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UNIVERSIDADE FEREDAL DO MARANHÃO – UFMA

CENTRO DE CIÊCIAS EXATAS E TECNOLOGICAS – CCET


CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL

DIEGO DOMINGOS GARCIA CAMPOS

RELATÓRIO DE PRÁTICA EXPERIMENTAL: Erros em medidas.

SÃO LUÍS
2022/2
DIEGO DOMINGOS GARCIA CAMPOS

RELATÓRIO DE PRÁTICA EXPERIMENTAL:

Erros em medidas

Relatório de prática experimental à disciplina F í s i c a Experimental


do curso de Química Industrial da Universidade Federal do Maranhão,
como requisito para a obtenção de nota.

Profª. Dra. Luciana Magalhaes Rebelo Alencar

SÃO LUÍS
2022/2
1. Introdução
O estudo dos movimentos dos corpos é um problema fundamental na Física e
em particular na Mecânica. A Cinemática é a parte da Mecânica que descreva
os movimentos sem se preocupar com as causas e é o objeto do nosso estudo.
Um aspecto importante da Física, Química, Engenharia, assim como outras
disciplinas experimentais, é que elas são quantitativas, isto é, suas teorias
fundamentam-se na medição de grandezas. Medir uma grandeza física
significa comparar esta grandeza com uma outra grandeza do mesmo tipo
escolhida como termo de comparação ou padrão.

Além disso, medição é algo em característico bem comparativo entre duas


grandezas de mesma natureza, tomando-se uma delas como padrão, por
exemplo, ao se medir o comprimento de uma pessoa, estamos comparando o
comprimento da pessoa com o comprimento de uma régua. No caso, o
comprimento da régua foi tomado como padrão. Ainda sobre as medidas, cabe
salientar que estas medidas podem ser diretas - quando se compara
diretamente as duas grandezas de mesma natureza - e indiretas. Quando a
comparação é feita a partir de outras grandezas. Ao se medir a distância
percorrida por um carro, com uma régua, estamos fazendo uma medida direta
(da distância). Ao se medir o tempo que o carro levou num certo percurso, com
um cronômetro, estamos fazendo uma medida direta (de tempo).Se dividirmos
a distância (medida) pelo tempo (medido), estamos medindo a velocidade
média do móvel, indiretamente.

Ademais é inegável que entre análise feitas em disciplinas experimentais


sempre ocorrera um erro, sendo eles usados pra calcular esses erros:

Media aritmética: é uma medida de tendência central bastante utilizada nas


operações matemáticas para demonstrar a variação padrão de determinados
resultados.

Desvio médio: O desvio médio de um conjunto de dados é a média do total de


todos os desvios do ponto de destaque de um conjunto. É um instrumento
estatístico para avaliar o intervalo a partir de uma média ou mediana. A média
é o valor médio de todas as figuras em um conjunto de dados.

Representação da medida: são representações das grandezas físicas


utilizadas em diversas áreas do conhecimento com o intuito de quantificar uma
matéria, uma sensação, o tempo ou o tamanho de algo.

2. Objetivos
Verificar os tempos dos cronômetros utilizados, sendo o do celular e o
cronometro do equipamento e com isso distinguir se houve alguma diferença
durante a saída de ar durante o movimento do carrinho para assim comparar
se quanto maior a vazão de ar o carrinho vai ser mais rápido ou com menor
vazão de ar o carinho vai mais devagar.
3. Materiais e métodos
No equipamento utilizado, um tubo de alumínio de seção quadrada apresenta
furos uniformemente distribuídos nas suas duas faces superiores. Uma bomba
injeta ar comprimido neste tubo permitindo assim que um fluxo de ar saia pelos
furos das duas faces, o que possibilita o deslocamento de um carrinho, sem
atrito. Sensores, cujas posições são determinadas com uma trena, são
distribuídos ao longo do trilho e permitem medir tempos ou intervalos de tempo
correspondendo à passagem do carrinho. Uma interface permite visualizar os
tempos medidos e envolve diversos modos de funcionamento do dispositivo.

Os materiais utilizados durante o experimento foram:

- Carrinho;

- Bomba de ar;

- Cronômetro do celular;

- Cronometro do equipamento;

- Trilho de ar;

- Sensores determinados a medir o tempo.

Os métodos aplicados durante o experimento foram de modo bem distintos,


onde se usou-se cronometro do próprio celular do próprio equipamento e
comparar os tempos do cronometro do celular e o do próprio equipamento para
assim se fazer os erros acontecidos durante essa pratica e aplicar ainda se
houve erros relativos, grosseiros ou acidentais.

Os tempos medidos durante análise feita foram pelo cronômetro do celular e o


cronômetro do equipamento com isso foi utilizando dois sensores sendo um
sensor tendo um metro de distância do outro, que foram considerados durante
a prática.

Cronômetro do celular Cronômetro do próprio equipamento


1,27 1,23
1,32 1,22
1,31 1,24
1,25 1,24
1,15 1,22
1,27 1,26
1,26 1,25
1,20 1,29
1,17 1,21
1,21 1,27
Lembrando que cada experimento feito foi realizado dez vezes de maneira
repetida para ambos os casos.

