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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

ANA FLÁVIA FRANCO BIGATTO - RA:21001228


GUILHERME HENRIQUE MIRANDA CATARINO CANHONI - RA:21013233
JÚLIO MATINO NETO - RA:21006672
LEONARDO PIETRO NAUS BELCUORE - RA:21006203

SEMINÁRIO – SOLDAGEM

CAMPINAS
2022
RESUMO

Este relatório contém a apresentação realizada para a turma referente ao tema


sorteado em classe para o grupo. O tema é soldagem no qual tratamos sobre a seu histórico,
seu significado, suas vantagens e desvantagens, e apresentamos os tipos de soldagem
presentes no mercado industrial, como, a soldagem à arco, soldagem a gás, soldagem
alumino-térmica, soldagem por resistência, soldagem a laser, soldagem por feixe eletrônico,
soldagem por ultrassom, e soldagem por fricção. Na conclusão, discutimos que o processo
TIG (soldagem à arco), é o mais resistente de todos, produzindo soldas de alta qualidade
com ótimos acabamentos e esse processo solda a maioria dos metais e ligas. Além disso,
cada um dos processos de soldagem gera uma resistência e dureza diferente, podendo
alguns serem mais resistentes, porém com pouca flexibilidade, e outros podem ser mais
duros, mas com maior risco de rompimento, as variações de velocidade, tensão e corrente
na soldagem podem gerar soldas mais resistentes ou menos resistentes dependendo do
profissional responsável pela realização do processo.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Representação esquemática do processo de soldagem .........................................................9


Figura 2 - Representação esquemática do processo de soldagem .........................................................9

Figura 3 - Tipos de juntas com aplicação na soldagem .........................................................................10

Figura 4 - Tipos de chanfros ..................................................................................................................10

Figura 5 - Posições de soldagem ...........................................................................................................11

Figura 6 - Símbolos básicos de solda ....................................................................................................11

Figura 7 - Exemplos dos símbolos de soldagem ...................................................................................12


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


PUC Pontifícia Universidade Católica
SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................6
2. SOLDAGEM .............................................................................................................................................................7
2.1.........APRESENTAÇÃO......................................................................................................................................................7
2.2..........O QUE É?................................................................................................................................................................7
2.3.........TIPOS DE JUNTAS E DE CHANFROS.........................................................................................................................8
2.4.........POSIÇÕES DE SOLDAGEM.......................................................................................................................................9
2.5.........SÍMBOLOS BÁSICOS...............................................................................................................................................10
2.6.........MATERIAIS FACILMENTE SOLDÁVEIS.....................................................................................................................11
2.7.........QUANDO A SOLDAGEM NÃO É INDICADA.............................................................................................................12
2.8.........VANTAGENS E DESVANTAGENS............................................................................................................................12
3.PROCESSOS DE SOLDAGEM.......................................................................................................................................8
3.1.........SOLDAGEM A ARCO.................................................................................................................................................8
3.2.........SOLDAGEM A GÁS...................................................................................................................................................9
3.3.........SOLDAGEM ALUMINO-TÉRMICA............................................................................................................................9
3.4.........SOLDAGEM POR RESISTÊNCIA................................................................................................................................9
3.5.........SOLDAGEM A LASER..............................................................................................................................................11
3.6.........SOLDAGEM POR FEIXE-ELETRÔNICO.....................................................................................................................11
3.7.........SOLDAGEM POR ULTRASSOM...............................................................................................................................12
3.8.........SOLDAGEM POR FRICÇÃO.....................................................................................................................................12
4.INDICAÇÃO DE CADA PROCESSO.............................................................................................................................11
4.1.........SOLDAGEM A ARCO...............................................................................................................................................11
4.2.........SOLDAGEM A GÁS.................................................................................................................................................12
4.3.........SOLDAGEM ALUMINO-TÉRMICA..........................................................................................................................13
4.4.........SOLDAGEM POR RESISTÊNCIA..............................................................................................................................13
4.5.........SOLDAGEM A LASER..............................................................................................................................................13
4.6.........SOLDAGEM POR FEIXE-ELETRÔNICO.....................................................................................................................13
4.7.........SOLDAGEM POR ULTRASSOM...............................................................................................................................14
4.8.........SOLDAGEM POR FRICÇÃO.....................................................................................................................................14
5.PROCESSOS EM QUE A SOLDA É FEITA POR ADIÇÃO DE MATERIAL..........................................................................14
6.PROCESSOS EM QUE A SOLDA É FEITA POR FUSÃO DO MATERIAL DAS PEÇAS.........................................................14
7.CONCLUSÃO............................................................................................................................................................15
8.REFERÊNCIAS..........................................................................................................................................................16
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1. Introdução

