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AULA 42 ‐APLICAÇÕES DO MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES

OBJETIVOS:

— APLICAR A TEORIA DO MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES A PÊNDULOS

42.1 ‐ PÊNDULO SIMPLES:

O pêndulo simples é constituído por uma partícula de massa suspensa por uma
corda inextensível de comprimento e de massa desprezível. Quando solta de uma
posição que faz um ângulo com a vertical, sob ação da força da gravidade, a
partícula oscila sob ação da força da gravidade no plano vertical, descrevendo um
arco de círculo em torno da posição de equilíbrio que é a vertical. A Figura 42‐1
mostra o pêndulo e as forças que atuam nele.

Figura 42‐‐1: O pêndulo simples

A diferença entre a tensão na corda e a componente do peso da partícula na


direção radial produz a força centrípeta necessária para que a partícula tenha
movimento circular no plano vertical. A componente tangencial do peso da partícula
obriga o pêndulo a sempre voltar para a posição de equilíbrio e faz o papel da força
restauradora. Se medirmos o deslocamento angular , relativo à posição de
equilíbrio, no sentido trigonométrico, a força restauradora terá sempre sentido
oposto ao do aumento do ângulo ; assim, podemos escrever para ela:

575
Como a força restauradora não é proporcional ao ângulo , o movimento do
pêndulo não é um movimento harmônico simples. Com efeito, a equação do
movimento do pêndulo é:

Esta equação diferencial não é linear e requer métodos especiais para ser resolvida.
Entretanto, se o ângulo for pequeno, podemos escrever que (em
radianos!). Logo, o deslocamento da partícula ao longo do arco é . Podemos
dizer que:

isto é, a força pode ser considerada como proporcional ao deslocamento e o


movimento, como no harmônico simples.

A tabela abaixo mostra vários valores de , e a diferença percentual entre


esses valores:

(graus) (radianos) Dif. (%)


0 0.0000 0.0000 0.00
5 0.0873 0.0872 0.11
10 0.1745 0.1736 0.51
15 0.2618 0.2588 1.14

A equação do movimento do pêndulo fica, então, com essas aproximações:

ou:

ou, ainda,

cuja solução é:

em que é a amplitude do movimento.

O período do pêndulo simples em movimento harmônico simples independe da


massa dele. Com efeito, da definição de período:

(42.1)

576
Essa equação mostra também que o período independe da amplitude do movimento
(desde que ela seja pequena!). Embora o movimento oscilatório do pêndulo
diminua com o tempo por causa da ação de forças dissipativas, o período continua
praticamente constante. Por isso, ele foi o primeiro mecanismo usado em relógios
mecânicos. Em um relógio de pêndulo, a perda de energia é compensada por um
mecanismo que foi inventado por Christian Huygens (1629 – 1695).

Para grandes amplitudes, o período do pêndulo pode ser colocado na forma:

o que mostra que o período depende da amplitude.

Atividade 42.1: Procure na internet informações sobre C.Huygens e sobre o


pêndulo isócrono, que é um pêndulo cujo período independe da amplitude de
oscilação, qualquer que seja ela.

42.2 ‐ O PÊNDULO DE TORÇÃO

O pêndulo de torção consiste em um disco suspenso por um fio inextensível e de


massa desprezível e preso ao centro de massa do disco (Figura42‐2). Se o disco é
girado de um ângulo a partir de sua posição de equilíbrio (indicada pela linha OP
da figura), o fio é torcionado dando origem a um torque restaurador que tende a
fazer o fio voltar à sua forma original.

Figura 42‐‐2: O pêndulo de torção

Para pequenas torções, o torque restaurador é proporcional ao deslocamento


angular do disco e podemos escrever:

577
em que é a constante de torção do fio, que depende das propriedades dele.
Como:

em que é o momento de inércia do disco relativo ao centro de massa, a segunda


lei de Newton para a rotação nos dá:

ou:

(42.2)

que mostra que, para pequenas deformações do fio, o movimento do pêndulo é


harmônico simples.

A solução da equação acima é:

(42.3)

sendo a ampitude do movimento e dado por:

(42.4)

O período do pêndulo é:

Em geral, o pêndulo pode ser qualquer corpo laminar, isto é, cuja espessura seja
muito menor que as suas outras dimensões.