4. Resultados e discussões
A partir dos experimentos obtiveram-se valores bastante significativos e além
de uma analise quantitativa entre os erros de media analisados durante o
experimento, é importante salientar que durante a pratica pode observar que
quanto maior a vazão de ar, mais rápido o carrinho de movimentava, e quanto
menor a saída de ar, o carrinho não obtinha um deslocamento completo
durante o percurso do trilho de ar. Além disso, os valores cronometrados a
partir do celular e o cronometro do próprio equipamento obteve-se desvios para
esses valores tanto para o celular e tanto para o cronometro do próprio
equipamento, a partir disso podemos obter a media dos valores do tempo,
medido em segundos, e o desvio de tempo do experimento:
𝒏
𝟏
𝑿𝒎 = ∑ 𝒙𝟏
𝒏
𝒊=𝟏

1,27 + 1,32 + 1,31 + 1,25 + 1,15 + 1,27 + 1,26 + 1,20 + 1,17 + 1,21
𝑋𝑚 =
10

𝑋𝑚 = 1,241 𝑠

A partir desse resultado podemos calcular o desvio da i-ésima medida obtido


durante o experimento.

𝐝𝐢 = |𝐗 𝐦 − 𝐗 𝐢 |

1- Tempo

di = |1,241 − 1,27| = 0,029

2- Tempo

di = |1,241 − 1,32| = 0,079

3- Tempo

di = |1,241 − 1,31| = 0,069

4- Tempo
di = |1,241 − 1,25| = 0,009

5- Tempo

di = |1,241 − 1,15| = 0,091

6- Tempo

di = |1,241 − 1,27| = 0,029

7- Tempo

di = |1,241 − 1,26| = 0,019

8- Tempo

di = |1,241 − 1,20| = 0,041

9- Tempo

di = |1,241 − 1,17| = 0,071

10- Tempo

di = |1,241 − 1,21| = 0,031

Agora para calcularmos o desvio médio precisamos dos valores do desvio i-


émisa para assim fazer a média desses valores obtidos em módulos.
𝐧
𝟏
𝐝𝐦 = ∑|𝐗 𝐦 − 𝐗 𝐢 |
𝐧
𝐢=𝟏

0,029 + 0,079 + 0,069 + 0,009 + 0,091 + 0,029 + 0,019 + 0,041 + 0,071 + 0,031
dm =
10

dm = 0,0468 s →

Agora para o valor obtido do desvio médio usa-se para o erro obtido a partir da
media aritmética dos tempos obtidos do cronômetro do celular.

Para a representação da media dos tempos obtidos experimentalmente, tem-se


um erro que pode ser caracterizado pelo desvio médio.

𝐗 = 𝐗 𝐦 ± 𝐝𝐦

X = 𝟏, 𝟐𝟒𝟏 ± 𝟎, 𝟎𝟒𝟔𝟖 s
Lembrando que esse valor significativo está totalmente representado pela
cronometro do celular. Entretanto o cronometro do próprio equipamento está
representado da seguinte maneira:

Cálculo da media aritmética:

1,23 + 1,22 + 1,24 + 1,24 + 1,22 + 1,26 + 1,25 + 1,29 + 1,21 + 1,27
𝑋𝑚 =
10
𝑋𝑚 = 1,243 𝑠

Agora para calculamos o desvio i-ésima do resultado para fazer o cálculo.

1- Tempo

di = |1,243 − 1,23| = 0,013

2- Tempo

di = |1,243 − 1,22| = 0,023

3- Tempo

di = |1,243 − 1,24| = 0,003

4- Tempo

di = |1,243 − 1,24| = 0,003

5- Tempo

di = |1,243 − 1,22| = 0,023

6- Tempo

di = |1,243 − 1,26| = 0,017

7- Tempo

di = |1,243 − 1,25| = 0,007

8- Tempo

di = |1,243 − 1,29| = 0,047

9- Tempo

di = |1,243 − 1,21| = 0,033


10- Tempo

di = |1,243 − 1,27| = 0,027

Logo após esse processo usam-se os valores encontrados para fazer a media
dos mesmos.

0,013 + 0,023 + 0,003 + 0,003 + 0,023 + 0,017 + 0,007 + 0,047 + 0,033 + 0,027
dm =
10

dm = 0,209 𝑠

Dessa forma, temos como processo da medida representada.

X = 𝟏, 𝟐𝟒𝟑 ± 𝟎, 𝟐𝟎𝟗 𝐬

5. Conclusão
Depreende-se, portanto, que os processos de erros laboratoriais são muito
presentes na hora do experimento, observa-se também que os processos que
acontecem no laboratório são de análise quantitativa, para erros, e assim
podemos confiscar que erros estão presentes sempre em uma analise, desde o
seu principio da observação até a experimentação. Dessa forma, é evidente a
formação de erros entre os equipamentos também que dever ser sempre
calibrados na hora do seu uso experimental e com isso diminuir erros presente
no mesmo.

Portanto, devem-se evitar erros na hora da medição, assim como a química,


que ocorrem nas vidrarias e dependendo de algumas delas deve-se evitar
alguma fonte de calor para que não descalibre o equipamento e assim afetando
os erros na hora da medida. Deve-se esperar também efeito da diferença que
se obteve nas medidas a partir dos cálculos feitos e que houve diferença em
ambos os casos tendo capacidade do cronometro do equipamento ser mais
preciso do que o do celular, cronometrado manualmente.

6. Referência
Fundamentos da Teoria dos Erros – José Henrique Vuolo – Edgard Blucher
LTDA.
HALLIDAY, D.; WALKER, J.; RESNICK R. Fundamentos de Física. 8. ed., Rio
de Janeiro: LTC, 2009

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