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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ

CAMPUS ITABIRA

BRENNO GOMES DE SOUSA - 28356 - Turma T02


BRUNA RAHD MARIANO – 24205 – Turma T02
IGOR VAZ GONÇALVES – 31349 – Turma T02
WILSON JOSÉ MAJELA SILVA – 32044 – Turma T02

PRÁTICA I
SOLDAGEM

Itabira-MG
2017
BRENNO GOMES DE SOUSA - 28356 - Turma T02
BRUNA RAHD MARIANO – 24205 – Turma T02
IGOR VAZ GONÇALVES – 31349 – Turma T02
WILSON JOSÉ MAJELA SILVA – 32044 – Turma T02

PRÁTICA I
SOLDAGEM

Relatório apresentado à disciplina Manutenção Mecânica,


ministrada pelo prof. Dr. Ariel Rodriguez Arias como uma
forma de obtenção de créditos para aprovação na disciplina
EME021 – Manutenção Mecânica, realizada na Universidade
Federal de Itajubá, campus Itabira.

Itabira-MG
2017

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 4
2. SOLDAGEM COMO MÉTODO DE MANUTENÇÃO ........................................................................... 4
2.1. Tipos de Solda ......................................................................................................................... 4
2.1.2. Processos de Soldagem por Pressão ............................................................................... 4
2.1.3. Processos de Soldagem por Fusão .................................................................................. 4
2.1.3.1. Soldagem com Eletrodo Revestido ............................................................................ 4
2.1.3.2. Soldagem TIG ............................................................................................................. 5
2.1.3.3. Soldagem MIG/MAG .................................................................................................. 5
2.1.3.4. Soldagem com Arame Tubular................................................................................... 5
2.1.3.5. Soldagem a Arco Submerso ....................................................................................... 5
2.2. Eletrodo Revestido .................................................................................................................. 6
2.2.1. Classificação dos Eletrodos Revestidos ........................................................................... 6
2.2.2. Armazenagem, Tratamento e Manuseio dos Eletrodos Revestidos ............................... 6
2.2.3. Qual a importância do material de revestimento........................................................... 6
2.3. Como a solta é utilizada na manutenção ................................................................................ 7
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL .................................................................................................... 8
4. DISCUSSÕES .................................................................................................................................... 8
5. REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 9

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1. INTRODUÇÃO
A soldagem é amplamente utilizada, pois é um processo capaz de realizar a união
permanente entre duas ou mais peças. Além disso, este processo é muito difundido na
manutenção de equipamentos devido a sua versatilidade. Essa versatilidade é devido a grande
gama de diferentes tipos de soldagem e vertentes para cada um desses. Em que, cada
processo de soldagem se faz adequado para aplicação (RIBEIRO).
A correta seleção da solda e de seus parametros garante que não ocorra a alteração na
fragilidade e na ductilidade do material.

2. SOLDAGEM COMO MÉTODO DE MANUTENÇÃO

Uma boa manutenção se inicia na seleção do eletrodo apropriado, em que este depende do
material a ser soldado, da dificuldade e do grau de precisão necessário. É importante levar em
consideração as propriedades físicas do material, como a resistência, tenacidade, resistência à
fluência e à corrosão, pois estes refletem no tipo de serviço para o qual a solda é designada
(FORTES, 2005, p. 25). Em outras palavras, a escolha do processo de solda depende de uma
série de variáveis, que serão de vital importância para se definir o tipo de solta a ser usado,
conforme mencionado ao longo desse relatório.

2.1. TIPOS DE SOLDA

2.1.2 PROCESSOS DE SOLDAGEM POR PRESSÃO


Esse grupo inclui processos como a soldagem por ultrassom, por fricção, por
forjamento, por resistência elétrica, por difusão e por explosão. Nesse processo, a união é
obtida por meio da deformação de uma região restrita as vizinhanças dos materiais. Em
diversos processos, a superfície do material é aquecida para que o processo se inicie com
maior facilidade. Vale lembrar que aqui não ocorre fusão, unindo os materiais através de um
processo denominado difusão, permitindo a solubilização dos materiais na fase sólida.

