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UFSCar - Universidade Federal de São Carlos

CCET - Departamento de Física


91227 - Física Experimental C

Experimento 5: Oscilações
Relatório do Grupo 5: Lucas Ribeiro e Yan - Turma C

Lucas Ribeiro da Silva Santos - RA: 771474


Yan Huang - RA 814091
Professor da Disciplina: Dr. Adenilson José Chiquito

São Carlos, SP
07.06.2023
1 Resumo
No presente experimento estudou-se o comportamento de dois sistemas oscilatórios:
sistema massa-mola em situação estática e pêndulos físicos acoplados à mola em duas posições.
Na primeira parte, determinou-se as constantes elásticas de 4 molas a partir do gráfico de
deslocamento por massa, o que possibilitou também a determinação do módulo de cisalhamento
com 76, 8% de concordância com o valor tabelado para o Cobre. Na segunda parte, determinou-se
o momento de inércia e analisou-se a influência da mola por meio da constante de acoplamento
em duas posições distintas para três condições iniciais adotadas. Como resultado, notou-se que
houve mínima influência para constantes de acoplamento consideradas fracas como nos
movimentos simétricos e antissimétricos, e maior influência no caso especial em que se observou
graficamente o fenômenos de batimentos.

1 Objetivos

Estudar o comportamento oscilatório de sistemas harmônicos massa-mola e pêndulos com


a presença ou não de acoplamento. Determinar a frequência natural e por consequência as
constantes das molas através dos métodos estático e dinâmico. Calcular o módulo de
cisalhamento que caracteriza o material da mola, como também as constantes de acoplamento
envolvidas no sistema.

1.1 Objetivos Específicos


A seguinte prática experimental consiste de dois experimentos a serem estudados, à Parte
A está relacionada ao sistema massa-mola e a Parte B aos pêndulos acoplados.

Parte A. Sistema massa-mola


1. Através do deslocamento do sistema variando as molas e massa envolvidas, determinar a
constante elástica de cada mola;
2. Utilizando molas de mesmo material e espessura do fio, obter o módulo de cisalhamento
do material

Parte B. Pêndulos físico acoplados


1. Obter o momento de inércia livre do sistema;
2. Acoplar os dois pêndulos a uma mola e estudar os movimentos oscilatórios em diferentes
condições iniciais;
3. Obter as frequências características para as diferentes condições iniciais do sistema;
4. Para diferentes posições da mola, determinar a constante de acoplamento da mola.

2
2 Fundamentos Teóricos

2.1 Sistema massa-mola


Ao analisarmos uma elongação de um corpo elástico que está sujeito a uma força 𝐹, há
uma constante 𝑘 que é inversamente proporcional ao deslocamento ∆𝑥 da massa. Essa lei
fundamental foi descoberta por Robert Hooke e é caracterizada por:
𝐹𝑒𝑙 =− 𝑘∆𝑥 . (E1)
Em equilíbrio, sem movimento, a força peso se iguala com a força elástica, logo temos:
𝑚𝑔 = 𝑘∆𝑥 , (E2)
onde 𝑚 é a massa do corpo acoplado a mola e 𝑔 como sendo a aceleração gravitacional. Um
sistema massa-mola vertical é composto por uma mola e com uma das extremidades presa a um
suporte, e na extremidade livre, possui um corpo preso de massa 𝑚. Quando esse sistema é
comprimido ou esticado e depois liberado, o corpo executa um Movimento Harmônico Simples
(MHS), que pode ser descrito a partir da Segunda Lei de Newton:
2
𝑑𝑥 2
2 =− 𝜔 𝑥 ; (E3)
𝑑𝑡
𝑘
𝜔= 𝑚
, (E4)
onde 𝜔 é a velocidade angular e 𝑘 a constante elástica da mola [1].
Além disso, o módulo de cisalhamento e a constante elástica é relacionada através da
equação a seguir:
4
𝐺𝑑
𝑘= 3 , (E5)
8𝑛𝐷

onde 𝑑 é o diâmetro do fio, 𝑛 é o número de espiras e 𝐷 é o diâmetro da espira [2].

