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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS - ICE


CURSO DE FÍSICA BACHARELADO – IE14
DISCIPLINA DE LABORATÓRIO DE FÍSICA GERAL I– IEF992
PROFESSOR Dra. IÇAMIRA COSTA NOGUEIRA

Queda Livre

Aluno: Edson Darlan Matrícula: 21950129


Aluno: Marcelo Oliveira Matrícula: 21754111
Aluno: Guilherme da Silva Matrícula: 21602293
Aluno: Rodrigo Catão Matrícula: 21855065
Aluno: Mauro Cardoso Matrícula: 21850650

Manaus, 09 de maio de 2019


SUMÁRIO

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................3
1.1. SOBRE A QUEDA LIVRE.............................................................................3
1.2. MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO (MRUV)............4
1.3. CONSTRUÇÃO DE GRÁFICOS....................................................................4
2. OBJETIVO................................................................................................................5
3. PARTE EXPERIMENTAL.........................................................................................5
3.1. MATERIAL NECESSÁRIO...........................................................................5
3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL............................................................5
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................................7
5. CONCLUSÃO...........................................................................................................8
6. REFERÊNCIAS.........................................................................................................9
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1. Fundamentação Teórica

1.1. Sobre a queda livre

O movimento de queda livre vem


sendo estudado desde 300 a.C, com o
filósofo grego Aristóteles. O filósofo
afirmava que se duas pedras, uma mais
pesada que a outra, fossem soltas de
uma mesma altura, a mais pesada
atingiria o solo mais rapidamente. A
afirmação de Aristóteles foi aceita como
verdadeira durante vários séculos, até
que por volta do século XVII, um físico e
astrônomo italiano chamado Galileu
Galilei contestou tal afirmação. O físico
Galileu Galilei era considerado o “pai da
experimentação” e acreditava que as
Figura 1 comparativo entre as ideias antigas e oashipóteses feitas pelos cientistas deveriam
aos experimentos usado por Galileu ser comprovadas pelo método científico,
isto é, por meio de experimentos e cálculos. Somente após a experimentação é
que determinada afirmação poderia ser tida como verdadeira.
Ao realizar um experimento bem simples, Galilei pôde descobrir que a
afirmação de Aristóteles não se verificava na prática. O experimento do físico
italiano foi o seguinte: da Torre de Pisa, ele abandonou, da mesma altura e ao
mesmo tempo, duas esferas de pesos diferentes, e acabou comprovando que
ambas atingiam o solo no mesmo instante. Ao realizar este experimento, Galileu
Galilei confirmou que a afirmação de Aristóteles estava errada e teorizou a
respeito da queda livre dos corpos: todos os corpos, independentemente de seu
peso, caem juntos ao serem soltos de certa altura. Após realizar outros
experimentos de queda de corpos, o astrônomo percebeu que os corpos atingiam
o solo em diferentes instantes e, a partir desta observação, lançou a hipótese de
que o ar exercia a ação de uma força que retardava o movimento do corpo. Anos
mais tarde a hipótese de Galilei foi comprovada experimentalmente. Quando dois
corpos são abandonados de uma mesma altura, no vácuo ou no ar com
resistência desprezível, o tempo de queda é o mesmo para ambos, mesmo que
eles tenham pesos diferentes.
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1.2. Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV)

Num (MRUV) sabe-se que o vetor aceleração é


constante, portanto o módulo da velocidade é igual a
zero. O movimento vertical de qualquer corpo que se
move nas proximidades da superfície da Terra, sob a
influência unicamente da sua força peso, é chamado
movimento de queda livre, ou seja, desprezando-se a
resistência do ar.
Se um corpo de massa m é acelerado a partir de
seu estado de repouso num campo gravitacional
Figura 2 Montagem para queda livre constante ( força gravitacional
¿ m ⃗g ), este executa
movimento retilíneo uniformemente acelerado.
Através da utilização do sistema de coordenadas, tal
que, o eixo y indique a direção do movimento (Altura), e resolvendo sua equação
2
d y (t )
unidimensional, m 2
=mg com as seguintes situações iniciais,
dt
dy (0)
y 0=0 , v 0 y = =0 , obtemos a relação entre altura e tempo dada pela equação,
dx
1 2 1 2
y= y 0+ v 0 y t+ g t , devido suas condições iniciais fica y= g t
2 2

1.3. Construção de Gráficos

 Escala linear: Um gráfico construído em escala linear, equivale ao que se


faz em um papel milimetrado, a diferença é somente a troca do papel por
um programa gráfico em escala linear.

 Escala logarítmica: Um gráfico construído em escala logarítmica, equivale


ao que se faz em um papel di-log, a diferença é somente a troca do papel
di-log, por um programa gráfico em escala logarítmica.

 Regressão linear: É apenas um artifício para encontrar o valor que corta o


eixo y e a tangente da reta, para isso faz-se uma reta média dos pontos
dados.
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2. Objetivo

 Uma esfera cai livremente de distâncias pré-determinadas. Seu tempo de


queda é medido e tabelado. A partir destes resultados, tem-se como
objetivo determinar a aceleração da gravidade.

