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LABORATÓRIO DE FÍSICA I

PROJETO 2: Pêndulo Simples – Conservação de


Energia Mecânica em um Pêndulo Simples

1. OBJETIVOS DO EXPERIMENTO

 Estudar a conservação de energia mecânica em um pêndulo


simples.

 Comprovar a transformação de energia potencial gravitacional e


cinética durante a oscilação de um pêndulo simples em um
sistema conservativo.

2. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

 Desenvolver a habilidade de montar equações de conservação de


energia mecânica e modelamento físico em sistemas
conservativos.

3. INTRODUÇÃO TEÓRICA

Denomina-se pêndulo simples o sistema formado por um corpo de


massa m cujas dimensões possam ser desprezadas, suspenso por um
fio inextensível de comprimento l. A massa m do pêndulo, será
denominada massa pendular. Quando afastado de sua posição de
equilíbrio e solto, o pêndulo oscilará em um plano vertical sob a ação da
força gravitacional. Além da força peso, atua sobre o corpo uma força T
de tração do fio, veja figura 1. Há ainda uma força de arrasto do ar que
é desprezada no estudo do pêndulo simples.
Figura 1: Forças atuantes em um pêndulo simples (livre de
resistência do ar)

T

A força resultante no pêndulo, faz com que o movimento do


pêndulo seja periódico e oscilatório em relação à posição de equilíbrio.
Em particular, para pequenos deslocamentos angulares iniciais, θ15°,
o tempo para que o pêndulo execute uma oscilação completa, período
pode ser calculado através da expressão (1). Para este caso, o período de
oscilação depende do comprimento do fio e do valor da aceleração da
gravidade local, no caso do planeta Terra (g igual a 9,81 m/s 2), veja
expressão.

Um exemplo prático do uso do pêndulo simples na engenharia foi


a utilização da bola de demolição na construção civil nas décadas de 50
e 60. A bola de demolição era constituída por uma bola de aço ou ferro
presa a um guindaste. No entanto, atualmente estas bolas de demolição
foram substituídas pelos escavadores hidráulicos e outros maquinários,
veja a figura.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bola_de_demoli%C3%A7%C3%A3o

3.1 – COMPRIMENTO PENDULAR

. O comprimento pendular L corresponde à soma do


comprimento do barbante l e o raio da esfera r.

L=l+r
3.2 ENERGIA CINÉTICA, ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL E
ENERGIA MECÂNICA EM UM SISTEMA CONSERVATIVO

A energia cinética de um corpo, K está associada a capacidade de


realizar trabalho que o sistema tem quando possui velocidade, para
calcularmos a energia cinética utilizamos a expressão (2).

K=(1/2) mv2 (2)

A energia potencial gravitacional é uma energia armazenada


devido à variação de altura. Podemos dizer que a energia potencial
gravitacional está correlacionada com a capacidade de realizar trabalho
da força peso, e podemos calculá-la pela expressão (3).

U=mgh (3)

A energia mecânica total de um sistema em um determinado


instante é igual a soma de energia cinética e potencial gravitacional. A
energia mecânica na ausência de forças dissipativas como atrito ou
resistência do ar é conservada. Isto significa que a energia total em um
estado A de energia e em um estado B de energia, a energia mecânica
total se conserva, veja a equação (4).

KA+UA=KB+UB (4)

3.3 TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA EM UM PÊNDULO SIMPLES

Vamos estudar a transformação de energia que ocorre quando um


pêndulo simples oscila quando na ausência de resistência do ar ou
qualquer outro tipo de atrito. Durante um ciclo de oscilação os valores
de energia potencial gravitacional e energia cinética do sistema pêndulo
– Terra variam, no entanto quando o peso sobe e desce a energia
mecânica se mantém constante, se não houver forças dissipativas como
atrito e resistência do ar. A figura 2 mostra como a energia se
transforma durante a oscilação de um pêndulo em um sistema
conservativo, observe o que ocorre com os gráficos de barra da energia
cinética, K e energia potencial gravitacional, Ug.

Figura 2: Energia Cinética e Potencial Gravitacional

Fonte: Halliday e Renick. Fundamentos de Física 1 - Mecânica


4. MATERIAIS DO EXPERIMENTO

 Massa conhecida (esfera de bilhar com diâmetro igual a 54


mm)
 Barbante
 Sensor de Rotação
 Air Link
 Computador
 Trena

5. DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO

O apparatus experimental consiste na utilização do sensor de


rotação fixo em uma haste. Um fio ideal (inextensível e massa
desprezível) passa através da polia, sendo fixo na extremidade
superior, figura 3.

Na extremidade inferior vamos prender a esfera. Em seguida


devemos conectar o air link e o computador. Vamos utilizar a
calculadora do programa PASCO CAPSTONE, para obtermos os
gráficos de energia cinética, potencial gravitacional e energia
mecânica, veja no item 5.1.

