água.

Estratégia Sabemos qual a quantidade e qual o calor específico da água. Com essa informação e
considerando o aumento de temperatura, podemos calcular a quantidade de calor absorvida (q).

Solução
Usando a Equação (6.12), podemos escrever

q = ms  t
= (466 g)(4,184 J/g . °C)(74,60°C - 8.50°C)
1kJ
= 1.29 x 105J x
1000J
= 129 kJ

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


147
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

TERMOQUÍMICA 03. (Unicamp) A hidrazina (H‚N-NH‚) tem sido utilizada


Exercícios de Aprendizagem como combustível em alguns motores de foguete. A reação
de combustão que ocorre pode ser representada,
01. (Ufc ) O besouro bombardeiro ('Brachinus') repele seus simplificadamente, pela seguinte equação:
predadores ao expelir substâncias químicas na forma de um
"spray químico". Este inseto possui glândulas na H‚N - NH‚(g) + O‚(g) ë N‚(g) + 2 H‚O(g)
extremidade do seu abdômen, as quais contêm dois
compartimentos. Um destes contém uma solução aquosa de A variação de entalpia dessa reação pode ser estimada a
hidroquinona, C†H„(OH)‚, e peróxido de hidrogênio, H‚O‚, partir dos dados de entalpia das ligações químicas
e o segundo compartimento contém uma mistura de enzimas. envolvidas. Para isso, considera-se uma absorção de energia
Quando ameaçado, o besouro comprime as glândulas, quando a ligação é rompida, e uma liberação de energia
provocando a mistura das substâncias contidas nos quando a ligação é formada. A tabela abaixo apresenta dados
compartimentos, permitindo que se processe a seguinte de entalpia por mol de ligações rompidas.
reação química exotérmica:

a) Represente as fórmulas moleculares e empíricas,


respectivamente, para os reagentes e produtos químicos
desta reação.

b) Com base nas reações dadas a seguir, calcule a variação


de entalpia da reação I.
a) Calcule a variação de entalpia para a reação de combustão
II- C†H„(OH)‚(aq) ë C†H„O‚(aq) + H‚(g); ÐH(II)=177kJ de um mol de hidrazina.
III- H‚O(Ø) + 1/2 O‚(g) ë H‚O‚(aq); ÐH(III)=94,6kJ b) Calcule a entalpia de formação da hidrazina sabendo-se
IV-H‚(g) + 1/2 O‚(g) ë H‚O(Ø) ; ÐH(IV)=-286kJ que a entalpia de formação da água no estado gasoso é de -
242 kJ mol-1.
c) Esboce um gráfico para ilustrar o perfil energético da
reação, destacando a função das enzimas na reação I 04. (Unicamp) A variação de entalpia de uma reação
na fase gasosa, ÐHr, pode ser obtida indiretamente
02. (Ufc) Dadas as reações: por duas maneiras distintas: 1) pelas diferenças entre
I. H‚(g) + CØ‚(g) ë 2HCØ(g) as entalpias de formação, ÐHf, dos produtos e dos
II. N‚(g) + 3H‚(g) ë 2NHƒ(g) reagentes; 2) pela diferença entre as entalpias de
e as energias de ligação: ligação, ÐHØ, das ligações rompidas e das ligações
formadas.
Considerando a reação e as tabelas a seguir:

a) Determine o ÐH para as reações I e II.


b) Baseado apenas nos valores de ÐH, qual das reações é
mais favorável.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


148
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

No entanto, com base na premissa econômica, é comum o


lançamento contínuo de baixos teores de H2S diretamente na
atmosfera, sem tratamento que acabam reagindo na
atmosfera e retornando ao ambiente sob forma de SO2,
conforme mostra a equação II, indicada a seguir:

H2S ( g) + O3 ( g) → SO2 ( g) + H2O ( ) (II)

Mainier, F. B.; Rocha, A.A. H2S: novas rotas de remoção


química e recuperação de enxofre. 2º Congresso Brasileiro
de P&D em Petróleo & Gás (Adaptado)

Dados:
2 H2S ( g) + 3 O2 ( g ) → 2 SO2 ( s ) + 2 H2O ( )
a) Determine o valor de ÐHr. H = −1124 kJ
b) Calcule a entalpia de formação para o HƒCCØ(g). 3 S ( s ) + 2 H2O ( ) → 2 H2S ( g ) + SO2 ( g )
H = +233 kJ
05. (Ufc) A quantidade de energia liberada na queima de
combustíveis é denominada entalpia de combustão. As A seguir, são apresentadas quatro afirmativas associadas à
entalpias de combustão de algumas substâncias são dadas na contaminação do petróleo e do gás natural brutos com o H2S.
tabela I. Para comparar a eficiência da combustão de
diferentes combustíveis, são necessárias especificações de I. O tipo de processamento dado ao petróleo e ao gás natural
algumas condições. pode contribuir para a formação da chuva ácida.
II. A oxidação do H2S com agentes oxidantes, como
Substância Entalpia de combustão Densidade oxigênio, no tratamento do petróleo é um dos principais
(kj.mol-1) (g/mL) fatores que tem comprometido a existência da camada de
Hidrogênio, H2 - 286 0,07 (*) ozônio.
Metanol, - 726 0,79 III. O sulfato de cálcio (CaSO4) e/ou o sulfato de bário
CH3OH (BaSO4), presente(s) em sedimentos marinhos, serve(m)
Etanol, - 1367 0,80 2−
como fonte natural de SO4 para os mecanismos de
C2H5OH
Octano, C8H18 - 5470 0,70 geração de H2S que se misturam ao petróleo.
(*) calculada com o gás a 0°C IV. Quando 16 kg de enxofre são produzidos, de acordo com
a equação I, a variação de entalpia para a reação e a
quantidade de calor produzido no tratamento oxidativo
Identifique, dentre as substâncias relacionadas na tabela I, a
do H2S com o oxigênio são, respectivamente,
que teria a maior eficiência nas seguintes situações:
H = −530 kJ e 1,3 x 105 kJ.
a) aplicações nas quais o uso da menor massa do combustível
é o mais importante requerimento, por exemplo, nos foguetes
espaciais. Justifique. Considerando as informações contidas no texto e o
b) aplicações nas quais o uso do menor volume do conhecimento acerca das temáticas envolvidas, está
CORRETO apenas o que se afirma em
combustível é o mais importante requerimento,
a) I e II.
por exemplo, nos veículos automotores. Justifique.
b) II e III.
c) III e IV.
06. (Upe) Um dos contaminantes do petróleo e do gás d) I, III e IV.
natural brutos é o H2S. O gás sulfídrico é originário de e) II, III e IV.
processos geológicos, baseados em diversos mecanismos
físico-químicos ou microbiológicos, os quais necessitam de:
07. (Unifesp) A explosão da nitroglicerina, C3H5(NO3)3,
uma fonte de enxofre, por exemplo, íons sulfato; um
explosivo presente na dinamite, ocorre segundo a reação:
mediador, como as bactérias ou as elevadas temperaturas de
subsuperfície, e um agente catalisador cuja presença alterará
a velocidade da reação de oxi-redução da matéria-orgânica. 4C3H5 (NO3 )3 ( ) → 12CO2 ( g) + 10H2O ( g) + 6N2 ( g) + O2 ( g)
Um dos processos tecnológicos para a remoção do H2S no São fornecidas as seguintes informações:
petróleo se baseia na sua reação com o oxigênio, conforme
indicado na equação (I). –400
Entalpia de formação de CO2 gasoso
kJ.mol–1
2 H2S ( g) + O2 ( g) → 2 S ( s ) + 2 H2O ( ) (l ) –240
Entalpia de formação de H2O gasoso
kJ.mol–1

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


149
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Entalpia de formação de C3H5(NO3)3 –365 seguintes alcenos isoméricos:


líquido kJ.mol–1
Volume molar de gás ideal a 0°C e 1 atm 2-metil-2-buteno + H‚ ë 2-metilbutano
22,4 L
de pressão
ÐH1 = - 113 kJ/mol
Considerando que ocorra a explosão de 1 mol de
nitroglicerina e que a reação da explosão seja completa, 2-metil-1-buteno + H‚ ë 2-metilbutano
calcule: ÐH‚ = - 119 kJ/mol
a) o volume de gases, medido nas condições normais de
pressão e temperatura.
3-metil-1-buteno + H‚ ë 2-metilbutano
b) a entalpia da reação, expressa em kJ.mol–1.
ÐHƒ = - 127 kJ/mol
08. (Ita ) A 25°C e pressão de 1atm, a queima completa
de um mol de n-hexano produz dióxido de carbono e a) Complete o esquema da figura com a fórmula estrutural
água no ESTADO GASOSO e libera 3883kJ, enquanto de cada um dos alcenos que faltam. Além disso, ao lado de
a queima completa da mesma quantidade de n- cada seta, coloque o respectivo ÐH de hidrogenação.
heptano produz as mesmas substâncias no ESTADO b) Represente, em uma única equação e usando fórmulas
GASOSO e libera 4498kJ. moleculares, as reações de combustão completa dos três
a) Escreva as equações químicas, balanceadas, para alcenos isoméricos.
as reações de combustão em questão. c) A combustão total de cada um desses alcenos também leva
b) Utilizando as informações fornecidas no enunciado a uma variação negativa de entalpia. Essa variação é igual
desta questão, faça uma estimativa do valor do calor para esses três alcenos? Explique.
de combustão do n-decano. Deixe claro o raciocínio
utilizado na estimativa realizada.
c) Caso a água formada na reação de combustão do
n-hexano estivesse no ESTADO LÍQUIDO, a
quantidade de calor liberado seria MAIOR, MENOR
OU IGUAL a 3883kJ? Por quê?

09. (Fuvest ) Considere os dados da figura 1:


a) Qual dos alcenos (A ou B) é o mais estável? Justifique.
Neste caso, considere válido raciocinar com entalpia. A TERMOQUÍMICA
desidratação de álcoois, em presença de ácido, pode produzir Exercícios de Fixação
uma mistura de alcenos, em que predomina o mais estável.
b) A desidratação do álcool da figura 2 , em presença de 01. (Enem 2011) Um dos problemas dos combustíveis que
ácido, produz cerca de 90% de um determinado alceno. Qual contêm carbono é que sua queima produz dióxido de
deve ser a fórmula estrutural desse alceno? Justifique. carbono. Portanto, uma característica importante, ao se
escolher um combustível, é analisar seu calor de combustão
( hc o ) , definido como a energia liberada na queima
completa de um mol de combustível no estado padrão. O
quadro seguinte relaciona algumas substâncias que contêm
carbono e seu Hc o .

Substância Fórmula Hc o (kJ/mol)


benzeno C6H6 ( ) - 3 268
etanol C2H5OH ( ) - 1 368
glicose C6H12O6 (s) - 2 808
metano CH4 (g) - 890
octano C8H18 ( ) - 5 471
10. (Fuvest) O 2-metilbutano pode ser obtido pela
hidrogenação catalítica, em fase gasosa, de qualquer dos

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


150
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Neste contexto, qual dos combustíveis, quando queimado 4. (Espcex (Aman)) Quantidades enormes de energia podem
completamente, libera mais dióxido de carbono no ser armazenadas em ligações químicas e a quantidade
ambiente pela mesma quantidade de energia produzida? empírica estimada de energia produzida numa reação pode
a) Benzeno. ser calculada a partir das energias de ligação das espécies
b) Metano. envolvidas. Talvez a ilustração mais próxima deste conceito
c) Glicose. no cotidiano seja a utilização de combustíveis em veículos
d) Octano. automotivos. No Brasil alguns veículos utilizam como
e) Etanol. combustível o Álcool Etílico Hidratado Combustível,
conhecido pela sigla AEHC (atualmente denominado
comercialmente apenas por ETANOL).
02. (Ufrn) Numa universidade do Nordeste, pesquisadores da Considerando um veículo movido a AEHC, com um
área de produtos naturais chegaram a uma importante tanque de capacidade de 40 L completamente cheio, além
descoberta: partindo da fermentação do suco de certa espécie dos dados de energia de ligação química fornecidos e
de cacto comum na caatinga, obtiveram álcool isopropílico admitindo-se rendimento energético da reação de 100%,
(CHƒCHOHCHƒ) a baixo custo. Em princípio, esse álcool densidade do AEHC de 0,80 g / cm3 e que o AEHC é
pode ser convertido em acetona (CHƒCOCHƒ), pelo processo composto, em massa, por 96% da substância etanol e 4%
abaixo, com rendimento de 90%, nas condições dadas. de água, a quantidade aproximada de calor liberada pela
combustão completa do combustível deste veículo será de

Dados: massas atômicas: C = 12 u ; O = 16 u ; H = 1u

A partir de 30g de isopropanol, a massa de propanona obtida


e o calor absorvido no processo são, mais aproximadamente: a) 2,11 105 kJ
DADOS: Massas Molares (g/mol) b) 3,45  103 kJ
H = 1,0
c) 8,38  105 kJ
C = 12,0
O = 16,0 d) 4,11 104 kJ
a) 52 g e 3,2 kJ e) 0,99  104 kJ
b) 29 g e 1,8 kJ
c) 26 g e 1,6 kJ 05. (Pucmg) Sejam dados os processos abaixo:
d) 54 g e 3,6 kJ. I. Fe(s) ë Fe(Ø)
II. H‚O(Ø) ë H‚(g) + 1/2 O‚(g)
III. C(s) + O‚(g) ë CO‚(g)
03. (Fuvest) Os hidrocarbonetos isômeros antraceno e IV. H‚O(v) ë H‚O(s)
fenantreno diferem em suas entalpias (energias). Esta V. NHƒ(g) ë 1/2 N‚(g) + 3/2 H‚(g)
diferença de entalpia pode ser calculada, medindo-se o calor A opção que representa somente fenômenos químicos
de combustão total desses compostos em idênticas condições endotérmicos é:
de pressão e temperatura. Para o antraceno, há liberação de a) I, II e V
7060 kJ mol-¢ e para o fenantreno, há liberação de 7040 kJ b) II e V apenas
mol-¢. c) III e IV apenas
Sendo assim, para 10 mols de cada composto, a diferença de d) II, III e V
entalpia é igual a
a) 20 kJ, sendo o antraceno o mais energético.
b) 20 kJ, sendo o fenantreno o mais energético. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
c) 200 kJ, sendo o antraceno o mais energético. Baseado no texto a seguir responda à(s) questão(ões).
d) 200 kJ, sendo o fenantreno o mais energético.
e) 2000 kJ, sendo o antraceno o mais energético. Reações conhecidas pelo nome de Termita são
comumente utilizadas em granadas incendiárias para
destruição de artefatos, como peças de morteiro, por

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


151
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

atingir temperaturas altíssimas devido à intensa I. A soma dos coeficientes estequiométricos da reação de
quantidade de calor liberada e por produzir ferro combustão do etanol é 8.
metálico na alma das peças, inutilizando-as. Uma II. 50 g de n-octano libera maior quantidade de energia do
reação de Termita muito comum envolve a mistura
entre alumínio metálico e óxido de ferro III, na que 100 g de propano.
proporção adequada, e gera como produtos o ferro III. O propano e o n-octano são hidrocarbonetos saturados.
metálico e o óxido de alumínio, além de calor, IV. O n-octano é aquele que libera maior quantidade de
conforme mostra a equação da reação: CO‚(g) por mol de combustível.
Estão corretas apenas as afirmativas:
2 A (s) + Fe2O3 (s) → 2 Fe (s) + A 2O3 (s) + calor
a) I e II.
Re ação de Ter mi ta
b) II e III.
Dados: c) III e IV.
Massas atômicas: A = 27 u; Fe = 56 u e O = 16 u d) I, II e IV.
Entalpia Padrão de Formação: e) I, III e IV.
ΔH0 f A 2O3 = −1675,7 kJ  mol−1;
08. (Uerj) As equações químicas a seguir representam
ΔH0 f Fe2O3 = −824,2 kJ  mol−1; reações de síntese, realizadas em diferentes condições, para
ΔH0 f A 0 = 0 kJ  mol−1; ΔH0 f Fe0 = 0 kJ  mol−1 a obtenção de uma substância hipotética XY.
I - X‚ (g) + Y‚ (g) ë 2 XY (Ø) + Q1
06. (Espcex (Aman)) Considerando a equação de II - X‚ (g) + Y‚(g) ë 2 XY (s) + Q‚
reação de Termita apresentada e os valores de III - X‚ (g) + Y‚(g) ë 2 XY (g) + Qƒ
entalpia (calor) padrão das substâncias componentes Considere Q , Q‚ e Qƒ as quantidades de calor liberadas,
da mistura, a variação de entalpia da reação de
respectivamente, nas reações I, II e III. A relação entre essas
Termita é
quantidades está expressa na seguinte alternativa:
a) Q > Q‚ > Qƒ
a) ΔH0f = +2111,2 kJ b) Q‚ > Q > Qƒ
b) ΔH0f = −1030,7 kJ c) Qƒ > Q > Q‚
d) Qƒ > Q‚ > Q
c) ΔH0f = −851,5 kJ
d) ΔH0f = −332,2 kJ
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
e) ΔH0f = −1421,6 kJ O fosgênio é um gás extremamente venenoso, tendo sido
usado em combates durante a Primeira Guerra Mundial
como agente químico de guerra. É assim chamado porque foi
07. (Uel) No Brasil, são utilizados combustíveis obtidos de primeiro preparado pela ação da luz do sol em uma mistura
diferentes fontes. Do petróleo são extraídos, por exemplo, o dos gases monóxido de carbono (CO) e cloro (C 2 ),
propano, constituinte do gás de botijão, e o n-octano, conforme a equação balanceada da reação descrita a seguir:
principal constituinte da gasolina. Da cana de açúcar é obtido CO(g) + C 2(g) → COC 2(g).
o etanol, empregado como combustível automotor. As
equações termoquímicas de combustão, não balanceadas,
dos combustíveis propano, n-octano e etanol são 9. (Espcex (Aman)) Considerando os dados termoquímicos
respectivamente representadas por: empíricos de energia de ligação das espécies, a entalpia da
reação de síntese do fosgênio é
CƒHˆ (g) + O‚ (g) ë CO‚ (g) + H‚O (Ø)
ÐH¡ = - 2.220 kJ/mol Dados:
Energia de Ligação
CˆHˆ (g) + O‚ (g) ë CO‚ (g) + H‚O (Ø) 745 kJ / mol
ÐH¡ = - 5.471 kJ/mol 1080 kJ / mol
328 kJ / mol
C‚H…OH (Ø) + O‚ (g) ë CO‚ (g) + H‚O (Ø)
243 kJ / mol
ÐH¡ = - 1.368 kJ/mol
Com base nas fórmulas dos combustíveis e nas equações,
considere as afirmativas a seguir.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


152
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

calorias, acarretando o resfriamento da vizinhança.


c) A evaporação de 1g de água, a 100°C, pode causar o
resfriamento da vizinhança, correspondente a 540 calorias.
d) O elevado calor de vaporização da água resulta do fato de
a) +522 kJ ela ocupar maior volume no estado líquido do que no estado
b) −78 kJ sólido.
c) −300 kJ e) A evaporação de um líquido, por se constituir em um
d) +100 kJ fenômeno químico, envolve o rompimento de ligações
e) −141 kJ químicas.

10. (Ufc) Dentre as diversas alternativas de uso da energia 12. (Cefet MG) Para diminuir o efeito estufa causado pelo
CO2, emitido pela queima de combustíveis automotivos,
solar, os denominados "aquecimentos solares ativos"
emprega-se um combustível que produza menor quantidade
baseiam-se nos efeitos térmicos originados das reações
de CO2 por kg de combustível queimado, considerando-se
químicas. Por exemplo, a reação reversível de formação do
a quantidade de energia liberada. No Brasil, utilizasse
sulfato de sódio decahidratado pode ser usada para estocar principalmente a gasolina (octano) e o etanol, cujas entalpias
energia solar. Em temperaturas acima de 32,3 °C, o sal de combustão encontram-se relacionadas na tabela seguinte.
hidratado absorve calor, liberando moléculas de água,
−1
formando solução concentrada do sal. Quando a temperatura Composto Hoc (kJ mo )
cai abaixo de 32,3 °C, o sal é rehidratado e calor é liberado etanol −1370
da reação reversa. gasolina −5464

Na‚SO„.10H‚O (s) + calor ë Na‚SO„ (aq) + 10H‚O (Ø) A análise dessas informações permite concluir que a(o)
__________ libera mais energia por mol de gás carbônico
Na‚SO„ (aq) + 10H‚O (Ø) ë Na‚SO„.10H‚O (s) + calor produzido, sendo que o valor encontrado é de___________
−1
kJ mo .
Assinale a alternativa correta. Os termos que completam, corretamente, as lacunas são
a) A eficiência na troca de calor durante o processo será tanto a) etanol, 685.
maior quanto menores forem as variações de temperatura b) etanol, 1370.
experimentadas, T‚-T (T‚ > 32,3 °C > T). c) gasolina, 683.
b) Em temperaturas acima de 32,3 °C, as ligações químicas d) gasolina, 685.
H-O são quebradas liberando calor. e) gasolina, 5464.
c) O calor envolvido nas reações origina-se da quebra das
ligações Na-S, S-O e da formação das ligações do sal 13. (Ufla) Com base no conceito de entalpia de formação (H)
hidratado. e dado o diagrama de entalpia de formação de H‚O a seguir,
d) O processo reversível descrito é exotérmico em valores de a alternativa INCORRETA é
temperatura acima de 32,3 °C, tornando-se endotérmico em
temperaturas abaixo de 32,3 °C.
e) As variações de calor das reações originam-se da liberação
ou da absorção de água da rede cristalina do sal.

