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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO PIAUÍ

CAMPUS TERESINA – CENTRAL, DIRETORIA DE ENSINO DEPARTAMENTO


DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES, LETRAS E CIÊNCIAS DISCIPLINA DE
FISICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL

PROPRIEDADES COLIGATIVAS: DETERMINAÇÃO DA MASSA


MOLECULAR POR CRIOSCOPIA

LUIS HENRIQUE DA COSTA MANO


TÂNIA MARA OLIVEIRA DOS REIS

TERESINA, 2019
RESUMO

A constante dos gases, é uma constante resultado da combinação das constantes


de lei de Boyle , a lei de Charles , a lei de Avogadro , e lei de Gay-Lussac. A equação
é usada em condições normais de temperatura e pressão (CNTP) e também o volume
molar padrão, que considera n igual a 1 mol, o número de mols da amostra. Neste
experimento foi determinado a constate universal dos gases através da equação de
Clapeyron e de Van Der Waals. Os resultados mostraram um grande desvio do
esperado, devido a temperatura e pressão não estarem nas condições padrões.

Palavras chave: Constate dos gases; equação de Clapeyron; equação de Van Der
Waals.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 4

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................... 5

3 OBJETIVOS ....................................................................................................... 7

3.1 Geral................................................................................................................... 7
3.2 Específico .......................................................................................................... 7

4 METODOLOGIA ................................................................................................. 7

4.1 Materiais ............................................................................................................ 7


4.2 Reagentes .......................................................................................................... 7
4.3 Procedimentos .................................................................................................. 7

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................... 8

6 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 9

REFERÊNCIAS .................................................................................................. 9

ANEXO ............................................................................................................. 10
4

1 INTRODUÇÃO

Um gás é um estado da matéria que se caracteriza por não ter uma forma fixa
nem um volume fixo, são compressíveis, tem baixa densidade e se difundem
rapidamente quando misturados a outros gases. Para estudar os efeitos da pressão e
temperatura sobre todos os gases, precisamos aprender como quatro de suas
propriedades se relacionam entre si, ou seja, pressão (P), volume (V), temperatura (T)
e a quantidade ou o número de mols de um gás (n).
A pressão exercida por um gás é proporcional ao número de colisões das
partículas entre si e com as pareces do recipiente. Para a determinação da pressão o
instrumento utilizado é o manômetro.
Para a lei do gás perfeito há três conjuntos de leis a serem observadas. A
primeira de trada da lei de Boyle: À temperatura constante, a pressão de uma
determinada quantidade de gás numa transformação isotérmica é inversamente
proporcional ao seu volume:

𝑃𝑃 ∝ 1 / 𝑉𝑉 Eq. 1

Para a segunda observação a Lei de Chales diz que numa transformação


isocórica, a pressão exercida por uma dada quantidade de gás ideal é diretamente
proporcional a temperatura absoluta.
A terceira observação se refere ao princípio de Avogrado: volumes iguais de
dois gases nas mesmas condições de temperatura e pressão apresenta o mesmo
número de moléculas.
Para a análise do gás a temperatura padrão é definida exatamente como 273K
e a pressão padrão é definida exatamente como 1atm (760 mmHg). Para as três
variáveis e o número de mols consideradas no estudo dos gases Clapeyron
estabeleceu uma equação que as relacionassem:

𝑃𝑃𝑃𝑃 = 𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 Eq. 2

Essa equação representa a Lei dos Gases Ideais. Podemos definir o estado de
um determinado gás simplesmente especificando quaisquer três das quatro variáveis.
5

Entretanto para usar a lei dos gases ideias, temos que saber o valor da constante
universal dos gases R, para calculá-la, usamos as condições normais de temperatura
e pressão (CNTP) e também o volume molar padrão, que considera n igual a 1 mol, o
número de mols da amostra.

𝑃𝑃𝑃𝑃
𝑅𝑅 = Eq. 3
𝑛𝑛𝑛𝑛

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os primeiros experimentos que levaram a uma "lei do gás" foram realizados por
Boyle durante 1660 a 1662 usando um grande tubo J feito de vidro e parcialmente
preenchido com mercúrio. Em seu experimento, Boyle relatou em 1662 que o volume
𝑉𝑉 de ar diminui quando a pressão 𝑃𝑃 é aplicada, e que o volume é inversamente
proporcional à pressão aplicada (SILVA; CASTRO, 2018). A expressão matemática
que relaciona o comportamento do volume em função da temperatura pode ser escrita
como:

1
𝑃𝑃 ∝ Eq. 4
𝑉𝑉

𝑃𝑃𝑃𝑃 = 𝐾𝐾 Eq. 5

Onde K é um é uma constante para uma massa fixa de ar. Estudos importantes
após o trabalho de Boyle consideraram a influência de temperatura dos gases
mantidos em volume ou pressão constante. Alexandre César Charles (1746-1823)
mais tarde mostrou que a constante K é uma função da temperatura, onde, mantendo
𝑃𝑃 constante, o volume de uma determinada massa de gás é diretamente proporcional
à sua temperatura absoluta (CASTELLAN, 1986; SILVA; CASTRO, 2018). Dessa
forma, o volume em função da temperatura fica:

𝑉𝑉 = 𝑏𝑏 + 𝑎𝑎𝑎𝑎 Eq. 6
6

Figura 1 – Volume como uma função da


temperatura, Lei de Charles (CASTELLAN,
1986).

A equação 3 pode ser reescrita de modo que o coeficiente linear é 𝑏𝑏 = 𝑉𝑉0 e o


coeficiente angular 𝑎𝑎 = (𝜕𝜕𝜕𝜕 ⁄𝜕𝜕𝜕𝜕 ) para a pressão constante. Usa-se derivadas parciais
uma vez que a equação 3 é uma função 𝑉𝑉 (𝑇𝑇 , 𝑃𝑃 ), logo 𝑎𝑎 e 𝑏𝑏 são constantes somente
se 𝑃𝑃 for constante (CASTELLAN, 1986).

