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AULA 6
CONTEXTUALIZANDO
Corpo rígido são objetos com tamanho e forma definidos e
imutáveis, que não sofrem deformação, podemos considerar um
corpo rígido o conjunto de partículas agrupadas de forma que a
distância entre as partes que constituem o corpo ou o sistema
não sofram mudança, ou seja, essas partículas não se alteram
para um referencial fixado no próprio corpo. Além do movimento
de rotação, o corpo rígido também pode ter combinado um
movimento de translação.
TEMA 1 - POSIÇÃO ANGULAR
O movimento de rotação do corpo rígido ocorre em torno
de um eixo fixo, entenda por eixo fixo, um eixo que permanece
em repouso em relação à algum referencial inercial e que não
muda de direção em relação a esse eixo. Por exemplo, o eixo de
um motor, o eixo da roda gigante, o eixo onde estão presas as
pás do liquidificador, etc. Analisando esse tipo de movimento,
iremos determinar algumas grandezas para descrevê-lo.
ou
Velocidade angular
∆θ = θ2 − θ1
Aceleração angular
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O módulo da velocidade linear é diretamente proporcional
ao produto de r pelo módulo da velocidade angular , logo,
quanto mais afastado do eixo de rotação o ponto P estiver, maior
será o módulo de sua velocidade linear. A direção do vetor
velocidade linear no ponto P, é tangente à sua trajetória circular
neste ponto.
A aceleração linear também pode ser representada em
função dos componentes angulares. Tanto a aceleração
tangencial atg , a qual têm direção paralela a velocidade linear
instantânea e tangente à trajetória circular, alterando a
velocidade linear da partícula, como a aceleração centrípeta arad
, com direção radial, apontando ao centro da trajetória circular,
responsável por alterar a direção da velocidade linear do ponto
P.
Derivando a equação da velocidade linear e velocidade
angular em relação ao tempo, temos:
Como e , então:
Substituindo:
Temos:
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Figura 5 – Aceleração linear do ponto P – Soma vetorial da
Temos:
5
S.I. é o quilograma vezes metro ao quadrado (kg.m2).
Conhecendo-se o momento de inércia, pode-se escrever a
energia cinética do corpo rígido como:
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No entanto, quando o corpo é uma distribuição uniforme e
contínua de matéria, como um eixo cilíndrico, a soma do produto
de cada elemento de massa pela sua coordenada r em relação
ao eixo, torna-se uma integral, ou seja, necessitamos usar o
cálculo integral para obter o momento de inércia. Para algumas
formas geométricas conhecidas o cálculo do momento de inércia,
encontra-se em tabelas.
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Figura 6 – Eixo de rotação paralelo ao eixo que passa pelo centro de
massa.
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A grandeza física que mede o quanto de torção a força
aplicada produziu no corpo é chamada torque. O torque
resultante produzido pela força determina a aceleração angular
sofrida por esse corpo.
Torque (τ)
A grandeza física que fornece a medida quantitativa de
como a ação de uma força pode provocar ou alterar o movimento
de rotação de um corpo é chamada torque, ou momento. Para
provocar o movimento de rotação em um corpo, ou para alterar
um movimento já iniciado, não só o módulo, a direção e o sentido
da força aplicada são importantes, mas também o ponto de
aplicação dessa força no corpo. Veja na figura abaixo, uma
chave de grifo amarela é utilizada para apertar um parafuso de
três maneiras diferentes. Na primeira a força é aplicada na
extremidade do cabo da chave, afastada do eixo de rotação do
parafuso, ponto O, na figura do meio à força é aplicada no
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A distância em relação ao eixo de rotação e o ponto de
aplicação da força é chamada braço da alavanca e é
representado por l. O esforço de torção depende mutuamente do
módulo da força aplicada perpendicular ao braço da alavanca e
também do valor de l. Portanto para uma força de módulo F
aplicada com linha de ação perpendicular ao braço da alavanca a
uma distância l ao ponto do eixo de rotação o torque (τ)
produzido é dado por:
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Nesse caso, o módulo do torque realizado pela força em
relação ao ponto O, deve ser calculado pela relação:
Para partícula 3:
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Essa equação é a segunda lei de Newton para o
movimento de rotação. O torque resultante sobre um corpo rígido
de vido a forças externas é igual ao momento de inércia do corpo
em relação ao eixo de rotação vezes a sua aceleração angular
em rad/s2.