2.1.3 PROCESSOS DE SOLDAGEM POR FUSÃO


Podemos dividir esse grupo em outros dois: soldagem à chama e soldagem elétrica a
arco voltaico. A soldagem a chama é o processo mais rudimentar e arcaico possível, uma vez
que se deve queimar um gás a fim de fundir o material de adição que será adicionado a peça
trabalhada. Já o processo de soldagem elétrica a arco voltaico acontece por meio da passagem
de uma elevada corrente, que permite fundir o material de soldagem. Esse processo é bastante
vantajoso, uma vez que permite atingir elevadas temperaturas em menores espaços e afetar
menos a peça como um todo, sendo o processo mais usual.

2.1.3.1 SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO

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É o mais comum e popular indicado para soldagem de aços. Usa um eletrodo
revestido, específico para cada situação, de modo que resulte no máximo aproveitamento do
processo de soldagem. Um fato curioso é o de que deve-se haver eletrodos compatíveis com
aços no mercado. Assim, antes de lançar um novo aço, deve-se averiguar se há algum
eletrodo capaz de soldar esse determinado aço.

2.1.3.2 SOLDAGEM TIG


A soldagem TIG, abreviada de Tungsten Inert Gas ou GTAW, abreviada de Gas
Tungsten Arc Welding é um processo que requer um soldador habilidoso, diferenciando-se
dos outros processos pelo fato do eletrodo não ser consumível. Essa é uma inverdade, uma
vez que o eletrodo tem uma dada vida útil, em torno de 30 horas de arco aberto. Nesse
processo o eletrodo de tungstênio é o responsável por abrir e estabelecer o arco elétrico,
podendo-se usar metal de adição ao não. Nesse caso, há presença de um gás inerte que tem
por objetivo proteger o eletrodo e a zona da solda, normalmente utilizando-se o argônio. A
soldagem TIG é indicada para alumínio e para aços comuns com pequena espessura,
garantindo um excelente aspecto da solda resultante, bem como menores deformações.

2.1.3.3 SOLDAGEM MIG/MAG


Esse tipo de soldagem é uma derivação de GMAW, abreviação de Gas Metal Arc
Welding em que usa um arco em uma atmosfera de gás inerte (MIG) ou gás ativo (MAG),
que protege a região da soldagem. O material de consumo é um eletrodo na forma de fio que
vai sendo fornecido pela máquina por meio de um carretel conforme vai sendo utilizado no
processo de soldagem. Esse processo é contínuo, enquanto houver fornecimento do fio de
solda. Sua vantagem é propiciar elevada penetração e altas taxas de deposição, bem como
permitir soldagem em qualquer posição. Logo, é um processo altamente produtivo e fácil de
ser operado.

2.1.3.4 SOLDAGEM COM ARAME TUBULAR


Também conhecida como FCAW, abreviado de Flux Cored Arc Welding, esse
processo de fundição dos materiais e a produção da gota é obtida através do aquecimento dos
mesmos por meio de um arco contínuo entre o eletrodo tubular e a peça, aumentando a taxa
de fusão por meio de um efeito conhecido como efeito Joule, que envolve o calor obtido por
meio da passem de elétrons.

2.1.3.5 SOLDAGEM A ARCO SUBMERSO


Também conhecida como SAW, abreviado de Submerged Are Welding, nesse
processo o calor é fornecido pelo arco desenvolvido entre o eletrodo e a peça a ser soldada,
com a diferença de que tanto o metal de base como a poça de fusão ficam submersos por uma
camada de material mineral granulado, chamado de fluxo para soldagem por arco submerso.

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Não apresenta arco visível, faíscas, respingos ou fumos. Sua vantagem é a elevada velocidade
de soldagem e maior segurança ao operador.

2.2. ELETRODO REVESTIDO

2.2.1. CLASSIFICAÇÃO DOS ELETROTODOS REVESTIDOS


Os diferentes tipos de eletrodos revestidos auxiliam na soldagem de diferentes
materiais e aplicações. Segundo a ASME II parte C (American Society of Mechanical
Engineers) classifica os eletrodos de acordo com o tipo de consumível, propriedades
mecânicas, posições de soldagem. Tipo de revestimento e composição química do metal
depositado (ESAB, 2014).
Essa classificação para Aço Carbono e Aço Baixa liga é:
E XX Y Z – XX
Assim:
 E: referece a Eletrodo;
 XX: indica a resistencia a tração vezes 1000 psi
 Y: referete a posição de soldagem
o Número 1: Todas as posições;
o Número 2: Posições horizal e plana;
o Número 3: Apenas plana;
o Número 4: Indica plana, sobrecarga, horizontal, vertical descendente.
 Z: Informa sobre a utilização do eletrodo (tipo de corrente e revestimento);
 XX: Indica a composição química do depósito de soldagem.

