Você está na página 1de 11

Universidade Federal do Maranhão

Centro de Ciências Exatas e Tecnologia - CCET


Disciplina: Experimental de Física I
Turma: 1
Professor(a): Luciana Alencar

Ana Beatriz Alves Braga

Relatório sobre a lei de Hooke

São Luís
2021
Sumário

1 Objetivo 3
2 Resumo 3
3 Introdução teórica 3
3.1 Lei de Hooke 3
3.2 Associação de molas 4
3.3 Trabalho realizado por uma mola que obedece à lei de Hooke 5
3.4 Energia Potencial Elástica 5
4. Procedimento experimental 6
4.1 Conhecendo a interface do phet 6
4.2 Questões sobre a lei de Hooke 6
5 Resultados e discussões 10
6 Conclusão 11
7 Referências 11

2
1 Objetivo

Este relatório tem como objetivo apresentar e discutir a lei de hooke. Vamos
utilizar o phet (Lei de Hooke) para criar as situações para discutir essa lei, usando o
sistema de massa e mola como objeto de estudo para compreender a dinâmica das
forças e do movimento do sistema.

2 Resumo

Utilizamos as diversas ferramentas do phet para entender a relação entre as


forças, constante elástica e energia do sistema. A partir disso, respondemos
diversas questões que enfatizam os assuntos abordados no relatório. E por fim,
apresentamos as conclusões obtidas.

3 Introdução teórica

3.1 Lei de Hooke


Qualquer material, sobre o qual atua uma força, sofrerá uma deformação, que
pode ou não ser observada. Quando isso acontece, tem-se uma força restauradora
que surge no sentido oposto da força aplicada, para recuperar o formato original.
Como mostra a imagem a seguir:

E Robert Hooke em 1678 observou que


essa força restauradora, quando o
deslocamento não é muito grande, é
diretamente proporcional ao
deslocamento. Logo, ficou conhecida
como lei de Hooke:

𝐹𝑥 = 𝑘𝑥 (equação 1), onde 𝑘 é a constante da mola

Quando maior o valor de 𝑘, mais rígida é a mola e maior é a força necessária


para deslocar a mola.

3
3.2 Associação de molas

Existem sistemas que envolvem mais de uma mola e elas podem estar
acopladas em série ou em paralelo que influenciam na constante elástica resultante
do sistema massa mola.

Quando as molas estão em paralelo, temos:

A partir da imagina podemos afirmar que a


força elástica resultante é:

𝐹𝑟 = 𝐹1 + 𝐹2

𝑘𝑟𝑥𝑟 = 𝑘1𝑥1 + 𝑘2𝑥2

Como está em paralelo, a deformação é igual


para as duas molas. Então podemos dividir tudo por x:

𝑘𝑟 = 𝑘1 + 𝑘2

Quando as molas estão em série:

A deformação não é a
mesma para as duas molas
mas a força aplicada é.

𝐹𝑟 = 𝐹1 + 𝐹2

𝐹
Onde 𝐹 = 𝑘𝑥 → 𝑥 = 𝑘

Logo, temos:

𝐹𝑟 𝐹1 𝐹2
𝑥𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝑥1 + 𝑥2 → 𝑘𝑟
= 𝑘1
+ 𝑘2

Dividindo tudo por 𝐹:

1 1 1
𝑘𝑟
= 𝑘1
+ 𝑘2

4
3.3 Trabalho realizado por uma mola que obedece à lei de Hooke

Para deformar qualquer mola, realiza-se trabalho. Sabemos que trabalho é o


produto escalar da força pelo deslocamento. Logo:

𝑥2 𝑥2 2 2
𝑥2 𝑥1
𝑊 = ∫ 𝐹𝑥𝑑𝑥 = ∫(𝑘𝑥)𝑑𝑥 = 𝑘( 2
− 2
)
𝑥1 𝑥1

1 2 1 2
𝑊= 2
𝑘𝑥2 − 2
𝑘𝑥1 (equação 2)

