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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

BRUNO VICTÓRIO TRECH MARTINELLI


DANIEL PALMA GARCIA
LEONARDO KAUCZ

RELATÓRIO 2
GRUPO 8

CURITIBA
2021
BRUNO VICTÓRIO TRECH MARTINELLI
DANIEL PALMA GARCIA
LEONARDO KAUCZ

RELATÓRIO 2
GRUPO 8

Trabalho apresentado à turma do Segundo Período


Especial de Engenharia Mecânica, Setor de
Tecnologia, Universidade Federal do Paraná, como
requisito parcial à obtenção de aprovação na
disciplina de Soldagem - TMEC028.

Prof. Dr. Paulo Cesar Okimoto

CURITIBA
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4
1.1 OBJETIVO E METODOLOGIA ............................................................................ 4
2. ANÁLISES E DISCUSSÕES .............................................................................. 5
2.1 QUAIS PROCESSOS DE SOLDAGEM SÃO FAVORÁVEIS PARA EVITAR O
EMPENAMENTO DAS PEÇAS? JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA. ..................... 5
2.2 QUAIS SÃO AS VARIÁVEIS DO PROCESSO DE SOLDAGEM POR FRICÇÃO?
POR QUE ESTE PROCESSO DE SOLDAGEM NO ESTADO SÓLIDO É MUITO
UTILIZADO PARA A SOLDAGEM DE MATERIAIS DISSIMILARES? ................ 5
2.3 QUAL A INFLUÊNCIA DO GÁS DE PROTEÇÃO NO PROCESSO MAG? ........ 6
2.4 NAS BRASAGENS DEMONSTRADAS, A JUNTA DE TOPO DE CHAPINHAS
DE AÇO CARBONO FORAM BRASADAS COM SOLDA PRATA (LIGA
CONTENDO AG, CU, ZN E SN) E TAMBÉM COM FOSCOPER (LIGA
CONTENDO CU E P). BUSQUE UMA EXPLICAÇÃO PARA A DIFERENÇA DOS
RESULTADOS NOS DOBRAMENTOS REALIZADOS. ..................................... 6
2.5 ESCOLHA DOIS PROCESSOS DE SOLDAGEM OU BRASAGEM ENTRE OS
DEMONSTRADOS NA AULA PRÁTICA 2 E INDIQUE DO MOSTRUÁRIO DE
PEÇAS TODAS AS PEÇAS QUE FORAM UNIDAS POR ESTES PROCESSOS.
PARA ESTAS MESMAS PEÇAS IDENTIFIQUE OS TIPOS DE MATERIAIS
BASE, TIPO DE JUNTA SOLDADA OU BRASADA E O TIPO DE SOLDA. ...... 7
3. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 9
BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 10
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1. INTRODUÇÃO

Em muitas indústrias, os processos de soldagem estão se tornando mais


comuns e importantes. Para tornar este tratamento mais benéfico para a indústria e
sem riscos ao projeto, processos de soldagem foram desenvolvidos ao longo dos
anos, para comportar diferentes requisitos necessários na união de dois
componentes, utilizando diferentes metais, eletrodos e consumíveis, sendo que cada
metal é especificado para cada processo de soldagem.

1.1 OBJETIVO E METODOLOGIA

O presente relatório tem por objetivo discutir os processos de soldagem (estado


sólido, arco elétrico, resistência e brasagem), suas características, usos e conceitos a
fim de responder aos questionamentos propostos pelo professor dispostos na seção
2, baseando os argumentos empregados nas aulas práticas e teóricas apresentadas
até o momento, em que o docente tanto fez pareceres sobre os mesmos quanto
exemplificou, por meio de gravações realizadas nos laboratórios da UFPR, seus usos,
nos tornando aptos para responder questões conceituais sobre estes processos e
determinar o processo correto empregado nas peças que nos foram apresentadas por
meio da observação de suas características físicas/visuais.
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2. ANÁLISES E DISCUSSÕES

2.1 QUAIS PROCESSOS DE SOLDAGEM SÃO FAVORÁVEIS PARA EVITAR O


EMPENAMENTO DAS PEÇAS? JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA.