2.2.2. ARMAZENAGEM, TRATAMENTO E MANUSEIO DOS ELETRODOS


REVESTIDOS.
Eletrodos que possuem baixo teor de hidrogênio precisam receber cuidados especiais, pois
estes são higroscópicos, isto é, é capaz de absorver a umidade do ar. O que pode afetar suas
caracteristicas. O eletrodo úmido pode resultar em alguns defeitos como: porosidade, trincas,
arco instável, respingos abundante e acabamento ruim.Por isso, em eletrodos desse tipo, após
a abertura da lata, dever ser colocado em uma estufa apropriada (FORTES, 2005, p. 27)
Como visto na prática, é muito importante que o resvestimento do eletrodo esteja
perfeito, para mantem uma solda de boa qualidade. Para isso, é importante tomar cuidado
durante o transporte, para evitar choques e danos, garantindo, assim, a integridade do
revestimento. Além disso, as latas devem ser guardadas na posição vertical, com as pontas de
pega voltadas para baixo. Pois as pontas de arco são as partes mais sensiveis dos eletrodos
revestidos (FORTES, 2005, p. 27).

2.2.3. QUAL A IMPORTÂNCIA DO MATERIAL DE REVESTIMENTO


Dentro do processo de Soldagem ao Arco Elétrico com Eletrodo Revestido, existem
diversos tipos de revestimentos para eletrodos. Estes revestimentos possuem uma série de
características que vão afetar diretamente no processo de soldagem.

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Os revestimentos dos eletrodos possuem várias funções, dentre as quais podem se
destacar:
 Gerar gases que irão formar uma atmosfera controlada na região em que o
processo ocorre. Esses gases irão proteger o metal de solda durante sua
deposição no metal-base, auxiliar na estabilização do arco (por possuir íons
em meio este gás);
 Gerar a escória sobre a poça de fusão, que irá proteger a poça (durante seu
estado altamente reativo, devido à alta temperatura), agir como purificadora e
absorver impurezas e reduzir a velocidade de resfriamento da poça de fusão
(que permitirá o escape de gases), além de controlar o contorno e
uniformidade do cordão de solda. A escória também auxilia quando é
necessário executar uma operação de soldagem fora de posição (vertical e
sobrecabeça), retendo a poça de fusão e evitando que a mesma goteje e/ou
escorra;
 Conter elementos de liga, que irão compor o metal de solda, e influenciar
diretamente nas suas características físicas e mecânica;
 Direcionar o arco elétrico, permitindo a transferência de material em uma
determinada direção;
 Controlar a integridade do metal de solda, incorporar características
mecânicas específicas ao metal de solda e prover isolamento da alma de aço.
Os revestimentos possuem tais características por serem compostos de materiais que
podem ser classificados como elementos de liga, aglomerantes, formadores de gases,
estabilizadores de arco, formadores de fluxo de escória e plasticizantes.

2.3. COMO A SOLDA É UTILIZADA NA MANUTENÇÃO


A soldagem de manutenção apresenta diversos aspectos, que devem ser analisados
para realiza-la, com o objetivo principal de manter o equipamento em funcionamento,
prolongando a sua vida útil. Promovendo economia evitando o grande estoque de peças de
reparo (MARQUES, 2010).
Par realizar a manutenção pelo processo de soldagem se faz necessário percorrer
algumas etapas:
 Analisar a falha;
 Determinar a causa da falha: fratura, desgaste, corrosão;
 Determinar as condições de operação do equipamento, em especial a região à
ser trabalhada: solicitações, temperatura de trabalho;
 Identificar o material a ser soldado: composição química do aço, dureza,
determinar se o material é encruado, recozido temperado, revenido e
cementado;
 Observar a região à ser soldada: verificar se há contaminação, por exemplo
enxofre, realizar a limpeza na área a ser trabalhada.
Outra parte importante e planejar a execução da manutenção, decidir qual processo de
soldagem o método à ser usado. Verificação de alguns fatores:

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 Pré-usinagem;
 Sequência de soldagem;
 Pré e pós-aquecimento;
 Tratamento térmico pós-soldagem.

