Relatório Prática 2: Pêndulo

Anthony Luan de Souza Nascimento

Daniel Diniz da Silva
Macyel Rodrigues Galvão da Silva
Victor Vieira Sampaio

Discentes de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Piauí- UFPI

Departamento de Física – Centro de Ciências da Natureza – UFPI

victorsampaio44@ufpi.edu.br

O pêndulo foi primeiramente estudado por Galilei Galileu, ao perceber que mesmo em amplitudes diferentes o
movimento do pêndulo sempre ocorria da mesma forma. Neste experimento investigou-se as caracterisiticas e o
funcionamento mecânico do pêndulo simples e físico, assim como foi calculado suas oscilações, o período e seu
momento de inércia. Uma análise detalhada dos dados teóricos e experimentais permitira obter as informações
necessárias sobre o funcionamento do pêndulo. Obtivemos a partir do trabalho as principais equações que
descrevem o pêndulo físico onde foi relacionado o comprimento do bastão e seu período, que dependia de sua
massa, enquanto no pêndulo simples observou-se que o período varia de acordo com a amplitude e o comprimento
do cordão. Os resultados obtidos tiveram porcentagens de erro muito altas, a partir disso pôde-se observar grande
dificuldade do manuseio dos equipamentos para se ter resultados próximos aos teóricos.

Palavras chave: Pêndulo Simples; Pêndulo Físico; Análise.

2𝜋 𝐼
𝑇= = 2𝜋 √ (2)
1. Introdução 𝓌 𝑀𝑔𝑙
E seu momento de inércia teórico é dado por:
Galileu Galilei durante uma cerimonio na 𝑚𝐿2
catedral de pisa observou os lustres no teto, 𝐼= + 𝑚𝐻2 (3)
12
despertando sua curiosidade em relação ao Já o pêndulo simples se caracteriza por um corpo
movimento do pêndulo, percebendo que mesmo com fixo em uma das extremidades de uma haste com
diferentes amplitudes o período de movimento era o massa desprezível, o corpo move-se em relação a
mesmo, assim posteriormente realizando força peso (P) e a tensão (T).
experimentos ele conclui-o que não havia alteração
de tempo em relação a diferentes amplitudes e
diferentes objetos, o único fator determinante era o
uso de diferentes distancias entre o centro de massa Figura 2:
do objeto e seu suporte [1]. Montagem
Nos dias atuais já se tem uma definição para experimental
pêndulo, entre eles está o pêndulo físico onde um [4]
corpo rígido de massa m sofre a ação da força
gravitacional girando em torno de um eixo com atrito
desprezível [1].

Usando assim a segunda lei de newton em

Figura 1: relação ao pêndulo temos:
∆𝑑
Pêndulo Físico 𝐹 = −𝑚𝑔 ( ) (4)
𝑙
[3]
𝑚𝑔
𝑘= (5)
𝑙
Substituindo o valor de k na equação do
movimento harmônico simples vamos ter o período
A partir do movimento de um oscilador do movimento.
harmônico temos que: 𝑚 𝑙
𝑀𝑔𝑙 𝑇 = 2𝜋√ → 𝑇 = 2𝜋√ (6)
𝓌=√ (1) 𝑘 𝑔
𝐼
E o momento de inércia teórico do pêndulo
É importante lembrar que a formula de simples é dado por:
frequência angular (1) deve ser usada em análises
com ângulos pequenos de no máximo 15º. 𝐼 = 𝑚𝑙 2 (7)
Assim, o período T vai ser dado por:

1
É de extrema relevância calcularmos a porcentagem
de erro do experimento para termos uma noção da
precisão do experimento, tal cálculo se dá pela
fórmula: Figura 3: Arranjo
(𝑉𝑒𝑥𝑝−𝑉𝑡𝑒𝑜) Experimental Pêndulo
𝐸% = ∗ 100 (8)
𝑉𝑡𝑒𝑜
Físico [2]
onde Vexp é o valor experimental e Vteo o valor
teórico.
Hoje se tem o conhecimento que para uma
melhor observação dos períodos deve-se considerar
um menor ângulo de deslocamento de no máximo
15°, logo nesse trabalho vamos medir os períodos de
oscilação em função da amplitude, comprimento e 2.3 Segunda Parte: Pêndulo Simples
massa e medir o momento de inercia de uma barra
metálica. Montou-se o sistema mostrado na figura 4,
porém no lugar da haste de 1m, colocou-se massas
2. Procedimento Experimental de 50g apoiado sobre uma corda centralizada. No
primeiro teste, manteve-se a mesma amplitude (10º)
2.1 Materiais e comprimento da corda (44cm), mudando apenas a
Neste trabalho os seguintes materiais foram massa variando entre 50g a 300g, calculando o
utilizados: período médio. No segundo teste, manteve-se numa
massa de 150g e comprimento (44cm), variando a
• Computador com Windows; amplitude entre 5º a 25º, obtendo-se novamente o
período médio. No terceiro teste, manteve-se a
• Régua 30cm;
massa (150g) e amplitude (10º), variando o
• Barbante; comprimento da corda entre 44cm e 27cm,
adquirindo novamente o período médio e os dados
• Lab Quest; obtidos foram anotados numa tabela.
• 2 tripés;
• Foto-sensor Vernier;
• Braçadeiras do pêndulo;
Figura 4: Arranjo
• 1 barra de 1m; Experimental Pêndulo
• Massas de 50g; Simples [2]

• Transferidor;
• 2 hastes finas de 75cm;
• Castanhas.