Devido ao calor submetido nos processos de soldagem, ocorre uma distorção


estrutural no material, ou seja, uma alteração da forma e das dimensões, causadas
pelas contrações e expansões durante o ciclo térmico. Outra variável que interfere no
empenamento da peça soldada, é o volume do cordão de solda realizado, já que o
excesso do material de solda causa a convexidade do cordão, aumentando as
contrações e tensões localizadas.
Processos com alta demanda energética em um curto período de tempo para
aplicação são os mais recomendados quando tem-se como propósito evitar, ou
reduzir, a distorção estrutural das peças soldadas. Isso se justifica pelo fato de que
em uma área muito limitada, a intensidade da energia transferida ocorre muito
rapidamente e a fusão pode ocorrer quase imediatamente.
Portanto, é possível afirmar que os processos de soldagem a laser e por feixe
de elétrons são os mais recomendados para evitar grandes distorções nas peças.
Porém, por ter um custo mais elevado, estratégias são utilizadas nas soldas, a fim de
reduzir o empenamento do material.

2.2 QUAIS SÃO AS VARIÁVEIS DO PROCESSO DE SOLDAGEM POR FRICÇÃO?


POR QUE ESTE PROCESSO DE SOLDAGEM NO ESTADO SÓLIDO É MUITO
UTILIZADO PARA A SOLDAGEM DE MATERIAIS DISSIMILARES?

São 3 as variáveis do processo de soldagem por fricção: força aplicada,


rotação e o tempo de fricção.
A soldagem no estado sólido envolve energia mecânica, que se aproxima da
estrutura do material, resultando em atração atômica, que pode ser alcançada por
ação, fricção, impacto ou pressão. Ao realizar a soldagem no estado sólido, não ocorre
a fusão dos materiais base, por esse motivo é muito utilizada quando temos a união
de dois materiais dissimilares. Quando o processo de soldagem envolve a fusão de
materiais com propriedades mecânicas e pontos de fusão diferentes, pode acarretar
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em consequências na microestrutura da solda, comprometendo a eficiência da


mesma.

2.3 QUAL A INFLUÊNCIA DO GÁS DE PROTEÇÃO NO PROCESSO MAG?

A principal função do gás de proteção, durante os processos de soldagem, é


proteger a poça fundida das influências atmosféricas, como prevenir a oxidação e
absorção de nitrogênio e estabilizar o arco. Outra influência presente é na eficiência
de penetração da solda. O gás de proteção básico para soldagem MIG / MAG é o
argônio. Hélio pode ser adicionado para aumentar a permeabilidade e fluidez da poça
fundida. Argônio ou misturas de argônio e hélio podem ser usadas para soldar todas
as ligas. Porém, no final, uma pequena quantidade de oxigênio ou dióxido de carbono
precisa ser adicionada para estabilizar o arco, melhorar a fluidez e melhorar a
qualidade do metal depositado. Para aço inoxidável, um gás contendo uma pequena
quantidade de hidrogênio também pode ser usado.

2.4 NAS BRASAGENS DEMONSTRADAS, A JUNTA DE TOPO DE CHAPINHAS DE


AÇO CARBONO FORAM BRASADAS COM SOLDA PRATA (LIGA CONTENDO AG,
CU, ZN E SN) E TAMBÉM COM FOSCOPER (LIGA CONTENDO CU E P). BUSQUE
UMA EXPLICAÇÃO PARA A DIFERENÇA DOS RESULTADOS NOS
DOBRAMENTOS REALIZADOS.

Para brasagem em aço carbono e materiais ferrosos em geral o metal de


adição indicado é a solda prata, contendo em sua composição materiais de adição
como cobre, zinco, cádmio, estanho, manganês, níquel e lítio, já que contribuem para
a qualidade da brasagem em diversos aspectos, como redução da temperatura de
fusão da liga e melhora na molhabilidade durante o processo de brasagem.
Quanto à liga foscoper, ela não é recomendada para junção de chapas de aço
carbono já que forma um composto intermetálico frágil, devido a alta concentração de
fósforo em sua composição.
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2.5 ESCOLHA DOIS PROCESSOS DE SOLDAGEM OU BRASAGEM ENTRE OS


DEMONSTRADOS NA AULA PRÁTICA 2 E INDIQUE DO MOSTRUÁRIO DE PEÇAS
TODAS AS PEÇAS QUE FORAM UNIDAS POR ESTES PROCESSOS. PARA
ESTAS MESMAS PEÇAS IDENTIFIQUE OS TIPOS DE MATERIAIS BASE, TIPO DE
JUNTA SOLDADA OU BRASADA E O TIPO DE SOLDA.