O trabalho calculado foi o trabalho realizado sobre a mola, dessa forma, o


trabalho feito pela mola é a negativa da equação 2, pois, a força restauradora realiza
um trabalho negativo equivalente ao trabalho positivo pela força aplicada sobre a
mola. Logo, o trabalho realizado pela mola é [4]:

1 2 1 2
𝑊= 2
𝑘𝑥1 − 2
𝑘𝑥2 (equação 3)

3.4 Energia Potencial Elástica

A energia potencial é a energia associada à configuração de um sistema que


está sujeito à ação de uma força conservativa. Quando uma força conservativa
realiza um trabalho W sobre uma partícula do sistema, a variação ΔU da energia
potencial do sistema é dada por ∆𝑈 =− 𝑊. [1]

Dessa forma, a variação de energia potencial elástica é dada pela equação 2.


E podemos afirmar que a energia potencial armazenada em uma mola é dada por:

1 2
𝑈𝑒𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 = 2
𝑘𝑥

Assim, temos que a constante elástica e a deformação da mola são


diretamente proporcionais a energia potencial, logo, quando o 𝑘 e o 𝑥 aumentam a
energia potencial aumenta também.

O gráfico da energia potencial elástica pela


distância é uma parábola:

O eixo das abscissas é a energia potencial

e o eixo das ordenadas é o deslocamento.

5
4. Procedimento experimental

4.1 Conhecendo a interface do phet

Nesta parte do relatório, vamos fazer uma breve apresentação do simulador


que usaremos para responder questões sobre a lei de hooke. Entrando no link phet
lei de Hooke temos 3 opções:

1. Intro: que permite explorar as relações entre a força aplicada, força


restauradora, deformação e equilíbrio. Podemos comparar 2 molas ao mesmo
tempo. Vídeo explorando as ferramentas desta tela: tela 1.

2. Sistemas: aqui podemos trabalhar com associações de molas (em série e em


paralelo) e ver como a força elástica, força aplicada e constante elástica
muda quando as molas são conectadas. Vídeo explorando as ferramentas
desta tela: tela 2.

3. Energia: podemos ver como a força aplicada, deformação e constante da


mola afeta a energia potencial elástica na mola. Vídeo explorando as
ferramentas desta tela: tela 3.

4.2 Questões sobre a lei de Hooke

1. Se aplicarmos a mesma força nas molas (A e B), qual delas terá a maior
deformação? Explique.

Resposta:

6
Aplicando a lei de Hooke em ambas as molas, temos:

𝐹1 = 𝑘1𝑥1 𝐹2 = 𝑘2𝑥2

Sabendo que a força aplicada a ambas as molas é a mesma então o que vai
definir a deformação é a constante elástica que é inversamente proporcional a
𝑥. Dessa forma, a mola que vai ter maior deformação é a mola 2 que possui o
menor 𝑘. Para provar isso, vamos supor que a força aplicada é de 50 N.

Na mola 1: 50 = 1000𝑥1 → 𝑥1 = 0, 05𝑚

Na mola 2: 50 = 100𝑥2 → 𝑥2 = 0, 5𝑚

Usando o phet para confirmar:

2. Considere uma força de 100 N aplicada em uma mola de constante elástica


desconhecida. Se a mola deformou 0,2m qual o valor da constante k da
mola? Após os cálculos confira a resposta no OA “Hooke’s Law”.

Resposta:

Usando a equação 1:

𝐹 = 𝑘𝑥 → 100 = 𝑘0, 2 → 𝑘 = 500

Conferindo a resposta:

7
3. Uma força de 82 N empurra uma mola contra a parede, fazendo com que ela
se deforme 0,205m. Qual o valor da constante k da malo? Após os caálculos
confira a resposta no OA “Hooke’s Law”.

