Você está na página 1de 14

UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

GUSTAVO DE ASSIS LEAL

3° SEMINÁRIO DE ESTUDOS DIRIGIDOS (SED)


Memorial Descritivo

Juiz de Fora
2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4
2 OBJETIVO ........................................................................................................ 4
3 DISTRIBUIÇÃO NORMAL ........................................................................... 4
4 DADOS .............................................................................................................. 4
5 TRAMENTO DOS DADOS E RESULTADOS.............................................. 5
6 HISTOGRAMAS .............................................................................................. 9
7 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 11
ANEXO I – TABELAS COMPLETAS............................................................ 12

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 01 – Dados Fornecidos.............................................................................................................5


Figura 02 – Porcentagens Acumuladas................................................................................................6
Figura 03 – Curva Granulométrica......................................................................................................6
Figura 04 – Intervalos de Diâmetros....................................................................................................7
Figura 05 – Porcentagens que Passam.................................................................................................7
Figura 06 – Termos para o Cálculo da Média Aritimética...................................................................8
Figura 07 – Marcações na Curva Granulométrica...............................................................................................9
Figura 08 – Histogramas.....................................................................................................................10
Figura 09 – Tabela de Dados para os Histogramas.............................................................................................12
Figura 10 – Diâmetros Di obtidos pela curva granulométrica............................................................................12
Figura 11 - Tabela de dados para a construção da curva granulométrica............................................................12
Figura 12 - Curva Granulométrica........................................................................................................................13

Figura 13 - Histograma com Diâmetros Quaisquer..............................................................................13

Figura 14 - Histograma dos Diâmetros Di..........................................................................................14


4

1. Introdução
A caracterização de uma amostra de sedimentos se faz de extrema importância para que se possa
identificar, modelar e prever o comportamento físico dos mesmos. De processos de modelagens e
dimensionamento de canais a projetos de redes de coleta de esgotos, o conhecimento do
comportamento e características dos sedimentos estudados é parte essencial do processo.

2. Objetivo
Esta atividade tem como objetivo suplementar as informações sobre o Capítulo II disciplina
ESA052 Engenharia de Sedimentos.

3. Distribuição Normal
Uma distribuição é dita Normal (ou Gaussiana) quando atende aos seguintes critérios:
 O seu histograma apresenta simetria com relação ao eixo vertical (forma conhecida
como “Sino”);
 A curva de frequência acumulada, para este caso, Curva Granulométrica, se
apresenta em formato de “S”;
 A mediana e a média coincidem, dividindo a distribuição em duas partes iguais;
 E, por último, o desvio padrão obedece à seguinte lei:

𝝈 = (𝑫𝟓𝟎 − 𝑫𝟏𝟔) = (𝑫𝟖𝟒 − 𝑫𝟓𝟎) (Equação 01)

Onde: σ = Desvio Padrão (mm);


D50 = Diâmetro 50 (mm);

D16 = Diâmetro 16 (mm);

D84 = Diâmetro 84 (mm)

Respeitados tais critérios, de forma aproximada ou exata, a distribuição pode ser dita Normal ou
Gaussiana.

4. Dados
Os dados utilizados neste Seminário de Estudos Dirigidos foram fornecidos pelo professor Luiz
Evaristo Dias de Paiva, responsável pela disciplina Engenharia de Sedimentos – ESA/052 e são
apresentados na Figura 01, abaixo:
5

Figura 01 – Dados Fornecidos

5. Tratamento dos Dados e Resultados


Com os dados em mãos, foi montada uma tabela em Excel para o início dos cálculos. A porcentagem
retida em cada diâmetro da peneira (Coluna 04) foi calculada a partir da seguinte relação:
𝑴
(%)𝑹𝑬𝑻𝑰𝑫𝑨 = ( 𝑹𝑫𝒊
) ∗ 𝟏𝟎𝟎 (Equação 02)
𝑴𝑻

Onde: MRDi = Massa Retida no Diâmetro i (0,01 < i < 4,76) (g);

MT = Massa Total Amostrada (g);

Após, a Coluna 05, correspondente à porcentagem acumulada ao longo dos diâmetros, foi calculada
da seguinte forma:
𝟒,𝟕𝟔

(%)𝑨𝑪𝑼𝑴𝑼𝑳𝑨𝑫𝑨 = ∑ (%)𝑹𝑬𝑻𝑰𝑫𝑨 (𝑬𝒒𝒖𝒂çã𝒐 𝟎𝟑)


𝑰=𝟎,𝟎𝟏

Os resultados encontram-se na Figura 02, abaixo:


6

Figura 02 – Porcentagens Acumuladas

Com tais resultados, foi possível construir a Curva Granulométrica, Figura 03:

Figura 03 – Curva Granulométrica

Utilizando as informações da Curva Granulométrica, foi possível adquirir os diâmetros D16, D50 e
D84 para o cálculo do Desvio Padrão:

Diâmetro D16 = 0,14 mm;

