Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
! O movimento de rotação está em todo o lado, das moléculas às galáxias. A terra roda em
torno do seu eixo. Rodas, engrenagens, um DVD no seu leitor, tudo roda.
! Nesta secção vamos começar por considerar a rotação de corpos rígidos em torno de um eixo
fixo relativamente a um referencial inercial.
2
Cinemática do Movimento de Rotação
! Todos os ponto de um corpo rígido que roda em torno de um eixo fixo descrevem
trajetórias circulares, centradas no eixo de rotação
Os valores de ri e dsi variam de ponto para ponto, mas a relação entre elas, o
deslocamento angular d!, é igual para todos os pontos do corpo rígido.
d"
!=
dt
d" d 2#
!= =
dt dt 2
4
A Natureza Vetorial da Rotação
! A velocidade angular e a aceleração angular foram anteriormente apresentadas
como grandezas escalares.
! O vetor velocidade linear pode ser relacionada com o vetor velocidade angular
pela seguinte equação (atenção que o produto vetorial não é comutativo):
! ! !
v=! "r
! ! ! ! ! !
at = ! " r e an = # " v
6
Energia Cinética de Rotação e Momento de Inércia
! A energia cinética de rotação de um sistema rígido que gira em torno de um
eixo fixo é a soma da energia cinética das partículas que o constituem:
K rot = ! K i = !
i i
( 1m
2 i ) ( ) ( )
vi2 = 12 " ! mi ri2# 2 = 12 " ! mi ri2 " # 2
i i
I = ! mi ri2
i
K rot = 12 ! I ! " 2
Ktranslação = 12 ! m ! v 2
I = ! mi ri2
i
Exercício:
Calcular o momento de inércia
de um sistema constituído por
quatro corpos iguais de pequena
dimensão, ligados entre si por
barras com massa desprezável,
formando um rectângulo com
lados 2a e 2b, nos dois casos
representados na figura.
R: 4ma2 ; 8ma2
8
Cálculo do Momento de Inércia
! Para calcular o momento de inércia de um corpo contínuo, pode-se considerar
o corpo constituído por uma infinidade de elementos infinitesimais de massa, o
que equivale a transformar o somatório da equação anterior num integral:
Exercício:
! Se a espessura do aro for muito menor que o seu raio, toda a massa estará
posicionada a uma distância do eixo igual ao raio do aro, R, obtendo-se:
10
Cálculo do Momento de Inércia
! Calcular o momento de inércia de um disco homogéneo relativamente a um eixo
perpendicular ao disco, passando pelo seu centro.
! Neste caso espera-se que o momento de inércia seja menor que o de um aro com
o mesmo raio e a mesma massa. Porquê?
dM M M
A = ! R2 "= = dm = " dA = " # 2 ! r dr = # 2 ! r # dr
dA A A
R R
2 $ M R4 $M 1
I = " r 2 ! dm = " r 2 ! # ! 2 $ r ! dr = 2 $ # ! " r 3 dr = ! = ! R4 = ! M ! R2
0 0
A 4 2$ R 2 2
11
2
I= " 12 ! R ! dm = 12 ! R 2 ! " dm = 12 ! M ! R 2
12
Cálculo do Momento de Inércia
Momentos de inércia de corpos homogéneos com formas variadas
13
I = ICM + M ! h 2
14
Teorema dos Eixos Paralelos
! Para demonstrar o teorema dos eixos paralelos consideremos um sistema de
referência com origem no centro de massa, com o eixo OZ paralelo aos dois eixos
relativamente aos quais se pretende calcular o momento de inércia.
Por definição de centro de massa:
15
( )
ICM = " R 2 ! dm = " x 2 + y 2 ! dm
16
Teorema dos Eixos Paralelos
! Usar o teorema dos eixos paralelos para calcular o momento de inércia de uma
barra fina relativamente ao eixo representado, que passa pelo centro de massa.
O cálculo foi efectuado anteriormente para o eixo paralelo que passa pela
extremidade da barra, tendo-se obtido I = (1/3)·M·L2.
I = ICM + M ! h 2 " 1
3
ML2 = ICM + M ( 12 L)2 = ICM + 14 ML2
1 ML2
ICM = 12
17
! No caso geral em que o corpo rígido roda em torno de um eixo que passa pelo
seu centro de massa, tendo ao mesmo tempo um movimento de translação em
relação ao observador, a energia cinética total do corpo rígido pode ser
expressa pela soma de dois termos:
18
Exercício: Energia Cinética de Rotação
! Considerar que se larga a manivela quando o sistema se encontra em repouso.