11. (Ufc) Dentre as diversas utilidades da água líquida, cita-


se sua elevada capacidade de extinguir incêndios, que é
decorrente, principalmente, do seu elevado calor de
vaporização (ÐH(vap) = 9,72 kcal/mol, a 100°C).
Assinale a alternativa correta.
a) O calor de vaporização de uma substância resulta do
rompimento das interações intermoleculares do estado
gasoso. a) a entalpia de formação de H‚O(s) é 42 kJ.
b) A evaporação de 18 g de água, a 100°C, libera 9.720 b) o processo de formação de 1 mol de H‚O(l) libera 286 kJ

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


153
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

de energia.
c) a quantidade de energia envolvida na formação de H‚O(l) 16. (Ufpi) "Está chegando ao Brasil o café "hot when you
depende da quantidade de reagente utilizado. want" (quente quando quiser). Basta apertar um botão no
d) as substâncias simples H‚(g) e O‚(g) no estado padrão fundo da lata, esperar três minutos e pronto! Café quentinho
possuem entalpia igual a zero. (a 60°C) por 20 minutos! Trata-se apenas de um
e) o calor liberado na solidificação do vapor d'água é 86 kJ. compartimento no fundo da lata, que contém,
separadamente, uma substância sólida de alto conteúdo
14. (Ufmg) Combustíveis orgânicos liberam CO‚, em sua energético e água. Ao apertar o botão no fundo da lata, a
combustão. O aumento da concentração de CO‚ na atmosfera placa que separa essas duas substâncias se rompe e a reação
provoca um aumento do efeito estufa, que contribui para o começa. O calor desprendido nesta é, então, aproveitado para
aquecimento do planeta. A tabela a seguir informa o valor aquecer o café na parte superior da lata...".
aproximado da energia liberada na queima de alguns (Folha de São Paulo, 15/08/2002)
combustíveis orgânicos, a 25°C. Com base no texto, analise as afirmativas abaixo.
I. A substância sólida possui elevado conteúdo energético,
porque a variação de entalpia do reticulado (retículo
cristalino) é exotérmica.
II. O café aquece na reação da substância sólida com a água,
porque a variação da entalpia de hidratação é exotérmica.
III. O café aquece, porque a variação de entalpia da reação
de hidratação é maior do que a variação de entalpia do
reticulado.
Marque a opção correta.
O combustível que apresenta o maior quociente energia a) apenas I é verdadeira.
liberada/quantidade de CO‚ produzido é o b) apenas II é verdadeira.
a) metano. c) apenas III é verdadeira.
b) etanol. d) apenas I e II são verdadeiras.
c) n-octano. e) apenas II e III são verdadeiras.
d) metanol.
17. (Pucrj) O metanol é um álcool utilizado como
15. (Ufmg) A queima de metano na presença de oxigênio combustível em alguns tipos de competição automotiva, por
pode produzir duas substâncias distintas que contêm exemplo, na Fórmula Indy. A queima completa (ver reação
carbono: termoquímica abaixo) de 1 L de metanol (densidade
- monóxido de carbono, produzido pela combustão 0,80 g mL−1) produz energia na forma de calor (em kJ) e
incompleta do metano; e
CO2 (em gramas) nas seguintes quantidades
- dióxido de carbono.
respectivamente:
As equações químicas dessas reações são:
Reação I 2 CH3OH( ) + 3 O2(g) → 4 H2O( ) + 2 CO2(g) ;
CH„ (g) + 3/2 O‚ (g) ë 2H‚O (g) + CO (g)
Reação II ΔH = −1453 kJ
CH„ (g) + 2O‚ (g) ë 2H‚O (g) + CO‚ (g) Considere: M(CH3OH) = 32 g mol−1
Considerando-se essas reações, é CORRETO afirmar que
a) ambas são exotérmicas e a quantidade de calor liberado M(CO2 ) = 44 g mol−1
em I é menor que em II. a) 18,2  103 e 1,1 103
b) ambas são endotérmicas e a quantidade de calor absorvido b) 21,3  103 e 0,8  103
em I é menor que em II. c) 21,3  103 e 1,1 103
c) ambas são endotérmicas e a quantidade de calor absorvido d) 18,2  103 e 0,8  103
em II é menor que em I . e) 36,4  103 e 1,8  103
d) ambas são exotérmicas e a quantidade de calor liberado
em II é menor que em I . 18. (Unicamp) Hot pack e cold pack são dispositivos que
permitem, respectivamente, aquecer ou resfriar objetos
rapidamente e nas mais diversas situações. Esses

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


154
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

dispositivos geralmente contêm substâncias que sofrem


algum processo quando eles são acionados. Dois processos Dados:
bastante utilizados nesses dispositivos e suas respectivas Calor de formação (KJ / mol)
energias estão esquematizados nas equações 1 e 2 C2H5OH( ) = −278; H2O( ) = −286; CO2 (g) = −394.
apresentadas a seguir.
Densidade do e tanol = 0,8 Kg / L
NH4NO3 (s) + H2O( ) → NH4+ (aq) + NO3− (aq) ΔH = 26 kJ mol−1 1 a) 1,9  105 KJ.
CaC 2 (s) + H2O( ) → Ca2+ (aq) + 2C − (aq) ΔH = −82 kJ mol−1 2
b) 2,8  105 KJ.
De acordo com a notação química, pode-se afirmar que as
equações 1 e 2 representam processos de c) 9,5  105 KJ.
d) 5,6  105 KJ.
a) dissolução, sendo a equação 1 para um hot pack e a
equação 2 para um cold pack. e) 3,8  104 KJ.
b) dissolução, sendo a equação 1 para um cold pack e a
equação 2 para um hot pack.
c) diluição, sendo a equação 1 para um cold pack e a equação 21. (Fuvest) Os principais constituintes do "gás de lixo" e do
2 para um hot pack. "gás liquefeito de petróleo" são, respectivamente, o metano
d) diluição, sendo a equação 1 para um hot pack e a equação e o butano.
2 para um cold pack.
a) Comparando volumes iguais dos dois gases, nas mesmas
condições de pressão e temperatura, qual deles fornecerá
19. (Ufsc) Grande parte da eletricidade produzida em nosso
maior quantidade de energia na combustão? Justifique sua
planeta é gerada nas usinas termelétricas, que consomem
resposta a partir da hipótese de Avogadro para os gases.
enormes quantidades de combustível para transformar a água
b) Poder calorífico de um combustível pode ser definido
líquida em vapor de água. Esse vapor passa por uma turbina,
como a quantidade de calor liberado por quilograma de
gerando eletricidade.
material queimado. Calcule o poder calorífico do gás
As equações termoquímicas a seguir representam a
metano.
combustão do carvão (C), gás natural (CH„) e gasolina
Massas molares:
(CˆHˆ):
metano = 16 g/mol
butano = 58 g/mol
I. C(s) + O‚(g) ë CO‚(g) + 393 kJ
Calores de combustão (-ÐH):
II. CH„(g) + 2O‚(g) ë CO‚(g) + 2H‚O(l) + 888 kJ
metano = 208 kcal/mol
III. CˆHˆ(l) + 25/2 O‚(g) ë 8CO‚(g) + 9H‚O(l) + 5.440 kJ
butano = 689 kcal/mol
Em relação aos três processos, assinale a(s) proposição(ões)
22. (Uel) Um dos maiores problemas do homem, desde os
CORRETA(S).
tempos pré-históricos, é encontrar uma maneira de obter
(01) As equações I, II e III representam processos energia para aquecê-lo nos rigores do inverno, acionar e
exotérmicos. desenvolver seus artefatos, transportá-lo de um canto a outro
(02) As equações I, II e III representam processos e para a manutenção de sua vida e lazer. A reação de
endotérmicos. combustão é uma maneira simples de se obter energia na
forma de calor. Sobre a obtenção de calor, considere as
(04) O gás natural deve ser utilizado preferencialmente, pois
equações a seguir.
polui menos.
(08) Para produzir a mesma quantidade de energia, a C(grafite) + O2 (g) → CO2 (g) ΔH = −94,1kcal
quantidade de CO‚ lançada na atmosfera obedece à ordem
1
crescente: gasolina, carvão, gás natural. H2O( ) → H2 (g) + O2 (g) ΔH = +68,3 kcal
2
(16) O gás natural libera maior quantidade de energia por
C(grafite) + 2H2 (g) → CH4 (g) ΔH = −17,9 kcal
mol de CO‚ produzido.

Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o valor


20. (Pucpr) Um automóvel cujo consumo de etanol é de do calor de combustão (ΔH) do metano (CH4 ) na equação
10 Km / L de combustível roda em torno de 100 Km por
a seguir.
semana. O calor liberado pela combustão completa do
etanol consumido em um período de 4 semanas é de, CH4 (g) + 2O2 (g) → CO2 (g) + 2H2O( )
aproximadamente:

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


155
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

a) −212,8 kcal b) 0,9


b) −144,5 kcal c) 2,7
c) −43,7 kcal d) 33,0
d) +144,5 kcal e) 53,2
e) +212,8 kcal
26. (Uemg) “Está chegando ao Brasil, o café “hot when you
23. (Fuvest ) As reações, em fase gasosa, representadas pelas want” (em português, “quente quando você quiser”), da
equações I, II e III, liberam, respectivamente, as quantidades Nescafé, desenvolvido na Universidade de Southampton,
Inglaterra. Basta apertar um botão no fundo da lata, esperar
de calor Q J, Q‚ J e Qƒ J, sendo Qƒ > Q‚ > Q.
I) 2NHƒ + 5/2O‚ ë 2NO + 3H‚O ÐH = - Q1J três minutos e pronto! Café quentinho (a 60C ) durante
II) 2NHƒ + 7/2O‚ ë 2NO‚ + 3H‚O ÐH‚ = - Q‚J 20 minutos! Mas, afinal, qual será a tecnologia de ponta do
III) 2NHƒ + 4O‚ ë N‚O… + 3H‚O ÐHƒ = - QƒJ “hot when you want”? Apenas um compartimento no fundo
da lata que contém, separadamente, a cal viva (a mesma do
Assim sendo, a reação representada por fogo grego!) e a água. Ao apertar o botão no fundo da lata, a
IV) N‚O… ë 2NO‚ +1/2O‚ ÐH„ será placa que separa essas duas substâncias se rompe e a reação
a) exotérmica, com ÐH„ = (Qƒ - Q1)J. começa. O calor desprendido na reação é então aproveitado
b) endotérmica, com ÐH„ = (Q‚ - Q1)J. para aquecer o café na parte superior da lata. Simples, mas
genial!”
c) exotérmica, com ÐH„ = (Q‚ - Qƒ)J.
d) endotérmica, com ÐH„ = (Qƒ - Q‚)J. http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u1026
e) exotérmica, com ÐH„ = (Q - Q‚)J. 8.shtml. Acesso em 3/7/2014

24. (Pucsp ) Dados: Entalpia de ligação A reação e a energia envolvidas estão descritas na equação
abaixo:
H - H = 435 kJ/mol
N - H = 390 kJ/mol CaO(s) + H2O( ) → Ca(OH)2 (aq)
A reação de síntese da amônia, processo industrial de grande H = −20, 4 kcal / mol
relevância para a indústria de fertilizantes e de explosivos, é
representada pela equação Considere que são necessários 0,3 kcal de energia para se
N‚(g) + 3 H‚(g) ë 2 NHƒ(g) ÐH = - 90 kJ elevar em 1C a temperatura de 300 mL de água contida
A partir dos dados fornecidos, determina-se que a entalpia de numa latinha de café “hot when you want” e que toda
ligação contida na molécula de N‚ energia liberada seja utilizada para aquecer a bebida.

Qual a massa aproximada de óxido de cálcio (CaO) que


é igual a será utilizada na reação para que a temperatura da bebida
a) - 645 kJ/mol passe de 20C para 60C ?
b) 0 kJ/mol a) 33 g
c) 645 kJ/mol b) 0,014 g
d) 945 kJ/mol c) 12 g
e) 1125 kJ/mol d) 0,82 g

25. (Pucrs) O isoctano líquido (C8H18 ) e o gás hidrogênio 27. (Ufpr) O etanol (C‚H…OH) é um combustível
são importantes combustíveis. O primeiro está presente na amplamente utilizado no Brasil para abastecer o tanque de
gasolina; o segundo, na propulsão de foguetes. automóveis. Dados:
As entalpias aproximadas de formação do gás carbônico, do
vapor de água e do isoctano líquido (C8H18 ) são,
2C(grafite) + 3H‚(g) + 1/2O‚(g) ë C‚H…OH(Ø) ÐH = -
respectivamente, −393, −242 e −259 kJ / mol. 277,7 kJ

A partir desses dados, o calor liberado na combustão de 1 kg


C(grafite) + O‚(g) ë CO‚(g) ÐH = -393,5 kJ
de hidrogênio gasoso é, aproximadamente, ________ vezes
maior do que o calor liberado na combustão de 1kg de
isoctano líquido. H‚(g) + 1/2O‚(g) ë H‚O(g) ÐH = -285,8 kJ
a) 0,4
Sobre a combustão completa de 1 mol de etanol em oxigênio

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


156
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

suficiente para formar CO‚(g) e H‚O(g), de acordo com a c) 18 kJ/mol


estequiometria, é correto afirmar: d) 876 kJ/mol
I. A variação de entalpia na reação de combustão é ÐH = -
1366,7 kJ.
II. A combustão completa de 1 mol de etanol exige 3/2 mol 29. (Ufrs ) A seguir é apresentado um quadro com algumas
de O‚(g). Energias de Ligação no estado gasoso:
III. Se a combustão for desenvolvida em um meio com
excesso de O‚(g), produzirá mais calor do que na presença
de oxigênio estequiométrico.
IV. A variação de volume observada na transformação do
etanol em água e gás carbônico é positiva nas C.N.T.P.
V. A "Lei de Hess" determina que uma reação química pode
ser descrita pela soma de duas ou mais reações adequadas.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas I, IV e V são verdadeiras.
e) Somente as afirmativas I, III e V são verdadeiras.
São feitas as seguintes afirmações:
28. (Ufrn) Alex, jogando futebol, sofreu uma luxação no I - É preciso mais energia para decompor a molécula de
tornozelo, sendo obrigado a imobilizá-lo com bota de gesso. oxigênio do que para decompor a molécula de nitrogênio.
Durante a aplicação da bandagem ortopédica devidamente II - A molécula de HCØ deve ser mais estável do que as
molhada, o estudante observou que, à medida que enxugava, moléculas de HBr e HI.
o gesso se aquecia. Na convalescença, aproveitando o tempo III - Entre as moléculas gasosas H‚, O‚ e CØ‚, a molécula de
livre, Alex resolveu consultar seus livros de química. Daí CØ‚ é a menos estável.
descobriu que a cristalização do gesso ocorre com aumento IV - A reação H‚(g) + CØ‚(g) ë 2 HCØ(g) deve ser
da água de hidratação e diminuição do conteúdo de energia, endotérmica.
conforme a equação abaixo: Quais estão corretas?
a) Apenas I e II.
[CaSO„ . 1/2 H‚O](amorfo) + 3/2 H‚O(Ø) ë [CaSO„ . 2 b) Apenas I e III.
H‚O](cristal); ÐH¡ < 0 c) Apenas II e III.
d) Apenas I, III e IV.
Continuando sua pesquisa bibliográfica, numa tabela e) Apenas II, III e IV.
termoquímica, abaixo reproduzida, Alex encontrou os
valores para os calores de formação padrão (ÐH¡ f) do gesso 30. (Uerj ) Mudanças de estado físico e reações químicas são
cristalizado (endurecido), do gesso amorfo (em pó) e da água transformações que produzem variações de energia.
líquida: As equações termoquímicas a seguir exemplificam algumas
dessas transformações e suas correspondentes variações de
energia ocorridas a 25°C e 1 atm.

I) H‚O (Ø) ë H‚O (v) ÐH = 44,0 kJ × mol­¢

II) C‚H…OH (Ø) ë C‚H…OH (v) ÐH = 42,6 kJ × mol-¢


Então, Alex calculou corretamente a quantidade de calor
liberada pelo processo de hidratação do gesso como sendo III) C‚H…OH (Ø) + 3O‚ (g)ë2CO‚(g) + 3 H‚O (Ø) ÐH =
igual a -x kJ × mol-¢
a) 733 kJ/mol
b) 161 kJ/mol IV) C‚H…OH (v) + 3O‚ (g)ë2CO‚(g) + 3 H‚O (v) ÐH =

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


157
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

-y kJ × mol-¢ c) 60kcal  mol−1.


d) 80kcal  mol−1.
a) Classifique a equação I quanto ao aspecto termoquímico e
identifique o tipo de ligação intermolecular rompida na e) 85kcal  mol−1.
transformação exemplificada pela equação II.
b) Com base na Lei de Hess, calcule a diferença numérica 33. (Udesc) Previsões acerca da diminuição da oferta de
combustíveis fósseis impulsionam o desenvolvimento de
entre a quantidade de calor liberada pela reação III e a combustíveis alternativos de fácil obtenção, que liberam
quantidade de calor liberada pela reação IV. grande quantidade de energia por grama de material,
conhecido como densidade energética, e cujos produtos
contribuem para a redução do impacto ambiental.
31. (Unicamp) Um artigo científico recente relata um
processo de produção de gás hidrogênio e dióxido de Entalpia de combustão
carbono a partir de metanol e água. Uma vantagem dessa Combustível Hreação (kJ / mol)
descoberta é que o hidrogênio poderia assim ser gerado em
hidrogênio, H2(g) −241,83
um carro e ali consumido na queima com oxigênio. Dois
possíveis processos de uso do metanol como combustível propano,
num carro – combustão direta ou geração e queima do C3H8(g) −2.043,15
hidrogênio – podem ser equacionados conforme o esquema metano, CH4(g) −802,30
abaixo:
etanol,
C2H5OH( ) −1.368,00
CH3OH(g) + 3 O2 (g) → CO2 (g) + 2 H2O(g) combustã
2 o direta
geração e Com relação à tabela e às informações, analise as
CH3OH(g) + H2O(g) → CO2 (g) + 3H2 (g)
queima de proposições.
H2 (g) + 1 O2 (g) → H2O(g) hidrogêni
2
o I. O combustível com maior densidade energética é o
hidrogênio, cuja combustão libera água.
De acordo com essas equações, o processo de geração e II. O combustível com maior densidade energética é o
queima de hidrogênio apresentaria uma variação de energia propano, cuja combustão libera dióxido de carbono e
a) diferente do que ocorre na combustão direta do metanol, água.
já que as equações globais desses dois processos são III. O etanol tem densidade energética maior que o metano e
diferentes. hidrogênio, tornando-se mais vantajoso, sendo que sua
b) igual à da combustão direta do metanol, apesar de as queima libera dióxido de carbono e água.
equações químicas globais desses dois processos serem IV. O etanol tem a menor densidade energética, no entanto,
diferentes. é de grande interesse comercial e ambiental, pois é
c) diferente do que ocorre na combustão direta do metanol, derivado de biomassa disponível no Brasil e sua
mesmo considerando que as equações químicas globais combustão libera somente água.
desses dois processos sejam iguais. V. Somente hidrogênio e metano não são combustíveis
d) igual à da combustão direta do metanol, já que as equações fósseis, o que justifica a menor densidade energética
químicas globais desses dois processos são iguais. destas substâncias, quando comparados aos demais
combustíveis da tabela.
32. (Ufrgs) A reação de cloração do metano, em presença de
luz, é mostrada abaixo. Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
CH4 + C → CH3C + HC H = −25kcal  mol−1 b) Somente a afirmativa I é verdadeira.
2
c) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
Considere os dados de energia das ligações abaixo.
d) Somente as afirmativas IV e V são verdadeiras.
e) Somente a afirmativa V é verdadeira.
C−H = 105kcal  mol−1
34. (Enem 2015) O aproveitamento de resíduos florestais
C − C = 58kcal  mol−1 vem se tornando cada dia mais atrativo, pois eles são uma
H−C = 103kcal  mol−1 fonte renovável de energia. A figura representa a queima de
um bio-óleo extraído do resíduo de madeira, sendo ΔH1 a
A energia da ligação C − C , no composto CH3 C , é variação de entalpia devido à queima de 1 g desse bio-óleo,
resultando em gás carbônico e água líquida, e ΔH2 , a
a) 33kcal  mol−1.
variação de entalpia envolvida na conversão de 1 g de água
b) 56kcal  mol−1. no estado gasoso para o estado líquido.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


158
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

isopropílico, ocorre a absorção do calor dessa combustão


pela água, não existindo calor suficiente para que a cédula
se queime.
d) A vaporização da água pode ser demonstrada através da
equação: H2O( ) → H2O(g) ΔH = −43,7kJ mol.

36. (Enem 2018) Por meio de reações químicas que


envolvem carboidratos, lipídeos e proteínas, nossas
células obtêm energia e produzem gás carbônico e
água. A oxidação da glicose no organismo humano
libera energia, conforme ilustra a equação química,
sendo que aproximadamente 40% dela é
disponibilizada para atividade muscular.

C6H12O6(s) + 6 O2(g) → 6 CO2(g) + 6 H2O( ) CH = −2.800 k

Considere as massas molares (em


−1
g mol ) : H = 1; C = 12; O = 16.
A variação de entalpia, em kJ, para a queima de 5 g desse
bio-óleo resultando em CO2 (gasoso) e H2O (gasoso) é: LIMA, L. M.; FRAGA, C. A. M.; BARREIRO, E. J.
a) −106. Química na saúde. São Paulo: Sociedade Brasileira de
b) −94. Química, 2010 (adaptado).
c) −82.
d) −21,2. Na oxidação de 1,0 grama de glicose, a energia obtida
e) −16,4. para atividade muscular, em quilojoule, é mais próxima
de
35. (Uece) Em um laboratório de Química, foi realizada uma a) 6,2.
experiência, cujo procedimento foi o seguinte: b) 15,6.
c) 70,0.
1. Colocou-se 30 m de água destilada em um béquer de
d) 622,2.
capacidade de 100 m .
e) 1.120,0.
2. Adicionou-se, neste mesmo béquer, 30 m de álcool
isopropílico. 37. (Enem 2016) O benzeno, um importante solvente
3. Com um bastão de vidro, fez-se agitação na solução. para a indústria química, é obtido industrialmente pela
4. Em seguida, mergulhou-se uma cédula de R$ 100,00 no destilação do petróleo. Contudo, também pode ser
béquer contendo a solução, e deixou-se que a cédula sintetizado pela trimerização do acetileno catalisada
embebesse a solução por dois minutos. por ferro metálico sob altas temperaturas, conforme a
5. Com uma pinça de madeira, retirou-se a cédula do béquer equação química:
pinçando-a por uma das pontas.
6. A cédula foi então submetida à chama de uma vela, para 3 C2H2(g) → C6H6( )
que ela queimasse; essa ação permitiu a combustão do
álcool isopropílico.
7. Observou-se em seguida que, apesar de a cédula ter sido A energia envolvida nesse processo pode ser
submetida ao fogo da chama da vela, ela não queimou, calculada indiretamente pela variação de entalpia das
ficando da mesma forma que estava antes da experiência. reações de combustão das substâncias participantes,
nas mesmas condições experimentais:
Com relação a essa experiência, assinale a afirmação
verdadeira. I.
a) A reação de combustão do álcool isopropílico é 5
C2H2(g) + O2(g) → 2 CO2(g) + H2O( ) Hc0 = −310 kcal m
2C3H7OH( ) + 9O2(g) → 6CO2(g) + 8H2O(g), e a 2
entalpia é: ΔH = +1827kJ mol.
II.
b) A combustão do álcool isopropílico libera energia na 15
forma de calor e a vaporização da água também libera C6H6( ) + O2(g) → 6 CO2(g) + 3 H2O( ) Hc0 = −780 kca
2
energia que apaga as chamas da cédula.
c) Ao mesmo tempo em que ocorre a combustão do álcool

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


159
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

A variação de entalpia do processo de trimerização,


em kcal, para a formação de um mol de benzeno é
mais próxima de MÓDULO 05 - TERMOQUÍMICA
a) −1.090.
b) −150. GABARITOS E RESOLUÇÕES COMENTADAS
c) −50.
d) +157.
e) +470. Resposta da questão 1: [C]
Reações de combustão:
38. (Enem PPL 2016) Atualmente, soldados em 15
1C 6H6 + O 2 → 6CO 2 + 3H2 O hC = −3268 kJ
campo, seja em treinamento ou em combate, podem 2
aquecer suas refeições, prontas e embaladas em 1C 2H5 OH + 3O 2 → 2CO 2 + 3H2 O hC = −1368 kJ
bolsas plásticas, utilizando aquecedores químicos,
1C 6H12 O 6 + 6O 2 → 6CO 2 + 6H2 O hC = −2808 kJ
sem precisar fazer fogo. Dentro dessas bolsas existe
magnésio metálico em pó e, quando o soldado quer 1CH4 + 2O 2 → 1CO 2 + 2H2 O hC = −890 kJ
aquecer a comida, ele coloca água dentro da bolsa, 25
promovendo a reação descrita pela equação química: 1C 8H18 + O 2 → 8CO 2 + 9H2 O hC = −5471 kJ
2
Para uma mesma quantidade de energia liberada (1000 kJ),
Mg(s) + 2 H2O( ) → Mg(OH)2(s) + H2(g) + 350 kJ
teremos;
15
1C6H6 + O2 → 6CO2 + 3H2O hC = −3268 kJ
O aquecimento dentro da bolsa ocorre por causa da 2
a) redução sofrida pelo oxigênio, que é uma reação 6 mols 3268 kJ (liberados)
exotérmica. x mols 1000 kJ (liberados)
b) oxidação sofrida pelo magnésio, que é uma reação x  1,84 mol
exotérmica.
c) redução sofrida pelo magnésio, que é uma reação
1C2H5 OH + 3O2 → 2CO2 + 3H2O hC = −1368 kJ
endotérmica.
2 mols 1368 kJ (liberados)
d) oxidação sofrida pelo hidrogênio, que é uma
reação exotérmica. y mols 1000 kJ (liberados)
e) redução sofrida pelo hidrogênio, que é uma reação y  1,46 mol
endotérmica. 1C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2O hC = −2808 kJ
6 mols 2808 kJ (liberados)
39. (Enem 2019) Glicólise é um processo que ocorre z mols 1000 kJ (liberados)
nas células, convertendo glicose em piruvato. Durante
z  2,14 mol
a prática de exercícios físicos que demandam grande
quantidade de esforço, a glicose é completamente 1CH4 + 2O2 → 1CO2 + 2H2O hC = −890 kJ
oxidada na presença de O2 . Entretanto, em alguns 1 mols 890 kJ (liberados)
casos, as células musculares podem sofrer um deficit t mols 1000 kJ (liberados)
de O2 e a glicose ser convertida em duas moléculas t  1,12 mol
de ácido lático. As equações termoquímicas para a
combustão da glicose e do ácido lático são, 25
1C8H18 + O2 → 8CO2 + 9H2O hC = −5471 kJ
respectivamente, mostradas a seguir: 2
8 mols 5471 kJ (liberados)
C6H12O6(s) + 6 O2(g) → 6 CO2(g) + 6 H2O( ) w mols 1000 kJ (liberados)
CH = −2.800 kJ w  1,46 mol
CH3CH(OH)COOH(s) + 3 O2(g) → 3 CO2(g) + 3 H2O( ) Conclusão: Para uma mesma quantidade de energia liberada
(1000 kJ) a glicose libera maior quantidade de CO2 .
CH = −1.344 kJ

