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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE ENGENHARIA DE ILHA SOLTEIRA – FEIS


DEPARTAMENTO DE FÍSICA E QUÍMICA

RELATÓRIO: MOVIMENTO RETÍLINEO UNIFORMEMENTE


ACELERADO

Docente:
Prof. Dr. Edinilton Morais Cavalcante

Discente:
Monique Caroline Silva Oliveira. RA: 201051605

Curso:
Engenharia Mecânica

Turma:
169-SP9-M

ILHA SOLTEIRA – SP

29 DE SETEMBRO DE 2020
SUMÁRIO

RESUMO ............................................................................................................2

1 OBJETIVOS.....................................................................................................3

2 INTRODUÇÃO TEÓRICA ................................................................................3

2.1 FORÇAS QUE ATUAM NO EXPERIMENTO ...............................................3

2.1.1 FORÇA PESO ...........................................................................................3

2.1.2 FORÇA NORMAL ......................................................................................3

2.1.3 FORÇA DE TRAÇÃO ................................................................................4

2.1.4 DIAGRAMA DE CORPO LIVRE DO CARRINHO .....................................4

2.1.5 DIAGRAMA DE CORPO LIVRE DO PORTA MASSAS ............................5

2.2 MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE ACELERADO ....................5

2.3 MEDIDA DIRETA DE UMA GRANDEZA .....................................................7

2.3.1 VALOR MÉDIO ..........................................................................................7

2.3.2 DESVIOS ...................................................................................................7

2.3.3 DESVIO MÉDIO ABSOLUTO ....................................................................7

2.3.4 DESVIO PADRÃO .....................................................................................7

2.3.5 ERRO PERCENTUAL ...............................................................................8


2.4 TEORIA DAS APROXIMAÇÕES ................................................................. 8

2.5 OPERAÇÕES COM DESVIOS .................................................................... 9

2.5.1 ADIÇÃO .................................................................................................... 9

2.5.2 SUBTRAÇÃO ........................................................................................... 9

2.5.3 MULTIPLICAÇÃO ..................................................................................... 9

2.5.4 DIVISÃO.................................................................................................... 9

2.6 CONFECÇÃO DE GRÁFICOS .................................................................... 9

2.7 RETAS DE MINIMOS QUADRADOS ........................................................ 10

3 PARTE EXPERIMENTAL ............................................................................. 10

3.1 MATERIAIS UTILIZADOS ......................................................................... 10

3.2 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS...................................................... 11

4. RESULTADOS............................................................................................. 12

5 DISCUSSÃO ................................................................................................. 26

APENDICE A - CÁLCULOS ............................................................................ 33

6 CONCLUSÃO ............................................................................................... 35

7 REFERÊNCIAS............................................................................................. 36
2

RESUMO

Pela analise física e laboratorial, realizou-se o experimento do movimento


retilíneo uniformemente acelerado, na qual, um corpo denominado ‘’carrinho’’ é
acelerado em um tubo de seção retangular com atrito nulo devido uma camada
de ar de 0,1 milímetros alimentada por um compressor fixado na extremidade,
desta maneira, a força peso de um corpo suspenso opostamente ao
compressor gera uma resultante que acelera o sistema. São feitas marcações
de 5,0 centímetros desde a posição do primeiro detector até a posição em que
o carrinho esta quando o corpo suspenso esta na iminência de tocar o chão,
sucessivamente, com a utilização de um cronometro Pasco de incerteza
± 0,0001 segundos, verifica-se o intervalo de tempo em que se atingiu
determinada marcação. O experimento foi realizado duas vezes com massas
divergentes para os corpos suspensos, ambas as massas, incluindo a do
carrinho, foram medidas em uma balança digital de incerteza ± 0,001 gramas.
Após o experimento, os dados foram anexados em uma tabela, calculou-se o
valor médio do tempo e o reescreveu com a precisão de duas casas após a
vírgula, como o objetivo do experimento não é o calculo utilizando desvios,
estes não foram escritos junto ao tempo. Com a tabela confeccionada, foram
plotados três gráficos para cada observação, o primeiro feito em papel
milimetrado, no qual se constatou uma curvatura, característica de uma função
potencia, como o papel dilogaritmo lineariza funções potencia, este foi utilizado
para plotagem do segundo gráfico, sendo possível o calculo dos coeficientes.
Em seguida, obteve-se o gráfico da posição pelo tempo ao quadrado, para
assim verificar que por originar uma reta, conclui-se que a aceleração é quase
constante, porem dependente do tempo, podendo ser calculada duplicando o
coeficiente angular da reta. Com as acelerações experimentais calculadas,
compararam-se com os valores teóricos, estes calculados pela analise do
diagrama de corpo livre e a aplicação da terceira lei de Newton, na qual foram
observados valores menores. O diagrama também possibilitou achar a
configuração na qual a força de tração se iguala com o peso do corpo
3

suspenso. Por fim, utilizou-se a aceleração experimental para calcular o valor


da tensão e da aceleração da gravidade em ambas as observações, concluindo
assim que há divergências entre valores teóricos e experimentais.