Desprezando a massa da corda determinar a velocidade do balde após este
descer uma distância d, inferior ao comprimento L da corda.
A energia mecânica do sistema roldana+cabo+balde+Terra conserva-se, logo:
1 m v2 1 I !2 1 m v2 1 # m R2 v2
2 b b
+ 2 R R
+ mb ghb = 0 " 2 b
+ 2 R # 2 + mb g #($d) = 0
R
2mb gd
v=
mb + mR
19
1 (m
2 b + mR + mc ) v 2 + mb g #($d) + (d/L)mc # g #($d/2) = 0
v=
[ 2mb + (d/L)! mc ] gd
mb + mR + mc
20
Momento de uma Força
! Qual o efeito de uma força sobre o movimento de rotação de um corpo?
O efeito de rotação será nulo se as linhas de ação das forças forem coincidentes.
21
î ĵ k̂
! ! !
! =r "F = x y ( ) ( )
z = yFz # zFy î + ( zFx # xFz ) ĵ + xFy # yFx k̂
Fx Fy Fz
22
Momento de uma Força
! O momento de uma força é uma grandeza vetorial, com módulo:
! ! !
! = ! = r " F sen # = r F sen #
! !
sendo ! o ângulo entre os vetores r e F . A direção do momento é perpendicular
! !
ao plano definido por r e F , sendo o seu sentido dado pela regra da mão direita.
Definindo o braço da força b como a distância da linha de ação da força ao ponto
em relação ao qual se calcula o momento, obtemos para o módulo do momento:
!
! = ! = bF sendo b = r sen "
!
ou porque apenas a componente da força perpendicular a r produz momento:
!
! = ! = r Ft sendo Ft = F sen "
23
24
Equilíbrio Estático de Corpos Rígidos
! Se um corpo rígido está em repouso e permanece em repouso, diz-se que está
em equilíbrio estático. Para que um corpo rígido esteja em equilíbrio estático
devem anular-se simultaneamente a resultante e o momento resultante de
todas as forças externas aplicadas ao corpo. E as forças internas?
# F
%! ext,x
! =0 #! " ext,x = 0
#% ! F = 0 % %%
$ !
ext
' $! F ext,y = 0 + $! " ext,y = 0
&% ! ext = 0
" % %
%&! F ext,z = 0 %&! " ext,z = 0
! Para haver equilíbrio de rotação o corpo não pode rodar em torno de nenhum
ponto do espaço. Isso significa que o momento resultante das forças externas
aplicadas ao corpo deve ser nulo relativamente a qualquer ponto do espaço.
25
No caso das forças estarem todas contidas no plano XY, por exemplo, as três
equações de equilíbrio serão as seguintes, sendo:
#! F =0
ext,x
%%
$! F ext,y = 0
%
%&! " ext,z = 0
26
Equilíbrio Estático de Corpos Rígidos
Na resolução de problemas que envolvam o equilíbrio de rotação:
! O diagrama de corpo livre deve representar o corpo com a sua forma e as suas
dimensões, e não apenas como um ponto.
! Deve ser indicado o sentido positivo escolhido para as forças (para a translação)
e também para o momento das forças (para a rotação).
! Deve ser indicado o ponto relativamente ao qual se vão calcular os momentos das
forças aplicadas no corpo.
27
28
Equilíbrio Estático de Corpos Rígidos
! %&$+5,&)$./
!"#$%&$'()$*+,-)$./01$2!3$2"3$2#3$4!3$4"3$4#
29
#%! Fy = 0 #%! FL + FR ( mg ( Mg = 0
$ ' $
%&! " z = 0 %&! mgd sen90° ( Mg [(L ( 2d ) 2 ] sen90° + FR (L ( 2d ) sen90° = 0
M (L ! 2d ) 2 ! md
FL = (m + M ) g ! FR = 722,75 " 723 N , FR = g = 61,25 " 61 N
L ! 2d
30
Equilíbrio Estático de Corpos Rígidos
! Uma placa com massa M = 20 kg está pendurada numa barra com massa m = 4 kg,
que se encontra ligada à parede por uma articulação tipo pino e por um cabo.
Determinar a tensão no cabo e as forças exercida pela parede na barra.
