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CABOS CC PARA SISTEMAS

FOTOVOLTAICOS
CARACTERISTICAS E DIMENSIONAMENTO
CABOS FOTOVOLTAICOS
CARACTERISTICAS
CONEXÃO

Os cabos para instalações fotovoltaicas são produtos


específicos para esse uso, que interligam os módulos
fotovoltaicos em uma série fotovoltaica, e/ou que
conecta a série fotovoltaica a uma caixa de junção.
PREMISSA DE UM CABO SOLAR
NBR 16612
• Resistência a temperatura ambiente extrema de -15ºC até 90ºC;

• Temperatura máxima do condutor 120ºC por até 20.000h;

• Condutor deve ser de cobre estanhado, encordoamento de classe 5;

• Isolação e a Cobertura devem ser constituídas de compostos não


halogenados termo fixos;

• Devem ser disponibilizados nas cores preta, vermelha e


verde/amarelo;

• Devem possuir marcação especificando o uso para sistemas


fotovoltaicos;

• Devem ser resistentes à radiação UV;

• Devem ser resistentes à água;


CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS

1 Condutor - cobre estanhado flexível, encordoamento de classe 5.

2 Isolação - composto termo fixo livre de halogênios.

3 Cobertura - composto termo fixo livre de halogênios.


Cores disponíveis: vermelho, preto e verde/amarelo.

4 Identificação do cabo para energia solar


GENERALIDADES DOS CABOS CC

RESISTÊNCIA A INTEMPÉRIE VIDA ÚTIL

RESISTÊNCIA MECÂNICA ECOLÓGICO - ALTA SEGURANÇA


TABELA CARACTERISTICA TÉCNICAS

DIÂMETRO DO DIÂMETRO EXTERNO RESISTÊNCIA


SEÇÃO NOMINAL COR DA mm² PESO APROXIMADO
CONDUTOR ELÉTRICA MÁX.
mm² COBERTURA kg/km
mm Ω/km a 20°C

Mín. Máx.
1,5 1,5 4,5 5,4 35 13,70
2,5 1,9 4,9 5,9 45 8,21
4 2,4 5,4 6,6 60 5,09
6 2,9 5,9 7,4 80 3,39
10 3,9 6,9 8,8 120 1,95
16 5,0 8,2 10,1 180 1,24
25 6,3 10,1 12,5 300 0,795
35 7,4 11,4 14 395 0,565
50 8,9 13,3 16,3 55 0,393
70 11,2 15,8 18,7 790 0,277
95 12,5 17,3 20,8 1.030 0,210
120 14,2 19,2 23 1.250 0,164
150 16,3 21,9 25,7 1.550 0,132
185 18,3 24,7 28,7 1.910 0,108
240 20,1 26,9 32,3 2.450 0,0817
300 23,1 30,3 35,6 3.050 0,0654
400 26,7 34,7 40,6 4.050 0,0495
DIMENSIONAMENTO
CÁLCULO
DADOS IMPORTANTES

1. TENSÃO DO PROJETO

2. CORRENTE DO PROJETO

3. CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE


DOS CABOS

4. QUEDA DE TENSÃO NOS CABOS


1 - TENSÃO DE PROJETO
Cálculo realizado para verificar se a
tensão máxima do projeto não
ultrapassará a tensão máxima
suportada pelos cabos fotovoltaicos.
1 - TENSÃO DE PROJETO

𝑉𝑉𝐵𝐵 = 𝑉𝑉𝑜𝑜𝑜𝑜 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 × 𝑁𝑁º𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑉𝑉𝐵𝐵 ≤ 𝑉𝑉𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐

Exemplo: seja uma arranjo fotovoltaico com 20 módulos conectados em série,


cada um com uma tensão de circuito aberto 𝑉𝑉𝑜𝑜𝑜𝑜 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 48,5 𝑉𝑉 e tensão máxima
suportada pelos cabos 𝑉𝑉𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 = 1.800𝑉𝑉.

