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Rotação
Belém/Pa
2023
Capitulo 10
equações podem ser usadas tanto para um corpo rígido como um todo, mas também
para todas as suas partículas, uma vez que as distâncias relativas são mantidas fixas. As
unidades de velocidade angular mas usadas são o radianos por segundo(rad/s) e revolução por
segundo(rev/s). Analogamente a velocidade angular de um corpo rígido em rotação pode ser
positiva(anti-horário) ou negativa(horário). O módulo da velocidade angular é chamado de
velocidade angular escalar, e também representada por ω.
10.2.4. Aceleração Angular
Se a velocidade angular de um corpo em rotação não é constante então ele possui uma
aceleração angular, a aceleração angular média é dada por; 𝔞𝑚é𝑑 =
𝜔2−𝜔1 ∆𝜔 ∆𝜔 𝑑𝜔
= . Quando ∆t tende a zero a equação é; 𝔞= lim = .
𝑡2−𝑡1 ∆𝑡 ∆𝑡→0 𝑑𝑡
∆𝑡
10.8. Torque
Torque é uma ação de girar ou torcer um corpo em torno de um eixo de rotação,
produzindo uma força 𝐹⃗ . Se a foça 𝐹⃗ é exercida em um ponto dado pelo vetor 𝑟⃗ em relação
ao eixo, o módulo desse torque é. 𝜏 = (𝑟)(𝐹 sin ∅). Duas formas equivalentes de calcular o
torque são, 𝜏 = (𝑟)(𝐹 sin ∅) = 𝑟𝐹1 e 𝜏 = (𝐹 sin ∅)(𝐹) = 𝑟⊥𝐹. Onde 𝑟⊥ é a distância
perpendicular ao entre o eixo de rotação que passa por O e uma reta que
coincide com a direção do vetor 𝐹⃗ . Essa linha é chamada de linha de ação de ⃗𝐹⃗⃗⃗ , e 𝑟⊥ é o
braço de alavanca de 𝐹⃗ .
10.9. A Segunda Lei de Newton para Rotações
A segunda lei de Newton para rotações é 𝜏𝑟𝑒𝑠=𝐼𝛼. Onde 𝜏𝑟𝑒𝑠 é o torque resultante que
age sobre a partícula ou corpo rígido e I é o momento de inércia da partícula ou do corpo em
torno do eixo de rotação e α é aceleração angular em torno do eixo.
Demonstração da Equação 𝝉𝒓𝒆𝒔 = 𝑰𝜶
Uma força 𝐹⃗ age sobre a partícula. Porém a partícula só pode se mover em uma trajetória
circular, apenas a componente tangencial 𝐹1 dá força vai poder acelerar a partícula ao longo da
trajetória. Relacionaremos 𝐹1 à aceleração tangencial 𝑎1 da partícula no trajeto através da segunda lei
de Newton. 𝐹1=𝑚𝑎1
Que de acordo com a equação 𝜏 = (𝑟)(𝐹 sin ∅) = 𝑟𝐹1 torque que age sobre a
partícula é dado por 𝜏 = 𝐹1𝑟 = 𝑚𝑎1𝑟.
De acordo com a equação (𝑎𝑡 = 𝑎𝑟), te o mos; 𝜏 = 𝑚(𝛼𝑟)𝑟 = (𝑚𝑟2)𝛼.
Aa grandeza entre parêntese do lado direito é o momento de inércia da partícula em
torno do eixo de rotação. Assim a equação a cima sem reduz a τ=Ια
Na situação em que várias forças agem sobre a partícula, podemos generalizar a
equação a cima escrevendo como 𝜏𝑟𝑒𝑠 = 𝐼𝛼.