O processo anaeróbico é menos vantajoso Resposta da questão 2: [C]


energeticamente porque Resposta da questão 3: [C]
a) libera 112 kJ por mol de glicose. Resposta da questão 4: [C]
b) libera 467 kJ por mol de glicose.
c) libera 2.688 kJ por mol de glicose.
d) absorve 1.344 kJ por mol de glicose.
e) absorve 2.800 kJ por mol de glicose.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


160
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

d = 0,80 g / cm3 = 800 g / L quebra das ligações de interação entre o sal e a água
1L 800 g de hidratação.
40L m
Não há quebra das ligações indicadas no item.
E) verdadeiro
m = 32.000 g
Como explicado no item c, ocorre quebra e formação
32.000 g 100 % de ligações de interação entre água e o sal.
me tanol 96 % Para a quebra das interações entre o sal e a água,
me tanol = 30.720 g ocorre absorção de calor. Para a formação das
30.720 interações entre o sal e a água, ocorre liberação de
ne tanol = = 667,826 mols energia.
46

Resposta da questão 11: [C]

Resposta da questão 12: [A]


Para o etanol:
C2H5OH + 3O2 → 2CO2 + 3H2O
1mol (etanol) 1255 kJ liberados
1 mol de etanol forma 2 mols de CO2 se:
667,826 mols E
2 mol de CO 2 libera 1370kJ
E = 8,38  105 kJ liberados 1 mol de CO 2 libera x
x = −685kJ / mol de CO 2
Resposta da questão 5: [B]
Cuidado com essa questão, pois a mesma solicita Para a gasolina:
apenas os fenômenos químicos endotérmicos.
C8H18 + 25 O2 → 8CO2 + 9H2O
A fusão do ferro é um fenômeno físico endotérmico, 2
por isso não pode ser considerada como resposta.
1 mol de gasolina forma 8 mols de CO2 se:
Resposta da questão 6: [C] 8 mol de CO 2 libera 5464 kJ
Resposta da questão 7: [C] 1 mol de CO 2 libera x
Resposta da questão 8: [B] x = −683kJ / mol de CO 2
Resposta da questão 9: [B]
Assim, a alternativa [A] que completa a frase corretamente.
A partir das energias de ligação fornecidas, vem:
Resposta da questão 13: [A]
CO + C → CC 2O Resposta da questão 14: [A]
2
Resposta da questão 15: [A]
+1080 kJ +243 kJ −(2  328 + 745) kJ
Resposta da questão 16: [E]
quebra quebra formação
absorção de absorção de liberação de A energia de rede é endotérmica
energia energia energia
A dissociação de sólidos em líquidos ocorre em duas
H = +1080 + 243 − 1401 = −78 kJ etapas
H = −78 kJ Energia de rede = energia reticular (do retículo
cristalino) é endotérmica
Energia de solvatação = energia de hidratação é
Resposta da questão 10: [E] exotérmica
a) falso A soma dessas duas etapas fara com que a
Para a primeira reação acontecer, quanto maior a dissolução de sólidos em líquidos seja endotérmica
temperatura mais favorável a reação de desidratação ou exotérmica.
do sal, formando o sal anidro. No caso desta questão a energia liberada na etapa de
Já a reação de hidratação do sal anidro, formando o hidratação é maior que a energia absorvida na quebra
sal hidratado, a reação é exotérmica, uma do retículo cristalino do sólido, por isso a dissolução é
temperatura menor favorece a reação. exotérmica. Essa energia liberada pela dissolução
aquece a lata e consequentemente aquece o café.
Assim variações maiores de temperaturas São mais
favoráveis para favorecer uma ou outra reação. Resposta da questão 17: [A]
C) falso
Não ocorre quebra de ligações covalentes, mas sim

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


161
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

m m Sob as mesmas condições de temperatura e pressão, mol e


d=  0,8 =  m = 800g de metanol
V 1000 volume são grandezas diretamente proporcionais, assim o butano
64g 1453kJ fornecerá mais energia na combustão, pois é o combustível que
800g x fornece a maior quantidade de energia por mol e
consequentemente também é o combustível que libera mais
x = 18,2  103kJ
energia por unidade de volume.
64g 88g de CO 2
800g x b) Para 1kg = 1000 g de cada combustível teremos:
x = 1,1 10 g3
Massa molar CH4 = 16 g/mol
16 g de CH4 ---------------------- 208 Kcal (liberados)
Resposta da questão 18: [B] 1000 g de CH4 ---------------------- X Kcal (liberados)
Teremos dissoluções: X = 13.000 Kcal/Kg de CH4
Cold pack (processo
endotérmico; absorção de calor) Massa molar C4H10 = 58 g/mol
NH4NO 3 (s) + H2 O( ) → H = +26 kJ mol −1
1 58 g de C4H10---------------------- 689 Kcal (liberados)
1000 g de C4H10---------------------- X Kcal (liberados)
NH4 + (aq) + NO 3 − (aq) X = 11.879,3 Kcal/Kg de C4H10
Hot pack (processo exotérmico; Assim o metano possui um poder calorífico maior que o butano
liberação de calor)
CaC 2 (s) + H2 O( ) → H = −82 kJ mol−1 2 Resposta da questão 22: [A]

Ca2 + (aq) + 2C − (aq) C(grafite) + O 2 (g) → CO 2 (g) H = −94,1kcal


2H2 (g) + 1O2 (g) → 2H2 O( ) H = +68,3 kcal (inverter e  2)
Resposta da questão 19: 01 + 04 + 16 = 21
CH4 (g) → C(grafite) + 2H2 (g) H = −17,9 kcal (inverter)
Resposta da questão 20: [C]
C 2H5 OH + 3O 2 → 2CO 2 + 3H2 O CH4 (g) + 2O2 (g) → CO2 (g) + 2H2 O( )

De acordo com a Lei de Hess, a variação de entalpia final


H = Hp − Hr
corresponde ao somatório das variações de entalpias das reações
H = [2( −394) + 3( −286)] − [ −278] intermediárias, assim teremos:
H = −788 − 858 + 278 −94,1 − 2  (68,3) + 17,9 = −212,8 Kcal
H = −1368 kJ/mol
Resposta da questão 23: [D]
4 semanas 400km
Resposta da questão 24: [D]
10km / 1 L 40L de combustível
m Resposta da questão 25: [C]
d= = 0,8  40 = m
V Teremos:
m = 32kg

1 mol de etanol 46g


x 32000g
x = 695,65mol

1 mol 1368 kJ
695,65 y
y = 9,5  10 kJ
5

Resposta da questão 21:


a) Volumes iguais nas mesmas condições de temperatura em
pressão, correspondem ao mesmo número de mols de cada
gás.
1 CH4(g) + 2 O2(g) → 1 CO2(g) + 2 H2O () H = −208 kcal/mol
1 C4H10(g) + 13/2 O2(g) → 4 CO2(g) + 5 H2O ()H = −689 kcal/mol

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


162
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

H0f (água) = −242 kJ / mol × mol−1


1H2 + 0,5O 2 → 1H2 O H = −242 kJ / mol
Assim teremos:
2g − 242 kJ (liberados)
132 + (−42,6) + (−X) = −Y
1000g E
Ele está pedindo o valor de X − Y
E = −121.000 kJ
132 - 42,6 = X − Y
C 8H18 + 12,5O 2 → 8CO 2 + 9H2 O
X − Y = 89,4 kJ × mol−1
−259 kJ 12,5 0 kJ 8−393 kJ 9−242 kJ

H = Hprodutos − Hreagentes Resposta da questão 31: [D]


H = [8  −393 kJ + 9  −242 kJ] − [ −259 kJ + 0] O processo de geração e queima de hidrogênio apresentaria uma
H = −5.063 kJ variação de energia igual à da combustão direta do metanol, já que
as equações químicas globais desses dois processos são iguais
C 8H18 + 12,5O 2 → 8CO 2 + 9H2 O H = −5.063 kJ (Lei de Hess).
114 g − 5.063 kJ (liberados)
combustão
1000 g E' CH3OH(g) + 3 O2 (g) → CO2 (g) + 2 H2O(g)
2 direta
E' = −44.412,28 kJ
E 121.000 CH3 OH(g) + H2O(g) → CO2 (g) + 3H2 (g)
= = 2,724  2,7 geração e
E' 44.412,28
3 H2 (g) + 3 O2 (g) → 3 (2)H2 O(g) queima de
2
CH3 OH(g) + 3 O2 (g) ⎯⎯⎯Global
→ CO2 (g) + 2H2O(g) hidrogênio
Resposta da questão 26: [A] 2
Para 300 mLl de água teremos:
Resposta da questão 32: [E]
0,3kcal 1C
x 40C CH4 + C 2 → CH3 C + HC H = −25kcal  mol−1
x = 12kcal +4  C − H C −C 3C −H + C − C H−C
+4  105 kcal + 58 kcal − (3  105 kcal + C − C ) − 103 kcal
56g de CaO − 20,4kcal H = Hreagentes + Hprodutos
x − 12kcal −25 kcal = +4  105 kcal + 58 kcal − (3  105 kcal + C − C ) − 103 kcal
−25 = +420 + 58 − 315 − C − C − 103
x = 32,94g  33g
C − C = +420 + 58 − 315 − C − C − 103 + 25
Resposta da questão 27: [D] C − C = 85 kcal
Resposta da questão 28: [C]
Resposta da questão 29: [C] Resposta da questão 33: [B]
O combustível com maior densidade energética é o hidrogênio,
Resposta da questão 30: cuja combustão libera água.
a) A equação I é endotérmica, ou seja, absorve calor, pois o H 1
1H2 (g) + O 2 (g) → H2 O( ) H = −241,83 kJ / mol
é positivo. 2
Na equação II ocorre vaporização do etanol, ou seja, ligações 2g 241,83 kJ liberados
de hidrogênio (pontes de hidrogênio) são rompidas nesta 1g 120,915 kJ liberados
mudança de fase. Além as ligações de hidrogênio, que são as
interações mais intensas, são rompidas também forças de 1 C 3H8 (g) + 5O 2 (g) → 3CO 2 (g) + 4H2 O( ) H = −2.043,15 kJ / mol
dispersões de Londom, pois existe um aparte apolar na 44 g 2.043,15 kJ liberados
molécula de etanol. 1g 46,435 kJ liberados

b) Somando as três equações abaixo obteremos a equação IV: 1 CH4 (g) + 2O 2 (g) → 1CO 2 (g) + 2H2 O( ) H = −802,30 kJ / mol
I) 3 H2O () → 3 H2O (v) H = 132,0 kJ × mol−1 (mantida) 16 g 802,30 kJ liberados
1g 50,144 kJ liberados
(x3)
II) C2H5OH (v) → C2H5OH () H = − 42,6 kJ × mol−1
1 C 2H6 O(g) + 3O 2 (g) → 2CO 2 (g) + 3H2 O( ) H = −1.368,00 kJ / mol
(invertida) 46 g 1.368,00 kJ liberados
III) C2H5OH () + 3O2(g) → 2CO2(g) + 3 H2O () H = −x kJ 1g 29,739 kJ liberados

× mol−1 (mantida)
Resposta da questão 34: [C]
Global: C2H5OH (v) + 3O2(g) → 2CO2(g) + H2O (v) H = −y kJ A partir da análise do diagrama, vem:

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


163
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Bio − óleo + O2(g) → CO2(g) + H2O( ) H1 = −18,8 kJ / g


Resposta da questão 38: [B]
CO2 (g) + H2O(g) → CO2(g) + H2O( ) H2 =− 2,4 kJ / g
O aquecimento dentro da bolsa ocorre por causa da
Invertendo a segunda equação e aplicando a Lei de Hess, teremos: oxidação sofrida pelo magnésio, que é uma reação
Bio − óleo + O 2( g) → CO 2( g) + H2 O( ) H1 = −18,8 kJ / g exotérmica, ou seja, que libera calor (350 kJ).

CO 2( g) + H2 O( → CO 2( g) + H2 O( g) H2 =+ 2,4 kJ / g
) Mg(s) + 2 H2O( ) → Mg(OH)2 (s) + H2 (g) + 350 kJ
Bio − óleo + O 2( g) ⎯⎯⎯
→ CO 2( g) + H2 O( g) H = H1 + H2
Global
0 +2 Calor
liberado
H = −18,8 + 2,4 = −16,4 kJ / g
→ Mg2+ + 2e−
oxidação
1g − 16,4 kJ (liberados) Mg0 ⎯⎯⎯⎯⎯
5g 5  ( −16,4) kJ (liberados)
Resposta da questão 39: [A]
−82,0 kJ

Variação de entalpia = −82,0 kJ Glicose: C6H12O6(s) .


Ácido lático: CH3CH(OH)COOH(s) .
Resposta da questão 35: [C]
Como a água no estado líquido presente na cédula absorve o calor De acordo com o texto do enunciado a glicose pode
ser convertida em duas moléculas de ácido lático
liberado na combustão do álcool isopropílico para passar para o
(equação global):
estado gasoso, o calor liberado resultante não é suficiente para
1C6H12O6(s) → 2 CH3CH(OH)COOH(s).
queimar a cédula.

Aplicando a lei de Hess às equações termoquímicas


Resposta da questão 36: [A]
mostradas, para obter a equação global, vem:
C6H12O6 = 6  12 + 12  1 + 6  16 = 180 1 C6H12O6(s) + 6 O2(g) → 6 CO2(g) + 6 H2O( )
MC6H12O6 = 180 g mol H1 = −2.800 kJ (manter)
C6H12O6(s) + 6 O2(g) → 6 CO2(g) + 6 H2O( ) CH = −2.800 kJ 1 CH3 CH(OH)COOH(s) + 3 O2(g) → 3 CO2(g) + 3 H2O( )

40 H2 = −1.344 kJ (2; inverter)


180 g 2.800 kJ  (obtidos)
100 1 C6H12O6(s) + 6 O2(g) → 6 CO2(g) + 6 H2O( )
1g E H1 = −2.800 kJ
40 6 CO2(g) + 6 H2O( ) → 2CH3 CH(OH)COOH(s) + 6 O2(g)
1 g  2.800 kJ 
E= 100
H2 = +2.688 kJ
180 g
−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
E = 6,222 kJ  6,2 kJ Global
1 C6H12O6(s) ⎯⎯⎯⎯
→ 2 CH3 CH(OH)COOH(s) ΔH = H1 + H2
ΔH = H1 + H2
Resposta da questão 37: [B]
ΔH = 2.800 kJ + 2.688 kJ
ΔH = −112 kJ
5
C2H2(g) + O2(g) → 2 CO2(g) + H2O( ) O processo libera 112 kJ por mol de glicose.
2
H0c = −310 kcal mol
(manter e multiplicar por 3)
15
C6H6( ) + O2(g) → 6 CO2(g) + 3 H2O( )
2
H0c = −780 kcal mol
(inverter)

15
3 C2H2(g) + O2(g) → 6 CO2(g) + 3 H2O( )
2
H0c = 3  ( −310) kcal mol
15
6 CO2(g) + 3 H2O( ) → C6H6( ) + O2(g)
2
H0c = +780 kcal mol
−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−−
Global
3 C2H2(g) ⎯⎯⎯⎯
→ C6H6( )
H = [3  ( −310) + 780] kcal mol
H = −150 kcal mol

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


164
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

MÓDULO 06 - TERMODINÂMICA

1) Conceitos fundamentais

a) Termodinâmica: é o estudo da energia e suas transformações;


b) Sistema: é a parte do universo que decidimos estudar;
c) ambiente ou ambiente do sistema: são todas as partes do universo que não fazem parte do sistema;
d) fronteira do sistema: é o que separa o sistema do seu ambiente, podendo ser visível, como as paredes de
um béquer ou invisível, como a fronteira que separa a troposfera da estratosfera;
Os sistemas podem ser classificados quanto à troca de matéria e energia em três tipos:
Sistema aberto: é aquele que troca matéria e energia com o ambiente; Ex. um béquer contendo uma solução
aquosa de NaOH;
Sistema fechado: é aquele que não troca matéria, mas troca energia com o ambiente; Ex. uma lâmpada
fluorescente ou incandescente;
Sistema isolado: é aquele que não troca nem matéria nem energia com o ambiente; Ex. uma aproximação de
um sistema isolado é a garrafa térmica;

e) Calor: é uma energia em trânsito; é a energia transferida de um objeto mais quente para um objeto mais
frio;
O calor é uma propriedade extensiva da matéria;
Calor sensível: está relacionado com alterações na temperatura: Q = m.c.t
Calor latente: está relacionado as mudanças de fase: Q = m. L
Propriedade extensiva: depende da quantidade de matéria da amostra (se você dividir ao meio a amostra, a
propriedade terá a metade do valor original). Ex. massa, volume, comprimento;
Propriedade intensiva: não depende da quantidade da amostra (se você dividir ao meio a amostra, as duas
partes ainda terão a mesma propriedade). Ex. temperatura, pressão, densidade, massa molar, cor.
f) Temperatura: é a medida da agitação térmica das partículas do sistema;
g) Trabalho (W) : é uma energia em trânsito; é a troca de energia sem a influência de diferenças na
temperatura;
É o movimento contra uma força oposta: W = F. d

2) Energia interna (E)


Energia interna é a energia total de um sistema;
A energia interna está relacionada com as atrações intermoleculares e com o movimento (rotacional,
translacional e vibracional).
A energia interna é uma função de estado;
Função de estado: é qualquer propriedade que não depende da história do sistema e nem do seu futuro;
Ex.: pressão, temperatura, volume. Para medir essas propriedades de um sistema não precisaríamos saber de
nem uma outra informação além do valor atual.
As variações de valores entre funções de estado podem ser calculadas por uma simples subtração do valor
final e inicial. Assim, esta independência do mecanismo através do qual ocorre uma variação é a característica
marcante de todas as funções de estado;
A energia interna de um sistema é a soma da energia cinética (Ec) com a energia potencial (Ep)

Esistema = Ec + Ep

Como não podemos realmente saber o valor absoluto da energia interna de um sistema, pois o nível zero de
energia potencial é arbitrário, temos interesse somente na variação da energia interna (E) de um sistema onde
ocorre uma transformação.

E = Efinal – Einicial

Tanto a variação da energia interna (E) como a energia interna (E) são funções de estado;

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


165
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

A variação da energia interna de um sistema provocada por uma reação química pode ser representada por:
E = Eprodutos – Ereagentes

Assim temos:
E > 0: o sistema absorve energia interna;
E < 0: o sistema libera energia interna;

3) Primeira lei da termodinâmica

Na termodinâmica estudamos duas formas pelos quais um sistema pode trocar energia com o seu ambiente:
calor e trabalho;
Primeira lei da termodinâmica:
A energia interna de um sistema isolado é constante;
A variação da energia interna de um sistema (E) é igual à soma entre o calor absorvido pelo sistema e o
trabalho realizado sobre o sistema;

E = Q + W

Q = quantidade de calor absorvido pelo sistema;


W= quantidade de trabalho realizado sobre o sistema;

Convenção de sinais:
Q > 0: calor é absorvido pelo sistema;
Q < 0: calor é liberado pelo sistema;
W > 0: trabalho é feito sobre o sistema;
W < 0: trabalho é feito pelo sistema;
Quando energia (calor ou trabalho) sai do sistema, o sinal é negativo, pois o sistema perde energia interna;
Quando energia (calor ou trabalho) entra no sistema, o sinal é positivo, pois o sistema aumenta a sua energia
interna;
O calor e o trabalho não são funções de estado, embora a sua soma (E) o seja;

4) Trabalho relacionado a expansão ou à compressão de um gás

Pressão é a quantidade de força atuando perpendicularmente a uma superfície, dividida pela área, ou seja, é a
razão entre a força e a área.
força
Pressão =
área
Vamos deduzir uma expressão que permita calcular o trabalho de expansão ou compressão realizado por um
cilindro contendo um embolo móvel e um gás em seu interior:

W = F. d
força F
W = F. h como Pressão = P F P. A
área A

W = P.A. h como o volume de um cilindro: V = A. h


W = P. V

a) Trabalho de expansão (V > 0)

W = - P. V ; V>O ; W<0

O trabalho é negativo (W < 0), pois o sistema realiza trabalho na vizinhança;

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


166
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

b) Trabalho de compressão (V < 0)

W = P. V ; V>O ; W<0

O trabalho é positivo (W > 0), pois o trabalho é feito sobre o sistema;

4) Transformações do sistema
a) Transformação adiabática: é aquela que ocorre sem que haja troca de calor entre o sistema e o meio
ambiente (Q = 0);

I) Expansão adiabática: (V > 0)

E = Q + W ; Q=0 ; E = W

Como o trabalho é realizado pelo sistema sobre o ambiente W < 0 e assim E < 0;

II) Compressão adiabática: (V < 0)

E = Q + W ; Q=0 ; E = W

Como o trabalho é realizado pelo ambiente sobre o sistema W > 0 e assim E > 0;

b) Transformação isocórica, isométrica ou isovolumétrica: é aquela que ocorre sob volume constante e a
temperatura e a pressão variando do modo diretamente proporcional;

W = P. V ; V = 0; W=0
Assim:
E = Q + W ; W=0 ; E = Qv

Qv = troca de calor sob volume constante;


Numa transformação isocórica a variação da energia interna (E) é igual ao calor trocado à volume
constante (Qv).
P

P2

P1

V1 V2 V

c) Transformação isobárica: é aquela que ocorre sob pressão constante e a temperatura e o volume
variando do modo diretamente proporcional;
E = Qp + W ; Qp = H
Assim:
E = H + W
E = H + P. V
E = H + n.R. T (para um gás ideal)
Qp = troca de calor sob pressão constante;

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


167
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Obs.: W = P. V ou W = n.R. T

Numa transformação isobárica a variação da energia interna (E) é igual à soma entre o calor trocado
(absorvido) à pressão constante (Qp) e o trabalho realizado sobre o sistema (P. V).
P

P2

P1

V1 V2 V
d) Transformação isotérmica: é aquela que ocorre sob temperatura constante e a pressão e o volume
variando do modo inversamente proporcional;

T = 0 ; E = 0
Assim:
E = Q + W = 0 ; Q=-W

O calor trocado é igual ao trabalho realizado em módulo;


Em uma transformação isotérmica, a energia interna do sistema permanece constante, pois o trabalho
realizado pelo sistema é cancelado pelo calor absorvido pelo sistema ou o contrário;
P
P2

P1

V1 V2 V

e) Transformação que ocorre com pressão constante e temperatura constante, e com variação do
volume por alteração do número de mols de matéria do sistema;

E = Qp + W ; Qp = H
Assim:
E = H + W
E = H + n.R.T (para um gás ideal)

5) Calorimetria

Calorimetria: é o uso de um calorímetro para estudar as trocas de calor em um sistema;

A quantidade de calor liberado ou absorvido em uma reação química é denominada calor de reação;
A quantidade de calor envolvida em uma reação é geralmente calculada a volume constante ou a pressão
constante;

a) Calorimetria a volume constante (bomba calorimétrica)


Mede a variação da energia interna (E). É usado para calcular os calores de combustão;

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


168
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

W = P. V ; V = 0; W=0

E = Q + W ; W=0 ; E = Qv

a) Calorimetria a pressão constante


Muitas reações ocorrem sob a pressão atmosférica, ou seja, sob pressão constante;
A expressão que define entalpia é a seguinte:

H = E + P. V
H = E + P. V como: E = Q + W
H = Q + W + P. V como: W = - P. V
H = Q + (- P. V) + P. V
H = Qp

Mede a variação da entalpia (H).