A tensão de projeto é calculada por VB = 𝑉𝑉𝑜𝑜𝑜𝑜 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 × 𝑁𝑁º𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 48,5 × 20 = 970 𝑉𝑉.
𝑉𝑉𝐵𝐵 ≤ 𝑉𝑉𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 → 970𝑉𝑉 ≤ 1.800𝑉𝑉 → 𝑂𝑂𝑂𝑂
2 – CORRENTE DO PROJETO
Conforme indicado na Tabela 5 da
norma ABNT NBR 16690, a corrente de
projeto (𝐼𝐼𝐵𝐵 ) para dimensionamento de
um circuito fotovoltaico deve ser igual à
corrente mínima em relação à qual a
seção nominal dos condutores
fotovoltaicos deve ser dimensionada, a
qual depende do tipo de ligação do
arranjo fotovoltaico.
2 – CORRENTE DE PROJETO
a) Arranjo fotovoltaico ligado em série

𝐼𝐼𝐵𝐵 = 1,5 × 𝐼𝐼𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆

Exemplo: seja uma série fotovoltaica com 10 módulos conectados, cada um com uma corrente de curto-
circuito 𝐼𝐼𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 = 9,5 𝐴𝐴.
A corrente de projeto é calculada por 𝐼𝐼𝐵𝐵 = 1,5 × 𝐼𝐼𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 = 1,5 × 9,5 = 14,3 𝐴𝐴
2 - CORRENTE DO PROJETO
b) Arranjo fotovoltaico ligado em série e paralelo

𝐼𝐼𝐵𝐵 = 1,25 × 𝐼𝐼𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 × 𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆

Exemplo: seja um arranjo fotovoltaico formado por cinco séries fotovoltaicas conectadas em paralelo, com 10 módulos
fotovoltaicos em cada série. Cada módulo tem uma corrente de curto-circuito 𝐼𝐼𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 = 9,5 𝐴𝐴.
A corrente de projeto é calculada por 𝐼𝐼𝐵𝐵 = 1,25 × 𝐼𝐼𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 × 𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 = 1,25 × 9,5 × 5 = 59,4 𝐴𝐴
2 - CORRENTE DO PROJETO
c) Arranjo fotovoltaico com múltiplas ligações em série e paralelo

𝐼𝐼𝐵𝐵 = 1,25 × 𝐼𝐼𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 × 𝑆𝑆𝐴𝐴

Exemplo: seja um arranjo fotovoltaico formado por cinco subarranjos, sendo cada um formado por cinco séries fotovoltaicas,
com 10 módulos fotovoltaicos em cada série. Cada módulo tem uma corrente de curto-circuito 𝐼𝐼𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 = 9,5 𝐴𝐴.
A corrente de projeto é calculada por 𝐼𝐼𝐵𝐵 = 1,25 × 𝐼𝐼𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 × 𝑆𝑆𝐴𝐴 = 1,25 × 9,5 × 5 × 5 = 297 𝐴𝐴
3 - CAPACIDADE DE CONDUÇÃO
DE CORRENTE DOS CABOS

Cálculo realizado para verificar se a


corrente máxima do projeto para não
ultrapassar a tensão máxima suportada
pelos cabos fotovoltaicos.
3 – CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE DOS CABOS

Para o cálculo da seção nominal dos cabos fotovoltaicos que operam em corrente contínua é preciso:
 Determinar a corrente de projeto;
 Definir o método de instalação;
 Definir a temperatura operacional para os condutores;
 Utilizar uma das tabelas de capacidade de condução de corrente da norma ABNT NBR 16612;
 Para agrupamento de circuitos, devem ser utilizados os fatores de agrupamento dados na ABNT NBR 5410.

Nota: A norma de instalação indica que, para os condutores instalados perto ou em contato com os módulos fotovoltaicos,
deve ser considerada uma temperatura operacional mínima igual à temperatura ambiente máxima esperada acrescida de 40 °C.
Por exemplo, se a temperatura ambiente máxima for considerada igual a 30 ºC, então a temperatura operacional mínima para
os condutores deve ser igual a 70 ºC (30 + 40).
3 – CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE DOS CABOS

C.1 Cabo instalado ao ar livre

 Modo de instalação 1: dois cabos unipolares encostados um ao outro, na horizontal;

 Modo de instalação 2: dois cabos unipolares encostados um ao outro, na vertical;

 Modo de instalação 3: dois cabos unipolares espaçados em, pelo menos 0,75 × diâmetro externo,
na horizontal

≥ 0,75D

 Modo de instalação 4: dois cabos unipolares espaçados em, pelo menos um diâmetro externo,
na vertical
≥D
3 – CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE DOS CABOS

Tabela C.3 – Capacidade de condução de corrente para cabos instalados em temperatura ambiente de 40 ºC e
temperatura no condutor em regime permanente de 90 ºC