1. OBJETIVOS

Analisar o comportamento de um corpo ou ‘’carrinho’’ que executa


um movimento uniformemente acelerado, assim como plotar os gráficos
posição versus tempo e determinar a aceleração e os demais itens.

2. INTRODUÇÃO TEÓRICA

2.1 FORÇAS QUE ATUAM NO EXPERIMENTO

O principio para o estudo completo de um movimento é a observação


das forças que atuam no sistema.

2.1.1 FORÇA PESO

A força peso é uma força de campo, na qual os corpos conseguem


interagir entre si mesmo quando não possuem contato direto. Ela é a
força que resulta da atração gravitacional entre dois corpos constituídos
de massa, desconsiderando o movimento de rotação terrestre,
considera-se o peso como a atração que a Terra exerce sobre
determinado corpo. A direção de tal interação é sempre apontada para o
centro terrestre, assim como a aceleração da gravidade (𝑔⃗), que é
responsável pela variação de velocidade. Sendo a massa intrínseca do
corpo, a força peso se dá pela multiplicação entre a massa do objeto
estudado e a aceleração da gravidade.

𝑃=𝑚 ×𝑔
(1)

2.1.2 FORÇA NORMAL


4

A força normal é uma força de contato, ou seja, apenas ocorre


quando um corpo está em contato com outro, ela é sempre
perpendicular à superfície em questão, por isso seu nome, ‘’normal’’, que
é o termo utilizado na Física quando há formação de um ângulo de 90°
entre duas direções. A força normal possui origem eletromagnética e
microscópica, pela atração da eletrosfera dos átomos e
consequentemente sua repulsão ao atingirem determinada distancia.

2.1.3 FORÇA DE TRAÇÃO

Ao puxar um objeto por uma roldana, corda, cabo, a força de tração é


a força transmitida através do objeto que esta puxando, sendo assim,
pode – se dizer que a o objeto esta sob a ação de uma força de tração.

2.1.4 DIAGRAMA DE CORPO LIVRE DO CARRINHO

O diagrama do carrinho no momento em que ele é acelerado, se da


pela igualdade entre a força peso com a força normal, obtendo como
resultante a força de tração.

Figura 1 – Forças que atuam no carrinho acelerado.

Fonte: [1]

⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑇 𝑀𝑚 = 𝑀 × 𝑎

5

(2)

2.1.5 DIAGRAMA DE CORPO LIVRE PORTA MASSAS

Para o porta massas, considerando que o corpo suspenso se


desloque para baixo, tem-se que a força peso subtraindo a sua força de
tração será a resultante.

Figura 2 – Forças que atuam no porta massas.

Fonte: [1].

𝐹𝑔𝑚 + ⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑇′𝑚𝑀 = 𝑚 × 𝑎⃗

(3)

2.2 MOVIMENTO RETILINEO UNIFORMEMENTE


ACELERADO

Quando um objeto mantém certo padrão em sua aceleração, ou


seja, aceleração constante, ele executa um movimento retilíneo
uniformemente acelerado, define-se a aceleração escalar média de
um corpo em movimento unidimensional como sendo.
6

∆𝑣
𝑎=
∆𝑡
(4)

A aceleração neste caso é uma constante que independe do tempo,


sendo assim, pode-se chegar a seguinte expressão para o tempo inicial
igual a zero.
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎 × 𝑡

(5)

A função horária da posição, ou seja, o deslocamento em função do


tempo é caracterizado por uma função potencia, se a concavidade for
para cima à velocidade está aumentando e consequentemente quando o
móvel sofrer uma desaceleração, a concavidade será para baixo.

1
𝑥 = 𝑥𝑡0 + 𝑣𝑥0 × 𝑡 + 𝑎 × 𝑡 2
2
(6)

A velocidade inicial (𝑣𝑥0 ) e a aceleração (𝑎) são constantes do


movimento, portanto pode-se derivar em relação ao tempo para
determinar tanto a velocidade quanto a aceleração do objeto. Assim,
derivando em relação ao tempo encontra-se a velocidade do movimento
naquele instante.