Resposta:

Semelhante a questão anterior, temos:

𝐹 = 𝑘𝑥 → 82 = 𝑘0, 205 → 𝑘 = 400

Conferindo a resposta:

4. Temos 2 molas de constante elástica k=600 N. Se elas estão em paralelo,


qual seria a constante resultante do sistema?

Resposta:

8
𝑘𝑟 = 𝑘1 + 𝑘2 → 𝑘𝑟 = 600 + 600 → 𝑘𝑟 = 1200

5. Duas molas de constante elástica k=200N são postas em paralelo, qual o


valor da deformação das molas, se há uma força de 100N as puxando?

Resposta:

Sabemos que nessa situação a constante k resultante é igual a 400. Logo a


deformação será dada por:

𝐹 = 𝑘𝑥 → 100 = 400𝑥 → 𝑥 = 0, 25𝑚

Conferindo a resposta:

6. Duas molas de constante elástica k1=600N e k2=200N são acopladas em


série, qual o valor da constante elástica resultante do sistema formado pelas
duas molas?

Resposta:

1 1 1
Quando as molas estão em série o k resultante é dado por 𝑘𝑟
= 𝑘1
+ 𝑘2
,

logo:

1 1 1
𝑘𝑟
= 600
+ 200
→ 𝑘𝑟 = 150

9
7. Duas molas de constante elástica k1=200 N e k2=600 N são acopladas em
série, qual o valor da deformação do sistema formado por essas duas molas,
se há uma força 100N as puxando?

Resposta:

Neste caso, conhecemos o valor da força (100N) e a constante resultante


k=150 (calculada na questão anterior). Logo:

𝐹 = 𝑘𝑥 → 100 = 150𝑥 → 𝑥 = 0, 666𝑚

Conferindo a resposta:

5 Resultados e discussões

Dado o exposto. podemos perceber sobre o sistema massa mola que:

● Quando uma força é aplicada, existe uma força restauradora de mesma


intensidade com o sentido oposto visando voltar o sistema ao equilíbrio.

● A constante da mola e a deformação da mola são inversamente proporcionais


entre si, porém ambas são diretamente proporcionais à força aplicada e
restauradora.

● Quanto maior a constante elástica, mais força é necessária para deformar a


mola. Logo, quando aumentamos a constante elástica mas a força aplicada
permanece constante a deformação da mola diminui.

10
● Quando as molas estão em paralelo e aplicamos uma força, a deformação é a
mesma independente da constante elástica das molas.

● Quando as molas estão em série, a deformação não é a mesma para ambas as


molas.

● A constante elástica k e a deformação x é diretamente proporcional a energia


potencial elástica, quando aumentamos k e x a energia potencial elástica também
aumenta.

6 Conclusão

Desse modo, percebemos que o phet é uma ótima ferramenta para o estudo
do sistema massa mola pois apresenta de forma lúdica os conceitos e a relação
entre força aplicada, força restauradora, constante elástica, deformação e energia
potencial elástica na parte que diz respeito a Lei de Hooke. Assim, conseguimos
compreender a lei de Hooke e as consequências dela de forma satisfatória.

7 Referências

1. HALLIDAY, D., RESNICK R. e WALKER, J., Fundamentos de Física, Vol. 1,


10a edição,Ed. LTC.

2. NUSSENZVEIG, H. Moyses, Curso de Física Básica, Vol. 1, Ed. Edgar


Blucher Ltda.

3. TIPLER, P. e Mosca, G., Física, Vol. 1, 6a edição, Ed. LTC.

4. YOUNG, H. D e FREEDMAN, R. A. – Sears e Zemansky, Física I: Mecânica.


14a edição, Ed. Pearson Addison Wesley.

5. Lei de Hooke, UFJF. Disponível em:


https://www.ufjf.br/fisica/files/2010/03/06_Pratica6-Hooke.pdf. Acesso em 01
de dezembro de 2021.

11

Você também pode gostar