Exemplo 42.1: Uma barra fina de massa 0,1 kg e comprimento m forma


um pêndulo de torção. Ela é colocada para oscilar e verifica‐se que o período é de
2,0 s. Substitui‐se, então, a barra por uma placa triangular equilátera, que é
colocada para oscilar. Seu período é medido, dando como resultado 6.0 s. Calcule
o momento de inércia da placa, relativamente ao eixo que coincide com o fio do
pêndulo.

Solução: O momento de inércia da barra, relativo a uma eixo perpendicular a ela


e passando pelo seu centro de massa é: .Então:

578
Mas, da expressão do período, a relação entre o período da barra para o da placa
triangular é:

Então:

42.3 ‐ O PÊNDULO FÍSICO

O pêndulo físico consiste em um corpo posto para oscilar preso por de seus pontos,
o qual chamamos de pivô, podendo se mover no plano vertical. A Figura 42‐3
mostra um corpo rígido preso pelo ponto P, podendo girar sem atrito em torno de
um eixo horizontal passando por P.

Figura 42‐‐3: O pêndulo físico

Em equilíbrio, a linha OP que liga P ao centro de massa C do corpo é vertical.


Quando o corpo é tirado dessa posição, PC faz com a vertical um ângulo e a força
peso do corpo exerce sobre ele um torque relativo a P, que tende a tornar PC
vertical. O torque é dado por:

em que é o módulo do vetor . O sinal negativo indica que o torque se opõe ao


deslocamento do corpo. O torque é proporcional a mas, para pequenos valores
de , podemos escrever:

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Então, tal como no pêndulo de torção, a equação de movimento de rotação para o
corpo é:

ou:

(42.5)

O período de oscilação do pêndulo físico é:

Para amplitudes grandes, o pêndulo físico continua a ter movimento harmônico,


mas ele não é harmônico simples.

A equação acima pode ser resolvida para o momento de inércia, dando:

que permite obter o momento de inércia do corpo por medida do período de


oscilação.

Notemos que o pêndulo simples é um caso particular do físico. Com efeito, como
toda a massa do pêndulo simples está concentrada na extremidade livre dele, o seu
momento de inércia relativo ao ponto de suspensão é ; o centro de massa
do pêndulo simples coincide com a massa . Então, . Assim, o período do
pêndulo é:

Atividade 42.2: Encontre o comprimento de um pêndulo simples cujo período


seja o mesmo do pêndulo físico.

Exemplo 42.2: Um disco homogêneo de raio é suspenso por um pivot (P) preso
em sua borda. Ache o período de oscilação do disco para pequenas amplitudes e o
centro de oscilação dele.

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Figura 42‐‐4: O pêndulo físico formado por um disco

Solução: O momento de inércia do disco, em relação a um eixo perpendicular ao


seu plano e passando pelo seu centro (que também é seu centro de massa) é:

Como o pivot está à distância do centro de massa, o teorema dos eixos paralelos
nos dá que:

O período é:

O pêndulo simples que possui o mesmo período tem um comprimento:

Atividade 42.3: Se aplicarmos o pivot no ponto O situado à distância do


centro do disco, qual será o período de oscilação dele?

A Atividade 42.3 ilustra uma propriedade geral do centro de oscilação O. Quando o


pivô do pêndulo é colocado no seu centro de oscilação relativo a um ponto dado
(por exemplo P), o período de oscilação não muda e este ponto (P) passa a ser o
centro de oscilação relativo a O.

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RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS

Atividade 42.1

Utilize o fórum de discussão para compartilhar os resultados de sua busca.

Atividade 42.2

Igualando os períodos dos pêndulos, temos:

de onde tiramos:

Essa atividade nos mostra que, no que se refere ao período do pêndulo físico, sua
massa pode ser considerada como concentrada em um ponto Q cuja distância ao
ponto de suspensão do pêndulo é . Esse ponto Q é denominado centro de
oscilação do pêndulo físico. Sua localização depende do ponto de suspensão; para
cada ponto O de suspensão, temos um centro de oscilação Q cuja posição obedece
à equação acima.