Esse relatório consiste na apresentação da soldagem, além do seu histórico,


características, materiais utilizados no processo, vantagens e desvantagens, e os principais
processos presentes atualmente nas indústrias, como por exemplo, soldagem à arco,
soldagem a gás, soldagem alumino-térmica, soldagem por resistência, soldagem a laser,
soldagem por feixe eletrônico, soldagem por ultrassom, e soldagem por fricção.
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2. SOLDAGEM
2.1 Apresentação

Nas indústrias são utilizados dois métodos de união de metais: o primeiro é baseado
no aparecimento de forças macroscópicas entre as partes que serão unidas, um
exemplo é a parafusagem, o segundo método consiste na união pela aproximação dos
átomos e moléculas das partes a serem unidas, ou delas com um material
intermediário, um exemplo é a soldagem.

Atualmente, as indústrias têm buscado cada vez mais a oferta de produtos de maior
qualidade, mas com custos menores. A soldagem representa a maior parte dos custos
de fabricação de produtos e está incluída nessa tendência atual de diminuição de
custos durante seu processo.

2.2 O que é?

A soldagem é considerada um processo de união de materiais, um processo de união


permanente que resultam naquilo que é denominado solda. Este processo também
pode ser utilizado na deposição de materiais, revestimento ou reparo de peças,
podendo haver a presença ou não de metais de adição, além disso, busca assegurar na
junta uma continuidade das propriedades químicas e físicas das peças envolvidas, e
utiliza de calor ou também de pressão. A soldagem nos permite juntar e criar peças,
fazendo com que elas durem mais tempo ou até mesmo que se tornem peças novas a
partir da junção de duas ou mais peças. A imagem a seguir, é uma representação
esquemática do processo:
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IMAGEM 1: Representação esquemática do processo de soldagem.

Na soldagem, um material de preenchimento é utilizado para formar uma gota de


metal fundido, e essa gota esfria e gera uma forte união de peças. Este processo está
representado na imagem abaixo:

IMAGEM 2: Representação do processo de soldagem.

Este processo é utilizado na indústria em geral, sendo aplicada desde pequenos


componentes eletrônicos até grandes estruturas e equipamentos, tendo como
exemplos, a construção civil, construção naval, aeronáutica e eletrônica.

2.3 Tipos de juntas e de chanfros

Antes de se iniciar o processo, é preciso realizar uma análise precisa, como por
exemplo: da posição da solda, da técnica a ser utilizada, da escolha do processo, da
preparação da junta que exige uma penetração adequada na região da solda, e seguir
a série de normas ISO 9000 para garantir que a qualidade especificada seja atingida.
Além disso, é importante seguir as normas AWS-ASME da soldagem. A sigla AWS
significa Sociedade Americana de Soldagem e ASME, Sociedade Americana de
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Engenheiros Mecânicos, essas são organizações não-governamentais que estabelecem


normas que deverão ser aplicadas no processo de soldagem.

A escolha adequada, tanto do tipo de junta quanto do tipo de chanfro, é importante


para evitar defeitos. Foram apresentados 5 tipos de juntas, junta de topo, junta de
ângulo, junta de canto, junta de aresta e junta sobre-posta, que são aplicadas nos tipos
de solda e que estão representadas na seguinte imagem:

IMAGEM 3: Tipos de juntas com aplicação da soldagem.


O chanfro consiste no corte efetuado na junta para possibilitar a soldagem em toda a
sua espessura. Foram apresentados 6 formatos de chanfros: o em I, em V, em meio V,
em X, em K e em U, que estão representados na imagem a seguir:

IMAGEM 4: Tipos de chanfros.

2.4 Posições de soldagem


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IMAGEM 5: Posições de soldagem.

Existem 4 posições de soldagem:


 Plana: É realizada no lado superior da junta e a face da solda é horizontal;
 Horizontal: O eixo da solda é horizontal, porém sua face é inclinada;
 Vertical: O eixo da solda é vertical e a soldagem pode ser para cima ou para
baixo;
 Sobre-cabeça: A soldagem é realizada no lado inferior da solda em um eixo
horizontal.