2.2 Pêndulos físicos acoplados


Um sistema de oscilações acopladas pode ser representado através da Figura 1 (e), a qual
apresenta duas hastes de mesmo comprimento com discos de massas iguais acoplados por uma
mola de constante elástica 𝑘. Analisando inicialmente um único pêndulo físico, a equação de
movimento para a variação angular θ da haste em relação a um plano vertical toma a
aproximação 𝑠𝑒𝑛(θ) ≈ θ quando θ ≤ 10°. O momento de inércia total desse objeto em relação
ao eixo de rotação é dado por
𝐼 = 𝑚𝑑𝑙, (E6)
onde 𝑚 é a massa total do pêndulo, 𝑑 a distância entre o centro de massa até o eixo de rotação e
𝑙 representa o comprimento do pêndulo. Já a constante elástica é 𝑘 = 𝑚𝑔𝑑, considerando 𝑔 a
aceleração gravitacional. Desse modo, a equação diferencial de segunda ordem toma a forma
𝑑²θ 𝑑²θ 𝑘 𝑑²θ 2
𝐼 𝑑𝑡²
=− 𝑘θ ⇒ 𝑑𝑡²
+ 𝐼
θ = 0⇒ 𝑑𝑡²
+ ω0 θ = 0, (E7)

3
sendo ω0 = 2π 𝑓 a frequência natural de oscilação (angular). Relacionando a frequência 𝑓 com o

período de oscilação do pêndulo, podemos escrever [3]


1 2π 𝐼 𝐼
𝑇 = 𝑓
= ω0
= 2π 𝑘
= 2π 𝑚𝑔𝑑
. (E8)

Assim, para um sistema de dois pêndulos acoplados (conectados) por uma mola helicoidal,
podemos analisar a variação angular dependente da constante elástica, agora denominada de
acoplamento efetivo 𝑘𝑎𝑐. Supondo pêndulos de mesmo ω0, as equações de movimento para cada

pêndulo com momento de inércia próprio terão um acréscimo a Equação (E7):


𝑑²θ1
𝐼1 𝑑𝑡²
=− 𝑘θ1 + 𝑘𝑎𝑐(θ2 − θ1), (E9)
𝑑²θ2
𝐼2 𝑑𝑡²
=− 𝑘θ2 + 𝑘𝑎𝑐(θ2 − θ1). (E10)

Uma das possíveis soluções para as equações diferenciais acima é considerar 𝐼 = 𝐼! = 𝐼2

e estabelecer como condições iniciais que o pêndulo 1 se mantém em repouso, enquanto o


pêndulo 2 é deslocado por um ângulo pequeno, resultando nas soluções:
∆ω
θ1(𝑡) = 𝐴𝑐𝑜𝑠( 2
𝑡)𝑐𝑜𝑠(ω𝑡) ; (E11)
∆ω
θ2(𝑡) = 𝐴𝑠𝑒𝑛( 2
𝑡)𝑠𝑒𝑛(ω𝑡) , (E12)

sendo que os pêndulos apresentam a mesma amplitude de oscilação 𝐴. Definimos a frequência

1 2 2𝑘𝑎𝑐
característica do pêndulo acoplado como ω = 2
(ω + ω0) para ω = ω0 + 𝐼
e a frequência

de modulação da amplitude ∆ω = ω − ω0.

O acoplamento do sistema será considerado como fraco (força restauradora pequena)


𝑘𝑎𝑐 2
quando 𝐼
≪ ω0. A partir desse regime podemos observar o fenômeno ondulatório dos

batimentos, onde basicamente temos a modulação das duas amplitudes em quadratura. Ocorre
que devido os pêndulos oscilarem com mesma frequência natural, uma condição inicial onde o
pêndulo 1 transfere energia para o pêndulo 2, atuando como uma força externa, teremos uma
ressonância envolvida que ocasionará um aumento da amplitude do pêndulo 2 e o decréscimo da
amplitude do pêndulo 1. Como a energia total se conserva, os batimentos representam esse
processo que se repete em sentido inverso diversas vezes [1].
Por último, a fim de obter o momento de inércia 𝐼𝑝 de cada pêndulo é utilizado o Teorema

dos Eixos Paralelos [7]:


4 3
𝐼𝑝 = 3
𝑚𝐻𝐿² + 2
𝑚 𝑅² , (E13)
𝐷

onde 𝑚𝐻 é a massa da haste, 𝑚𝐷 a massa do disco, 𝐿 o comprimento da haste, 𝑅 o raio do disco e

𝑙 o comprimento do eixo de rotação ao centro de massa.