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


169
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Fig. Calorímetro de copo de café, no qual as reações ocorrem sob pressão constante.

6 ) Entropia e energia livre – espontaneidade de reações


6.1. Entropia
De uma maneira geral, podemos afirmar que uma reação química é espontânea quando libera calor, e, portanto,
quanto mais exotérmica for uma reação mais espontânea será esta reação.
Princípio de Thompsen e Berthelot: Dentre várias reações químicas possíveis, nas mesmas condições e
mesmos estados de agregação, será mais espontânea, portanto ocorrerá primeiro, aquela que for mais exotérmica.
(Princípio enunciado em 1867).
Realmente, muitas reações exotérmicas são espontâneas, no entanto, existem processos espontâneos que
ocorrem absorvendo calor, como por exemplo a evaporação da água, à temperatura ambiente:

H2O(l) → H2O(v) H = + 10,4 Kcal/mol (endotérmica)

Concluímos assim que o H de uma reação não é o único critério que deve ser utilizado para prever a
espontaneidade de uma reação.
Em 1954, Rudolf Clausius concluiu que as reações químicas espontâneas ocorrem no sentido de uma maior
desordem do sistema, ou seja, uma distribuição cada vez mais uniforme de energia e matéria no sistema.
A medida da desordem de um sistema é chamada de entropia(S).
Entropia(S) de um sistema é a medida da desordem desse sistema.

Quanto maior a desordem  maior a entropia


Quanto maior a ordem  menor a entropia

A variação de entropia (S) é calculada pela expressão:

S = Sfinal – Sinicial S < 0 (processo tende a ser não-espontâneo)

ou

S = Sprodutos – Sreagentes S > 0 (processo tende a ser espontâneo)

6.2 Fatores que alteram a entropia(S)

a) Mudança de estado físico

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


170
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

S SÓLIDO  SLÍQUIDO  S GÁS( VAPOR)

AUMENTO DA DESORDEM (AUMENTO DA ENTROPIA)

PROCESSO ESPONTÂNEO

b) Alteração da temperatura
Quando maior a temperatura de um corpo, maior a entropia do sistema, pois há uma aumento da velocidade
das moléculas e consequentemente, um aumento da desorganização do sistema.

c) Mistura de substâncias
Quando ocorre uma mistura de substâncias, a entropia do sistema aumenta, pois fica mais difícil a identificação
de cada componente.

d) Expansão de um gás
Quando ocorre a expansão de um gás, há um aumento da entropia, pois as moléculas ficam desordenadas em
um espaço maior.

e) Dissolução de um sólido em um líquido


Quando ocorre a dissolução de um sólido em um líquido, a entropia aumenta, pois as moléculas do sólido
deixam de apresentar uma estrutura cristalina organizada para ficarem distribuídas desordenadamente pelo líquido.

f) Alteração no número de moléculas


Quando moléculas maiores se decompõem em moléculas menores, ocorre um aumento da desorganização do
sistema.

Ex.: CaCO3( s) → CaCO( s) + CO2( g)


  
umaespéciequímica duasespéciesquímicas

Observação:
Além de aumentar o n° de espécies químicas, houve liberação de um gás, contribuindo ainda mais para o
aumento da entropia.
Observe a tabela a seguir que mostra as entropias das substâncias na condição padrão (25°C e 1 atm).

Entropia
Substâncias
Padrão (cal/k.mol)
C(grafite) + 1,36
C(diamante) + 0,58
S(rômbico) + 60,96
Zn(s) + 9,95
Cu(s) + 7,96
Fe(s) + 6,49
F2(g) + 48,60
Cl2(g) + 53,28
Br2(l) + 36,40
I2(s) + 27,90
H2(g) + 31,21
O2(g) + 49,00
N2(g) + 45,76
CO(g) + 47,30
NO(g) + 50,34
Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira
171
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

H2O(l) + 16,71
H2O(g) + 45,10
O3(g) + 56,80
SO2(g) + 59,40
SO3(g) + 61,24
NO2(g) + 57,47
N2O(g) + 52,58
CO2(g) + 51,06
NH3(g) + 46,01
CH4(g) + 44,50
C2H2(g) + 47,99
C2H4(g) + 52,45
C2H6(g) + 54,85
Na2SO4(s) + 35,73
Fe2O3(s) + 21,50
Fe3O4(s) + 35,00
CaO(s) + 9,50
KCl(s) + 19,76

Observação:
Com os valores das entropias das substâncias que participam de uma reação, podemos calcular a variação de
entropia (S) dessa reação.

Ex.: 4Fe(s) + 3O2(g) → 2 Fe2O3(s)


S = Sfinal – Sinicial
S = (2 x 21,5) – (4 . (6,49) + 3. (49))
S = 43 – 172,96 = – 129,96 p/2 mol de Fe2O3
S = – 64,98 cal/K . mol p/ 1 mol de Fe2O3
S < 0 (a entropia diminui)

6.3. Energia livre (G)

já vimos que:

H < 0 reação exotérmica, a reação tende a ser espontânea (existem muitas exceções).
H > 0 reação endotérmica, a reação tende a ser não-espontânea (existem muitas exceções).

S < 0 diminui a entropia do sistema, geralmente o processo não é espontâneo.


S > 0 aumenta a entropia do sistema, geralmente o processo é espontâneo.

Observamos que em casos onde : H > 0 e S > 0 ou H < 0 e S < 0, torna-se difícil prever a espontaneidade
de uma reação com base nestas duas funções. Surge, assim, a necessidade de uma terceira função.
O físico-químico norte-americano Willard Gibbs, através de estudos bastante complexos, chegou à seguinte
expressão:

G = H − T  S

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


172
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

H = variação de entalpia (P constante)


G = variação de energia livre (T constante)
T . S = energia de organização (T constante)

A expressão acima só é válida à temperatura e pressão constantes.

Observações:
1. Como não é possível calcular o valor absoluto da energia livre (G) de uma substância, calcula-se a variação da
energia livre (G).

G = GPRODUTOS − GREAGENTES

2. O G, na condição padrão de 25°C e 1 atm é chamado de variação padrão da energia livre (G°).

3. G < 0 → liberação de energia livre → o processo é espontâneo.


G = 0 → o sistema está em equilíbrio
G > 0 → absorção de energia livre → o processo é não espontâneo.

6.4. Resumindo

I. Entalpia (H) = calor, energia

H = HP – HR Hess

H < 0 Reação exotérmica (tende a ser espontânea)

H > 0 Reação endotérmica (tende a ser não-espontânea)

II. Entropia(S) = Desordem

S = SP – SR Clausius

S < 0 Entropia do sistema diminui (tende a ser não-espontânea)

S > 0 Entropia do sistema aumenta (tende a ser espontânea)

H < 0 ; S > 0 (com certeza é espontânea em qualquer temperatura)

H > 0 ; S < 0 (com certeza é não-espontânea em qualquer temperatura)

H > 0 ; S > 0 (pode ser espontânea ou não, depende da temperatura).

H < 0 ; S < 0 (pode ser espontânea ou não, depende da temperatura).

III. Energia Livre (G)

G = GP – GR Gibbs

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


173
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

G = H – T . S

Onde:
G = Variação de energia livre
H = Variação de entalpia
T = Temperatura (Kelvin)
S = Variação de entropia
G < 0: O processo é espontâneo (libera energia livre).
G = 0: O sistema está em equilíbrio.
G > 0: O processo é não-espontâneo (absorve energia livre).

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


174
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

TERMODINÂMICA (III) Fe‚Oƒ(s) + 2 AØ(s) ë AØ‚Oƒ(s) + 2 Fe(s)


Exercícios de Aprendizagem ÐH° = - 851,5 kJ

01. (Ufes) Acerca da reação abaixo, Com base nos dados acima, pode-se afirmar que:
H‚(g)+CO‚(g)ëH‚O(g)+CO(g) 25°C, 1atm ( ) (I) representa uma reação onde ocorre aumento de
entropia.
são feitas as seguintes afirmações: ( ) (II) representa uma reação química espontânea.
I - a reação é espontânea a 25°C e 1atm; ( ) todas as equações representam reações de oxi-
II - um aumento na temperatura torna a reação mais redução.
espontânea; ( ) (III) representa uma reação química fortemente
III - a entropia padrão do H‚ a 25°C é zero; endotérmica, nas condições padrão.
IV - a reação ocorre com absorção de calor. ( ) as três equações acima são equações
Sendo dados termoquímicas.

ÐS° (reação) = 42,4 J/mol.K 04. (Ufpe) O gráfico ilustra a variação da energia livre
ÐHf (CO‚(g)) = - 393,5 kJ/mol ao longo de uma reação química, que ocorre em duas
ÐHf (H‚O(g)) = - 241,8 kJ/mol etapas:
ÐHf (CO(g)) = - 110,5 kJ/mol,
estão CORRETAS as afirmações Etapa I: A ë B
a) I e II. Etapa II: B ë C
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.

02. (Ufpe) A variação de entropia de processos físicos


e químicos é importante para a espontaneidade dos
mesmos. Os processos a seguir apresentam variação
positiva de entropia:
( ) cristalização de um sólido a partir da solução
( ) evaporação do metanol
( ) precipitação de AgCØ a partir de uma solução
aquosa de AgNOƒ e NaCØ
A partir da análise do gráfico julgue as alternativas a
( ) CaCOƒ(s) + 2HCØ(aq) ë CaCØ‚(aq) + H‚O(Ø) +
seguir:
CO‚(g)
( ) fusão do sódio metálico
( ) a etapa I é espontânea
( ) a etapa II é a etapa determinante da velocidade da
03. (Ufpe) Considere as equações químicas escritas a
reação global
seguir.
( ) a substância B é um intermediário da reação
( ) a reação global A ë C é espontânea
(I) CØ‚(g) + H‚O(Ø) ë HCØ(aq) + HCØO(aq)
( ) a reação inversa C ë B apresenta energia livre
de Gibbs de ativação igual a 20 kJ/mol
(II) 4 NHƒ(g) + 5 O‚(g) ë 4 NO(g) + 6 H‚O(g)
ÐG = - 960 KJ . mol-¢ 05. Acima de que temperatura a reação:

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


175
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

½ I2(g) + ½ Cl2(g) → ICl(g) envolvidas, calcular o H de cada uma das reações do


processo em kJ. Dados os valores aproximados dos calores
torna-se espontânea? de formação em Kj/mol:
Dados:
H SO2(g) = - 297; H H2O(l) = - 286; H SO3(g) = - 395;
H = 8,4 Kcal/mol
S = 37 cal/K.mol H H2SO4(l) = - 812

06. (IME) Calcule o valor da variação da energia livre, a b) Calcular a variação de entalpia da reação global.
25°C, para a reação representada a seguir:
2 Na2O2(s) + 2 H2O(l) → 4 NaOH(s) + O2(g) c)Calcular a variação de entropia da reação global. Dados os
Dados: valores aproximados em j/K.mol:
Substância Entalpia de S° a 25°C S S8(S) = 255; S H2O(l) = 70; S O2(g = 205;
formação a 25°C (J.mol-1.K-1 S H2SO4(l) = 157
(kJ.mol-1) d) Calcule a variação de energia livre da equação global na
H2O(l) -286,0 69,69 temperatura de 27°C e indique a espontaneidade da reação.
Na2O2(s) -510,9 94,60
NaOH(s) -426,8 64,18
O2(g) 0 205,00 09. (Ime) Uma fábrica, que produz cal (Ca(OH)‚), necessita
reduzir o custo da produção para se manter no mercado com
preço competitivo para seu produto.
07. (Ita) Considere as reações representadas pelas seguintes
A direção da fábrica solicitou ao departamento técnico o
equações químicas:
estudo da viabilidade de reduzir a temperatura do forno de
I. C(s) + 2H2 (g) → CH4 (g) calcinação de carbonato de cálcio, dos atuais 1500K, para
800K. Considerando apenas o aspecto termodinâmico,
II. N2O(g) → N2 (g) + 1/ 2O2 (g)
pergunta-se: o departamento técnico pode aceitar a nova
III. 2NI3 (s) → N2 (g) + 3I2 (g)
temperatura de calcinação?
IV. 2O3 (g) → 3O2 (g) Em caso afirmativo, o departamento técnico pode fornecer
uma outra temperatura de operação que proporcione maior
Assinale a opção que apresenta a(s) reação(ões) química(s)
economia?
na(s) qual(is) há uma variação negativa de entropia.
a) Apenas I Em caso negativo, qual é a temperatura mais econômica para
b) Apenas II e IV operar o forno de calcinação?
c) Apenas II e III e IV Dados:
d) Apenas III
e) Apenas IV

08. O ácido sulfúrico, H2SO4(l), é uma sustância de grande


importância industrial. Apresenta uma imensa variedade de
aplicações, como, por exemplo, produção de fertilizantes,
plásticos, corantes e detergentes.
O ácido sulfúrico concentrado é muito corrosivo e
desidratante. Em laboratório geralmente é usado diluído. O
processo mais importante de obtenção de ácido sulfúrico é o
chamado método de contato.
As etapas envolvidas no processo são:
Queima do enxofre:
1 S8(S) + 8 O2(g) → 8SO2(g)
Oxidação do dióxido de carbono: observações: desconsidere a variação das propriedades com
2 SO2(g) + 1 O2(g) → 2 SO3(g) a temperatura.
Hidratação do trióxido de enxofre:
1 SO3(g) + 1 H2O(l) → 1 H2SO4(l) 10. A massa de 1,435 g de naftaleno (C10H8) - uma
a) Por meio dos calores de formação das substâncias substância de odor pungente usada como repelente de traças

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


176
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

- foi queimada em uma bomba calormétrica a volume ( ) A queima completa do n-hexano libera mais calor que
a queima incompleta.
constante. Em consequência, a temperatura da água elevou-
( ) A combustão completa do n-hexano é exotérmica.
se de 20,28°C para 25,95°C. Considerando que a capacidade
calorífica da bomba mais a da água é 10,17 kJ/°C, calcule o
2. (Ufrn) Um béquer de vidro, com meio litro de capacidade,
calor de combustão do naftaleno em termos de mol. isto é,
em condições normais de temperatura e pressão, contém 300
determine o calor molar de combustão. mL de água líquida e 100 g de gelo em cubos.

11. Misturou-se 1,00 X 102 mL de HCl. 0,500 M, com 1,00 Durante o processo de fusão do gelo nas condições do
X 102 mL de NaOH, 0,500 M, em um calorímetro a pressão sistema descrito no texto (273 K e 1,0 atm), deve ocorrer
constante com capacidade calorífica desprezível. A a) aumento de entropia e diminuição de entalpia.
temperatura inicial das soluções de HCl e NaOH era a b) diminuição de entalpia e de entropia.
mesma, 22,50°C. e a temperatura final da mistura foi de c) diminuição de entropia e aumento de entalpia.
25,86°C. Calcule o calor transferido na reação de d) aumento de entalpia e de entropia.
neutralização em termos de mol.
3. (UFCG) O estudo das reações químicas que ocorrem
NaOH(aq) + HCI(aq) → NaCI(aq) + H2O(l) com absorção da radiação solar de alta energia e dos
processos químicos industriais que causam dano ao meio
ambiente faz parte da química ambiental. Alguns exemplos
Suponha que as soluções apresentem densidades e calores destes tipos de reações são mostrados a seguir. Assinale
dentre as alternativas abaixo aquela na qual não se observa
específicos iguais aos da água (1,00 g/mL e 4,184 J/g . °C, um aumento da entropia.
respectivamente).
a) Calcinação de calcário: CaCO3 (s) → CaO (s) + CO2 (g)
TERMODINÂMICA b) Fotodissociação de oxigênio: O 2 (g) → 2 O (g)
Exercícios de Fixação c) Fotodissociação de Freon-12:
CF2 Cl2 (g) → CF2 Cl (g) + Cl (g)
d) Obtenção de Ferro a partir de seu minério:
1. (Ufpe) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses 2 Fe2 O3 (s) → 4 Fe (s) + 3 O 2 (g)
a letra (V) se a afirmativa for verdadeira ou (F) se for falsa. e) Formação de ozônio na atmosfera:
O 2 (g) + O (g) → O3 (g)
A queima de combustível no interior de motores pode
ocorrer de forma incompleta e produzir monóxido de 4. (Uel) Entre as transformações a seguir, a que deve ocorrer
carbono, um gás extremamente tóxico, ao invés de CO‚, que com maior aumento de entropia, no sentido
é produzido na queima completa. Para evitar a emissão desse reagentesëprodutos é
gás, alguns automóveis são equipados com um catalisador a) CO (g) + NO‚ (g) ë CO‚ (g) + NO (g)
que promove a queima do monóxido de carbono, b) 2 HgO (s) ë 2 Hg (Ø) + O‚ (g)
convertendo-o em dióxido de carbono. Tornando-se como c) S (rômbico) ë S (monoclínico)
modelo de combustível o n-hexano (C†H„) para o qual o d) H‚O (Ø) ë H‚O (s)
calor padrão de combustão é de -4163 kJmol-¢ e sabendo-se e) C‚H…OH (g) ë C‚H…OH (Ø)
que:
5. (Puc RJ) Indique, entre as opções abaixo, a alternativa
C†H„(Ø)+13/2 O‚(g) ë 6CO(g)+7H‚O(g), correta
ÐH° = -2465kJmol-¢ a) O sinal de S para a condensação do vapor de amônia é
negativo.
Pode-se afirmar que: b) O sinal de S para a separação dos componentes do ar é
( ) A conversão de CO em CO‚ é endotérmica. positivo.
( ) O calor liberado na conversão de CO em CO‚ é menor c) O sinal de S para o óleo queimando é negativo.
que 300 kJmol-¢. d) O sinal de S para o congelamento do ar é positivo.
( ) É esperado que a conversão de CO em CO‚, ocorra com e) O sinal de H para a queima da madeira é positivo.
um abaixamento de entropia.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


177
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

porque:
a) a sacarose é um composto covalente e o sulfato de lítio é
6. (Ufg) Considere o cilindro de um motor de combustão
um composto iônico.
interna (motor de automóvel) onde o octano, no estado
b) a dissolução da sacarose é endotérmica e a do sulfato de
gasoso, sofre combustão, gerando produtos no estado
lítio é exotérmica.
gasoso.
c) a água funciona como ácido de Bronsted e reage
A expansão da câmara de combustão, com o consequente
exotérmicamente com o sulfato de lítio.
deslocamento do pistão, deve-se
d) a sacarose não dissolve facilmente em água por ser um
a) à energia de vaporização dos produtos.
composto covalente e o sulfato de lítio dissolve facilmente
b) às mudanças de estado físico entre reagentes e produtos.
em água por ser um composto iônico.
c) ao deslocamento do equilíbrio, em direção aos produtos.
e) a dissolução do sulfato de lítio aumenta a entropia.
d) à diminuição da entropia no processo.
e) ao aumento no número de moléculas.
10. (Faap) Verifica-se em laboratório que a preparação de
uma solução aquosa de H‚SO„ por adição deste à água, causa
7. (Ufpi) Compressores são máquinas que, na pressão
um aumento na temperatura da solução quando comparada
atmosférica local, captam o ar, comprimindo-o até atingir a
com a temperatura original do solvente. Trata-se, portanto,
pressão de trabalho desejada. Ao nível do mar, a pressão
de um processo:
atmosférica normal é 1,0 bar. Em equipamentos
a) endotérmico
pneumáticos, a 25°C, a pressão mais utilizada é a de 6,0 bar.
b) exotérmico
Nessas condições, e considerando o oxigênio (O‚) como um
c) isotérmico
gás ideal, calcule a massa aproximada de O‚, em gramas,
d) sem variação de energia livre
contida em um compressor de volume igual a 5,0 litros. (A
e) sem variação de entalpia
constante R vale 0,082 bar.L.mol-¢.K-¢)
a) 8,0
11. (Uece) A glicose é produzida no intestino pela
b) 16
degradação dos carboidratos, e transportada pelo sangue até
c) 39 as células onde reage com o oxigênio produzindo dióxido
d) 47 de carbono e água. Para entender a formação da glicose, são
e) 55 fornecidas as seguintes equações:

1. C(s) + O2(g) → CO2(g) ΔH = −94,1 kcal


8. (Ufg) Atualmente, a maior produtora de ouro de Goiás é a
cidade de Crixás. Comercialmente, a pureza de um objeto de 1
2. H2(g) + O2(g) → H2O(g) ΔH = −68,3 kcal
ouro é indicada em quilates, sendo que 1 quilate corresponde 2
a 1/24 da massa da liga em ouro. Embora seja um dos metais 3.
C6H12O6(s) + 6O2(g) → 6CO2(g) + 6H2O ΔH = −673,0 kcal
menos reativos, o ouro reage com ácidos segundo a equação
não-balanceada: Considerando as reações que conduzem à formação da
glicose e apenas as informações acima, pode-se afirmar
corretamente que o processo é
Au(s) + HNOƒ(aq) + HCl(aq) ë HAuCl„(aq) + H‚O(l) + a) espontâneo.
NO‚(g) b) não espontâneo.
c) endoenergético.
Sobre o ouro e sua reação com ácidos, é correto afirmar que d) exoenergético.
( ) uma aliança de 4 g e 18 quilates contém 2,03×10-£ mol
de ouro. 12. (Puc-rio) Considere: (i) a variação de entalpia (ÐH) na
( ) a soma dos coeficientes estequiométricos é 13. combustão de 1 mol de etanol é o calor de reação que ocorre
( ) a formação dos produtos é favorecida, em sistema em pressão constante (qp), (ii) essa reação, nessas condições,
aberto. se dá com expansão de volume (variação de energia na forma
( ) a entropia diminui com a reação. de trabalho), (iii) a densidade do etanol é 0,79 g mL-¢.

9. (Ufpe) A solubilidade da sacarose (C‚H‚‚O) em água C‚H…OH(Ø) + 3O‚(g) ë 2CO‚(g) + 3H‚O(g)


aumenta com a temperatura, enquanto a do sulfato de lítio ÐH = - 326,7 kcal
(Li‚SO„) diminui com o aumento da temperatura. Isto ocorre

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


178
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

A esse respeito, está correto afirmar que: d) 823 °C


a) o valor de ÐH para a combustão de 5 mol de etanol é igual
a - 3267 kJ. 15. (Uel) Das alternativas adiante, qual representa a mudança
b) a reação é exotérmica e o trabalho de expansão produzido de estado físico que ocorre em consequência do aumento da
na combustão do etanol não é fundamental para que este seja entropia do sistema?
utilizado como combustível em motores a pistão. a) CO‚(g) ë CO‚(s)
c) o volume dos gases produzidos pela reação completa de 1 b) CO‚(l) ë CO‚(g)
mol de etanol é igual a 44,8 L em condições normais de c) CHƒOH(l) ë CHƒOH(s)
temperatura e pressão (CNTP). d) CHƒOH(g) ë CHƒOH(l)
d) a reação inversa ao indicado no problema é endotérmica, e) H‚O(g) ë H‚O(l)
e o volume de 1 mol etanol líquido produzido no processo é
igual a 22,4 L. 16. (Uerj)
e) se o etanol líquido for aquecido até seu ponto de ebulição
(78,3 °C a 1 atm), a mudança de fase, C‚H…OH(Ø) ë
C‚H…OH(g), ocorre em temperatura constante.