2.5 Símbolos Básicos

O símbolo básico da solda, em desenho técnico, nos permite identificar o tipo de solda
e chanfro que serão aplicados.
A figura a seguir mostra os mais comuns, e em seguida trouxemos alguns exemplos:

IMAGEM 6: Símbolos básicos de solda.


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IMAGEM 7: Exemplos dos símbolos de soldagem.

2.6 Materiais facilmente soldáveis

A soldagem não pode ser realizada em todos os tipos de materiais pois, algumas peças
estão propensas a quebras e distorções quando superaquecidas. Assim, para reduzir
esses riscos e falhas, é importante selecionar materiais facilmente soldáveis, como por
exemplo, o aço com baixo carbono, o alumínio, e o aço inoxidável.
 Aço com baixo carbono (% carbono < 0,30%): O aço com baixo carbono é um
metal com excelente soldabilidade, ele possui fácil condutividade devido às
quantidades baixas de carbono e de outros elementos, o que evita a formação
de estruturas quebradiças e elimina riscos de falha na solda; possui baixa
resistência e dureza, alta tenacidade e ductilidade, e o seu ponto de fusão é de
1410°C. Quanto maior o teor de carbono do aço, maior é a dureza e menor é a
ductibilidade do material.
 Alumínio: O alumínio é soldado com facilidade, porém requer os
conhecimentos e técnicas adequadas, sua temperatura de fusão é de 660°C,
possui alta ductilidade, ou seja, deforma bem plasticamente antes de romper, e
possui dureza mais baixa que de outros aços, mas esse valor pode ser
aumentado por meio do tratamento térmico que envelhece as ligas
artificialmente aumentando sua dureza.
 Aço inoxidável: O aço inoxidável é soldado com facilidade, porém requer, igual
ao alumínio, dos conhecimentos e técnicas adequadas. Há 3 tipos de aços
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inoxidáveis utilizados na soldagem: o austenítico, o ferrítico e o martensítico. O


austenítico é soldável, é extremamente dúctil, possui uma excelente
combinação de resistência à corrosão, ductilidade, tenacidade e soldabilidade,
sua tensão de escoamento varia de 200 a 250 Mpa. O ferrítico é muito soldável,
possui boa resistência à corrosão em meios menos agressivos, boa ductilidade,
baixa tenacidade e sua tensão de escoamento varia de 275 a 350 Mpa. O
martensítico é um tipo de aço inoxidável mais difícil de ser soldado por conta
da sua alta dureza e propensão a trincar, possui melhor tenacidade,
soldabilidade e resistência à corrosão, sua tensão de escoamento na condição
recozida é de 275 Mpa.
 Outros metais: A soldagem tende a ficar mais difícil em outros metais por conta
da composição química destes. A soldagem de titânio, por exemplo, requer
equipamento ou blindagem extra para impedir a oxidação. Na soldagem de
aços de alto carbono, por exemplo, é necessário o pré-aquecimento e
tratamento térmico pós-solda para evitar rachaduras.
É por isso, que metais a serem soldados devem ser pesquisados individualmente para
garantir uma soldagem bem-sucedida. Metais como latão, bronze, níquel, zinco,
cobre e prata também podem ser soldados.

2.7 Quando a soldagem não é indicada

A soldagem não é indicada para peças propensas a quebras e distorções quando


superaquecidas. Não é indicada também, em estruturas espaciais, por exemplo,
com cobertura de grandes áreas, pois a dilatação térmica da estrutura pode
prejudicar a solda.

2.8 Vantagens e desvantagens

As vantagens do processo de soldagem são:


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 Economia do tempo de fabricação;


 Produz juntas de integridade e eficiência elevadas;
 Possui uma variedade de processos e aplicações;
 Juntas não apresentam problemas de perda de aperto e podem ser isentas de
vazamentos;
 Os custos dos equipamentos são baixos, eles podem ser portáteis e permitem
operação em campo;
 Há uma grande variedade de materiais de adição;
 Pode ser automatizada ou manual.

