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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE FÍSICA

Experimentos de Física I

Profa. Luciana Magalhães Rebelo Alencar

PRÁTICA 1 – Erros em Medidas

FÍSICA EXPERIMENTAL 1

Discente: Américo Pinheiro Neto

SÃO LUIS – MA
2022
INTRODUÇÃO

Um aspecto importante da física é que suas teorias são fundamentadas na medição de


grandezas, que significa comparar esta grandeza com outra do mesmo tipo.

Costuma-se idealizar, do ponto de vista da teoria de erros, que toda a grandeza física possui
um valor definido ou exato tido como o “valor verdadeiro” da grandeza. Quando realizamos
várias medições repetidas de uma grandeza, os sucessivos resultados não coincidem na
maioria das vezes, podendo diferir muito pouco um do outro mas, dificilmente, sendo
idênticos, o que reflete a impossibilidade de conhecer o valor verdadeiro da grandeza em
questão, sendo isso chamado de erros de medição que podem ser classificados em erros
sistemáticos e erros estatísticos.

Os erros estatísticos são completamente aleatórios, sendo observados em uma série de


medidas podendo ser de naturezas diversas mas, com possibilidade de serem reduzidos ou
praticamente eliminados, por exemplo: reduzindo as flutuações das medidas de massa
fornecidas por uma balança colocando-a numa mesa à prova de vibrações. Certos erros
estatísticos, no entanto, não podem ser reduzidos como por exemplo aqueles decorrentes de
flutuações intrínsecas a própria grandeza medida.

Os erros sistemáticos não possuem um caráter aleatório, eles geram desvios de medida em
relação ao valor verdadeiro aumentando ou diminuindo, alguns exemplos são: erros
instrumentais(resultados de possível má calibração do instrumento de medida), erro
ambiental(decorrente da interferência do ambiente por meio de fatores como a temperatura,
pressão, umidade, campo magnético, etc sobre o experimento), erros
observacionais((decorrente de

procedimento inadequado do observador, como por exemplo, o erro de paralaxe quando se


mede uma

grandeza através de um instrumento de ponteiro) e erros teóricos (decorrente, em uma


medida indireta, do uso de fórmulas teóricas aproximadas ou de valores aproximados de
constantes físicas nas mesmas).

OBJETIVOS

Escrever de forma consistente o resultado de uma série de medidas experimentais, realizar os


cálculos da média e desvio de cada uma das medidas e identificar qual o tipo de erro que está
associado.

MATERIAIS

• Cronômetro digital
• Trilho de ar com móvel
• Sensores do trilho
• Suporte de elevação
MÉTODOS

Primeiramente foram colocados os suportes de elevação no trilho de ar pois o impulsionador


estava apresentando defeitos, dessa forma, a força responsável pelo deslocamento do móvel
seria a própria força gravitacional. Em seguida, foi cronometrado manualmente o tempo gasto
para o móvel percorrer um metro sobre o trilho de ar, anotando os valores na tabela, sendo
este processo repetido 10 vezes, logo após foi cronometrado novamente o tempo que o móvel
levava para percorrer 1 metro mas, dessa vez, utilizando o cronometro automático com
sensores.

Para finalizar, foram determinados os valores médios, os valores de desvio e o valor do tempo
gasto no percurso com sua respectivo valor de desvio médio para as duas análises com
cronômetros manuais e automáticos comparando os valores, como mostra as duas tabelas
abaixo.

RESULTADOS

Dados encontrados para os valores das médias das contagens e dos desvios para as duas
análises:

Medidas 1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° 10° Média


manuais
Tempo(s) 1.45 1.69 1.74 1.76 1.74 1.98 1.72 1.71 1.82 1.87 tm= 1,748
Desvio 0.298 0.058 0.008 0.012 0.008 0.232 0.028 0.038 0.072 0.122 dm= 0,0876
t=tm ± dm. → t= 1,748 ± 0,0876

Medidas 1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° 10° Média


automáticas
Tempo(s) 1.768 1.766 1.766 1.766 1.767 1.767 1.766 1.767 1.765 1.766 tm= 1,7664
Desvio 0.0016 0.0004 0.0004 0.0004 0.0006 0.0006 0.0004 0.0006 0.0014 0.0004 dm=0,00068

t=tm ± dm. → t=1,7664±0,00068


DISCUSSÕES

Podemos observar a presença de um erro aleatório nas medidas manuais visto que os valores
das medidas apresentam diferenças significativas umas das outras que é dado devido à falta
de percepção do observador que cronometrava manualmente o tempo que o móvel levava
para percorrer um metro, que acaba ficando refletido ao analisamos os seus desvios, que
variam bastante, em comparação com o cronômetro automático, cujos desvios variam bem
menos.

CONCLUSÃO

Em suma, foi possível escrever consistentemente as medidas e, através dos cálculos feitos, foi
possível identificar que um erro estatístico de caráter aleatório estava associado a
cronometragem manual. Também foi possível compreender de forma mais clara a segunda lei
de Newton. Podemos concluir por fim que os objetivos foram concluídos o experimento foi
realizado com sucesso.

REFERÊNCIAS

http://aprendendofisica.pro.br/pmwiki.php/Main/ErrosMedidasFisicaEEtc

https://fisica.ufop.br › filesPDF MEDIDAS E ERROS 1

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