Instalação ao Ar Livre Protegida do Sol Instalação ao Ar Livre Exposta ao Sol


Seção
Modo de Instalação: Modo de Instalação:
mm² 1 2 3 4 1 2 3 4
1,5 24 23 27 23 20 19 24 20
2,5 32 31 36 32 26 26 32 26
4 42 41 48 42 35 34 42 35
6 53 53 61 54 44 43 53 45
10 74 74 85 76 61 60 74 62
16 98 98 112 101 79 79 97 83
25 131 131 149 136 104 105 127 110
35 163 164 185 170 128 130 157 137
50 205 208 233 215 159 163 197 173
3 – CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE DOS CABOS
Tabela 42 ABNT NBR 5410— Fatores de correção aplicáveis a condutores agrupados em feixe (em linhas abertas ou fechadas) e a
condutores agrupados num mesmo plano, em camada única
Número de circuitos ou de cabos multipolares

Tabela dos
Forma de agrupamento
Ref. métodos
dos condutores 9a 12 a 16 a
1 2 3 4 5 6 7 8 ≥20 de referência
11 15 19

Em feixe: ao ar livre ou
sobre superfície; 36 a 39
1 1,00 0,80 0,70 0,65 0,60 0,57 0,54 0,52 0,50 0,45 0,41 0,38
embutidos; em conduto (métodos A a F)
fechado
Camada única sobre
parede, piso, ou em
2 1,00 0,85 0,79 0,75 0,73 0,72 0,72 0,71 0,70
bandeja não perfurada ou 36 e 37
prateleira (método C)

3 Camada única no teto 0,95 0,81 0,72 0,68 0,66 0,64 0,63 0,62 0,61

Camada única em bandeja


4 1,00 0,88 0,82 0,77 0,75 0,73 0,73 0,72 0,72
perfurada 38 e 39
Camada única sobre leito, (métodos E e F)
5 1,00 0,87 0,82 0,80 0,80 0,79 0,79 0,78 0,78
suporte etc.
4 – QUEDA DE TENSÃO NOS
CABOS
O dimensionamento dos condutores do arranjo
fotovoltaico afeta a queda de tensão sob
condições de carga. Esta queda de tensão pode
ser particularmente significativa em arranjos
fotovoltaicos com baixa tensão e alta corrente
de saída. Sob condições de carga máxima, a
norma ABNT NBR 16690 recomenda que a
queda de tensão verificada não seja superior a
3 % da tensão do arranjo fotovoltaico em seu
ponto de máxima potência (nas STC).
4 – QUEDA DE TENSÃO NOS CABOS

EQUAÇÕES UTILIZADAS PARA O CÁLCULO:

Δ𝑉𝑉 = 2 × 𝑅𝑅 × 𝐼𝐼𝐵𝐵 × 𝐿𝐿 𝑅𝑅𝑇𝑇 = 𝑅𝑅20 × 1 + 𝛼𝛼 𝑇𝑇 − 20

Δ𝑉𝑉
Δ𝑉𝑉% = × 100 𝑉𝑉𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 = 𝑉𝑉𝑚𝑚𝑚𝑚 × 𝑁𝑁º𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
𝑉𝑉𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠

Vmp Total → 𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓𝑓 𝑉𝑉 𝑇𝑇 → 𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 ℃ 𝑅𝑅𝑇𝑇 → 𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 Ω\km

𝑅𝑅20 → 𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 20℃ Ω\km 𝑁𝑁º𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 → 𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 Δ𝑉𝑉 → 𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑉𝑉 𝛼𝛼 → 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 → 0,0039

𝐼𝐼𝐵𝐵 → 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝐴𝐴 Vmp → 𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑉𝑉 Δ𝑉𝑉% → 𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄𝑄 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡𝑡 𝑛𝑛𝑛𝑛 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 %

𝑅𝑅 → 𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅𝑅 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 [Ω/𝑘𝑘𝑘𝑘] 𝐿𝐿 → 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 [𝑘𝑘𝑘𝑘]


EXEMPLO
DIMENSIONAMENTO
EXEMPLO 1:

Dimensione os cabos de um sistema fotovoltaico de acordo com as características de instalação e


o produto adotado a abaixo:

CARACTERISTICA DE INSTALAÇÃO:
PRODUTO ADOTADO
MÓDULO EMSZ 380M DG: • Número de módulos fotovoltaicos em série = 15
• Corrente máxima de operação: 𝐼𝐼𝑚𝑚𝑚𝑚 = 9,55 𝐴𝐴
• Número de séries no arranjo: 4
• Tensão máxima de operação: 𝑉𝑉𝑚𝑚𝑚𝑚 = 37,2 𝑉𝑉
• Tensão de circuito aberto: 𝑉𝑉𝑜𝑜𝑜𝑜 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀 = 48,5 𝑉𝑉 • Potência de pico total da instalação: 15 × 4 × 380𝑊𝑊𝑝𝑝 = 22.800𝑊𝑊𝑝𝑝 = 22,8𝑘𝑘𝑊𝑊𝑝𝑝

• Corrente de curto-circuito: 𝐼𝐼𝑆𝑆𝑆𝑆 𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀 = 10,04 𝐴𝐴 • Distância entre a série fotovoltaica e o inversor = 100m

• Temperatura ambiente máxima = 30 ºC


LOCAL DE INSTALAÇÃO

Instalação ao Ar Livre
Exposta ao Sol
Agrupamento de 4
circuitos
1- TENSÃO DE PROJETO

𝑉𝑉𝑜𝑜𝑜𝑜 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 = 48,5𝑉𝑉 𝑉𝑉𝐵𝐵 = 𝑉𝑉𝑜𝑜𝑜𝑜 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 × 𝑁𝑁º𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚

𝑉𝑉𝐵𝐵 = 48,5 × 15 = 727,5𝑉𝑉


𝑁𝑁º𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 = 15
𝑉𝑉𝐵𝐵 ≤ 𝑉𝑉𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐

𝑉𝑉𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀𝑀 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 = 1.800𝑉𝑉 727,5𝑉𝑉 ≤ 1.800𝑉𝑉 → 𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉


2- CORRENTE DE PROJETO

𝐼𝐼𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆 = 10,04𝐴𝐴 𝐼𝐼𝐵𝐵 = 1,5 × 𝐼𝐼𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆𝑆

𝐼𝐼𝐵𝐵 = 1,5 × 10,04 = 15,06𝐴𝐴


3 – CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DOS CABOS
Número de circuitos ou de cabos multipolares
Forma de agrupamento Tabela dos métodos
Ref.
dos condutores 1 2 3 4 5 6 7 8 9 a 11 12 a 15 16 a 19 ≥20 de referência

Em feixe: ao ar livre ou sobre


36 a 39
1 superfície; embutidos; em 1 0,80 0,70 0,65 0,60 0,57 0,54 0,52 0,50 0,45 0,41 0,38
(métodos A a F)
conduto fechado

Camada única sobre


2 parede, piso, ou em bandeja 1 0,85 0,79 0,75 0,73 0,72 0,72 0,71 0,70 36 e 37
não perfurada ou prateleira (método C)
3 Camada única no teto 0,95 0,81 0,72 0,68 0,66 0,64 0,63 0,62 0,61

Camada única em bandeja


4 1 0,88 0,82 0,77 0,75 0,73 0,73 0,72 0,72
perfurada 38 e 39
Camada única sobre leito, (métodos E e F)
5 1 0,87 0,82 0,80 0,80 0,79 0,79 0,78 0,78
suporte etc.

Instalação ao Ar Livre Protegida do Instalação ao Ar Livre Exposta ao


Seção Sol Sol
𝐼𝐼𝐵𝐵 = 1,5 × 10,04 = 15,06𝐴𝐴 𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎𝑎 = 0,65
Modo de Instalação: Modo de Instalação:
mm² 1 2 3 4 1 2 3 4
𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐
1,5 24 23 27 23 20 19 24 20
2,5 32 31 36 32 26 26 32 26 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 4𝑚𝑚𝑚𝑚2 = 34 × 0,65 = 22,1𝐴𝐴
4 42 41 48 42 35 34 42 35
6 53 53 61 54 44 43 53 45 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 6𝑚𝑚𝑚𝑚2 = 43 × 0,65 = 27,95𝐴𝐴
10 74 74 85 76 61 60 74 62
16 98 98 112 101 79 79 97 83
Pelo critério de capacidade de condução de
25 131 131 149 136 104 105 127 110
35 163 164 185 170 128 130 157 137 corrente o cabo escolhido foi de 4𝑚𝑚𝑚𝑚2
50 205 208 233 215 159 163 197 173
4 – QUEDA DE TENSÃO NOS CABOS