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Em laboratório os alunos identificaram os tipos de eletrodos com base na sua


classificação impressa na lateral dos mesmos, e experimentalmente abriram arcos elétricos a
fim de criar um cordão de solda com cada um dos tipos de eletrodos disponíveis. Foi possível
perceber as características principais de cada um, como largura da poça de fusão, facilidade
de abertura e manutenção do arco, bem como o consumo do eletrodo. Os alunos fizeram um
teste de soldagem com um eletrodo sem revestimento, a fim de verificar a sua importância.
Como consequência, o revestimento é importantíssimo para propiciar uma atmosfera que
permita a correta soldagem. Sem esse revestimento, não fora possível iniciar o processo de
soldagem uma vez que o arco se formava, mas logo era extinto, inutilizando o eletrodo e
impossibilitando a soldagem. Outro detalhe importante fora observado no resultado final da
solda, pois sempre é necessário fazer uma limpeza e remover as impurezas resultantes do
processo, que podem mascarar uma solda mal realizada. Isso pode levar o material a trincar e
causar prejuízos tanto materiais como humanos.
Durante a soldagem o uso de EPI’s foi totalmente seguido a risca, com jalecos e luvas de
raspa de couro, bem como o uso de máscara de solda automática, que ao se iniciar a solda,
por meio de um filtro que detectava o clarão, automaticamente ajustava o escurecimentos,
protegendo a todos de partículas volantes frontais, radiação ultravioleta, infravermelho e
luminosidade altamente intensa. Uma constatação final é a de que houve uma grande
diferença entre a solda dos alunos e a do professor, principalmente no que tange o quesito
qualidade. Isso se deve, principalmente, a prática, uma vez que são poucas as vezes que os
alunos vão aos laboratórios realizar alguma aula de soldagem. Por isso é interessante fazer
parte de alguma equipe dentro da instituição para aumentar o contato com um processo
extremamente requisitado na indústria que é a soldagem, principalmente usada para se
realizar manutenções de qualidade.

4. DISCUSSÕES
Como visto no presente trabalho, o processo de eletrodo revestido muito utilizado em
soldagem manual devido apresentar bons resultados em locais de dificil acesso, ou que o
ambiente apresente muita poeira. No entanto, esse tipo de solda apresenta baixa
produtividade. Em cenários em que a soldagem requer alta produtividade, pode ser o usado o
processo de MIG e MAG. Além disso, a solda TIG apresenta ótimos resultados, porém com
custo um pouco mais elevado (RIBEIRO).

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5. REFERÊNCIAS

ESAB. (19 de Maio de 2014). Processo de Soldagem: Eletrodo Revestidp (MMA/SMAW).


Acesso em 14 de Setembro de 2017, disponível em ESAB:
http://www.esab.com.br/br/pt/education/blog/processo_soldagem_eletrodo_revestido
_mma_smaw.cfm
FORTES, C. (Fevereiro de 2005). Eletrodos Revestidos. ESAB. Acesso em 14 de Setembro
de 2017, disponível em
http://www.esab.com.br/br/pt/education/apostilas/upload/1901097rev1_apostilaeletro
dosrevestidos_ok.pdf
RIBEIRO, P. S. (s.d.). Por que é importante definir o melhor processo de soldagem. (PJ
Consultoria e Assessoria) Acesso em 12 de Setembro de 2017, disponível em
PJUFMG:
http://pjufmg.com.br/artigos/processodesoldagem?gclid=Cj0KCQjwi97NBRD1ARIsA
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MODENESI, P. J. MARQUES, P. V. SANTOS, D. B. Introdução à metalurgia da soldagem.


Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais, UFMG. Belo Horizonte, 2012.

MARQUES, M. F. S. Aplicação de soldagem na Manutenção Industrial. 2010. 64 f. Monografia


(Especialização) - Curso de Tecnologia em Manutenção Industrial, Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia Fluminense, Campos Goytacazes, RJ, 2010.

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