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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE ENGENHARIA


ELÉTRICA ENGENHARIA ELÉTRICA

JHONATAS LUTHIERRY
MARCO ANTONIO TEIXEIRA ROCHA
SIDNEY PRASNIEWSKI

PROJETO INSTALAÇÕES
INDUSTRIAIS: SILO

CORNÉLIO
PROCÓPIO 2023
JHONATAS LUTHIERRY

MARCO ANTONIO TEIXEIRA ROCHA

SIDNEY PRASNIEWSKI

PROJETO INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS: SILO

Trabalho apresentado como requisito parcial à


aprovação na disciplina de Instalações
Industriais, do Departamento Acadêmico de
Engenharia Elétrica, da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná.

Orientador: Prof. Carlos Alberto Paschoalino.

CORNÉLIO PROCÓPIO – PR

2023
Sumário

1 Introdução 3

2 Cálculo da demanda 4

3 Projeto Luminotécnico 10

4 Determinação dos Condutores e Dispositivos de Proteção 13

5 Determinação das Correntes de Curto-Circuito 21

6 Determinação dos Valores de Partida dos Motores 22

7 Cálculo da Malha de Terra 24

8 Diagrama Unifilar 26

9 SPDA 26
1. Introdução

O presente projeto surge como resposta a uma proposta, destinada à


construção de um silo, no qual os cálculos de dimensionamento
desempenham um papel fundamental. Esta iniciativa abrange uma análise
dos cálculos, as generalidades do projeto e, em particular, os sistemas
elétricos desenvolvidos para a instalação industrial. Ao explorar o
dimensionamento de motores, condutores, SPDA (Sistema de Proteção
contra Descargas Atmosféricas) e luminotécnica, o projeto visa não apenas
garantir a eficácia operacional do silo, mas também destacar a importância da
concepção elétrica em ambientes industriais.
A concepção de um plano para instalações elétricas industriais
assume uma posição central, desempenhando um papel crucial na
asseguração da segurança e no funcionamento adequado dos sistemas
elétricos. Este trabalho dedica-se a uma avaliação e integração harmoniosa
de diversos fatores, como as condições de fornecimento de energia, a
arquitetura do edifício e a planta baixa, bem como a planta de detalhes. Essa
abordagem é essencial para garantir a distribuição eficiente das cargas
elétricas, reduzindo riscos como sobrecargas.
Além disso, reconhecendo o potencial de um projeto bem elaborado
para instalações elétricas industriais, este trabalho explora os benefícios
adicionais. Não se limitando à eficiência operacional, destaca-se a
capacidade de contribuir para a eficiência energética e a redução de custos
operacionais. Em um contexto empresarial que valoriza cada vez mais a
segurança e a sustentabilidade, a elaboração de um projeto seguro, eficiente
e sustentável pode ser um diferencial competitivo significativo. O projeto
propõe-se a investigar como a excelência na concepção elétrica pode
oferecer contribuições significativas para a segurança, eficiência e
sustentabilidade em ambientes industriais.
2. Cálculo da Demanda
2.1 Demanda dos Motores

Para determinar a demanda dos motores, inicialmente foram coletados os


dados referentes ao fator de potência, eficiência e fator de utilização dos
motores elétricos, conforme apresentado na Tabela 1. Em seguida, as
equações 1, 2 e 3 foram aplicadas para calcular as demandas..
Os valores de fator de potência, fator de utilização e rendimento são encontrados nas

tabelas. A seguir são apresentados os cálculos de demanda para todos os motores

presentes no projeto do silo:

Tabela 1 : Motores utilizados

Motor Potênci 𝐹 𝑛 FP
a
nominal 𝑢𝑚
(cv)
1 Maquina 7,5 0,83 0,84 0,81
pré-limpeza 12,5 0,83 0,86 0,75

2 Ventilador 8x7,5 0,83 0,84 0,81

3 Peneira 7,5 0,83 0,84 0,81

4 Elevador 25 0,85 0,9 0,84

6 Ventilador 20 0,85 0,88 0,86


Centrífuga

7 Rosca 3 0,83 0,82 0,73


Varredora

8 Correia 4 0,83 0,83 0,83


Transp.

9 Correia 3 0,83 0,82 0,73


Transp.