13. (Uece) Para avaliar o "grau de desordem" de um sistema,


os cientistas idealizaram uma grandeza denominada
ENTROPIA, usualmente designada por S, tal que:

1. Aumento de DesordemëAumento de Entropia


ÐS > 0, ÐS = S(final) - S(inicial)

2. Aumento de OrdemëDiminuição de Entropia


ÐS < 0, S(final) < S(inicial) Um experimento consiste na combustão completa de 1 mol
A transformação em que ocorre diminuição de ENTROPIA de cada um dos combustíveis relacionados na tabela acima,
é: utilizando 4 câmaras de combustão idênticas à ilustrada, uma
para cada um dos combustíveis. Observe que um pistão
mantém a pressão constante em 1 atm na câmara de
combustão.
Inicialmente, à temperatura de 25°C, cada combustível, no
estado gasoso, é colocado numa câmara juntamente com a
quantidade estequiométrica de oxigênio adequada à reação.
Terminada a combustão, a câmara é resfriada até 25°C e
verifica-se a presença, apenas, de anidrido carbônico e de um
volume desprezível de água no estado líquido. As alturas
14. (Uece) O conhecimento da energia livre é aplicado na inicial e final do pistão são diferentes em cada câmara.
indústria para a redução de gastos e otimização de alguns Considerando o comportamento ideal dos gases, a câmara
processos de produção. Considerando a reação: onde o pistão realizou o maior trabalho continha o seguinte
combustível:
COCØ‚(g) ë CO(g) + CØ‚(g) a) etino
b) etano
e os valores ÐH = -108,28 kJ e ÐS = -131,63 J/K a 25 °C, c) eteno
assinale a alternativa que indica a temperatura na qual a d) metano
reação é espontânea.
a) 549 °C 17. (Uff) A primeira Lei da Termodinâmica, denominada Lei
b) 627 °C da Conservação da Energia estabelece: "A energia do
c) 727 °C Universo é constante".
Num sistema que realiza um trabalho de 125J, absorvendo

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


179
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

75J de calor, a variação de energia é igual a: b) A emissão dos gases tóxicos provoca um decréscimo de
a) -125 J entropia do ambiente.
b) - 75 J c) A reação de combustão formadora dos gases tóxicos é
c) - 50 J endotérmica.
d) 75 J d) A estabilidade térmica aumenta quando a energia livre
e) 200 J diminui.
e) O trabalho realizado pelo catalisador será igual à variação
18. (Ufg) As equações químicas a seguir representam a de energia interna.
mesma reação em condições experimentais diferentes.
21. (Ufrn) Um estudante deveria propor, como tarefa escolar,
um processo de reciclagem de gás carbônico (CO‚), um dos
responsáveis pelo efeito estufa. Admitiu, então, a
possibilidade de ocorrer a transformação dessa substância
em metano, em condições normais de temperatura e pressão,
de acordo com a equação a seguir:

CO‚ (g) + 4H‚ (g) ë CH„ (g) + 2H‚O (Ø)


Essas equações representam reações que
a) ocorrem com v = v‚.
Para avaliar os sinais das variações de entropia (ÐS) e
b) ocorrem com variação de entropia.
entalpia (ÐH) da reação, o estudante usou as informações
c) produzem a mesma quantidade de energia.
contidas, respectivamente, na equação acima e no quadro
d) são endotérmicas.
seguinte:
e) sofrem redução de volume.

19. (Ufpe) Considere as afirmações abaixo:

1. A areia molhada possui entropia maior que a areia seca.


2. A condensação do vapor-d'água é um processo
exotérmico.
3. A fusão do gelo é um processo endotérmico.
4. A evaporação da água é um processo endotérmico

Qual(is) da(s) afirmação(ões) acima melhor explica(m) o Após esses procedimentos, concluiu corretamente que:
fato de que, numa praia do Recife, PE, a areia molhada é a) ÐS < 0 e ÐH < 0
mais fria que a areia seca. b) ÐS < 0 e ÐH > 0
a) 1 e 3 apenas c) ÐS > 0 e ÐH > 0
b) 2 e 3 apenas d) ÐS > 0 e ÐH < 0
c) 4 apenas
d) 3 apenas 22. (Ufpe) A determinação da espontaneidade de
e) 2 apenas transformações químicas é importante para a viabilização
econômica de processos químicos, bem como para a
20. (Ufpi) Além de aumentar a estabilidade térmica da compreensão de fenômenos naturais, em particular,
alumina (Al‚Oƒ), o cério (Ce), quando presente na processos biológicos. A reação de quantidades
composição de catalisadores automotivos, tem uma grande estequiométricas de hidróxido de bário sólido com nitrato de
importância de proteção ambiental. Nesse caso, o elemento amônio sólido, descrita pela equação química a seguir, é
Ce tem a capacidade de estocar oxigênio (O‚), reduzindo a capaz de resfriar, até cerca de -20°C, o recipiente que contém
emissão de gases tóxicos. Com base na informação acima, as espécies químicas.
marque a alternativa correta.
a) A estabilidade térmica da alumina é devido ao baixo ponto Ba(OH)‚(s) + 2NH„NOƒ(s) ë
de fusão do Ce.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


180
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

24. (Uepb) Considerando que o carbeto de cálcio, em sua


ë Ba(NOƒ)‚(s) + 2H‚O(Ø) + 2NHƒ(aq) forma cristalina, possui uma entalpia padrão de formação de
– 60,0 kJ/mol e uma entropia padrão de 300,0 J/(mol.K), qual
deve ser a temperatura, em °C, em que o processo está em
Esta reação é espontânea porque ocorre:
equilíbrio energético ( G = 0 ), considerando a equação
a) um aumento da energia de Gibbs (energia livre).
química representada abaixo?
b) um aumento da entropia.
c) uma diminuição da entropia. Ca(s) + 2 C(s) → CaC2 (s)
d) uma diminuição da entalpia. a) – 473 °C
b) 473 °C
23. (Ufpr) A análise dos dados termodinâmicos de reações c) 200 °C
permite a previsão da espontaneidade. Na tabela a seguir d) – 200 °C
estão apresentados os dados termodinâmicos de duas reações e) 273 °C
químicas.
25. (Ime) Considere as supostas variações de entropia ( S)
nos processos abaixo:

I. Cristalização do sal comum ( S  0)


II. Sublimação da naftalina ( S  0)
III. Mistura de água e álcool ( S  0)
IV. ferro (s) ⎯⎯⎯→ ferro ( )
fusão
( S  0)
A partir dos dados apresentados, identifique as seguintes
V. ar ⎯⎯⎯⎯⎯⎯
→ ar comprimido
compreensão
afirmativas como verdadeiras (V) ou falsas (F): ( S  0)
( ) A diminuição da temperatura desfavorece a As variações de entropia indicadas nos processos que estão
espontaneidade da reação (i). corretas são:
( ) O aumento da temperatura favorece a espontaneidade a) I, III e IV.
da reação (ii). b) III, IV e V.
( ) Na temperatura de 400 K, a reação (i) será c) II, III e V.
espontânea. d) I, II e IV.
( ) Na temperatura de 4000 K, a reação (ii) será e) II, IV e V.
espontânea.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de


cima para baixo. MÓDULO 06 - TERMODINÂMICA
a) V – V – V – F. GABARITOS E RESOLUÇÕES COMENTADAS
b) V – F – V – F.
c) F – V – F – V.
d) F – V – V – F. Resposta da questão 1: F V V V V
e) V – F – F – V.
Resposta da questão 2: [D]
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Resposta da questão 3: [E]
Contrastes de Várzea Alegre Resposta da questão 4: [B]
(Composição: Zé Clementino e Luiz Gonzaga) Resposta da questão 5: [A]
Resposta da questão 6: [E]
Elegeram pra prefeito Resposta da questão 7: [C]
Numa só semana
T = 25 + 273 = 298 K
Quatro nobres cidadãos
P = 6,0 bar
Meu amigo em minha terra
Já pegou fogo no gelo V = 5,0 L
Apagaram com carbureto R = 0,082 bar.L.mol-1.K-1
Foi o maior desmantelo m(O2) = ?
1) Cálculo do número de mols de oxigênio:
A partir do texto, extrato da música “Contrastes da Várzea P. V = n. R. T
Alegre”, responda à(s) questão(ões). 6,0 . 5,0 = n . 0,082 . 298
n = 30 / 24,436
n = 1, 23 mol de O2

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


181
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

COCl2(g) → CO(g) +Cl2(g)


2) Cálculo da massa de oxigênio H = -108,28 kJ = - 108.280 J
Massa molar do O2 = 2 x 16 = 32 g/mol S = -131,63 J/K
1 mol de O2 ---------- 32 g T = 25 + 273 = 298 K
1,23 mol de O2 ------------- X Para a reação espontânea teremos G < 0:
X = 39,36 g de O2 G = H - TS
H - TS < 0
Resposta da questão 8: F F V F - 108.280 J – T.( -131,63 J/K) < 0
A reação química deverá ser balanceada pelo método - 108.280 +131,63 T < 0
da variação do Nox (ver módulo de reações
131,63 T < 108.280
inorgânicas, balanceamento de reações)
1 Au(s) + 3 HNO3(aq) + 4 HCl(aq) → 1 HAuCl4(aq) + 3 H2O(l) T < 108.280/131,63
+ 3 NO2(g) T < 822,60 K
I) (F) T < 822,60 – 273
4g x 1/24 = 0,166 g de Au T < 549,6 °C
Massa molar do Au = 197 g/mol Em temperaturas inferiores a 549,6 °C a reação é
1 mol de Au ---------- 197 g espontânea
X mol de Au ------------- 0,166 g Em temperaturas superiores a 549,6 °C a reação é
X = 8,46.10-4 mol de Au não-espontânea
II) (F)
Em temperatura igual a 549,6 °C a reação está em
Soma dos coeficientes da equação química
balanceada: 15 equilíbrio químico
III) (V)
A formação do produto é favorecidaem sitema aberto, Resposta da questão 15: [B]
pois ocorre a formação de um gás que é liberado no Resposta da questão 16: [B]
ambiente. A diminuição da concentração deste produto Para uma transformação que ocorre com pressão
desloca o equilíbrio para a direita, favorecendo a constante, temperatura constante e número de mols
formação dos produtos. variável, temos que:
IV) (F) A entropia da reação aumenta, pois há W = - n. R . T
formação de gás.
Aqui considera-se que em uma expansão o trabalho é
negativo.
Resposta da questão 9: [B]
Assim a reação que apresentar a maior variação do
Resposta da questão 10. [B]
número de mols gasoso realizará o maior trabalho de
expansão, pois R e T são constantes.
Resposta da questão 11: [D]
a) etino: C2H2
A partir da Lei de Hess, conclui-se que a formação da glicose é um
processo exotérmico ou exoenergético, ou seja, a variação de 1 C2H2(g) + 5/2 O2(g) → 2 CO2(g) + H2O (g) + calor
entalpia é negativa. n = 3 – 3,5 = - 0,5 mol

Resposta da questão 12: [E] b) etano: C2H6


Resposta da questão 13: [B] 1 C2H6(g) + 7/2 O2(g) → 2 CO2(g) + 3 H2O (g) + calor
A ---> B G = + 10 kJ (não espontânea) n = 5 – 4,5 = 0,5 mol
B ---> C G = - 20 kJ (espontânea)
------------------------------------------------------------- c) eteno: C2H4
Global: A -----> C G = -10 kJ (reação espontânea) 1 C2H4(g) + 3 O2(g) → 2 CO2(g) + 2 H2O (g) + calor
n = 4 – 4 = 0
(F) A etapa I é não-espontânea G = + 10kJ
(V) A segunda etapa possui maior energia de d) metano: CH4
ativação, logo é a etapa lenta do processo. 1 CH4(g) + 2 O2(g) → 1 CO2(g) + 2 H2O (g) H = −208 kcal/mol
(V) B é um intermediário, pois é produzido na
n = 3 – 3 = 0
primeira etapa e consumido na segunda etapa do
processo.
A maior variação do número de mols ocorreu no item B, na
(V) A reação global tem G = -10 kJ
combustão do etano.
(F) A reação inversa possui energia livre de ativação
igual a + 50kJ, pois vai de -20 kJ até + 30kJ
Resposta da questão 17: [C]
Resposta da questão 14: [A] Resposta da questão 18: [B]

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


182
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Resposta da questão 19: [C] (Falsa) A diminuição da temperatura favorece a espontaneidade


Atenção com a interpretação desta questão! as da reação (i), pois se verifica uma diminuição do valor da energia
afirmações 1, 2, 3 e 4 são VERDADEIRAS, porém ele livre de Gibbs ( G) .
pergunta qual ou quais destas afirmações explicam o 200 K (diminuição da
fato de que a areia molhada é mais fria que a seca. Temperatura 2800 K
temperatura)
A afirmação que explica este fato é que a evaporação Gr  , kJ/ mol +50,0 −15,0 (diminuição de G )
da água é endotérmica, assim quando a água evapora
ela absorve calor da vizinhança, deixando-a fria. A (Verdadeira) O aumento da temperatura favorece a
água absorve calor do ambiente e também da areia, espontaneidade da reação (ii), pois a variação da energia livre de
por isso a areia com água (molhada), acaba ficando Gibbs diminui.
mais fria devido a evaporação de parte desta água. (Verdadeira) Na temperatura de 400 K, a reação (i) será
Assim o gabarito é C espontânea.
Teremos:
Resposta da questão 20: [D]
G = H − TS
Essa questão é exigente e tem uma parte
H = −20 kJ / mol
interpretativa: ele diz no enunciado que a estabilidade
termica vai aumentar: Além de aumentar a T = 400 K
estabilidade térmica da alumina (Al2O3), o cério (Ce), S = − 25 J / mol = −25  10 −3 kJ
quando presente na composição de catalisadores G = −20 − 400  ( −25  10 −3 )
automotivos, tem uma grande importância de G = −10 kJ / mol
proteção ambiental.
G  0 (processo espontâneo)
A) falso
Se o Ce aumenta a estabilidade térmica da alumina, o
seu ponto de fusão não é baixo. (Falsa) Na temperatura de 4000 K, a reação (ii) será espontânea.
B) falso Teremos:
A liberação de substâncias gasosas no ambiente G = H − TS
aumenta a entropia do ambiente H = +30 kJ / mol
C) falso
T = 4000 K
A reação de combustão que ocorre nos veículos
automotivos é exotérmica S = + 5 J / mol = +5  10−3 kJ
D) verdadeiro G = +30 − 4000  ( +5  10 −3 )
Se aumenta a estabilidade é porque diminui a G = +10 kJ / mol
energia, já que energia e estabilidade são inversos. G  0 (processo não espontâneo)
Essa energia que está sendo considerada, é energia
livre.
E) falso Resposta da questão 24: [A]
O catalisador diminui a energia de ativação da reação. Como a reação está em equilíbrio a energia livre de Gibbs ( G) é
Não existe relação entre o trabalho realizado por este igual a zero.
e a variação da energia interna. Sabemos que G = H − T S .
O que existe na termodinâmica é o seguinte:
Em uma reação de combustão que ocorre a volume Então:
constante, a variação da energia interna é igual ao G = H − T  S
calor liberado na ração (E = Q). Isso ocorre em uma 0 = H − T  S
bomba calorimétrica.
H = T  S
Resposta da questão 21: [A] −60  1000 J  mol−1 = T  300J  mol−1  K −1
Resposta da questão 22: [B] T = −200 K  TC = −200 − 273 = −473 C
TC = −473 C (extrapola o zero absoluto).
Resposta da questão 23: [D]
Análise das afirmativas:
Resposta da questão 25: [E]

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


183
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

MÓDULO 07 - CINÉTICA QUÍMICA

Introdução

Algumas reações químicas ocorrem lentamente, como por exemplo, a formação da ferrugem; outras reações
químicas são rápidas, como por exemplo, a combustão da madeira. A velocidade das reações químicas e os fatores
que nela influem são alguns dos assuntos que serão estudados nas aulas seguintes.

1. Cinética química
É o estudo da velocidade das reações químicas e dos fatores que nela influem.
No nosso cotidiano, observamos processos químicos lentos e rápidos:
Ex.:
• A explosão da dinamite ocorre em frações de segundo;
• A formação de ferrugem é uma reação lenta;
• Numa vela, a combustão do material é uma reação lenta.

2. Velocidade média de reação


É a medida da rapidez com que são consumidos os reagentes e são formados os produtos da reação, num
determinado tempo.
Para medir a velocidade de uma reação devemos medir a quantidade de reagente que é consumida ou a
quantidade de produto que se forma, por unidade de tempo.
Consideremos a reação hipotética:

aA + bB → cC + dD

Sendo:
nA = número de mols de A consumidos num intervalo de tempo t.
nB = número de mols de B consumidos num intervalo de tempo t.
nC = número de mols de C consumidos num intervalo de tempo t.
nD = número de mols de  formados num intervalo de tempo t.

Temos:
n A
velocidade média de consumo de A  Vm =
t
nB
velocidade média de consumo de B  Vm =
t
Δn
velocidade média de formação de C  Vm = ΔtC
Δn D
velocidade média de formação de D  Vm =
Δt

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


184
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

As quantidades dos reagentes ou dos produtos podem ser expressas em gramas, em litros (para gases), em mol
ou em mol/L (molaridade). A molaridade é a melhor maneira de se exprimir a velocidade de uma reação, ou seja,
calculando-se a variação da molaridade, por unidade de tempo, de um dos reagentes ou de um dos produtos.
Para a mesma reação hipotética anterior consideremos:

[A] = variação da molaridade de A no intervalo de tempo t.


[B] = variação da molaridade de B no intervalo de tempo t.
[C] = variação da molaridade de C no intervalo de tempo t.
[D] = variação da molaridade de D no intervalo de tempo t.

temos:
  A
velocidade média de consumo de A=
t
  B
velocidade média de consumo de B=
t
 C 
velocidade média de formação de C=
t
  D
velocidade média de formação de D=
t

Observações:
1. O valor em módulo, colocado na expressão de velocidade para os reagentes, deve-se ao fato da variação da
molaridade ser negativa, pois as molaridades dos reagentes diminuem com o passar do tempo. Procedendo assim,
a velocidade de uma reação em relação a um reagente de uma reação será sempre positiva.
2. Quando a fórmula da substância vem entre colchetes, isso indica a molaridade (mol/L) dessa substância.

A velocidade média de uma reação, sem especificar o reagente ou o produto, é dada pela velocidade de
consumo de um dos reagentes ou pela velocidade de formação de um dos produtos, dividida pelo respectivo
coeficiente da equação química balanceada.
Para a mesma reação hipotética:

aA + bB → cC + dD

VA VB VC VD
VmREAÇÃO = = = =
a b c d
ou
  A   B  C    D
VmREAÇÃO = = = =
a  t b  t c  t d  t
pois:
VA VB VC VD
   
A  B C D
VmREAÇÃO = = = =
a  t b  t c  t d  t

Observação:
A velocidade dos participantes de uma reação é diretamente proporcional aos seus respectivos coeficientes na
equação química balanceada.

2.1. Velocidade instatânea de uma reação


A velocidade instantânea da reação é a velocidade a cada instante da reação, ou seja é a velocidade da reação para
um intervalo de tempo com t tendendo a zero.

A velocidade instantânea de uma reação é numericamente igual ao coeficiente angular da reta traçada no gráfico de

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


185
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

concentração versus tempo em um determinado instante.

À medida que o tempo passa o coeficiente angular da reta vai diminuindo, consequentemente a velocidade instantânea
da reação vai diminuindo com o tempo.

Dada a reação:
Br2(aq) + HCOOH(aq) → 2H+(aq) + 2Br–(aq) + CO2(g)

As velocidades instantâneas da reação entre o bromo molecular e o ácido fórmico em t = 100 s, 200 s e
300 s são determinadas pelas inclinações das tangentes nesses valores de tempo.

Veja este outro exemplo:


Considere: C4H9Cl(aq) + H2O(l) → C4H9OH(aq) + HCl(aq)

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


186
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

A concentração de cloreto de butila (C4H9Cl)


em função do tempo:
A velocidade da reação a qualquer momento está
relacionada à inclinação da reta tangente à curva
naquele momento. Como (C4H9Cl) está
desaparecendo, a velocidade é igual ao negativo
da inclinação.

3. Condições para a ocorrência de reações

I) Natureza dos Reagentes ou Afinidade Química


Ex.1: 2 CO(g) + 1 O2(g) → 2 CO2(g)

A reação ocorre, pois o CO(g) possui afinidade pelo O2(g).

Ex.2: CO2(g) + 1 O2(g) → não reage

A reação não ocorre, pois o CO2(g) não possui afinidade pelo O2(g).
A afinidade química é uma propriedade que depende da própria natureza das substâncias envolvidas na reação.

II) Contato entre os Reagentes


Para que a reação ocorra, deve haver o contato entre os reagentes para que aconteçam interações entre esses
reagentes que possam originar os produtos.

III) Formação do Complexo Ativado


Consideremos a seguinte reação:

2 Hl(g) → H2( g) + I2( g)

Para que essa reação ocorra, é necessário que haja colisão entre as moléculas dos reagentes. Nessa colisão as
ligações covalentes das moléculas de H – I devem ser quebradas para que as ligações covalentes das moléculas H –
H e I – I sejam formadas. Entre esse processo, de quebra de ligações e formação de novas ligações, ocorre a formação
de uma estrutura de transição, com ligações intermediárias entre as ligações das moléculas dos reagentes e as ligações
das moléculas dos produtos.
Essa estrutura intermediária é chamada de complexo ativado. Vejamos:

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


187
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

a = Ligações sendo quebradas


b = Ligações sendo formadas

Complexo ativado de uma reação: É uma estrutura intermediária entre os reagentes e os produtos, com
ligações químicas intermediárias entre as ligações dos reagentes e as ligações dos produtos.
Para que haja a formação do complexo ativado, é necessário que as colisões entre as moléculas sejam efetivas.
Colisões efetivas ou eficazes: São aquelas em que ocorre quebra de ligações e consequente formação de novas
ligações. Nesse caso a reação ocorre.
Colisões não-efetivas ou não-eficazes: São aquelas em que não ocorre quebra de ligações e consequentemente
não há formação de novas ligações. Nesse caso a reação não ocorre.
Para que uma colisão seja efetiva, duas condições são necessárias:

I) A colisão entre as moléculas deve ocorrer numa orientação favorável.


As três colisões seguintes não são efetivas, pois as posições geométricas das colisões não são favoráveis:

A colisão a seguir é favorável quanto à posição geométrica:

II) A colisão entre as moléculas deve ocorrer com energia igual ou superior à energia de ativação da reação.

Energia de ativação de uma reação: É o valor mínimo de energia que as moléculas dos reagentes devem
possuir para que uma colisão entre elas seja eficaz.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


188
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Observação:
Quando maior for a energia de ativação de uma reação, mais lenta será a reação. Portanto, a energia de ativação
(Ea) é comparada a uma barreira que os reagentes devem vencer para que a reação ocorra.