! #Fx (T cos ) = 0
#%! Fext = 0 %
$ ! ' $Fy ( mg ( Mg +T sen) = 0
&%! " ext = 0 %
&( (L 2 ) mg sen90° ( LMg sen90° + LT sen) = 0
T =
(L 2 ) m + LM g " 482 N , Fx = T cos ! " 431 N , Fy = mg + Mg #T sen! = 19,6 N
L sen!
31
Np
Ns ! y
Fa P x
O
32
Segunda Lei de Newton para a Rotação
! Vamos estudar o caso particular de um corpo rígido que apresente apenas
movimento de rotação em torno de um eixo fixo num referencial inercial.
Na situação mais geral o momento resultante das forças aplicadas ao corpo não
é paralelo ao eixo de rotação em torno do qual o corpo pode rodar livremente.
! Vamos admitir que o eixo de rotação se mantém fixo. O corpo pode estar ligado a
um eixo que se mantém numa posição fixa por intermédio de alguma ligação que,
existindo uma componente do momento perpendicular ao eixo, automaticamente
aplicará um momento oposto que anule aquela componente.
33
Se for válida a forma “forte” da terceira lei de Newton, ou seja, se a linha de ação
das forças de ação-reação entre duas partículas coincidir com a linha que une as
partículas em questão, teremos para o par ação-reação entre as partículas i e j:
! ! ! ! ! ! !
( ) ( )
! ! ! ! ! ! ! ! ! !
! ij + ! ji = ri " Fji + rj " Fij = ri " Fji + rj " # Fji = ri # rj " Fji = rij " Fji = 0 porque rij " Fji
! ! ! ! !
! total = # ri " Fext,i = # ! ext,i = ! ext
O momento resultante sobre um corpo rígido é igual à soma dos momentos das
forças externas, se for válida a forma “forte” da terceira lei de Newton.
35
! ! !
! ext,z = " ! ext,z,i = I#
!
onde ! ext,z é o momento resultante das forças externas aplicadas ao corpo, que no
caso de o eixo de rotação ser fixo é paralelo ao eixo de rotação. Esta equação é a
segunda lei de Newton para a rotação em torno de um eixo fixo.
36
Trabalho e Potência no Movimento de Rotação
! Quando se modifica o estado de rotação de um corpo, aumentando a sua energia
cinética, realiza-se trabalho.
! Considere-se uma força aplicada num corpo em rotação em torno de um eixo fixo.
Enquanto o corpo gira um ângulo infinitesimal d! o ponto de aplicação da força
desloca-se ds = r·d! e a força realiza o trabalho:
! "! "
dW = F i ds = Ft ds = Ft r d! = " z d!
"2
W = # ! z d" ou, se o momento for constante W = ! z "#
"1
dW d" ! !
P= = !z = ! z # = ! $#
dt dt
37
! Deve ser indicado o sentido positivo escolhido para as forças (para a translação)
e também para o momento das forças (para a rotação).
39
! Deste modo, não faz qualquer sentido falar destas duas grandezas sem indicar
o eixo e o ponto considerados.
40
Aplicação da Segunda Lei de Newton para a Rotação
! Considere-se o sistema representado no qual a roldana tem momento de inércia
não desprezável. Se os corpos se moverem com aceleração a e se não houver
escorregamento entre a corda e a roldana, a roldana terá aceleração angular #.
v = Rw
! Partindo da relação anterior podemos também obter a relação entre a aceleração
linear dos corpos e a aceleração angular da roldana:
at = R!
41
Neste caso as tensões T1 e T2 que atuam nos dois lados da roldana têm de ter
intensidades diferentes, uma vez que estão aplicadas à mesma distância do eixo
de rotação, para que a corda exerça um momento total não nulo sobre a roldana.
42
Aplicação da Segunda Lei de Newton para a Rotação
! Estamos agora em condições de determinar as tensões na corda e a aceleração
dos corpos, em função da massa dos corpos, do momento de inércia da roldana e
do raio da roldana. Considerando que não há escorregamento entre a corda e a
roldana, que a roldana roda sem atrito em torno do seu eixo e que o corpo de
massa m1 escorrega sem atrito, obtemos:
m2 m1 m2 (m1 + I /R 2 ) m2
a= g ; T1 = g ; T2 = g
m1 + m2 + (I /R 2 ) m1 + m2 + (I /R 2 ) m1 + m2 + (I /R 2 )
43
rF 0,070 $ 18
! res = I" # r F = MR 2" # "= 2
= % 4, 29 rad/s2 = constante
MR 2, 4 $ 0,35 2
rF
& = &o +" t = " t = t % 21,4 rad/s
MR 2
44
Aplicação da Segunda Lei de Newton para a Rotação
! Determinar a tensão na corda e a aceleração do corpo, em função do momento
de inércia I , do raio R da roldana e da massa m do corpo. Desprezar o atrito no
eixo da roldana e considerar que a corda não escorrega sobre a roldana.
