Pêndulos

Mariane Silva Gualberto, Fernanda Campos Damasceno, Jean Assis Das Graças Dávila, Kelvin Henrique Silva, Gabriel Martins
Barrios de Oliveira e Iara Aparecida Santos e Souza

Laboratório de física B – Turma 30B do curso de ABI-engenharias

07 de fevereiro de 2023

Resumo

O estudo sobre pêndulo possibilita uma aplicabilidade na engenharia civil, principalmente em

construções que estejam sujeitas a contato com fenômenos da natureza.
Foi realizado o experimento de pêndulo para se obter oscilações, período e o tempo em que isso
ocorre dentro de uma determinada amplitude e angulação. Foram utilizados três objetos para obter esses
conceitos afim de compará-los, utilizando uma régua, um disco e um disco com uma circunferência livre no
meio. Além desses materiais, utilizou-se um barbante para realizar ter as oscilações, uma régua para realizar
a medição da amplitude, uma balança para medir o peso dos materiais e um cronômetro para medição do
tempo das oscilações.

1 Introdução O pêndulo simples é um tipo de sistema

Nesse relatório, tem-se por objetivo
demonstrar a obtenção do período, frequência e
momento de inércia de um pêndulo simples e de
um pêndulo físico [1], onde é um pêndulo que o
sistema é composto por uma massa acoplada a um
pivô que permite a sua movimentação livremente.
A massa fica sujeita à força restauradora causada
pela gravidade, afim de estudar conceitos
relacionados a grandes temas como movimentos
periódicos, conservação de energia, gravidade e
medição de tempo, tendo o estudo do pêndulo
físico mais aprofundado matematicamente.
Além de contar que o estudo acerca desse
tema, está desenvolvendo estudos práticos no
âmbito da engenharia civil em construções que
podem estar em contato com terremotos e outros
fenômenos da natureza, onde ocorre fortificação
das construções de acordo com as oscilações e
frequências dos períodos de ação desses
fenômenos da natureza.
2 Métodos
2.1 Modelo teórico
mecânico que consiste em um corpo preso a um
fio de massa desprezível e inextensível que oscila
em torno de uma posição fixa, neste caso não
existe forças dissipativas, como atrito ou arraste
atuando no sistema.
Já o pêndulo físico é um sistema suspenso
por um ponto qualquer que pode girar em torno de
um eixo horizontal que passa por este ponto. Para
pequenas oscilações o pêndulo físico realiza um
movimento periódico.
Galileu Galilei, foi aquele que iniciou o
estudo do o pêndulo simples, em 1602, porém o
cientista holandês Christian Huygens foi o
primeiro a colocar o estudo em prática quando
construiu o primeiro relógio de pêndulo em 1656
[2]. Já o pêndulo físico veio um tempo depois com
o avanço dos estudos sobre isocronismo [3], junto
a aplicação da segunda lei de newton, onde é
possível se obter a frequência deste pêndulo.
Para oscilações de pequena amplitude, o
período do pêndulo não depende da sua amplitude,
pois ela é desprezível, já em casos com a
amplitude muito grande ela pode, sim, influenciar.
Galileu prova que a amplitude não interfere no