4
3 Material Utilizados
Para a realização da prática experimental foram utilizados os seguintes materiais
presentes no laboratório de ensino do Departamento de Física - UFSCar:
● 4 corpos de prova para adição ao sistema massa-mola, conforme Figura 1 (a);
● 4 molas de mesmo material e espessura do fio, mas número de espiras diferentes, Figura
1 (b);
● Paquímetro Universal com precisão de 0. 05 𝑚𝑚 da marca Digimess, micrômetro Digimess
com precisão de 0, 01 𝑚𝑚 e trena Brasport, Figura 1 (c);
● Balança eletrônica com precisão de 0, 1 𝑔 da marca Gehaka modelo GB4001, Figura 1 (d);
● Haste com escala milimétrica para prender a mola e dois suportes para produzir o sistema
massa-mola, Figura 1 (e);
● Duas hastes metálicas com níveis de ajuste para posicionamento de discos e acoplamento
de mola, Figura 1 (e).
● Transferidor, alicate e chave de fenda.
Figura 1. Equipamento e montagem experimental.

5
4 Procedimento Experimental

Parte A. Sistema massa-mola


O sistema estudado em equilíbrio é composto pela mola mais os dois suportes de apoio
para as massas.
1. Aferir através da balança as massas de 4 corpos de prova
2. Aferir através da balança as massas das 4 molas, como também o número de espiras,
diâmetro do fio e diâmetro da espira;
3. Medir o deslocamento de equilíbrio do sistema de cada mola através da escala do suporte;
4. Acrescentar cada tipo de massa e medir o deslocamento para as respectivas massas.

Parte B. Pêndulos físico acoplados

1. Aferir através da balança as massas da haste e disco, bem como a mola de acoplamento;
2. Ajustar o sistema dos pêndulos e disco na mesma altura, isto é, para terem a mesma
frequência oscilatória;
3. Para uma posição específica da mola, analisar o movimento para as 4 condições iniciais,
tomando θ1 como ângulo em relação a haste 1 e θ2 em relação a haste 2, ambos em 8

graus θ1 = θ2 = 0, θ1 = θ2, θ1 =− θ2,θ1 ≠ θ2;

4. Utilizando o software “Tracker” pela análise das filmagens do movimento oscilatório, obter
a frequência característica respectiva as condições iniciais e consequentemente a
constante de acoplamento da mola.

5 Resultados e Discussões

5.1 Sistema massa-mola

Como apresentado na Tabela 1 (Apêndice), foram consideradas 4 molas de diâmetros do


fio e da espira próximos, mas variando o número de espiras e consequentemente sua constante
de elasticidade. Desse modo, a fim de determinar 𝑘 através da análise do deslocamento da mola
em condição de equilíbrio ocasionado pela adição de corpos de prova ao sistema (massas da
Tabela 1), utilizou-se a Equação (E2) como ajuste para os resultados da Figura 2 fornecidos na
Tabela 2 - Apêndice:

6
Figura 2. Gráfico do deslocamento de quatro molas em um sistema massa-mola após atingir o equilíbrio.

Fonte: autores.

A partir dos resultados contidos na Figura 2 fica evidente a boa qualidade dos dados a
equação de ajuste aplicada, tendo em vista que desejamos fatores de qualidade 𝑅² → 1 e
𝐶ℎ𝑖² → 0 [4]. Como também, a barra de erro é pouco expressiva devido a estar na mesma
dimensão dos pontos atribuídos. O coeficiente angular da equação de ajuste é obtido
relacionando a Equação (E2) na forma
𝑔 𝑔
𝐴 = 𝑘
⇒𝑘 = 𝐴
, (E14)
2
onde consideramos 𝑔 = 9, 785 𝑚/𝑠 para a cidade de São Carlos [5]. Desse modo, apresentamos
na Tabela 3 as constantes elásticas obtidas utilizando a Equação (E14) com as respectivas
incertezas obtidas através da propagação de erro:
Tabela 3. Cálculo das constantes elásticas de quatro molas com número de espiras crescentes.
𝑁
k(𝑚)