10.10. Trabalho e Energia cinética de Rotação
Como foi visto anteriormente no capítulo 7, quando uma força F acelerar um corpo
rígido de massa m ao longo de um eixo de coordenadas a força realiza um
trabalho W sobre o corpo. Isso significa que a energia cinética do corpo (1m.𝑣2 ) pode
2
mudar. suponho que esta seja a única energia do corpo que varia. Nesse caso, podemos
relacionar a variação de energia 𝛥𝑘 da energia cinética ao trabalho W através do teorema do
trabalho e energia cinética.
𝛥𝑘 = 𝑘 1
−𝑘 =1 2
=𝑤 2
𝑓 𝑖
. 𝑚. 𝑣𝑓 − 𝑚𝑣𝑖
2 2
Para um movimento restrito a um eixo x, podemos calcular o trabalho usando a
equação
𝑤 = ∫ 𝑥𝑓
𝑓. 𝑑𝑥
𝑥𝑖
Esta equação se reduz a W = Fd quando F é constante e o deslocamento do corpo é d.
A taxa com qual o trabalho é realizado é a potência.
Vamos considerar uma situação análoga para rotações. Quando um torque acelera
um corpo rígido em torno de um eixo fixo, o torque realiza um trabalho W sobre
o corpo. Isso significa que a energia cinética rotacional do corpo (𝑘 = 𝐼𝜔 ) pode
1 2
2
mudar. suponha que esta seja a única energia do corpo que varia. Nesse caso, ainda podemos
relacionar a variação 𝛥𝑘 da energia cinética ao trabalho W.
Podemos também calcular o trabalho executando em uma rotação usando uma equação
análoga
𝜃𝑓
𝑤 = ∫𝜃𝑖 𝜏𝑑𝜃
𝑝 = 𝑑𝑤
= 𝜏𝜔
𝑑𝑡
Vamos agora relacionar o trabalho W realizado sobre o corpo ao torque exercido
sobre o corpo pela força F. Quando a partícula se desloca de uma distância dá ao longo da
trajetória circular, apenas a componente tangencial 𝑓1da força acelera a partícula ao longo da
trajetória.
𝒅𝒔
𝑺 = 𝛉. 𝐑 𝒗𝒄𝒎 =
𝒅𝒕
𝑺 = 𝛉. 𝐑 → 𝒅𝒔
𝒅𝒕
= 𝑹
𝒅𝛉 = 𝑹𝝎
𝒅𝒕
torno do eixo em P, que pode ser determinada através do teorema dos eixos paralelos: Ip =
Icm + MR²
1
𝐾 = (Icm + MR²). 𝜔² = 1Icm. 𝜔² + 1MR². 𝜔²
2 2 2
Onde:
1
Icm. 𝜔² → Movimento rotacional com 𝜔 em torno de O;
2
1
MR². 𝜔² → Movimento translacional com 𝑣𝑐𝑚 em todos os pontos.
2
1
𝐾 = (Icm + MR²). 𝜔² = 1Icm. 𝜔² + 1M 𝑉²𝑐𝑚
2 2 2
11.4. As Forças do Rolamento
𝒗𝒄𝒎 = 𝝎𝑹
𝒂𝒄𝒎 = 𝒅𝒗𝒄𝒎 𝒅𝝎
= 𝑹 = 𝑹𝜶
𝒅𝒕 𝒅𝒕
𝒂𝒄𝒎 = 𝑹𝜶
Um corpo uniforme e redondo de massa M e raio R rola sobre um plano inclinado com
ângulo 𝜃. A acm ao longo de x é calculada pela 2ª Lei de Newton para os movimentos
rotacional e translacional.