𝜕𝜕𝜕𝜕
𝑉𝑉 = 𝑉𝑉0 + � � 𝑇𝑇 Eq. 7
𝜕𝜕𝜕𝜕

A hipotese de avogrado sustenta que “volumes iguais de gases ao mesmo


temperatura e pressão contêm o mesmo número de moléculas, independentemente
de sua natureza química e propriedades físicas” (SILVA; CASTRO, 2018).
Com base nas três leis apresentadas, para pressão inversamente proporcional
ao volume, a temperatura constante (lei de Boyle) (Equação 1); o volume, sob pressão
constante, é proporcional a temperatura (Lei de Charles) (Equação 5); e a hipótese de
Avogrado (Equação 6), podem ser combinadas em um única expressão que relacional
𝑃𝑃 , 𝑇𝑇 , 𝑉𝑉 e o número de mols (𝑛𝑛) de um gás (Equação 7) (ATKINS; JONES, 2012).

𝑉𝑉 ∝ 𝑇𝑇 Eq. 8

𝑉𝑉 ∝ 𝑛𝑛 Eq. 9

𝑃𝑃𝑃𝑃 = 𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛𝑛 Eq. 10


7

3 OBJETIVOS

3.1 Geral

Determinar a constate universal dos gases utilizando a equação de Clapeyron


e de Van Der Waals.

3.2 Específico

 Montar um sistema para determinação da constante dos gases;

 Determinar a pressão exercida pelo hidrogênio, produzido na reação do HCl


com magnésio metálico, e utilizar para calcular a constante dos gases.

4 METODOLOGIA

4.1 Materiais 4.2 Reagentes

 Agitado (fio de cobre); 


 Pipeta de 5 mL;  Água destilada;
 Erlenmeyres de 125 e 250 mL;  Substancia desconhecida X;
 Béqueres;  Substancia desconhecida Y
 Bastão de vidro;  Terc-butanol;
 Suporte universal;  Acetona;
 Termômetro;
 Balança analítica.

4.3 Procedimentos

Primeiramente, adicionou-se água destilada à mangueira (sistema) para fazer


o nivelamento da água dentro da mangueira. Em seguida, foi cortado, raspado( a fim
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de eliminar óxidos formados) e pesado um pedaço de fita de magnésio (0,0132 g) e


reservado. Preparou-se uma solução de HCl 6 mol/L. Despejou-se a solução no balão,
seguido da adição da amostra de magnésio e tampou-se o recipiente. Analisou-se a
liberação de gás hidrogênio através da medição com régua do nível de água. O
procedimento fez-se em triplicata. Calculou-se a constante dos gases utilizando a
equação de Clapeyron e de van der Waals

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Um gás ideal obedece a lei dos gases exatamente para todas as variedades de
pressão e temperatura. Um gás real se comporta de maneira ideal à medida que sua
pressão diminui em função da elevação da temperatura. O gás hidrogênio possui um
comportamento aproximado da idealidade (ATKINS; JONES, 2012).
No experimento, a reação do magnésio com uma solução de HCl libera gás
hidrogênio (Equação 9), cujos o número de mol, a pressão exercida pelo gás e o
volume estão dispostos na Tabela 1.

𝑀𝑀𝑀𝑀 + 2𝐻𝐻𝐻𝐻𝐻𝐻 ⟶ 𝑀𝑀𝑀𝑀𝐶𝐶𝐶𝐶2 + 𝐻𝐻2 Eq. 4

Tabela 1 – Valores de quantidade de matéria, pressão e volume obtidos experimentalmente.


Hidrogênio
Experimento Massa (g) P (atm)
n V (ml)
1 0,0132 0,000543 0,00890 0,01349

2 0,0133 0,000547 0,00537 0,01446

Alguns fatores podem influenciar o erro na determinação da constante dos


gases: podem ter ocorrido oscilação de temperatura por influência do ambiente, uma
vez que o sistema não estava isolado termicamente. O sistema também não estava
nas condições normais de temperatura e pressão, isto é, 1 atm, 273 K. Também pode
ter apresentado vazamentos de gás que podem ter influenciado nos erros da
constante dos gases. As variações de pressão do ambiente
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Tabela 2 – Valores da constante dos gases (R) obtidos experimentalmente


Gás ideal Gás Real
Experimento
R (atm.L.K-1.mol-1) ε% R (atm.L.K-1.mol-1) ε%
1 0,0546 33,46 0,0545 33,58
2 0,0581 29,19 0,0580 29,32

Há também a natureza da constante dos gases, que está associada ao


comportamento do gás ideal. No gás ideal, o volume das moléculas é desprezível e
as interações atrativas e repulsivas não consideradas.

6 CONCLUSÃO

Conclui-se que o experimento contribuiu para a importância de certas variáveis


como a temperatura e pressão para determinação da constante dos gases. Os
resultados alcançados não foram alcançados em relação a literatura devido a não ter
sido realizadas nas condições normais de temperatura e pressão (CNTP).

REFERÊNCIAS

ATKINS, P.; JONES, L. Livro Princípios de Química: questionanado a vida


modernaPorto AlegreBookman, , 2012.

CASTELLAN, G. Fundamentos de Físico-Química. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC,


1986.

SILVA, L. M. DA; CASTRO, A. H. DE. Revisiting ideal gases and proposal of a


simple experiment for determining atmospheric pressure in the laboratory. Quim.
Nova, v. 41, n. 7, p. 818–824, 2018.
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ANEXO

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