#%! res = I" #RT = I ( at /R
$ ' $
&%Fres = may &mg ) T = mat
1
T= mg
1 + (mR 2 /I)
1
at = g
1 + (I /mR 2 )
45
Qualquer movimento de um corpo rígido pode ser sempre representado por uma
combinação de um movimento de translação do centro de massa e de um
movimento de rotação em torno de um eixo que passe pelo centro de massa.
Isto é verdade mesmo quando o centro de massa está acelerado, caso em que
não estará em repouso relativamente a nenhum referencial inercial.
46
Rotação em Torno de um Eixo em Movimento
! Para resolver problemas envolvendo energia mecânica de corpos com movimento
de translação e de rotação temos de considerar a energia cinética de rotação:
! Vimos que a energia cinética de um sistema de partículas pode ser descrita como
a soma da energia cinética associada ao centro de massa, com a energia cinética
do movimento relativo ao centro de massa. Deste modo a energia cinética total de
um corpo com movimento de translação e de rotação será:
2
K = Ktranslação + K rotação = 12 Mvcm + 12 Icm! 2
U gravítica = m g hcm
47
Esta última equação é válida mesmo quando o eixo considerado não se encontra
em repouso relativamente a nenhum sistema inercial, desde que o eixo de rotação
que passa pelo centro de massa verifique as seguintes condições:
1. O eixo deve ser um eixo principal de inércia.
2. O eixo não deve mudar de direção.
48
Rolamento Sem Escorregamento
! O rolamento de objetos é bastante comum: o movimento das rodas de um
automóvel ou de uma bicicleta, o rolamento de uma bola no chão, etc.
Se em vez de um cilindro tivermos uma roda dentada com poucos dentes, a ponta
do dente em contacto com o solo tem velocidade nula enquanto a roda gira.
Um cilindro pode ser entendido como uma roda dentada com um número infinito
de dentes, aplicando-se a mesma argumentação.
50
Rolamento Sem Escorregamento
! Quando um corpo rola sem escorregar ao longo de uma linha recta, o ponto do
corpo inicialmente em contacto com o solo descreve um arco s, enquanto o corpo
roda um ângulo !, que se relacionam pela condição de não escorregamento:
s = R!
A velocidade linear instantânea de qualquer ponto do corpo pode ser obtida
considerando uma rotação em torno do eixo instantâneo de rotação, movendo-se
o ponto P da figura com velocidade linear instantânea de módulo.
v = r!
No caso do centro de massa, que permanece à distância R do ponto de contacto:
vcm = R ! " acm = R #
51
52
Rolamento Sem Escorregamento
! A velocidade angular " com que o corpo roda em torno do eixo instantâneo de
rotação é a mesma com que o corpo roda em torno do centro de massa.
Isso significa que a sua energia cinética total será dada por:
K = 12 I1! 2
53
Força de atrito estático no caso de uma roda movida (não motora) que
acelera rolando sem escorregar. A força de atrito produz um momento
relativamente ao centro de massa que obriga o corpo a rodar.
54
Rolamento Sem Escorregamento
! Quando se joga bilhar, a que altura se deve bater com o taco na bola para que ela
não deslize? Se o taco bater à altura do centro vai haver escorregamento?
55
" F = m acm
$ F xF xF
# x F = Icm! & =R =R
$a = R ! m Icm 2
5
mR 2
% cm
Icm 2
x= = R
mR 5
56
Rolamento Sem Escorregamento
! Uma bola com raio de 11 cm e massa de 7,2 kg rola sem escorregar sobre uma
superfície horizontal, com velocidade de 2 m/s. Qual a altura máxima h atingida
pela bola no plano inclinado? O resultado depende da inclinação do plano?
2
Mgh + 0 + 0 = 0 + 12 Mvi2 + 12 Icm! i2 " Mgh = 12 Mvi2 + 12 ( 2
5
MR 2 ) Rv
i
2
7vi2
h= ! 28,6 cm
10g
57
# I &
Mghi + 0 + 0 = 0 + 12 Mv 2 + 12 Icm! 2 " Mghi = 12 % M + cm2 ( vi2
$ R '
59
Momento Angular
! Vimos anteriormente que o momento linear é uma grandeza muito útil para o
estudo do movimento de translação de uma partícula, de um sistema de
partículas ou de um corpo rígido.