𝑑𝑥 𝑎
𝑣(𝑡) = = 𝑣𝑥0 + 2 × × 𝑡
𝑑𝑡 2
(7)

Derivando a velocidade em função do tempo encontra-se a


aceleração do objeto, que é independente do tempo, e constante ao
longo de todo movimento.

𝑑𝑣 𝑎
𝑎(𝑡) = =2×
𝑑𝑡 2
(8)
7

2.3 MEDIDA DIRETA DE UMA GRANDEZA

2.3.1 VALOR MÉDIO


Quando há a realização de varias medias de uma mesma grandeza,
mantendo as mesmas condições físicas, é necessário calcular o valor
médio entre essas medidas, pois este é o valor mais provável da grandeza,
sua fórmula é dada por:
𝑛
1
𝑥̅ = ∑ 𝑥𝑖
𝑛
𝑖=1
(9)

2.3.2 DESVIO
O desvio é a diferença entre seu valor obtido e o valor médio calculado
anteriormente, podendo este ser positivo ou negativo.

𝛿𝑖 = 𝑥𝑖 − 𝑥̅
(10)

2.3.3 DESVIO MÉDIO ABSOLUTO


O desvio médio absoluto representa a média aritmética entre os valores
obtidos anteriormente em 𝛿𝑖 . Utilizamos o desvio médio absoluto na
presença de erros sistemáticos ou quando não temos certeza da
minimização dos mesmos.

𝑛
1
𝛿 = ∑|𝛿𝑖 |
𝑛
𝑖=1

(11)

2.3.4 DESVIO PADRÃO


8

Utilizamos o desvio médio absoluto na presença de erros sistemáticos


ou quando não temos certeza da minimização dos mesmos, já na ausência
de erros sistemáticos ou na certeza da minimização utilizamos o desvio
padrão, no qual para menos de 20 medidas é dado por:

∑𝑛1(𝛿𝑖 )2
𝜎 = ±√
𝑛−1

(12)

2.3.5 ERRO PERCENTUAL


É o erro entre o valor teórico e o obtido experimentalmente.

|𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑇𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙|


𝐸% =
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜
(13)

2.4 TEORIA DAS APROXIMAÇÕES

As operações matemáticas devem apresentar o número de algarismos


significativos correto, geralmente os resultados de operações matemáticas
apresentam uma quantidade de algarismo significativo maior que a precisão
que a medida permite. Deve-se, portanto, fazer o arredondamento.

Quando um número termina em 0,1,2,3 ou 4 abandonamos o algarismo


final simplesmente. Por exemplo: 13,51 é arredondado para 13,5. Quando
um número termina em 6,7,8 ou 9 abandonamos o algarismo final e
somamos uma unidade ao algarismo anterior . Por exemplo: 13,57 é
arredondado para 13,6. Quando o número é terminado em 5, se o algarismo
precedente for par, apenas abandonamos o 5, se for ímpar, abandonamos o
5 e somamos uma unidade a ele. Por exemplo: 13,15 é arredondado para
13,2 e 13,45 é arredondado para 13,4.
9

2.5 OPERAÇÕES COM DESVIOS

2.5.1 ADIÇÃO

𝑎 + 𝑏 = (𝑥̅ ± ∆𝑥) + (𝑦̅ ± ∆𝑦) = (𝑥̅ + 𝑦̅) ± (∆𝑥 + ∆𝑦)


(14)

2.5.2 SUBTRAÇÃO

𝑎 − 𝑏 = (𝑥̅ ± ∆𝑥) − (𝑦̅ ± ∆𝑦) = (𝑥̅ − 𝑦̅) ± (∆𝑥 + ∆𝑦)


(15)

2.5.3 MULTIPLICAÇÃO
𝑎 × 𝑏 = (𝑥̅ ± ∆𝑥) × (𝑦̅ ± ∆𝑦) = (𝑥̅ × 𝑦̅) ± (𝑥̅ × ∆𝑦 + 𝑦̅ × ∆𝑥)
(16)

2.5.4 DIVISÃO
(𝑥̅ × ∆𝑦 + 𝑦̅ × ∆𝑥)
𝑎 ÷ 𝑏 = (𝑥̅ ± ∆𝑥) ÷ (𝑦̅ ± ∆𝑦) = (𝑥̅ ÷ 𝑦̅) ±
𝑦̅ 2
(17)
2.6 CONFECÇÃO DE GRÁFICOS

Para um gráfico bem disposto no papel é fundamental a confecção


de um módulo de escala (𝜆) para cada eixo, sendo este determinado
pelo comprimento disponível no papel pelo maior valor da grandeza
medida, caso resulte em um decimal, arredondar para o inteiro menor.
10

𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛í𝑣𝑒𝑙 𝑛𝑜 𝑝𝑎𝑝𝑒𝑙


𝜆=
𝑀𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒𝑧𝑎 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎
(18)

2.7 RETA DE MINIMOS QUADRADOS

Com um conjunto de vários pontos, pode se determinar uma reta


média entre eles, esta reta é conhecida como reta média ou reta de
mínimos quadrados.

𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏
(19)
Sendo 𝑎 o coeficiente angular e 𝑏 o coeficiente linear, ambos são
determinados por um sistema de equações de duas incógnitas.

∑𝑦 = 𝑏 × 𝑁 + 𝐴 × ∑𝑥

(20)

∑(𝑥 × 𝑦) = 𝑏 × ∑ 𝑥 + 𝑎 ∑ 𝑥 2

(21)

3 PARTE EXPERIMENTAL

3.1 MATERIAIS UTILIZADOS

• Tubo de seção retangular;


• Carrinho de massa 193,42 g;
• Corpos suspensos (1° corpo de massa 14,53g e 2° corpo de massa
53,20 g);
• Camada de ar ou ‘’colchão’’ de ar;
• Régua milimetrada (precisão ±0,5 mm);
• Compressor de ar;
11

• Trilho de ar com alguns orifícios onde o ar circula;


• Sensores ópticos;
• Roldana;
• Bandeira que aciona o sensor;
• Nível;
• Suporte ajustável;
• Parafusos para o suporte;
• Balança digital (precisão ±0,01 g);
• Cronometro da Pasco (precisão ±0,0001 s);
• Papel milimetrado;
• Papel dilogarítmo;
• Calculadora;

3.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

O carrinho irá se deslocar horizontalmente sobre o tubo de secção


retangular, separado por uma camada de ar de 0,1 mm, ou seja, não terá atrito,
a camada de ar será produzida por um compressor que alimenta o tubo e o ar
circula pelo trilho por seus orifícios. Primeiro deve-se verificar qual massa do
carrinho e dos corpos que serão dispostos no final, em seguida anotar a
posição do carrinho quando o corpo disposto estiver na iminência de tocar o
chão. Quando o carrinho estiver na extremidade do trilho de ar o cronometro da
Pasco deve ser colocado no modo ‘’pulse’’ e assim a partir do primeiro detector
até a posição anotada fazer marcações a cada 5,0 centímetros.

Figura 3 – Esquema do experimento do Movimento Uniformemente Variado.


12

Fonte: [1]

Para cada posição anotar o espaço percorrido e o intervalo de tempo


correspondente, e de mesma forma trocar o corpo suspenso por outro de
massa divergente e realizar o mesmo feito. O objetivo é analisar o
comportamento do carrinho em função do tempo, sendo assim foi elaborado
primeiramente um gráfico de posição versus tempo em papel milimetrado, ao
qual observamos uma curvatura em ambos os experimentos com diferentes
corpos suspensos, em seguida, foi realizado os gráficos posição versus tempo
em papel dilogaritmo, ao qual se evidencia uma reta, podendo assim ter seus
coeficientes calculados, e sequencialmente o objetivo do experimento, a
aceleração.

4 RESULTADOS

Anotando os dados de cada instante em uma tabela, foi possível calcular


o tempo médio pela equação 10 para cada intervalo, como o objetivo do
experimento é a demonstração gráfica, os desvios (tanto médio absoluto como
padrão) não serão constatados, e os valores médios serão escritos com dois
dígitos após a vírgula.

Tabela 1 – Medidas dos intervalos de tempo percorridos pelo carrinho com


corpo suspenso de 14,53 g.

t(s)
t1 t2 𝒕̅
x (cm)
(s) (s) (s)
5 0,3470 0,3573 0,34

10 0,5338 0,5358 0,53

15 0,6638 0,6700 0,66


13

20 0,7719 0,7706 0,77

25 0,8720 0,8769 0,87

30 0,9710 0,9878 0,97

35 1,0416 1,0508 1,04

40 1,1257 1,1257 1,12

45 1,2067 1,2115 1,21

50 1,2715 1,2715 1,27

55 1,3328 1,3278 1,33

60 1,3936 1,3936 1,39

Fonte: Elaborado pela autora.