Atividade 42.3

Nesse caso, temos e:

O período é:

tal como no Exemplo 42.1.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

E42.1 Um pêndulo simples tem comprimento L = 1.00 m e completa 100


oscilações em 201 segundos em um certo local. Qual é o valor da aceleração da
gravidade neste local?

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AULA 43 ‐ RELAÇÃO ENTRE O MOVIMENTO HARMÔNICO E O
MOVIMENTO CIRCULAR

OBJETIVOS:

– ESTUDAR A RELAÇÃO DO MOVIMENTO HARMÔNICO COM O CIRCULAR, MOSTRANDO QUE ESTE É UMA
COMPOSIÇÃO DE DOIS MOVIMENTOS HARMÔNICOS

43.1 ESTUDANDO A RELAÇÃO ENTRE O MHS E O MCU

A Figura 43.1 mostra uma partícula descrevendo um movimento circular uniforme


em torno do ponto O. A partícula está no ponto Q no instante . Sua posição em
relação a O nesse instante é dada pela distância e pelo ângulo que faz
com eixo de coordenadas cartesianas .

Figura 43.1: Posição de uma partícula em movimento circular em

Como o movimento circular é uniforme, o vetor velocidade da partícula não varia


em módulo. Sua velocidade angular é também constante. Assim, entre os
instantes e , a partícula descreveu o arco de círculo e sua posição
angular nesse instante é medida pelo ângulo subentendido por esse arco (Figura
43.1). A sua velocidade linear é .

583
Figura 43.2: Posição de uma partícula em movimento circular em

No intervalo de tempo considerado, à medida que a partícula (representada pelo


ponto Q) se desloca sobre o círculo, o ponto P, projeção de Q sobre o eixo
move‐se sobre este eixo. Então, no instante , a posição de P é dada por:

que é a equação de movimento de um oscilador harmônico simples. Portanto,


podemos dizer que o movimento harmônico simples de uma partícula pode ser
descrito como uma projeção do movimento circular uniforme sobre um diâmetro do
círculo.

A frequência angular do movimento harmônico simples é a mesma que a


velocidade angular da partícula em movimento circular, pois, como:

vem:

Atividade 43.1: Mostre que o período do movimento harmônico é o mesmo que o


do movimento circular

A velocidade tangencial da partícula no movimento circular no ponto Q vale .


Então, a componente dessa velocidade sobre o eixo (Figura 43.3)é:

como esperávamos no caso do movimento harmônico simples.

584
Figura 43.3: Velocidade de uma partícula em movimento circular em

Figura 43.4: Aceleração de uma partícula em movimento circular em

Como o movimento é circular uniforme, a partícula representada pelo ponto Q só


tem aceleração radial (centrípeta) e esta vale A sua projeção sobre dá a
aceleração do ponto P (Figura 43.4):

Atividade 43.2: Como seriam as equações do movimento harmônico simples se


tomássemos a projeção do movimento circular sobre o eixo ao invés do eixo
?

Do resultado da Atividade 43.2, podemos ver que o movimento circular, que é um


movimento em um plano, pode ser descrito como a composição de dois
movimentos harmônicos simples ao longo de dois eixos perpendiculares.Com efeito,
temos que:

585
O exame dessas duas equações no diz que e são funções que diferem entre sí
de um ângulo de fase . Com efeito, temos que:

e, das equações acima vem que:

que correspondem aos módulos do deslocamento, velocidade e aceleração da


partícula em movimento circular uniforme.

O movimento circular uniforme pode ser considerado, então, como uma


combinação de dois movimentos harmônicos simples ocorrendo no mesmo plano,
com a mesma amplitude mas com fases diferindo de . Podemos combinar
também movimentos harmônicos simples com amplitudes e fases diferentes. O
resultado são movimentos oscilatórios no plano cujas trajetórias possuem formas
diferentes de acordo com a relação entre as amplitudes e as fases. As equações de
movimento podem ser escritas como:

Podemos estudar alguns casos:

(a) Se as constantes de fase são idênticas, , o movimento resultante é uma


linha reta, pois, eliminando a fase dessas equações obtemos:

que é a equação de uma reta passando pela origem e de inclinação .

