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Universidade Federal do Maranhão

Centro de Ciências Exatas e Tecnologia-CCET


Química Industrial- 2022.2
Tarcienny da Silva Rodrigues

Relatório Física Experimental I

Erros e Medidas

São Luís, MA
26/10/2022
1. Introdução
A Física Mecânica é o básico da física que conhecemos e de primeira nos é apesentado
o conceito de Medição e as respectivas medidas de grandeza. A ciência em si, não
apenas a Física, mas também a Química e Engenharia são baseadas em medições e
comparações e na projeção de experimentos para estabelecer as unidades.

Medir uma grandeza física significa comparar esta grandeza com uma outra grandeza do
mesmo tipo escolhida como termo de comparação ou padrão. Do ponto de vista de
teoria de erros, costuma-se idealizar que toda grandeza física possui um valor bem
definido, ou exato, que aqui chamaremos de "valor verdadeiro" da grandeza, quando se
repete a medição de uma grandeza, às vezes seu valor não coincide, então, dificilmente
se consegue valores idênticos. A causa dessa disparidade de valor é chamada de "erros
de medição", que são classificados em dois:

Erros Sistemáticos: esses erros interferem no desvio da medida, aumentando ou


diminuindo as medidas. Como por exemplo o erro instrumental ( causado por má
calibração do instrumento de medida), o erro ambiental (interferência do ambiente
através de fatores como, por exemplo, temperatura, pressão, humidade, campo
magnético terrestre), o erro observacional (procedimento inadequado do observador,
como por exemplo, o erro de paralaxe quando se mede uma grandeza através de um
instrumento de ponteiro) e o erro teórico (uso de fórmulas teóricas aproximadas ou de
valores aproximados de constantes físicas nas mesmas).

Erros Estatísticos: são os desvios aleatórios que é observado nas medidas, eles podem
ser reduzidos ou eliminados, não se pode eliminar apenas os erros intrínsecos da própria
grandeza de medida.

2. Objetivos
Entender e escrever de forma consistente valores levando em consideração seus erros de
medida. Erros esses classificados como de exatidão e apuração, respectivamente, a
primeira mostra que o valor da medida está muito próximo do valor real, e a apuração
indica o quanto as medidas repetidas estão próximas umas das outras.
3. Parte Experimental
3.1. Materiais e Métodos
No laboratório de física os materiais usados foram:

- Carrinho de ar (trilho de ar)


- Gerador de ar
- Sensor
- Cronometro digital manual (celular)
3.2. Métodos
Os alunos foram divididos em dois grupos para observarem e anotarem o experimento,
seus resultados e desvios de erros. Primeiramente, precisava-se medir o carrinho através
do cronometro manualmente, ou seja, o observador escolhido pelo grupo teria que estar
alerta para apurar o carrinho a partir do momento que passasse pelo sensor. O carrinho
sendo levado para frente pelo impulsionador, passaria pelo primeiro até o segundo
sensor, sendo assim observado e anotado o tempo levado para chegar até o segundo
sensor, grandeza essa de unidade em segundos (s).

O gerador de fluxo de ar era composto por 5 volumes, a velocidade do carrinho foi


testada de acordo com cada volume a partir da segunda observação, feita pelo
cronometro do próprio equipamento que é ligado ao sensor do instrumento.

Logo abaixo, imagem do trilho de ar e sensor, como feito no laboratório:

Observação: no equipamento havia apenas um carrinho e dois sensores.

3.3. Prática
Observando manualmente, o gerador de fluxo de ar foi colocado na potência 3 para
assim o carrinho deslizar do primeiro ao segundo sensor, sendo esse processo repetido
10 vezes. O impulsionador dava partida no carrinho, assim nos dando os segundos
levados em seu trajeto. Os outros volumes do gerador tiveram seu teste com menos
repetições. O impulsionador do equipamento do laboratório estava com defeito, nos
dando assim a necessidade de testarmos mais algumas vezes, isto é classificado como
“erro sistemático”.

Já no teste do cronometro do próprio equipamento fizemos 14 tentativas, levando em


consideração a potência do gerador e sua influência na velocidade do carrinho. Em
teoria, quanto maior a potência de ar, mais rápido o carrinho atravessaria os sensores.
-Cronometro manual (tentativas em ordem)

1,27(s) 1,27(s)

1,32(s) 1,26(s)

1,31(s) 1,20(s)

1,25(s) 1,17(s)

1,19(s) 1,21(s)

-Sensor automático (tentativas em ordem)

1,239(s) 1,209(s)

1,222(s) 1,215(s)

1,245(s) 1,275(s)

1,240(s) 1,277(s) (vol.4)

1,220(s) 1,221(s) (vol.4)

1,269(s) 1,360(s) (vol.5)

1,250(s) 1,299(s) (vol.5)

4. Resultados e Discussões
Os resultados das medidas foram:
Medidas 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª Médias
Manuais
Tempo(s) tm=1,24%
Desvios dm=0,43%
t=tm ± dm.  t=__1,28__________
Medidas Médias
Automática
s
Tempo(s) tm=1,24%
Desvios dm=0,174
%
t=tm ± dm.  t=_1,25___________
No cronometro manual, os desvios ocorridos na medição são classificados como “erro
acidental”, isto é, se originam como erro do observador. Já os desvios automáticos, são
por conta do erro sistemático que estava no impulsionador, que por estar com defeito,
acabava soltando o carrinho de súbito.
Esses desvios são contados como desvio médio que é um conjunto de dados de todos os
desvios do ponto de destaque de um conjunto. O tempo médio é a soma de todos os
segundos dividida pela tentativa (10), assim nos dando o resultado que será usado no
desvio médio que é a subtração desses segundos. Após isso, usamos a fórmula: t=tm ±
dm.  t.

5. Conclusão
As medidas feitas no laboratório nos deu a oportunidade de aprofundar ainda mais os
conhecimentos de Física I. Seus erros e desvios, precisamente os cálculos foi de inicio
um susto, mas no decorrer do relatórios, foi possível observar que não é tão dificultoso
como pensávamos. O manuseio de equipamentos instigantes do laboratório foi uma
experiência que só nos incita a querer cada vez mais aprender essa parte tão boa de se
estudar a disciplina de Física em nosso curso.

6. Referências
-HALLIDAY, David. Fundamentos da Física: Mecânica. 8.ed. Rio de Janeiro: 2008,
LTC.
-https://cuboup.com/conteudo/desvio-medio/
-Toginho Filho, D. O., Andrello, A.C., Catálogo de Experimentos do Laboratório
Integrado de Física Geral Departamento de Física • Universidade Estadual de Londrina,
Junho de 2010.

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