10 Elevador 25 0,85 0,9 0,84

12 Caixa Eclusa 2 0,7 0,82 0,73

13 Exaustor 4x25 0,85 0,9 0,84

14 Fornalha 1/3 1 0,81 0,65

15 Redler 3 0,83 0,82 0,73


reversível

16 Elevador 12,5 0,83 0,86 0,75

17 Maquina 7,5 0,83 0,84 0,81


pré-limpeza 12,5 0,83 0,86 0,75
18 Elevador 25 0,85 0,9 0,84

19 Elevador 25 0,85 0,9 0,84

Tabela 2: Valores calculados de demanda

𝑃eim (cv) 𝐷m(kVA) 𝐷m (kW)

1 20,8 23,84242443 18,10311158

2 8x6,225 6,733686067 5,454285714

3 6,225 6,733686067 5,454285714

4 21,25 20,68783069 17,37777778

6 17 16,53276956 14,21818182

7 2,49 3,061543602 2,234926829

8 3,32 3,546987952 2,944

9 2,49 3,061543602 2,234926829

10 21,25 20,68783069 17,37777778

12 1,4 1,721349816 1,256585366

13 85 82,75132275 69,51111111

14 0,333333333 0,465970244 0,302880658

15 2,49 3,061543602 2,234926829

16 10,375 11,83875969 8,879069767

17 20,8 23,84242443 18,10311158

18 21,25 20,68783069 17,37777778

19 21,25 20,68783069 17,37777778


Potência Nm Dm[kVA] Fsm Dccm[kVA]
[Cv]
0,33 1 0,465970244 0,85 0,396074707

2 1 1,721349816 0,8 1,377079852

3 3 3,061543602 0,8 7,347704644

4 1 3,546987952 0,85 3,014939759

7,5 11 6,733686067 0,8 59,256437389

12,5 3 11,83875969 0,8 28,41302326

20 1 16,53276956 0,8 13,22621564

25 8 20,68783069 0,75 124,1269841

Total 237.158459351

2.2 Demanda Escritório

Para o cálculo da demanda do escritório, foi utilizada a equação 4.


𝐷 = 𝑃1 ∗ 𝑔1 + 𝑃2 ∗ 𝑔2 (4)

Sendo:
● P1: potência relativa a iluminação e TUG’s;
● g1: fatores de demanda da iluminação e TUG’s;
● P2: potência relativa a TUE’s;
● g2: fatores de demanda para TUE’s.

Sendo assim, a demanda total do escritório é de:

𝐷 = 7,576𝑘𝑉𝐴
Tabela 4 : Cargas no escritório

Carga Potência (VA @ FP 0,92) Quantidade

Ar Condicionado 14.000 2100 1


BTU/h
Refrigerador 350 1

Cafeteira 250 1

Microondas 1200 1

PC 500 6

Balança 650 1

Impressora 300 2

Micro PABX 100 1

Iluminação 1260 16

TUG’s 1300 12

2.3 Demanda Moega

A demanda da moega é devida somente a iluminação. Encontra-se na tabela abaixo:

Tabela 5: Demanda da Moega

Número de Lâmpadas (fp=0,95) Potência Total (VA) Dmoega (kVA)

12 (250W cada) 3147,9 3,15

2.4 Demanda Total

Para o cálculo da demanda total, foi somada a demanda do escritório, dos motores e da
moega.
Tabela 5: Demandas solicitadas da rede
Demandas Demanda (kVA)

𝐷 3,15
𝑚𝑜𝑒𝑔𝑎

𝐷 8,01
𝑒𝑠𝑐𝑟𝑖𝑡ó𝑟𝑖𝑜

𝐷 237.1584
𝑚𝑜𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠

𝐷 248,32
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

Após o cálculo, foi adotado um transformador de 300kVA (NTC910020, COPEL).

Após consultar a tabela da COPEL de demanda (Tabela 4 – Ref. itens 4.2.a, 5.1.4.d,
5.2.3.a, 5.3.4.c)

Número de fases 3 e 1 neutro

Disjuntor Geral 800A

Dimensionamento de Fase e Neutro 4 x 120mm2

Eletroduto 4 x 100mm (solo)

Aterramento Cobre – 95mm2

Eletroduto PVC 25mm


3. Projeto Luminotécnico

O projeto luminotécnico será dividido em região externa e região interna.

Região Externa

Optou-se pela utilização de lâmpadas mistas de vapor de mercúrio com potência de


400W e fator de potência (FP) de 0,92. Essas lâmpadas foram instaladas em postes de 9
metros de altura, posicionados de forma tangencial e espaçados da maneira mais eficiente
possível, levando em consideração as dimensões externas da área de instalação. O
projeto contempla um total de 12 postes. A potência elétrica é de 4 kW, equivalente a
4,348 kVA.