As desvantagens do processo são:


 A soldagem não pode ser desfeita;
 Pode afetar as propriedades das peças soldadas;
 Pode causar deformações e tensões residuais;
 Requer considerável habilidade do soldador ou operador de soldagem;
 Pode exigir operações auxiliares de acabamento o que eleva o custo e duração;
 Pode haver alterações metalúrgicas devido ao calor gerado;
 Estruturas soldadas geralmente necessitam de tratamento térmico para alívio
de tensões.

3. PROCESSOS DE SOLDAGEM
3.1. Soldagem à arco
Nesse processo de soldagem um arco elétrico é estabelecido entre a peça e um
consumível na forma de arame. Esse arco funde continuamente o arame à medida que
este é alimentado à poça de fusão. O metal de solda é protegido da atmosfera pelo fluxo
de um gás (ou mistura de gases) inerte ou ativo.

3.2. Soldagem a gás


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Quando o arame consumível entra em contato com o metal de base, temos o fechamento
do circuito e a circulação de corrente elétrica entre o polo positivo e o negativo, os metais
são aquecidos até a temperatura de fusão e o resultado é a chamada "poça de fusão" que
efetua a coalescência dos metais ali presentes. Parte desta poça de fusão é composta
pelo arame consumível ou metal de adição, e parte é composta pelo resultado da fusão
entre o arame e o metal de base, o que é chamado de diluição. Após o resfriamento desta
poça de fusão temos a união entre estes metais.

Trata-se de um processo muito flexível que proporciona soldagens de qualidade com


grande produtividade, principalmente quando comparado com processos manuais como
eletrodos revestidos. O processo ficou caracterizado no mercado como MIG/MAG, ou
seja, MIG (metal inert gas), quando o gás de proteção utilizado para proteção da poça de
fusão é inerte, ou MAG (metal active gas), quando o gás de proteção da poça de fusão é
ativo.

3.3. Soldagem alumino-térmica

O processo alumino-térmico consiste no fato de que uma mistura adequadamente


preparada de alumínio e óxido de ferro pesado, após inflamação inicial reage de maneira
exotérmica à temperatura relativamente alta.
Devido ao desenvolvimento do calor, a reação se expande sem muita intensidade
espontaneamente em um curto prazo de tempo sobre a mistura. O resultado desta
reação é a precipitação de um metal puro e liquefeito e de escória também líquida de
óxido de alumínio. O metal em fusão obtido da reação é recolhido em uma forma
envolvendo as extremidades do material a ser soldado.

3.4. Soldagem por resistência

Há quatro tipos de soldagem por resistência: soldagem por pontos, soldagem por
projeção, soldagem por costura e soldagem de topo.

soldagem por pontos


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A soldagem por pontos é um processo em que as superfícies são unidas por meio de um
ou mais pontos sobre os quais são aplicados calor e pressão; o calor é gerado pela
resistência a uma corrente elétrica que passa através das peças mantidas em contato
durante um curto período; o processo utiliza baixa tensão, alta intensidade de corrente e
pressão. Quando a intensidade de corrente cessa, a pressão é mantida enquanto o metal
se solidifica. Os eletrodos são afastados da superfície depois que se realiza cada ponto. As
dimensões e formas das soldas são limitadas, principalmente em função das dimensões e
contornos das faces do eletrodo. A soldagem por pontos utiliza eletrodos cilíndricos e a
corrente de soldagem é concentrada num ponto na junta.

soldagem por projeção


Na soldagem por projeção, o fluxo de corrente e o calor são localizados num pontoou
pontos pré-determinados pelo projeto; estes pontos podem estar em uma ou ambas as
peças. Antes de serem soldadas por projeção, as peças precisam ser estampadas, forjadas
ou sofrer outro meio de conformação, de modo que possam adquirir as formas das
projeções produzidas.

soldagem por costura


A soldagem por costura consiste em uma série de pontos sobrepostos; é um processo em
que o calor causado pela resistência à passagem de uma corrente elétrica na peça é
combinado com pressão para produzir a costura. Esta costura consiste em uma série de
ponteamentos sobrepostos que são formados por eletrodos circulares ou um circular e
uma barra, utilizados para transmitir a corrente até a peça. Quando dois eletrodos são
utilizados, um ou ambos são conduzidos sobre as chapas. A série de pontos de solda é
feita sem a retirada dos eletrodos, embora estes possam avançar de forma contínua ou
intermitente. A intensidade de corrente, sua duração, a pressão e a velocidade das peças
ou dos eletrodos são controladas e devem ser cuidadosamente escolhidas para produzir
uma junta satisfatória; este tipo de soldagem utiliza um ou dois eletrodos na forma de
discos, que circulam sobre as peças a serem unidas.