1
período caso ela seja pequena, o que ficou
conhecida como a lei do isocronismo do pêndulo.
O pêndulo simples realiza um movimento
chamado de periódico, pois ele se repete no
mesmo tempo de intervalo, o período de um
pêndulo simples consiste no menor tempo de
intervalo para que ocorra uma oscilação, é o
período em que o corpo sai do seu ponto 0 e
retorna ao mesmo ponto e pode ser enunciado pela
seguinte fórmula.
Equação 1a
2.2 Método experimental
Inicialmente, montou-se o experimento de
acordo com a figura 1.
Figura 1: Equipamento montado para a primeira
parte do experimento, forma ilustrativa
Prendeu-se então, um cilindro de latão no
fio de 68 cm de comprimento. Afastou-se o
cilindro 10 cm de sua posição de equilíbrio,
soltou-o e, com um cronômetro, registrou-se o
tempo que gastou para oscilar 10 vezes. Em
seguida, calculou-se o período gasto para cada
oscilação dividindo o tempo das 10 oscilações por
10, uma vez que o período do pêndulo simples
2
corresponde ao tempo gasto para a ocorrência de
uma oscilação. Repetiu-se os experimentos para
amplitudes de 15 cm e 20 cm. Registrou-se os
resultados na tabela 1. Realizou-se o experimento
agora com uma amplitude muito grande e anotou-
se o período obtido, comparando-o com os
anteriores.
Para a segunda parte do experimento,
mediu-se o comprimento de uma placa retangular
com uma trena. O corpo de prova foi fixado no
tripé por um orifício próximo da extremidade da
placa, como na figura 2.
Figura 2: Equipamento montado para a
segunda parte do experimento, forma ilustrativa
Afastou-se então, a placa 10° de sua
posição de equilíbrio, soltou-a e, com um
cronômetro, registrou-se o tempo que gastou para
oscilar 10 vezes. Repetiu-se o experimento mais
duas vezes. Agora com a placa fixada por um
segundo orifício, distante 15,0 cm do centro de
massa, repetiu-se o experimento. Anotou-se o
resultado na tabela 2.
Mediu-se o diâmetro da placa circular
maciça com uma trena. O corpo de prova foi
fixado no tripé por um orifício próximo da borda
da placa. Afastou-se a placa 10° de sua posição de
equilíbrio, soltou-a e, com um cronômetro,
registrou-se o tempo que gastou para oscilar 10
vezes. Repetiu-se o experimento mais duas vezes.
Anotou-se o resultado na tabela 2. Mediu-se o
diâmetro da placa circular oca e do orifício dela
com uma trena. O corpo de prova foi fixado no
tripé por um orifício próximo da borda da placa.
Afastou-se a placa 10° de sua posição de
equilíbrio, soltou-a e, com um cronômetro,
registrou-se o tempo que gastou para oscilar 10
vezes. Repetiu-se o experimento mais duas vezes.
Anotou-se o resultado na tabela 2. Calculou-se o
momento de inércia das placas retangular, circular
maciça e circular oca pelas equações 2b,3b e 4b e
pelo Teorema dos eixos paralelos. Calculou-se o
momento de inércia experimental pela equação 5c
e comparou-se com os resultados anteriores. Por
fim, calculou-se os desvios em cada caso.
3 Discussões e resultados
Os valores contidos na tabela 1, referem-se
as medições do tempo de oscilação do pêndulo
simples. Pode-se analisar, sem muita dificuldade,
que para as amplitudes testadas o período de
oscilação não variou. Ou seja, entende-se que esse
período não depende da amplitude, em relação ao
eixo, que o corpo está preso.
Entretanto, é conhecido fisicamente que
para pequenas amplitudes, na literatura, que esse
período realmente depende apenas do
comprimento do fio que prende o corpo de prova e
da gravidade do local, sendo este experimento
comumente utilizado para descobrir a gravidade
local.
Então, para oscilações de pequena
amplitude, o período do pêndulo simples não
depende da amplitude. Ao desprender o corpo de
prova com uma amplitude bem grande, obteve-se
um período igual os que foram obtidos com a
amplitude pequena: 17,4s.
Esperava-se algum tipo de variação, dada a
natureza desse movimento com grande amplitude,
3
entretanto a medição sendo feita por pessoas pode
ter retirado a precisão teórica da previsão do
movimento e, por conseguinte, deixando a medida
difícil de ser analisada.
Tabela 1: dados parte do experimento pêndulo simples.
Tempo 10
Amplitude (cm) T(s)
oscilações (s)
10 16,9 1,7
15 17,4 1,7
20 17,2 1,7