Optou-se por luminárias HDK 472, para lâmpadas de 500W com 𝑓𝑝 = 0,92, para o setor
de carga e descarga, totalizando 20 luminárias.

De acordo com a área da empresa, conforme a planta baixa do Anexo C tem-se que os
números de postes a serem distribuídos são dados de acordo com as equações abaixo:

(𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑒𝑛𝑜)(𝑚)
𝑁𝑝𝑜𝑠𝑡𝑒𝑠 = 26
(5)

(80𝑥2+87𝑥2)(𝑚)
𝑁𝑝𝑜𝑠𝑡𝑒𝑠 = 26
= 12 𝑝𝑜𝑠𝑡𝑒𝑠 (6)

Portanto, após o cálculo da quantidade necessária de postes, optou-se por distribuí-los


em pares em cada lateral, com uma distância de 25 metros entre cada par. Adicionalmente,
foram instalados mais dois postes nas proximidades do escritório, conforme ilustrado na
figura abaixo:
Figura 1 - Disposição dos postes de iluminação.

O poste escolhido está descrito conforme a tabela abaixo:

Tabela 6: Especificação do poste de iluminação


Postes de Iluminação

1 – Tipo b 600/9m, com trafo

9 – Tipo d 150/9m

Tubulação: pvc ∅ = 150mm

O poste de entrada de rede com um transformador e a cabine de medição está de


acordo com a figura abaixo.
Figura 2 - Poste de entrada da rede elétrica.

3.1 REGIÃO INTERNA – ESCRITÓRIO

Para os dados da luminotécnica, tem:

Foram empregadas 11 lâmpadas de 1800 lumens, cada uma com potência de 18 watts,
alcançando uma iluminância média de 322 lumens no escritório. No banheiro, a
iluminância foi de 392 lumens, na copa foi de 387 lumens, e na balança, foram registrados
. Duas lâmpadas foram destinadas ao banheiro, duas para a copa e quatro para a balança.

Para a moega, foram selecionados 12 refletores LED de 21600 lumens e 250 watts
cada, resultando em uma iluminância média de 311 lumens.
4. Determinação dos Condutores e Dispositivos de Proteção
4.1 MOTORES

4.1.1 Dimensionamento dos Condutores

O dimensionamento dos condutores para motores é uma etapa importante no projeto


de instalações industriais, dessa forma é possível garantir que a instalação seja segura e
eficiente. Os cálculos para dimensionamento dos condutores dos motores seguiram dois
critérios principais: Capacidade de Condução de Corrente (Método 1) e Queda de Tensão
(Método 2). Ambos são cruciais para garantir segurança e eficiência elétrica. O Método 1
assegura que os condutores suportem a corrente de maneira segura, enquanto o Método
2 minimiza perdas otimizando a eficiência na transmissão de energia.

Onde:
𝐼 - Corrente mínima que o condutor deve suportar;
𝐶

𝐼 - Corrente nominal do motor;


𝑛

FCT - Fator de temperatura;

FCA - Fator de acoplamento;


𝐼 - Corrente corrigida pelos fatores FCT e FCA;
𝐶𝑁

∆𝑉 - Queda de Tensão Unitária;


𝑢𝑛𝑖𝑡

e(%) - Limite de queda de tensão;


L - Distância entre o motor e o CCM;

Deve-se deixar claro que para os cálculos dos condutores, a temperatura de 30ºC, é a
temperatura ambiente que foi adotada para os condutores e instalação do tipo B1 e D.

Optou-se por instalações subterrâneas para os motores, levando em conta uma


temperatura ambiente padrão de 30°C, exceto para os elevadores, que requerem
obrigatoriamente instalações ao ar livre. Tanto o Fator de Correção quanto o Fator de
Correção de Agrupamento foram considerados como unitários nesse contexto. Os
condutores selecionados com base nesse método estão em conformidade com as
diretrizes estabelecidas nas tabelas 40 e 42 da NBR 5410:2004. Essa escolha de
instalação e a atenção aos fatores de correção contribuem para garantir a eficiência e a
segurança do sistema elétrico.

Tabela 7 - Método Capacidade de condução de corrente

Motores Pn In Futil Ic Seções


nominais
(mm²)

Maquina 7,5 21 0,83 17,43 2,5


pré-limpeza 12,5 34 0,83 28,22 4

Ventilador 7,5 21 0,83 17,43 2,5

Peneira 7,5 21 0,83 17,43 2,5

Elevador 25 62 0,85 52,7 16

Ventilador 20 50 0,85 42,5 10


Centrífuga

Rosca 3 9 0,83 7,47 2,5


Varredora

Correia 4 12 0,83 9,96 2,5


Transp.