Mola 1 461 ± 209


Mola 2 156 ± 24
Mola 3 90 ± 8
Mola 4 39, 4 ± 1, 5

É notável a alta incerteza de 𝑘 para a Mola 1 e o respectivo decrescimento dessa incerteza


para as outras medidas. Esse comportamento é justificado devido a Mola 1 apresentar o menor
número de espiras e consequentemente um comprimento pequeno, proporcionando uma maior
rigidez da mola (constante elástica grande) e assim impedindo no equilíbrio um deslocamento
significativo para se poder aferir a ação da força restauradora devido as massas adicionadas ao
sistema. Desse modo, a partir da constante elástica e as dimensões das molas contidas na Tabela

7
1 é possível obter o módulo de cisalhamento e assim determinar o material que as constituem.
Para isso foi utilizada a Equação (E4) no ajuste do gráfico da Figura 3:

Figura 3. Gráfico das constantes elásticas de quatro molas pelo inverso do número de espiras.

Fonte: autores.

O resultado utilizou as médias 𝑑 = (1, 26 ± 0, 01) 𝑚𝑚 e 𝐷 = (11, 2 ± 0, 1) 𝑚𝑚 obtidas


pela Tabela 1, aplicando-as no resultado do coeficiente angular 𝐵 para determinar 𝐺 da seguinte
forma:
4 3
𝐺(𝑑) 8𝐵(𝐷)
𝐵= 3 ⇒𝐺 = 4 . (E15)
8(𝐷) (𝑑)

Vemos que a qualidade do ajuste foi satisfatória, mesmo com a larga barra de erro devido
a imprecisão da medida na Mola 1. Com isso, o módulo de cisalhamento calculado pela Equação
(E15) foi 𝐺 = 49, 79 𝐺𝑃𝑎 com 76, 8% de concordância com o valor tabelado para o Cobre [6].

5.2 Pêndulos físicos acoplados


Para o cálculo teórico do momento de inércia dos pêndulos, foram utilizados os dados da
Tabela 4 (Apêndice). Utilizando a Equação (E13), para o primeiro pêndulo obteve-se um momento
2
de inércia de (1, 1852 ± 0, 0028 ) 𝑘𝑔. 𝑚 , e para o segundo, o resultado foi de
2
(1, 1152 ± 0, 0027) 𝑘𝑔. 𝑚 .
Para as quatro condições iniciais propostas, observou-se movimentos característicos. Em
θ1 = θ2 = 8° os pêndulos oscilaram simetricamente; para θ1 =− θ2, notou-se movimentos

opostos, ou seja, antissimétrico; para θ1 = 0° e θ2 = 8°, o fenômeno de batimentos foi

observado. A seguir, na Tabela 5, foram analisadas as frequências características de oscilação


para as condições iniciais e para cada posição da mola.

8
Tabela 5. Frequências características para condições e posições de mola diferentes.

Mola - posição X Mola - posição Y


𝑟𝑎𝑑 𝑟𝑎𝑑
( 𝑠 ) ( 𝑠 )

Simétrico 3, 348 ± 0, 002 3, 604 ± 0, 009

Anti simétrico 4, 622 ± 0, 002 3, 767 ± 0, 005

Batimento 5, 692 ± 0, 002 3, 791 ± 0, 008

Os dados foram coletados a partir da gravação dos movimentos oscilatórios no celular e


inseridos no aplicativo “Tracker”. Para a condição θ1 = θ2 = 8°, obteve-se o gráfico da Figura 4

(a):

Figura 4. Gráfico de deslocamento por tempo para pêndulos em três tipos de condições iniciais.

Fonte: autores.