H (entalpia)
Complexo ativado

Ea Eai
H2(g) + I2(g)

H < 0

Hf(g) + HI(g)

Caminho da reação

Ea = energia de ativação
Eai = energia de ativação da reação inversa
Reação: H2(g) + I2(g) → 2 HI(g)
(exotérmica)

H (entalpia)
Complexo ativado

Eai

H2(g) + I2(g)
Ea
H > 0

HI(g) + HI(g)

Sentido da reação

Ea = energia de ativação
Eai = energia de ativação da reação inversa
Reação: 2 HI(g) → H2(g) + I2(g)
(endotérmica)

Obs1.:
O número de colisões efetivas é mínimo em relação ao número de colisões não-efetivas

Obs2.:
Quanto menor a energia de ativação (Ea), maior será a velocidade da reação. Isso é válido tanto para reações
endotérmicas como exotérmicas.

4. Fatores que influem na velocidade de uma reação

I. Superfície de contato do reagente sólido

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


189
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Quando um reagente está no estado sólido, a reação ocorre apenas na sua superfície. Por isso, quanto maior
for a superfície de contato desse sólido, maior será a velocidade da reação.

Quanto maior for a superfície de contato do reagente, maior a velocidade da reação.

Ex. 1:
O bombril enferruja muito rapidamente do que uma lâmina de ferro, na presença do ar úmido.

Ex. 2:
Os comprimidos efervescentes na forma de pó reagem muito mais rapidamente com a água do que os na forma
de comprimidos.

II. Influência de temperatura


Aumentar a temperatura significa aumentar a energia cinética das moléculas e consequentemente fazer com
que elas colidam com mais frequência e com mais energia, logo a velocidade da reação aumenta.

Regra de Van't Hoff: “um aumento de 10°C na temperatura duplica a velocidade de uma reação.”
Ex.: 20°C → V
30°C → 2V
40°C → 4V
50°C → 8V
Observação:
A regra de Van't Hoff é uma regra muito geral e portanto muito limitada.

Distribuição das energias cinéticas em uma


amostra de moléculas de gás a duas
temperaturas diferentes.

III. Influência da concentração dos reagentes:


Um aumento na concentração dos reagentes, provoca um aumento na velocidade das reações em virtude do
aumento do número de colisões entre as moléculas dos reagentes.

IV. Influência da pressão na velocidade da reação:


A pressão só exerce influência significativa nos reagentes gasosos, e nesse caso o que ocorre com o aumento
da pressão é uma diminuição do volume e portanto um aumento da concentração dos reagentes e consequentemente
a velocidade da reação aumenta.

Observação:
A pressão só influi de maneira significativa na velocidade de uma reação quando pelo menos um dos reagentes gasoso
e pressão praticamente não altera a velocidade da reação.

Para os reagentes gasosos temos:


P.V = n . R . T

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


190
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

n
P = .R.T  P =m.R.T
V
ou seja para um reagente X(g) temos:
P = [X] . R. T a uma temperatura (T) constante temos
R . T constante.

Conclusão:
A pressão de um gás é diretamente proporcional à sua concentração molar (mol/L).

V. Influência do catalisador

Catalisador: é uma substância que aumenta a velocidade de uma reação química, sem sofrer alteração
qualitativa nem quantitativa no fim da reação.
Catálise: é o nome dado ao aumento da velocidade de uma reação provocada pelo catalisador.
Um catalisador aumente a velocidade de uma reação porque diminui a energia de ativação da reação.

Entalpia (H)

Ea1

Produtos
Ea2
H > 0
Reagentes

Sentido da reação

Ea1 = energia de ativação sem catalisador


Ea2 = energia de ativação com catalisador
H = variação de entalpia (permanece inalterado) (reação exotérmica)

Entalpia (H)

Ea1

Ea2
Reagentes

H < 0
Produtos

Caminho da reação

Ea1 = energia de ativação sem catalisador


Ea2 = energia de ativação com catalisador
H = variação de entalpia
(permanece inalterado)
(reação endotérmica)

Catálise homogênea: é aquela em que o catalisador e os reagentes formam uma mesma fase. (sistema
homogêneo).
C
Ex. 1 : 2N2 O ( g) ⎯⎯2⎯
( g)
→ N2( g) + O 2( g)

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


191
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Catalisador e reagente na fase gasosa (sistema homogêneo)


I−
Ex. 2 : 2H 2 O 2( aq) ⎯⎯→
( aq )
2H 2 O ( ) + O 2( g)

Catalisador e reagente na fase aquosa (sistema homogêneo)

Catálise heterogênea: É aquela em que o catalisador e os reagentes formam duas ou mais fases. (sistema
heterogêneo)
MnO
Ex. 1 : 2H2 O 2(aq) ⎯⎯⎯
⎯→ 2H2 O ( ) + O 2( g)
2( s )

Catalisador na fase sólida e reagentes na fase aquosa. (sistema heterogêneo).

MnO
Ex. 2 : 2KCO 3( s) ⎯⎯⎯
⎯→ 2KC ( s) + 3O 2( g)
2( s )

Catalisador e reagentes na fase sólida. (sistema heterogêneo)

Os catalisadores de automóveis são formados por ligas metálicas. Como o catalisador é sólido e os
reagentes são gasosos, a catálise é heterogênea.

Observações:
Obs.1:
O catalisador não altera o H da reação

Obs.2:
A Luz, a eletricidade, o calor, etc., em alguns casos podem aumentar a velocidade de uma reação, mas não devem
ser considerados como catalisadores, pois não são substância, mas sim formas de energia.

Obs.3:
O catalisador acelera a reação, mas não aumenta o seu rendimento, isto é, ele produz a mesma quantidade de produto,
porém, num período de tempo menor.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


192
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Quantidade de produto [ ]

t1 t2 Tempo

Autocatálise: é um caso particular de catálise, no qual o catalisador é um dos produtos da própria reação.

3Cu(s) + 8 HNO3(aq) → 3 Cu(NO3)2(aq) + 4 H2O(l) + 2 NO(g) (catalisador)

Inicialmente a reação é lenta. À medida que o catalisador vai sendo formado, a velocidade da reação vai
aumentando.

Enzimas: são catalisadores (proteínas complexas) produzidos pelos vivos, que aceleram reações importantes
para o metabolismo do próprio ser vivo (as enzimas são catalisadores específicos)

Lipídio + água ⎯lipase


⎯⎯→ ácido graxo + álcool
(reação que ocorre no nosso tubo digestivo)

Modelo chave-e-fechadura que procura explicar a especificidade de urna enzima pelas moléculas de
substrato

Ativador ou promotor de catalisador: são substâncias que, isoladamente, não possuem ação catalítica, mas
numa reação ativam o catalisador.

Fe
Ex.: N2(g) + 3 H2(g) ⎯⎯→ 2 NH3(g)
ativadores: Al2O3 e K2O.

Veneno ou inibidor de catalisador: é uma espécie química que, presente numa reação catalítica, diminui ou
mesmo anula totalmente a ação do catalisador.

Fe
Ex.: N2(g) + 3 H2(g) ⎯⎯→ 2 NH3(g)
inibidor de catalisador ou veneno: Arsênio (As)

Inibidor ou Inibidor de Reação: é uma espécie química que possui ação inversa a de um catalisador, ou seja,
aumenta a energia de ativação da reação.

Ex.: 2 H2O2(aq) → 2H2O(l) + O2(g) velocidade: v1

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


193
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

+
2 H2O2(aq) H 3 O ( aq) 2H2O(l) + O2(g) velocidade: v2

V2 < V1

H3O+ = inibidor da reação.

4.1. Mecanismo das catálises homogênea e heterogênea


a) catálise homogênea
Na catálise homogênea o catalisador propõe um novo mecanismo para a reação. A reação passa a ocorrer em mais
de uma etapa. Neste novo mecanismo a energia de ativação da reação é menor que sem o uso do catalisador.
Na catálise homogênea o catalisador é consumido em uma etapa, mas é integralmente restituído em uma etapa
seguinte.
O catalisador faz parte da lei de velocidade da reação na catálise homogênea.

Comparação entre uma reação não catalisada (a) e a mesma reação catalisada por uma enzima (b). A
representação gráfica em (b) admite que a reação catalisada segue um mecanismo em duas etapas e
que a segunda etapa (ES → E + P) é a que controla a velocidade da reação.

Veja agora o exemplo do peróxido de hidrogênio decompõe-se muito devagar:


2H2O2(aq) → 2H2O(l) + O2(g)

Na presença do íon de bromo, a decomposição ocorre rapidamente:


2Br-(aq) + H2O2(aq) + 2H+(aq) → Br2(aq) + 2H2O(l).
Br2(aq) + H2O2(aq) → 2Br-(aq) + 2H+(aq) + O2(g).

O Br- é um catalisador porque ele pode ser recuperado no final da reação.

Perfil de energia para a decomposição não-


catalisada de peróxido de hidrogênio e para a
reação catalisada por Br-.

b) catálise heterogênea

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


194
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Na catálise heterogênea, os reagentes e o catalisador encontram-se em fases diferentes. Geralmente o


catalisador é um sólido e os reagentes são gases ou líquidos. A catálise heterogênea é de longe o tipo
mais importante na indústria química, especialmente na síntese de produtos químicos essenciais.
Descrevemos a seguir três exemplos específicos de catálise heterogênea responsáveis por milhões de
toneladas de produtos químicos produzidos anualmente em escala industrial.

Na catálise heterogênea o catalisador adsorve as moléculas dos reagentes, enfraquecendo as suas


ligações e consequentemente a energia necessária para a formação do complexo ativado será menor
que sem o uso do catalisador. A reação acontece na superfície do catalisador.
Na catálise heterogênea o catalisador não reage e não faz parte da lei de velocidade da reação.

Ação catalítica durante a síntese da amônia. Em primeiro lugar, as moléculas de N2 e H2 ligam-se à


superfície do catalisador. Essa interação com a superfície enfraquece as ligações covalentes no H2 e N2
e acaba por causar a dissociação dessas moléculas. Os átomos H e N são muito reativos e se
combinam para formar a molécula de NH3, que deixa então a superfície.

5. Estudo da influência da concetração na velocidade de uma reação química

Considere a reação:

H2(g) + I2(g) → 2 HI(g)

Se num dado volume temos uma molécula de H2 e uma molécula de I2, elas têm certa probabilidade de se
chocarem de forma efetiva e, portanto, a reação terá uma certa velocidade.
Dobrando-se agora a concentração do hidrogênio, ou seja, colocando-se duas moléculas de H2 a probabilidade
de uma molécula de H2 chocar-se com uma molécula de I2 dobra e, portanto, a velocidade da reação dobra.
Duplicando-se as concentrações de H2 e de I2 simultaneamente, a probabilidade fica quatro vezes maior e,
portanto, a velocidade da reação quadruplica.

Conclusão:
A velocidade dessa reação é diretamente proporcional às concentrações molares (mol/L) dos reagentes.

V = K  H2   I 2 

K = constante de velocidade ou constante cinética da reação na referida temperatura.

Consideremos que a equação geral abaixo seja uma reação elementar.


Reação elementar: é a reação química que ocorre em uma única etapa (são poucas as reações químicas que
ocorrem em uma única etapa).
aA + bB → cC + dD, temos:

V = K  Aa  Bb

v = velocidade da reação numa dada temperatura.


K = constante de velocidade na referida temperatura.
Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira
195
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

[A] = concentração molar ou molaridade de A.


[B] = concentração molar ou molaridade de B.

a e b coeficientes de A e B na equação balanceada.

Ex.: SO2( g) + O 2( g) → SO 3( g)
V = K  SO 2   O 2 

Na prática, a grande maioria das reações não são elementares, ou seja, ocorrem em duas ou mais etapas, cada
uma com a sua velocidade. Nesses casos, as equações que deduzimos até aqui são válidas para cada etapa da reação,
mas não são válidas para a reação global.
Para a reação geral abaixo, considerando que não seja elementar, temos:
aA + bB + ... → cC + dD

V = K  Am  Bn 

onde: m e n são determinados experimentalmente.

“A velocidade de uma reação é proporcional às concentrações molares dos reagentes, elevados a


expoentes que são determinados experimentalmente, em cada temperatura considerada.”

Essa lei é conhecida como lei da ação das massas e foi estabelecida pelos cientistas Guldberg e Waage.
A velocidade de uma reação é determinada pela etapa mais lenta da reação, ou seja, a velocidade da reação é
a velocidade da etapa lenta e portanto os coeficientes m e n na equação da velocidade da reação são os coeficientes
dos reagentes na equação da etapa lenta.
Consideramos a reação:

4HBr(g) + O2(g) → 2H2O(g) + 2Br2(g)

Sabendo que ela ocorre segundo o mecanismo:

HBr + O2 → HBrO2 (etapa lenta)


HBrO2 + HBr → 2 HBrO (etapa rápida)
2 HBrO + 2 HBr → 2 H2O + 2 Br2 (etapa rápida)

4 HBr(g) + O2(g) → 2 H2O(g) + 2 Br2(g) (equação global)

A velocidade da reação será :

v = K. [HBr] .[O2], pois a etapa lenta é que determina a velocidade da reação.

Mecanismo de reação: é o conjunto de reações elementares que compõem uma reação química.

Observações:
Obs.1:
A cada etapa de uma reação que se processa em mais de uma etapa é considerada como elementar.
Obs.2:
A concentração de um sólido ou de um líquido em uma solução diluída, é considerada constante, por isso não deve
fazer parte diretamente da equação da velocidade e da reação, devendo ser considerado só o estado gasoso e
substâncias no estado aquoso.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


196
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Ex.1:
Fe ( s ) + 2HC ( aq) → FeC 2( aq) + H 2( g)
V = K  [HC] 2
(considerando a reação como elementar)

Ex.2:
HC ( g) + H2O( ) → H3O (+aq) + C −( aq)
V = K  HC

6. Estudo da influência da pressão na velocidade de uma reação química


Como vimos, numa mistura gasosa, o aumento da pressão total reduz o seu volume e consequentemente
aumenta a concentração dos reagentes e, também, a velocidade da reação.

Observações:
Obs.1:
Em uma mistura gasosa chama-se pressão parcial de um dos reagentes à pressão que ele exerceria se estivesse
sozinho, ocupando o volume total da mistura, na temperatura considerada.

Obs.2:
Como já vimos: numa mistura gasosa, a pressão parcial de cada gás é proporcional a sua concentração molar.
Relembrando:
Para um gás A(g) temos:

NA
PA V = N A RT  PA = RT  PA = [ A ]  RT
V

Devido a essa proporcionalidade, a lei cinética também pode ser escrita, para sistemas gasosos, da seguinte
maneira:

aA(g) + bB(g) + … → cC(g) + dD(g)

V = K.(pA)m.(pB)n...

pA = pressão parcial de A(g)


pB = pressão parcial de B(g)

Na expressão da velocidade da reação em função das pressões parciais só devem ser considerados os reagentes
gasosos.
Ex.: H2(g) + I2(s) → 2HI(g)
V = K.(pH2)1

7. Ordem de uma reação

Dada a reação:

aA + bB → xX + yY

Temos a seguinte equação de velocidade:

V = K.[A]m . [B]n

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


197
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Assim temos:
m = ordem da reação em relação ao reagente A;
n = ordem da reação em relação ao reagente B;
(m + n) = ordem da reação ou ordem geral da reação;

A ordem de uma reação é sempre determinada experimentalmente, pois é deduzida da equação da velocidade
da reação e pode ser igual a zero ou ter um valor positivo inteiro ou fracionário.

A ordem de um reagente na expressão da velocidade de uma reação indica a dependência existente


entre a concentração molar desse reagente e a velocidade da reação global.

Observações:
Quanto à ordem, as reações podem ser:
• de ordem zero;
• de ordem igual a 1 ou de primeira ordem;
• de ordem igual a 2 ou de segunda ordem;
• de ordem igual a 3 ou de terceira ordem.

Considere a seguinte reação elementar:

2 NO(g) + H2(g) → N2O(g) + H2O(g)

V = K . [NO]2 . [H2]
Ordem do NO(g): 2a ordem
Ordem do H2(g): 1a ordem
Ordem da reação: 3a ordem

8. Molecularidade de uma reação


Molecularidade: é o número mínimo de moléculas ou íons dos reagentes que precisam colidir
simultaneamente para que se forme o complexo ativado e ocorra uma reação elementar ou uma etapa de uma reação
não-elementar.

Ex.:
C12H22O11(aq) + H2O(l) → C6H12C6(aq) + C6H12O6(aq)
sacarose água glicose frutose

A molecularidade da reação é igual a 2(reação bimolecular), pois essa reação se efetua pelo choque de 2
moléculas C12 H22 O11 e H2O.
A ordem da reação é igual a 1 (reação de primeira ordem), pois a velocidade só depende da concentração de
uma substância (C12H22O11) elevada a expoente 1:

V = K  C12H22O11 

Observações:
1. Quando à molecularidade, as reações podem ser: monomoleculares (ou unimoleculares), bimoleculares e
trimoleculares.
2. Numa reação não-elementar, não se define molecularidade para a reação global, mas sim, para cada uma de suas
etapas.

9. Aprofundamento
9.1. Determinação da lei de velocidade de uma reação

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


198
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

1.1. Uma lei de velocidade é uma característica da reação determinada experimentalmente e não pode,
em geral, ser escrita a partir da estequiometria da equação química balanceada.

1.2. Existem reações de ordem zero:


Os experimentos mostram que a reação de decomposição da amônia na presença de platina como
catalisador, ocorre com velocidade constante até que toda a amônia seja consumida:

1.3. As ordens podem ser negativas e uma lei de velocidade pode depender da concentração dos
produtos:
Observa-se experimentalmente que na reação de transformação do gás ozônio em gás oxigênio,
o aumento da concentração de O2(g) desacelera a reação, pois ele participa da reação inversa:

1.4. Algumas reações podem ter ordens fracionárias:


Observe a lei de velocidade da reação abaixo determinada experimentalmente:

Ordem da reação: 1 + (–1/2) = 1/2

9.2. Equação de Arrhenius

Onde:
A = parâmetro de Arrhenius = fator pré-exponencial (determinado experimentalmente), também chamado
de fator de frequência, ele está relacionado com a frequência das colisões e a probabilidade com que as
colisões são orientadas de maneira favorável. Esse fator é expresso na unidade L.mol–1.s–1.
Ea = parâmetro de Arrhenius = energia de ativação (determinado experimentalmente).
A e Ea são praticamente independentes da temperatura e variam de reação para reação.
R = constante dos gases = 8,314 J.mol–1K–1.
T = temperatura absoluta.
Observe que a equação abaixo possui a forma de uma reta (y = a + bx). Essa equação mostra que em
um gráfico de ln k (eixo y) versus 1/T (eixo x) será uma reta com inclinação igual a –Ea/R, assim a energia
de ativação pode ser calculada a partir da inclinação da reta resultante no referido gráfico.

y = a + bx (a = coeficiente linear; b = coeficiente angular)

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


199
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

O fator exponencial e –Ea/RT é sempre menor que 1 e se interpreta como a fração de moléculas com
a energia mínima necessária para que a reação ocorra.

9.3. Estudo das equações de velocidade


Considere a reação: R → P
Onde:
[R]0 = Concentração molar do reagente no instante t = 0 (instante inicial)
[R]t = Concentração molar do reagente no instante t (instante qualquer)
t1/2 = meia-vida
y = a + bx (a = coeficiente linear; b = coeficiente angular)

Ordem da
0 1 2
reação
Equação de
V=k.[R]0 V=k.[R]1 V=k.[R]2
velocidade
Unidades de
Mol.L-1.s-1 s-1 L.mol-1.s-1
k
ln[R]t = ln[R]0 – kt
[R]t = [R]0 – kt 1/[R]t = 1/[R]0 + kt
Equação (y = a + bx)
(y = a + bx) (y = a + bx)
integrada de ou
ou ou
velocidade ln([R]t / [R]0) = – kt
[R]0 – [R]t = kt 1/[R]t – 1/[R]0 = kt
Coeficiente
-k -k k
angular
Gráfico
[R]t versus t (tempo) ln [R]t versus t (tempo) 1/[R]t versus t (tempo)
retilíneo
[R] ln [R]
1/[R]

Gráfico
retilíneo

Tempo, t Tempo, t Tempo, t


t1/2 = ln2 / k
Meia-vida t1/2 = [R]0 / 2k t1/2 = 1 / k[R]0
ou t1/2 = 0,693 / k

9.4. Cálculo da constante de velocidade da reação em diferentes temperaturas:

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


200
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

A equação seguinte permite que se possa calcular a constante de velocidade k 2 a qualquer


temperatura T2, quando se conhece a energia de ativação da reação Ea e a constante de velocidade k1 em
determinada temperatura T1.

Essa equação foi deduzida a partir da equação de Arrhenius.

9.5. Meia Vida


A meia-vida de uma reação, t 1 , corresponde ao tempo necessário para que a concentração de um
2

reagente diminua para metade do seu valor inicial.

Representação gráfica de [A], em função do tempo, para a reação de primeira ordem A → produtos. A
meia-vida para a reação é de 1 minuto. Após expirar cada meia-vida, a concentração de A é reduzida à
metade.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


201
Curso de Química – Prof. Alexandre Oliveira

CINÉTICA QUÍMICA Dado: ln2 = 0,693.


Exercícios de Aprendizagem

01. (Ita) A figura a seguir representa o resultado de dois


experimentos diferentes (I) e (II) realizados para uma mesma
reação química genérica (reagentes ë produtos). As áreas
hachuradas sob as curvas representam o número de
partículas reagentes com energia cinética igual ou maior que
a energia de ativação da reação (Eat). Baseado nas
informações apresentadas nesta figura, é correto afirmar que
a) a constante de equilíbrio da reação nas condições do
experimento I é igual à da reação nas condições do a) Qual é o valor da constante de velocidade?
experimento II. b) Em qual dos estágios - I, II ou III -, indicados na figura
b) a velocidade medida para a reação nas condições do anterior, detecta-se a maior velocidade instantânea para essa
experimento I é maior que a medida nas condições do reação? Justifique sua resposta.
experimento II.
c) a temperatura do experimento I é menor que a temperatura 03. (Ita) Certa reação química exotérmica ocorre, em dada
do experimento II. temperatura e pressão, em duas etapas representadas pela
d) a constante de velocidade medida nas condições do seguinte sequência de equações químicas:
experimento I é igual à medida nas condições do A + Bë E + F + G
experimento II. E+F+GëC+D
e) a energia cinética média das partículas, medida nas Represente, em um único gráfico, como varia a energia
condições do experimento I, é maior que a medida nas potencial do sistema em transformação (ordenada) com a
condições do experimento II. coordenada da reação (abscissa), mostrando claramente a
variação de entalpia da reação, a energia de ativação
envolvida em cada uma das etapas da reação e qual destas
apresenta a menor energia de ativação. Neste mesmo gráfico,
mostre como a energia potencial do sistema em
transformação varia com a coordenada da reação, quando um
catalisador é adicionado ao sistema reagente. Considere que
somente a etapa mais lenta da reação é influenciada pela
presença do catalisador.

04. (Ufpe) Quando a concentração de 2-bromo-2-


metilpropano, C„H‰Br dobra, a velocidade da reação:

C„H‰Br (aq) + OH­(aq)ëC„H‰OH (aq) + Br­(aq)


02. (Ufc) O gráfico adiante expressa a variação de
concentração de uma determinada espécie em função do aumenta por um fator de 2. Se as concentrações de C„H‰Br e
tempo de experimento, a uma temperatura constante, OH- são dobradas, o aumento da velocidade é o mesmo: um
fator de 2. Com relação a esses dados, analise as afirmativas
segundo uma cinética de primeira ordem. a seguir.
1) A lei de velocidade da reação pode ser escrita como: v =
k [C„H‰Br] [OH­] e, portanto, a reação é de segunda ordem.
2) A lei de velocidade da reação pode ser escrita como: v =
k [C„H‰Br] e, portanto, a reação é de primeira ordem.
3) A lei de velocidade da reação pode ser escrita como: v =
k [C„H‰Br] e, portanto, a reação é de primeira ordem, com
relação ao C„H‰Br, e de ordem zero, com relação ao íon OH­.
4) Se a concentração de íons OH- triplicar, a velocidade da
reação não se altera.