3. Parte Experimental

3.1. Material necessário:

 1 esfera de D ≅ 19 mm de  1 fixador de esfera


diâmetro  2 cordões de conexão de
 1 cronômetro digital 750 mm
 1 suporte de base  2 cordas de conexão de
 2 grampos duplos 1500 mm
 1 haste de suporte  1 prato interruptor
 1 régua milimetrada

3.2. Procedimento experimental

Foi colocado a esfera no prato em sua posição levantada, e fixado a


posição inicial do primeiro cursor da régua no centro da esfera. Colocou-se em
seguida o fixador de esfera em uma outra posição, na posição de 100 mm e
anotado.
A esfera foi fixada no equipamento com muito cuidado para que ela
estivesse fixada centralmente. Em seguida, a esfera foi liberada a partir da altura
100 mm e foi medido o tempo de queda. Foi feito três vezes para essa altura.
Prosseguiu-se para as alturas de 150, 200, 250, 300, 350, 400 mm. A tabela 1
mostra os resultados desse procedimento.

Tabela 1 Altura em função do tempo de queda da esfera

Altura(mm) Tempo de queda1 Tempo de queda2 Tempo de queda3 Tempo médio


100 1456 ms 1467 ms 1474 ms 1466 ms
150 1763 ms 1763 ms 1766 ms 1764 ms
200 2040 ms 2063 ms 2051 ms 2051 ms
250 2264 ms 2276 ms 2287 ms 2276 ms
300 2472 ms 2540 ms 2488 ms 2501 ms
350 2701 ms 2726 ms 2729 ms 2719 ms
400 2835 ms 2843 ms 2841 ms 2840 ms
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Imagem 1: Posição em função do tempo

Gráfico da posição em função do tempo


0.45
0.4
0.35 f(x) = 0.0556959351224664 x² − 0.0281518298753236 x + 0.0234966560359025
0.3
Altura (m)

0.25
0.2
0.15
0.1
0.05
0
1.2 1.4 1.6 1.8 2 2.2 2.4 2.6 2.8 3
Tempo (s)

Gráfico 1.

Imagem 2: Altura em função do tempo na escala logarítmica.

Gráfico da aceleraçaõ da gravidade


0
-0.20.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5

-0.4
Altura (m)

f(x) = 2.05132069367141 x − 1.33691793304093


-0.6
-0.8
-1
-1.2
Tempo (s)

Gráfico 2.

De acordo com o gráfico 2 foi obtido o valor da gravidade da seguinte


1 2 1 2 1
forma: y= g t → log y=log g t → log y =log g+ 2 log t e comparando esse
2 2 2
1
resultado com y=ax+ bfica: y=log y ; a=2 ; x=log t ; b=log g.
2
1 b 0,6810 2
Portanto: b=log g→ g=2× 10 → g=2×10 → g=9,594668973 m/s
2
7

4. Resultados e Discussões

1) O valor da aceleração da gravidade obtido é de g ≅ 9,6 m/ s2 e o


2
valor adotado é de g ≅ 9,8 m/s portanto, o desvio é de:
2 2 2
valor medido−valor adotado=9,6 m/s −9,8 m/s =−0,2 m/s .

G× M × m
2) D ado que ⃗
F =m ⃗a → ⃗
F =m⃗g ; ⃗
F gravitacinal= 2
. Em equilíbrio
R
G×M×m G×M
temos: mg= 2 portanto g= . Onde G é a constante gravitacional, M
R R2
é a massa da terra, m é a massa do corpo atraído e R é a distância de um ponto
ou corpo ao centro da terra. Supondo M constante, temos que o único termo da
equação que alteraria o valor da aceleração da gravidade é a distância R.
Portanto, a circunstância em que o valor da aceleração da gravidade se mostra
constante é quando os pontos ou corpos se apresentam equidistantes em relação
ao centro da terra.

3) A aceleração da gravidade varia com a altitude e longitude,


primeiro porque a rotação da Terra impõe uma aceleração adicional no corpo
oposta à aceleração da gravidade. O corpo atraído pela gravidade sente
uma pseudoforça (“Força centrífuga”) atuando para cima, reduzindo seu peso.
Este efeito atinge valores que variam de 9,789 m/s² no equador, até 9,823 m/s²
nos pólos. E segundo, porque é a forma não totalmente esférica da Terra,
também causada pela pseudoforça. Essa forma faz com que o raio da Terra
no equador seja ligeiramente maior que nos pólos. Como a atração gravitacional
entre dois corpos varia inversamente ao quadrado da distância entre eles, os
corpos no equador experimentam uma força gravitacional mais fraca do que os
mesmos objetos nos polos.
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5. Conclusão

De acordo com o experimento de queda livre, pode-se concluir que, a


aceleração da gravidade pode variar conforme a gravitação universal proposto por
Newton visto que, quanto mais um corpo se distancia do centro da terra o valor da
gravidade diminui em relação ao quadrado da distância e que, também, pode-se
dizer que a gravidade pode varia em relação aos pólos da terra. Entretanto, para
o experimento feito no laboratório não se pode afirmar que a gravidade varia com
a latitude ou longitude e nem com a distância ao centro da terra. Portanto a
gravidade sempre se manterá constante para corpos ou objetos próximo da
superfície da terra.
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6. Referências

Fundamentos de física, volume 1: mecânica/ David Halliday, Robert


Resnick, Jearl Walker; tradução e revisão técnica Ronaldo Sérgio de Biasi. -8.ed.
– Rio de Janeiro: LTC, 2008

Física I / Young e Freedman; tradução Sonia Midori Yamamoto; revisão


técnica Adir Moysés Luiz. – 12.ed. – São Paulo: Addison Wesley, 2008

https://www.estudofacil.com.br/queda-livre-galileu-experimentos-e-
equacoes/

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