Correia 3 9 0,83 7,47 2,5


Transp.

Elevador 25 62 0,85 52,7 16

Caixa Eclusa 2 6,5 0,7 4,55 2,5

Exaustor 4 x 25 62 0,85 52,7 16

Fornalha 1/3 1,6 1 1,6 2,5

Redler 3 9 0,83 7,47 2,5


reversível

Elevador 12,5 34 0,83 28,22 4

Maquina 7,5 21 0,83 17,43 2,5


pré-limpeza 12,5 34 0,83 28,22 4

Elevador 25 62 0,85 52,7 16

Elevador 25 62 0,85 52,7 16


Os cálculos foram fundamentados em motores trifásicos, considerando os seguintes
parâmetros: 4 pólos, frequência de 60Hz e tensão de 220V. O valor nominal de corrente (In)
foi obtido a partir da tabela da FICAP.
A escolha do Modo de Instalação D é específica para cabos unipolares ou cabos
multipolares diretamente enterrados, com a adição de proteção mecânica suplementar. Essa
consideração na seleção do modo de instalação reflete a preocupação não apenas com a
condução elétrica adequada, mas também com a proteção física dos cabos, assegurando
uma instalação robusta e durável.
Para realizar o dimensionamento dos condutores de cada motor utilizando o método da
tensão unitária, é imperativo contar com fatores pré-estabelecidos que desempenham um
papel crucial no processo. Esses fatores incluem:
a) Tipo de isolação: PVC;
b) Método de instalação: D;
c) Material de eletroduto: magnético;
d) Tipo do circuito: trifásico;
e) Tensão do circuito: 220V;
f) O comprimento máximo do circuito, representado por ℓ, considerado inicialmente
uma distância máxima de 55 m. Entretanto, é importante observar que alguns
motores são instalados a uma altura de 37 m do chão, o que amplia a distância
máxima para 92 m.

Tabela 8: Método da queda de tensão unitária

Motores Ic FP ∆V Seções
nominais
(mm²)

Maquina 17,43 0,83 9,45 2,5


pré-limpeza 28,22 0,83 5,84 4

Ventilador 17,43 0,83 9,45 2,5

Peneira 17,43 0,83 9,45 2,5

Elevador 52,7 0,85 3,13 16

Ventilador 42,5 0,85 3,88 10


Centrífuga
Rosca 7,47 0,83 22,06 2,5
Varredora

Correia Transp. 9,96 0,83 16,55 2,5

Correia Transp. 7,47 0,83 22,06 2,5

Elevador 52,7 0,85 3,13 16

Caixa Eclusa 4,55 0,7 36,22 2,5

Exaustor 52,7 0,85 3,13 16

Fornalha 1,6 1 103,00 2,5

Redler 7,47 0,83 22,06 2,5


reversível

Elevador 28,22 0,83 5,84 4

Maquina 17,43 0,83 9,45 2,5


pré-limpeza 28,22 0,83 5,84 4

Elevador 52,7 0,85 3,13 16

Elevador 52,7 0,85 3,13 16

Depois de obter os valores essenciais, os condutores foram selecionados com base nas
seções nominais especificadas na Tabela 9, levando em consideração as exigências
individuais de motor. Esse processo garante uma escolha adequada dos condutores,
alinhada às normas e requisitos específicos de cada componente do sistema elétrico.