soldagem de topo
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Na soldagem de topo, a corrente elétrica passa através das faces das peças posicionadas
topo a topo. A soldagem de topo pode ser dividida em dois tipos: soldagem de topo por
resistência pura e soldagem de topo por centelhamento.

soldagem de topo por resistência pura


Na soldagem de topo por resistência pura, a união é produzida em toda a área de contato
das partes a serem soldadas; ambas as partes são pressionadas uma contra a outra até
que o calor, gerado pela passagem da corrente, seja suficiente para fundi-las. É utilizada
para unir arames, barras, chapas e tubos com até 15mm de diâmetro.

soldagem de topo por centelhamento


No caso de soldagem de topo por centelhamento, a união é feita em toda a área de
contato entre as partes a serem soldadas; neste processo, as áreas são afastadas
formando uma faixa, e em seguida são unidas; o procedimento é repetido até atingir-se a
temperatura de forjamento, quando então se aplica a pressão de forjamento para
completar a soldagem.

3.5. Soldagem a laser

Soldagem a laser - é um processo de soldagem de feixe que é usado para unir metais. O
calor necessário para conectar as peças é gerado pelo raio laser que é focado na solda. A
soldagem por laser é um processo de soldagem muito rápido e eficiente, altamente
adequado para processos automatizados.

3.6. Soldagem por feixe eletrônico

É um processo de soldagem por fusão que utiliza um feixe estreito de alta energia para
fundir o material e criar uma solda que seja capaz de unir duas peças de metal. Os
elétrons que são partículas subatômicas com carga elétrica negativa são acelerados até
atingir por volta de 30 a 70 por cento da velocidade da luz. Neste caso, o feixe de elétrons
é capaz de aquecer as superfícies a serem soldadas de acordo com a temperatura
necessária.
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3.7. Soldagem por ultrassom

Na soldagem por ultrassom, o calor é produzido através de vibrações mecânicas (ondas


ultrassônicas). Estas excitam as cadeias de moléculas nos plásticos e o calor de fricção é
produzido. Isto causa a fusão. Sob pressão adicional, os materiais podem ser unidos com
precisão.

3.8. Soldagem por fricção

A soldagem por fricção é um processo de soldagem no estado sólido, que visa unir partes
metálicas através de caldeamento, obtido pelo calor gerado, através do atrito provocado
por movimento das superfícies em contato, e aplicação de pressão. Devido ao atrito entre
as partes, a energia cinética é convertida em calor, sendo absorvido pela região
imediatamente próxima às superfícies em contato, coalescendo as superfícies, uma
pressão é aplicada e a ação da força centrífuga faz fluir o metal para fora dos limites da
peça na forma de rebarba, arrastando os óxidos superficiais existentes. Toda a energia
gasta para fluir o metal coalescido, impede que fases líquidas sejam formadas.
Normalmente as juntas soldadas por este processo tem características mecânicas e
metalúrgicas superiores a no mínimo um dos metais envolvidos na junta.

4. Indicação de cada processo:

4.1. Soldagem à arco:


Devido à sua elevada taxa de deposição de metal, é um processo particularmente
adequado para longas articulações retas de boa qualidade na posição plana. É
amplamente utilizado na fabricação de vasos de pressão, em plantas químicas, em
estruturas pesadas, em reparação e na indústria de construção naval.

4.2. Soldagem a gás:


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Cada mistura de gás para solda tem uma finalidade específica podendo ser: reduzir
respingos, obter mais penetração ou maior velocidade de soldagem, entre outros. Estas
misturas podem ser usadas na soldagem de chapas de Aço Carbono, Aço Inoxidável e até
mesmo em Chapas Galvanizadas.

4.3. Soldagem alumino-térmica:


O processo de soldagem alumino-térmico também é aplicado para a soldagem de reforço
de barra, é uma soldagem sem pré-aquecimento em forma de reforço para barras de aço
de estruturas de concreto.