A Figura 43.5a mostra o caso em que ; a reta faz um ângulo de 45 com o


eixo ; se (Figura 43.5b) esse ângulo é de 63.5 . Em ambos os casos, os
deslocamentos e atingem seus valores máximo e mínimo ao mesmo tempo:
estão em fase.

(b) Se as constantes de fase ( e ) forem diferentes, o movimento resultante não


é mais retilíneo. Se as amplitudes forem iguais e as constantes de fase diferirem de
(Figura 43.5c) a trajetória é um círculo (movimento circular uniforme, como
vimos anteriormente). Mas se as amplitudes forem diferentes (com a diferença de
fase igual a ) a trajetória é uma elipse (Figuras 43.5d, 43.5e e 43.5f).

586
Figura 43.5: Movimentos harmônicos simples em duas dimensões

Todas as combinações de movimentos harmônicos simples em direções


perpendiculares com a mesma frequência produzem trajetórias elípticas, cujas
formas dependem da razão das amplitudes e da diferença de constantes de
fase . Se as frequências forem diferentes, os movimentos são mais
complicados; os movimentos resultantes só serão periódicos se a razão das
frequências for um número racional.

No caso de movimentos periódicos, as trajetórias resultantes são chamadas de


figuras de Lissajous em homenagem a Jules Antoine Lissajous (1822 – 1870) que
estudou as propriedades matemáticas dessas curvas em 1857.

Atividade 43.3: Procure na internet artigos sobre as figuras de Lissajous

587
RESPOSTA COMENTADA DAS ATIVIDADES PROPOSTAS

Atividade 43.1: O período do movimento harmônico simples é:

Atividade 43.2: Da Figura 43.2 vemos que OQ faz um ângulo sobre


o eixo vertical . Então, a compopnente de OQ sobre este eixo é:

Da mesma forma, temos que:

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Movimento Harmônico Simples http://www.fisica.ufmg.br/fmodist/aplicamhs/aplicamhs_guia_impressao.htm

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Aplicações do Movimento Harmônico Simples, GE Completo em PDF


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Amortecimento, Oscilações Forçadas e Ressonância) Impressão

Guia de Estudo

Após o estudo deste tópico você deve:

- Reconhecer as diferenças entre os Pêndulos Simples, de Torção e Físico;


- Saber a relação entre o Movimento Circular Uniforme e o MHS;
- Entender os conceitos de Oscilações Amortecidas e Forçadas;
- Entender o fenômeno da Ressonância.

* Utilize o fórum para tirar suas dúvidas. Existe um monitor responsável pelo gerenciamento diário das
respostas.

GE2.1) Leia a seção sobre Aplicações do Movimento Harmônico Simples nas referências de sua escolha.

GE2.2) Com base no que você aprendeu sobre o pêndulo de torção, analise as figuras abaixo e escolha a
alternativa que melhor relaciona as constantes κ1, κ2 e κ3. Justifique sua resposta!

FIG. 2.2a)

a) κ1 > κ2 > κ3
b) κ1 < κ2 < κ3
c) κ1 = κ2 = κ3

GE2.3) Experimentos com um pêndulo simples. Providencie um barbante ou linha com cerca de 2,5 m de
comprimento e amarre um pequeno objeto em uma de suas extremidades.

GE2.3.1) Faça um pêndulo simples de comprimento L = 25cm e o coloque para oscilar a partir de um
deslocamento angular inicial de 5°. Utilizando um relógio/cronômetro meça o período de oscilação. Qual
foi o valor obtido?

GE2.3.2) Ajuste o comprimento de seu pêndulo para L = 100 cm. O que acontece com o período do
pêndulo?

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GE2.3.3) Mude o comprimento para L = 225 cm. O que acontece com o período em relação ao valor para
L = 100 cm?

GE2.3.4) Mantendo o mesmo comprimento L = 225 cm, verifique o que acontece com o período se você
utilizar um objeto de maior massa.

GE2.3.5) Suponha agora que você esteja realizando este experimento em um elevador que está subindo
com uma aceleração constante a. O período aumenta, diminui ou permanece o mesmo? Justifique sua
resposta fazendo um diagrama de forças, aplicando leis de Newton.