A segunda parte do experimento, referente
aos dados da tabela 2, tange a análise do cálculo
do período e do momento de inércia do pêndulo
físico, ao considerar corpos extensos. O erro
agregado calculado, na última coluna da tabela,
mostra que a variação entre o momento de inércia
calculado e o experimental, onde utilizou-se o
valor do período medido, foi bem pequena.
Faz sentido a pequena variação, uma vez
que para pequenas amplitudes torna-se fácil a
reprodução do experimento em laboratório, além
das formas geométricas, peso e equipamento não
serem de origem complexa para serem analisados.
Entretanto, alguma variação ocorreu e esta pode
ser atribuída as devidas causas: erros de medição
do período, mau posicionamento dos corpos de
prova, mau entendimento de algum procedimento,
erros de arredondamento teórico, etc. Contudo,
não deve haver erros grosseiros, uma vez que os
valores são condizentes com a realidade e
plausíveis.
O procedimento teórico é mais preciso no
que tange a menor possibilidade de erros, pois não
há envolvimento significativo de tempo de reação
humano, como é o caso do experimental que o
período é medido por uma pessoa, com erros
imensuráveis de tempo de reação e consideração
de amplitude.
 pôde-se determinar também a relação entre o
Tabela 2: dados e cálculo parte do experimento pêndulo
período e a distância do ponto de suspensão ao
físico. centro de massa, em que um é inversamente
proporcional ao outro, ou seja, quanto maior for a
Tempo 10 Iexp distância do centro de massa em relação ao ponto
Corpo de I calc e
oscilações(s T(s) (kg.m² de suspensão, menor o período do sistema.
prova (kg.m²) %
) )
Referências
Placa
retangula [1] Mello V.L.M “Pêndulo simples, de torção e
1,2 2,
r com 12,5 0,0137 0,0134 físico” cesad UFS. Disponível em
5 2
eixo em
O₁ https://cesad.ufs.br/ORBI/public/uploadCatalago/
15081815102012Intrumentacao_para_o_Ensino_d
Placa e_Fisica_IV_Aula_2.pdf Acesso em 22/02/2023
retangula
1,1 0,
r com 11,8 0,0061 0,0061 [2] Asth R.C. “Pêndulo simples: período, energia
8 1
eixo em potencial e força restauradora” Toda Matéria.
O₂ Disponível em:
Placa https://www.todamateria.com.br/pendulo-
0,8 1, simples/#:~:text=Per%C3%ADodo%20do%20p
circular 8,7 0,0052 0,0053
7 9
maciça %C3%AAndulo%20(T),%2C%20em%20metros
%20(m) Acesso em 23/02/2023
Placa
0,9 0,
circular 9,2 0,0028 0,0028 [3] “O pêndulo simples”. Cepa IF USP.
2 2
oca Disponível em: http://www.cepa.if.usp.br/e-
fisica/mecanica/universitario/cap13/cap13_35.htm
#:~:text=Para%20oscila%C3%A7%C3%B5es
%20de%20pequena%20amplitude,conhecida
4 Conclusão %20como%20isocronismo%20do%20p
Com a prática do pêndulo simples foi %C3%AAndulo Acesso em 23/02/2023.
possível concluir que a amplitude não influência
no período no pêndulo, mas que amplitudes
muitos altas mudam sim o período do pêndulo Apêndice (A)
simples.
Equação 1:
Já no pêndulo físico foi possível concluir
que seu movimento é periódico e considerando
pequenas amplitudes de deslocamento, seu
período depende apenas da distância do ponto de - Onde T equivale ao período simples
suspensão a seu centro de massa, da aceleração da
gravidade no local e da distribuição de sua massa - Onde L equivale ao comprimento do fio
em torno de seu centro de massa. Por esse motivo
- Onde g equivale a gravidade
o pêndulo físico foi e é um excelente marcador de
tempo para a humanidade e pode ser usado para
determinar a aceleração da gravidade em um dado
local. Com o experimento realizado em Apêndice (B)
laboratório observou-se que a gravidade Equação 2:
encontrada no pêndulo simples faz jus a gravidade
esperada no teórico. Através deste experimento
4
 - Onde M equivale a massa da placa retangular
- Onde a equivale a largura da placa
- Onde b equivale ao comprimento da placa
Equação 3:

- Onde M equivale a massa da placa circular

maciça
- Onde R equivale ao raio da placa

Equação 4:

- Onde M equivale a massa da placa circular oca

- Onde a equivale ao raio menor
- Onde b equivale ao raio maior

Apêndice (C)
Equação 5:

Onde, ao isolar o I, tem-se:

- Onde I equivale ao momento de inércia

- Onde T equivale ao período
- Onde M equivale a massa do corpo
- Onde g equivale a gravidade
- Onde L equivale ao comprimento do fio