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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA

GABRIELLA DE BARROS NORONHA


SANTIAGO AUGUSTO DE SOUZA MONTEIRO
KARINA CAJADO

Choque Elástico – Conservação de Momento Linear

Trabalho realizado para a


obtenção de nota referente às
atividades práticas exercidas no
Laboratório de Física 1.

Prof. Dr. José Luiz.

MANAUS - AM
2022
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1 OBJETIVOS

Neste experimento tem-se como objetivo geral testar a teoria de erros e como objetivo
especifico verificar experimentalmente os princípios de conservação do momento
linear e da energia cinética do sistema. Calcular o valor do momento linear antes e após uma
colisão. Interpretar a conservação de momento linear em colisões.

2 INTRODUÇÃO TEÓRICA

As colisões podem ocorrer de formas diferentes e apresentar características diferentes.


Neste experimento, será estudado o caso da colisão elástica unidimensional. A colisão é
denominada elástica quando ocorre conservação da energia e do momento linear dos corpos
envolvidos.

Imagem 1. representação colisões

Observa-se que após o choque, as esferas passaram a mover-se em sentido contrário ao que
tinham antes de colidirem.
Visto que ocorre conservação do momento linear, pode-se descrever essa ideia através da
seguinte equação:

Pi=Pf (1)

Onde P é a quantidade de movimento inicial do sistema. Para o cálculo dessa


quantidade de movimento ou momento linear do sistema, soma-se os momentos dos
dois corpos envolvidos na colisão calculando o momento de cada um através da relação
entre massa e velocidade:
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Momento Linear( P)=Massa ×Velocidade (2)


maV ai+mbVbi=maVaf +mbVbf (3)

Seguindo essa linha, o mesmo acontece com a Energia Mecânica do sistema. Visto que não
há mudança de altura no decorrer da situação a energia potencial gravitacional permanece a
mesma e tem-se somente energia cinética no sistema. Dessa forma, de acordo com a relação
utilizada para calcular a energia cinética do sistema temos:

Por se tratar de um procedimento experimental com instrumentos que possuem um


certo grau de incerteza e desvio, faz-se necessário trabalhar o conceito levando em
consideração a teoria de erros.
A ideia de incerteza exige uma grande aplicação dessa teoria. Pois segundo diz a
mesma, a incerteza de uma medida sempre aumenta ao se realizar cálculos com ela. Dessa
forma tem-se certas relações que são necessárias para o cálculo desses novos desvios.
As equações para encontrar o desvio padrão de medidas indiretas, são representadas
da seguinte forma de acordo com a operação a que a medida experimental será submetida:
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Por causa da Teoria de Propagação de Erros, tem-se que, ao calcular medidas com
diferentes desvios, suas incertezas sempre aumentam, logo, muda-se o sinal de subtração da
operação pelo sinal da adição.

Dessa forma, como conclusão chega-se numa relação equivalente a relação de


multiplicação.
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Por fim, como forma de verificação para os valores experimentais obtidos, faz-se o desvio
porcentual da medida experimental em relação a medida teórica. Ou seja no caso estudado,
compara-se o valor do momento e energia cinética finais com os valores iniciais, visto que
por teoria, tais valores teriam de ser iguais. Essa relação resulta no desvio que a medida
experimental apresentou. Para isso, utilizamos a seguinte equação:
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3 PARTE EXPERIMENTAL

2 sensores fotoelétricos, trilho de ar com régua, dois carros de trilho com réguas de passo.,
compressor, cronômetro digital, balança.

MATERIAIS:

✔ 2 sensores fotoelétricos;

✔ Trilho de ar com régua;

✔ Dois carros de trilho com réguas de passo;

✔ Compressor;

✔ Cronômetro digital;

✔ Balança.

Imagem 2. Trilho de ar, com sensores, carros e cronômetro.


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Imagem 3. Gerador de fluxo de ar Imagem 4. Balança

PROCEDIMENTO.
Etapa 1:
Inicialmente, foi determinada a massa dos carrinhos e sua respectiva incerteza com o
auxílio da balança analógica.

Imagem 5. Carro 2 Imagem 6. Carro 1

Massa (g) - Carros


Carro 1 - Massa(g) (+- 0,1) Carro 2 - Massa(g) (+- 0,1)
331,0 842,0

Etapa 2:
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Após as medições das respectivas massas, ligamos o cronometro e ajustamos o


mesmo para aferir os tempos de choque elástico.

Etapa 3:
Posicionamos os carrinhos no trilho de ar conforme as instruções. Posicionando o
carrinho (1) na posição de 600 mm e a posicionando o carrinho (2) na posição de 100 mm.

Imagem 7. Carro 2 posicionado no trilho de ar

Imagem 8. Carro 1 posicionado no trilho de ar

Etapa 4:
Ajustamos o cronômetro na função F8 para aferir os tempos nos sensores S0 e S1
devido a passagem dos carros no trilho de ar, quando em movimento. Verificamos também a
distância da régua sobre os carros de 18 mm entre marcações.

Etapa 5:
Seguramos os dois carros para que não se movimentasse quando o compressor
estivesse em movimento. Após os carros estarem “fixos” ligamos o compressor de ar.
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Imagem 9. Compressor de ar

Etapa 6:
Lançamos o carro (1) na direção do carro (2) com uma velocidade suficiente para
obter uma colisão e verificarmos uma situação, após a colisão, dos carros se movimentando
em sentidos opostos.