14

Tabela 2 – Medidas dos intervalos de tempo percorridos pelo carrinho com


corpo suspenso de 53,20 g.

t(s)
t1 t2 𝒕̅
x (cm)
(s) (s) (s)
5 0,2155 0,2119 0,21

10 0,3282 0,3172 0,32

15 0,3760 0,3760 0,38

25 0,4712 0,4512 0,46

30 0,5208 0,5208 0,52

35 0,5600 0,5600 0,56

45 0,6647 0,6647 0,66

50 0,7157 0,7157 0,72


15

55 0,7445 0,7445 0,74

60 0,7752 0,7752 0,78

Fonte: Elaborado pela autora.

O gráfico em papel milimetrado foi confeccionado de acordo com o


módulo de escala da equação 18.

Para a primeira observação (corpo suspenso de 14,53 g):

139 𝑚𝑚
𝜆𝑡 = = 100 𝑚𝑚/𝑠
1,39 𝑠

240 𝑚𝑚
𝜆𝑥 = = 4𝑚𝑚/𝑐𝑚
60 𝑐𝑚

Para a segunda observação (corpo suspenso de 53,20 g):

156 𝑚𝑚
𝜆𝑡 = = 200 𝑚𝑚/𝑠
0,78 𝑠

240 𝑚𝑚
𝜆𝑥 = = 4𝑚𝑚/𝑐𝑚
60 𝑐𝑚

O gráfico resultou em uma curva parabólica, característica de


funções potencia, sendo assim foi confeccionado em papel dilogaritmo
(o qual não necessita de um módulo de escala), o mesmo gráfico
posição versus tempo o que resultou em uma reta, podendo concluir que
a aceleração é constante além de determina-la por meio dos
coeficientes.
16

Gráfico 1- Posição do carrinho versus tempo em papel milimetrado (corpo


suspenso de 14,53 g).
17

Gráfico 2- Posição do carrinho versus tempo em papel milimetrado (corpo


suspenso de 53,20 g).
18

Gráfico 3- Posição do carrinho versus tempo em papel dilogaritmo (corpo


suspenso de 14,53 g).
19

Gráfico 4- Posição do carrinho versus tempo em papel dilogaritmo (corpo


suspenso de 53,20 g).
20

Para uma analise mais concisa foi plotado o gráfico posição versus
tempo ao quadrado em papel milimetrado, que corresponde ao gráfico
característico da função horaria da posição do movimento retilíneo
uniformemente acelerado (MRUV), tal função esta descrita na equação
6, sendo a velocidade inicial e a posição inicial igual a zero (repouso), a
função modela-se por :

1
𝑥(𝑡) = 𝑎 × 𝑡 2
2
1
Como o 𝑎 está multiplicando o 𝑡 2 , significa que é o coeficiente
2

angular da função, podendo ser calculado através da plotagem do


gráfico. Ao plotar o gráfico em papel milimetrado observou-se duas retas
tanto para a primeira observação (corpo suspenso com massa de 14,53
g), quanto para a segunda (corpo suspenso de 53,20 g), analisando
fisicamente, a derivada da função da posição como visto na equação 7
origina a velocidade, sendo esta uma reta crescente, sucessivamente
como visto na equação 8, a derivada da velocidade é igual a aceleração,
portanto, o significado do gráfico da posição versus o tempo ao
quadrado plotar uma reta significa que a aceleração é constante em odo
movimento.

Estão sendo apresentadas as elevações ao quadrado de cada


instante fornecido anteriormente.

Tabela 3 – Medidas dos intervalos de tempo percorridos pelo carrinho elevados


ao quadrado com corpo suspenso de 14,53 g.

t(s)
t 𝒕𝟐
x cm
(s) (s)
5 0,34 0,12

10 0,53 0,28
21

15 0,66 0,44

20 0,77 0,59

25 0,87 0,76

30 0,97 0,94

35 1,04 1,06

40 1,12 1,25

45 1,21 1,46

50 1,27 1,61

55 1,33 1,77

60 1,39 1,93

Fonte: Elaborado pela autora.