GE2.3.6) Suponha que você pudesse realizar este mesmo experimento na Lua e em Júpiter. O que
aconteceria com a freqüência de oscilação?

GE2.3.7) Meça o período de oscilação do pêndulo quando ele é solto a partir de ângulo inicial próximo de
45°. Compare esse resultado com os que você obteve quando o ângulo é pequeno. Em que situação é
válida a relação ? Por que?

GE2.4) Veja na figura abaixo a seqüência de oscilações de um pêndulo físico típico.

FIG. 2.4)

GE2.4.1) Admita que a barra tenha um comprimento L e massa M, diâmetro de secção reta D. Escolha a
opção que descreva o momento de inércia da barra. Justifique sua resposta!

a) b)

c) d)

GE2.4.2) Usando o resultado do exercício anterior e a relação T = 2π√(I/Mgd), calcule agora o período do
pêndulo físico da figura:

GE2.4.3) Qual a relação entre o comprimento L deste pêndulo e o comprimento Ls do pêndulo simples
que tem período igual?

GE2.5) A figura abaixo, representa um disco de massa m e raio r que foi colocado a oscilar em um dado
ponto da sua borda superior.

FIG. 2.5)

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GE2.5.1) Descreva com suas palavras como poderíamos calcular o período.

GE2.5.2) O período depende da massa do disco?

GE2.5.3) Qual(is) a(s) condição(ões) para que a energia mecânica do pêndulo permaneça constante?

GE2.6) Observe a figura abaixo e classifique a afirmativa como verdadeira ou falsa:

FIG. 2.6)

"A energia mecânica do pêndulo no ponto B (mediano ao ponto de equilíbrio e o


ponto de amplitude máxima) é 50% cinética e 50% potencial".

GE2.7) Relação entre MCU e MHS.

FIG 2.7

GE2.7.1) Qual é a relação entre a velocidade angular ω no MCU e a freqüência angular ω no MHS?

GE2.7.2)Escreva a equação que descreve o movimento de um corpo ao redor de um círculo de raio "R".
Obtenha a velocidade desse corpo, em um instante de tempo qualquer.

GE2.7.3)Se a constante de fase φ é igual a zero e o termo (ωt) é igual a π/2, quais são os respectivos
valores para a posição e a velocidade do corpo que descreve a trajetória circular.

GE2.8) Amortecimento. Nas quatro figuras abaixo são mostradas as oscilações de um sistema massa-mola,
sujeito a vários niveis de amortecimento, indicados pelos valores de b nas legendas.

FIG 2.8a) b = 0.0 kg/s FIG 2.8b) b = 0.2 kg/s

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FIG 2.8c) b = 0.4 kg/s FIG 2.8d) b = 0.8 kg/s

GE2.8.1) Qual a expressão que melhor representa a posição da massa em função do tempo, quando b =
0 kg/s. Justifique sua resposta!
a) X = Xm cos ( ω' t + φ ) b) X = Xm senh ( ω' t )
c) X = Xm senh ( ω' t + φ) d) X = Xm cos ( ω t + φ )

GE2.8.2) Descreva o que ocorre com a amplitude do movimento à medida que o tempo passa, quando o
amortecimento vai aumentando.

GE2.8.3) Que tipo de termo deveria ser acrescido à solução da questão 2.8.1, para que pudéssemos
representar o movimento harmônico amortecido representado nas figuras? Marque abaixo a melhor
opção, sabendo que "a" é uma constante e "x" uma variável. Justifique sua resposta!

a)eax b)ln ax
c)e-ax d) - ln ax

GE2.8.4) Tendo em vista ainda, o mesmo tipo de movimento, a variável "x" deve representar que
grandeza física ?

GE2.8.5) Você acha que a constante "a" poderia ser substituída, no termo da questão 2.8.3, pela
constante de amortecimento "b"? Explique também, que situação física é representada quando a
constante "b" é diferente de zero.

GE2.8.6) Analise o comportamento das oscilações quando o valor de m é variado, e responda se


poderíamos, do mesmo modo, substituir a constante "a" por "m".

GE2.8.7) Em caso negativo, poderíamos substituir "a" por m-1?