Translação:
ƒ𝒔 − 𝑴𝒈𝒔𝒊𝒏𝜽 = 𝑴𝒂𝒄𝒎
Rotação:
𝒂𝒄𝒎
𝝉 = 𝑹ƒ𝒔 = 𝑰𝒄𝒎𝜶 ∴ 𝑹ƒ𝒔 = −𝑰𝒄𝒎
𝑹
𝒂𝒄𝒎
ƒ𝒔 = −𝑰𝒄𝒎 ∴
𝑹²
−𝑰𝒄𝒎 𝒂𝒄𝒎
− 𝑴𝒈𝒔𝒊𝒏𝜽 = 𝑴𝒂𝒄𝒎
𝑹²
𝒂𝒄𝒎 = − 𝒈𝒔𝒊𝒏𝜽
𝑰𝒄𝒎
𝟏+
𝑴𝑹²
11.5 O Ioiô
𝐌𝐠 − 𝑻 = 𝑴𝒂𝒄𝒎
𝒂𝒄𝒎
𝝉 = 𝑹𝐨𝐓 = 𝑰𝒄𝒎𝜶 = 𝑰𝒄𝒎
𝑹𝒐
𝒂𝒄𝒎 𝒂𝒄𝒎
𝐓 = 𝑰𝒄𝒎 → 𝐌𝐠 − 𝑰𝒄𝒎 = 𝑴𝒂𝒄𝒎
𝑹𝒐² 𝑹𝒐𝟐
𝒂𝒄𝒎 = 𝒈
𝑰𝒄𝒎
𝟏+
𝑴𝑹𝒐²
Onde,
𝑟 = vetor posição da partícula em relação à 0
Quando a partícula se move em relação a 0 na direção
do momento linear 𝑝 = (𝑚𝑣), o vetor posição 𝑟 gira em torno de 0. Não é necessário que a
partícula esteja girando em torno de 0 para haver um momento angular.
A relação entre momento linear e angular é a mesma entre torque e força. Para
determinar a orientação do momento angular 𝑙:
-O vetor 𝑝 é deslocado até que a sua origem coincida com o ponto 0. (Figura (a))
Momento angular da partícula.
- Usando a regra da mão direita o vetor 𝑙 está no sentido do eixo positivo de Z, e esse
sentido corresponde a uma rotação do vetor posição 𝑟 no sentido anti-horário em torno do
eixo Z.
Para determinar o módulo de 𝑙 usaremos:
𝒍 = 𝐫 . 𝐦 . 𝒗. 𝐬𝐢𝐧 ∅
Onde,
ɸ = menor ângulo entre 𝑟 e 𝑝 quando as origens dos vetores coincidem, de acordo
com a Fig.(a), podemos escrever:
𝒍 = 𝒓. 𝐩 ⊥= 𝐫. 𝐦 . 𝒗 ⊥
Onde,
𝑝⊥ e 𝑣⊥= os dois vetores são perpendiculares a 𝑟. De acordo com a figura (b) a
Equação pode ser escrita:
𝒍 = 𝒓 ⊥. 𝐩 = 𝐫 ⊥. 𝐦 . 𝒗
Onde,
𝑟⊥ = distância perpendicular entre 𝑂 e a extensão de 𝑝.
𝑳 = 𝒍𝟏 + 𝒍𝟐 + 𝒍𝟑 + ⋯ + 𝐥𝐧 = ∑ 𝒍𝒊
𝒊=𝒍
Os momentos angulares podem variar de acordo com o tempo devido às forças
externas ou interação entre as partículas. Para determinar essa variação, deriva-se a Equação
de L em relação ao tempo, temos:
𝒏
𝐝𝑳 𝐝𝒍𝒊
= ∑
𝐝𝐭 𝐝𝐭
𝒊=𝒍
Com essa equação chegamos à conclusão que a variação de 𝐿 é igual ao somatório dos
torques, sendo que o único a ser considerado é o torque produzido por uma força externa ao
sistema, mas por quê?
Existem dois tipos de torques, os internos (produzido por forças associadas a outras
partículas do sistema) e os externos (produzidos por forças associadas a corpos externos ao
sistema). As forças exercidas pelas partículas do sistema aparecem em pares de forças da
terceira lei e esse somatório será nulo, portanto são os torques produzidos por forças externas
que farão o sistema variar.