2.2 Primeira Parte: Pêndulo Físico

Montou-se o sistema ilustrado na Figura 3,
acoplando as duas hastes de metais nos dois tripés
verticalmente. Após isso, colocou-se duas castanhas
nas extremidades das hastes, acrescentando outras
hastes menores. No meio das hastes superior,
colocou-se a barra de 1m centralizada, para que não
ocorresse oscilações. colocou-se a barra de 1m
centralizada, para que não ocorresse oscilações. Nas
castanhas inferiores, montou-se outro pequeno
sistema onde ficou o foto-sensor, a qual a barra de
1m ficou centralizada. Já no computador, conectado
com o Lab Quest, abriu-se o programar Logger pro
3 e abriu o arquivo “14 Pendulum Periods”. Depois,
dividiu-se a barra de 1m em 4 marcações a partir do
centro de massa para dar início as medições, onde os
dados adquiridos foram anotados numa tabela.

2
3. Resultados e Discussão (pêndulo)
3.1 Pêndulo Físico
De início, utilizando as seguintes fórmulas
número 3 e 7, para determinar os momentos de
inércia da haste metálica, sabendo que ela possui
378,500 g de massa e 48,5 cm de comprimento. Os
resultados obtidos encontram-se na tabela nº 01:
Tabela nº01 – Resultados obtidos através do software e dos cálculos realizados da haste metálica.
Para determinação do erro percentual do
experimento, foi utilizado a fórmula número (8).
Em seguida, foi calculado o período para um
pêndulo físico utilizando a fórmula (2). De acordo
com os resultados, nota-se que o período está
relacionado com as seguintes grandezas: massa,
gravidade e comprimento da haste.
Calculando o período (T), quando l tende a zero,
obtemos a fórmula de número (2), e assim
calculamos os seguintes resultados. Para calcular um
período onde l é muito maior que L, percebemos que
não é possível pois l é uma fração de L, assim é
necessário considerar que L=l, com isso obtém-se a
formula de número (6).
Com as informações obtidas, foi possível traçar
o gráfico tal, onde T(período) está em função de I
(momento de inércia), como esse gráfico é de T X I
deduzimos que ele relaciona todos os parâmetros de
período como gravidade, massa e comprimento,
como apresentado na fórmula (2). Segue gráfico
abaixo:
Gráfico nº 1
O software utilizado marca o tempo correto entre
as obstruções alternadas do pêndulo, para que
podemos obter o período completo, ao invés de meio
período que seria em cada bloqueio. Com isso nota-
se que o software é fundamental, pois ele facilita no
cálculo do período.
Analisando os gráficos, de acordo com o seu
prolongamento, nota-se que quanto maior for o
período, maior será seu momento de inércia. Com
isso, deduzimos que são diretamente proporcionais.
Traçado o gráfico T e T²(período) em relação a l
(comprimento da haste), nota-se que ambos as linhas
são crescentes e o gráfico de T(s) se aproxima mais
de uma reta, porém é notório que nos primeiros
pontos são presentes, irregularidades que fogem da
linha de tendência, isso se dá pelo fato da má
execução da prática, denominados erros
experimentais. É possível notar também
irregularidades na tabela (1), mencionada
anteriormente.
Gráfico nº 2
Analisando o gráfico acima é possível notar que
quanto maior o período, maior será seu
comprimento, assim nota-se que são diretamente
proporcionais, como já visto na formula (2), é
possível afirmar que, o período depende do
comprimento, amplitude e a massa em relação ao
3
período, assim é possível afirmar que todos os
parâmetros se relacionam e são dependentes.
Manipulando a fórmula (2), é possível isolar a
variável g e considerando o comprimento de 6,02
cm, obtemos uma gravidade igual a 15,94 m/s², com
um erro igual a 62%.
3.2 Pêndulo Simples
De acordo com a experimentação do pêndulo
simples, obteve-se os seguintes valores realizados
com o software, para período com variações feitas na
amplitude, massa e comprimento do cordão.
Tabela nº 2 - Resultados encontrados a partir de
software em laboratório, onde variou-se apenas a
massa no experimento.
comprimento do cordão. Entretanto com os
resultados obtidos com porcentagens de erro muito
altas no cálculo da gravidade, concluímos a grande
dificuldade do manuseio dos equipamentos para se
ter resultados próximos aos teóricos, erros esses que
podem ser ocasionados por diversos fatores como
falta de calibragem dos equipamentos, erro humano
ou até mesmo um ambiente não propicio para a
realização da pratica. Assim podemos dizer que os
objetivos não foram realizados.
Referencias
[1] FARIAS. F. E. R. Concepções sobre o
movimento oscilatório do pêndulo físico no ensino
médio. 2021. 47 f. Monografia (Licenciatura em
Física) - Universidade Federal do Ceará, Fortaleza,
2021.
[2] Apostila de Física experimental II - elaborada
pela Profa. Maria Leticia Vega - 2022
[3]https://www.respondeai.com.br/conteudo/fisica/
mhs-e-mha/pendulo-fisico/466 (acessado em
10/08/2022).
[4]https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/pendul
o-simples.htm (acessado em 10/08/2022).

Tabela nº 3 - Resultados encontrados a partir de

software em laboratório, onde variou-se apenas a
amplitude no experimento.

Tabela nº 4 - Resultados encontrados a partir de

software em laboratório, onde variou-se apenas a
comprimento no experimento.

De acordo com os resultados da experimentação,

que estão nas tabelas de número 2, 3 e 4 podemos
observar que, o período varia de acordo com a
amplitude e o comprimento do cordão e não depende
da massa.

Conclusão

Nesta pratica estudamos o pêndulo, e a suas

principais características, observamos uma relação
direta entre o comprimento da haste metálica e seu
período dependendo assim da distância até seu
centro de massa, já no pêndulo simples o período
varia com a aceleração da gravidade e o