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GE2.8.8) Analise o comportamento das oscilações quando o valor de k é variado. O que acontece com a
amplitude do movimento?

GE2.8.9) Por que é que, fisicamente, num sistema massa-mola ideal (onde a mola tem massa
desprezível) o valor de k não altera a amplitude?

GE2.8.10) Qual o papel da constante de fase no movimento? Ou seja, que mudança ocorreria no
movimento, caso a constante de fase fosse alterada?

GE2.8.11) Você acha que as equações: X = Xm e-bt/2m cos (ω't + φ), onde ω' = [(k/m)-(b/2m)2]1/2,
podem ser usadas se a constante de amortecimento for muito grande? Por quê?

GE2.9) Oscilações Forçadas e Ressonância. As figuras abaixo mostram a amplitude de oscilação de um


pêndulo de mola, que tem sua parte superior movida para cima e para baixo por uma força externa periódica
(por exemplo, por sua mão). A frequência natural do sistema é ωo = 3.16 rad/s. Responda:

FIG 2.9a) ωext = 2.00 rad/s FIG 2.9b) ωext = 3.00 rad/s

FIG 2.9c) ωext = 3.10 rad/s FIG 2.9d) ωext = 3.16 rad/s

GE2.9.1) O que é freqüência natural do sistema ωo?

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GE2.9.2) O que caracteriza uma oscilação forçada? É necessário que a amplitude de oscilação da força
externa seja muito grande?

GE2.9.3) Explique porque em um sistema forçado, mesmo que haja atrito, a amplitude não diminui.

GE2.9.4) Como fica a freqüência de oscilação de um sistema forçado, depois de algum tempo?

GE2.9.5) O que aconteceu com a amplitude das oscilações desde a Fig 2.9a até a Fig. 2.9d ? Por que
isto acontece?

GE2.9.6) O que aconteceria com a amplitude das oscilações se não houvesse amortecimento?

GE2.9.7) A solução para a posição em função do tempo x(t), em um sistema de oscilação forçada é:
x(t) = (Fm/G) sen(ωextt - φ), sendo G=(m2(ωext2 - ω2)2 + b2ωext2)1/2 e φ =cos-1bωext/G.
Baseando-se nesta solução explique o fenômeno da ressonância.

GE2.10) Resolva estes Exercícios de Fixação.

GE 2.10.1) A escala de uma balança de mola que indica de zero até 200 N possui comprimento
igual a 12,5 cm. Um peixe pendurado na extremidade inferior da mola oscila verticalmente com
2,60 Hz. Qual é a massa do peixe? Despreze a massa da mola.

GE 2.10.2) Você deseja determinar o momento de inércia de um objeto não regular em relação
a um eixo passando por seu centro de massa (CM) e suspende o objeto. Você torce
ligeiramente o objeto em torno deste eixo e o liberta, cronometrando 125 oscilações em 265s. A
constante de torção do fio é igual a 0,450 N.m/rad. Qual é o momento de inércia do objeto em
relação a esse eixo?

GE 2.10.3) Por que um cão com pernas curtas (como o da raça Chihuahuas) caminha dando
passos mais freqüentes do que um cão com pernas altas (como o cão dinamarquês)?

GE 2.10.4) Um objeto de massa m move-se com movimento circular uniforme no plano xy. O
círculo possui raio R e o objeto se move em seu entorno com velocidade v. O movimento é
projetado no eixo x onde sua aparência é a de um movimento harmônico simples obedecendo à
equação x(t) = R cos(ω t + φ).

Nesta projeção ω vale:


(a) v/R
(b) m2R
(c) R/v
(d) v/(R sen(ω t)

Nesta projeção φ vale:


(a) 0
(b) vt/ω
(c) π
(d) φ não pode ser determinada com as informações dadas

GE2.10.5) Após o regime transiente, um oscilador amortecido forçado oscilará com:


(a) a freqüência de excitação;

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(b) a freqüência do oscilador amortecido livre.