Curso de Química – Medicina Extensivo - Prof. Alexandre Oliveira


202
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

5) A meia-vida, t(1/2), independe da concentração inicial dos


reagentes. 09. Com base no seguinte perfil de reação, quantos inter-
Estão corretas: mediários são formados na reação A → C. Quantos estados
de transição existem? Qual etapa é a mais rápida? A reação
a) 1, 2, 4 e 5 apenas
A → C é exotérmica ou endotérmica?
b) 1, 3, 4 e 5 apenas
c) 2, 3, 4 e 5 apenas
d) 1 e 5 apenas
e) 1, 2, 3, 4 e 5

05. (Unesp) A cinética da reação


2HgCØ‚+C‚O„£­ë2CØ­ + 2CO‚(g) + Hg‚CØ‚(s)
Foi estudada em solução aquosa, seguindo o número de mols
de Hg‚CØ‚ que precipita por litro de solução por minuto. Os
dados obtidos estão na tabela.

10. Com base no seguinte perfil de reação, quantos inter-

Pede-se:
mediários são formados na reação A → D? Quantos estados
a) Determinar a equação de velocidade da reação. de transição existem? Qual etapa é mais rápida? A reação A
b) Calcular o valor da constante de velocidade da reação. → D é exotérmica ou endotérmica?
c) Qual será a velocidade da reação quando [HgCØ‚]=0,010M
e [C‚O„£­]=0,010M?
11. O seguinte mecanismo foi proposto para a reação na
fase gasosa de H2 com ICl:
06. (a) Qual o significado do termo molecularidade?
(b) Por que as etapas elementares termoleculares são tão raras? H 2(g) + ICl(g) → HI(g) + HCl(g)
(c) O que é um intermediário em um mecanismo? Hl(g) + ICl(g) →l2(g) + HCl(g)

07. Qual é a molecularidade de cada um dos seguintes pro- (a)Escreva a equação balanceada para a reação total.
cessos elementares? Escreva a lei de velocidade para cada (b)Identifique quaisquer intermediários no mecanismo.
um. (c) Escreva as leis de velocidade para cada etapa no mecanismo.
(a) Cl2( g ) → 2Cl ( g ) (d) Se a primeira etapa é lenta e a segunda é rápida, qual a lei
(b) OCl-(g) + H2O (g) → HOCI(g) + OH-(g) de velocidade que você esperaria ser observada para a reação
(c) NO(g)+ Cl2(g) → NOCl2(g) como um todo?

08. Qual é a molecularidade de cada um dos seguintes pro-


cessos elementares? Escreva a lei de velocidade para cada CINÉTICA QUÍMICA
um. Exercícios de Fixação
(a) 2NO(g) → N2O2(g)
(b) 01. (Puccamp) O fósforo branco P„ é tão reativo que
H2C CH2 (g) H2C CH CH3(g) deve ser guardado em água para não se inflamar
CH2
espontaneamente:
(c) SO3(g) → SO2(g) + O(g)
P„ + 5 O‚ ë P„O³ + calor.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


203
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

O fósforo vermelho, muito mais seguro, encontra-se na e) 1-C; 2-D; 3-B; 4-A
lixa da caixinha de fósforos. Quando riscado,
transforma-se em P„ que pega fogo. 3. (Ufpr) A reação de hidrólise da acetilcolina,
O calor gerado inicia a reação entre as substâncias esquematizada abaixo, é fundamental na transmissão de
presentes na cabeça do palito. A reação global é: impulsos nervosos nos seres vivos. A reação é promovida
pela enzima acetilcolinesterase (AChE).

P„ + 5 O‚ + 3 S + 2 KCØOƒ ë P„O³ + 3 SO‚ + 2 KCØ


+ calor

(Adaptado de Luis Fernando Pereira. "Folha


de S. Paulo". 10/06/2004) Considere as seguintes afirmativas sobre o papel de AChE
O fato do fósforo branco pegar fogo imediatamente, nessa reação:
quando exposto ao ar, indica que esta transformação
I. AChE é catalisador da reação.
química II. AChE aumenta a energia de ativação da reação.
a) é muito endotérmica. III. AChE promove caminhos reacionais alternativos.
b) é catalisada pelo O‚ do ar. IV. AChE inibe a formação de intermediários.
c) forma produtos com maior conteúdo energético do
Assinale a alternativa correta.
que os reagentes.
a) Somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.
d) tem baixa energia de ativação. b) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
e) atinge rapidamente o equilíbrio. c) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
02. (Fuvest) Foram realizados quatro experimentos. e) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
Cada um deles consistiu na adição de solução aquosa 04.. (Ita ) Considere uma reação química representada
de ácido sulfúrico de concentração 1 mol/L a certa pela equação: Reagentes ë Produtos. A figura a
massa de ferro. A 25°C e 1atm, mediram-se os seguir mostra esquematicamente como varia a energia
volumes de hidrogênio desprendido em função do potencial (Ep) deste sistema reagente em função do
tempo. No final de cada experimento, sempre sobrou avanço da reação química. As letras a, b, c, d e e
ferro que não reagiu. A tabela mostra o tipo de ferro representam diferenças de energia.
usado em cada experimento, a temperatura e o volume
da solução de ácido sulfúrico usado. O gráfico mostra
os resultados.

Com base nas informações apresentadas na figura é


CORRETO afirmar que
a) a energia de ativação da reação direta é a diferença
de energia dada por c - a + d.
As curvas de 1 a 4 correspondem, respectivamente, b) a variação de entalpia da reação é a diferença de
aos experimentos. energia dada por e - d.
a) 1-D; 2-C; 3-A; 4-B c) a energia de ativação da reação direta é a diferença
b) 1-D; 2-C; 3-B; 4-A de energia dada por b + d.
c) 1-B; 2-A; 3-C; 4-D d) a variação de entalpia da reação é a diferença de
d) 1-C; 2-D; 3-A; 4-B energia dada por e - (a + b).

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


204
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

e) a variação de entalpia da reação é a diferença de


energia dada por e.

05. (Pucrs) Uma forma de ingerirmos a vitamina C é


através do consumo de sucos de frutas. O suco deve
ser consumido logo após ser preparado, pois essa
vitamina sofre oxidação e perde sua ação em pouco
tempo.
O gráfico a seguir apresenta a curva de decomposição
da vitamina C, presente no suco de acerola, em função
do tempo.

Sobre a decomposição do peróxido de hidrogênio em


solução aquosa é INCORRETO afirmar que
a) independentemente da ação do catalisador, a
reação é exotérmica.
b) apesar de o bromo (Br‚) reagir com o H‚O‚ na
primeira etapa do mecanismo proposto, ele é
totalmente regenerado durante a segunda etapa, não
sendo consumido durante o processo.
c) a presença do bromo altera a constante de equilíbrio
do processo, favorecendo a formação do oxigênio e da
água.
d) na primeira etapa do mecanismo proposto, o Br‚(Ø)
Pela análise do gráfico, é correto afirmar que a é reduzido a Br-(aq) e na segunda etapa, o ânion
velocidade média de decomposição da vitamina C, em Br­(aq) é oxidado a Br‚(Ø).
molar/min, nas duas primeiras horas após o preparo do e) a ação do catalisador possibilita um novo
suco, é de, aproximadamente, mecanismo de reação, que apresenta menor energia
a) 2,5 × 10-¥ de ativação, aumentando a velocidade o processo.
b) 6,0 × 10-¥
c) 3,0 × 10-£ 07. (Ufal) Analise as afirmações seguintes, sobre
d) 4,0 × 10-£ CINÉTICA QUÍMICA.
e) 7,0 × 10-£ ( ) A etapa determinante da rapidez de uma reação
química é a mais lenta.
06. (Pucsp) A decomposição do peróxido de ( ) Catalisadores não participam das etapas de uma
hidrogênio (H‚O‚) em solução aquosa (água reação química.
oxigenada) é catalisada pela adição de uma gota de ( ) Uma porção de maionese deteriora-se mais
bromo (Br‚) à solução. rapidamente do que os seus componentes
considerados separadamente, pois, entre outros
Br‚ fatores, a superfície de contato de cada um é maior.
2H‚O‚(aq) ë 2H‚O(Ø) + O‚(g) ( ) A frequência de colisões efetivas entre reagentes
diminui com o aumento de temperatura.
O mecanismo proposto para o processo ocorre em ( ) Alumínio em pó pode ser "queimado" mais
duas etapas: facilmente do que alumínio em raspas.
Br‚(aq)+H‚O‚(aq) ë 2Br­(aq)+2H®(aq)+O‚(g)
2Br­(aq)+2H®(aq)+H‚O‚(aq)ëBr‚(aq)+2H‚O(Ø) 08. (Ufc) O monóxido de carbono (CO), um veneno
O caminho da reação na presença e na ausência de metabólico, é incolor, inodoro e se apresenta no estado
catalisador é representado no gráfico a seguir: gasoso, à temperatura ambiente. Isto confere ao CO a
denominação de "poluente imperceptível". Quando
inalado, o CO interfere no transporte de O‚ no sangue,

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


205
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

ao combinar-se com a hemoglobina, para formar a 10. (Ufmg) Duas reações químicas foram realizadas
carboxihemoglobina. em condições diferentes de temperatura e de estado
de agregação das substâncias, conforme descrito a
seguir:

Reação I CO (g) + NO‚ (g) ë CO‚ (g) + NO (g)


Experimento 1 - Temperatura igual a 25 °C.
Experimento 2 - Temperatura igual a 250 °C.
(As demais condições são idênticas nos dois
experimentos.)

Dado que a cinética da reação de formação da


Reação II Pb(NOƒ)‚ + 2KI ë PbI‚ + 2KNOƒ
carboxihemoglobina é de primeira ordem em relação a
Experimento 3 - Os dois reagentes foram utilizados na
cada um dos reagentes, assinale a alternativa correta.
forma de pó.
a) A expressão que representa corretamente a lei de
Experimento 4 - Os dois reagentes foram utilizados em
velocidade da reação inversa é v = k÷1
solução aquosa.
[carboxihemoglobina] / [O‚], e k÷1 é adimensional.
(As demais condições são idênticas nos dois
b) A lei de velocidade da reação direta é dada por v =
experimentos.)
k1 [oxihemoglobina][CO], e as dimensões de k1 serão
L.mol-¢.s-¢.
Comparando-se as velocidades de reação em cada
c) Quando os valores das concentrações iniciais da
par de experimentos (V com V‚; Vƒ com V„ ), é
oxihemoglobina e do CO forem idênticos e diferentes
CORRETO afirmar que
de 1M, a expressão v = k1 representará corretamente
a) V‚ > V e Vƒ = V„.
a lei de velocidade da reação.
b) V > V‚ e Vƒ > V„.
d) A reação descrita é dita de segunda ordem com
c) V‚ > V e V„ > Vƒ.
relação aos reagentes, e a constante de velocidade k1
d) V > V‚ e Vƒ = V„.
assume a dimensão L£.mol-£.s.
e) A etapa lenta da reação não é influenciada pelas
concentrações da oxihemoglobina e de monóxido de
11. (Pucpr) Analisando as reações abaixo, as quais
carbono.
produzirão gás nitrogênio e água líquida, assinale a
alternativa CORRETA.
09. (Ufmg) Em um antigo método para a fabricação do
ácido sulfúrico, H‚SO„, uma das etapas consistia numa Etapa 1) H2(g) + NO(g) → N2O(g) + H2O( ) (lenta)
sequência de reações, representadas por estas Etapa 2) H2(g) + N2O(g) → N2(g) + H2O( ) (rápida)
equações: a) A reação global é dada pela seguinte reação balanceada:
2H2(g) + 2NO(g) → 3N2(g) + 2H2O( ) + N2O(g).
I) SO‚(g) + NO‚(g) ë SOƒ(g) + NO(g) b) Se mantivermos a concentração do H2(g) em quantidade
II) NO(g) + 1/2 O‚(g) ë NO‚(g) de matéria e duplicarmos a concentração em quantidade
de matéria do NO(g) , a velocidade da reação duplicará.
Considerando-se essas equações e a produção de c) Colocando-se na reação um catalisador, este aumentará a
H‚SO„, é INCORRETO afirmar que velocidade da reação e será consumido durante a reação.
a) a obtenção do H‚SO„ pode ser realizada por meio d) A lei da velocidade é dada por: V = K  [H2(g) ]  [NO(g) ]
da reação de SOƒ com a água. e) Se triplicarmos a concentração em quantidade de matéria
b) a equação da reação global da etapa descrita não do H2(g) e duplicarmos a concentração do NO(g) , a
inclui os compostos nitrogenados. velocidade da reação ficará 12 vezes maior.
c) o nitrogênio é reduzido e o enxofre é oxidado na
primeira reação. 12. (Ufpe) No início do século XX, a expectativa da
d) o oxigênio molecular catalisa a conversão do NO em Primeira Guerra Mundial gerou uma grande
NO‚. necessidade de compostos nitrogenados. Haber foi o
pioneiro na produção de amônia, a partir do nitrogênio
do ar. Se a amônia for colocada num recipiente

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


206
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

fechado, sua decomposição ocorre de acordo com a A partir da análise do gráfico julgue as alternativas a
seguinte equação química não balanceada: seguir:
( ) a etapa I é espontânea
NHƒ(g) ë N‚(g) + H‚(g). ( ) a etapa II é a etapa determinante da velocidade
da reação global
As variações das concentrações com o tempo estão ( ) a substância B é um intermediário da reação
ilustradas na figura a seguir: ( ) a reação global A ë C é espontânea
( ) a reação inversa C ë B apresenta energia livre
de Gibbs de ativação igual a 20 kJ/mol

14. (Ufpr) No gráfico abaixo, estão representadas as


concentrações, ao longo do tempo, de quatro
substâncias - A, B, C e D - que participam de uma
reação hipotética.

A partir da análise da figura acima, podemos afirmar


que as curvas A, B e C representam a variação
temporal das concentrações dos seguintes
componentes da reação, respectivamente:
a) H‚, N‚ e NHƒ
b) NHƒ, H‚ e N‚
c) NHƒ, N‚ e H‚
d) N‚, H‚ e NHƒ A partir destas informações, é correto afirmar:
e) H‚, NHƒ e N‚ (01) As substâncias A e B são reagentes da reação.
(02) A velocidade de produção de C é menor que a
13. (Ufpe) O gráfico ilustra a variação da energia livre velocidade de produção de A.
ao longo de uma reação química, que ocorre em duas (04) Transcorridos 50 s do início da reação, a
etapas: concentração de C é maior que a concentração de B.
(08) Nenhum produto se encontra presente no início da
Etapa I: A ë B reação.
Etapa II: B ë C (16) A mistura das substâncias A e D resulta na
produção de B.
(32) As substâncias A, B e D estão presentes no início
da reação.
Soma ( )

15. (Ufpr) A velocidade média da reação a A + b B ë


c C + d D pode ser definida pela expressão I, a seguir:

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


207
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

função do tempo de reação, quando a mesma é


estudada em condições de laboratório, em recipiente
fechado contendo inicialmente uma mistura de SO‚, O‚
e NO gasosos.

Considere agora a reação de decomposição da água


oxigenada.
2 H‚O‚(aq) ë 2 H‚O(líq) + O‚(g) As curvas que representam as concentrações de SO‚,
A tabela fornece as concentrações, em mol por litro, da SOƒ, O‚ e NO são, respectivamente:
água oxigenada, em função do tempo da reação. a) I, II, III, IV.
Com base nas informações acima, é correto afirmar: b) II, I, III, IV.
(01) A velocidade média da reação é constante em c) III, I, II, IV.
todos os intervalos de tempo considerados. d) III, II, I, IV.
(02) No intervalo de tempo entre 20 e 30 minutos, a e) IV, III, II, I.
velocidade média de formação do gás oxigênio é
5,0x10-¤ mol L-¢ min-¢. 17. (Fuvest) O eugenol, extraído de plantas, pode ser
(04) Em valores absolutos, a velocidade média de transformado em seu isômero isoeugenol, muito utilizado na
decomposição da água oxigenada é igual à velocidade indústria de perfumes. A transformação pode ser feita em
solução alcoólica de KOH.
média de formação da água, qualquer que seja o
intervalo de tempo considerado.
(08) Entre 0 e 10 minutos, a velocidade média da
reação, definida pela expressão I acima, é de 1,5x10-£
mol L-¢ min-¢.
(16) No intervalo de 10 a 20 minutos, a velocidade
média de decomposição da água oxigenada é de 0,30 Foram feitos três experimentos de isomerização, à mesma
mol L-¢ min-¢. temperatura, empregando-se massas iguais de eugenol e
volumes iguais de soluções alcoólicas de KOH de diferentes
(32) A velocidade média, definida pela expressão I, é
concentrações. O gráfico a seguir mostra a porcentagem de
sempre um número positivo. conversão do eugenol em isoeugenol em função do tempo,
Soma ( ) para cada experimento.

16. (Ufscar) Um dos produtos envolvidos no fenômeno


da precipitação ácida, gerado pela queima de
combustíveis fósseis, envolve o SO‚ gasoso. Ele reage
com o O‚ do ar, numa reação no estado gasoso
catalisada por monóxido de nitrogênio, NO. No
processo, é gerado SOƒ, segundo a reação global
representada pela equação química balanceada

NO(g)
2SO‚ + O‚ ë 2SOƒ

Analisando-se o gráfico, pode-se concluir corretamente que


No gráfico a seguir estão representadas as variações a) a isomerização de eugenol em isoeugenol é exotérmica.
das concentrações dos componentes da reação em b) o aumento da concentração de KOH provoca o aumento

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


208
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

da velocidade da reação de isomerização.


c) o aumento da concentração de KOH provoca a
decomposição do isoeugenol.
d) a massa de isoeugenol na solução, duas horas após o
início da reação, era maior do que a de eugenol em dois
dos experimentos realizados.
e) a conversão de eugenol em isoeugenol, três horas após o
início da reação, era superior a 50% nos três
experimentos.

18. (Unesp) Duas fitas idênticas de magnésio metálico


são colocadas, separadamente, em dois recipientes.
No primeiro recipiente adicionou-se solução aquosa de
HCØ e, no segundo, solução aquosa de CHƒCOOH,
ambas de concentração 0,1mol/L. Assinale a alternativa que apresenta os experimentos
Foram feitas as seguintes afirmações: em ordem crescente de velocidade de reação.
I - As reações se completarão ao mesmo tempo nos a) I, II, III.
dois recipientes, uma vez que os ácidos estão b) II, I, III.
presentes na mesma concentração. c) III, I, II.
II - O magnésio metálico é o agente oxidante nos dois d) II, III, I.
casos. e) III = I, II.
III - Um dos produtos formados em ambos os casos é
o hidrogênio molecular. 20. (Pucsp) Considere uma reação genérica em que os
IV - As velocidades das reações serão afetadas se as reagentes D e G transformam-se no produto J. A cinética
fitas de magnésio forem substituídas por igual dessa reação pode ser estudada a partir do gráfico a seguir
que representa a entalpia de reagentes e produtos, bem como
quantidade deste metal finamente dividido.
das espécies intermediárias formadas durante o processo. No
São verdadeiras as afirmações: gráfico, estão representados os caminhos da reação na
a) I e II, apenas. presença e na ausência de catalisador.
b) II e III, apenas.
c) I e III, apenas.
d) III e IV, apenas.
e) II, III e IV, apenas.

19. (Unifesp) Para investigar a cinética da reação


representada pela equação a seguir, foram realizados
três experimentos, empregando comprimidos de
antiácido efervescente, que contêm os dois reagentes
no estado sólido. As reações foram iniciadas pela
adição de iguais quantidades de água aos
comprimidos, e suas velocidades foram estimadas
observando-se o desprendimento de gás em cada
Um aluno ao analisar esse gráfico fez algumas afirmações a
experimento. O quadro a seguir resume as condições respeito da reação D + G → J:
em que cada experimento foi realizado.
I. z representa a variação de entalpia ( H) dessa reação.
II. y representa a energia de ativação dessa reação na
presença de catalisador.
III. x + z representa a energia de ativação dessa reação na
ausência de catalisador.
IV. Essa reação corresponde a um processo endotérmico.

Estão corretas apenas as afirmações


a) I e II.
b) I e III.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


209
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

c) II e III.
d) II e IV.
e) I, III e IV.

21. (Ufes) A 383°C o dióxido de nitrogênio (NO‚) se


decompõe em óxido de nitrogênio (NO) e oxigênio (O‚)
a uma velocidade média de 4,8×10-¤mol s-¢ L-¢.
a) Qual o tempo necessário para que 4,8mols de NO‚
sejam reduzidos à metade do seu valor?
b) Sabendo-se que a constante de velocidade da
reação é 10L mol-¢ s-¢, qual será a velocidade inicial
da reação, se a concentração inicial de NO‚ for
0,25mol L-¢?
Considere as afirmações abaixo, sobre essa reação.
22. (Ufrn) Foram obtidos os seguintes dados
I. A etapa determinante da velocidade da reação é a etapa 2.
experimentais para a velocidade de hidrólise da
II. A reação é exotérmica.
sacarose em solução diluída, a temperatura constante. III. A energia de ativação da etapa 1 é maior que a energia
de ativação da etapa 2.
C‚H‚‚O + H‚O ë C†H‚O† + C†H‚O†
(sacarose) (glicose) (frutose) Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.

24. (Ufscar) À temperatura ambiente, a reação química


entre eteno e hidrogênio, ambos gasosos, é
exotérmica. A reação é muito lenta, mas pode ser
acelerada quando se adiciona um metal em pó, como
níquel, paládio ou platina.
a) Escreva a equação química balanceada da reação
que ocorre e explique por que a reação é acelerada
Com base nos dados anteriores, determine o(a)
pela adição do metal.
a) molecularidade da reação.
b) Esquematize um diagrama de energias, indicando
b) equação da velocidade.
as entalpias de reagentes e produto, relacionando-as
c) ordem da reação.
com o calor de reação. Localize no diagrama a energia
d) valor da constante de velocidade.
de ativação antes e depois da adição do metal.

23. (Ufrgs) Para a obtenção de um determinado produto, 25. (Unesp) A fonte energética primária do corpo
realiza-se uma reação em 2 etapas.
O caminho dessa reação é representado no diagrama humano vem da reação entre a glicose (C†H‚O†) em
abaixo. solução e o oxigênio gasoso transportado pelo sangue.
São gerados dióxido de carbono gasoso e água líquida
como produtos. Na temperatura normal do corpo
(36,5°C), a interrupção do fornecimento energético
para certos órgãos não pode exceder 5 minutos. Em
algumas cirurgias, para evitar lesões irreversíveis
nestes órgãos, decorrentes da redução da oxigenação,
o paciente tem sua temperatura corporal reduzida para
25°C, e só então a circulação sanguínea é
interrompida.
a) Escreva a equação química balanceada que

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


210
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

representa a reação entre a glicose e o oxigênio. e) A pólvora age como um catalisador, diminuindo a energia
b) Explique por que o abaixamento da temperatura do de ativação total da reação química.
corpo do paciente impede a ocorrência de lesões 28. (Pucsp) A reação 2NO(g) + 2H‚(g) ë N‚(g) +
durante a interrupção da circulação. 2H‚O(g) foi estudada a 904 °C. Os dados da tabela
seguinte referem-se a essa reação.
26. (Uepa) De um modo geral, a ordem de uma reação é
importante para prever a dependência de sua velocidade em
relação aos seus reagentes, o que pode influenciar ou até
mesmo inviabilizar a obtenção de um determinado
composto. Sendo assim, os dados da tabela abaixo mostram
uma situação hipotética da obtenção do composto "C", a
partir dos reagentes " A " e "B".