Momento Angular
No decorrer desta aula relacionamos algumas grandezas
do movimento de rotação de um corpo rígido com grandezas
semelhantes encontradas no movimento de translação de uma
partícula. Neste sentido, a grandeza relacionada ao momento
linear de uma partícula, vista no movimento retilíneo, relaciona-
se com o movimento de rotação pelo momento angular, uma
grandeza vetorial representada por .
Seja uma partícula m com massa constante,
localizada em relação a um sistema de referencial inercial pelo
vetor posição , que se movimenta com velocidade e possui
momento linear dado por no plano xy. O momento
angular dessa partícula será determinado por:
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horário, sua direção será ao longo do eixo +Oz e seu módulo
será determinado por:
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Como visto, para qualquer sistema de partículas, corpos
rígidos ou não, a taxa de variação do momento angular total é
igual à soma dos torques de todas as forças que atuam sobre as
partículas, matematicamente:
SÍNTESE
Posição Angular - Para descrever a rotação de um corpo
rígido em torno de um eixo fixo, chamado eixo de rotação,
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supomos que uma reta de referência está fixa no corpo,
perpendicular ao eixo e girando com o corpo. Medimos a posição
angular θ da reta em relação a uma direção fixa.
Deslocamento Angular - Um corpo que gira em torno de
um eixo de rotação, mudando de posição angular de θ1 para θ2,
sofre um deslocamento angular em que ∆θ é positivo para
rotações no sentido anti-horário e negativo para rotações no
sentido horário.
Velocidade Angular - Se um corpo sofre um
deslocamento angular ∆θ em um intervalo de tempo ∆t,
a velocidade angular média do corpo, ωméd, é dado pela razão
entre o deslocamento angular e o intervalo de tempo.
Aceleração Angular - Se a velocidade angular de um
corpo varia de ω1 para ω2 em um intervalo de tempo Δt = t2 − t1,
a aceleração angular média αméd do corpo é dado pela razão
entre a variação da velocidade angular e o intervalo de tempo.
Equações Cinemáticas para Aceleração Angular
Constante - O movimento com aceleração angular
constante (α = constante) é um caso especial importante de
movimento de rotação.
Relações entre as Variáveis Lineares e Angulares - Um
ponto de um corpo rígido em rotação, a uma distância
perpendicular r do eixo de rotação, descreve uma circunferência
de raio r. Se o corpo gira de um ângulo θ, o ponto descreve um
arco de circunferência de comprimento s dado por:
s = r. θ
em que θ está em radianos.
A velocidade linear do ponto é tangente à circunferência; a
velocidade linear escalar v do ponto é dada por
v = r. ω
em que ω é a velocidade angular escalar do corpo em
radianos por segundo.
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Energia Cinética de Rotação e Momento de Inércia
A energia cinética K de um corpo rígido em rotação em
torno de um eixo fixo depende da velocidade de rotação e do
momento de inércia do corpo.
Teorema dos Eixos Paralelos
O teorema dos eixos paralelos relaciona o momento de
inércia I de um corpo em relação a qualquer eixo ao momento de
inércia do mesmo corpo em relação a um eixo paralelo ao
primeiro passando pelo centro de massa.
Torque
É uma ação de girar ou de torcer um corpo em torno de
um eixo de rotação, produzida por uma força.
A unidade de torque do SI é o newton-metro (N·m). O
torque é positivo, se tende a fazer um corpo inicialmente em
repouso girar no sentido anti-horário, e negativo, se tende a fazer
o corpo girar no sentido horário.
REFERÊNCIAS
YOUNG, H. D e FREEDMAN, R. A.; Sears e Zemansky;
Física I - Mecânica. São Paulo - 12ª ed.: Pearson, 2008.
RESNICK, R., HALLIDAY,D. e MERRILL, J.;
Fundamentos de Física Mecânica. São Paulo - 9ª ed. vol1:
LTC, 2012.
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