Etapa 7: Após o movimento antes e depois do choque estar completo, o sensor S0


registrou dez medidas de tempo para o carro (1), antes do choque, e mais dez medidas de
tempo, para o retorno que o carro (1) realizou. No processo o S1 registrou dez medidas de
tempo do carro (2), após a colisão.

Imagem 10. Cronômetro com medida de tempo dos carros

Etapa 8:
Depois que realizamos o processo de colisão entre o carro (1) e (2) registramos os
resultados obtidos dos tempos do carro (1) antes e depois do choque, e do carro (2) após o
choque. Aferimos tudo na seguinte tabela:

(antes da colisão) (após da colisão)


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Carro 1 Carro 1 Carro 2

medida Posição (m) (± Tempo Posição (m) (± Tempo Posição (m) (± Tempo
0,001) (s) 0,001) (s) 0,001) (s)

01 0,018 0,046 - 0,018 0,354 0,018 0,537

02 0,036 0,081 - 0,036 0,761 0,036 0,602

03 0,054 0,115 - 0,054 0,847 0,054 0,665

04 0,072 0,150 - 0,072 0,936 0,072 0,728

05 0,090 0,183 - 0,090 01,027 0,090 0,791

06 0,108 0,218 - 0,108 01,119 0,108 0,853

07 0,126 0,252 - 0,126 01,212 0,126 0,914

08 0,144 0,286 - 0,144 01,306 0,144 0,976

09 0,162 0,320 - 0,162 01,401 0,162 01,036

10 0,180 0,354 - 0,180 01,498 0,180 01,097

Etapa 9:
Após o registro dos tempos do cronometro, fomos construir um gráfico no
computador a partir dos tempos obtidos. Para cada conjunto de pontos posição e tempo
produzimos um gráfico, Registramos as três situações de tempos obtidas S0 carro (1) colisão
e após colisão. S1 carro (2) Colisão. Pelo alinhamento dos pontos obtivemos a regressão
linear.
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Imagem 11. Produção dos gráficos no computador.

Etapa 10:
Com este procedimento acima conseguimos interpretar a velocidade em cada instante
considerado. Obtivemos os seguintes gráficos e regressões lineares:

- Gráfico 1. Carro 1 Ida


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- Gráfico 2. Carro 1 volta

- Gráfico 3. Carro 2 Ida

4 RESULTADOS E CONCLUSÕES.

Foi possível observar na prática os conceitos de Choque Elástico e Conservação de


Momento Linear. Ao verificarmos que atingimos diferentes velocidades aparentes para
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determinadas colisões de 2 carros com a primeira situação sendo carro (1) ida, a segunda
sendo carro (1) volta e por fim carro (2) ida, os quais estão dispostos na Tabela a seguir.

(antes da colisão) (após da colisão)

Carro 1 Carro 1 Carro 2

medida Posição (m) (± Tempo Posição (m) (± Tempo Posição (m) (± Tempo
0,001) (s) 0,001) (s) 0,001) (s)

01 0,018 0,046 - 0,018 0,354 0,018 0,537

02 0,036 0,081 - 0,036 0,761 0,036 0,602

03 0,054 0,115 - 0,054 0,847 0,054 0,665

04 0,072 0,150 - 0,072 0,936 0,072 0,728

05 0,090 0,183 - 0,090 01,027 0,090 0,791

06 0,108 0,218 - 0,108 01,119 0,108 0,853

07 0,126 0,252 - 0,126 01,212 0,126 0,914

08 0,144 0,286 - 0,144 01,306 0,144 0,976

09 0,162 0,320 - 0,162 01,401 0,162 01,036

10 0,180 0,354 - 0,180 01,498 0,180 01,097

Com os gráficos produzido a seguir temos resultados das situações do procedimento de


colisão dos 2 carros juntamente com sua regressão linear.

Gráfico 1. Carro (1) ida


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Regressão linear:
Y=A+B*t
A: -0,00147 1,86669E-4
B: 0,31193 5,15314E-4

Gráfico 2: Carro (1) Volta


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Regressão linear:
Y=A+B*t
Valor Error
A: 0,08058 0,00403
B: -0,09724 0,00202

Gráfico 3. Carro (2) Ida

Regressão linear:
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Y=A+B*t
Valor Error
A: -0,1433 0,00179
B: 0,19616 0,00142
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Neste experimento verificou-se a veracidade do Choque Elástico. Conservação de


Momento Linear, e que através de regressão linear pode ser feita uma função característica
para cada sistema obtendo uma reta para que seja feita uma análise dos resultados
experimentais de forma simplificada e linear.

Observou-se as particularidades entre a função característica da velocidade da colisão


e após colisão e da regressão linear, e demonstrou-se teoricamente o que cada coeficiente da
regressão linear representa na equação. E mostrou a velocidade em 3 etapas: Carro (1) ida,
carro (1) voltada e carro (2) ida.

Por fim, com este experimento obteve-se conhecimentos práticos e complemento


teórico para que se pudesse comprovar o experimento realizado de colisão.

5 REFERÊNCIAS.

https://www.ufjf.br/fisica/files/2010/03/07_Pratica7.pdf

https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/colisoes-elasticas-inelasticas.htm

Acesso em: 15/10/2022

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