Tabela 9: Seções nominais adotadas

Motores Seções Nominais

1 Maquina pré-limpeza 3#2,5 T 2,5 mm2

2 Ventilador 3#4 T 4 mm2

3 Peneira 3#4 T 4 mm2

4 Elevador 3#16 T 16 mm2

6 Ventilador Centrífuga 3#16 T 16 mm2

7 Rosca Varredora 3#1,5 T 1,5 mm2

8 Correia Transp. 3#2,5 T 2,5 mm2

9 Correia Transp. 3#1,5 T 1,5 mm2


10 Elevador 3#16 T 16 mm2

12 Caixa Eclusa 3#1,5 T 1,5 mm2

13 Exaustor 3#16 T 16 mm2

14 Fornalha 3#1,5 T 1,5 mm2

15 Redler reversível 3#1,5 T 1,5 mm2

16 Elevador 3#16 T 16 mm2

17 Maquina pré-limpeza 3#2,5 T 2,5 mm2

18 Elevador 3#16 T 16 mm2

19 Elevador 3#16 T 16 mm2

4.1.2 Dimensionamento dos Disjuntores

O dimensionamento dos disjuntores para os motores é fundamentado na corrente


nominal dos mesmos, levando em conta a disponibilidade de disjuntores no mercado.
Considerando a instalação dos cabos abaixo do solo, é importante incorporar o Fator de
Correção de Temperatura (FCT), exceto para o circuito dos elevadores. Durante a fase de
partida, o disjuntor motor permitirá a passagem da corrente sem disparar, aderindo aos
padrões internacionais e às curvas de limiar de atuação magnética (Curva C) específicas
para partida de motores e operação. Isso assegura uma operação eficiente e em
conformidade com os requisitos de segurança e desempenho.

Tabela 10 – Disjuntores escolhidos para proteção dos motores

Motores In Disjuntor

1 Maquina 21 70A (5SL1 370-


pré-limpeza 34 7MB)

2 Ventilador 21 25A (5SL1 325-


7MB)
3 Peneira 21 25A (5SL1 325-
7MB)
4 Elevador 62 80A (5SL1 380-
7MB)
6 Ventilador 50 60A (5SL1 263-
Centrífuga 7MB)
7 Rosca Varredora 9 10A (5SL1 310-
7MB)
8 Correia Transp. 12 16A (5SL1 316-
7MB)

9 Correia Transp. 9 10A (5SL1 310-


7MB)

10 Elevador 62 80A (5SL1 380-


7MB)

12 Caixa Eclusa 6,5 10A (5SL1 310-


7MB)

13 Exaustor 62 80A (5SL1 380-


7MB)

14 Fornalha 1,6 10A (5SL1 310-


7MB)

15 Redler reversível 9 10A (5SL1 310-


7MB)

16 Elevador 34 50A (5SL1 350-


7MB)

17 Maquina 21 70A (5SL1 370-


pré-limpeza 34 7MB)

18 Elevador 62 80A (5SL1 380-


7MB)

19 Elevador 62 80A (5SL1 380-


7MB)

Assim, optou-se pela utilização de disjuntores da Siemens, incorporando ainda duas CCM
(Central de Controle de Motores), onde cada uma conta com um disjuntor geral de 630 A,
especificamente do modelo 3VA24. Essa escolha visa garantir um sistema elétrico confiável,
alinhado com as características e padrões de qualidade oferecidos pela Siemens.

4.2 ESCRITÓRIO

4.2.1 Dimensionamento dos Condutores


O dimensionamento dos condutores elétricos para os circuitos do escritório foi
conduzido utilizando o mesmo método empregado nos motores, considerando os critérios
de capacidade de condução de corrente e queda de tensão. Essa abordagem busca
assegurar não apenas a segurança e a eficiência nos circuitos do escritório, mas também a
uniformidade nos procedimentos de dimensionamento, promovendo uma instalação elétrica
consistente e adequada às necessidades específicas de cada aplicação. Para o escritório
temos a divisão de acordo com a tabela 11.

Tabela 11: Divisão dos circuitos do escritório

Circuito Descrição Potência (VA)

1 Iluminação 1260

2 Ar condicionado 2100

3 Microondas 1200

4 Computador 500

5 Balança 650

6 Cozinha 600

7 Escritório 1700

Tabela 12 - Relação de carga de todos os circuitos

Circuito Potência (VA) Tensão(V) Corrente (A) Seções


nominais
adotadas
(mm2 )

1 1260 220 5,7 2#2,5 T 2,5

2 2100 220 9,54 2#2,5 T 2,5

3 1200 220 5,45 2#2,5 T 2,5

4 500 220 2,27 2#2,5 T 2,5

5 650 220 2,95 2#2,5 T 2,5

6 600 220 2,72 2#2,5 T 2,5

7 1700 220 7,72 2#2,5 T 2,5


4.2.2 Dimensionamento dos Eletrodutos

Os eletrodutos são dimensionados pela soma das seções externas ou pela área total
dos condutores. Ao escolher o circuito mais crítico para o dimensionamento do eletroduto,
considerando um maior agrupamento (agr. = 2). Isso se aplica aos eletrodutos, fabricados
em PVC rígido com rosca, assegurando uma instalação eficiente e atendendo às
especificações do sistema elétrico, uma vez que obtemos o diâmetro necessário.