Neste caso iremos usar o momento angular para obter uma expressão mais
geral da segunda lei de Newton para a rotação.
60
Momento Angular de uma Partícula
! Tal como o momento de uma força, o momento angular de uma partícula é
definido relativamente a um ponto do espaço:
! ! ! ! !
L = r ! p = r ! (mv)
61
! ! ! ! !
dL d ! ! dr ! ! dp ! ! ! dp ! dp ! !
= ( r ! p) = ! p+r ! = v ! mv + r ! =r! =r !F
dt dt dt dt dt dt
!
dL !
=!
dt
62
Momento Angular de um Corpo Rígido
! Em geral o momento angular total de um corpo rígido pode não ser paralelo ao
eixo de rotação, dado que os momentos angulares das diferentes partes do corpo,
podem não ser paralelos ao eixo de rotação, como acontece na figura da direita.
63
64
Momento Angular de um Corpo Rígido
! A componente segundo o eixo de rotação do momento angular total do corpo
rígido será então:
( ) ( )
Lz = ! Li,z = ! mi Ri2 " = ! mi Ri2 " # Lz = I !
65
! Pode demonstrar-se que qualquer corpo, independente da sua forma, tem pelo
menos três eixos principais de inércia mutuamente perpendiculares.
! Qualquer eixo de simetria é um eixo principal de inércia, mas nem todos os eixos
principais de inércia são eixos de simetria.
! Numa esfera, qualquer eixo que passe pelo seu centro é um eixo principal.
66
Momento Angular de um Corpo Rígido
! Derivando em ordem ao tempo a expressão do momento angular de um sistema
de partículas, obtém-se:
! ! !
dLsis d d ! # dri dvi & ! !
dt
=
dt
(
" r
!
i ! m
!
v
i i = )
" dt
( ri ! m
!
v
i i ) = " %
$ dt
! m
! !
v
i i + ri ! mi
dt '( = " ( ri ! Fi )
68
Dinâmica do Corpo Rígido
! Estudámos anteriormente a rotação de um corpo rígido em torno de um eixo fixo.
Na solução de problemas dinâmicos, teremos no caso mais geral:
!
! ! dPCM
Fext = ! Fext,i =
dt !
! ! ! dL
" ext = ! ri # Fext,i =
dt
! Este ponto tem de ser o centro de massa, ou então não pode estar acelerado.
69
!
! dLsis !
! ext = 0 " = 0 " Lsis = constante
dt
! o momento angular (se o momento resultante das forças externas for nulo)
70
Conservação do Momento Angular
! Porque razão uma patinadora no gelo acelera tanto a sua rotação quando
encolhe os braços? A explicação está na conservação do momento angular:
! !
! res,ext = 0 " Lsis = constante " I o # o = I f # f
71
I1
L f = Li ! ( I1 + I 2 )" f = I1 " i ! "f = "
I1 + I 2 i
( I ! )2 L2 L2 L2 Kf I1
K = 12 I ! 2 = = " K i == e K f == " = <1
2I 2I 2 I1 2(I1 + I 2 ) K i I1 + I 2
72
Conservação do Momento Angular
! A plataforma tem 3 m de diâmetro e momento de inércia de 130 kg·m2. Cada um
dos rapazes tem 60 kg de massa. Inicialmente todos os rapazes se encontram no
bordo da plataforma enquanto esta roda a 20 rpm.
O momento angular total é conservado e para rotações em torno de um eixo fixo L = I ! , logo
L f = Li ! ( mR 2
) ( )
+ 4mr 2 + I plat " f = 5mR 2 + I plat " i # an = R" 2f $ 5,3g
73
O Giroscópio
! O giroscópio é um exemplo típico de um sistema no qual, sob a ação do momento
de uma força externa, a direção do eixo de rotação varia no tempo:
!
! dL ! ! ! ! ! ! !
! res = , ou dL = ! res dt , com ! res = rcm " Mg e L = I s# s
dt
onde Is e $s são o momento de inércia e a velocidade angular do volante, em
relação ao seu eixo de rotação.
74
O Giroscópio
! O Telescópio Espacial Hubble é orientado pelo ajuste da rotação de volantes com
45 kg, montados em eixos independentes, girando com velocidades até 3000 rpm.
75