SIGA OS SEGUINTES PASSOS APÓS CONFIGURAR A


CALCULADORA DA PASCO:

1) APERTE O BOTÃO GRAVAR DO PROGRAMA


DA PASCO COM O PÊNDULO NA POSIÇÃO DE
REPOUSO (COMPLETAMENTE NA VERTICAL);
2) Vamos deslocar o pêndulo em relação a posição
de equilíbrio em cerca de 15 a 20 graus, e
registrar as medições. Devemos tomar cuidado
para liberar o pêndulo para que ele oscile no
plano xy, sem fazer movimentos circulares.
Vamos deixar que o pêndulo complete pelo
menos 5 oscilações completas. No entanto
devemos levar em conta apenas as primeiras
levar em conta para a nossa análise as três
primeiras oscilações completas para nossa
análise.

Figura 3: Montagem do apparatus experimental do pêndulo simples.

(b) Montagem do (c) Montagem


sensor de rotação do pêndulo
simples
5.1 UTILIZANDO A CALCULADORA DO PROGRAMA PASCO
CAPSTONE

Ao entrar em calculadora devemos fornecer as seguintes informações

 Massa da esfera pendurada: m=0,12929 kg


 Anote o comprimento pendular medido com a trena (comprimento
do fio medido a partir da borda inferior da polia até o centro da
esfera): L=_________ m

 g=9,81 m/s^2
 Velocidade: v=R neste caso R=L e =d/dt
 Energia Cinética: K=0,5mv2
 Energia Potencial Gravitacional: U=mgL(1-cos)
 Energia Mecânica Total=K+U
Exemplo dos gráficos obtidos durante o movimento de oscilação do
pêndulo: a) posição angular em função do tempo; b) energia mecânica
total em função do tempo e c) energia cinética, energia potencial
gravitacional e energia mecânica.
LABORATÓRIO DE FÍSICA I
PROJETO 2: Pêndulo Simples – Conservação da
Energia Mecânica
Grupo Turma Laboratório Equipe Data Nota

RA NOME ASSINATURA

22.00398 Antônio de Santana Margarido


-3 Pinheiro Machado

22.95007
Gabriel Coutinho Cavalini
-9

23.00686
Vinicius da Silva Azevedo
-2

Atividade 1 - COMPARAÇÃO TEÓRICO EXPERIMENTAL DO


PERÍODO DE OSCILAÇÃO DE UM PÊNDULO.

Com o comprimento pendular utilizado e admitindo que a gravidade


seja igual a 9,81 m/s2, utilize a expressão e obtenha o período de
oscilação do pêndulo.

T=1,89 s.

Desloque o pêndulo em cerca de 15 graus em relação a posição de


equilíbrio. Então liberte o pêndulo da sua montagem experimental
para oscilar e registre posição angular em função do tempo. A partir
do gráfico obtenha o período de uma oscilação e anote. Calcule o
erro percentual.

T(gráfico)=1,94s

Erro percentual=2,64%
EXEMPLO PARA SER UTILIZADO COMO MODELO:

T=3,350-1,365=1,985 s

Gráfico da posição angular em função do tempo


Atividade 2 – MODELO TEÓRICO

2.1 Obtenha uma expressão para a obtenção da altura em função


de L e do ângulo .

h=L-L.cosθ

2.2 Obtenha uma expressão para a energia potencial gravitacional


do pêndulo em função de L e do ângulo .

Ug=m.g.h
Ug=m.g,( L-L.cosθ)

2.3 Obtenha uma expressão da energia cinética do sistema em


função da massa m e da velocidade v.

K=m.v²/2

2.4 Obtenha uma expressão para o cálculo da energia mecânica


total em um determinado ponto A.

EM=Ka+Ua

Atividade 3 – MEDIDAS EXPERIMENTAIS – OBTENÇÃO DO


GRÁFICO DE ENERGIA CINÉTICA, POTENCIAL GRAVITACIONAL E
MECÂNICA TOTAL DE UM PÊNDULO SIMPLES E ANALISE

ATENÇÃO! ANTES DE PROGRAMAR OS COMANDOS NA PASCO


CONFIRA SE O SENSOR ESTÁ FUNCIONANDO
ADEQUADAMENTE E REGISTRANDO AS OSCILAÇÕES

a) Aperte o botão gravar do programa da PASCO. Posicione o


pêndulo em uma posição de 15 graus a 20 graus em relação
a posição de equilíbrio, deixando-o completar 5 oscilações
completas. Registre os gráficos obtidos (semelhantes ao
modelo apresentado a vocês). Cole e copie aqui. Coloque
o cursor na posição desejada para que você possa
armazenar os seus dados para posterior análise.