𝐷𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑒𝑙𝑒𝑡𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜: 20𝑚𝑚 − 𝑟𝑜𝑠𝑐𝑎 1/2"

4.2.3 Dimensionamento dos Disjuntores

Ao realizar o dimensionamento dos disjuntores para o escritório, levamos em


consideração a temperatura ambiente de 30°C. Contudo, é importante observar um
acréscimo de 10°C devido à caixa não ventilada, resultando em um Fator de Correção de
Temperatura (FCT) de 0,89. Esse ajuste se faz necessário para garantir que o
dimensionamento seja realizado considerando as condições reais de operação, promovendo
assim a eficiência e a segurança do sistema elétrico no ambiente específico do escritório.

Onde:

Dessa forma, ao garantir que as condições estabelecidas sejam atendidas, é esperado


que o valor do disjuntor se aproxime ao máximo da corrente nominal (IN). Nesse contexto, os
valores resultantes e os disjuntores selecionados podem ser consultados na tabela 13. Esta
abordagem visa assegurar a escolha apropriada dos disjuntores, alinhada às condições
operacionais específicas e oferecendo uma referência clara na tabela para facilitar a
implementação e a manutenção do sistema elétrico do escritório.

Tabela 13 – Disjuntores do escritório


Circuito Ip (A) In (A) Ic (A) Iz (A) I2 (A) Disjuntor

1 5,7 6,4 24 21,36 8,74 10A (5SY4


210-7
SIEMENS)

2 9,54 10,71 24 21,36 14,45 13A (5SY4


213-7
SIEMENS)

3 5,45 6,12 24 21,36 8,26 10A (5SY4


210-7
SIEMENS)

4 2,27 2,55 24 21,36 3,44 4A (5SY4


204-7
SIEMENS)

5 2,95 3,31 24 21,36 4,46 4A (5SY4


204-7
SIEMENS)

6 2,72 3,05 24 21,36 4,11 4A (5SY4


204-7
SIEMENS)
7 7,72 8,6 24 21,36 11,7 10A (5SY4
7 210-7
SIEMENS)
Disjuntor Geral Disjuntor Bipolar 63A Curva C Siemens C63 Mini
DIN 5kA

5 Determinação das Correntes de Curto-Circuito

O dimensionamento adequado dos condutores e a análise precisa das correntes de


curto-circuito são etapas fundamentais para garantir a eficácia e a integridade do sistema
elétrico. Ao compreender as características das seções dos condutores e examinar
cuidadosamente as correntes de curto-circuito em cada ponto do projeto, é possível
implementar dispositivos de proteção e equipamentos de maneira precisa e eficiente. Essas
correntes, frequentemente desencadeadas por falhas no isolamento de componentes
energizados como cabos, transformadores e motores, exigem uma abordagem minuciosa
para prevenir possíveis danos e falhas, especialmente levando em conta o potencial
impacto em componentes mecânicos.
A precisão nos cálculos relacionados às correntes de curto-circuito não só aprimora a
eficácia dos dispositivos de proteção, mas também contribui significativamente para a
segurança abrangente e a eficiência operacional do ambiente elétrico. Ao evitar
interrupções desnecessárias e danos aos equipamentos, essa abordagem não apenas
protege o sistema contra falhas potenciais, mas também otimiza sua confiabilidade,
promovendo um funcionamento seguro e eficiente.

6 Determinação dos Valores de Partida dos Motores

A seleção do método de acionamento para motores demanda uma compreensão


abrangente tanto das características específicas dos motores quanto da infraestrutura
elétrica. No exame dos motores, é imperativo contemplar elementos como potência,
tipologia (corrente contínua, alternada assíncrona ou síncrona), eficiência e torque, sendo
que cada categoria possui vantagens e desvantagens particulares. Simultaneamente, no
contexto da rede elétrica, elementos como tensão, frequência e qualidade da energia
desempenham um papel crucial na tomada de decisão.
A sinergia entre o entendimento dos motores e da rede elétrica possibilita a escolha
criteriosa do método de acionamento mais apropriado, levando em conta aspectos como
eficiência, capacidade de partida suave, controle de velocidade, resposta dinâmica e
proteção contra sobrecargas. O objetivo central é aprimorar o desempenho global do
sistema, prolongar a vida útil dos equipamentos e prevenir potenciais falhas, danos e
interrupções na produção. A análise minuciosa dos requisitos específicos do sistema, em
conjunto com uma compreensão profunda dos motores e da rede elétrica, é essencial para
tomar decisões fundamentadas sobre o tipo de acionamento a ser empregado.