Velocidade
[A] [B] inicial
Experimento A respeito dessa reação é correto afirmar que sua
mol  L−1 mol  L−1 −1 −1
(mol  L s ) expressão da velocidade é
01 0,1 0,1 4,0  10−5 a) v = k[NO] [H‚].
02 0,1 0,2 4,0  10−5 b) v = k[NO]£ [H‚].
03 0,2 0,1 16,0  10−5 c) v = k[H‚].
d) v = k[NO]¥ [H‚]£.
A partir dos dados da tabela acima, é correto afirmar que a e) v = k[NO]£ [H‚]£.
reação: A + B → C, é de:
a) 2ª ordem em relação a " A " e de ordem zero em relação 29. (Uem ) Os conversores catalíticos automotores,
a "B" baseados em ligas metálicas sólidas contendo ródio,
b) 1ª ordem em relação a " A " e de ordem zero em relação paládio ou molibdênio, são dispositivos antipoluição
a "B" existentes na maioria dos carros. Sua função é
c) 2ª ordem em relação a "B" e de ordem zero em relação absorver moléculas de gases poluentes e, através de
a "A" um processo chamado catálise, oxidar ou decompor
d) 1ª ordem em relação a "B" e de ordem zero em relação esses gases, como mostra o exemplo abaixo. Para a
a "A" reação global 2 NO(g) + O‚(g) ë 2 NO‚(g), na qual
e) 1ª ordem em relação a " A " e de 1ª ordem em relação a NO‚ atmosférico é gerado a partir de NO expelido dos
"B" escapamentos de automóveis, é proposto o seguinte
mecanismo, em duas etapas:
27. (Ufsm) Os sais estão presentes nos shows pirotécnicos. 2 NO(g) Ï N‚O‚(g) (etapa rápida)
Os fogos de artifício utilizam sais pulverizados de diferentes N‚O‚(g) + O‚(g) ë 2 NO‚(g) (etapa lenta)
íons metálicos como, por exemplo, o sódio (cor amarela) e o
Considerando essas afirmações, assinale o que for
potássio (cor violeta), misturados com material explosivo,
como a pólvora. Quando a pólvora queima, elétrons dos correto.
metais presentes sofrem excitação eletrônica, liberando a 01) A lei de velocidade da etapa lenta é igual a
energia na forma de luz. v=k[O‚][NO]£.
02) As reações das etapas rápida e lenta podem ser
Sobre a cinética da reação, é correto afirmar:
chamadas de reações bimoleculares.
a) Quanto maior a superfície de contato entre os reagentes,
mais rápida é a reação; assim, quanto mais dividido o 04) A catálise descrita acima é um exemplo de catálise
reagente sólido, mais a reação será acelerada. homogênea.
b) A queima dos fogos de artifício é facilitada pelo uso de 08) À temperatura e à concentração de NO(g)
sais pulverizados, pois estes diminuem a energia de constantes, se a concentração de O‚(g) duplicar, a
ativação da reação.
c) A temperatura gerada na queima de fogos de artifício reação global será 4 vezes mais rápida.
reduz a frequência dos choques entre as partículas de 16) Sendo a lei de velocidade da etapa lenta, obtida
reagentes, tornando a reação mais rápida. experimentalmente, igual a v=k[N‚O‚][O‚], sua ordem
d) A reação é mais rápida, pois, ao se utilizar o sal de reação é igual a 2.
pulverizado, a frequência das colisões é menor,
favorecendo, assim, a reação.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


211
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

30. (Ufpe) Em determinadas condições de temperatura oxigênio (O‚), produzindo o dióxido de nitrogênio
e pressão, a decomposição térmica do éter dimetílico (NO‚).
(ou metoxietano ou oxibismetano), dada pela equação
(CHƒ)‚O(g) ë CH„(g) + H‚(g) + CO(g)
exibe a seguinte dependência da velocidade com a
concentração:

Analisando a tabela é correto afirmar que


a) a expressão da velocidade da reação é v=k[NO][O‚].
b) a temperatura no último experimento é maior que
400°C.
Considerando que a concentração da espécie química c) a velocidade da reação independe da concentração
X seja denominada como [X], a velocidade (v) para O‚.
essa reação será expressa como: d) o valor da constante de velocidade (k) a 400°C é
a) v = k [(CHƒ)‚O] 1L/mol.
b) v = k [CH„][H‚][CO] e) o valor da constante de velocidade (k) é o mesmo
c) v = k em todos os experimentos.
d) v = k [(CHƒ)‚O]‚
e) v = k{[CH„][H‚][CO]}/[(CHƒ)‚O] 33. (Uerj) A reação expressa pela equação

31. (Ufc) Na(s) questão(ões) a seguir escreva no x X +y Y ë z Z + w W


espaço apropriado a soma dos itens corretos.
foi realizada em diversas experiências nas quais se
O óxido nítrico (NO), produzido pelo sistema de manteve constante a temperatura. As velocidades de
exaustão de jatos supersônicos, atua na destruição da reação foram medidas, variando-se a concentração
camada de ozônio através de um mecanismo de duas molar de um dos reagentes e mantendo-se a do outro
etapas, a seguir representadas: constante. Os resultados obtidos estão representados
(1) NO(g) + Oƒ(g) ë NO‚(g) + O‚(g); ÐH= - 199,8 kJ no gráfico adiante:

(2) NO‚(g) + O(g) ë NO(g) + O‚(g); ÐH = -192,1 kJ


Assinale as alternativas corretas:
01. A reação total pode ser representada pela
equação: Oƒ(g)+O(g)ë2O‚(g).
02. No processo total, o NO é um catalisador da
reação.
04. Sendo V = k [Oƒ][O] a expressão de velocidade
para o processo total, a reação é dita de primeira
ordem com relação ao ozônio.
08. Ambas as reações correspondentes às etapas do
processo são endotérmicas.
Em função dos dados apresentados,
16. A reação total fornecerá 391,1 kJ por mol de
a) determine a ordem da reação em relação aos
oxigênio formado.
reagentes X e Y, respectivamente.
Soma ( )
b) calcule o número de vezes em que a velocidade da
reação aumenta quando se duplica a concentração
32. (Pucsp) Os dados a seguir referem-se a cinética da
molar de Y e se triplica a concentração molar de X.
reação entre o monóxido de nitrogênio (NO) e o

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


212
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

superfície. Essa reação seria catalisada por íon cloreto


34. (Ufc ) Considere as seguintes reações presente na umidade do ar.
elementares:
WOGAN, T. Mercury's Dark Influence on Art.
etapa lenta Disponível em: www.chemistryworld.com. Acesso em:
etapa I: HOOH + I- ë HOI + OH- 26 abr. 2018 (adaptado).

etapa rápida
Segundo a hipótese proposta, o íon cloreto atua na
etapa II: HOI + I­ ë I‚ + OH­
decomposição fotoquímica do vermilion
a) reagindo como agente oxidante.
etapa rápida b) deslocando o equilíbrio químico.
etapa III: 2OH­ + 2HƒO® ë 4H‚O c) diminuindo a energia de ativação.
------------------------------------------------------------- d) precipitando cloreto de mercúrio.
e) absorvendo a energia da luz visível.
reação global: 2I­+HOOH+2HƒO® ë I‚+4H‚O
37. (Enem (Libras) 2017) Quando se abre uma garrafa
a) Qual a etapa determinante da velocidade da de vinho, recomenda-se que seu consumo não
reação? demande muito tempo. À medida que os dias ou
b) Apresente a expressão da lei de velocidade para a semanas se passam, o vinho pode se tornar azedo,
pois o etanol presente sofre oxidação e se transforma
reação global. em ácido acético.

35. (Ufrj) A expressão da velocidade de uma reação Para conservar as propriedades originais do vinho,
deve ser determinada experimentalmente, não depois de aberto, é recomendável
a) colocar a garrafa ao abrigo de luz e umidade.
podendo, em geral, ser predita diretamente a partir dos
b) aquecer a garrafa e guardá-la aberta na geladeira.
coeficientes estequiométricos da reação. c) verter o vinho para uma garrafa maior e
O gráfico a seguir apresenta dados experimentais que esterilizada.
possibilitam a obtenção da expressão da velocidade d) fechar a garrafa, envolvê-la em papel alumínio e
da seguinte reação: guardá-la na geladeira.
e) transferir o vinho para uma garrafa menor, tampá-
la e guardá-la na geladeira.
2 ICØ(g) + H‚(g) ë I‚(g) + 2 HCØ(g).
38. (Enem 2ª aplicação 2016) Utensílios de uso
cotidiano e ferramentas que contêm ferro em sua liga
metálica tendem a sofrer processo corrosivo e
enferrujar. A corrosão é um processo eletroquímico e,
no caso do ferro, ocorre a precipitação do óxido de
ferro (III) hidratado, substância marrom pouco solúvel,
conhecida como ferrugem. Esse processo corrosivo
é, de maneira geral, representado pela equação
química:

4 Fe(s) + 3 O2(g) + 2 H2O( ) → 2 Fe2O3  H2O (s)


Ferrugem

a) Escreva a expressão da velocidade desta reação. Uma forma de impedir o processo corrosivo nesses
b) Calcule o número de mols de cada produto ao final utensílios é
a) renovar sua superfície, polindo-a semanalmente.
da reação apresentada se, no início, há 3 mols de cada
b) evitar o contato do utensílio com o calor, isolando-o
reagente. termicamente.
c) impermeabilizar a superfície, isolando-a de seu
36. (Enem 2018) O sulfeto de mercúrio (II) foi usado contato com o ar úmido.
como pigmento vermelho para pinturas de quadros e d) esterilizar frequentemente os utensílios, impedindo
murais. Esse pigmento, conhecido como vermilion, a proliferação de bactérias.
escurece com o passar dos anos, fenômeno cuja e) guardar os utensílios em embalagens, isolando-os
origem é alvo de pesquisas. Aventou-se a hipótese de do contato com outros objetos.
que o vermilion seja decomposto sob a ação da luz,
produzindo uma fina camada de mercúrio metálico na 39. (Enem 2019) O odor que permanece nas mãos

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


213
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

após o contato com alho pode ser eliminado pela


utilização de um “sabonete de aço inoxidável”,
constituído de aço inox (74%), cromo e níquel. A
principal vantagem desse “sabonete” é que ele não se
desgasta com o uso. Considere que a principal
substância responsável pelo odor de alho é a alicina [II] Falsa. O catalisador (AChE) diminui a energia de ativação da
(estrutura I) e que, para que o odor seja eliminado, ela
reação.
seja transformada na estrutura II.
[III] Verdadeira. AChE promove caminhos reacionais alternativos,
consequentemente a energia de ativação diminui.
[IV] Falsa. AChE não inibe a formação de intermediários, pelo
contrário, cria caminhos alternativos.

Resposta da questão 4: [A]


A anergia de ativação da reação vai do reagente até o
complexo ativado mais energético
Isso poderia ser
(c - a) + d
Ou também pode ser:
e–a

Na conversão de I em II, o “sabonete” atuará como Resposta da questão 5: [B]


um t = 0 min; [Vit. C] = 0,10 mol/L
a) ácido. t = 120 min; [Vit. C] = 0,03 mol/L
b) redutor.
c) eletrólito.
[Vit.C] 0,03 − 0,10 mol / L
d) tensoativo. Vm = = =
e) catalisador. t 120min
0,07mol / L 7.10 −2 mol / L
= = =
120min 1,2.102 min
MÓDULO 07 – CINÉTICA QUÍMICA = 5,83.10−4 mol / L.min =

GABARITOS E RESOLUÇÕES COMENTADAS  6,00.10−4 molar / min

Resposta da questão 6: [C]


Resposta da questão 1: [D] Resposta da questão 7: V F F F V
Resposta da questão 2: [E] O item 3 é falso porque a superfície de contato é
Entre as curvas 1 e 2 a curva 1 é mais rápida, pois se importante para reagentes sólidos.
completa primeiro. Como são as curvas que liberaram Há uma contradição no item porque diz que a
maior volume de gás hidrogênio, elas se referem aos maionese se deteriora mais rapidamente que seus
experimentos C e D, pois sãos os que foram usados componentes e no final diz que a superfície de
um maior volume de ácido sulfúrico (80 mL). Sendo contato de cada um deles é maior.
que a curva 1 é o experimento C, pois a temperatura é Os componentes da maionese são óleo, água e
maior. Quanto maior a temperatura, maior será a
vinagre. Então não há sentido essa comparação com
velocidade da reação.
superfícies de contato.
Entre as curvas 3 e 4, a curva 3 que é a mais rápida é
Resposta da questão 8: [B]
o experimento B, pois ele utiliza limalha de ferro, onde
a superfície de contato é maior. Quando maior a Resposta da questão 9: [D]
superfície de contato do reagente sólido, maior será a Resposta da questão 10: [C]
velocidade da reação. A curva 4 é experimento A, pois Quando dois reagentes sólidos são misturados a
o prego possui menor superfície de contato. ração tende a ser muito lenta, pois na fase sólida o
Assim o item E está correto. movimento das partículas é bem reduzido,
dificultando assim as colisões das partículas.
Resposta da questão 3: [E] Quando se quer fazer a reação de dois sólidos o ideal
Análise das afirmativas: é dissolvê-los para que as soluções dos dois sólidos
[I] Verdadeira. AChE é catalisador da reação. sejam misturadas.
Com os solutos dissolvidos o movimento das
partículas é muito grande em solução, facilitando as

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


214
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

colisões das partículas dos reagentes. [H2 O 2 ] 0,20 − 0,30 mol / L


Vm H2 O 2 = = =
Por isso que a velocidade do experimento 4 é muito t 30min− 20min
maior que no experimento 3. 0,10mol / L
= = 0,01mol / L.min =
10min
Resposta da questão 11: [E] = 1,00.10−2 mol / L.min
Obs.: muito cuidado, pois a reação I não está balanceada, é
necessário que você faça o balanceamento da reação. 2 H2 O 2 ⎯⎯
→ 2 H2 O + 1 O 2
[A] Incorreta. Vm H2 O 2 Vm O 2
=
H2( g) + 2NO( g) → 1N2 O ( g) + H2 O( ) (lenta) 2 1
1,00.10−2 Vm O 2
H2( g) + 1N2 O( g) → N2( g) + H2 O( ) (rápida) =
2 1
2H2( g) + 2NO ( g) → N2( g) + 2H2O ( 1,00.10−2
)
Vm O 2 = = 0,5.10−2
2
[B] Incorreta. Vm O 2 = 5,0.10−3 mol / L.min
Etapa lenta :
H2(g) + 2NO(g) → N2O(g) + H2O( ) 04) V
v = k [H 2 ]  [NO] 2 A proporção entre H2O2 e H2O é de 1 para 1, portanto, suas
velocidades médias são iguais em valores absolutos em qualquer
v = k (1)  (1)2 = 1
intervalo de tempo.
v = k (1)  (2)2 = 4k
08) V
[C] Incorreta. Uma das principais características do catalisador é
Entre 0 min e 10 min temos:
aumentar a velocidade da reação sem ser consumido no final.
[H2 O 2 ] 0,50 − 0,80 mol / L
Vm H2 O 2 = = =
[D] Incorreta. A lei de velocidade é dada pela etapa lenta da t 10min− 0min
reação: 0,30mol / L
= = 0,03mol / L.min =
H2(g) + 2NO(g) → N2O(g) + H2O( ) 10min
= 3,00.10−2 mol / L.min
v = k [H 2 ]  [NO]2
Vm H2 O 2 3,00.10−2
[E] Correta. VmReação = =
2 2
H2(g) + 2NO(g) → N2O(g) + H2 O( ) VmReação = 1,50.10−2 mol / L.min
v = k [H 2 ]  [NO] 2

v = k (1)  (1)2 = 1 16) F


Entre 10 min e 20 min temos:
v = k (3)  (2)2 = 12k
[H2 O 2 ] 0,30 − 0,50 mol / L
Vm H2 O 2 = = =
t 20min− 10min
Resposta da questão 12: [D] 0,20mol / L
Resposta da questão 13: F V V V F = = 0,02mol / L.min =
10min
Resposta da questão 14: 02 + 04 + 32 = 38 = 2,00.10−2 mol / L.min
Resposta da questão 15: 02 + 04 + 08 + 32 = 46
01) F 32) V
A velocidade média da reação vai diminuindo à medida Pois a expressão coloca o sinal negative no cálculo da velocidade
que o tempo passa; dos reagents para que o resultado obtido para a velocidade media
de consumo dos reagentes seja positiva.
02) V
Entre 20 min e 30 min temos: Resposta da questão 16: [C]

Resposta da questão 17: [B]


De acordo com o gráfico, o aumento da concentração de KOH
provoca o aumento da velocidade da reação de isomerização.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


215
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

V = 10 L.mol-1.s-1 (0,25 mol/L)2


V = 10 L.mol-1.s-1 . 0,0625 mol2/L2
V = 0,625 mol . s−1 . L−1

Resposta da questão 22:


a) 2
b) v = k[C12H22O11]
c) 1ª ordem
d) k = 1,01 × 10− min−1

Resposta da questão 23: [D]


Análise das afirmações:
Pelo gráfico nada pode ser inferido em relação ao [I] Incorreta. A etapa determinante da velocidade da reação é a
calor da reação. Não se pode dizer pelo gráfico, se a mais lenta (maior energia de ativação), ou seja, etapa 1.
reação é endotérmica ou exotérmica.

A tendência que a reação seja exotérmica, pois


converte um alceno monossubstituído em um alceno
dissubstituído. quanto mais substituído o alceno, mas
estável ele é.

Resposta da questão 18: [D]


Resposta da questão 19: [B]
Resposta da questão 20: [A]
Analisando o gráfico, vem:
[II] Correta. A reação é exotérmica, pois a entalpia dos produtos é
menor do que a dos reagentes.

Resposta da questão 21:


2 NO2(g) → 2 NO(g) + 1 O2(g)
Vm = 4,8.10-3 mol/L.s [III] Correta. A energia de ativação da etapa 1 é maior que a
a) energia de ativação da etapa 2.
4,8 mols de NO2(g) (início)
2,4 mols de NO2(g) (final) Resposta da questão 24:
Variação do número de mols de 4,8 mols de NO2(g) = 2,4 mols
a) CH2 = CH2(g) + H2(g) → CH3−CH3(g) H < 0
consumidos
A reação é acelerada pela adição de níquel, paládio ou platina,
4,8.10-3 mol de NO2(g) ----------- 1s
pois esses metais promovem a catálise do processo,
2,4 mols de NO2(g) ----------- Xs
abaixando a energia de ativação da reação.
X = 2,4 / 4,8.10-3
b) Observe o gráfico a seguir:
X = 0,5. 103 s = 500 s

b) Para a reação com os menores coeficientes inteiros possíveis e


considerando-se que a reação seja elementar, teremos:
K = 10 L.mol-1.s-1
[NO2] = 0,25 mol/L
2 NO2(g) → 2 NO(g) + 1 O2(g)
V = K. [NO2]2

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


216
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

Resposta da questão 28: [B]


Resposta da questão 29: 18
Resposta da questão 30: [D]
Resposta da questão 31: 01 + 02 = 03
O NO é um catalisador, ele foi consumido na primeira
etapa e foi restituído integralmente na segunda etapa.
É assim que o catalisador atua em uma catálise
homogênea.
O intermediário de reação é o contrário. Ele e
formado em uma etapa e consumido em uma etapa
posterior.
Resposta da questão 25:
a) C6H12O6(aq) + 6 O2(g) → 6 CO2(g) + 6 H2O() O item 4 é falso e poderia ser melhor elaborado
A reação global é não elementar
b) O abaixamento da temperatura diminui o metabolismo celular, O item trata sobre a lei de velocidade da reação e
abaixando a necessidade de oxigênio, ou seja, diminui a depois fala da ordem do ozônio na lei de velocidade.
velocidade das reações químicas. Além disso, o abaixamento A lei de velocidade da reação está errada, pois a
da temperatura aumenta a solubilidade do oxigênio no sangue. reação é não elementar.

Resposta da questão 26: [A] Resposta da questão 32: [B]

Resposta da questão 33:


a) Reagente X = reação de 2ª ordem
Reagente Y = reação de 1ª ordem
b) A velocidade da reação aumenta 18 vezes.

Resposta da questão 34:


a) A etapa determinante da velocidade da reação é a etapa lenta.
No experimento 01 para 02 ao se dobrar a concentração de B, a Portanto, etapa I.
velocidade da reação não se altera, portanto, a concentração de B, b) v = k[HOOH][ I− ]
não influencia na velocidade da reação.
Resposta da questão 35:
No experimento 02 para 03, ao se dobrar a concentração de A, a a) v = k [H2] [IC]
velocidade da reação irá quadruplicar. b) n° de mols de HC = 3
Assim, a lei de velocidade será dada por:
Resposta da questão 36: [C]
v = k  [A]2 [B]0
De acordo com o enunciado, o sulfeto de mercúrio (II)
Conclusão: A reação será de segunda ordem em relação a A e de
ordem zero em relação a B. (HgS) pode ser decomposto sob a ação da luz, produzindo
mercúrio metálico (Hg ) e essa reação seria catalisada pelo
Resposta da questão 27: [A]
[A] Correta. Quanto maior a superfície de contato entre os ( )
íon cloreto C − presente na umidade do ar.
reagentes, mais rápida é a reação; assim, quanto mais dividido Esquematicamente, tem-se:
o reagente sólido estiver, mais a reação será acelerada.
[B] Incorreta. A queima dos fogos de artifício é facilitada pelo uso Hg2+  S2−   HgS
de sais pulverizados, pois aumenta a superfície de contato,   
aumentando a frequência de choques efetivos. C − (presente na umidade)
HgS ⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯→ Hg
luz
[C] Incorreta. A temperatura gerada na queima de fogos de artifício Vermilion
aumenta a frequência de choques efetivos das partículas
tornando a reação mais rápida. Segundo a hipótese proposta, o íon cloreto atua como
[D] Incorreta. O sal pulverizado aumenta superfície de contato, catalisador na decomposição fotoquímica do vermilion, ou
com isso a frequência das colisões é maior, o que favorece a seja, diminui a energia de ativação da reação.
reação.
[E] Incorreta. A pólvora não age como catalisador, pois é Resposta da questão 37: [E]
consumida durante o processo de queima.
É recomendável transferir o vinho para uma garrafa menor,

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


217
CURSO DE QUÍMICA – MEDICINA EXTENSIVO
rr
Curso de Química –Prof. Alexandre Olive ira

tampá-la e guardá-la na geladeira para evitar a oxidação


(contato com o oxigênio do ar) e diminuir a velocidade das
reações envolvidas neste processo.

Resposta da questão 38: [C]

Uma forma de impedir o processo corrosivo nesses


utensílios é impermeabilizar a superfície, isolando-a de seu
contato com o ar úmido, pois assim, evita-se a reação do
ferro sólido com o gás oxigênio e com a água presente na
atmosfera, ou seja, evita-se a oxidação.
4 Fe(s) + 3 O2(g) + 2 H2O( ) → 2 Fe2O3  H2O (s)
Ferrugem
Fe : Nox (Fe) = 0.
O2 : Nox (O) = 0.
Fe2O3 : Nox (Fe) = +3.
Fe2O3 : Nox (O) = −2.
→ 4Fe3 + + 12e −
oxidação
4Fe0 ⎯⎯⎯⎯⎯
3O2 + 12e− ⎯⎯⎯⎯⎯
→ 6O2−
redução

Resposta da questão 39: [E]

De acordo com a análise das estruturas, percebe-se que o


átomo de enxofre presente na estrutura I ligado ao átomo de
oxigênio, sofre redução.

Na conversão de I em II, o “sabonete” atuará como um


catalisador (não se desgasta com o uso) aumentando a
superfície de contato entre a estrutura I e um agente
químico que provoque a redução do enxofre ligado ao
oxigênio.

Curso de Química – Vestibulares Militares - Prof. Alexandre Oliveira


218
CURSO DE
QUÍMICA
VESTIBULARES
MILITARES
PROF. ALEXANDRE OLIVEIRA

Você também pode gostar