DIÂMETRO DO DIÂMETRO EXTERNO RESISTÊNCIA


SEÇÃO NOMINAL COR DA mm² PESO APROXIMADO
CONDUTOR ELÉTRICA MÁX.
mm² COBERTURA kg/km
mm Ω/km a 20°C

Mín. Máx.
1,5 1,5 4,5 5,4 35 13,70
2,5 1,9 4,9 5,9 45 8,21
4 2,4 5,4 6,6 60 5,09
6 2,9 5,9 7,4 80 3,39
10 3,9 6,9 8,8 120 1,95
16 5,0 8,2 10,1 180 1,24
25 6,3 10,1 12,5 300 0,795
35 7,4 11,4 14 395 0,565
50 8,9 13,3 16,3 55 0,393
70 11,2 15,8 18,7 790 0,277
95 12,5 17,3 20,8 1.030 0,210
120 14,2 19,2 23 1.250 0,164
150 16,3 21,9 25,7 1.550 0,132
185 18,3 24,7 28,7 1.910 0,108
240 20,1 26,9 32,3 2.450 0,0817
300 23,1 30,3 35,6 3.050 0,0654
400 26,7 34,7 40,6 4.050 0,0495
4 – QUEDA DE TENSÃO NOS CABOS
TEMPERATURA DE OPERAÇÃO DOS CABOS:
Como a temperatura ambiente máxima para essa região é de 30°C e a norma determina que deve ser
somado um valor de 40°C para os cabos que operam próximos aos módulos fotovoltaicos temos que a
temperatura de operação será de 30°C +40°C=70°C.

Cálculo da resistência do condutor corrigida pela temperatura

𝑅𝑅𝑇𝑇 = 𝑅𝑅20 × 1 + 𝛼𝛼 𝑇𝑇 − 20

𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃 𝑜𝑜 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑑𝑑𝑑𝑑 4𝑚𝑚𝑚𝑚2 𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃 𝑜𝑜 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑑𝑑𝑑𝑑 6𝑚𝑚𝑚𝑚2


𝑅𝑅𝑇𝑇 = 5,09 × 1 + 0,0039 70 − 20 𝑅𝑅𝑇𝑇 = 3,39 × 1 + 0,0039 70 − 20

𝑅𝑅𝑇𝑇 = 6,08Ω/km 𝑅𝑅𝑇𝑇 = 4,05Ω/km


4 – QUEDA DE TENSÃO NOS CABOS

𝑉𝑉𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 = 𝑉𝑉𝑚𝑚𝑚𝑚 × 𝑁𝑁º𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 = 37,2 × 15 = 558𝑉𝑉

𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃 𝑜𝑜 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑑𝑑𝑑𝑑 4𝑚𝑚𝑚𝑚2

Δ𝑉𝑉 = 2 × 𝑅𝑅 × 𝐼𝐼𝐵𝐵 × 𝐿𝐿 = 2 × 6,08 × 15,06 × 0,1 = 18,31V

Pelo critério de
Δ𝑉𝑉 18,31
Δ𝑉𝑉% = × 100 = × 100 = 3,28%
𝑉𝑉𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 558
queda de tensão o
𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃𝑃 𝑜𝑜 𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑑𝑑𝑑𝑑 6𝑚𝑚𝑚𝑚2 cabo escolhido foi
Δ𝑉𝑉 = 2 × 𝑅𝑅 × 𝐼𝐼𝐵𝐵 × 𝐿𝐿 = 2 × 4,05 × 15,06 × 0,1 = 12,19V de 6𝑚𝑚𝑚𝑚2
Δ𝑉𝑉 12,19
Δ𝑉𝑉% = × 100 = × 100 = 2,19%
𝑉𝑉𝑚𝑚𝑚𝑚 𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 558
ESCOLHA DO CABO

Para definir o cabo a ser utilizado deve-se escolher a maior


seção nominal entre o critério de capacidade de condução
de corrente e o de queda de tensão no cabo.

1- Pelo critério de capacidade de condução de corrente o cabo


escolhido foi de 4𝑚𝑚𝑚𝑚2

2- Pelo critério de queda de tensão o cabo escolhido foi de 6𝑚𝑚𝑚𝑚2

Dessa forma o cabo escolhido para esse projeto é o de 𝟔𝟔𝟔𝟔𝒎𝒎𝟐𝟐 .

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