4.4. Soldagem por resistência:


O processo de solda por resistência é aplicado quando se deseja unir dois ou mais metais.
Consiste na aplicação de corrente elétrica através de eletrodos, que por sua vez exercem
pressão sobre os materiais a serem soldados.

4.5. Soldagem a laser:


A soldagem por laser é altamente adequada para unir metais e conectar materiais
diferentes. Se as peças leves e visualmente atraentes precisam ser produzidas
eficientemente, a soldagem a laser é usada para unir o alumínio.

4.6. Soldagem por feixe-eletrônico:


As soldagens que se utilizam dos feixes podem mesmo trabalhar para aderir metais
reativos, ou seja, que reagem prontamente quando aquecidos e metais refratários, que
são metais que são resistentes ao calor, com um ponto de fusão superior a 1650 a 1700
graus Célsius (cerca de 3000-3100 ° F).
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4.7. Soldagem por ultrassom:


A soldagem por ultrassom é um processo econômico e eficiente de união térmica que
fornece alta rigidez ao produto, sem a presença de aditivos. Além disso, serve tanto
para soldar metais quanto termoplásticos, materiais não terrosos, vidros e, até mesmo,
cerâmica.

4.8. Soldagem por fricção:


A soldagem por fricção é especialmente indicada para soldagem de peças plásticas
axialmente sintéticas.

5. Processos em que a solda é feita por adição de material:


Soldagem à arco, soldagem a gás e soldagem alumino-térmica.

6. Processos em que a solda é feita por fusão do material das peças:

Soldagem por resistência, soldagem a laser, soldagem por feixe-eletrônico, soldagem por
ultrassom e soldagem por fricção.
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7. CONCLUSÃO
Em relação ao acabamento superficial resultante no processo:
Podemos concluir que existem vários tipos de soldagem, porém o processo TIG é o mais
resistente entre todos;
Suas vantagens são produzir soldas de alta qualidade com ótimos acabamentos e soldar a
maioria dos metais e ligas;
Para o acabamento ser perfeito e não ocorrer o risco de trincas ou rachaduras, devemos
utilizar dessa fórmula:

H=(60 ∙ V ∙ I )/ v, onde H = Energia de soldagem (J/cm), V = Tensão de soldagem (V), I =

Corrente de soldagem (I) e v = velocidade de soldagem (cm/min).


Além disso, cada um desses processos gera uma resistência mecânica e dureza diferente,
podendo alguns serem mais resistentes, porém com pouca flexibilidade, outros podem
ser mais duros, mas com alto risco de romper.
A variação na tensão, corrente, velocidade de soldagem, entre outros, podem gerar
soldas mais resistentes ou menos resistentes, dependendo do profissional que a realiza.
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8. REFERÊNCIAS

https://www.treal.com.br/blog/processos-de-soldagem-tipos-e-
cuidados/#:~:text=Nestes%20processos%20de%20soldagem
%20um,de%20gases)%20inerte%20ou%20ativo
https://www.esab.com.br/br/pt/education/blog/
processo_soldagem_mig_mag_gmaw.cfm
https://www.gov.br/dnit/pt-br/ferrovias/instrucoes-e-
procedimentos/especificacoes-tecnicas-de-materiais-e-
servicos-ferroviarios-etm-ets/etm-005-solda-aluminotermica.pdf
https://infosolda.com.br/185-soldagem-por-resistencia-tipos-de-
soldagem-por-resistencia/
https://infosolda.com.br/wp-content/uploads/Downloads/
Artigos/processos_solda/soldagem-laser.pdf
https://www.binzel-abicor.com/BR/por/solutions/process/laser-
welding/
https://infosolda.com.br/wp-content/uploads/Downloads/
Artigos/processos_solda/feixe-de-eletrons.pdf
https://www.herrmannultraschall.com/pt-br/soldar-com-
ultrassom/soldagem-de-plasticos#:~:text=Na%20soldagem
%20por%20ultrassom%2C%20o,podem%20ser%20unidos
%20com%20precis%C3%A3o.
https://infosolda.com.br/354-soldagem-por-ultrassom/
https://infosolda.com.br/wp-content/uploads/Downloads/
Artigos/processos_solda/soldagem-por-friccao.pdf
https://www.mecanicaindustrial.com.br/380-o-que-e-soldagem-
por-feixe-de-eletrons/
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http://sidacoinox.com.br/tabela-de-propriedades/

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