(c) a freqüência do oscilador não-amortecido livre
(d) qualquer das freqüências anteriores, pois são todas idênticas

GE2.10.6) A freqüência de ressonância de um oscilador amortecido forçado é igual a:


(a) a freqüência de excitação;
(b) a freqüência do oscilador amortecido livre.
(c) a freqüência do oscilador não-amortecido livre
(d) qualquer das freqüências anteriores, pois são todas idênticas

GE2.11) Faça os Problemas.

GE2.11.1) Depois de pousar em um planeta desconhecido, uma exploradora do espaço constrói


um pêndulo simples de 50,0 cm de comprimento. Ela verifica que o pêndulo simples executa
100 oscilações completas em 136 s. Qual é o valor de g neste planeta?

GE2.11.2) Enche-se uma esfera oca com água através de um pequeno orifício. A esfera é
suspensa por um fio longo, posta para oscilar e, enquanto a água escorre pelo orifício no fundo,
observa-se que, inicialmente, o período aumenta e, em seguida, diminui. Explique este
fenômeno.

GE2.11.3) Como é afetado o período de um pêndulo quando seu ponto de sustentação se


desloca:
(a) horizontalmente no plano de oscilação, com aceleração a ;
(b) verticalmente para cima, com aceleração a;
(c) verticalmente pra baixo, com aceleração a < g e a > g
(d) Alguns destes casos se aplicam a um pêndulo montado em um carro que desce por uma
ladeira?

GE2.11.4) Um pêndulo físico consiste em um disco sólido uniforme de massa


M = 563g e raio R = 14,4 cm, mantido no plano vertical por um eixo preso a
uma distância d = 10,2 cm do centro do disco, conforme mostrado na figura
ao lado. Desloca-se o disco de um pequeno ângulo e, em seguida, ele é
liberado, Encontre o período do movimento harmônico resultante.

GE2.11.5) Uma mola de massa desprezível e constante k = 400 N/m está suspensa
verticalmente e um prato de 0,200 kg está suspenso em sua extremidade inferior. Um
açougueiro deixa cair sobre o prato de uma altura de 0,400 m uma posta de carne de 2,20 kg. A
posta de carne produz uma colisão totalmente inelástica com o prato e faz o sistema executar
um MHS. Calcule:
(a) a velocidade do prato e da carne logo após a colisão;
(b) a amplitude da oscilação subseqüente;
(c) o período do movimento.

GE2.11.6) Um bloco de massa M repousa sobre uma superfície sem


atrito e está preso a uma mola horizontal cuja constante é k. A outra
extremidade da mola está presa a uma parede, como na figura ao
lado. Um segundo bloco de massa m repousa sobre o primeiro. O
coeficiente de atrito estático entre os blocos é µ e. Ache a amplitude
máxima da oscilação para que o bloco superior não deslize sobre o
bloco inferior.

GE2.11.7) Um ovo de 50,0 g fervido durante muito tempo está preso na extremidade de uma
mola cuja constante é k = 25,0 N/m. Seu deslocamento inicial é igual a 0,300 m. Uma força de

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Movimento Harmônico Simples http://www.fisica.ufmg.br/fmodist/aplicamhs/aplicamhs_guia_impressao.htm

amortecimento F = - bv atua sobre o ovo e a amplitude do movimento diminui de 0,100 m em


5,00 s. Calcule o módulo da constante de amortecimento b.

GE2.11.8) Um oscilador harmônico amortecido consiste em um bloco (m = 1,91 kg), uma certa
mola (k = 12,6 N/m) e uma força amortecedora F = - bvx. Inicialmente, o bloco oscila com
amplitude de 26,2 cm; por causa do amortecimento, a amplitude reduz-se para três quartos
desse valor inicial, após quatro ciclos completos.
(a) Qual o valor de b?;
(c) Qual a quantidade de energia dissipada durante esses quatro ciclos?

GE2.11.9) Considere as oscilações forçadas de um sistema bloco-mola amortecido. Mostre que


na ressonância:
(a) a amplitude das oscilações é xm = Fm/bω ;
(b) a velocidade máxima do bloco oscilante vmáx = Fm/b.

Atividades Recomendadas
GE2.12) Tente, então, fazer os Exercícios Extras.

GE2.13) Existem alguns aplicativos que podem ajudá-lo na compreensão da matéria. Tente executá-los.

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