22

Tabela 4 – Medidas dos intervalos de tempo percorridos pelo carrinho elevados


ao quadrado com corpo suspenso de 53,20 g.

t(s)
t1 t2
x cm
(s) (s)
5 0,21 0,04

10 0,32 0,0,10

15 0,38 0,14

25 0,46 0,21

30 0,52 0,27

35 0,58 0,31

45 0,66 0,44

50 0,72 0,52

55 0,74 0,55
23

60 0,76 0,61

Fonte: Elaborado pela autora.


24

Gráfico 5- Posição do carrinho versus tempo ao quadrado em papel


milimetrado (corpo suspenso de 14,53 g).
25

Gráfico 6 - Posição do carrinho versus tempo ao quadrado em papel


milimetrado (corpo suspenso de 53,20 g).
26

5 DISCUSSÃO

Como o objetivo do experimento é calcular a aceleração e os demais


itens estipulados, além de verificar o comportamento dos gráficos, os
desvios (tanto médio absoluto como padrão) não serão utilizados, sendo
assim, serão utilizadas as equações 19,20 e 21 para encontrar a melhor
reta e consecutivamente os coeficientes angulares e lineares.

Para a primeira observação:

∑ log 𝑦 = 17,07

∑ log 𝑥 = −0,70

∑(log 𝑥)2 = 0,39

∑ (log 𝑥 × 𝑙𝑜𝑔𝑦) = −0,36

𝑎 ≅ 1,82

𝑙𝑜𝑔 𝑏 ≅ 1,53, 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑏 = 33,8

𝑥(𝑡) = 33,78𝑡 1,82


Como visto nas equações 17 e 18, a aceleração é a derivada segunda
da posição, sendo assim, a função será derivada duas vezes até o valor
encontrado ser independente do tempo.

𝑑𝑥
= 1,82 × 33,78 × 𝑡 1,82−1 = 61,48𝑡 0,82
𝑑𝑡

𝑑𝑣
= 0,82 × 61,48 × 𝑡 0,82−1 = 50,41𝑡 −0,18
𝑑𝑡

Para a segunda observação:

∑ log 𝑦 = 14,16
27

∑ log 𝑥 = −3,02

∑(log 𝑥)2 = 1,22

∑ (log 𝑥 × 𝑙𝑜𝑔𝑦) = −3,70

𝑎 ≅ 1,91

𝑙𝑜𝑔 𝑏 ≅ 1,98 , 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝑏 = 99,88

𝑥(𝑡) = 99,88 𝑡 1,91


Como visto nas equações 17 e 18, a aceleração é a derivada segunda
da posição, sendo assim, ela será derivada duas vezes até o valor
encontrado ser independente do tempo.

𝑑𝑥
𝑣(𝑡) = = 190,77𝑡 0,91
𝑑𝑡

𝑑𝑣
𝑎(𝑡) = = 173,60𝑡 −0,09
𝑑𝑡
Portanto, a aceleração encontrada graficamente, é de 50,41𝑡−0,18
cm/𝑠 2 para a primeira observação e de 173,60𝑡 −0,09 cm/𝑠 2 para a
segunda observação. Para uma verificação mais concisa, serão
utilizadas as equações 2 e 3 ,a intuito de se calcular teoricamente a
aceleração pelo diagrama de corpo livre e a terceira lei de Newton, além
da utilização das equações 14,15 16 e 17 para os desvios. Lembrando
que a incerteza da balança é de 0,01g e do cronometro de Pasco de
0,0001s, também será utilizada o valor a aceleração da gravidade (g)
disponível na tabela final da fonte [1].

Sendo a corda inextensível, temos que ⃗⃗⃗⃗ ⃗⃗𝑀 , por um manejo


𝑇′𝑚𝑀 = 𝑇 𝑚

simples de equações isola-se a aceleração chegando a seguinte


expressão:

𝑚×𝑔
𝑎=
𝑚+𝑀
28

Para a primeira observação:

(14,53 ± 0,01)g × (9,806)𝑚/𝑠 2


𝑎=
(14,53 ± 0,01)g + (193,42 ± 0,01)g

(14,53 × 9,806) ± (0,01 × 9,806) g. 𝓂/𝑠 2


𝑎=
(14,53 + 193,42) ± (0,01 + 0,01)g

(142,5 ± 0,1)g . 𝓂/𝑠 2


𝑎=
(207,95 ± 0,02) g

142,5 142,5 × 0,02 + 207,95 × 0,1


𝑎= ± 𝓂/𝑠 2
207,95 207,952

𝑎 = (0,6853 ± 0,0005) 𝓂/𝑠 2

Convertendo de m/s para cm/s:

𝑎 = (68,53 ± 0,05) 𝑐𝑚/𝑠2

Para a segunda observação:

(53,20 ± 0,01) g × 9,806 𝓂/𝑠 2


𝑎⃗ =
(53,20 ± 0,01)g + (193,42 ± 0,01)g

(53,20 × 9,806) ± (9,806 × 0,01)g . 𝓂/𝑠 2


𝑎=
(53,20 + 193,42) ± (0,01 + 0,01) g

(521,7 ± 0,1)
𝑎= 𝓂/𝑠 2
(246,62 ± 0,02)

521,7 521,7 × 0,02 + 246,62 × 0,1


𝑎= ± 𝓂/𝑠 2
246,62 246,622
29

𝑎 = (2,1154 ± 0,0006)𝑚/𝑠 2

Convertendo de m/s para cm/s:

𝑎 = (211,54 ± 0,06)𝑐𝑚/𝑠2

Para checar a diferença entre o valor experimental e o valor teórico


será apresentado pela equação 13 o calculo do erro percentual
utilizando t=1.

Para a primeira observação com t=1:

|68,53 − 50,41|
𝐸% = × 100 = 0,26 × 100 = 26%
68,53

Para a segunda observação:

|211,54 − 173,6|
𝐸% = × 100 = 0,18 × 100 = 18%
211,5

O gráfico da posição versus o tempo ao quadrado corresponde a


função horaria da posição do MRUV dada pela equação 6, como visto
graficamente, a plotagem destes pontos resultou em uma reta média
entre eles o que significa que a aceleração se aproxima a constância,
porem é dependente do tempo em todo movimento, o coeficiente da reta
média pode ser encontrado multiplicando o coeficiente angular da reta
por dois, pois a aceleração esta sendo multiplicada por 0,5.

Para a primeira observação:

31,25−2,75 28,5
Coeficiente angular = = 0,875 = 33,78
0,97−0,125

𝑎
Como = 32,67, então 𝑎 = 33,78 × 2 = 67,56 cm/𝑠 2 , provando que a
2

aceleração em um grafico milimetrado posição por tempo ao quadrado


se aproxima da aceleração teórica.

Para a segunda observação:

55−5 50
Coeficiente angular = 0,547−0,030 = 0,517 = 96,76
30

𝑎
Como = 96,76, então 𝑎 = 96,76 × 2 = 193,52 cm/𝑠 2 , provando
2

que a aceleração em um gráfico milimetrado posição por tempo ao


quadrado se aproxima da aceleração da aceleração teórica.

Como visto anteriormente, os valores encontrados experimentalmente


são menores que os valores teóricos, desconsiderando o atrito nulo, em
ambas as experiências há erros percentuais de 26% e 18%
respectivamente, como apresentado anteriormente.

Pode-se determinar quando a força de tração em ambas as observações


sera igual ao peso do objeto suspenso, considerando os diagramas de
corpo livre e a equação 4, sabe-se que :

𝐹𝑔𝑚 − ⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑇′𝑚𝑀 = 𝑚 × 𝑎⃗

Como pela equação 1, força peso é a massa do corpo multiplicada pela


aceleração da gravidade :

𝑚 × 𝑔 − 𝑇′𝑚𝑀 = 𝑚 × 𝑎

𝑇′𝑚𝑀 = 𝑚 × 𝑔 − 𝑚 × 𝑎

𝑇′𝑚𝑀 = 𝑚(𝑔 − 𝑎)

Para 𝑇′𝑚𝑀 = 𝑚𝑔, 𝑎 deve ser igual à zero, sendo assim para 𝑎 = 0:

𝑇′𝑚𝑀 = 𝑚(𝑔 − 0)

𝑇′𝑚𝑀 = 𝑚𝑔

Para satisfazer a condição de a tensão ser igual o peso do corpo


suspenso, o sistema deve estar em repouso ou em velocidade constante,
ou seja, aceleração nula.