Foram selecionados os processos de Brasagem Forte por Chama (1) e


Soldagem a Arco Elétrico TIG (2).
No processo (1) o material base é aquecido a uma temperatura abaixo de sua
temperatura de fusão e acima da temperatura de fusão do metal de adição, com uma
chama oxiacetilênica. Após o aquecimento da junta, é introduzido o metal de adição
em um único ponto, e por capilaridade o metal de adição flui para um bom
preenchimento da junta unida.
Segue análise do mesmo:

TABELA 1 - RELAÇÃO PEÇA-CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE BRASAGEM FORTE POR


CHAMA
Brasagem Forte por Chama

Peça Material Base Tipo de Junta Tipo de Solda

11 Tubos de Cobre Ângulo Com Adição de Metal

12 Tubos de Cobre Ângulo Com Adição de Metal

13 Tubo e Luva de Cobre Sobreposta Com Adição de Metal

37 Tubo e Cilindro Sobreposta Com Adição de Metal

38 Cilindro e Tarugo Sobreposta Com Adição de Metal


FONTE: Os Autores (2021).

No processo (2) se utiliza um gás de proteção inerte (argônio, hélio ou sua


mistura) para proteger a área de soldagem com uma atmosfera controlada a fim de
não comprometer a integridade da solda e estabilizar o arco, fazendo uso de um
eletrodo de tungstênio com grau de pureza maior que 95% não consumível, ou seja,
tornando possível tanto uma soldagem autógena, quanto uma soldagem com metal
de adição.
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Segue análise do mesmo:

TABELA 2 - RELAÇÃO PEÇA-CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE SOLDAGEM A ARCO


ELÉTRICO TIG
Soldagem a Arco Elétrico - TIG

Peça Material Base Tipo de Junta Tipo de Solda

10 Chapa e Tarugo Ângulo Autógena

20 Duas Chapas Topo Autógena

27 Duas Chapas Topo Autógena

28 Duas Chapas Topo Autógena

29 Duas Chapas Topo Autógena


FONTE: Os Autores (2021).
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3. CONCLUSÃO

É importante escolher o processo de soldagem correto para cada aplicação.


Caso contrário, existe o risco de comprometer a qualidade ou integridade das peças
soldadas, sendo que cada processo de soldagem tem suas características,
acompanhado de vantagens e desvantagens.
Fica a cargo do engenheiro analisar as condições e determinar qual será o
melhor processo ao projeto em questão, levando em conta que a escolha correta do
tipo de soldagem, dos insumos e parâmetros são de extrema importância para definir
o sucesso ou não do resultado final da estrutura soldada.
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BIBLIOGRAFIA

ASKELAND D.R.; WRIGHT, J.W., Ciência e Engenharia de Materiais, 4ª Edição.


Cengage Learning, 2019.

AWS, Supersedes Brazing Handbook, 4° Edição, 1991

CALLISTER Jr., W.D., Ciência e Engenharia de Materiais, Uma Introdução, 10ª


Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2020.

CALLISTER Jr., W.D.; RETHWISCH, D.G., Fundamentos da Ciência e Engenharia


de Materiais, Uma Introdução, 5ª Edição. Rio de Janeiro: LTC, 2019.

GIMENES, LUIZ. Curso de Especialização para Engenheiros na Ärea de


soldagem Processos Especiais de Soldagem FBTS . SENAI-RJ 1995. Acesso
em: 19 mai. 2021.

OKIMOTO, P. C. Aula 2T. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=napflxoac7w. Acesso em: 18 mai. 2021.

OKIMOTO, P. C. Aula 2P. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=08ClF6P891I. Acesso em: 18 mai. 2021.

RAMOS, ADEMILSON. Tipos de Soldagem.Disponível em:


https://engenhariae.com.br/editorial/colunas/tipos-de-soldagem. Acesso em: 18 mai.
2021.

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