EXEMPLO: OBSERVE QUE O CURSOR ESTÁ NA POSIÇÃO


DESEJADA MOSTRANDO OS VALORES DE ENERGIA
KxT
0.04
0.035
0.03
0.025
0.02
K (J)

0.015
0.01
0.005
0
0.0000 0.9600 1.9200 2.8800 3.8400 4.8000 5.7600 6.7200 7.6800 8.6400 9.6000
Tempo (s)

UxT
0.04
0.035
0.03
0.025
0.02
U(J)

0.015
0.01
0.005
0
0.0000 0.9600 1.9200 2.8800 3.8400 4.8000 5.7600 6.7200 7.6800 8.6400 9.6000
Tempo (s)
Em x T
0.04
0.035
0.03
0.025
Em (J)

0.02
0.015
0.01
0.005
0
0.0000 0.9600 1.9200 2.8800 3.8400 4.8000 5.7600 6.7200 7.6800 8.6400 9.6000
Tempo (s)

b) Calcule a energia cinética, potencial gravitacional e mecânica


total no ponto de lançamento. Compare com suas medidas
experimentais.
Lembrete: K=1/2mv2

b1. Energia potencial gravitacional


Anote o ângulo de lançamento a partir do gráfico
b2. de posição angular em função do tempo: = 15°

Calcule a altura de lançamento, h: 0,89 x (1-


cos(15°)) = 0,03 m

Calcule a energia potencial gravitacional, Ug: 0,035


J

Energia Cinética no ponto de lançamento, K

K=0J

b3. Energia Mecânica total no ponto de lançamento, EM

Em = K+U= 0,035 J

b4. Comparação entre os valores teóricos e as medidas


experimentais no ponto de lançamento. Se algum valor for nulo não
é necessário calcular erro percentual.
K (J) Ug (J) EM (J)

Calculadas 0 0,035 0,035

Medidas a 0 0,033 0,033


partir do
gráfico

(%) 0% 5,71% 5,71%

c) Calcule a energia cinética, potencial gravitacional e mecânica


total no ponto mais baixo da trajetória. Compare com suas
medidas experimentais. Copie e cole seu gráfico com o cursor
na posição desejada.

Cole aqui

c1. Energia Mecânica total (utilize o princípio de conservação


de energia mecânica)
Emi = Emf
Emf = 0,035J

c2. Energia Cinética no ponto mais baixo da trajetória , K por


conservação de energia mecânica.

Emi = Emf
K i + Ui = K f + Uf
0 + 0,035 = Kf + 0
Kf = 0,035 J

c3. Energia potencial gravitacional no ponto mais baixo da


trajetória admitindo o zero de altura no ponto mais baixo da
trajetória.

Calcule a energia potencial gravitacional, Ug: 0 J

c4. Comparação entre os valores teóricos e as medidas


experimentais no ponto mais baixo da trajetória. Se algum valor for
nulo não é necessário calcular erro percentual.

K (J) Ug (J) EM (J)

Calculadas 0,035 0 0,035

Medidas a 0,034 0 0,034


partir do
gráfico

(%) 2,8% 0%D 2,8%

d) Calcule a energia cinética, potencial gravitacional e mecânica


total no ponto intermediário ao ponto de lançamento e o
ponto mais baixo. Compare com suas medidas
experimentais. Copie e cole o seu gráfico com o cursor na
posição desejada.

Copie e cole aqui


d1. Energia Mecânica total (utilize o princípio de conservação
de energia mecânica)

Em= EK + EU
Em = 0,034 + 0
Em = 0,034J

d2. Energia potencial gravitacional, Ug


Escolha uma posição angular para o seu cálculo:
d3. = 15°

Calcule a altura, h: h=L-L.cosθ


L= 0,89cm
h=0,89-0,89.cos15°
h= 0,21m

Calcule a energia potencial gravitacional, Ug:


Ug=mgh
 Ug= 0,12929 . 9,81 . 0,21

Ug= 0,267J

Utilizando o princípio de conservação de energia mecânica calcule a


energia cinética no ponto intermediário, K

Emi = emf
0,034 = ugh + kf
0,034 = 0,0175 + kf
Kf=0,0165J
d4. Comparação entre os valores teóricos e as medidas
experimentais no ponto intermediário da trajetória. Se algum valor
for nulo não é necessário calcular erro percentual.

K (J) Ug (J) EM (J)

Calculadas 0,0165 0,0175 0,034

Medidas a 0,016 0,017 0,033


partir do
gráfico

(%) 3,03% 2,86% 2,94%

Atividade 4 – Análise dos resultados.


O que você pode concluir a partir do seu experimento? Os erros
percentuais encontrados estão razoáveis? Você conseguiu verificar
a conservação da energia mecânica? O que você pode concluir
sobre a transformação de energia?

Os erros percentuais estão dentro de uma faixa razoável (todos


abaixo de 6%) permitindo verificar que sim há uma conservação
da energia mecânica, com a energia potencial se tornando
energia cinética durante o movimento de descida do pendulo e o
oposto em sua ascensão.

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