Também é possível calcular o valor da força de tensão no sistema para


ambas observações. Será utilizada em ambas, as acelerações na unidade
m/𝑠 2 para que assim a unidade força seja N (Newtons). Utilizando a
31

aceleração experimental de 50,41𝑡 −0,18 m/𝑠 2 (para a primeira observação) e


a equação 2, tem-se que :

⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑇 𝑀𝑚 = 𝑀 × 𝑎

⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑇𝑀𝑚 = 0,19342 × 50,41𝑡 −0,18

⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑇 𝑀𝑚 = 9,75𝑡
−0,18
𝑁

Utilizando a aceleração experimental de 173,60𝑡 −0,09 m/𝑠 2 (para a


segunda observação) e a equação 2, tem-se que :

⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑇 𝑀𝑚 = 𝑀 × 𝑎

⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑇𝑀𝑚 = 0,19342 × 173,60𝑡 −0,09

⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗
𝑇 𝑀𝑚 = 33,58𝑡
−0,09
𝑁

A determinação da aceleração da gravidade no sistema também é


possível, utilizando as equações 2 e 3 e os dados obtidos de maneira
experimental.

Para a primeira observação:

Sabendo que:

𝑀 = 0,19342 𝑘g

𝑚 = 0,01453 𝑘g

𝑎 = 50,41𝑡−0,18 𝑚/𝑠 2

𝑇 = 9,75𝑡 −0,18 𝑁

Tem-se que:

𝐹𝑔𝑚 − ⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑇′𝑚𝑀 = 𝑚 × 𝑎⃗

0,01453 𝑔 − 9,75𝑡 −0,18 𝑁 = 0,01453 × 50,41𝑡−0,18 𝑚/𝑠 2


32

𝑔 = 721,44𝑡 −0,18 𝑚/𝑠 2

Para a segunda observação

Sabendo que:

𝑀 = 0,19342 g

𝑚 = 0,05320 g

𝑎 = 173,60𝑡 −0,09

𝑇 = 33,58𝑡 −0,09 𝑁

Tem-se que:
𝐹𝑔𝑚 − ⃗⃗⃗⃗
⃗⃗⃗⃗⃗⃗⃗ 𝑇′𝑚𝑀 = 𝑚 × 𝑎⃗

0,05320 𝑔 − 33,58𝑡 −0,09 𝑁 = 0,05320 × 173,60𝑡 −0,09

𝑔 = 804,80𝑡 −0,09 𝑚/𝑠 2

Esses são os resultados demonstrados por meio da dependência do tempo.


33

APENDICE A – CÁLCULOS
34
35

6 CONCLUSÃO

Com o experimento pode-se concluir que o carrinho realiza


aproximadamente um movimento retilíneo uniformemente acelerado tanto com
um corpo de massa 14,53 gramas quanto com um corpo de massa 53,20
gramas, a aceleração foi encontrada graficamente pelas retas médias de dois
modos, o primeiro derivando em relação ao tempo a equação da posição pelo
tempo, na qual os coeficientes foram encontrados ao linearizar a função em um
papel dilogaritmo. A segunda maneira foi realizando o gráfico posição versus
tempo ao quadrado, que originou uma reta na qual o coeficiente angular era
igual à aceleração multiplicada por 0,5.

As acelerações experimentais foram comparadas com as acelerações


teóricas calculadas pelo estudo das forças que agiam no sistema e a aplicação
da terceira lei de Newton, dada por ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑅 = 𝑚 × 𝑎⃗, na qual ⃗⃗⃗⃗⃗
𝐹𝑅 simboliza força
resultante. Ao comparar, percebe-se que as acelerações experimentais são
menores que as teóricas possuindo erros de 26% e 18%, respectivamente.

Com a analise das forças foi possível determinar qual a configuração do


sistema para que a força de tração seja igual à força peso do porta - massas,
sendo esta configuração atingida quando o sistema esta em repouso ou em
velocidade constante, ou seja, aceleração nula. Também, com o calculo da
aceleração experimental, foi possível calcular os valores da força de tração e
da aceleração da gravidade para o sistema em ambas as observações,
podendo obter informações precisas sobre como os fenômenos físicos ocorrem
em experimentos laboratoriais, e como eles divergem da teoria.
36

7 REFERENCIAS

[1] – NAGASHIMA, Haroldo Naoyuki. Laboratório de Física I. Pdf. Ilha


Solteira; UNESP, 2018.
[2] – HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl.
FUNDAMENTOS DE FÍSICA. 9. ed. Rio de Janeiro : LCT, 2012. v.1.
[3] – SEARS, Francis Weston; ZEMANSKY, Mark Waldo; YOUNG, Hugh D.;
FREEDMAN, Roger A. 12. ed. São Paulo, SP: Pearson Addison Wesley,
c2008-2009 vol 4;
[4] – YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A., FISICA IV - ÓTICA E
FÍSICA MODERNA, 12a ed. São Paulo, Addison Wesley, 2008;

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