Pela análise do gráfico da Figura 4 (a), observa-se que o período dos pêndulos são iguais,
sendo 𝑇 = (1, 88 ± 0, 01) 𝑠. Além disso, como a frequência de oscilação do pêndulo e a
9
frequência natural são muito próximos, obteve-se a frequência de modulação bem próxima de
zero, portanto, com a constante de acoplamento também praticamente nula, indicando a pouca
influência da mola neste caso.
Já para a condição θ1 =− θ2, caracterizando um movimento oscilatório fora de fase,

obteve-se o gráfico da Figura 4 (b). Nota-se visualmente que a mola de acoplamento na posição X
tem pouca influência nessas duas condições iniciais, podendo ser desconsiderada do sistema.
Pela análise do gráfico, o período é aproximadamente de (1, 36 ± 0, 01) 𝑠. Com a inserção exata
dos dados de período, obteve-se uma frequência natural muito próxima da frequência de
oscilação, e consequentemente obteve-se valores próximos do zero para as frequências de
modulação e constante de acoplamento.
Por último, na condição θ1 = 0° e θ2 = 8°, obteve-se o gráfico da Figura 4 (c). Neste

caso, observou-se uma maior elongação da mola acoplada, resultando em uma maior
transferência de energia resultante da força potencial elástica, desta maneira, os pêndulos
sofreram maior influência, caracterizando o fenômeno de batimentos, como é observado na Figura
4 (c). Obteve-se a frequência de modulação △𝑤 no valor de 1, 016 𝑟𝑎𝑑/𝑠, e a frequência de
oscilação 5, 692 𝑟𝑎𝑑/𝑠, com isso, o valor de 6, 855 𝑁/𝑚 para a constante de acoplamento. Além
disso, o torque exerce uma influência nos movimentos, sendo o torque resultante composto pela
gravidade e da força elástica, principalmente nos pontos em que há maior influência da mola ou
quando os pêndulos estão mais distantes do equilíbrio. A sua influência se dá na restauração do
equilíbrio dos pêndulos, direcionando-os de volta a posição.
Considerando agora a situação em que a mola está na posição Y, gerou-se gráficos para
as mesmas condições iniciais. As Figuras 5 (a), (b) e (c) são referentes a condições em que gerou
os movimentos simétrico, antissimétrico e batimentos, respectivamente. Nota-se a influência da
constante de acoplamento do sistema, nesse caso, o menor valor comparado com a outra posição
da mola gerou gráficos com menor diferença entre os pêndulos, o que indica a menor influência
da mola sobre os pêndulos. O gráfico dos batimentos, Figuras 4 (c) e 5 (c), é a que mais fica
evidente a diferença quando a constante de acoplamento é diferente: obteve-se a constante de
acoplamento no valor de 2, 698 𝑁/𝑚, observa-se com maior facilidade o fenômeno de batimentos
𝑘𝑎𝑐 2
no caso em que a constante de acoplamento é mais fraca, ou seja, quando 𝐼
≪ ω0, neste caso,

2, 277 ≪ 12,184.

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Figura 5. Gráfico de deslocamento por tempo para pêndulos em três tipos de condições iniciais.

Fonte: autores.

6 Conclusões
Para o sistema massa-mola o método estático se mostrou eficaz para a determinação do
material que constituem as molas através do módulo de cisalhamento, com 76, 8% para o Cobre.
As incertezas maiores apresentadas para as molas com menor número de espiras se dá pelo
pequeno deslocamento apresentado devido a ação da força restauradora, impedindo de realizar
medidas com incerteza menor.
No sistema de pêndulos acoplados obteve-se primeiramente os momentos de inércia
2 2
(1, 1852 ± 0, 0028 ) 𝑘𝑔. 𝑚 e (1, 1152 ± 0, 0027) 𝑘𝑔. 𝑚 para cada pêndulo. Considerando duas
posições da mola foi possível obter o período de oscilação e as frequências de modulação e
oscilação para as três condições iniciais consideradas. Por fim, verificamos que o fenômeno de
batimentos é o que recebe maior influência da constante da mola e para um regime de
acoplamento fraco esse fenômeno é mais evidente.