Diâmetro D50 = 0,26 mm;

Diâmetro D84 = 0,49 mm;
Logo, o Desvio Padrão da amostra foi, pela equação 01:
𝜎 = 0,26𝑚𝑚 − 0,14𝑚𝑚 → 𝝈 = 𝟎, 𝟏𝟐𝒎𝒎
7

O próximo passo foi partir para a construção do histograma da amostra. Para tal, foi utilizado como
guia, o Exemplo 2.2 da apostila da disciplina[1]. Começou-se dividindo os diâmetros em intervalos
de diâmetros superiores e inferiores, conforme a figura 04 abaixo:
Figura 04 – Intervalos de Diâmetros

Após, foram calculadas as porcentagens que passam em cada diâmetro do filtro, utilizando os dados
respectivos da Tabela 02, sendo representados na Figura 05:

Figura 05 – Porcentagens que Passam

Agora, foram calculadas a frequência absoluta da porcentagem passando pelo intervalo, ponto
médio do intervalo, frequência relativa e a média aritmética, calculada pelo somatório da frequência
absoluta pelo ponto médio do intervalo e, também, pela frequência relativa. Para que o trabalho não
se estenda com múltiplas figuras, todas as colunas citadas encontram-se presentes na Figura 03, e, a
seguir, cada uma das equações que as descrevem, respectivamente:
8

Figura 06 – Termos para o Cálculo da Média Aritimética

𝜟𝑷𝒊 = (%)𝑷𝑨𝑺𝑺𝑨 𝑵𝑶 𝑫𝒔𝒖𝒑 − (%)𝑷𝑨𝑺𝑺𝑨 𝑵𝑶 𝑫𝒊𝒏𝒇 (𝑬𝒒𝒖𝒂çã𝒐 𝟎𝟒)


(𝑫𝒊𝒏𝒇 + 𝑫𝒔𝒖𝒑)
𝑫𝒊 = (𝑬𝒒𝒖𝒂çã𝒐 𝟎𝟓)
𝟐
∑ 𝑫𝒊 ∗ 𝜟𝒑𝒊
𝑫𝒂 = (𝑬𝒒𝒖𝒂çã𝒐 𝟎𝟔)
𝟏𝟎𝟎
𝜟𝒑𝒊
𝒇𝒊 = (𝑬𝒒𝒖𝒂çã𝒐 𝟎𝟕)
𝟏𝟎𝟎
𝑫𝒂 = 𝒇𝒊 ∗ 𝑫𝒊 (𝑬𝒒𝒖𝒂çã𝒐 𝟎𝟖)

O cálculo da Mediana (e, consequentemente, de D50), foi feito da seguinte forma:


𝟏
𝟏 ∑ 𝜟𝑷𝒊∗𝒍𝒐𝒈(𝑫𝒊)
𝒍𝒐𝒈(𝑫𝒈) = ∑ 𝜟𝑷𝒊 ∗ 𝒍𝒐𝒈(𝑫𝒊) → 𝑫𝒈 = 𝟏𝟎𝟏𝟎𝟎 (𝑬𝒒𝒖𝒂çã𝒐 𝟎𝟗)
𝟏𝟎𝟎

Tendo, como resultado aproximado, Dg = 0,27 mm.


9

6. Histogramas
Os diâmetros Di (10 < i < 100) foram obtidos por meio de averiguação visual da curva
granulométrica, marcando os pontos no eixo das ordenadas e seguindo uma linha reta até que a
mesa atingisse a curva, após, seguindo uma linha imediatamente vertical, como demonstra a figura
a seguir:

Figura 07 – Marcações na Curva Granulométrica

Legenda: : Diâmetros Di;


: Diâmetros D16, D50 e D84

Foram construídos dois histogramas: um, com diâmetros quaisquer da curva granulométrica (Figura
05.a) e outro, com os diâmetros notáveis D10, D20, D30, D40, etc (Figura 05.b).
10

Figura 08.a – Histograma em Diâmetros Quaisquer

Figura 08.b – Histograma com Diâmetros Di

A construção dos dois histogramas foi feita para reforçar a afirmativa de que a amostra em questão
se tratava de uma Distribuição Normal. É notável que ambos os gráficos acima tendem para o
famoso formato de Sino, característico das Distribuições Normais.
11

7. REFERÊNCIAS

DIAS DE PAIVA, Luiz Evaristo. Notas de Aula da Disciplina Engenharia de Sedimentos.


Capítulo 02: Propriedades dos Sedimentos, p.49-60.
12
8. ANEXO I – TABELAS COMPLETAS

Figura 09 – Tabela de Dados para os Histogramas

Figura 10 – Diâmetros Di obtidos pela curva granulométrica

Figura 11 – Tabela de dados para a construção da curva granulométrica


13

Figura 12 – Curva Granulométrica

Figura 13 – Histograma com Diâmetros Quaisquer


14

Figura 14 – Histograma dos Diâmetros Di

Você também pode gostar