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UNIVERSIDADE FEREDAL DO MARANHÃO – UFMA

CENTRO DE CIÊCIAS EXATAS E TECNOLOGICAS – CCET


CURSO DE QUÍMICA INDUSTRIAL

DIEGO DOMINGOS GARCIA CAMPOS

RELATÓRIO DE PRÁTICA EXPERIMENTAL: MRUV.

SÃO LUÍS
2022/2
DIEGO DOMINGOS GARCIA CAMPOS

RELATÓRIO DE PRÁTICA EXPERIMENTAL: MRUV.

Relatório de prática experimental à disciplina F í s i c a Experimental I


do curso de Química Industrial da Universidade Federal do Maranhão,
como requisito para a obtenção de nota.

Profª. Dra. Luciana Magalhaes Rebelo Alencar.

SÃO LUÍS
2022/2
1. Introdução

O Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV) é abordado dentro de


um experimento que visa estudar o tempo que um carrinho, exposto a certa
inclinação, gasta para se movimentar em determinadas e conhecidas posições,
é possível medir vários intervalos de tempo através da passagem desse objeto
entre dois pontos (sensores) conhecidos, podendo através da coleta dessas
informações determinarem equações que envolvem esse contexto, como a do
espaço (s) em função do tempo (t), e da velocidade (v) em função do tempo (t),
e suas respectivas representações gráficas.

Além disso, ao se tratar sobre o Movimento Uniformemente Variado é


importante que sejam apresentadas suas duas características principais, que
começam pelo fato deste possuir aceleração constante e diferente de zero para
qualquer intervalo de tempo, e também velocidade variável, que pode aumentar
ou diminuir, e que apresentam em intervalos de tempos iguais, variações de
velocidade iguais. Quando a velocidade de uma partícula varia, entende-se que
a mesma sofreu uma aceleração ou foi acelerada, ou seja, a aceleração de
uma partícula em qualquer instante é a taxa pela qual a velocidade está
variando nesse instante.

Dentro do Movimento Uniformemente Variado, existem algumas equações que


são consideradas como sendo básicas em um movimento com aceleração
constante. No caso, utiliza-se como equação horária do espaço, no Movimento
Uniformemente Variado, a seguinte expressão:

X=X0+V0t+at²/2

Tem-se também a equação horária da velocidade, conhecida como:

V=V0+at

2. Objetivos
O objetivo da realização desta atividade é estudar, na prática, o Movimento
Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV), através do movimento em trajetória
retilínea e aceleração constante de um carrinho, podendo assim ser
representada graficamente a sua posição e velocidade, em função do tempo, e
posteriormente determinar a função horária para a posição e velocidade do
mesmo, e também o ângulo de inclinação considerando θ1 e θ2 pelo qual ele
foi submetido por meio de um desnível no trilho de ar onde dependendo do
ângulo formado pelo trilho pode haver maior velocidade ou não.

3. Métodos e materiais

Os materiais utilizados durante o experimento foram:

- Carrinho;

- Bomba de ar;

- Cronômetro do equipamento;

- Trilho de ar;

- Sensores determinados a medir o tempo;

- Trena;

- Blocos de madeira.

No equipamento utilizado, um tubo de alumínio de seção quadrada apresenta


furos uniformemente distribuídos nas suas duas faces superiores. Uma bomba
injeta ar comprimido neste tubo permitindo assim que um fluxo de ar saia pelos
furos das duas faces, o que possibilita o deslocamento de um carrinho, sem
atrito e assim possibilitando que ele entre em MRUV. Sensores, cujas posições
são determinadas com uma trena, são distribuídos ao longo do trilho e
permitem medir tempos ou intervalos de tempo correspondendo à passagem
do carrinho onde os métodos aplicados durante o experimento foi verificar as
medidas adotadas por uma trena sendo um metro e ao longo disso ligou-se o
trilho de ar em uma vazão de ar de nível seis e assim foram calculados os
tempos que o carrinho obteve durante o trajeto.

4. Resultados
 Cronômetro do equipamento
- Tabela 1 (θ1 menor ângulo)
Distância(m)
1
1° 1,814

2° 1,756

3° 1,760

4° 1,767
(segundos)
5° 1,768
Tempo

6° 1,761

7° 1,750

8° 1,778

9° 1,770
10° 1,773

Através disso obtivemos também o ângulo de inclinação usando o trilho de ar,


por relações trigonométricas, como mostra a seguir:
Usando o teorema de pitágoras, temos:

50,2 cm 𝑎2 + 𝑏 2 = 𝑐 2
4,7cm 4,72 + 502 = c2
cm
c = 50,2 cm

50 cm

Após este processo calcula-se o ângulo que está entre a bancada e o trilho de
ar levantado, temos:

4,7
sin 𝜃 = = 0,093
50,2

sin (0,093) = 𝟎, 𝟗

- Tabela 2 (θ2 maior ângulo)

Distância(m)
1

1° 1,131
2° 1,144
3° 1,199
(segundos)
Tempo

4° 1,216
5° 1,130
6° 1,144

7° 1,144
8° 1,131

(segundos)
Tempo
9° 1,140
10° 1,141

Através disso obtivemos também o ângulo de inclinação usando o trilho de ar,


por relações trigonométricas, como mostra a seguir:

Usando o teorema de pitágoras, temos:


50,4 cm
𝑎2 + 𝑏 2 = 𝑐 2
4,3 cm
4,32 + 50,32 = c2

c = 50,4 cm
50,3 cm
cm
Após este processo calcula-se o ângulo que está entre a bancada e o trilho de
ar levantado, temos:
4,3
sin 𝜃 = = 0,08
50,4

sin(0,08) = 𝟎, 𝟎𝟕

5. Discussões dos resultados

Com os resultados obtidos através do experimento, observou que no


experimento realizado quanto maior o ângulo maior será a aceleração do
objeto que entrará em movimento, da outra forma é que quanto menor o ângulo
menor será a aceleração do objeto que entrará em movimento, através disso
podemos analisar que o ângulo obtido foi que no ângulo maior, o ângulo
formado foi menor, que o ângulo maior.

6. Conclusão

Dessa forma, as leves inclinação feitas na superfície onde estava o objeto,fez


com que o mesmo sofresse aceleração, tendo em vista que o somatório de
forças atuantes sobre o mesmo não era nulo. Tal acontecimento foi
evidenciado no experimento de movimento retilíneo uniformemente variado
(MRUV) onde em cada instante a velocidade do objeto encontrava-se maior.

É importante ressaltarmos que fatores ambientais podem influenciar bastante


no resultado do experimento, como por exemplo, o atrito, que apesar de
ser reduzido com a utilização de certos equipamentos, ainda faz com que haja
mudanças relevantes nos valores práticos em relação aos teóricos.

Desta forma, é válido ressaltarmos a importância desses estudos


experimentais para maior evidenciação de como o meio está atuando em
constantes processos que por muitas vezes são deixados de lado por serem
considerados atos banais, mais a sua descoberta e aprofundamento de
estudos propiciou um enorme avanço para a ciência.

7. Referências

HALLIDAY, D.; WALKER, J.; RESNICK R. Fundamentos de Física. 8. ed., Rio


de Janeiro: LTC, 2009.

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