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7 Bibliografia

[1] NUSSENZVEIG, H. Moysés. Curso de física básica, 2: Fluidos, Oscilações e Ondas, Calor.
Number v. 2, ed. 5a, Blucher, 2013.
[2] Apostila Física Experimental C, Universidade Federal de São Carlos, Centro de Ciências
Exatas e de Tecnologia, Departamento de Física, 2015. Acesso em: 3 jun 2023.
[3] ROQUE, Antônio. O Pêndulo Físico, Física II, FFCLRP – USP. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5190749/mod_resource/content/1/aula4.pdf. Acesso em:
31 mai 2023.
[4] CANUTE, Ricardo. Tratamento de Dados Utilizando o SciDAVis, Departamento de Física
DAFIS, Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Disponível em: http://hpc.ct.utfpr.edu.br/
rsilva/TutorialS ciDaV is.pdf. Acesso em : 2 jun 2023.
[5] Apostila Física Experimental A, Universidade Federal de São Carlos, Centro de Ciências
Exatas e de Tecnologia, Departamento de Física, 2015. Acesso em: 2 jun 2023.
[6] EDGE, Engineers. Shear Modulus of Rigidity Table of Engineering Materials. Disponível
em: https://www.engineersedge.com/materials/shear_modulus_of_rigidity_13122.htm. Acesso em:
5 jun 2023.
[7] NUSSENZVEIG, H. Moysés. Curso de física básica, 1: Mecânica. Number v. 1, ed. 5a,
Blucher, 2013.

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8 Apêndices
8.1 Perguntas
1) De que forma a mudança na posição de um dos discos pode afetar o comportamento
oscilatório do sistema? Conseguimos fazer previsões gerais sobre esse movimento apenas
pensando sobre a mudança no momento de inércia?

Resposta: Conforme estabelecido no desenvolvimento das soluções para as equações de


movimento dos pêndulos acoplados (E11) e (E12), foi considerado que 𝐼1 = 𝐼2. Ou seja, mudar a

disposição do sistema apresentado na Figura 1 (e) seria mudar o momento de inércia de um dos
pêndulos, impedindo de considerá-los iguais para obter a solução da forma mais simples
apresentada. Esta nova disposição pode causar grandes problemas para a análise do movimento
se a distância entre os dois discos for grande, devido a não permitir uma compressão ou
distensão da mola em um movimento oscilatório longitudinal, ocasionando uma difícil previsão do
comportamento dos pêndulos.

2) Para dois pêndulos físicos com mesmas condições iniciais, é observado a mesma
frequência de oscilação, isto é, em fase. Ao acoplarmos uma mola entre esses pêndulos, é
possível notarmos alguma diferença na frequência natural de oscilação ?

Resposta: Quando dois pêndulos estão em fase, eles possuem a mesma amplitude e frequência
de oscilação. Ao adicionarmos uma mola de acoplamento entre os pêndulos em fase, a frequência
do movimento não se altera, pois não há a troca de energia entre os pêndulos, esse fato se
também se comprova quando analisamos a frequência de modulação e constante de
acoplamento, onde nesta situação, obteve um valor muito próximo do zero, indicando a pouca
interferência no movimento.

8.2 Tabelas
Tabela 1. Medidas das massas e dimensões das molas e dos corpos de prova.

Massa Diâmetro fio Diâmetro da espira Número de Massa


(g - ± 0, 1) (mm - ± 0, 01) (mm - ± 0, 1) espiras (± 1) (g - ± 0, 1)
Mola 1 3,6 1,25 16,6 9 Massa 1 50,2
Mola 2 10,0 1,32 17,9 19 Massa 2 100,60
Mola 3 19,7 1,23 16,7 37 Massa 3 127,30
Mola 4 45,4 1,24 17,8 90 Massa 4 194,50

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Tabela 2. Medidas dos deslocamentos das molas segundo as massas adicionadas ao sistema.

Mola 1 Mola 2 Mola 3 Mola 4


(cm - ± 0, 1) (cm - ± 0, 1) (cm - ± 0, 1) (cm - ± 0, 1)
Repouso 5,7 8,5 19,9 34,5
Massa 1 5,8 8,8 20,3 35,7
Massa 2 5,9 9,1 21,1 37,0
Massa 3 6,0 9,3 21,3 37,6
Massa 4 6,1 9,7 21,9 39,3

Tabela 4. Medidas dos componentes dos pêndulos.

Pêndulo 1 Pêndulo 2

Comprimento da haste (𝑐𝑚) 99, 0 ± 0, 1 98, 0 ± 0, 1

Massa da haste (𝑔) 904, 2 ± 0, 1 868, 1 ± 0, 1

Diâmetro do disco (𝑐𝑚) 9, 8 ± 0, 1 9, 7 ± 0, 1

Massa do disco (𝑔) 1001, 6 ± 0, 1 1000, 5 ± 0, 1

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