6.1 PARTIDA DIRETA


A partida direta, reconhecida como um dos métodos mais simples de acionamento
para motores de indução trifásicos, destaca-se por sua habilidade em proporcionar um
torque de partida substancial de maneira rápida. Este método, embora eficaz em diversas
situações, apresenta um importante inconveniente relacionado à corrente de partida, a qual
atinge níveis extremamente elevados durante o processo.

A principal desvantagem da partida direta reside na corrente inicial excessiva, o que a


torna desaconselhável para motores com potência superior a 10 CV (cavalos-vapor). Esta
limitação se deve ao fato de que a corrente elevada pode resultar em impactos negativos,
tais como estresses mecânicos e térmicos, afetando tanto o motor quanto a rede elétrica

6.2 INVERSORES
Inversores são dispositivos eletrônicos concebidos para transformar a tensão da
corrente alternada (CA) em uma tensão contínua (CC) com amplitude e frequência
constantes. Essencialmente, sua função inclui não apenas a conversão de CA para CC,
mas também a capacidade de reverter esse processo, convertendo a tensão contínua em
uma tensão de amplitude e frequência variáveis, novamente no formato de corrente
alternada (CA).

Além de sua capacidade fundamental de conversão, os inversores desempenham um


papel crucial em sistemas de acionamento de motores elétricos, oferecendo controle
preciso sobre a velocidade e a direção do motor. Essa flexibilidade proporcionada pelos
inversores torna-os componentes essenciais em diversas aplicações industriais e
comerciais, contribuindo para a eficiência energética e o desempenho otimizado dos
sistemas. Vale ressaltar que a escolha do inversor adequado depende das características
específicas do motor, da aplicação e dos requisitos de controle de velocidade.

6.3 SOFT-START
O Soft-Start é um dispositivo eletrônico composto por pontes tiritorizadas (SCRs
configurados em antiparalelo) controladas por uma placa eletrônica. Sua função primordial
é regular o acionamento do motor, evitando picos de corrente durante a partida, em
contraste com o método de acionamento direto. Essa abordagem suave na inicialização do
motor proporciona benefícios significativos, como a redução do desgaste mecânico e a
prevenção de estresses na rede elétrica.

Este dispositivo encontra aplicação em cenários específicos, como bombas


centrífugas, ventiladores e motores de alta potência, especialmente em situações em que
não é necessário alterar a velocidade do motor. Além de mitigar os picos de corrente, o
Soft-Start contribui para a eficiência energética e a prolongação da vida útil dos
equipamentos, tornando-se uma escolha vantajosa em contextos nos quais a partida suave
é essencial.

Tabela 14 - Tipos de partida de cada motor utilizado

MOTOR Potência (CV) Acionamento

1 Maquina 7,5 Inversor


pré-limpeza

2 Ventilador 7,5 Soft-Start

3 Peneira 7,5 Direta

4 Elevador 25 Inversor

6 Ventilador 20 Soft-Start
Centrífuga

7 Rosca Varredora 3 Inversor


8 Correia Transp. 4 Direta

9 Correia Transp. 3 Direta

10 Elevador 25 Inversor

12 Caixa Eclusa 2 Direta

13 Exaustor 25 Soft-Start

14 Fornalha 0,33 Direta

15 Redler reversível 3 Direta

16 Elevador 12,5 Inversor

17 Maquina 7,5 Inversor


pré-limpeza
18 Elevador 25 Inversor

19 Elevador 25 Inversor

7 CÁLCULO DA MALHA DE TERRA

Com base na norma NBR 14039, construiu-se uma malha de aterramento. Um maior
entendimento sobre o solo, correntes de falta fase-terra e tempos de atuação
correspondentes dos dispositivos de proteção prescreve os cálculos de malha de terra.
Após o estudo citado, a estimativa inicial da área necessária para se atingir a resistência de
aterramento R por meio da equação 14:

(14)
𝑅= ρ

Onde:
A = Área do
aterramento

ρ = valor de resistividade do solo do aterramento

= 2, 65Ω (15)

𝑅=
500

Como o R calculado apresenta baixa resistência, garante-se que qualquer


corrente de fuga será conduzida ao solo. Com isto, determinou-se o tipo de malha
de aterramento e a haste utilizada.