A 2ª Lei de Newton para rotações será:
𝐝𝑳
𝝉𝒓𝒆𝒔 =
𝐝𝐭
- O torque externo resultante 𝝉𝒓𝒆𝒔 que age sobre um sistema de partículas é igual a
taxa de variação com o tempo do momento angular total L do sistema.
11.10 Momento Angular de um corpo Rígido Girando em Torno de um Eixo Fixo:
Considerando um sistema 𝑥𝑦𝑧, o eixo fixo de rotação será o eixo 𝑧, o corpo gira em
torno dele com uma velocidade angular ω. Então o
momento angular pode ser calculado somando todas as componentes
𝑧 dos momentos angulares de todos os elementos da massa do corpo.
Na figura (a) podemos ver um corpo de massa Δ𝑚𝑖 girando
em torno do eixo 𝑧 em uma trajetória circular. O vetor posição 𝑟𝑖 é a
posição do elemento de massa em relação á origem 𝑂, e a distância
perpendicular entre o elemento e o eixo
𝑧 é o raio 𝑟 da trajetória do elemento de massa.
O módulo do momento angular 𝑙𝑖 do elemento de massa pode
ser dado usando a equação 𝒍 = 𝒓𝒎𝒗𝒔𝒆𝒏(𝝓), assim temos:
𝒍𝒊 = (𝒓𝒊). (𝒑𝒊)𝒔𝒆𝒏(𝟗𝟎) = (𝒓𝒊). (𝚫𝐦𝐢)
Onde,
𝑝𝑖 e 𝑣𝑖 = momento linear e velocidade linear
Na figura (b) podemos ver que aparece o momento angular 𝑙𝑖 na direção paralela
ao eixo de rotação e perpendicular a 𝑝𝑖 e 𝑣𝑖. A componente 𝑙𝑖 paralela ao eixo
𝑧, é dada por:
𝒍𝒊𝒛 = 𝒍𝒊. 𝒔𝒊𝒏 𝜽 = (𝒓𝒊. 𝒔𝒊𝒏 𝜽). (𝜟𝒎𝒊. 𝒗𝒊) = 𝒓 ⊥ 𝒊. 𝜟𝒎𝒊. 𝒗𝒊
Onde,
∑ 𝜟𝒎𝒊. 𝒓 ⊥ 𝒊𝟐= momento de inércia 𝐼 do corpo em relação ao eixo fixo Assim,
𝑳 = 𝒍. 𝝎
O índice 𝑧 foi omitido, mas deve-se atentar que esse momento angular é em torno do
eixo de rotação e o momento de inércia 𝐼 é em relação ao mesmo eixo.
𝐋 = 𝐂𝐎𝐍𝐒𝐓𝐀𝐍𝐓𝐄
Como as equações são vetoriais, são equivalentes nas três componentes/direções que é
correspondente a conservação do momento angular nas mesmas. O momento angular pode ser
conservado em apenas uma ou duas direções devido às forças externas que agem sobre o
sistema.
Considerando um corpo girando em torno do eixo 𝑧, se em um determinado instante a
massa é redistribuída de modo que o momento de inércia em relação ao eixo 𝑧 mude de valor,
o momento angular não pode mudar. Assim, temos:
𝒍𝒊. 𝝎𝒊 = 𝒍𝒇. 𝝎𝒇
Onde,
𝐼 e ω são os valores de momento de inércia e velocidade antes e depois da redistribuição de massa.
𝑳 = 𝒍. 𝝎 (𝟑)
Onde,
𝐼 = momento de inércia do giroscópio em torno de eixo ω =
velocidade angular da roda
Segundo a figura (b), 𝐿 é paralelo a 𝑟, portanto, 𝜏 é perpendicular a 𝐿
Para calcular a velocidade de precessão (Ω), usando a equação (1) isolando 𝑑𝐿 –
e (2):
𝒅𝑳 = 𝝉 𝒅𝒕 = 𝑴𝒈𝒓 𝒅𝒕 (𝟒)
𝑴𝒈𝒓
Ω=
𝒍𝝎