Tabela 15 - Especificações da malha de terra adotada

Tipo de malha adotada Malha Arranjo Simples

Haste utilizada Haste IH – 1058, 5/8”, 3.048m, Cu


8 DIAGRAMA UNIFILAR

Em um projeto de instalação industrial é necessário a elaboração e a apresentação dos


diagramas unifilar e multifilar, contendo todos os equipamentos que serão incluídos no
projeto. Para essa elaboração é necessário que os diagramas contenham os seguintes
elementos:

- Condutores e disjuntores com suas capacidades nominais, dimensões da


seção e indicação do tipo monofásico, bifásico ou trifásico;
- Dados dos transformadores da subestação, contendo potência, tensões do
primário e secundário, impedâncias e números de tapes;
- Corrente nominal dos reles e sua faixa de operação;
- Corrente nominal dos fusíveis de proteção;
- Dados dos transformadores de corrente, relação de transformação;
- Posição de medidores de tensão e corrente;
- Lâmpadas de sinalização;
- Dimensão da seção dos barramentos dos Quadros de Distribuição;
- Para-raios, muflas, buchas de passagem.

Os diagramas unifilar e multifilar se encontram nos ANEXOS A e B respectivamente.

9 SPDA

O sistema de Proteção contra Descargas Elétricas (SPDA), mas conhecido por


para-raios tem sua instalação exigida pelo Corpo de Bombeiros e é regulamentado pela
ABNT segundo a Norma NBR 5419/2005.
Esse sistema tem como objetivo diminuir ou evitar danos aos equipamentos causados
por descargas atmosféricas, essas descargas podem ocasionar em incêndios, queima de
equipamentos e até mesmo risco de vida a operários da indústria, correndo risco de
choques elétricos como por exemplo da carcaça metálicas das máquinas.
As especificações que devem ser analisadas para o dimensionamento do SPDA estão
listadas nas Tabelas 17 e 18.
Tabela 16 – Especificações da Edificação

Comprimento (m) 20

Largura (m) 20

Altura (m) 37

Tabela 17 - Fatores de ponderação

A – Tipo ocupação 1.0 - Fábricas oficinas e laboratórios.

B – Tipo construção 0.8 - Estrutura de aço revestida, ou de


concreto armado, com cobertura metálica.

C - Conteúdo e efeitos indiretos das 0.8 - Estruturas industriais/agrícolas com


descargas atmosféricas objetos suscetíveis a danos.

D – Localização 1.0 - Localizada em uma área contendo


poucas estruturas ou árvores de altura
similar.

E – Topografia 0.3 – Planície

Dias de Trovoada (TD) 39 dias ao ano

Avaliação do Risco de Exposição (Ae) 7660.85 m²

Densidade de descargas à Terra por Km2 3,9


ao ano(Ng)

Frequência Média Anual previsível de 0,029877


descargas (Nd)

Resultado do Cálculo (Np) 10-2

Realizando a multiplicação dos fatores de ponderação de A à E concluiu-se que a


proteção é necessária.

Parâmetros observados conforme Norma:


Proteção Necessária: Np >= 10 -3
Proteção Desnecessária: Np <= 10 -5
Verificar com Proprietário: 10 -3 < Np > 10 -5
9.1 MÉTODO DE FRANKLIN

Figura 5 - Diagrama usado no cálculo do raio, baseado na área do silo e elevador.


Fonte: Autoria própria.

𝑅= = 14, 14 𝑚

Ângulo de proteção de 45°


𝑅 14,14
𝐻 = = = 14, 14
𝑚 𝑡𝑔ϕ 𝑡𝑔(45)

Portanto, a altura do mastro é 14,14 metros (incluindo captor).

9.2 MÉTODO GAIOLA DE


FARADAY Nível de proteção 3
Descidas (para estruturas de altura superior a 20m)
Bitola dos condutores: Cobre 35mm²
REFERÊNCIAS

MAMEDE, João Filho. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS. 8° ed. Editora Abril,


2011.

ABB. PROTEÇÃO PARA MOTORES. Catálogo Técnico. Disponível em: <


https://library.e.abb.com/public/bfc56f6d39cc003883257700005758ec/ABB%20
Protecao%20para%20Motores%20-%20Disjuntor%20Motor%202007.pdf>. Acesso em:
13 jun. 2023.

Weg. DISJUNTORES-MOTORES MPW: Manobra e Proteção de Motores Elétricos até


100A. Catálogo. Disponível em: . Acesso em: 17 jun. 2023.

SIEMENS. DISJUNTORES 5SY4 E 5SY5: Proteção para Instalações Elétricas de Baixa


Tensão. Catálogo. Disponível em: . Acesso em: 05 jun. 2023.

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